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Técnico em Enfermagem
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
1. Introdução
Em 1947, Helena Willis Render, foi a primeira autora a introduzir a idéia de que o relacionamento entre
o (a) enfermeiro (a) e o paciente, é de um potencial terapêutico significativo. Em 1952, a enfermeira,
médica e educadora, Hildegard E. Peplau, escreveu um livro que revolucionou o ensino e a prática da
enfermagem psiquiátrica nos Estados Unidos, tendo como enfoque o potencial terapêutico do
relacionamento de pessoa para pessoa. Desde então, a enfermagem psiquiátrica vem ampliando sua
visão utilizando os conceitos originalmente propostos por Render e Peplau. (TAYLOR, 1992)
Para Stuart & Laraia (2002), “ o relacionamento terapêutico entre enfermeira e paciente é uma
experiência de aprendizado mútuo e uma experiência emocional corretiva para o paciente. Nessa relação,
a enfermeira utiliza a si próprio e as técnicas clinicas especificadas na trabalho com o paciente para gerar
introvisão e alteração comportamental do paciente”.
Também para Stuart & Laraia os objetivos de um relacionamento terapêutico são direcionados no
sentido do crescimento do cliente e incluem o seguinte.
Segundo Taylor (1992), “ a enfermeira possui uma ferramenta singular que pode ter mais influência
sobre o cliente do que qualquer medicamento ou terapia: ele (a) mesmo. ” Para tanto, faz-se necessário
uma autoanálise que constitui um aspecto essencial para ser capaz de fornecer os cuidados de
enfermagem terapêuticos, como:
- Autoconsciência;
- Esclarecimento dos valores;
- Exploração dos sentimentos;
- Capacidade de servir como exemplo;
- Senso de ética e responsabilidade.
1
Disponível em: http://www.psiquiatriageral.com.br/enfermagem/relacionamento_interpessoal_terapeutico_enfermeiro_paciente.htm.
2. Comunicação Facilitadora
Para Stuart & Laraia (2002) a teoria da comunicação é relevante para a prática de enfermagem
psiquiátrica por três motivos principais. Primeiro, a comunicação estabelece um relacionamento
terapêutico, porque implica na condução de informações e a troca de pensamentos e sentimentos.
Segundo, a comunicação é um meio pelo qual as pessoas influenciam o comportamento das outras,
tornando assim possível um bom resultado da intervenção de enfermagem direcionada a promover a
alteração comportamental adaptativa. Terceiro, a comunicação é o próprio relacionamento.
Comunicação não verbal: ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra
escrita ou falada. As cinco categorias são:
1. Indícios vocais são ruídos e sons para linguísticos ou extra fala.
2. Indícios de ação são todos os movimentos do corpo, incluindo a expressão facial e postura.
3. Indícios de objeto são o uso, intencional ou não, de objetos por uma pessoa, como roupas ou outros
pertences.
4. Espaço é a distância física entre duas pessoas
5. Toque é o contato físico entre duas pessoas, sendo a comunicação não verbal mais pessoal.
Para se obter uma comunicação eficaz é necessário que ela seja voltada para a preservação do auto
respeito do (a) enfermeiro (a) e do cliente e que a comunicação da aceitação e compreensão precede a
quaisquer sugestões de informações. O quadro abaixo identifica várias técnicas de comunicação
terapêutica com definições, exemplos, valor terapêutico e ameaças não terapêuticas.
3. Dimensões do relacionamento
Stuart & Laraia (2002), defendem que o profissional enfermeiro deve adquirir determinadas habilidades
e qualidades para iniciar e continuar um relacionamento terapêutico, dos quais fazem parte em especial
a comunicação verbal e não verbal comentados anteriormente. Em geral, dividem-se da seguinte maneira:
Dimensões responsivas: implicam autenticidade, respeito, compreensão empática e senso da
realidade. Elas são essenciais na fase de orientação do relacionamento para estabelecer confiança e
uma comunicação franca. E continuam a ser úteis em todas as fases do tratamento e término, além de
permitir que o cliente atinja a introvisão.
Dimensões orientadas pela ação: incluem a confrontação, a proximidade, a auto revelação do (a)
enfermeiro (a), catarse emocional e teatralização. Favorecem o progresso do relacionamento terapêutico
Dimensão Característica
Dimensões responsivas
Autenticidade Implica que o profissional é uma pessoa aberta
coerente, autentica e acessível.
Respeito Sugere que o paciente seja tratado como uma
pessoa digna que é valorizada e aceita sem
restrição.
Compreensão empática Vê o mundo do paciente a partir da estrutura de
referência interna do mesmo, com sensibilidade
para os atuais sentimentos e com a capacidade
verbal de comunicar essa compreensão em
linguagem acessível ao paciente.
Senso de realidade Implica o uso de terminologia específica, em vez
de abstrações, na discussão dos sentimentos,
experiências e comportamentos do paciente.
Dimensões de ação
Confronto Expressão pelo (a) enfermeiro (a) das
discrepâncias percebidas no comportamento do
paciente para expandir sua autoconsciência.
Imediatismo Quando a atual interação entre o profissional e o
paciente é usado para aprender sobre a conduta
do paciente em outros relacionamentos
interpessoais.
Auto revelação do (a) enfermeiro (a) Quando o profissional dá informações sobre si
mesmo e sobre suas ideias, valores, sentimentos
e atitudes para facilitar a cooperação, o
aprendizado, a catarse ou o apoio do paciente.
Catarse emocional O paciente é estimulado a falar sobre os aspectos
mais preocupantes da vida, para efeito
terapêutico.
Teatralização Atuar em uma determinada situação para
aumentar a auto compreensão do paciente nas
relações humanas e aprofundar sua capacidade
de observar uma situação de um outro ponto de
vista, permite que ele experimente um novo
comportamento em um ambiente seguro.
Fonte: STUART, G.W & Laraia, M.T Enfermagem psiquiátricas 4 ed.. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores 2002.
São originados de uma série de motivos, porém criam, sem exceção, barreiras no relacionamento
terapêutico. Porém, o profissional deve lidar com eles o mais breve possível, visto que, eles provocam
sentimentos intensos no (a) enfermeiro (a) e no paciente, como ansiedade e apreensão até frustração,
amor ou raiva intensa (STUART & LARAIA, 2002).
3.2 Resistência
É uma tentativa do paciente de não perceber os aspectos que geram ansiedade nele próprio, tornando-
se uma relutância natural ou uma defesa. Com frequência essa resistência resulta da má vontade do
paciente de mudar quando se reconhece a necessidade de mudança, e geralmente, este comportamento
é demonstrado durante a fase de trabalho do relacionamento, porque ele comporta a maior parte de
resolução de problemas. Vejamos algumas formas de resistência:
3.3 Transferência
É uma resposta inconsciente em que o paciente experimenta sentimentos e atitudes pelo enfermeiro
que estavam originalmente associados a figuras significativas em sua vida. O termo refere-se a um
conjunto de reações que tentam reduzir ou aliviar a ansiedade. Essas reações de transferência só são
perigosas para o processo terapêutico quando permanecem ignoradas, sendo os principais tipos, as
reações hostis e as reações dependentes.
3.4 Contratransferência
É um impasse terapêutico criado pelo profissional, frequentemente em resposta a uma resistência do
paciente. Refere-se a uma resposta emocional especifica dada pelo (a) enfermeiro (a) ao paciente, as
quais não são justificadas pelos fatos reais, mas sim, um conflito prévio experimentado com tópicos como
autoridade, afirmação sexual e independência. Em geral, essas reações são de três tipos: reações de
amor ou preocupação intensos, reações de hostilidade ou aversão intensa, reações de ansiedade intensa.
Referências Bibliográficas
TAYLOR, Cecelia Monat. Fundamentos de Enfermagem Psiquiátrica. 13ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
STUART, G.W & LARAIA, M.T Enfermagem psiquiátricas 4 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores 2002.
Questões
Gabarito
01.D
Comentários
01. Resposta: D
A Comunicação não verbal ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra
escrita ou falada. Uma das cinco categorias temos o indício de ação de todos os movimentos do corpo,
incluindo a expressão facial e postura.
Sigilo profissional
Sigilo Profissional
Segredo ou Sigilo Profissional trata-se de manter em segredo toda a informação que seja valiosa para
a empresa e seus colaboradores, cuja responsabilidade recaia sobre o profissional responsável pelas
informações.2
No que diz respeito ao sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação
entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente
necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informar sobre assuntos ou o que envolve o trabalho
e é de caráter sigiloso.
Não são todas as profissões que devem a obrigação do sigilo e isso já seria revelador da disposição
social que é atribuída a algumas profissões de terem o dever e o direito de mantê-lo.
2
PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado Disponível em:
http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/54264/etica-profissional-sigilo-das-informacoes#ixzz3eARxL4ME.
3
SAMPAIO, S.S; RODRIGUES, F.W. Ética e Sigilo Profissional. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 117, p. 84-93, jan./mar. 2014
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Para ter um relacionamento intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar áreas como a
autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento.
Portanto, de acordo com Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar
eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às
necessidades de cada um e às exigências da situação.
Complementando, ainda temos que, segundo Argyris (1968), competência interpessoal é a habilidade
de lidar eficazmente com relações de acordo com três critérios:
a) Percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis relevantes e respectiva inter-relação.
b) Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões.
c) Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão
eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas.
"O processo de interação humana é complexo e ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma
de comportamentos manifestos e não manifestos, verbais e não verbais, pensamentos, sentimentos,
reações mentais e/ou físico-corporais."(Fela, 2002)
4
Relacionamento Interpessoal. Disponível em: http://www.significados.com.br/relacionamento-interpessoal/. Acesso em 8 de abril de 2015.
IESDE BRASIL.Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho, 2016.
BRONDANI , J. P. Relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe: uma análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho. Porto Alegre, 2010.
O processo de interação humana encontra-se presente nas organizações, e a forma como se dão
essas interações influencia os resultados de toda a empresa. Conviver com o outro não é uma tarefa fácil,
e conviver com o outro no trabalho sem entender o comportamento de cada um é praticamente
impossível.
No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Um
relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom ambiente dentro da empresa, o que pode
resultar em um aumento da produtividade e melhoria dos resultados, em geral.
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética. Isto, pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.
As relações interpessoais propagadas no ambiente de trabalho sofrem influências da estrutura
organizacional e são reguladas para alcançar eficiência e resultados. O ser humano procura
incessantemente a felicidade, a realização de sonhos e a convivência pacífica e harmoniosa com o outro
tanto dentro quanto fora da organização. As relações de amizade e respeito fortalecem o convívio entre
as pessoas.
Se considerarmos essa interação de pessoas num ambiente organizacional, temos que levar em
consideração que as pessoas não funcionam como máquinas e que muitas vezes o comportamento é
diferente do que se espera. Isso porque, quando estamos em interação com outras pessoas, o
funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se poderia chamar de “previsto ou
esperado”.
Segundo Moscovici (1994), nas empresas, a interação humana ocorre em dois níveis concomitantes
e interdependentes. O nível da tarefa é o que podemos observar, que é a execução das atividades
individuais e em grupos. Já o socioemocional refere-se às sensações, aos sentimentos que são gerados
pela convivência.
Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é facilitado, gerando uma produtividade
satisfatória. Se, ao contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa a sofrer os efeitos, que
muitas vezes se manifestam com interações de desagrado, antipatia, aversão etc. A interação
socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as relações interpessoais. Se os processos são
construtivos, a colaboração e o afeto predominam, o que possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o
grupo passa a ter conflitos internos.
O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas
competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais.
Vemos que a realização eu-eu é fundamental na interação com os outros; a forma como eu me vejo,
minhas motivações, ideologia, influem em cada interação interpessoal. A harmonia consigo mesmo, a
autoaceitação e valorização, o bem-estar físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o
outro. Muitas vezes, as dificuldades que surgem na relação eu-outro são causadas pelo não equilíbrio da
relação eu-eu. Portanto, é fundamental o equilíbrio eu-eu, para que se possa estar bem com os outros.
Numa organização, a presença de um líder habilidoso é muito importante nesse processo. Ele poderá
conduzir sua equipe para o sucesso e, se possui habilidades para lidar com as emoções e com a
qualidade de vida, fará a diferença de forma positiva no seu grupo de trabalho. A qualidade de vida no
trabalho não decorre apenas de bons salários e planos de benefícios, mas do tratamento humano que
O indivíduo é dotado de sentimentos e emoções, necessita amar e ser amado, compreender e ser
compreendido, aceitar e ser aceito pelo outro. Aprendendo a lidar com as diferenças e sentindo que essa
segurança afetiva pode levar a um equilíbrio emocional e, consequentemente, a um ambiente de trabalho
saudável e produtivo. As relações interpessoais estão cada vez mais sendo valorizadas no cenário
tecnológico das organizações. O capital humano faz a diferença, as pessoas é que são a vantagem
competitiva das empresas, e o bem-estar no ambiente de trabalho resulta em produtividade e resultados.
Sucesso (2002, p.27) relata que “O autoconhecimento e o conhecimento do outro são
componentes essenciais na compreensão de como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou
facilitando as relações”.
A autora aponta que as dificuldades encontradas são a falta de objetivos pessoais e dificuldade em
priorizar e ouvir.
O envolvimento de todos na empresa desde o gestor que saiba ouvir seus funcionários, que forneça
feedback para seus subordinados. O funcionário que deve procurar seu autoconhecimento, priorizar seus
objetivos e também saber ouvir o outro são ações que contribuem para que o ambiente de trabalho seja
saudável.
As emoções, inerentes ao indivíduo, inevitavelmente se fazem presentes nas relações de trabalho
tanto positivas quanto negativas.
De acordo com Sucesso (2002, p.95), “três emoções primárias atuam sobre o comportamento: o
medo, a ira e o afeto, que se apresentam de forma direta ou através de disfarces ou máscaras”.
O medo é um entrave dentro das organizações, porque as pessoas não demonstram essa emoção, o
que fazem é disfarçar, em consequência disso tornam-se desmotivadas, descrente de suas capacidades
de inovar e criar. O medo aparece sob várias situações, como por exemplo, demissões por atritos com
gestores ou por enxugamento de quadro, pressão, punição, levam a climas desagradáveis dentro das
organizações, influenciando o comprometimento, a motivação e a confiança.
A raiva também está presente sob diversas formas, como por exemplo, a inveja do outro, de suas
capacidades, competência, disputa por cargos, causando até humilhação e autopiedade. A ironia é uma
forma de raiva dissimulada, que agride, fere e magoa, assim como a hostilidade que começa com irritação,
falta de cortesia e queixas e que aos poucos vai crescendo chegando a transformar-se em ódio.
Gerenciar pessoas é um grande desafio, mesmo nos tempos atuais de grandes avanços tecnológicos,
conforme SUCESSO (2002, p.114).
Essas emoções causam sofrimento e precisam ser trabalhadas para que as relações interpessoais
tornem-se saudáveis melhorando a qualidade de vida no trabalho. Requer parceria, cooperação, polidez
e respeito – virtudes derivadas do amor, (SUCESSO, 2002, p.153). Os líderes têm um grande papel na
mudança e manutenção das relações interpessoais, através de incentivos e medidas que tornem o clima
positivo, que levem a satisfação do trabalho mantendo um diálogo aberto e franco prevenindo conflitos.
O profissional de Recursos Humanos deve investir em ações que fortaleçam o relacionamento
interpessoal entre os profissionais, e em parceria com as para enfrentar o mercado competitivo.
É um trabalho de aprendizado que requer determinação e confiança. Mas dentro desta perspectiva é
possível construir relações interpessoais saudáveis a partir do autoconhecimento, de como ver o outro,
suas qualidades, empatia. Mudar o comportamento e alterar hábitos arraigados exige disciplina,
persistência e determinação e dependem somente do próprio indivíduo, do valor que atribui à vida, da
autoestima e autoimagem, do engajamento profissional, político e social.
O afeto nas relações de trabalho é a emoção capaz de construir dias melhores nas organizações que
requerem coragem, leveza, consistência, rapidez, exatidão e multiplicidade.
a) Falta de objetivos pessoais: trata-se de pessoas que possuem dificuldades em traçar rumos para
o seu futuro. Desanimam diante de obstáculos, e não se mostram criativas para buscar soluções, sentem-
se frustradas e, por isso, mudam continuamente seu rumo. Nos processos de mudanças, são levadas
pelos outros, aguardando sempre as instruções. Muitas vezes, trabalham em profissão que não gostam,
mas não apresentam atitudes para novos redirecionamentos. “Uma professora de escola de primeiro grau
participou de um programa de integração de equipes e se mostrou indignada com os baixos salários da
sua categoria. Tendo participado de outro projeto, 10 anos depois, voltou a queixar-se da mesma situação.
Estimulada a refletir sobre isso, percebeu as consequências paralisadoras da sua postura acomodada e
da falta de estabelecimento de objetivos pessoais. Compreendeu o tempo perdido, esperando que sua
profissão fosse valorizada. Constatou que poderia ter feito “dois cursos superiores” nesse período,
passando a atuar como professora (que é sua vocação), mas vinculada a uma universidade ou a outra
instituição”.
b) Dificuldade em priorizar: muitas pessoas se queixam da “falta de tempo”, para realizar suas
tarefas. O que muitas vezes se percebe é a grande dificuldade em estabelecer prioridades. Muitas vezes,
acumulam-se tarefas, sem avaliar as reais possibilidades de executá-las, ou a dificuldade para dizer “não”,
propõem-se a fazer coisas que não é possível cumprir. Para realização das tarefas, saber administrar o
tempo é fundamental.
Para ilustrar esse fato, segue o exemplo: “Convivemos com uma executiva que representa um modelo
desse perfil. Sua vida pessoal demandava um esforço excessivo: tinha quatro filhos e os levava
pessoalmente à escola. Tinha frequentemente dificuldades em manter uma empregada doméstica, devido
ao trabalho adicional. Além do emprego que lhe absorvia oito horas diárias, praticava tênis, fazia yoga,
curso de atualização em língua inglesa. Estava constantemente atrasada para todos os compromissos.
Sempre que lhe sugeriam repensar suas prioridades e abrir mão de algumas atividades, afirmava que
tudo isso era essencial e não havia como desistir de qualquer uma delas. Sua qualidade de vida era baixa,
especialmente pela permanente tensão resultante dos atrasos. Estimulada a refazer seu plano de vida e
traçar prioridades, descobriu que sua busca de prazer em atividades alternativas tornou-se uma obsessão
e, um lugar de lazer, acabava gerando tensão e estresse. Decidiu tornar essas atividades eventuais, sem
o compromisso de ‘cursos com dia e hora marcados’, concentrando-se na sua atividade profissional e
estabelecendo novos papéis e responsabilidades para os filhos, que vinham se tornando acomodados e
sem iniciativa”.
Vemos aqui claramente, nesse exemplo, o quanto pessoas têm dificuldades para priorizar o que
realmente é importante, acabam com muitas atividades, de que normalmente não conseguem dar conta.
c) Dificuldade em ouvir: a maioria dos conflitos acontece em virtude da dificuldade que temos em
ouvir e compreender o outro. Temos o hábito de julgar o outro a partir dos nossos valores, esquecendo-
se de respeitar as diferenças individuais. A nossa dificuldade em ouvir o outro aumenta, principalmente
se temos pontos de vista diferentes. Muitos gerentes avaliam sua equipe a partir dos seus próprios
paradigmas, da sua maneira de ver o que é certo e errado, não acenando com a possibilidade de
considerar o pensamento do outro, sem querer ouvir o que as pessoas pensam. É fundamental que um
gestor queira saber o ponto de vista de sua equipe, perguntar antes de julgar, permitir que sejam dadas
sugestões, criar espaços para que diferentes percepções possam vir à tona, solicitar sempre que possível
a participação de todos.
A maioria dos exemplos de grandes corporações aponta para resolução de inúmeros problemas, o
saber ouvir, dar espaço para que as pessoas que contribuem com seu trabalho possam trazer soluções
para o dia a dia.
Saber ouvir
Saber ouvir é considerado uma das maiores habilidades humanas, isso implica dar àquele que fala
sua atenção, somada à capacidade de compreensão.
Muitas razões estão envolvidas no ato de ouvir, são elas: desejo de obter informação; curiosidade em
receber uma resposta; interesse em participar da história de outro ser humano; necessidade de
estabelecer novos relacionamentos; respeito e desejo de valorização da pessoa do outro. (MACKAY,
2002, p. 10)
Questões
06. (Pref. de Paulista/PE - Auxiliar de Serviços Gerais UPENET/IAUPE) “Ter ética profissional é o
indivíduo cumprir todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela
sociedade e pelo seu grupo de trabalho”.
Acerca da ética e do relacionamento interpessoal, é CORRETO afirmar que
(A) ter um bom relacionamento interpessoal independe da ética.
(B) ser ético não exige um bom relacionamento interpessoal.
(C) o bom relacionamento interpessoal é derivado da ética.
(D) a ética está dissociada das relações interpessoais.
(E) ser ético não exige mudanças de paradigmas.
07. (Pref. de São José do Rio Preto/SP - Agente Administrativo - VUNESP) Para que o clima
organizacional seja harmonioso e as pessoas tenham um bom relacionamento interpessoal, é necessário
que cada um
(A) aja de acordo com suas próprias experiências profissionais, deixando de levar em conta as
diferenças entre os membros da equipe.
(B) realize seu trabalho de forma a cumprir o cronograma individual estabelecido a cada componente
por todas as chefias da organização.
(C) deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.
(D) deixe claro suas opiniões em primeiro lugar e, na sequência, a opinião dos demais membros do
grupo de trabalho.
(E) conduza seu trabalho de forma responsável, sem, no entanto, ouvir ou participar aos demais suas
ideias e opiniões.
I. Refere-se à relação com o próximo através de comportamentos e atitudes que interferem no convívio.
Julgada indispensável no contexto organizacional. Trata-se de um processo de interação, não sendo um
processo solitário. Habilidade necessária de se relacionar com as pessoas, entender e interagir diante de
humores e temperamentos dos outros;
II. A ocorrência dessa relação se dá através de um quantitativo mínimo de pessoas;
11. (TRE-AL - Técnico Judiciário - CESPE) Toda pessoa com história de relacionamentos bem-
sucedidos possui talento interpessoal e tende a ser mais flexível no contexto social.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
01.E / 02.B / 03.B / 04.E / 05.E / 06.C / 07.C / 08.C / 09.A / 10.A / 11.Errado
Comentários
01. Resposta: E
A única assertiva incorreta é a letra e, pois, entre outras coisas, a comunicação expressa sentimentos
de satisfação e insatisfação seja com questões relacionadas ao trabalho ou não.
02. Resposta: B
Ressaltaremos o termo que deixa a assertiva incorreta por ser muito extrema, sendo que a relação
interpessoal não pode ser restrita como feito nas assertivas erradas:
a) é a relação da empresa, exclusivamente, com seu público interno. (Externo também)
b) se realiza através do contato, mediado ou não, entre duas ou mais pessoas que podem ter seus
papéis de receptor e emissor exercidos de modo recíproco =CORRETA
c) é um recurso de grande importância, mas não atinge o status de recurso estratégico de gestão,
pois pouco tem a ver com a coesão do funcionamento da organização.
d) se realiza somente quando uma área, divisão ou unidade relaciona-se com outra para a transmissão
de dados ou troca de informações.
e) se utiliza apenas de canais informais de comunicação.
03. Resposta: B
Elementos Componentes da Confiança Interpessoal
Contratual: Compreensão entre os indivíduos sobre tudo aquilo que as partes farão e esperarão das
demais.
Comunicação: Envolvimento do desejo do compartilhamento da informação
Competência: Respeito às habilidades e aos conhecimentos dos demais
Convicção: Consciência do que é realmente significativo na manutenção de acordos e na coerência
entre o discurso e a prática
04. Resposta: E
A afirmativa “e” coloca corretamente a relação existente entre o estudo dos relacionamentos
interpessoais e o estudo da comunicação eficaz, uma vez que, para se fazer uso das ferramentas
disponibilizadas por esse estudo, é necessário conhecer o outro.
05. Resposta: E
De acordo com Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada
um e às exigências da situação.
06. Resposta: C
O bom relacionamento interpessoal é derivado da ética, como foi visto anteriormente. A partir do
momento em que se segue um comportamento ético está se formando uma base para o desenvolvimento
de um bom relacionamento interpessoal. Pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.
07. Resposta: C
Deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.
08. Resposta: C
Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma
relação entre duas ou mais pessoas (pelo menos duas pessoas). Este tipo de relacionamento é marcado
pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de
comunidade. O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas
comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação
social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.
09. Resposta: A
A eficácia de um empregado no seu comportamento interpessoal no ambiente de trabalho consiste em
colaborar com todos, de forma construtiva e amigável, além de ter capacidade de reconhecer a
contribuição individual e coletiva do grupo nos resultados alcançados.
10. Resposta: A
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética.
Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem5 (auxiliar, técnico e enfermeiro) estão
definidos no Decreto N° 94.406/87, que regulamenta a Lei N° 7.498/86, sobre o exercício profissional da
Enfermagem. As atividades do enfermeiro estão descritas nos artigos 8° e 9°, as competências do técnico
de enfermagem, no artigo 10°, e as do auxiliar, no artigo 11° do referido decreto.
As funções são divididas por níveis de complexidade e cumulativas, ou seja, ao técnico competem as
suas funções específicas e as dos auxiliares, enquanto que o enfermeiro é responsável pelas suas
atividades privativas, outras mais complexas e ainda pode desempenhar as tarefas das outras categorias.
Às três categorias incube integrar a equipe de saúde e a promover a educação em saúde, sendo que
a gestão (atividades como planejamento da programação de saúde, elaboração de planos assistenciais,
participação de projetos arquitetônicos, em programas de assistência integral, em programas de
treinamento, em desenvolvimento de tecnologias apropriadas, na contratação do pessoal de
enfermagem), a prestação de assistência ao parto e a prevenção (de infecção hospitalar, de danos ao
paciente, de acidentes no trabalho) são de responsabilidade do enfermeiro.
Dessas atividades, cabe ao técnico de enfermagem assistir o enfermeiro no planejamento das
atividades de assistência, no cuidado ao paciente em estado grave, na prevenção e na execução de
programas de assistência integral à saúde e participando de programas de higiene e segurança do
trabalho, além, obviamente, de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro.
Privativamente, incumbe ao enfermeiro a direção do serviço de enfermagem (em instituições de saúde
e de ensino, públicas, privadas e a prestação de serviço); as atividades de gestão como planejamento da
assistência de Enfermagem, consultoria, auditoria, entre outras; a consulta de Enfermagem; a prescrição
da assistência de Enfermagem; os cuidados diretos a pacientes com risco de morte; a prescrição de
medicamentos (estabelecidos em programas de saúde e em rotina); e todos os cuidados de maior
complexidade técnica.
A única categoria com todas as atividades explicitadas em Lei é a dos auxiliares de enfermagem. Além
de integrar a equipe de saúde e educar, cabe ao auxiliar preparar o paciente para consultas, exames e
tratamentos; executar tratamentos prescritos; prestar cuidados de higiene, alimentação e conforto ao
paciente e zelar por sua segurança; além de zelar pela limpeza em geral.
Cabe, ainda, ao auxiliar ministrar medicamentos, aplicar e conservar vacinas e fazer curativos; colher
material para exames laboratoriais; executar atividades de desinfecção e esterilização; realizar controle
hídrico; realizar testes para subsídio de diagnóstico; instrumentar; efetuar o controle de pacientes e de
comunicantes em doenças transmissíveis; prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios; aplicar
oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio; executar os trabalhos de rotina
vinculados à alta de pacientes; e participar dos procedimentos pós-morte.
Ética
5
http://mt.corens.portalcofen.gov.br/diferenca-entre-categorias_698.html
Valores e Ética
A singularidade da profissão de enfermagem está na complexidade e diversidade de papéis e
responsabilidades assumidas por seus membros. O profissional de enfermagem atua como uma conexão
entre o paciente e outros profissionais de saúde, para assegurar que os direitos do paciente sejam
respeitados. Atualmente, o profissional está apto a se empenhar visando o objetivo de proporcionar um
atendimento completo e abrangente para uma gama maior de pacientes.
A assistência de saúde é realizada numa sociedade pluralística onde existem muitos sistemas de
crenças e fé. Com tanta diversidade moral e cultural, frequentemente é difícil definir valores comuns de
assistência de saúde. O profissional de enfermagem tem conhecimento de valores e ética e os usa para
proporcionar uma boa assistência para o paciente. Depende do próprio profissional a tentativa de resolver
dilemas éticos que surgem durante sua interação com o paciente. Se ele sabe claramente o que eles
valorizam e por que, estará apto a tomar, e ajudar os pacientes a tomarem, decisões éticas responsáveis.
Uma pessoa que ingressa na profissão de enfermagem possui um conjunto de valores pessoais que
guiarão suas ações. Esses valores são o resultado de uma escolha ou hábitos pessoais. Um jovem adulto
que ingressa na carreira de enfermagem será incapaz, a princípio, de identificar todos os atributos de um
enfermeiro profissional. Mas, após socializar-se com a profissão, ele logo verificará a interação de valores
pessoais e profissionais.
Dois valores primários identificados por Hall (1973) são o valor próprio e equivalência. O valor próprio
é a crença de uma pessoa em se considerar valiosa para as pessoas importantes de sua vida. o valor
próprio está relacionado à confiança, à expressão de emoções e à capacidade de se relacionar com as
outras pessoas. O valor de equivalência é a crença de que outras pessoas têm valor equivalente a si
mesmo. Hall sugere que estes dois valores primários devem existir conjuntamente. Ter um sentimento
positivo pelos outros requer que uma pessoa primeiro avalie a si própria. Esses dois valores primários
são “forças orientadoras” na vida pessoal e profissional do enfermeiro.
Existem muitos outros valores, como a confiabilidade e a competência, que o enfermeiro adquire
durante a socialização. Se os valores pessoais são similares aos ideais para o trabalho, os profissionais
assumem seu papel com pouca dificuldade; se eles são incompatíveis, o profissional de enfermagem
provavelmente se sentirá frustrado e insatisfeito.
Amparo do Paciente
Os padrões éticos regem o comportamento de profissionais e instituições para com os pacientes. Em
contraste, as leis determinam o licenciamento de profissionais e prescrevem os limites da prática legal.
Geralmente é verdade que as práticas éticas são práticas legais. Entretanto, somente a lei é prontamente
executável.
Como Kohnke destacou, o conceito de amparo transpõe esta lacuna entra a ética e a lei. Em
enfermagem, amparo consiste em informar o paciente e, então, apoiar qualquer que seja a decisão
tomada. Informar apropriadamente um paciente adéqua-se às responsabilidades legais do profissional de
enfermagem e apoiá-lo adéqua-se às necessidades éticas de respeitar o direito de uma pessoa à
autodeterminação.
Amparo é um processo complexo que, primeiro, requer do profissional de enfermagem a aquisição da
compreensão de suas próprias atitudes, valores e crenças e, depois aprender a aproximar-se do paciente
com a mente aberta, reconhecendo valores e crenças diferentes. Amparo não é o mesmo que
determinação de valores; entretanto, para dar amparo, o profissional de enfermagem precisa determinar
quais são os valores.
As duas funções primárias de amparo são informar e apoiar. Para informar um paciente propriamente,
o profissional de enfermagem precisa ter informação exata ou saber onde conseguir. O profissional que
dá amparo precisa também desejar que o paciente receba a informação. Entretanto, um paciente precisa
concordar em receber a informação; ele tem o direito de não saber. Além disso, o profissional de
enfermagem que dá amparo fornece a informação de um modo que tenha significado para o paciente.
Finalmente, o profissional protetor reconhece que muitas pessoas, como membros de família, médicos,
administradores de assistência de saúde, não querem que o paciente obtenha informações. Esta situação
torna amparo muito difícil. O papel de protetor torna-se um ato de ponderação cuidadosa, entre contar ao
paciente o que ele precisa saber e não prejudicar a relação do paciente com a família ou o médico.
O profissional de enfermagem também dá apoio ao paciente sem assumir uma posição defensiva ou
de salvamento. A responsabilidade da tomada de decisões permanece com o paciente e não com o
protetor. O enfermeiro protetor não dá conselhos, faz julgamentos ou dá aprovação. O profissional de
enfermagem tem consequência dos riscos que são inevitáveis se o paciente tomar decisão errada sobre
o tratamento de saúde, mas é o paciente quem decide após receber a informação. Se a decisão for errada,
o profissional instrui o paciente como aceitá-la e como fazer uma escolha melhor no futuro.
Ética no Trabalho
Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer
algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes,
abrir mão de algumas coisas e perder algo.
É preciso ouvir mais as ideias de seus colegas, pois muitas ideias aparentemente absurdas podem ser
a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvir as pessoas e
avaliar a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições, e principalmente dar crédito
a quem realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos elogios pelo trabalho realizado por outras
pessoas, sem sequer repassar os mesmos ou citar o nome dos colegas que contribuíram para tal, e isso
é ser antiético, pois está-se aceitando um elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou tarde, o mesmo
será reconhecido e você ficará com fama de mau-caráter.
Outra coisa muito importante é a pontualidade, pois se você sempre se atrasar, será considerado
indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de carreira. Infelizmente em muitas empresas
julga-se o caráter e a competência de um funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua
produtividade ou habilidades técnicas/gerenciais.
Tente também nunca criticar seus colegas de trabalho ou culpá-los pelas costas, e quando tiver de
corrigir ou repreender alguém, faça-o em particular, não o humilhe perante outros, respeite sua
privacidade e se for o caso ofereça apoio, pois ele poderá estar passando por dificuldades sem você
saber.
Existem outras ponderações que devemos fazer, tais como: maneiras de utilização de telefones, e-
mails, assim como comportamentos em reuniões/palestras e em situações de fofocas de corredor.
“Aja de acordo com seus princípios e assuma suas decisões, mesmo que isso implique ficar contra a
maioria”.
Utilização do Telefone
Ao se utilizar o telefone na empresa devemos tomar alguns cuidados, tais como:
- Dar toda a atenção à pessoa que ligou sem ficar distraído com outras atividades em paralelo;
- Evitar intimidades com a pessoa que está do outro lado da linha, pois isso poderá causar
constrangimentos com os colegas que estão ao seu redor;
Utilização de e-mail
A utilização do e-mail é algo extremamente polêmico e atualmente se discute muito sobre o direito das
empresas monitorarem os e-mails de seus funcionários, violando assim sua privacidade. Então, é
importante que se tenha alguns cuidados ao se utilizar o e-mail fornecido pela empresa:
- Nunca escreva algo que possa constrangê-lo depois, evite intimidades e escreva aquilo que você
falaria pessoalmente para a pessoa;
- Verifique sempre a gramática e a ortografia do texto antes de enviá-lo, pois não existe nada pior do
que um texto cheio de erros que, em muitos casos, pode ofender pessoas que prezam muito uma boa
grafia;
- Seja claro e objetivo, pois hoje em dia ninguém tem tempo para ler textos extensos demais ou ficar
pensando em palavras fora de contexto;
- Um e-mail, apesar de também ser um documento, não deve ser tão formal quanto uma carta;
- Jogue fora todos aqueles e-mails que não servem para nada, como malas diretas, correntes e
piadinhas infames e só responda àqueles que realmente mereçam sua atenção;
- Não mande correntes, piadas - obscenas ou não - e pegadinhas por e-mail para quem não conhece.
Comportamento em Reuniões
É neste momento que seu profissionalismo é posto à prova e onde sua postura profissional estará
sendo julgada, então tome alguns cuidados ao participar de reuniões de trabalho.
- Não chegue atrasado. Além de irritar quem chegou na hora, sua imagem ficará péssima, pois sua
pontualidade foi ineficaz;
- Nunca sente à cabeceira da mesa, pois esse lugar normalmente é reservado à pessoa que conduzirá
a reunião. Assim você dará a entender que conhece seu lugar, demonstrará apoio e deixará claro que
não ameaça a pessoa que está conduzindo a reunião;
- Leia e pesquise sobre o assunto que será colocado em pauta. Dessa maneira você estará preparado
e poderá participar da discussão, sem passar pelo constrangimento de dar um fora;
- Quando participar de uma reunião não entre mudo e saia calado, torne sua participação ativa;
- Exponha todas suas ideias independentemente de boas ou ruins, e quando achar que deve discordar,
discorde, mesmo que seja com quem está conduzindo a reunião. Dessa maneira você tornará a reunião
mais produtiva e não apenas um encontro de amigos;
- A pessoa que está conduzindo a reunião deve ser o primeiro e o último a falar. Ou seja, é ela que
abre e fecha a reunião;
- Se for encarregado de conduzir uma reunião, lembre-se de que um bom condutor é aquele que expõe
suas opiniões de modo que todos entendam, sabe ouvir e mediar conflitos;
- Ao fazer um comentário, apresentar uma ideia ou sugestão, seja claro e objetivo. Resuma ao máximo
o que tem a dizer para não tornar a reunião longa e cansativa demais;
- Olhe para os outros quando estiverem falando para mostrar interesse. Não baixe os olhos para a
mesa;
- Apresente suas ideias como recomendação e não como ordens. Senão você poderá comprometer a
autoridade diante dos demais participantes;
- É importante manter a postura durante uma reunião. Evite ficar gesticulando, rabiscando, mexendo
no celular e principalmente entrar em uma reunião com o celular ligado.
Exercícios do Cargo/Função
Jamais use seu cargo, função, atividade, posição ou influência com o fim de obter qualquer
favorecimento para si ou para outros. Busque o melhor resultado mantendo sempre uma atitude
transparente, de respeito e colaboração com os colegas de trabalho.
- Procure saber como seus superiores trabalham e como gostam que seus colaboradores exerçam
suas atividades, pois dessa maneira você poderá guiar suas atitudes e reações;
- Deixe claro quais são as suas funções, principalmente se elas incluírem obrigações pessoais e
particulares. Sobretudo, no caso de secretárias e assistentes que são encarregados de controlar as
contas do chefe, organizar agenda, comprar presentes para os familiares, etc.;
- Caso tenham afinidades ou amigos em comum, não há mal algum em fazer comentários pessoais,
mas seja discreto e tome cuidado para não parecer inconveniente nem puxa-saco;
- Reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala correta é: “não foi
um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o acontecido”;
- Jamais diga a palavra problema para se referir a uma situação desfavorável. Dá a impressão de que
você não consegue controlar a situação.
Relacionamentos
Entre Colegas, Coordenadores e Gerentes
Saiba respeitar as diferenças individuais, aja de forma cortês, com disponibilidade e atenção a todas
as pessoas com quem se relaciona, independentemente de seu cargo na empresa.
- Reconheça os méritos relativos aos trabalhos desenvolvidos por colegas ou gerentes;
- Não prejudique a reputação de colegas ou gerentes por meio de julgamentos preconceituosos, falso
testemunho, informações não fundamentadas ou qualquer outro subterfúgio;
- Não busque obter troca de favores que aparentem ou possam dar origem a qualquer tipo de
compromisso ou obrigação pessoal;
- Estimule a manifestação de ideias, quando alinhadas com os objetivos das empresas, mesmo que
representem mudança significativa.
Intimidações
- Jamais tolere ameaças ou assédios de qualquer tipo;
- Não se submeta a situações de assédio moral (entendido como o ato de desqualificar repetidamente,
por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do empregado em
função do vínculo hierárquico) e denuncie o assediador;
- Respeite a hierarquia, porém informe imediatamente à gerência superior qualquer comportamento
irregular, desde que devidamente fundamentado;
- Comunique imediatamente aos seus superiores hierárquicos, para que as providências cabíveis,
qualquer aliciamento, ato ou omissão que julgue contrários ao interesse da empresa;
- Não ceda a pressões que visem a obtenção de vantagens indevidas.
Feedback
Feedback: conjunto de sinais perceptíveis que permitem conhecer o resultado da mensagem; é o
processo de se dizer a uma pessoa como você se sente em função do que ela fez ou disse. Para isso,
fazer perguntas e obter as respostas, a fim de verificar se a mensagem foi recebida ou não.
Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma
maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções.
Habilidades de Feedback:
- Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior);
- No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com questões
periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las;
- Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor;
- Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o receptor com excesso de informações ou críticas);
- Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar contribuindo
para o comportamento do receptor;
- Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você como o receptor
estejam deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi decidido.
A Ética é algo que não pode ser definido como certo ou errado. É a forma de como as pessoas
acreditam, é o bom senso, em suma, e como você observa o mundo ao seu redor.
Infelizmente a Ética, postura profissional, relacionamentos no ambiente de trabalho, transformou-se
em chavões onde ninguém sabe explicar o que é certo ou não, ou melhor, pode-se notar que a Ética já
não está sendo respeitada.
O coerente seria que as organizações desenvolvessem códigos de condutas, assim poderiam mostrar
o que é “correto” para aquele ambiente de trabalho. Uma vez tendo isso bem exemplificado e explicado,
não deixaria margem para questões sem o menor pingo de cuidado do uso de termos sem o menor
sentido, que em vez de ajudar acabam por prejudicar e muitas vezes ofender as pessoas.
Ética Profissional
Como profissional, o enfermeiro tem um compromisso com pacientes e com a própria profissão, em
fornecer a melhor qualidade de assistência de saúde disponível. A formação educacional do profissional
de enfermagem fornece o conhecimento e habilidades necessárias para ajudá-lo a cumprir o
compromisso profissional. Experiências clínicas promovem a socialização na profissão, por que o
profissional aprende os padrões e normas usados por outros colegas no exercício da profissão e outras
disciplinas de assistência médica. O processo de tornar-se um profissional somente está completo
quando os valores da profissão são integrados aos valores do indivíduo.
A ética está ligada à verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto.
No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade
evoluíra em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à
elevação de espírito. A atitude ética determinará como um profissional trata os outros profissionais no
ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos entre outros
membros da comunidade em geral.
A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados.
O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a
sua profissão; o agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no
desempenho de sua profissão.
Ética na Enfermagem6
Os dilemas éticos surgem a cada dia, exigindo dos profissionais de enfermagem o aprimoramento
constante de seus conhecimentos.
Face à dinamicidade cultural contemporânea, o profissional de enfermagem se depara com
questionamentos éticos e legais a respeito da sua atuação, exigindo competência ampla diante de tantas
inovações.
O cliente usuário dos serviços de saúde tem o direito de receber informações claras, objetivas e
compreensíveis sobre as medidas diagnósticas e terapêuticas propostas. Assim, sabe-se que é
incontestável o direito do cliente de acessar as informações e orientações a respeito da assistência de
enfermagem que lhe está sendo prestada, bem como o direito de acessar o seu prontuário, os exames
médicos solicitados e os resultados, além de discutir com os profissionais da área de saúde sobre as
possibilidades diagnósticas e terapêuticas pretendidas, consentindo ou não, de acordo com o livre arbítrio
- legalmente resguardado pela capacidade jurídica, ou através de seu representante legal.
O paciente dos dias de hoje, por ter consciência de seus direitos de consumidor, tem deixado de ser
tão passivo a tudo, o que requer mais atenção, respeito e habilidade por parte do enfermeiro. Alguns
pacientes querem participar de seus cuidados e compreenderem o que está ocorrendo no seu processo
de hospitalização. Nesse sentido, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, em seu artigo 16,
é muito claro ao assegurar ao cliente o direito de que lhe seja prestada uma assistência de enfermagem
livre de danos decorrentes de negligência, imperícia ou imprudência.
O Código Civil, em seu artigo 951, dispõe: “... no caso de indenização devida por aquele que, no
exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho”. Com isso, a responsabilidade
profissional é subjetiva, caso ocorra algum tipo de prejuízo ao cliente, exigindo-se a comprovação de que
o profissional agiu culposamente e deu ensejo ao risco ou ao dano alegado pelo cliente ou responsável
legal.
A responsabilidade é o dever jurídico de responder pelos próprios atos ou de outrem, sempre que estes
atos violarem os direitos de terceiros protegidos por Lei, garantindo o ressarcimento de danos causados
culposamente, seja por imperícia, negligência ou imprudência, por parte do profissional.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente quem,
podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou se
comporta de modo diverso.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
6
Texto extraído de FREITAS, Genival Fernandes de; OGUISSO, Taka. Ocorrências éticas na enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasília (DF) n. 56, v. 6, p. 637-639,
nov-dez, 2003.
7
ROSENSTOCK, Karelline Izaltemberg Vasconcelos et al. Aspectos Éticos no Exercício da Enfermagem; Revisão Integrativa da Literaturas. Cogitare Enferm.,
v. 16, n. 4, p. 727-33, out/dez, 2011.
Códigos de Ética
A profissão de enfermagem possui códigos de ética que asseguram ao profissional a atenção por altos
ideais de conduta. Um código de ética profissional é uma declaração coletiva das expectativas do grupo,
um padrão de comportamento. Um código de ética para os profissionais de enfermagem relaciona as
responsabilidades especiais assumidas por aqueles que cuidam de pessoas doentes. Eles lidam com
pessoas, que por causa de doença ou trauma, são frequentemente vulneráveis ou dependentes das
capacidades e conhecimentos profissionais. A profissão de enfermagem precisa formular e cumprir altos
ideais de conduta para assegurar ao público e a sociedade que os profissionais individualmente, não
tirarão partido de suas posições.
Um código é um conjunto de princípios que são geralmente aceitos por todos os membros de uma
profissão. Estes princípios indicam alguns dos fatores que os profissionais de enfermagem devem
considerar, quando da decisão da conduta apropriada. Códigos de ética também fornecem um alicerce
comum para o currículo de enfermagem profissional.
É muito difícil codificar todos os princípios nos quais uma pessoa deve se basear para resolver dilemas
num campo complexo como o da enfermagem. Os profissionais de enfermagem enfrentam dilemas éticos
que não são claramente regulamentados pelos códigos de ética.
Um código de ética precisa ser curto, no entanto detalhado o suficientemente para que sempre ofereça
uma orientação clara e obtenha aceitação geral. A Associação Americana de Profissionais de
Enfermagem (AAPE) e o Conselho Internacional de Profissionais de Enfermagem (CIPE) estabeleceram
códigos amplamente aceitos, que os profissionais de enfermagem devem tentar seguir. Embora esses
códigos se diferenciem em algum ponto de ênfase específica, eles refletem os mesmos princípios básicos.
Cada profissional de enfermagem assume a responsabilidade de realizar atividades de enfermagem
específicas na assistência de um paciente. Ser responsável também se refere à esfera das funções de
deveres associado ao papel dos enfermeiros. À medida que assumem mais funções, estas funções
tornam-se parte de sua responsabilidade. Sendo responsável, ele se torna seguro e digno de confiança
pelos colegas e paciente. Um profissional responsável é competente em conhecimento e habilidades. É
imperativo que ele também possua responsabilidade ética em relação ao paciente. Um profissional de
O desempenho individual de um profissional de enfermagem pode ser medido? Uma tendência recente
na assistência de saúde é o estabelecimento de padrões de assistência. A Comissão Mista de
Credenciamento de Hospitais tem recomendado certos padrões para o exercício da assistência de
enfermagem. Estes padrões fornecem uma estrutura básica para avaliar se assistências de enfermagem
competentes são ministradas. O desempenho então pode ser medido objetivamente, bem como
criticamente. Tucker e associados produziram um exemplo de um conjunto de padrões a seguir para
propiciar bem-estar físico geral a um paciente, tal como certificar-se de que o paciente está confortável e
na posição correta. Esses padrões não eliminam a necessidade de um plano individual de assistência.
O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei
nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421,
de 15 de fevereiro de 2012, e
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973,
compete ao Cofen elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,
ouvidos os Conselhos Regionais;
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos
constitucionais vigentes;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra (1949), cujos postulados estão
contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado em 2012);
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005);
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem
(1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado em 2000 e 2007), as
normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/1996),
revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres
humanos;
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na Enfermagem – 1ª CONEENF, ocorrida no período
de 07 a 09 de junho de 2017, em Brasília – DF, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem e
Coordenada pela Comissão Nacional de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016;
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no
território nacional, nos casos de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos
e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia Extraordinária de Presidentes dos
Conselhos Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em Brasília, Distrito Federal, no dia 18
de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª
Reunião Ordinária,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo desta
Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que poderá ser consultado
através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br).
Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem,
Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.
8
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html - Acesso em 28/05/2019 às 16h42min
Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3
dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho Federal de Enfermagem,
em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências Regionais.
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua
publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário, em especial a
Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007.
PREÂMBULO
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
– CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos para a conduta
profissional e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à
organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsabilidades a promoção e a
restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados
à pessoa, à família e à coletividade; organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em
colaboração com outros profissionais da área; tem direito a remuneração justa e a condições adequadas
de trabalho, que possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses princípios
fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que
inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha,
à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura,
incapacidade, deficiência, doença, identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção
política, raça ou condição social.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enfermagem, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, aprova
e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel observância e
cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes
contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família e coletividade.
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais,
técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com competência para promoção do ser
humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como
integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas
políticas de saúde que garantam a universalidade de acesso, integralidade da assistência, resolutividade,
preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização
político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas ciências
humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e cotidiana de assistir,
gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e
ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos
e dos direitos humanos.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica
à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de
enfermagem.
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e
protocolos institucionais, bem como participar de sua elaboração.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer
condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por
meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar,
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.
Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área
direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem.
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam pessoas e/ou local de
trabalho sob sua responsabilidade profissional.
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e produção técnico-
científica.
Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos para conceder
entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar
eventos com finalidade educativa e de interesse social.
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-
científicas e legais.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de
suas atividades profissionais.
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética
e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/usuários quando houver
risco à sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e assegurando a continuidade da
assistência de Enfermagem.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que envolvam recusa
e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente Código e a legislação do exercício profissional.
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer
o exercício profissional.
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição.
Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no
Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional.
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e categoria de inscrição no Coren,
devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional.
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, conforme legislação
vigente.
Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade
da assistência e segurança do paciente.
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e
intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de
exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante
legal.
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas
situações de morte e pós-morte.
Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso
de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos reivindicatórios da
categoria, deverão ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma assistência segura, conforme
a complexidade do paciente.
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e
número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência.
§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica
em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou
outro profissional, registrando no prontuário.
§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em
casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente.
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional, exceto
nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa
envolvida ou de seu representante ou responsável legal.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento
da pessoa envolvida.
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na defesa
própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da assistência.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do sigilo profissional.
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização criminal,
independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e adolescentes; idosos; e
pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos de violência
doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, independentemente de autorização, em
caso de risco à comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima ou
do seu responsável.
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados
nos diferentes meios de comunicação e publicidade.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto
para o desempenho seguro para si e para outrem.
CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES
Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à legislação que disciplina o
exercício da Enfermagem.
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que
não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem a legislação e
princípios que disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma ou tipo de violência
contra a pessoa, família e coletividade, quando no exercício da profissão.
Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou
demissão motivada pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do
exercício profissional; bem como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de
concorrência desleal.
Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer instituição ou estabelecimento
congênere, quando, nestas, não exercer funções de enfermagem estabelecidas na legislação.
Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, além do que lhe é
devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer
natureza para si ou para outrem.
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões,
ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem contra a dignidade da pessoa
humana, bem como dificultar o exercício profissional.
Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipificados como crime ou
contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto naqueles em que não a exerça,
ou qualquer ato que infrinja os postulados éticos e legais.
Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pessoa e família, membros das
equipes de Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem, trabalhadores de outras áreas e
instituições em que exerce sua atividade profissional.
Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja
postulados éticos e legais, no exercício profissional.
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos
permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir de acordo com a
sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a continuidade da assistência.
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naquelas expressamente
autorizadas na legislação, desde que possua competência técnica-científica necessária.
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e
potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional.
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou
em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência.
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto em caso de
emergência, ou que estiverem expressamente autorizados na legislação vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no
descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização humana,
reprodução assistida ou manipulação genética.
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissional, assédio moral, sexual
ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer membro da equipe de saúde,
seja por meio de atos ou expressões que tenham por consequência atingir a dignidade ou criar condições
humilhantes e constrangedoras.
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa comprovar.
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das organizações da categoria.
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de
sua área profissional.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que possam
identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de comunicação.
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas
ações sejam assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão diretamente
envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto quando autorizado pelo paciente,
representante legal ou responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando
solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de Ética de Enfermagem.
Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de Enfermagem,
exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da equipe de saúde.
Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular, que esteja sob sua
responsabilidade em razão do cargo ou do exercício profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio
ou de outrem.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes dos
objetivos previamente estabelecidos.
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo e/ou instituição
envolvida, sem a autorização prévia.
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem referência do autor ou
sem a sua autorização.
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha ou não participado
como autor, sem concordância ou concessão dos demais partícipes.
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou coautor em
obra técnico-científica.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a aplicação das respectivas
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
bem como a inobservância das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou disciplinar, que cometer
ou contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s) obtiver benefício.
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s)
praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo
Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada
no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício
profissional, são da responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no
prontuário do profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro,
da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem
e nos casos de cassação do exercício profissional, terá como instância superior a Assembleia de
Presidentes dos Conselhos de Enfermagem.
Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a
natureza do ato e a circunstância de cada caso.
§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de
qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou
instituições ou ainda que causem danos patrimoniais ou financeiros.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que provoquem debilidade temporária de membro,
sentido ou função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de morte, debilidade permanente
de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as que causem danos
mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem a morte, debilidade permanente de
membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa.
CAPÍTULO V
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente,
quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos:, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53,
54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91,
92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28,
29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69,
70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97,
98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77,
78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que
está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73,
74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.
Bioética9
Bioética (ética da vida) é parte da filosofia que se dedica a estudar a moral e as obrigações humanas.
Assim, surge uma nova reflexão para a ética tradicionalista, que vincula as relações humanas com a vida,
saúde e integridade física de todos os seres humanos, sensibilizando o desenvolvimento social. Seu nome
indica uma forma especial de ética em que se conjugam o aspecto biológico e as relações de deveres
profissionais.
Importante saber que a Bioética não trata somente da relação entre médico e paciente, mas também
se preocupa com especialidades vinculadas ao campo da Medicina, tais como a Biotecnologia, a
Engenharia Genética, experiências com seres humanos e animais em geral, saúde dos pacientes
mentais, questões sobre início e fim de vida – como a interrupção da gravidez frente a um diagnóstico de
um feto com múltiplas malformações congênitas, transplantes de órgãos, eutanásia, clonagem humana e
outros temas. Incorpora, também, diversos temas sociais como Saúde Pública, meio ambiente e relações
jurídicas, entre outros.
No século XX, o paciente avançou na conquista de um direito humano tido como fundamental, que é
sua autonomia para tomar decisões em situações relacionadas à própria saúde. Saiu de uma condição
passiva para assumir papel ativo no relacionamento com profissionais de Saúde.
No cenário de dilemas morais, a Bioética chama para si a responsabilidade de refletir sobre questões
e valores que surgem em decorrência do avanço da Biotecnologia sobre a vida humana.
O “fazer” da Enfermagem, por estar ligado diretamente a processos invasivos nos pacientes, desperta
nos profissionais questões como “Que atitude deve ser tomada?”, “Até onde o profissional de enfermagem
deve ir com o intuito de salvar vidas?” ou ainda, “Que fazer diante de pacientes que recusam determinados
tratamentos ou medicamentos?”.
9
Texto adaptado de KURAMOTO, Jaqueline Bergara. Ética e bioética em enfermagem. In: Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem.
MURTA, Genilda Ferreira (org.). 3. ed. rev. amp. São Caetano do Sul: Difusão, 2007. Vol. 2
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.
Art. 5º (VETADO).
10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7498.htm - Acesso em 28/05/2019 às 16h33min.
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo
serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução
simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em instituições de saúde,
públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e
supervisão de Enfermeiro.
Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal,
do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de
pessoal de enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à
harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados os direitos adquiridos
quanto a vencimentos e salários.
Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de enfermagem, em virtude de carência de
recursos humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação específica regulada em lei, será
autorizado, pelo Conselho Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem,
observado o disposto no art. 15 desta lei.
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei,
o exercício das atividades elementares da enfermagem, observado o disposto em seu artigo 15. (Redação
dada pela Lei nº 8.967, de 1994)
JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto Pinto
Questões
01. (Pref. Maravilha/SC - Enfermeiro - Saúde da Família - Pref. Maravilha/SC) De acordo com a
Legislação do Exercício Profissional da Enfermagem - Decreto n.º 94.406/87 - e o Ministério da Saúde, o
pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro (Brasil, 1987). A Lei n.º
7.498 de 25 de julho de 1986 dispõe sobre a regulamentação do exercício de Enfermagem, e no Art. 11
menciona que o Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I. Privativamente: realizar consulta de enfermagem e prescrição da assistência de Enfermagem.
II. Como integrante da equipe de saúde: prescrever medicamentos e solicitar exames de rotina e
complementares, desde que estabelecidos em Programas de Saúde Pública e aprovados pela instituição
de saúde.
III. Como integrante da equipe de saúde: assistência de enfermagem à gestante, parturiente e
puérpera.
IV. Como integrante da equipe de saúde: execução do parto sem distocia.
03. (Pref. Apiacá/ES – Enfermeiro – IDECAN) De acordo com a Lei n.º 7.498/86 e suas atualizações,
a enfermagem atualmente é exercida privativamente pelos seguintes profissionais, devidamente
habilitados e inscritos no COREN, EXCETO:
(A) Parteira.
(B) Enfermeiro.
(C) Auxiliar de enfermagem.
(D) Técnico de enfermagem.
(E) Agente comunitário de saúde.
De acordo com o Decreto n.º 94.406, de 8 de junho de 1987, cabe ao auxiliar de enfermagem as
atividades descritas em
(A) I, II, III e IV.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas.
(E) III e IV, apenas.
07. (IPSA - Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES) Considerando a Lei n.º 7.498, de 25 de junho de
1986, que dispõe sobre o Exercício Profissional de Enfermagem, cabe ao Auxiliar de Enfermagem:
(A) participar da programação da assistência de Enfermagem.
(B) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.
(C) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.
(D) realizar consulta de enfermagem.
11. (EBSERH/ HC-UFMG - Técnico em Enfermagem – AOCP) Nos termos da Lei nº 7.498/86 é/são
atividade(s) do Técnico em Enfermagem:
(A) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem.
(B) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
(C) execução do parto sem distocia.
(D) participação na orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.
(E) consulta de enfermagem.
12. (EBSERH/ HC-UFPE - Técnico em Enfermagem – IDECAN) De acordo com a Lei nº 7.498/86,
que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem e dá outras providências, o técnico em
enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de
enfermagem em grau auxiliar, além da participação no planejamento da assistência de enfermagem,
cabendo-lhe especialmente, EXCETO:
(A) Participar da equipe de saúde.
(B) Participar da programação da assistência de enfermagem.
(C) Executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro.
(D) Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.
(E) Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem.
13. (EBSERH - HC-UFTM - Técnico em Enfermagem – IADES) Lei nº 7.498/1986 dispõe sobre a
regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. No art. 7º, a lei regulamenta a
profissão de técnico de enfermagem.
Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
(A) É considerado técnico de enfermagem o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como diploma de técnico de enfermagem.
(B) É considerado técnico em enfermagem o titular do diploma ou do certificado de técnico de
enfermagem, expedido de acordo com a legislação e sem obrigatoriedade de registro pelo órgão
competente.
(C) A enfermagem é exercida privativamente pelo enfermeiro, pelo técnico de enfermagem e pelo
auxiliar de enfermagem, respeitados os respectivos graus de habilitação.
(D) A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente
habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem, independente da jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
(E) É atribuído ao técnico de enfermagem o planejamento, a organização, a coordenação, a execução
e a avaliação dos serviços da assistência de enfermagem.
Comentários
01. Resposta: D.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a
assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso II do art. 6.º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.
02. Resposta: C.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente
quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou
se comporta de modo diverso.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física
ou moral.
Em contrapartida, a imprudência decorre da ação açodada, precipitada e sem a devida precaução. É
imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los.
03. Resposta: E.
Art. 2.º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
04. Resposta: B.
Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à
equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII – participar dos procedimentos pós-morte.
05. Resposta: E.
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas
à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância
epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde.
06. Resposta: A.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente
quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou
se comporta de modo diverso.
07. Resposta: B.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2.º - Executar ações de tratamento simples;
08. Resposta: B.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2.º - Executar ações de tratamento simples;
§ 3.º - Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.
09. Resposta: C.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física
ou moral.
10. Resposta: B.
Imperícia: É a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade. Prática de uma injeção
intramuscular profunda seccionando o nervo ciático;
Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). É a prática de um fato
perigoso, ou seja, é uma ação descuidada. Decorre de uma conduta comissiva. Troca e administração de
solução incompatível com a via endovenosa;
Negligência: É a culpa de quem se omite. É a falta de cuidado antes de começar a agir. Ocorre sempre
antes da ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em movimento). Deixar
de providenciar ou executar ações técnicas cabíveis em situações de emergências com pacientes
11. Resposta: D.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2.º - Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3.º - Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.
12. Resposta: E.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2.º - Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3.º - Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.
Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem –
Privativo do Enfermeiro.
13. Resposta: A.
Art. 7.º – São técnicos de Enfermagem:
I – o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislação e registrado pelo órgão competente;
II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico
de Enfermagem.
15. Resposta: C.
Decreto nº 94.406/87 - Regulamenta a Lei n.º 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o
exercício da Enfermagem, e dá outras providências.
16. Resposta: E.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
17. Resposta: A.
Conforme o Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a Lei n.º 7.498/86:
Art. 8.º – Ao enfermeiro incumbe:
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas
comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que
possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de
vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente
nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes
e de doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra
referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos
concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar
de Enfermagem.
18. Resposta: B
A Bioética possui como uma de suas características principais a de ser uma ciência na qual o Homem
é sujeito e não somente objeto.
Tom Beauchamp e James Chidress, em 1978, ambos vinculados ao Kennedy Institute of Ethics,
publicaram o seu livro Principles of Biomedical Ethics, que consagrou o uso dos princípios na abordagem
de dilemas e problemas bioéticos fundados em quatro princípios: autonomia, beneficência, justiça e não
maleficência.
Decreto nº 94.406/8711
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e
dá outras providências
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição,
e tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D94406.htm - Acesso em 24.08.2020.
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas
à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância
epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras “”i”” e “”o”” do item II do Art. 8º.
Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe
de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem, tais como:
- ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
- realizar controle hídrico;
- fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes:
VIII – participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 13 – As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão,
orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 15 – Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e
dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação
de pessoal de Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de
Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único – Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com
o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes
com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Questões
01. (Instituto AOCP - Enfermeiro - EBSERH) De acordo com o decreto 94.406/1987, que
regulamenta a lei 7498/86, são atribuições do enfermeiro obstétrico, EXCETO
(A) prescrição da assistência de enfermagem.
(B) realização de parto com distocia.
(C) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação.
(D) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre a matéria de Enfermagem.
(E) realização de episiorrafia com aplicação de anestesia local quando necessário
02. (FUNRIO - IF-PA) Segundo o Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987 que Regulamenta a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências,
o Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de
enfermagem, cabendo-lhe as discriminadas abaixo, EXCETO:
(A) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.
(B) fazer curativos.
(C) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar.
(D) executar consulta de enfermagem.
(E) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
04. (FAUEL Técnico de Enfermagem CISMEPAR PR) Os profissionais técnicos em enfermagem são
pessoas qualificadas que desenvolvem ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde. Colaboram com o atendimento das necessidades de saúde dos pacientes e comunidade, em todas
as faixas etárias. De acordo com o Decreto 94.406/87, que regulamenta o exercício da enfermagem, cabe
ao técnico de enfermagem as seguintes tarefas, EXCETO:
(A) Executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do Enfermeiro e as
referidas no artigo 9º deste Decreto.
(B) Assistir ao Enfermeiro na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado
grave.
(C) Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.
(D) Como integrante da equipe de saúde cabe a participação nos programas de higiene e segurança
do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
A- Correta. Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de
enfermagem.
B- Incorreta. O parto que o enfermeiro obstetra está autorizado a executar e assistir é o sem distocia.
Portanto, a alternativa ao afirmar que o enfermeiro estaria apto a executar parto com distocia está em
desacordo com o disposto no Decreto.
Art. 8º, II, l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem
distocia;
C- Correta. Art. 8º, I, d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
02. Resposta: D
Decreto 94.406/87,
Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe
de enfermagem, cabendo-lhe:
I - preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde;
V - integrar a equipe de saúde;
VI - participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII - participar dos procedimentos pós-morte.
03. Resposta: B.
Art. 10, II - executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro
e as referidas no art. 9º deste Decreto;
04. Resposta: C
A atribuição descrita na alternativa “C” é do Enfermeiro.
Art. 8º, I, h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;