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MARINHA

Técnico em Enfermagem

Responsabilidade do Técnico de Enfermagem em relação ao paciente, à família e à


comunidade .............................................................................................................................. 1
Sigilo profissional ................................................................................................................. 6
Relações interpessoais ........................................................................................................ 8
O papel do Técnico de Enfermagem na equipe de Enfermagem; Código de Deontologia de
Enfermagem; Dimensões ético-legais na Enfermagem ......................................................... 16

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Apostila gerada especialmente para: Janderson silva de mendonça 1088.019.224-00


Responsabilidade do Técnico de Enfermagem em relação ao paciente, à família e
à comunidade

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL TERAPÊUTICO ENFERMEIRO – PACIENTE1

1. Introdução

Em 1947, Helena Willis Render, foi a primeira autora a introduzir a idéia de que o relacionamento entre
o (a) enfermeiro (a) e o paciente, é de um potencial terapêutico significativo. Em 1952, a enfermeira,
médica e educadora, Hildegard E. Peplau, escreveu um livro que revolucionou o ensino e a prática da
enfermagem psiquiátrica nos Estados Unidos, tendo como enfoque o potencial terapêutico do
relacionamento de pessoa para pessoa. Desde então, a enfermagem psiquiátrica vem ampliando sua
visão utilizando os conceitos originalmente propostos por Render e Peplau. (TAYLOR, 1992)
Para Stuart & Laraia (2002), “ o relacionamento terapêutico entre enfermeira e paciente é uma
experiência de aprendizado mútuo e uma experiência emocional corretiva para o paciente. Nessa relação,
a enfermeira utiliza a si próprio e as técnicas clinicas especificadas na trabalho com o paciente para gerar
introvisão e alteração comportamental do paciente”.
Também para Stuart & Laraia os objetivos de um relacionamento terapêutico são direcionados no
sentido do crescimento do cliente e incluem o seguinte.

Auto – realização, auto – aceitação, e auto – respeito aumentados.


Senso claro de identidade pessoal e da integração pessoal melhorada.
Capacidade de formar relacionamentos íntimos, interdependentes e interpessoais com capacidade de
dar e receber amor.
Melhoria da função e capacidade aumentada de satisfazer as necessidades e alcançar objetivos
pessoais realistas.

Segundo Taylor (1992), “ a enfermeira possui uma ferramenta singular que pode ter mais influência
sobre o cliente do que qualquer medicamento ou terapia: ele (a) mesmo. ” Para tanto, faz-se necessário
uma autoanálise que constitui um aspecto essencial para ser capaz de fornecer os cuidados de
enfermagem terapêuticos, como:
- Autoconsciência;
- Esclarecimento dos valores;
- Exploração dos sentimentos;
- Capacidade de servir como exemplo;
- Senso de ética e responsabilidade.

1.1 Fases do Relacionamento de acordo com Stuart & Laraia (2002)


Há quatro fases sequenciais do relacionamento entre o (a) enfermeiro (a) e o cliente:
1. Fase de Pré- interação: explorar seus próprios sentimentos, fantasias e medos, analisando seus
pontos fortes e suas limitações profissionais. Obter dados sobre o paciente, quando possível. Planejar o
primeiro encontro com o paciente.
2. Fase introdutória ou de orientação: determinar o motivo pelo qual o cliente procurou ajuda,
estabelecer confiança, aceitação e comunicação franca, explorar os pensamentos, os sentimentos e as
ações do cliente identificando os problemas, definir objetivos com o cliente, bem como, estabelecer acordo
mútuo para incluir nomes, funções, responsabilidades, expectativas, finalidade, local de encontro,
condições para o término e confidencialidade.
3. Fase de trabalho: investigar os estressores relevantes, promover o desenvolvimento da introvisão
do paciente e o uso de mecanismos de adequação construtivos, discutir e superar os comportamentos
de resistência.
4. Fase de encerramento: estabelecer a realidade da separação, rever o progresso da terapia e o
alcance dos objetivos, explorar mutuamente os sentimentos de rejeição, perda, tristeza e raiva ajudá-lo
transferir para suas interações com os outros o que aprendeu no relacionamento, enfermeiro (a) – cliente.

1
Disponível em: http://www.psiquiatriageral.com.br/enfermagem/relacionamento_interpessoal_terapeutico_enfermeiro_paciente.htm.

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A última fase necessita de um cuidado especial para ser realizada, uma vez que, o término do
relacionamento pode ser uma experiência traumática tanto para o (a) enfermeiro (a) quanto para o cliente,
porque compartilham muitas coisas pessoais e importantes. Alguns clientes podem ficar deprimidos, e
inconscientemente, acreditar que foram pessoalmente responsáveis pela perda do (a) enfermeiro (a),
outros podem reagir de maneira agressiva ou até mesmo negar ter conhecimento sobre o término da
relação. Assim, o profissional também experimentará um senso de perda, vista que, investiu muito tempo,
energia, pensamentos e emoções no cliente. Caso não reconheça este sentimento de perda, ele pode
demonstrar uma preocupação indevida com o bem-estar futuro do cliente, encorajando-o a permanecer
por mais algumas sessões, ou estimulando sua dependência. Enfatizando que, tem um efeito muito
negativo os clientes não receberem uma oportunidade para expressar seus sentimentos em uma situação
assim ou não obterem auxilio para lidar com os mesmos, com grande possibilidade de reativar antigos
sintomas já manifestados.

2. Comunicação Facilitadora
Para Stuart & Laraia (2002) a teoria da comunicação é relevante para a prática de enfermagem
psiquiátrica por três motivos principais. Primeiro, a comunicação estabelece um relacionamento
terapêutico, porque implica na condução de informações e a troca de pensamentos e sentimentos.
Segundo, a comunicação é um meio pelo qual as pessoas influenciam o comportamento das outras,
tornando assim possível um bom resultado da intervenção de enfermagem direcionada a promover a
alteração comportamental adaptativa. Terceiro, a comunicação é o próprio relacionamento.

2.1 Níveis de Comunicação


Comunicação verbal: ocorre através das palavras, escritas ou faladas, e é essencial entre o (a)
enfermeiro (a) e o cliente.

Comunicação não verbal: ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra
escrita ou falada. As cinco categorias são:
1. Indícios vocais são ruídos e sons para linguísticos ou extra fala.
2. Indícios de ação são todos os movimentos do corpo, incluindo a expressão facial e postura.
3. Indícios de objeto são o uso, intencional ou não, de objetos por uma pessoa, como roupas ou outros
pertences.
4. Espaço é a distância física entre duas pessoas
5. Toque é o contato físico entre duas pessoas, sendo a comunicação não verbal mais pessoal.

2.2 O processo da comunicação


A comunicação humana é um processo dinâmico que é influenciado pelas condições psicológicas e
fisiológicas dos participantes. São identificados cinco componentes funcionais:
1. Emissor: o gerador da mensagem.
2. Mensagem: a informação transmitida do emissor para o receptor.
3. Receptor: aquele que recebe a mensagem, cujo comportamento é influenciado por ela.
4. Retorno: a resposta do receptor para o emissor.
5. Contexto: o local onde a comunicação ocorre.

Para se obter uma comunicação eficaz é necessário que ela seja voltada para a preservação do auto
respeito do (a) enfermeiro (a) e do cliente e que a comunicação da aceitação e compreensão precede a
quaisquer sugestões de informações. O quadro abaixo identifica várias técnicas de comunicação
terapêutica com definições, exemplos, valor terapêutico e ameaças não terapêuticas.

Quadro 1.1 Técnicas de comunicação terapêutica

Técnica Definição Exemplo Valor Ameaça não


terapêutico terapêutica
Ouvir Processo ativo Manter o contato Comunicam de Falha em ouvir
de receber as visual e a modo não verbal,
informações e comunicação não o interesse e
examinar a sua verbal receptiva. aceitação do
própria reação enfermeiro ao
às mensagens paciente.
recebidas

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Amplas aberturas Estimular o “O que você está Indica a Rejeição das
paciente a pensando?” aceitação pelo respostas, domínio
escolher o tema profissional e o do profissional.
da discussão valor da iniciativa
do paciente
Reafirmação Repetir para o “Você disse que Indica que o Falta de atenção e
paciente o sua mãe te profissional está interpretação pelo
pensamento abandonou escutando profissional.
principal que ele quando você tinha atentamente o
expressou 5 anos de idade. ” paciente.
Esclarecimento Tentar pôr em “Não estou certa Ajuda a Falha em sondar,
palavras as do que você quer esclarecer os compreensão
ideias vagas do dizer, poderia sentimentos, presumida.
paciente. repetir?” ideias e
percepções.
Reflexão Orientar ideias, “Você está tenso e Confirma que o Sentimentos e
sentimentos, ansioso, e isso profissional respostas
dúvidas e tem relação com a compreende o impróprias à
satisfação de conversa que que o paciente experiência
volta para o você teve com sua está dizendo, e cultural e ao nível
paciente mãe ontem?” indica empatia de instrução do
interesse e paciente.
respeito por ele.
Focalização Questões ou “Acho que Permite o Mudar de tema.
afirmações que deveríamos falar paciente discutir
ajudem o mais sobre você e os assuntos
paciente a ir seu pai. ” centrais.
além do assunto
de interesse.
Identificar os temas Ressaltar os “Percebi que em Permite melhor Fornecer
temas ou todos os seus exploração e aconselhamento,
problemas que relacionamentos compreensão reafirmar,
surgem você foi ferido por dos problemas desaprovar.
repetidamente um homem. Você importantes do
acha que isso é paciente.
um tema
fundamental.
Silêncio Falta de Sentar com o Dar tempo ao Questionar o
comunicação paciente e paciente para paciente, falha em
verbal por motivo comunicar de pensar e ter quebrar o silêncio
terapêutico. modo não verbal, discernimento, não terapêutico.
o interesse e o enquanto
envolvimento. transmite apoio,
compreensão e
aceitação.
Humor Libera energia “Isso dá um novo Pode promover o Subestimar o
por meio de um significado geral à discernimento paciente, tentar
comentário palavra ‘nervoso’, tornando evitar intimidade
cômico sobre a disse com ar de conscientes os não terapêutica;
imperfeição. brincadeira”. temas
reprimidos.
Fonte: STUART, G.W & Laraia, M.T Enfermagem psiquiátrica 4 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores 2002.

3. Dimensões do relacionamento
Stuart & Laraia (2002), defendem que o profissional enfermeiro deve adquirir determinadas habilidades
e qualidades para iniciar e continuar um relacionamento terapêutico, dos quais fazem parte em especial
a comunicação verbal e não verbal comentados anteriormente. Em geral, dividem-se da seguinte maneira:
Dimensões responsivas: implicam autenticidade, respeito, compreensão empática e senso da
realidade. Elas são essenciais na fase de orientação do relacionamento para estabelecer confiança e
uma comunicação franca. E continuam a ser úteis em todas as fases do tratamento e término, além de
permitir que o cliente atinja a introvisão.
Dimensões orientadas pela ação: incluem a confrontação, a proximidade, a auto revelação do (a)
enfermeiro (a), catarse emocional e teatralização. Favorecem o progresso do relacionamento terapêutico

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identificando os obstáculos ao crescimento do cliente e ressaltando a necessidade não só da
compreensão interna, como também da ação externa e alteração do comportamento.

Quadro 1.2 Dimensões responsáveis e de ação para o relacionamento terapêutico entre


enfermeiro e paciente

Dimensão Característica
Dimensões responsivas
Autenticidade Implica que o profissional é uma pessoa aberta
coerente, autentica e acessível.
Respeito Sugere que o paciente seja tratado como uma
pessoa digna que é valorizada e aceita sem
restrição.
Compreensão empática Vê o mundo do paciente a partir da estrutura de
referência interna do mesmo, com sensibilidade
para os atuais sentimentos e com a capacidade
verbal de comunicar essa compreensão em
linguagem acessível ao paciente.
Senso de realidade Implica o uso de terminologia específica, em vez
de abstrações, na discussão dos sentimentos,
experiências e comportamentos do paciente.
Dimensões de ação
Confronto Expressão pelo (a) enfermeiro (a) das
discrepâncias percebidas no comportamento do
paciente para expandir sua autoconsciência.
Imediatismo Quando a atual interação entre o profissional e o
paciente é usado para aprender sobre a conduta
do paciente em outros relacionamentos
interpessoais.
Auto revelação do (a) enfermeiro (a) Quando o profissional dá informações sobre si
mesmo e sobre suas ideias, valores, sentimentos
e atitudes para facilitar a cooperação, o
aprendizado, a catarse ou o apoio do paciente.
Catarse emocional O paciente é estimulado a falar sobre os aspectos
mais preocupantes da vida, para efeito
terapêutico.
Teatralização Atuar em uma determinada situação para
aumentar a auto compreensão do paciente nas
relações humanas e aprofundar sua capacidade
de observar uma situação de um outro ponto de
vista, permite que ele experimente um novo
comportamento em um ambiente seguro.
Fonte: STUART, G.W & Laraia, M.T Enfermagem psiquiátricas 4 ed.. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores 2002.

3.1 Impasses terapêuticos


Os impasses terapêuticos, ou bloqueios na progressão do relacionamento entre o (a) enfermeiro (a) e
o paciente, são de três tipos principais:
Resistência.
Transferência.
Contratransferência.

São originados de uma série de motivos, porém criam, sem exceção, barreiras no relacionamento
terapêutico. Porém, o profissional deve lidar com eles o mais breve possível, visto que, eles provocam
sentimentos intensos no (a) enfermeiro (a) e no paciente, como ansiedade e apreensão até frustração,
amor ou raiva intensa (STUART & LARAIA, 2002).

3.2 Resistência
É uma tentativa do paciente de não perceber os aspectos que geram ansiedade nele próprio, tornando-
se uma relutância natural ou uma defesa. Com frequência essa resistência resulta da má vontade do
paciente de mudar quando se reconhece a necessidade de mudança, e geralmente, este comportamento
é demonstrado durante a fase de trabalho do relacionamento, porque ele comporta a maior parte de
resolução de problemas. Vejamos algumas formas de resistência:

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Supressão e repressão de informações pertinentes
Intensificação dos sintomas
Auto depreciação e visão negativa quanto ao futuro
Busca forçada em relação à saúde, na qual o paciente experimenta uma recuperação súbita, mas de
curta duração
Inibições intelectuais, que podem evidenciar-se quando o paciente diz que não tem nada em mente ou
que é incapaz de pensar sobre seus problemas; falta ou chega atrasado às consultas; ou mostra-se
desatento, silencio ou sonolento
Comportamento de teatralização ou irracional
Conversa superficial
Compreensão intelectual, na qual o paciente verbaliza auto compreensão com o uso correto da
terminologia, embora continue com comportamento inadaptado, ou uso da defesa da intelectualização
quando não existe introvisão
Desprezo pela normalidade, que fica evidente quando o paciente desenvolveu o discernimento mas
se recusa a assumir a responsabilidade pela mudança com base em que a normalidade não é tão atraente
Reações de transferência

3.3 Transferência
É uma resposta inconsciente em que o paciente experimenta sentimentos e atitudes pelo enfermeiro
que estavam originalmente associados a figuras significativas em sua vida. O termo refere-se a um
conjunto de reações que tentam reduzir ou aliviar a ansiedade. Essas reações de transferência só são
perigosas para o processo terapêutico quando permanecem ignoradas, sendo os principais tipos, as
reações hostis e as reações dependentes.

3.4 Contratransferência
É um impasse terapêutico criado pelo profissional, frequentemente em resposta a uma resistência do
paciente. Refere-se a uma resposta emocional especifica dada pelo (a) enfermeiro (a) ao paciente, as
quais não são justificadas pelos fatos reais, mas sim, um conflito prévio experimentado com tópicos como
autoridade, afirmação sexual e independência. Em geral, essas reações são de três tipos: reações de
amor ou preocupação intensos, reações de hostilidade ou aversão intensa, reações de ansiedade intensa.

Dificuldade de criar empatia com o paciente em determinados aspectos do problema.


Sentir-se deprimida durante ou depois da sessão.
Falta de empenho na implementação do acordo, como chegar atrasada ou acelerar a prorrogação
Sonolência durante as sessões
Sentir raiva ou impaciência com a falta de vontade de mudar do paciente
Estimular a dependência, o elogio ou o afeto do paciente
Discutir com o paciente ou tender a “empurrar” o paciente antes que este esteja pronto
Tentar ajudar o paciente em questões não relacionadas com os objetivos de enfermagem identificados
Envolvimento pessoal ou social com o paciente
Devaneios ou preocupações com o paciente
Fantasias sexuais ou agressivas em relação ao paciente
Ansiedade recorrente, intranquilidade ou culpa relacionadas com o paciente
Tendência a focalizar apenas um aspecto da informação apresentada pelo paciente ou visualiza-la
apenas de uma maneira.
Necessidade de defender as intervenções de enfermagem com o paciente perante os outros

3.5 Transgressão de limites


Ocorrem quando o profissional sai dos limites do relacionamento terapêutico e estabelece um
relacionamento social, comercial ou pessoal com um paciente. Segue alguns exemplos:

O paciente sai com a enfermeira para almoçar ou jantar.


O relacionamento profissional transforma-se em relacionamento social
A enfermeira vai a uma festa a convite do paciente
A enfermeira regularmente faz revelações de cunho pessoal ao paciente
O paciente apresenta a enfermeira aos membros da família, como a um filho ou filha, com a finalidade
de um relacionamento social.
A enfermeira aceita presentes vindos do trabalho do paciente

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A enfermeira concorda em encontrar o paciente para tratamento fora do ambiente usual, sem
justificativa terapêutica
A enfermeira frequenta as obrigações sociais do paciente
O paciente dá à enfermeira um presente caro
A enfermeira rotineiramente abraça ou tem contato físico com o paciente
A enfermeira mantém algum tipo de relação comercial com o paciente

4. Superação dos impasses terapêuticos


Para superar os impasses terapêuticos, o enfermeiro deve-se estar preparado à exposição de
sentimentos e emoções intensos dentro do relacionamento entre enfermeiro (a) e cliente. De início, o
profissional deve reconhecer os impasses e comportamentos que indicam sua existência, então refletir e
esclarecer o sentimento, enfocando de maneira mais objetiva possível o que está acontecendo.
Por fim, os objetivos do relacionamento e as áreas de necessidade e de problemas do cliente são
revistas. Isso, provavelmente ajudará no desenvolver de um pacto terapêutico compatível com o processo
do relacionamento entre ambos.

Referências Bibliográficas
TAYLOR, Cecelia Monat. Fundamentos de Enfermagem Psiquiátrica. 13ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
STUART, G.W & LARAIA, M.T Enfermagem psiquiátricas 4 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso editores 2002.

Questões

01. (TRE/AM – Técnico de Enfermagem – FCC) Em relação à comunicação não-verbal, o técnico de


enfermagem pode utilizar modelos eficazes no relacionamento interpessoal, associados a
(A) idade e expressão corporal.
(B) tema ou assunto.
(C) expressão corporal e tema.
(D) postura e contato com os olhos.
(E) assunto e idade.

Gabarito

01.D

Comentários

01. Resposta: D
A Comunicação não verbal ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve a palavra
escrita ou falada. Uma das cinco categorias temos o indício de ação de todos os movimentos do corpo,
incluindo a expressão facial e postura.

Sigilo profissional

Sigilo Profissional

Segredo ou Sigilo Profissional trata-se de manter em segredo toda a informação que seja valiosa para
a empresa e seus colaboradores, cuja responsabilidade recaia sobre o profissional responsável pelas
informações.2
No que diz respeito ao sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação
entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a se ater ao estritamente
necessário ao cumprimento de seu trabalho, a não informar sobre assuntos ou o que envolve o trabalho
e é de caráter sigiloso.
Não são todas as profissões que devem a obrigação do sigilo e isso já seria revelador da disposição
social que é atribuída a algumas profissões de terem o dever e o direito de mantê-lo.

2
PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado Disponível em:
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Ora é consenso que o profissional conheça todos os elementos necessários para o bom cumprimento
de seu trabalho, desde as condições institucionais até as informações obtidas na sua relação com o
usuário.
O sigilo profissional não é absoluto, em muitos casos, esse elemento abre a possibilidade do
profissional avaliar, subjetivamente, se deve manter ou divulgar o fato sigiloso, devendo prevalecer o
disposto no Código de Ética Profissional da área de atuação em que o profissional trabalha. Atentando
para o conteúdo ético-político dos princípios que o regem.
A análise do sigilo profissional a partir da ética mostra que se está diante de algo complexo, que não
se limita a um preceito legal. Quer dizer, o seu entendimento remete as questões: Para quem? Com qual
necessidade? Para quê? E em que condições? Essas questões não podem ser pensadas abstratamente,
mas sim a partir das situações concretas nas quais estão inseridas, pois interrogam a multiplicidade de
demandas que lhe são colocadas na comunicação de uma informação.
O sigilo profissional — a guarda de informações obtidas em razão do exercício profissional, de tudo
aquilo que lhe foi confiado como sigilo, ou o que veio a ser conhecido devido seu estatuto profissional —
está previsto.
Em muitos dispositivos legais (a Constituição Federal brasileira, o Código Penal, o Código Civil, o
Código de Processo Penal, a Lei das Contravenções Penais e o Código de Processo Civil).
Constitucionalmente, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude da lei,
e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. Esse entendimento
norteia os dispositivos legais que se referem ao sigilo profissional, em particular o sigilo médico.
A referência a esses dispositivos legais nos é útil nessa reflexão para chamar a atenção que o direito
à confidencialidade é tanto um direito da pessoa, como também uma responsabilidade profissional. Em
outros termos, a existência do sigilo profissional interessa a toda sociedade, pois é condição indispensável
para o trabalho do profissional, na medida em que essas ações encarnam um interesse da sociedade,
definido historicamente.3
Levando em consideração que o setor público possui um Código de Ético já configurado, o presente
tópico abordará dos conceitos e práticas da Ética dentro do âmbito do setor público. Vale ressaltar que
no setor privado cabe a cada empresa configurar seu próprio Código de Ética ou também chamado de
Código de Conduta Ética, que geralmente é elaborado em conjuntura com os colaboradores, de forma
que possa abranger o conhecimento e prática de todos. Muitas vezes as empresas privadas tomam o
Código de Ética contido em lei para desenvolverem o seu próprio.
Antes de adentrar nos princípios e fundamentos regidos pelas leis sobre a Ética é importante definir
sobre p Estado, sobre os cidadãos, e consequentemente dos valores éticos considerados por ambos.
O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento,
em seu seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado,
como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de
disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finalidades
particulares.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é
propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos
homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é uma
questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Estado tomam
uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético do
Estado.
Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas dentro da administração pública, passando
a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta condição, mais
ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade, que
espera dele uma conduta ilibada e transparente.
Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o
Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados preceitos
éticos.

3
SAMPAIO, S.S; RODRIGUES, F.W. Ética e Sigilo Profissional. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 117, p. 84-93, jan./mar. 2014

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Relações interpessoais

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Relacionamento interpessoal4 é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma


relação entre duas ou mais pessoas. Este tipo de relacionamento é marcado pelo contexto onde ele está
inserido, podendo ser um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de comunidade.
O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas
comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação
social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.
O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ser de vários níveis e envolver diferentes
sentimentos como o amor, compaixão, amizade, etc. Um relacionamento deste tipo também pode ser
marcado por características e situações como competência, transações comerciais, inimizade, etc. Um
relacionamento pode ser determinado e alterado de acordo com um conflito interpessoal, que surge de
uma divergência entre dois ou mais indivíduos.
Por outro lado, o conceito de relacionamento intrapessoal é distinto mas não menos importante. Este
conceito remete para a aptidão de uma pessoa de se relacionar com os seus próprios sentimentos e
emoções e é de elevada importância porque vai determinar como cada pessoa age quando é confrontada
com situações do dia a dia.

Para ter um relacionamento intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar áreas como a
autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento.
Portanto, de acordo com Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar
eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às
necessidades de cada um e às exigências da situação.

Complementando, ainda temos que, segundo Argyris (1968), competência interpessoal é a habilidade
de lidar eficazmente com relações de acordo com três critérios:
a) Percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis relevantes e respectiva inter-relação.
b) Habilidade de resolver realmente os problemas, de tal modo que não haja regressões.
c) Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas continuem trabalhando juntas tão
eficientemente, pelo menos, como quando começaram a resolver seus problemas.

Alguns profissionais preocupados com o desenvolvimento humano e organizacional começaram a


perceber e valorizar a importância de estudar e desenvolver as relações humanas e interpessoais para
favorecer o aumento da produtividade, eficácia e qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho em
que, muitas das vezes, é o espaço no qual passam mais tempo da sua vida.
O homem é um ser social e interage em diversos grupos, mas nem todo indivíduo consegue relacionar-
se com as diferenças sociais e acaba, conscientemente ou não, ocasionando problemas nas relações
com ele mesmo ou com a empresa, família e sociedade em geral.
Segundo Nair Motta, “A natureza humana em si é comum a todas as pessoas, mas individualizada em
cada pessoa, porque cada um de nós tem estímulos e sentimentos diferentes, objetivos e experiências
de vida que variam com o grau de cultura do contexto histórico-social em que vivemos”.

"O processo de interação humana é complexo e ocorre permanentemente entre pessoas, sob forma
de comportamentos manifestos e não manifestos, verbais e não verbais, pensamentos, sentimentos,
reações mentais e/ou físico-corporais."(Fela, 2002)

Competência interpessoal é resultante de percepção acurada realística das situações interpessoais


e de habilidades específicas comportamentais que conduzem a consequências significativas no
relacionamento duradouro e autêntico, satisfatório para as pessoas envolvidas.

4
Relacionamento Interpessoal. Disponível em: http://www.significados.com.br/relacionamento-interpessoal/. Acesso em 8 de abril de 2015.
IESDE BRASIL.Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho, 2016.
BRONDANI , J. P. Relacionamento interpessoal e o trabalho em equipe: uma análise sobre a influência na qualidade de vida no trabalho. Porto Alegre, 2010.

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No momento em que o indivíduo faz parte de um determinado grupo social, começa aprender, assimilar
os seus valores, códigos e regras básicas de relacionamento que poderão entrar em conflito com os seus
valores já aprendidos, no primeiro grupo em que desenvolveu seu processo de socialização, dificultando
a interação, a comunicação e a expressão de emoção. Contudo, se estiver disposto a trabalhar a
competência interpessoal, possivelmente, não terá problemas no relacionamento.
Quem escolher desenvolver a competência interpessoal precisará estar disposto e disponível a entrar
no processo de crescimento pessoal com a ajuda de um profissional: autopercepção;
autoconscientização; autoaceitação; autoconhecimento; flexibilidade perceptiva e comportamental;
criatividade para soluções mais originais; feedback e a dimensão afetiva.
Por conseguinte, o profissional que conseguir aliar a competência interpessoal com a técnica
demonstrará estar mais preparado e fará a diferença para ingressar em um ambiente de trabalho com
valores, atitudes e conteúdos intelectuais e emocionais que contribuirão na relação com a empresa, sua
carreira, família e sociedade.

Relacionamento interpessoal no trabalho

O processo de interação humana encontra-se presente nas organizações, e a forma como se dão
essas interações influencia os resultados de toda a empresa. Conviver com o outro não é uma tarefa fácil,
e conviver com o outro no trabalho sem entender o comportamento de cada um é praticamente
impossível.
No contexto das organizações, o relacionamento interpessoal é de extrema importância. Um
relacionamento interpessoal positivo contribui para um bom ambiente dentro da empresa, o que pode
resultar em um aumento da produtividade e melhoria dos resultados, em geral.
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética. Isto, pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.
As relações interpessoais propagadas no ambiente de trabalho sofrem influências da estrutura
organizacional e são reguladas para alcançar eficiência e resultados. O ser humano procura
incessantemente a felicidade, a realização de sonhos e a convivência pacífica e harmoniosa com o outro
tanto dentro quanto fora da organização. As relações de amizade e respeito fortalecem o convívio entre
as pessoas.
Se considerarmos essa interação de pessoas num ambiente organizacional, temos que levar em
consideração que as pessoas não funcionam como máquinas e que muitas vezes o comportamento é
diferente do que se espera. Isso porque, quando estamos em interação com outras pessoas, o
funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se poderia chamar de “previsto ou
esperado”.
Segundo Moscovici (1994), nas empresas, a interação humana ocorre em dois níveis concomitantes
e interdependentes. O nível da tarefa é o que podemos observar, que é a execução das atividades
individuais e em grupos. Já o socioemocional refere-se às sensações, aos sentimentos que são gerados
pela convivência.
Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é facilitado, gerando uma produtividade
satisfatória. Se, ao contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa a sofrer os efeitos, que
muitas vezes se manifestam com interações de desagrado, antipatia, aversão etc. A interação
socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as relações interpessoais. Se os processos são
construtivos, a colaboração e o afeto predominam, o que possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o
grupo passa a ter conflitos internos.
O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas
competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais.
Vemos que a realização eu-eu é fundamental na interação com os outros; a forma como eu me vejo,
minhas motivações, ideologia, influem em cada interação interpessoal. A harmonia consigo mesmo, a
autoaceitação e valorização, o bem-estar físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o
outro. Muitas vezes, as dificuldades que surgem na relação eu-outro são causadas pelo não equilíbrio da
relação eu-eu. Portanto, é fundamental o equilíbrio eu-eu, para que se possa estar bem com os outros.
Numa organização, a presença de um líder habilidoso é muito importante nesse processo. Ele poderá
conduzir sua equipe para o sucesso e, se possui habilidades para lidar com as emoções e com a
qualidade de vida, fará a diferença de forma positiva no seu grupo de trabalho. A qualidade de vida no
trabalho não decorre apenas de bons salários e planos de benefícios, mas do tratamento humano que

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valorize a gentileza, a possibilidade de expressar os pontos de vista divergentes, do respeito, do
relacionamento sincero. No trabalho, os indivíduos apresentam sua maneira pessoal de lidar com seus
sentimentos e emoções, e essa maneira própria entra em contato com outros indivíduos, que também
possuem sua maneira própria. Essas emoções entram em contato diariamente, criando uma atmosfera
diferente em cada setor, cada departamento, visto que cada local tem suas características próprias de
conduzir seu trabalho, de discutir os problemas, e de como seus líderes lidam com as pessoas. O que
facilita ou dificulta essas relações são o autoconhecimento e o conhecimento do outro, que fazem com
que se amplie a compreensão de como as pessoas atuam no trabalho.

O indivíduo é dotado de sentimentos e emoções, necessita amar e ser amado, compreender e ser
compreendido, aceitar e ser aceito pelo outro. Aprendendo a lidar com as diferenças e sentindo que essa
segurança afetiva pode levar a um equilíbrio emocional e, consequentemente, a um ambiente de trabalho
saudável e produtivo. As relações interpessoais estão cada vez mais sendo valorizadas no cenário
tecnológico das organizações. O capital humano faz a diferença, as pessoas é que são a vantagem
competitiva das empresas, e o bem-estar no ambiente de trabalho resulta em produtividade e resultados.
Sucesso (2002, p.27) relata que “O autoconhecimento e o conhecimento do outro são
componentes essenciais na compreensão de como a pessoa atua no trabalho, dificultando ou
facilitando as relações”.
A autora aponta que as dificuldades encontradas são a falta de objetivos pessoais e dificuldade em
priorizar e ouvir.
O envolvimento de todos na empresa desde o gestor que saiba ouvir seus funcionários, que forneça
feedback para seus subordinados. O funcionário que deve procurar seu autoconhecimento, priorizar seus
objetivos e também saber ouvir o outro são ações que contribuem para que o ambiente de trabalho seja
saudável.
As emoções, inerentes ao indivíduo, inevitavelmente se fazem presentes nas relações de trabalho
tanto positivas quanto negativas.
De acordo com Sucesso (2002, p.95), “três emoções primárias atuam sobre o comportamento: o
medo, a ira e o afeto, que se apresentam de forma direta ou através de disfarces ou máscaras”.

O medo é um entrave dentro das organizações, porque as pessoas não demonstram essa emoção, o
que fazem é disfarçar, em consequência disso tornam-se desmotivadas, descrente de suas capacidades
de inovar e criar. O medo aparece sob várias situações, como por exemplo, demissões por atritos com
gestores ou por enxugamento de quadro, pressão, punição, levam a climas desagradáveis dentro das
organizações, influenciando o comprometimento, a motivação e a confiança.

A raiva também está presente sob diversas formas, como por exemplo, a inveja do outro, de suas
capacidades, competência, disputa por cargos, causando até humilhação e autopiedade. A ironia é uma
forma de raiva dissimulada, que agride, fere e magoa, assim como a hostilidade que começa com irritação,
falta de cortesia e queixas e que aos poucos vai crescendo chegando a transformar-se em ódio.
Gerenciar pessoas é um grande desafio, mesmo nos tempos atuais de grandes avanços tecnológicos,
conforme SUCESSO (2002, p.114).
Essas emoções causam sofrimento e precisam ser trabalhadas para que as relações interpessoais
tornem-se saudáveis melhorando a qualidade de vida no trabalho. Requer parceria, cooperação, polidez
e respeito – virtudes derivadas do amor, (SUCESSO, 2002, p.153). Os líderes têm um grande papel na
mudança e manutenção das relações interpessoais, através de incentivos e medidas que tornem o clima
positivo, que levem a satisfação do trabalho mantendo um diálogo aberto e franco prevenindo conflitos.
O profissional de Recursos Humanos deve investir em ações que fortaleçam o relacionamento
interpessoal entre os profissionais, e em parceria com as para enfrentar o mercado competitivo.
É um trabalho de aprendizado que requer determinação e confiança. Mas dentro desta perspectiva é
possível construir relações interpessoais saudáveis a partir do autoconhecimento, de como ver o outro,
suas qualidades, empatia. Mudar o comportamento e alterar hábitos arraigados exige disciplina,
persistência e determinação e dependem somente do próprio indivíduo, do valor que atribui à vida, da
autoestima e autoimagem, do engajamento profissional, político e social.

O afeto nas relações de trabalho é a emoção capaz de construir dias melhores nas organizações que
requerem coragem, leveza, consistência, rapidez, exatidão e multiplicidade.

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Dificuldades do relacionamento interpessoal

Sucesso (2002) destaca algumas dificuldades mais observadas na dimensão interpessoal.

a) Falta de objetivos pessoais: trata-se de pessoas que possuem dificuldades em traçar rumos para
o seu futuro. Desanimam diante de obstáculos, e não se mostram criativas para buscar soluções, sentem-
se frustradas e, por isso, mudam continuamente seu rumo. Nos processos de mudanças, são levadas
pelos outros, aguardando sempre as instruções. Muitas vezes, trabalham em profissão que não gostam,
mas não apresentam atitudes para novos redirecionamentos. “Uma professora de escola de primeiro grau
participou de um programa de integração de equipes e se mostrou indignada com os baixos salários da
sua categoria. Tendo participado de outro projeto, 10 anos depois, voltou a queixar-se da mesma situação.
Estimulada a refletir sobre isso, percebeu as consequências paralisadoras da sua postura acomodada e
da falta de estabelecimento de objetivos pessoais. Compreendeu o tempo perdido, esperando que sua
profissão fosse valorizada. Constatou que poderia ter feito “dois cursos superiores” nesse período,
passando a atuar como professora (que é sua vocação), mas vinculada a uma universidade ou a outra
instituição”.

b) Dificuldade em priorizar: muitas pessoas se queixam da “falta de tempo”, para realizar suas
tarefas. O que muitas vezes se percebe é a grande dificuldade em estabelecer prioridades. Muitas vezes,
acumulam-se tarefas, sem avaliar as reais possibilidades de executá-las, ou a dificuldade para dizer “não”,
propõem-se a fazer coisas que não é possível cumprir. Para realização das tarefas, saber administrar o
tempo é fundamental.
Para ilustrar esse fato, segue o exemplo: “Convivemos com uma executiva que representa um modelo
desse perfil. Sua vida pessoal demandava um esforço excessivo: tinha quatro filhos e os levava
pessoalmente à escola. Tinha frequentemente dificuldades em manter uma empregada doméstica, devido
ao trabalho adicional. Além do emprego que lhe absorvia oito horas diárias, praticava tênis, fazia yoga,
curso de atualização em língua inglesa. Estava constantemente atrasada para todos os compromissos.
Sempre que lhe sugeriam repensar suas prioridades e abrir mão de algumas atividades, afirmava que
tudo isso era essencial e não havia como desistir de qualquer uma delas. Sua qualidade de vida era baixa,
especialmente pela permanente tensão resultante dos atrasos. Estimulada a refazer seu plano de vida e
traçar prioridades, descobriu que sua busca de prazer em atividades alternativas tornou-se uma obsessão
e, um lugar de lazer, acabava gerando tensão e estresse. Decidiu tornar essas atividades eventuais, sem
o compromisso de ‘cursos com dia e hora marcados’, concentrando-se na sua atividade profissional e
estabelecendo novos papéis e responsabilidades para os filhos, que vinham se tornando acomodados e
sem iniciativa”.
Vemos aqui claramente, nesse exemplo, o quanto pessoas têm dificuldades para priorizar o que
realmente é importante, acabam com muitas atividades, de que normalmente não conseguem dar conta.

c) Dificuldade em ouvir: a maioria dos conflitos acontece em virtude da dificuldade que temos em
ouvir e compreender o outro. Temos o hábito de julgar o outro a partir dos nossos valores, esquecendo-
se de respeitar as diferenças individuais. A nossa dificuldade em ouvir o outro aumenta, principalmente
se temos pontos de vista diferentes. Muitos gerentes avaliam sua equipe a partir dos seus próprios
paradigmas, da sua maneira de ver o que é certo e errado, não acenando com a possibilidade de
considerar o pensamento do outro, sem querer ouvir o que as pessoas pensam. É fundamental que um
gestor queira saber o ponto de vista de sua equipe, perguntar antes de julgar, permitir que sejam dadas
sugestões, criar espaços para que diferentes percepções possam vir à tona, solicitar sempre que possível
a participação de todos.
A maioria dos exemplos de grandes corporações aponta para resolução de inúmeros problemas, o
saber ouvir, dar espaço para que as pessoas que contribuem com seu trabalho possam trazer soluções
para o dia a dia.

Saber ouvir

Saber ouvir é considerado uma das maiores habilidades humanas, isso implica dar àquele que fala
sua atenção, somada à capacidade de compreensão.
Muitas razões estão envolvidas no ato de ouvir, são elas: desejo de obter informação; curiosidade em
receber uma resposta; interesse em participar da história de outro ser humano; necessidade de
estabelecer novos relacionamentos; respeito e desejo de valorização da pessoa do outro. (MACKAY,
2002, p. 10)

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Para ouvir efetivamente, não basta apenas estar atento, mas perceber também a voz de quem fala, a
escolha das palavras, o tom e ritmo, a linguagem corporal, enfim, é muito mais do que ficar passivamente
deixando o som entrar pelos ouvidos.
É uma das melhores formas de mostrar respeito pelo outro. Existem algumas maneiras de demonstrar
à pessoa que fala que se está efetivamente ouvindo.
Fazer perguntas pode demonstrar o quanto você está atento e encorajar aquele que fala. Alguns sinais
como sorriso, olhares de surpresa e admiração, etc., podem constituir uma forma eficiente de assegurar
que você está ouvindo.
Frases como “compreendo...”, “e depois...”, “é interessante...”, são uma maneira de dizer que você
está interessado, querendo que ele prossiga seu discurso.
Outra forma é dar sinais de que está compreendendo e interpretando as emoções existentes no
diálogo. Frases como “você acha que...”, “o que pensa quanto a ...”, demonstram que se está sendo
empático e disposto a considerar o ponto de vista do outro. O que é importante observar é que ouvir não
é uma atitude passiva, e que pode ser ativo demonstrando respeito pelo outro.

Questões

01. (UFES - Assistente em Administração - UFES) Com relação ao relacionamento interpessoal,


marque a alternativa INCORRETA.
(A) Empatia significa a tendência de alguém sentir o que se sentiria caso estivesse na situação e
circunstâncias experimentadas por outra pessoa.
(B) Simpatia é a faculdade de compartilhar as alegrias ou tristezas de outrem.
(C) Comunicação é o processo de se relacionar com outras pessoas por meio de ideias, fatos,
pensamentos, valores e mensagens.
(D) A comunicação apresenta um forte componente de controle no comportamento da organização,
dos grupos e das pessoas.
(E) A comunicação nas empresas, dentro dos grupos, não pode ser utilizada para as pessoas
expressarem seus sentimentos de satisfação ou insatisfação.

02. (MPE/MA - Analista Ministerial - Administrador - FCC) A respeito da Comunicação Interpessoal


na empresa pode-se afirmar que
(A) é a relação da empresa, exclusivamente, com seu público interno.
(B) se realiza através do contato, mediado ou não, entre duas ou mais pessoas que podem ter seus
papéis de receptor e emissor exercidos de modo recíproco
(C) é um recurso de grande importância, mas não atinge o status de recurso estratégico de gestão,
pois pouco tem a ver com a coesão do funcionamento da organização.
(D) se realiza somente quando uma área, divisão ou unidade relaciona-se com outra para a
transmissão de dados ou troca de informações.
(E) se utiliza apenas de canais informais de comunicação.

03. (CONAB - Assistente Administrativo - IADES) Para um bom relacionamento interpessoal, é


necessário que haja confiança entre as partes. Acerca desse tema, assinale a alternativa que descreve
corretamente um dos elementos da confiança interpessoal.
(A) Contratual: respeito às habilidades e aos conhecimentos dos demais.
(B) Coragem: atitude em favor da autonomia dos demais, da delegação de responsabilidades, da
expressão de valores e da assunção de adversidades.
(C) Comunicação: compreensão entre os indivíduos a respeito de tudo aquilo que as partes farão e
esperarão das demais.
(D) Convicção: envolvimento no desejo do compartilhamento de informações.
(E) Compaixão: consciência do que é realmente significativo na manutenção de acordos e na coerência
entre o discurso e a prática.

04. (ELETROBRAS - Leiturista - IADES) A respeito da comunicação e do relacionamento


interpessoal, assinale a alternativa correta.
(A) Relacionamento interpessoal não pode ser considerado como fator diferencial no atendimento ao
cliente.
(B) O estilo relacional passivo é observado por meio de comportamentos de ataque contra as pessoas
e diante de certos acontecimentos.

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(C) O estilo agressivo não abrange as relações interpessoais, pois esquiva-se dos encontros e não se
envolve diretamente com as pessoas nem nos acontecimentos.
(D) O estilo assertivo ou autoafirmativo passivo afasta-se ou submete-se; não age. Torna-se
geralmente uma pessoa ansiosa, que apresenta dores de cabeça com frequência e sofre de insônias.
(E) O estudo dos relacionamentos interpessoais está diretamente ligado ao estudo da comunicação
eficaz, uma vez que, para se fazer uso das ferramentas disponibilizadas por esse estudo, é necessário
conhecer o outro.

05. (TRT - 3ª Região - Analista Judiciário - FCC) Competência interpessoal é a habilidade de


(A) utilizar o poder do conhecimento para fazer as pessoas se comportarem de acordo com os seus
objetivos.
(B) separar claramente os aspectos emocionais dos aspectos técnicos nos conflitos interpessoais,
procurando neutralizar os primeiros e ressaltar os segundos.
(C) resolver os conflitos de percepção interpessoais utilizando técnicas de brainstorming.
(D) envolver todos no processo de decisão por meio de processos de gestão participativa.
(E) desenvolver acurada percepção da situação, de suas variáveis relevantes e suas respectivas inter-
relações.

06. (Pref. de Paulista/PE - Auxiliar de Serviços Gerais UPENET/IAUPE) “Ter ética profissional é o
indivíduo cumprir todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela
sociedade e pelo seu grupo de trabalho”.
Acerca da ética e do relacionamento interpessoal, é CORRETO afirmar que
(A) ter um bom relacionamento interpessoal independe da ética.
(B) ser ético não exige um bom relacionamento interpessoal.
(C) o bom relacionamento interpessoal é derivado da ética.
(D) a ética está dissociada das relações interpessoais.
(E) ser ético não exige mudanças de paradigmas.

07. (Pref. de São José do Rio Preto/SP - Agente Administrativo - VUNESP) Para que o clima
organizacional seja harmonioso e as pessoas tenham um bom relacionamento interpessoal, é necessário
que cada um
(A) aja de acordo com suas próprias experiências profissionais, deixando de levar em conta as
diferenças entre os membros da equipe.
(B) realize seu trabalho de forma a cumprir o cronograma individual estabelecido a cada componente
por todas as chefias da organização.
(C) deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.
(D) deixe claro suas opiniões em primeiro lugar e, na sequência, a opinião dos demais membros do
grupo de trabalho.
(E) conduza seu trabalho de forma responsável, sem, no entanto, ouvir ou participar aos demais suas
ideias e opiniões.

08. (ISGH - Recepcionista - INSTITUTO PRÓ-MUNICÍPIO) Analise as duas afirmativas abaixo e


responda:

I. Refere-se à relação com o próximo através de comportamentos e atitudes que interferem no convívio.
Julgada indispensável no contexto organizacional. Trata-se de um processo de interação, não sendo um
processo solitário. Habilidade necessária de se relacionar com as pessoas, entender e interagir diante de
humores e temperamentos dos outros;
II. A ocorrência dessa relação se dá através de um quantitativo mínimo de pessoas;

As duas afirmativas referem-se, respectivamente:


(A) I - Relacionamento interpessoal; II - 3 pessoas;
(B) I - Relacionamento intrapessoal; II - 2 pessoas;
(C) I - Relacionamento interpessoal; II - 2 pessoas;
(D) I - Relacionamento intrapessoal; II - 3 pessoas.

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09. (UFPE - Auxiliar em Administração - COVEST-COPSET) A eficácia de um empregado no seu
comportamento interpessoal no ambiente de trabalho consiste em:
(A) colaborar com todos, de forma construtiva e amigável, além de ter capacidade de reconhecer a
contribuição individual e coletiva do grupo nos resultados alcançados.
(B) assumir a liderança na definição de metas desafiantes para si e para os colegas de trabalho,
incentivando todos a atingir os resultados por ele estabelecidos.
(C) utilizar procedimentos apurados e rigorosamente testados para reduzir problemas de
relacionamento decorrentes de falhas técnicas cometidas por um colega de trabalho.
(D) competir com seus colegas para “bater metas” e descobrir métodos para reduzir os custos do
trabalho realizado pelo grupo de que faz parte.
(E) ser proativo na realização das tarefas em seu setor de trabalho, sendo capaz de atuar e assumir
responsabilidades pelos erros e acertos de todos os membros de seu grupo.

10. (UFERSA - Assistente em Administração - COMPERVE) As pessoas são consideradas


elementos-chave para o alcance dos objetivos organizacionais. Entretanto, a forma como elas se
relacionam pode determinar o sucesso ou fracasso de uma organização.

Sobre o comportamento das pessoas nas organizações, é correto afirmar:


(A) Conhecer a si mesmo é um dos pilares do bom relacionamento em grupos.
(B) Relacionar-se bem com o chefe garante o bom relacionamento interpessoal.
(C) Relacionar-se com pessoas de outros departamentos é essencial para se ter um bom
relacionamento interpessoal.
(D) Fazer parte de grupos informais assegura que se tenha uma boa relação interpessoal.

11. (TRE-AL - Técnico Judiciário - CESPE) Toda pessoa com história de relacionamentos bem-
sucedidos possui talento interpessoal e tende a ser mais flexível no contexto social.

( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.E / 02.B / 03.B / 04.E / 05.E / 06.C / 07.C / 08.C / 09.A / 10.A / 11.Errado

Comentários

01. Resposta: E
A única assertiva incorreta é a letra e, pois, entre outras coisas, a comunicação expressa sentimentos
de satisfação e insatisfação seja com questões relacionadas ao trabalho ou não.

02. Resposta: B
Ressaltaremos o termo que deixa a assertiva incorreta por ser muito extrema, sendo que a relação
interpessoal não pode ser restrita como feito nas assertivas erradas:
a) é a relação da empresa, exclusivamente, com seu público interno. (Externo também)
b) se realiza através do contato, mediado ou não, entre duas ou mais pessoas que podem ter seus
papéis de receptor e emissor exercidos de modo recíproco =CORRETA
c) é um recurso de grande importância, mas não atinge o status de recurso estratégico de gestão,
pois pouco tem a ver com a coesão do funcionamento da organização.
d) se realiza somente quando uma área, divisão ou unidade relaciona-se com outra para a transmissão
de dados ou troca de informações.
e) se utiliza apenas de canais informais de comunicação.

03. Resposta: B
Elementos Componentes da Confiança Interpessoal
Contratual: Compreensão entre os indivíduos sobre tudo aquilo que as partes farão e esperarão das
demais.
Comunicação: Envolvimento do desejo do compartilhamento da informação
Competência: Respeito às habilidades e aos conhecimentos dos demais
Convicção: Consciência do que é realmente significativo na manutenção de acordos e na coerência
entre o discurso e a prática

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Coragem: Atitude em favor da autonomia dos demais, da delegação de responsabilidades, da
expressão de valores e da assunção de adversidades
Compaixão: Abertura e honestidade nos diálogos, bem como compreensão de consequências
pessoais advindas de decisões administrativas
Responsabilidade com o grupo: Cooperação recíproca e implementação de espírito de solidariedade.

04. Resposta: E
A afirmativa “e” coloca corretamente a relação existente entre o estudo dos relacionamentos
interpessoais e o estudo da comunicação eficaz, uma vez que, para se fazer uso das ferramentas
disponibilizadas por esse estudo, é necessário conhecer o outro.

05. Resposta: E
De acordo com Fela Moscovici (1998), competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada às necessidades de cada
um e às exigências da situação.

06. Resposta: C
O bom relacionamento interpessoal é derivado da ética, como foi visto anteriormente. A partir do
momento em que se segue um comportamento ético está se formando uma base para o desenvolvimento
de um bom relacionamento interpessoal. Pode-se entender que um bom relacionamento interpessoal
deriva de relações que respeitam a ética em primeiro lugar.

07. Resposta: C
Deixe de agir de forma individualizada e egoísta, promovendo relações amigáveis, construtivas e
duradouras.

08. Resposta: C
Relacionamento interpessoal é um conceito do âmbito da sociologia e psicologia que significa uma
relação entre duas ou mais pessoas (pelo menos duas pessoas). Este tipo de relacionamento é marcado
pelo contexto onde ele está inserido, podendo ser um contexto familiar, escolar, de trabalho ou de
comunidade. O relacionamento interpessoal implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas
comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conceito de relação
social, da área da sociologia, foi estudado e desenvolvido por Max Weber.

09. Resposta: A
A eficácia de um empregado no seu comportamento interpessoal no ambiente de trabalho consiste em
colaborar com todos, de forma construtiva e amigável, além de ter capacidade de reconhecer a
contribuição individual e coletiva do grupo nos resultados alcançados.

10. Resposta: A
No trabalho, esse relacionamento saudável entre duas ou mais pessoas é alcançado quando as
pessoas conhecem a si mesmas, quando são capazes de se colocar no lugar dos outros (demonstram
empatia), quando expressam as suas opiniões de forma clara e direta sem ofender o outro (assertividade),
são cordiais e têm um sentido de ética.

11. Resposta: Errado


Toda pessoa com história de relacionamentos bem-sucedidos possui talento interpessoal e tende a
ser mais flexível no contexto social, pois nem toda pessoa com bom relacionamento possui talento
interpessoal. A pegadinha da questão é o "toda pessoa". Em relações humanas não existem regras
absolutas (desconfie de regras absolutas como “toda”, “sempre”, “nunca”).

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o papel do Técnico de Enfermagem na equipe de Enfermagem; Código de
Deontologia de Enfermagem; Dimensões ético-legais na Enfermagem

Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem5 (auxiliar, técnico e enfermeiro) estão
definidos no Decreto N° 94.406/87, que regulamenta a Lei N° 7.498/86, sobre o exercício profissional da
Enfermagem. As atividades do enfermeiro estão descritas nos artigos 8° e 9°, as competências do técnico
de enfermagem, no artigo 10°, e as do auxiliar, no artigo 11° do referido decreto.
As funções são divididas por níveis de complexidade e cumulativas, ou seja, ao técnico competem as
suas funções específicas e as dos auxiliares, enquanto que o enfermeiro é responsável pelas suas
atividades privativas, outras mais complexas e ainda pode desempenhar as tarefas das outras categorias.
Às três categorias incube integrar a equipe de saúde e a promover a educação em saúde, sendo que
a gestão (atividades como planejamento da programação de saúde, elaboração de planos assistenciais,
participação de projetos arquitetônicos, em programas de assistência integral, em programas de
treinamento, em desenvolvimento de tecnologias apropriadas, na contratação do pessoal de
enfermagem), a prestação de assistência ao parto e a prevenção (de infecção hospitalar, de danos ao
paciente, de acidentes no trabalho) são de responsabilidade do enfermeiro.
Dessas atividades, cabe ao técnico de enfermagem assistir o enfermeiro no planejamento das
atividades de assistência, no cuidado ao paciente em estado grave, na prevenção e na execução de
programas de assistência integral à saúde e participando de programas de higiene e segurança do
trabalho, além, obviamente, de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro.
Privativamente, incumbe ao enfermeiro a direção do serviço de enfermagem (em instituições de saúde
e de ensino, públicas, privadas e a prestação de serviço); as atividades de gestão como planejamento da
assistência de Enfermagem, consultoria, auditoria, entre outras; a consulta de Enfermagem; a prescrição
da assistência de Enfermagem; os cuidados diretos a pacientes com risco de morte; a prescrição de
medicamentos (estabelecidos em programas de saúde e em rotina); e todos os cuidados de maior
complexidade técnica.
A única categoria com todas as atividades explicitadas em Lei é a dos auxiliares de enfermagem. Além
de integrar a equipe de saúde e educar, cabe ao auxiliar preparar o paciente para consultas, exames e
tratamentos; executar tratamentos prescritos; prestar cuidados de higiene, alimentação e conforto ao
paciente e zelar por sua segurança; além de zelar pela limpeza em geral.
Cabe, ainda, ao auxiliar ministrar medicamentos, aplicar e conservar vacinas e fazer curativos; colher
material para exames laboratoriais; executar atividades de desinfecção e esterilização; realizar controle
hídrico; realizar testes para subsídio de diagnóstico; instrumentar; efetuar o controle de pacientes e de
comunicantes em doenças transmissíveis; prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios; aplicar
oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio; executar os trabalhos de rotina
vinculados à alta de pacientes; e participar dos procedimentos pós-morte.

Ética

O profissional de enfermagem atua sob um conjunto de valores pessoais e profissionais quando se


relaciona com um paciente. Cada paciente possui um sistema pessoal de valores. O profissional de
enfermagem não deve permitir que os seus valores entrem em conflito com os do paciente. A objetividade
enriquece a habilidade do profissional em atuar de modo inteligente e disciplinado quando assiste
pacientes com problema de saúde. Ele deve se empenhar em desenvolver uma autoconsciência para
entender atitudes e sentimentos e para controlar o comportamento nas relações profissionais com os
pacientes.
No ambiente de assistência de saúde, os valores do profissional de enfermagem, do paciente e da
sociedade interagem. Inevitavelmente, conflitos de valores surgem, os quais podem causar dilemas
éticos. A ética determina a conduta apropriada e é tão importante quanto os direitos legais. O profissional
precisa constantemente lembrar-se da ética, quando lidar com pacientes e com outros profissionais de
saúde.
Uma vez que o profissional de enfermagem está ciente dos valores que motivam o comportamento
pessoal e profissional, é mais fácil ajudar os pacientes a identificar os valores que influenciam seus
próprios comportamentos e atitudes. A frequência e a intensidade com as quais a pessoa pratica
comportamento de promoção de saúde dependem do valor dado na redução da ameaça da doença e na

5
http://mt.corens.portalcofen.gov.br/diferenca-entre-categorias_698.html

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promoção da saúde. Os profissionais de enfermagem ajudam os pacientes a elucidarem seus valores
pessoais, ordenam prioridades de valore, minimizam conflitos, conseguem uma estabilidade entre valores
e comportamentos relacionados à prevenção de doenças e à promoção de saúde e recebem tratamento
ético. A competência de um profissional está na habilidade em ajudar os pacientes a compreenderem a
si próprios e ao impacto de alguns comportamentos no seu bem-estar.

Valores e Ética
A singularidade da profissão de enfermagem está na complexidade e diversidade de papéis e
responsabilidades assumidas por seus membros. O profissional de enfermagem atua como uma conexão
entre o paciente e outros profissionais de saúde, para assegurar que os direitos do paciente sejam
respeitados. Atualmente, o profissional está apto a se empenhar visando o objetivo de proporcionar um
atendimento completo e abrangente para uma gama maior de pacientes.
A assistência de saúde é realizada numa sociedade pluralística onde existem muitos sistemas de
crenças e fé. Com tanta diversidade moral e cultural, frequentemente é difícil definir valores comuns de
assistência de saúde. O profissional de enfermagem tem conhecimento de valores e ética e os usa para
proporcionar uma boa assistência para o paciente. Depende do próprio profissional a tentativa de resolver
dilemas éticos que surgem durante sua interação com o paciente. Se ele sabe claramente o que eles
valorizam e por que, estará apto a tomar, e ajudar os pacientes a tomarem, decisões éticas responsáveis.
Uma pessoa que ingressa na profissão de enfermagem possui um conjunto de valores pessoais que
guiarão suas ações. Esses valores são o resultado de uma escolha ou hábitos pessoais. Um jovem adulto
que ingressa na carreira de enfermagem será incapaz, a princípio, de identificar todos os atributos de um
enfermeiro profissional. Mas, após socializar-se com a profissão, ele logo verificará a interação de valores
pessoais e profissionais.
Dois valores primários identificados por Hall (1973) são o valor próprio e equivalência. O valor próprio
é a crença de uma pessoa em se considerar valiosa para as pessoas importantes de sua vida. o valor
próprio está relacionado à confiança, à expressão de emoções e à capacidade de se relacionar com as
outras pessoas. O valor de equivalência é a crença de que outras pessoas têm valor equivalente a si
mesmo. Hall sugere que estes dois valores primários devem existir conjuntamente. Ter um sentimento
positivo pelos outros requer que uma pessoa primeiro avalie a si própria. Esses dois valores primários
são “forças orientadoras” na vida pessoal e profissional do enfermeiro.
Existem muitos outros valores, como a confiabilidade e a competência, que o enfermeiro adquire
durante a socialização. Se os valores pessoais são similares aos ideais para o trabalho, os profissionais
assumem seu papel com pouca dificuldade; se eles são incompatíveis, o profissional de enfermagem
provavelmente se sentirá frustrado e insatisfeito.

Definição de Valores e Ética


Um valor é uma convicção pessoal sobre a importância sobre uma dada ideia ou comportamento. Dar
valor a um certo comportamento ou ideia é achá-los preferíveis a outros. Os valores que um indivíduo
retém reflete necessidades pessoais, culturais, influências sociais e relacionamento com pessoas de
importância pessoal. Os valores variam ente as pessoas, desenvolvem-se e mudam com o tempo. Um
sistema de valores bem desenvolvido faz com que a tomada de decisões seja uma tarefa relativamente
sem conflitos.
A ética consiste nos princípios ou padrões que determinam a conduta apropriada. O termo origina-se
da palavra grega “ethos”, que significa costume. A ética refere-se ao que é certo e errado, o que é dever
ou obrigação. Sendo uma característica de todas as profissões, a ética protege os direitos dos homens.
Os valores influenciam como um indivíduo percebe os outros e como ele age. Quando os valores
entram em conflito, a ética frequentemente entra em cena e o resultado é o dilema. Não há situação
absolutamente certa ou errada, mas uma pessoa não deve comprometer os valores de outra quando
tentar resolver um dilema ético. Por exemplo, um enfermeiro de uma comunidade, solicitado por um
colega de trabalho para entrar em greve, precisa decidir-se entre a lealdade a seus colegas e aos
pacientes.
As pessoas apegam-se a valores em um contínuo de relativa importância. Valores relacionados
formam sistemas de valores, como aqueles relacionados à religião, saúde, liberdade e auto respeito. Um
sistema objetivo de valores permite a uma pessoa ser flexível ao tomar decisões e facilita uma ótima
interação com terceiros.
Valores éticos, morais e legais não estão necessariamente relacionados. Uma crença moral é uma
forte convicção de que alguma coisa é absolutamente certa ou errada em todas as situações. Desta
maneira, o que é uma questão moral para uns é dilema ético para outros (por exemplo, aborto). Um direito
legal é uma reivindicação justa ou algo que é devido de acordo com as garantias legais e está

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frequentemente relacionado aos valores éticos (por exemplo, no caso da remoção de um sistema de
suporte de vida de um paciente em coma), mas não está necessariamente relacionado a todas as
situações (por exemplo, o direito ao tratamento de saúde é uma questão ética e não um direito legal).
Dois tipos específicos de valores são os terminais e instrumentais. Um valor terminal envolve finalidade
ou objetivos desejados, como a felicidade ou o sucesso na profissão. Um valor instrumental envolve
modelos desejáveis de conduta, como honestidade ou manutenção da saúde de outrem. Valores
instrumentais mudam com a experiência; valores terminais, os objetivos principais da pessoa, são
alcançados através de comportamentos motivados por valores instrumentais.
Valores e ética regem o modo de uma pessoa agir e dão sentido à vida. A prática da enfermagem
exige que o profissional de enfermagem atue dentro das regras legais e éticas e que, ao mesmo tempo,
se mantenha fiel a um sistema de valores pessoais. Surgem, é claro, conflito de valores e,
consequentemente, o profissional precisa estar preparado para lidar com estes dilemas éticos e resolver
os conflitos da melhor maneira possível, para assegurar a qualidade da assistência e uma solução
satisfatória do ponto de vista profissional.

Determinação de Valores dos Profissionais de Enfermagem


O profissional de enfermagem que usa a determinação de valores apresenta um crescimento pessoal
e adquire satisfação profissional. Durante os encontros com pacientes, colegas e profissionais de saúde,
os seus valores são desafiados e testados. Como ele demonstra uma vontade de ser responsável por
atuar profissionalmente? Como suas atitudes em relação a um paciente influenciam o cuidado
providenciado? O enfermeiro tem dificuldade em assumir o papel de um profissional se seus valores
pessoais são mal concebidos ou pouco claros. A determinação de valores ajuda-o a explorar estes valores
e decidir se ele atua de acordo com suas convicções. Uma visão clara dos valores pessoais permite-lhe
dar maior atenção às necessidades dos pacientes. A determinação de valores também facilita a tomada
de decisão e resolução de problemas.
O processo de determinação de valores pode ser usado numa base continua entre os profissionais de
enfermagem e outros profissionais de saúde que enfrentam conflitos similares diariamente. Nas relações
de trabalho, os profissionais de enfermagem desenvolvem uma confiança nos colegas, em cujas reações
eles podem confiar. O profissional consciente de seus valores atua rápida e decididamente e pode ajudar
seus colegas a determinar seus valores ao lidar e cuidar de pacientes. Compartilhar valores sobre
pacientes, suas famílias, colegas de trabalho e companheiros ajudam os profissionais a reconhecer seus
próprios valores. Esta partilha ajuda-os a compreender o comportamento dos colegas. As linhas de
comunicação tornam-se mais abertas quando se deparam com um tema controverso. A qualidade das
relações de trabalho é enriquecida à medida que os profissionais de enfermagem adquirem
conhecimentos sobre si mesmos e seus colegas.

Determinação de Valores de Pacientes


A valorização também é um instrumento útil no auxílio aos pacientes e seus familiares para adaptarem-
se ao estresse da doença e outros problemas relacionados à saúde. O profissional de enfermagem ajuda
o paciente a discriminar as emoções para determinar seus significados e sentidos. A determinação de
valores é uma atividade para despertar a consciência, através da qual os pacientes adquirem consciência
das prioridades pessoais, identificam ambiguidades nos valores e resolvem os conflitos iniciais entre os
valores e o comportamento. O objetivo do profissional é comunicar-se com o paciente para ajudá-los a
estabelecer comportamento de proteção e promoção de saúde. O paciente torna-se mais propenso a
expressar problemas e sentimentos sinceros e, então, ele está apto a estabelecer um plano de assistência
individualizado. O enfermeiro que quer saber e aprende quais são os valores do paciente, está apto a
planejar um programa bem-sucedido de promoção de bem-estar.
Um sistema de estratégias pode ser usado para tornar a avaliação mais criteriosa, prática e significativa
para uma pessoa com valores não muito claros. Essas estratégias são, na verdade, exercícios para ajudar
um indivíduo na determinação de valores, utilizando as três etapas de valorização. Os profissionais de
enfermagem podem usá-las com os pacientes ou para determinar seus próprios valores.
Algumas vezes é difícil para um profissional de enfermagem determinar quando o paciente pode se
beneficiar com a determinação de valores. Nem todos os pacientes acreditam nos valores socialmente
preferidos, tais como o desejo de manter sua saúde, uma vontade de trabalhar pesado ou a importância
de ter uma carreira de sucesso. Em alguns casos, os comportamentos do paciente sugerem ao
profissional de enfermagem que seus valores não são claros. Esses comportamentos podem interferir
nos esforços do profissional de enfermagem para promoção de uma boa assistência. Quando os
comportamentos dos pacientes refletem uma necessidade de determinação de valores, o papel do
profissional de enfermagem será determinar se o paciente está infeliz, inseguro do seu sistema de valores,

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ou se está vivenciando um conflito de valores que pode ser prejudicial à sua saúde. Nesses casos, a
determinação de valores pode ser útil.
Simplesmente encorajar o paciente expressar seus sentimentos pode fornecer informações
inadequadas, se o problema real for um conflito de valores. O profissional que está familiarizado com a
determinação de valores pode ajudá-lo a definir valores, esclarecer objetivos e procurar soluções.
Proporcionar meios de determinação de valores não é uma tentativa de psicanálise. O papel do
profissional de enfermagem é fornecer respostas para as perguntas ou afirmações do paciente, de modo
que estimule a introspecção. O estímulo verbal do profissional para a determinação é gerado por uma
consciência de que o processo de valorização irá motivar o paciente a examinar seus pensamentos e
ações. Esses estímulos podem ajudá-los a escolher um valor livremente, considerar alternativas, apreciar
a escolha, afirmá-la a outros e incorporar comportamentos que reflitam o valor escolhido.
Quando o profissional de enfermagem incita um estímulo para a determinação, ele deve ser: breve;
sem julgamento; seletivo; que estimule pensamentos, e espontâneo. Isto assegura que o paciente está
sendo tratado como um indivíduo com necessidades reais e não permite que o profissional seja severo
ou moralizante.
A determinação de valores pode ocorrer em qualquer contexto. A valorização tem sempre mais
sucesso quando o profissional tem a oportunidade de um contato repetido com o paciente. É difícil para
ele ajudar significativamente o paciente a superar cada etapa do processo de valorização, se o tempo
dedicado a isto for curto.
No final, o paciente adquire a noção de como a valorização proporciona satisfação pessoal. A
determinação de valores promove a ponderação e tomada de decisões efetivas. O paciente torna-se
consciente de como os valores influenciam suas ações, um componente essencial na resolução de
problemas.
É necessário tempo para que o profissional possa desenvolver a determinação de valores, como um
instrumento para a assistência de paciente. Os profissionais de enfermagem não podem tentar ajudar seu
pacientes a examinarem seus valores, a não ser que eles mesmos tenham conhecimento de seus próprios
valores. A determinação de valores pode ser um meio valioso dos pacientes identificarem seus
sentimentos verdadeiros e convicções e ter um melhor conhecimento de seus objetivos na vida.

Amparo do Paciente
Os padrões éticos regem o comportamento de profissionais e instituições para com os pacientes. Em
contraste, as leis determinam o licenciamento de profissionais e prescrevem os limites da prática legal.
Geralmente é verdade que as práticas éticas são práticas legais. Entretanto, somente a lei é prontamente
executável.
Como Kohnke destacou, o conceito de amparo transpõe esta lacuna entra a ética e a lei. Em
enfermagem, amparo consiste em informar o paciente e, então, apoiar qualquer que seja a decisão
tomada. Informar apropriadamente um paciente adéqua-se às responsabilidades legais do profissional de
enfermagem e apoiá-lo adéqua-se às necessidades éticas de respeitar o direito de uma pessoa à
autodeterminação.
Amparo é um processo complexo que, primeiro, requer do profissional de enfermagem a aquisição da
compreensão de suas próprias atitudes, valores e crenças e, depois aprender a aproximar-se do paciente
com a mente aberta, reconhecendo valores e crenças diferentes. Amparo não é o mesmo que
determinação de valores; entretanto, para dar amparo, o profissional de enfermagem precisa determinar
quais são os valores.
As duas funções primárias de amparo são informar e apoiar. Para informar um paciente propriamente,
o profissional de enfermagem precisa ter informação exata ou saber onde conseguir. O profissional que
dá amparo precisa também desejar que o paciente receba a informação. Entretanto, um paciente precisa
concordar em receber a informação; ele tem o direito de não saber. Além disso, o profissional de
enfermagem que dá amparo fornece a informação de um modo que tenha significado para o paciente.
Finalmente, o profissional protetor reconhece que muitas pessoas, como membros de família, médicos,
administradores de assistência de saúde, não querem que o paciente obtenha informações. Esta situação
torna amparo muito difícil. O papel de protetor torna-se um ato de ponderação cuidadosa, entre contar ao
paciente o que ele precisa saber e não prejudicar a relação do paciente com a família ou o médico.
O profissional de enfermagem também dá apoio ao paciente sem assumir uma posição defensiva ou
de salvamento. A responsabilidade da tomada de decisões permanece com o paciente e não com o
protetor. O enfermeiro protetor não dá conselhos, faz julgamentos ou dá aprovação. O profissional de
enfermagem tem consequência dos riscos que são inevitáveis se o paciente tomar decisão errada sobre
o tratamento de saúde, mas é o paciente quem decide após receber a informação. Se a decisão for errada,
o profissional instrui o paciente como aceitá-la e como fazer uma escolha melhor no futuro.

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O estudante de enfermagem principalmente frequentemente encontrará pacientes que pedirão ajuda
para tomar decisões simples, como, por exemplo, tomar banho. Essas questões podem ser importantes
para um paciente doente. Elas oferecem excelentes oportunidades a um enfermeiro para ajudar o
paciente a tomar decisões. Quando decisões mais importantes tiverem que ser tomadas, ele estará mais
apto a tomá-las. Ajudando o paciente a tomar decisões aparentemente de pouca importância, o
profissional de enfermagem ganha prática no papel de protetor.
Existe um ponto chave a lembrar de quando o profissional de enfermagem exerce este papel. Nem
todos os pacientes precisam de “amparo”. Existem pacientes que são capazes de tomar suas próprias
decisões, sem o auxílio do profissional. Entretanto, é sempre apropriado para ele compartilhar
informações pertinentes e importantes com o paciente.

Normas Técnicas, Ética e Comportamento no Ambiente de Trabalho


A Ética é o ideal para conduta humana, pois a evolução de seus princípios deu-se juntamente com o
processo evolutivo da humanidade, e orienta o ser humano sobre o que é bom e correto e o que deveria
assumir, orientando sua vida em relação a seus semelhantes, visando o bem comum.
A Ética de nossa sociedade e a Ética empresarial são inseparáveis, algumas vezes indistinguíveis.
Nossas preocupações diárias com a eficiência, competitividade e lucratividade não podem prescindir de
um comportamento ético.
A Ética no trabalho orienta não apenas o teor das decisões (o que devo fazer) como também o
processo para a tomada de decisão (como devo fazer).
A adoção de princípios éticos e comportamentais reflete o tipo de organização da qual fazemos parte
e o tipo de pessoa que somos. Nosso respeito pelas diferenças individuais e a preocupação crescente
com a responsabilidade social, onde inserimos as questões de segurança, meio-ambiente e saúde no
cotidiano da nossa gestão empresarial, refletem as relações com seus empregados e para com a
sociedade.
Cada indivíduo tem o seu próprio padrão de valores. Por isso, torna-se imperativo que cada empregado
faça sua reflexão, de modo a compatibilizar seus valores individuais com os valores expressos nos
Princípios Éticos.

Ética no Trabalho
Para que seja ético no trabalho é preciso antes de tudo ser honesto em qualquer situação, nunca fazer
algo que não possa assumir em público, ser humilde, tolerante e flexível. Ser ético significa, muitas vezes,
abrir mão de algumas coisas e perder algo.
É preciso ouvir mais as ideias de seus colegas, pois muitas ideias aparentemente absurdas podem ser
a solução para um problema. Para descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvir as pessoas e
avaliar a situação sem julgamentos precipitados ou baseados em suposições, e principalmente dar crédito
a quem realmente é merecedor. Muitas vezes recebemos elogios pelo trabalho realizado por outras
pessoas, sem sequer repassar os mesmos ou citar o nome dos colegas que contribuíram para tal, e isso
é ser antiético, pois está-se aceitando um elogio pelo trabalho de outra pessoa e, cedo ou tarde, o mesmo
será reconhecido e você ficará com fama de mau-caráter.
Outra coisa muito importante é a pontualidade, pois se você sempre se atrasar, será considerado
indigno de confiança e pode perder boas oportunidades de carreira. Infelizmente em muitas empresas
julga-se o caráter e a competência de um funcionário pelo cumprimento de horário e não pela sua
produtividade ou habilidades técnicas/gerenciais.
Tente também nunca criticar seus colegas de trabalho ou culpá-los pelas costas, e quando tiver de
corrigir ou repreender alguém, faça-o em particular, não o humilhe perante outros, respeite sua
privacidade e se for o caso ofereça apoio, pois ele poderá estar passando por dificuldades sem você
saber.
Existem outras ponderações que devemos fazer, tais como: maneiras de utilização de telefones, e-
mails, assim como comportamentos em reuniões/palestras e em situações de fofocas de corredor.
“Aja de acordo com seus princípios e assuma suas decisões, mesmo que isso implique ficar contra a
maioria”.

Utilização do Telefone
Ao se utilizar o telefone na empresa devemos tomar alguns cuidados, tais como:
- Dar toda a atenção à pessoa que ligou sem ficar distraído com outras atividades em paralelo;
- Evitar intimidades com a pessoa que está do outro lado da linha, pois isso poderá causar
constrangimentos com os colegas que estão ao seu redor;

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- Ao falar ao telefone, você é julgado pela dicção, capacidade de articular pensamentos e por tratar os
outros com cortesia ou não. A voz deve ser alegre, clara, calorosa e em bom-tom, nem alta nem baixa
demais;
- Ao atender telefonemas alheios, anote o recado escrevendo o nome da pessoa que ligou, o número
do telefone, o assunto e a hora;
- Não faça ligações pessoais demoradas;
- Não entre em discussões por telefone;
- Retorne as ligações, mesmo que você não conheça quem deixou recado;
- Se estiver ocupado, não tenha medo de interromper a conversa, diga que não pode falar e que ligará
em seguida e não esqueça de retornar a ligação;
- Todos estamos sujeitos a ter de atender a um telefonema com alguém ao lado. Quando for inevitável,
procure fazer com discrição, nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal do telefone;
- Jamais deixe alguém esperando na linha, melhor dizer que está ocupado e que retornará a ligação
depois;
- Se a linha cair não se preocupe, pois a responsabilidade de ligar novamente é de quem telefonou.

Utilização de e-mail
A utilização do e-mail é algo extremamente polêmico e atualmente se discute muito sobre o direito das
empresas monitorarem os e-mails de seus funcionários, violando assim sua privacidade. Então, é
importante que se tenha alguns cuidados ao se utilizar o e-mail fornecido pela empresa:
- Nunca escreva algo que possa constrangê-lo depois, evite intimidades e escreva aquilo que você
falaria pessoalmente para a pessoa;
- Verifique sempre a gramática e a ortografia do texto antes de enviá-lo, pois não existe nada pior do
que um texto cheio de erros que, em muitos casos, pode ofender pessoas que prezam muito uma boa
grafia;
- Seja claro e objetivo, pois hoje em dia ninguém tem tempo para ler textos extensos demais ou ficar
pensando em palavras fora de contexto;
- Um e-mail, apesar de também ser um documento, não deve ser tão formal quanto uma carta;
- Jogue fora todos aqueles e-mails que não servem para nada, como malas diretas, correntes e
piadinhas infames e só responda àqueles que realmente mereçam sua atenção;
- Não mande correntes, piadas - obscenas ou não - e pegadinhas por e-mail para quem não conhece.

Comportamento em Reuniões
É neste momento que seu profissionalismo é posto à prova e onde sua postura profissional estará
sendo julgada, então tome alguns cuidados ao participar de reuniões de trabalho.
- Não chegue atrasado. Além de irritar quem chegou na hora, sua imagem ficará péssima, pois sua
pontualidade foi ineficaz;
- Nunca sente à cabeceira da mesa, pois esse lugar normalmente é reservado à pessoa que conduzirá
a reunião. Assim você dará a entender que conhece seu lugar, demonstrará apoio e deixará claro que
não ameaça a pessoa que está conduzindo a reunião;
- Leia e pesquise sobre o assunto que será colocado em pauta. Dessa maneira você estará preparado
e poderá participar da discussão, sem passar pelo constrangimento de dar um fora;
- Quando participar de uma reunião não entre mudo e saia calado, torne sua participação ativa;
- Exponha todas suas ideias independentemente de boas ou ruins, e quando achar que deve discordar,
discorde, mesmo que seja com quem está conduzindo a reunião. Dessa maneira você tornará a reunião
mais produtiva e não apenas um encontro de amigos;
- A pessoa que está conduzindo a reunião deve ser o primeiro e o último a falar. Ou seja, é ela que
abre e fecha a reunião;
- Se for encarregado de conduzir uma reunião, lembre-se de que um bom condutor é aquele que expõe
suas opiniões de modo que todos entendam, sabe ouvir e mediar conflitos;
- Ao fazer um comentário, apresentar uma ideia ou sugestão, seja claro e objetivo. Resuma ao máximo
o que tem a dizer para não tornar a reunião longa e cansativa demais;
- Olhe para os outros quando estiverem falando para mostrar interesse. Não baixe os olhos para a
mesa;
- Apresente suas ideias como recomendação e não como ordens. Senão você poderá comprometer a
autoridade diante dos demais participantes;
- É importante manter a postura durante uma reunião. Evite ficar gesticulando, rabiscando, mexendo
no celular e principalmente entrar em uma reunião com o celular ligado.

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Fofocas de Corredor
Algo inevitável nas empresas são as fofocas de corredor, por isso evite ao máximo fazê-las.
- Afaste-se das fofocas e maledicências. Só o fato de prestar atenção nelas pode lhe dar a fama de
fofoqueiro, e aquele que lhe conta a última novidade pode levar também um comentário péssimo sobre
você e aumentar o conflito interpessoal;
- Evite fazer profecias. As previsões podem não se realizar e as palavras se voltarão contra você;
- Não seja inconveniente, aparecendo em outros setores da empresa sem ligar antes só para fazer
uma fofoca rápida;
- Mantenha a voz baixa, especialmente quando precisar falar de assuntos de caráter confidencial;
- Quando se referir a um colega numa conversa, use o nome completo dele para evitar mal-entendidos;
- Evite falar de sua vida pessoal com quem você não conhece o caráter;
- Não comente com qualquer um os seus resultados positivos, prêmios e novos projetos que lhe foram
confiados;
- Caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque cumprimentos, mantenha distância e não
comente a antipatia que sente. Isso minimiza os atritos e evita que os outros reparem a incompatibilidade
e façam fofocas.

Exercícios do Cargo/Função
Jamais use seu cargo, função, atividade, posição ou influência com o fim de obter qualquer
favorecimento para si ou para outros. Busque o melhor resultado mantendo sempre uma atitude
transparente, de respeito e colaboração com os colegas de trabalho.
- Procure saber como seus superiores trabalham e como gostam que seus colaboradores exerçam
suas atividades, pois dessa maneira você poderá guiar suas atitudes e reações;
- Deixe claro quais são as suas funções, principalmente se elas incluírem obrigações pessoais e
particulares. Sobretudo, no caso de secretárias e assistentes que são encarregados de controlar as
contas do chefe, organizar agenda, comprar presentes para os familiares, etc.;
- Caso tenham afinidades ou amigos em comum, não há mal algum em fazer comentários pessoais,
mas seja discreto e tome cuidado para não parecer inconveniente nem puxa-saco;
- Reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala correta é: “não foi
um erro intencional, isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o acontecido”;
- Jamais diga a palavra problema para se referir a uma situação desfavorável. Dá a impressão de que
você não consegue controlar a situação.

Relacionamentos
Entre Colegas, Coordenadores e Gerentes
Saiba respeitar as diferenças individuais, aja de forma cortês, com disponibilidade e atenção a todas
as pessoas com quem se relaciona, independentemente de seu cargo na empresa.
- Reconheça os méritos relativos aos trabalhos desenvolvidos por colegas ou gerentes;
- Não prejudique a reputação de colegas ou gerentes por meio de julgamentos preconceituosos, falso
testemunho, informações não fundamentadas ou qualquer outro subterfúgio;
- Não busque obter troca de favores que aparentem ou possam dar origem a qualquer tipo de
compromisso ou obrigação pessoal;
- Estimule a manifestação de ideias, quando alinhadas com os objetivos das empresas, mesmo que
representem mudança significativa.

Emocionais entre Colegas de Trabalho


Este assunto foi, é e sempre será muito polêmico, pois dependendo da diferença de hierarquias entre
o casal, com certeza surgirão comentários maldosos. Portanto, ao se relacionar com um colega de
trabalho tome os seguintes cuidados:
- Você e um colega se apaixonaram: se a empresa não proíbe namoro entre funcionários e vocês são
desimpedidos, não vale a pena esconder. Os colegas desconfiam, descobrem e fofocam;
- Enquanto estiver na empresa evite os apelidos carinhosos e telefonemas melosos. Nada de “fofo”,
“lindinha”, “bebê” e “neném”;
- Não constranja os colegas nem cause falatório criando situações para ficar a sós com seu amado ou
sua amada.
- Cenas de ciúme e bate-boca são péssimas para sua imagem na empresa;
- Se brigar com ela (ele), deixe a cara fechada e a reconciliação para fora da empresa. Seu romance
não é novela, para ser acompanhado capítulo a capítulo;

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- Não policie os horários da (o) sua (seu) parceira (o) e muito menos crie empecilhos para que ela (ele)
almoce com colegas ou superiores sob o argumento “você não liga mais para mim”;
- Você e o chefe se apaixonaram: em muitas empresas, trata-se de amor proibido. Vocês podem tentar
escondê-lo por um tempo, mas correm sérios riscos;
- Do ponto de vista ético, o melhor a fazer é pedir, rapidamente, uma transferência de departamento,
já que o romance pode comprometer o trabalho. Se não for possível uma transferência, a saída mais
correta é um dos dois pedir demissão. Durante o período de impasse, ajam com absoluta discrição, pois
os fofoqueiros de plantão adoram comentar sobre situações como essa;
- Paixão por alguém casado: em casos assim, trata-se de nitroglicerina pura. Se o romance se tornar
público, amor, trabalho e família virarão uma grande confusão e isso é péssimo para a carreira;
- Evite comentar o assunto em voz alta e não transforme seu drama em tema de debate no fumódromo.

Intimidações
- Jamais tolere ameaças ou assédios de qualquer tipo;
- Não se submeta a situações de assédio moral (entendido como o ato de desqualificar repetidamente,
por meio de palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do empregado em
função do vínculo hierárquico) e denuncie o assediador;
- Respeite a hierarquia, porém informe imediatamente à gerência superior qualquer comportamento
irregular, desde que devidamente fundamentado;
- Comunique imediatamente aos seus superiores hierárquicos, para que as providências cabíveis,
qualquer aliciamento, ato ou omissão que julgue contrários ao interesse da empresa;
- Não ceda a pressões que visem a obtenção de vantagens indevidas.

Feedback
Feedback: conjunto de sinais perceptíveis que permitem conhecer o resultado da mensagem; é o
processo de se dizer a uma pessoa como você se sente em função do que ela fez ou disse. Para isso,
fazer perguntas e obter as respostas, a fim de verificar se a mensagem foi recebida ou não.
Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma
maneira de se reduzir falhas de comunicação e distorções.

Habilidades de Feedback:
- Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior);
- No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com questões
periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las;
- Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor;
- Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o receptor com excesso de informações ou críticas);
- Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar contribuindo
para o comportamento do receptor;
- Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você como o receptor
estejam deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi decidido.

A Ética é algo que não pode ser definido como certo ou errado. É a forma de como as pessoas
acreditam, é o bom senso, em suma, e como você observa o mundo ao seu redor.
Infelizmente a Ética, postura profissional, relacionamentos no ambiente de trabalho, transformou-se
em chavões onde ninguém sabe explicar o que é certo ou não, ou melhor, pode-se notar que a Ética já
não está sendo respeitada.
O coerente seria que as organizações desenvolvessem códigos de condutas, assim poderiam mostrar
o que é “correto” para aquele ambiente de trabalho. Uma vez tendo isso bem exemplificado e explicado,
não deixaria margem para questões sem o menor pingo de cuidado do uso de termos sem o menor
sentido, que em vez de ajudar acabam por prejudicar e muitas vezes ofender as pessoas.

Ética Profissional

Que responsabilidades estão envolvidas no papel de um profissional? Fromer relacionou as principais


características de um profissional:
- A profissão é exercida em tempo integral e é principal fonte de rendas.
- O profissional vê trabalho como um compromisso a uma solicitação. É mais que um emprego.
- Profissionais estão organizados com seus colegas por razões profissionais, isto é, por razões que
transcendem dinheiro e outros benefícios tangíveis.

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- O profissional possui conhecimento e habilidade úteis baseados numa educação de duração e
dificuldade incontestáveis.
- Os profissionais demonstram uma orientação de atendimento que vai além da motivação financeira.
- O profissional procede de acordo com seu próprio julgamento.

Como profissional, o enfermeiro tem um compromisso com pacientes e com a própria profissão, em
fornecer a melhor qualidade de assistência de saúde disponível. A formação educacional do profissional
de enfermagem fornece o conhecimento e habilidades necessárias para ajudá-lo a cumprir o
compromisso profissional. Experiências clínicas promovem a socialização na profissão, por que o
profissional aprende os padrões e normas usados por outros colegas no exercício da profissão e outras
disciplinas de assistência médica. O processo de tornar-se um profissional somente está completo
quando os valores da profissão são integrados aos valores do indivíduo.
A ética está ligada à verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto.
No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade
evoluíra em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à
elevação de espírito. A atitude ética determinará como um profissional trata os outros profissionais no
ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos entre outros
membros da comunidade em geral.
A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados.
O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a
sua profissão; o agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no
desempenho de sua profissão.

Ética na Enfermagem6

Os dilemas éticos surgem a cada dia, exigindo dos profissionais de enfermagem o aprimoramento
constante de seus conhecimentos.
Face à dinamicidade cultural contemporânea, o profissional de enfermagem se depara com
questionamentos éticos e legais a respeito da sua atuação, exigindo competência ampla diante de tantas
inovações.
O cliente usuário dos serviços de saúde tem o direito de receber informações claras, objetivas e
compreensíveis sobre as medidas diagnósticas e terapêuticas propostas. Assim, sabe-se que é
incontestável o direito do cliente de acessar as informações e orientações a respeito da assistência de
enfermagem que lhe está sendo prestada, bem como o direito de acessar o seu prontuário, os exames
médicos solicitados e os resultados, além de discutir com os profissionais da área de saúde sobre as
possibilidades diagnósticas e terapêuticas pretendidas, consentindo ou não, de acordo com o livre arbítrio
- legalmente resguardado pela capacidade jurídica, ou através de seu representante legal.
O paciente dos dias de hoje, por ter consciência de seus direitos de consumidor, tem deixado de ser
tão passivo a tudo, o que requer mais atenção, respeito e habilidade por parte do enfermeiro. Alguns
pacientes querem participar de seus cuidados e compreenderem o que está ocorrendo no seu processo
de hospitalização. Nesse sentido, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, em seu artigo 16,
é muito claro ao assegurar ao cliente o direito de que lhe seja prestada uma assistência de enfermagem
livre de danos decorrentes de negligência, imperícia ou imprudência.
O Código Civil, em seu artigo 951, dispõe: “... no caso de indenização devida por aquele que, no
exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho”. Com isso, a responsabilidade
profissional é subjetiva, caso ocorra algum tipo de prejuízo ao cliente, exigindo-se a comprovação de que
o profissional agiu culposamente e deu ensejo ao risco ou ao dano alegado pelo cliente ou responsável
legal.
A responsabilidade é o dever jurídico de responder pelos próprios atos ou de outrem, sempre que estes
atos violarem os direitos de terceiros protegidos por Lei, garantindo o ressarcimento de danos causados
culposamente, seja por imperícia, negligência ou imprudência, por parte do profissional.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente quem,
podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou se
comporta de modo diverso.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
6
Texto extraído de FREITAS, Genival Fernandes de; OGUISSO, Taka. Ocorrências éticas na enfermagem. Rev Bras Enferm, Brasília (DF) n. 56, v. 6, p. 637-639,
nov-dez, 2003.

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profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física
ou moral.
Em contrapartida, a imprudência decorre da ação açodada, precipitada e sem a devida precaução. É
imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los.
A equipe de enfermagem, ao cuidar de um cliente, não se obriga a curá-lo, contudo deve utilizar todos
os recursos humanos e técnicos possíveis e disponíveis para garantir uma assistência de enfermagem
segura e eficaz, isto é, isenta de riscos de ocorrências prejudiciais, tendo como desvelo a conduta inapta,
imprudente ou negligente do profissional de enfermagem.
O trabalho de Enfermagem7 tem se diversificado, indo desde o cuidado, seja do indivíduo, família e
grupo da comunidade, passando pelas ações educativas, pesquisas, administrativas, até a participação
no planejamento em saúde. O enfermeiro tem avançado no controle das suas atividades, previstas tanto
no Regulamento do Exercício Profissional (Lei n. 7498/86) como no Novo Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 564/17).
Surgem, junto com este avanço, os problemas éticos relativos ao desempenho da profissão de
Enfermagem, sendo necessário que esse profissional tome conhecimento de seus direitos e deveres
éticos e legais, ampliando, assim, a segurança em suas ações e a possibilidade de estar exercendo as
suas atividades dentro daquilo que lhe cabe, evitando possíveis complicações legais posteriores.
A ética profissional é uma parte da ciência moral e tem como função detectar os fatores que, numa
determinada sociedade, são capazes de alienar a atividade profissional; portanto, é tarefa da ética
profissional realizar uma reflexão crítica, e questionadora, que tenha por finalidade salvar e dar segurança
à sociedade no que diz respeito à atividade profissional.
A ética, no contexto da Enfermagem, abrange comportamentos e ações que envolvem conhecimentos,
valores, habilidades e atitudes no sentido de favorecer as potencialidades do ser humano com a finalidade
de manter ou melhorar a condição humana no processo de viver e morrer. Assim, os cuidados de
Enfermagem devem estar relacionados a ações livres de danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.

Modalidades de Culpa, conforme o art. 18, inciso II do Código Penal


- Imprudência: é a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). É a prática de um fato
perigoso, ou seja, é uma ação descuidada. Decorre de uma conduta comissiva.
- Negligência: é a culpa de quem se omite. É a falta de cuidado antes de começar a agir. Ocorre
sempre antes de começar a ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em
movimento).
- Imperícia: é a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade.

A Ética na Pesquisa em Enfermagem


A enfermagem tem o dever de utilizar a pesquisa para buscar novos meios científicos e métodos
racionais para melhorar a prática assistencial da enfermagem.
Dois documentos básicos têm orientado o desenvolvimento das normas e códigos de ética na
investigação biomédica e em saúde:
- o Código de Nuremberg: teve sua origem na devastadora pesquisa realizada sem nenhum conceito
de participação ou consentimento voluntário, durante a Segunda Guerra Mundial;
- Declaração de Helsinque: desenvolveu uma compreensão crescente das diferenças entre a
investigação terapêutica e a não-terapêutica e ampliou a compreensão dos tipos de informação que
devem receber os sujeitos potenciais da investigação.
São universalmente importantes para todas as práticas de saúde, mas a maneira como eles são
aplicados podem, numa determinada situação, diferir de uma cultura para outra.
São os mesmos aplicáveis na Pesquisa em Enfermagem daqueles utilizados na prática de
Enfermagem. Na pesquisa como na prática o paciente tem direitos e o enfermeiro tem a responsabilidade
de proteger e defender esses direitos. Estes princípios sob o ângulo da pesquisa são: Beneficência, Não-
maleficência, Justiça e Autonomia.
A Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, aprova diretrizes e
normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Neles estão inclusos a autonomia, a
não-maleficência, beneficência e justiça.
A pesquisa envolvendo seres humanos requer o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
devidamente assinado.

7
ROSENSTOCK, Karelline Izaltemberg Vasconcelos et al. Aspectos Éticos no Exercício da Enfermagem; Revisão Integrativa da Literaturas. Cogitare Enferm.,
v. 16, n. 4, p. 727-33, out/dez, 2011.

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É o processo pelo qual pesquisadores asseguram que, os sujeitos de pesquisas sejam informados
sobre os riscos potenciais, desconfortos e incômodos, assim como os benefícios de participarem num
estudo, informando-lhes sobre seu direito de não participar e tal informação é apresentada de maneira
livre e sem coerção;

O Consentimento Esclarecido é guiado por três princípios:


1. O ÉTICO;
2. O LEGAL OU JURÍDICO; constitui responsabilidade de cada pesquisador conhecer as normas
legais para obter o consentimento livre e esclarecido; caso não haja na região ou país, utilizar os princípios
éticos conforme a Resolução 196/96 do CNS do Ministério da Saúde.
3. CIENTÍFICO. Guia a obtenção do consentimento esclarecido. O pesquisador deve entender os
benefícios e riscos possíveis para o sujeito. O pesquisador deve ter conhecimento do contexto em que
os cuidados são prestados, para identificar possíveis zonas de coação, como por exemplo, oferta de
recompensas financeiras para participar no estudo.

A obtenção do consentimento deve obedecer duas fases distintas:


1º - Apresentação de um protocolo da pesquisa, ou seja, um documento contendo a descrição da
pesquisa, com os objetivos, metodologia, duração prevista da pesquisa, modelo do instrumento a ser
realizado, informações aos sujeitos, formulário ou termo de consentimento, recursos financeiros,
qualificação do pesquisador, aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
2º - Envolve o convite aos participantes para conhecer o estudo e se há interesse em participar. Se for
favorável a participar o sujeito deve assinar o formulário de consentimento em duas vias. Uma para o
sujeito e a outra para o pesquisador. O sujeito tem o direito de desistir de participar da pesquisa.

Os docentes possuem mais obrigações e possuem o dever desenvolver pesquisar.


Os Professores têm responsabilidade ética para ensinar, orientar e servir de modelo profissional para
os alunos. A orientação constitui a essência do ensino de pós-graduação, mas pode haver riscos de
conflitos.
Mesmo que os resultados da pesquisa não tenham alcançado os objetivos ou seus resultados sejam
inconclusivos, o pesquisador tem o dever moral de divulga-los.

Códigos de Ética

A profissão de enfermagem possui códigos de ética que asseguram ao profissional a atenção por altos
ideais de conduta. Um código de ética profissional é uma declaração coletiva das expectativas do grupo,
um padrão de comportamento. Um código de ética para os profissionais de enfermagem relaciona as
responsabilidades especiais assumidas por aqueles que cuidam de pessoas doentes. Eles lidam com
pessoas, que por causa de doença ou trauma, são frequentemente vulneráveis ou dependentes das
capacidades e conhecimentos profissionais. A profissão de enfermagem precisa formular e cumprir altos
ideais de conduta para assegurar ao público e a sociedade que os profissionais individualmente, não
tirarão partido de suas posições.
Um código é um conjunto de princípios que são geralmente aceitos por todos os membros de uma
profissão. Estes princípios indicam alguns dos fatores que os profissionais de enfermagem devem
considerar, quando da decisão da conduta apropriada. Códigos de ética também fornecem um alicerce
comum para o currículo de enfermagem profissional.
É muito difícil codificar todos os princípios nos quais uma pessoa deve se basear para resolver dilemas
num campo complexo como o da enfermagem. Os profissionais de enfermagem enfrentam dilemas éticos
que não são claramente regulamentados pelos códigos de ética.
Um código de ética precisa ser curto, no entanto detalhado o suficientemente para que sempre ofereça
uma orientação clara e obtenha aceitação geral. A Associação Americana de Profissionais de
Enfermagem (AAPE) e o Conselho Internacional de Profissionais de Enfermagem (CIPE) estabeleceram
códigos amplamente aceitos, que os profissionais de enfermagem devem tentar seguir. Embora esses
códigos se diferenciem em algum ponto de ênfase específica, eles refletem os mesmos princípios básicos.
Cada profissional de enfermagem assume a responsabilidade de realizar atividades de enfermagem
específicas na assistência de um paciente. Ser responsável também se refere à esfera das funções de
deveres associado ao papel dos enfermeiros. À medida que assumem mais funções, estas funções
tornam-se parte de sua responsabilidade. Sendo responsável, ele se torna seguro e digno de confiança
pelos colegas e paciente. Um profissional responsável é competente em conhecimento e habilidades. É
imperativo que ele também possua responsabilidade ética em relação ao paciente. Um profissional de

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enfermagem cuida de um paciente que é, no mínimo, parcialmente dependente da escolha de ação feita
pelo enfermeiro e que depositou confiança nas capacidades deste profissional. A responsabilidade de um
enfermeiro requer uma disposição de atuação apropriada dentro das diretrizes de conduta da ética
profissional.
A profissão de enfermeiro é caracterizada pela responsabilidade; eles precisam estar aptos a
responder por suas ações (por exemplo, dar uma dosagem errada de um medicamento). Um profissional
de enfermagem responsável denuncia erros e inicia os cuidados para prevenir qualquer prejuízo futuro
ao paciente. Ter responsabilidade pede uma avaliação de efetividade do profissional de enfermagem em
assumir responsabilidades.
Um profissional de enfermagem tem responsabilidade para com ele, com o paciente, a profissão, a
instituição empregatícia e a sociedade. Ele assume a responsabilidade por si própria, por relatar às
autoridades apropriadas qualquer conduta que coloque os pacientes em risco. A prioridade mais alta do
profissional é a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Ter responsabilidade para com o paciente significa que o profissional fornece informação precisa a ele
sobre o tratamento. Ele tem a responsabilidade de informar o paciente sobre procedimentos e fornecer
informações que o ajudem a tomar decisões.
Ele mantém responsabilidade para com a profissão e, consequentemente, para com a sociedade,
mantendo altos padrões de ética e encorajando outros profissionais a fazerem o mesmo. Ele relata
qualquer conduta de outro profissional da mesma área ou de um médico que coloque em risco o paciente.
O profissional de enfermagem que falha em apresentar esta conduta é considerada corresponsável.
O profissional de enfermagem tem responsabilidade em relação à instituição. Administradores de
enfermagem e médicos são geralmente as pessoas para as quais os profissionais de enfermagem devem
obediência. As instituições desenvolvem normas e procedimentos para fornecer diretrizes coerentes para
a realização de atividades de assistência de saúde. Normas e procedimentos previnem confusões e erros
quando é dada a assistência.
A preocupação ética primária de profissionais de enfermagem é ajudar cada paciente a receber
assistência de saúde de alta qualidade. Ele possui o potencial não apenas de ajudar os pacientes, mas
também de causar algum desconforto ou estresse. É frequentemente difícil descriminar as ações
benéficas das desnecessariamente estressantes. Um profissional de enfermagem pode ser mais
responsável por um paciente se os benefícios e as desvantagens das ações forem cuidadosamente
ponderadas. Sendo responsável, o profissional de enfermagem terá, como consequência maior
responsabilidade.
Os conflitos surgem em situações de ser responsável e ter responsabilidade. Frequentemente, entre
administradores de enfermagem e médicos, o profissional de enfermagem pode ficar indeciso sobre quem
tem responsabilidade por quem. Normas e procedimentos dão uniformidades aos padrões básicos de
assistência de enfermagem, deste modo mantém a qualidade de assistência em uma instituição. Se um
enfermeiro discorda das expectativas da instituição, é possível trabalhar dentro do sistema para mudá-
las, talvez aperfeiçoando ou modificando normas e procedimentos ultrapassados.
A sociedade como um todo tem objetivo de propiciar assistência de saúde para todos. Como membro
de um sistema de saúde, o profissional de enfermagem age dentro das regras desse sistema. Barreiras
burocráticas são sempre impostas por este sistema, o que pode criar conflitos envolvendo valores de
ética do profissional. Enfermeiros podem entrar em conflito, ao tentarem proteger os direitos dos
indivíduos vulneráveis e em condições inferiores. Entretanto, a menos que defendam os direitos de todos
os pacientes, não estarão agindo de acordo com as demandas da sociedade.

A responsabilidade profissional serve quatro propósitos básicos:


- Avaliar as novas normas da prática profissional e reavaliar as existentes.
- Manter os padrões de assistência de saúde.
- Facilitar a reflexão pessoal, o pensamento ético e o crescimento pessoal por parte dos profissionais.
- Fornecer bases para tomadas de decisão éticas.

O desempenho individual de um profissional de enfermagem pode ser medido? Uma tendência recente
na assistência de saúde é o estabelecimento de padrões de assistência. A Comissão Mista de
Credenciamento de Hospitais tem recomendado certos padrões para o exercício da assistência de
enfermagem. Estes padrões fornecem uma estrutura básica para avaliar se assistências de enfermagem
competentes são ministradas. O desempenho então pode ser medido objetivamente, bem como
criticamente. Tucker e associados produziram um exemplo de um conjunto de padrões a seguir para
propiciar bem-estar físico geral a um paciente, tal como certificar-se de que o paciente está confortável e
na posição correta. Esses padrões não eliminam a necessidade de um plano individual de assistência.

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Entretanto, profissionais de enfermagem que incorporam esses padrões em um plano de assistência
satisfazem sua responsabilidade éticas. A responsabilidade é assegurada porque a qualidade de
assistência pode ser medida.

Resolução COFEN n.º 564/2017

Aprova o novo8 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

O Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei
nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421,
de 15 de fevereiro de 2012, e
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973,
compete ao Cofen elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,
ouvidos os Conselhos Regionais;
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos
constitucionais vigentes;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra (1949), cujos postulados estão
contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado em 2012);
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005);
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem
(1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado em 2000 e 2007), as
normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho Nacional de Saúde – CNS nº 196/1996),
revisadas pela Resolução nº 466/2012, e as normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres
humanos;
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na Enfermagem – 1ª CONEENF, ocorrida no período
de 07 a 09 de junho de 2017, em Brasília – DF, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem e
Coordenada pela Comissão Nacional de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016;
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no
território nacional, nos casos de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos
e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia Extraordinária de Presidentes dos
Conselhos Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em Brasília, Distrito Federal, no dia 18
de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª
Reunião Ordinária,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo desta
Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que poderá ser consultado
através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br).

Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem,
Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.

8
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html - Acesso em 28/05/2019 às 16h42min

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28
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.

Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3
dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho Federal de Enfermagem,
em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências Regionais.

Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua
publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário, em especial a
Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007.

Brasília, 6 de novembro de 2017.


MANOEL CARLOS N. DA SILVA
COREN-RO Nº 63592
Presidente
MARIA R. F. B. SAMPAIO
COREN-PI Nº 19084
Primeira-Secretária

ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 0564/2017

PREÂMBULO
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem
– CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos para a conduta
profissional e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à
organização e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsabilidades a promoção e a
restauração da saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados
à pessoa, à família e à coletividade; organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em
colaboração com outros profissionais da área; tem direito a remuneração justa e a condições adequadas
de trabalho, que possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses princípios
fundamentais reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que
inclui os direitos da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha,
à dignidade e a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura,
incapacidade, deficiência, doença, identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção
política, raça ou condição social.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enfermagem, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, aprova
e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel observância e
cumprimento.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes
contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família e coletividade.
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais,
técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com competência para promoção do ser
humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como
integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas
políticas de saúde que garantam a universalidade de acesso, integralidade da assistência, resolutividade,
preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização
político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas ciências
humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e cotidiana de assistir,
gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.

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CAPÍTULO I
DOS DIREITOS

Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e
ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos
e dos direitos humanos.

Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica
à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de
enfermagem.

Art. 3º Apoiar e/ou participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, do exercício da


cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração,
observados os parâmetros e limites da legislação vigente.

Art. 4º Participar da prática multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade,


autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da profissão.

Art. 5º Associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e Órgãos de


Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais.

Art. 6º Aprimorar seus conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e


culturais que dão sustentação à prática profissional.

Art. 7º Ter acesso às informações relacionadas à pessoa, família e coletividade, necessárias ao


exercício profissional.

Art. 8º Requerer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, medidas cabíveis


para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no exercício profissional ou que
atinja a profissão.

Art. 9º Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, de forma fundamentada, quando impedido de


cumprir o presente Código, a Legislação do Exercício Profissional e as Resoluções, Decisões e Pareceres
Normativos emanados pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e
protocolos institucionais, bem como participar de sua elaboração.

Art. 11 Formar e participar da Comissão de Ética de Enfermagem, bem como de comissões


interdisciplinares da instituição em que trabalha.

Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.

Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer
condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por
meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar,
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.

Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área
direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem.

Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam pessoas e/ou local de
trabalho sob sua responsabilidade profissional.

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30
Art. 17 Realizar e participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, respeitando a legislação
vigente.

Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e produção técnico-
científica.

Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos para conceder
entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar
eventos com finalidade educativa e de interesse social.

Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-
científicas e legais.

Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de
suas atividades profissionais.

Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética
e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.

Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/usuários quando houver
risco à sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e assegurando a continuidade da
assistência de Enfermagem.

CAPÍTULO II
DOS DEVERES

Art. 24 Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade,


competência, responsabilidade, honestidade e lealdade.

Art. 25 Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na


diversidade de opinião e posição ideológica.

Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 27 Incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de


atividades em organizações da categoria.

Art. 28 Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos competentes


fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o exercício profissional e a
segurança à saúde da pessoa, família e coletividade.

Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que envolvam recusa
e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente Código e a legislação do exercício profissional.

Art. 30 Cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, citações, convocações e


intimações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 31 Colaborar com o processo de fiscalização do exercício profissional e prestar informações


fidedignas, permitindo o acesso a documentos e a área física institucional.

Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer
o exercício profissional.

Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição.

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31
Art. 34 Manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao Conselho Regional de Enfermagem
de sua jurisdição.

Art. 35 Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no
Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional.
§ 1º É facultado o uso do carimbo, com nome completo, número e categoria de inscrição no Coren,
devendo constar a assinatura ou rubrica do profissional.
§ 2º Quando se tratar de prontuário eletrônico, a assinatura deverá ser certificada, conforme legislação
vigente.

Art. 36 Registrar no prontuário e em outros documentos as informações inerentes e indispensáveis ao


processo de cuidar de forma clara, objetiva, cronológica, legível, completa e sem rasuras.

Art. 37 Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com sua


competência legal.

Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade
da assistência e segurança do paciente.

Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e
intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.

Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de
exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante
legal.

Art. 41 Prestar assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 42 Respeitar o direito do exercício da autonomia da pessoa ou de seu representante legal na


tomada de decisão, livre e esclarecida, sobre sua saúde, segurança, tratamento, conforto, bem-estar,
realizando ações necessárias, de acordo com os princípios éticos e legais.
Parágrafo único. Respeitar as diretivas antecipadas da pessoa no que concerne às decisões sobre
cuidados e tratamentos que deseja ou não receber no momento em que estiver incapacitado de
expressar, livre e autonomamente, suas vontades.

Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas
situações de morte e pós-morte.

Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso
de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos reivindicatórios da
categoria, deverão ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma assistência segura, conforme
a complexidade do paciente.

Art. 45 Prestar assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou


imprudência.

Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e
número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência.
§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica
em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou
outro profissional, registrando no prontuário.
§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em
casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente.

Art. 47 Posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes, ações e procedimentos de


membros da equipe de saúde, quando houver risco de danos decorrentes de imperícia, negligência e
imprudência ao paciente, visando a proteção da pessoa, família e coletividade.

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Art. 48 Prestar assistência de Enfermagem promovendo a qualidade de vida à pessoa e família no
processo do nascer, viver, morrer e luto.
Parágrafo único. Nos casos de doenças graves incuráveis e terminais com risco iminente de morte,
em consonância com a equipe multiprofissional, oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis para
assegurar o conforto físico, psíquico, social e espiritual, respeitada a vontade da pessoa ou de seu
representante legal.

Art. 49 Disponibilizar assistência de Enfermagem à coletividade em casos de emergência, epidemia,


catástrofe e desastre, sem pleitear vantagens pessoais, quando convocado.

Art. 50 Assegurar a prática profissional mediante consentimento prévio do paciente, representante ou


responsável legal, ou decisão judicial.
Parágrafo único. Ficam resguardados os casos em que não haja capacidade de decisão por parte da
pessoa, ou na ausência do representante ou responsável legal.

Art. 51 Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independentemente de


ter sido praticada individual ou em equipe, por imperícia, imprudência ou negligência, desde que tenha
participação e/ou conhecimento prévio do fato.
Parágrafo único. Quando a falta for praticada em equipe, a responsabilidade será atribuída na medida
do(s) ato(s) praticado(s) individualmente.

Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional, exceto
nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa
envolvida ou de seu representante ou responsável legal.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento
da pessoa envolvida.
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na defesa
própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da assistência.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do sigilo profissional.
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização criminal,
independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e adolescentes; idosos; e
pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos de violência
doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, independentemente de autorização, em
caso de risco à comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima ou
do seu responsável.

Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados
nos diferentes meios de comunicação e publicidade.

Art. 54 Estimular e apoiar a qualificação e o aperfeiçoamento técnico-científico, ético-político,


socioeducativo e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua supervisão e coordenação.

Art. 55 Aprimorar os conhecimentos técnico-científicos, ético-políticos, socioeducativos e culturais, em


benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Art. 56 Estimular, apoiar, colaborar e promover o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa


e extensão, devidamente aprovados nas instâncias deliberativas.

Art. 57 Cumprir a legislação vigente para a pesquisa envolvendo seres humanos.

Art. 58 Respeitar os princípios éticos e os direitos autorais no processo de pesquisa, em todas as


etapas.

Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto
para o desempenho seguro para si e para outrem.

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Art. 60 Respeitar, no exercício da profissão, a legislação vigente relativa à preservação do meio
ambiente no gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

CAPÍTULO III
DAS PROIBIÇÕES

Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à legislação que disciplina o
exercício da Enfermagem.

Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que
não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.

Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem a legislação e
princípios que disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.

Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma ou tipo de violência
contra a pessoa, família e coletividade, quando no exercício da profissão.

Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou
demissão motivada pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do
exercício profissional; bem como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de
concorrência desleal.

Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer instituição ou estabelecimento
congênere, quando, nestas, não exercer funções de enfermagem estabelecidas na legislação.

Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, além do que lhe é
devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer
natureza para si ou para outrem.

Art. 68 Valer-se, quando no exercício da profissão, de mecanismos de coação, omissão ou suborno,


com pessoas físicas ou jurídicas, para conseguir qualquer tipo de vantagem.

Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões,
ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem contra a dignidade da pessoa
humana, bem como dificultar o exercício profissional.

Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipificados como crime ou
contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto naqueles em que não a exerça,
ou qualquer ato que infrinja os postulados éticos e legais.

Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pessoa e família, membros das
equipes de Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem, trabalhadores de outras áreas e
instituições em que exerce sua atividade profissional.

Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja
postulados éticos e legais, no exercício profissional.

Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos
permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir de acordo com a
sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a continuidade da assistência.

Art. 74 Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa.

Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naquelas expressamente
autorizadas na legislação, desde que possua competência técnica-científica necessária.

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Art. 76 Negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência, epidemia, desastre
e catástrofe, desde que não ofereça risco a integridade física do profissional.

Art. 77 Executar procedimentos ou participar da assistência à saúde sem o consentimento formal da


pessoa ou de seu representante ou responsável legal, exceto em iminente risco de morte.

Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e
potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional.

Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou
em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência.

Art. 80 Executar prescrições e procedimentos de qualquer natureza que comprometam a segurança


da pessoa.

Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto em caso de
emergência, ou que estiverem expressamente autorizados na legislação vigente.

Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no
descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização humana,
reprodução assistida ou manipulação genética.

Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissional, assédio moral, sexual
ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer membro da equipe de saúde,
seja por meio de atos ou expressões que tenham por consequência atingir a dignidade ou criar condições
humilhantes e constrangedoras.

Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa comprovar.

Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das organizações da categoria.

Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de
sua área profissional.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que possam
identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de comunicação.

Art. 87 Registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de


Enfermagem prestada à pessoa, família ou coletividade.

Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas
ações sejam assinadas por outro profissional.

Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão diretamente
envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto quando autorizado pelo paciente,
representante legal ou responsável legal, por determinação judicial.

Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando
solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de Ética de Enfermagem.

Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de Enfermagem,
exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da equipe de saúde.

Art. 92 Delegar atribuições dos(as) profissionais de enfermagem, previstas na legislação, para


acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente.
Parágrafo único. O dispositivo no caput não se aplica nos casos da atenção domiciliar para o
autocuidado apoiado.

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Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pacientes sob seus cuidados
realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação.

Art. 94 Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público ou particular, que esteja sob sua
responsabilidade em razão do cargo ou do exercício profissional, bem como desviá-lo em proveito próprio
ou de outrem.

Art. 95 Realizar ou participar de atividades de ensino, pesquisa e extensão, em que os direitos


inalienáveis da pessoa, família e coletividade sejam desrespeitados ou ofereçam quaisquer tipos de riscos
ou danos previsíveis aos envolvidos.

Art. 96 Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa, família e coletividade.

Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes dos
objetivos previamente estabelecidos.

Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo e/ou instituição
envolvida, sem a autorização prévia.

Art. 99 Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica ou instrumento de organização


formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e colaboradores.

Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem referência do autor ou
sem a sua autorização.

Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha ou não participado
como autor, sem concordância ou concessão dos demais partícipes.

Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou coautor em
obra técnico-científica.

CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a aplicação das respectivas
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.

Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
bem como a inobservância das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.

Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou disciplinar, que cometer
ou contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s) obtiver benefício.

Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s)
praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).

Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo
Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de Enfermagem.

Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I – Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV – Suspensão do Exercício Profissional;
V – Cassação do direito ao Exercício Profissional.
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada
no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.

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§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da
anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.
§ 3º A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais do Sistema
Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
§ 4º A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem por um período de
até 90 (noventa) dias e será divulgada nas publicações oficiais do Sistema Cofen/Conselhos Regionais
de Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores.
§ 5º A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem por um período de até 30
anos e será divulgada nas publicações do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem e em
jornais de grande circulação.
§ 6º As penalidades aplicadas deverão ser registradas no prontuário do infrator.
§ 7º Nas penalidades de suspensão e cassação, o profissional terá sua carteira retida no ato da
notificação, em todas as categorias em que for inscrito, sendo devolvida após o cumprimento da pena e,
no caso da cassação, após o processo de reabilitação.

Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício
profissional, são da responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no
prontuário do profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro,
da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem
e nos casos de cassação do exercício profissional, terá como instância superior a Assembleia de
Presidentes dos Conselhos de Enfermagem.

Art. 110 Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:


I – A gravidade da infração;
II – As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III – O dano causado e o resultado;
IV – Os antecedentes do infrator.

Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a
natureza do ato e a circunstância de cada caso.
§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de
qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou
instituições ou ainda que causem danos patrimoniais ou financeiros.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que provoquem debilidade temporária de membro,
sentido ou função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de morte, debilidade permanente
de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as que causem danos
mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem a morte, debilidade permanente de
membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa.

Art. 112 São consideradas circunstâncias atenuantes:


I – Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar
ou minorar as consequências do seu ato;
II – Ter bons antecedentes profissionais;
III – Realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ameaça;
IV – Realizar atos sob emprego real de força física;
V – Ter confessado espontaneamente a autoria da infração;
VI – Ter colaborado espontaneamente com a elucidação dos fatos.

Art. 113 São consideradas circunstâncias agravantes:


I – Ser reincidente;
II – Causar danos irreparáveis;
III – Cometer infração dolosamente;
IV – Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V – Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração;
VI – Aproveitar-se da fragilidade da vítima;

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VII – Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função
ou exercício profissional;
VIII – Ter maus antecedentes profissionais;
IX – Alterar ou falsificar prova, ou concorrer para a desconstrução de fato que se relacione com o
apurado na denúncia durante a condução do processo ético.

CAPÍTULO V
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente,
quando houver infração a mais de um artigo.

Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos:, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53,
54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91,
92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.

Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28,
29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69,
70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97,
98, 99, 100, 101 e 102.

Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77,
78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.

Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que
está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73,
74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.

Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.

Bioética9

Bioética (ética da vida) é parte da filosofia que se dedica a estudar a moral e as obrigações humanas.
Assim, surge uma nova reflexão para a ética tradicionalista, que vincula as relações humanas com a vida,
saúde e integridade física de todos os seres humanos, sensibilizando o desenvolvimento social. Seu nome
indica uma forma especial de ética em que se conjugam o aspecto biológico e as relações de deveres
profissionais.
Importante saber que a Bioética não trata somente da relação entre médico e paciente, mas também
se preocupa com especialidades vinculadas ao campo da Medicina, tais como a Biotecnologia, a
Engenharia Genética, experiências com seres humanos e animais em geral, saúde dos pacientes
mentais, questões sobre início e fim de vida – como a interrupção da gravidez frente a um diagnóstico de
um feto com múltiplas malformações congênitas, transplantes de órgãos, eutanásia, clonagem humana e
outros temas. Incorpora, também, diversos temas sociais como Saúde Pública, meio ambiente e relações
jurídicas, entre outros.
No século XX, o paciente avançou na conquista de um direito humano tido como fundamental, que é
sua autonomia para tomar decisões em situações relacionadas à própria saúde. Saiu de uma condição
passiva para assumir papel ativo no relacionamento com profissionais de Saúde.
No cenário de dilemas morais, a Bioética chama para si a responsabilidade de refletir sobre questões
e valores que surgem em decorrência do avanço da Biotecnologia sobre a vida humana.
O “fazer” da Enfermagem, por estar ligado diretamente a processos invasivos nos pacientes, desperta
nos profissionais questões como “Que atitude deve ser tomada?”, “Até onde o profissional de enfermagem
deve ir com o intuito de salvar vidas?” ou ainda, “Que fazer diante de pacientes que recusam determinados
tratamentos ou medicamentos?”.

9
Texto adaptado de KURAMOTO, Jaqueline Bergara. Ética e bioética em enfermagem. In: Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem.
MURTA, Genilda Ferreira (org.). 3. ed. rev. amp. São Caetano do Sul: Difusão, 2007. Vol. 2

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A Bioética possui como uma de suas características principais a de ser uma ciência na qual o Homem
é sujeito e não somente objeto.
Tom Beauchamp e James Chidress, em 1978, ambos vinculados ao Kennedy Institute of Ethics,
publicaram o seu livro Principles of Biomedical Ethics, que consagrou o uso dos princípios na abordagem
de dilemas e problemas bioéticos fundados em quatro princípios: autonomia, beneficência, justiça e não
maleficência.
Beneficência: trata-se do critério mais antigo da ética médica. Resume-se em fazer o bem ao paciente.
Não maleficência: resume-se em não prejudicar o paciente. “Auxilie ou não prejudique o paciente.”
(Hipócrates)
Autonomia: um dos norteadores da Bioética. Trata-se da capacidade de decisão do paciente. Decidir
em não aceitar determinado tratamento ou mesmo medicação. Também pode decidir o melhor horário
para o seu banho no leito. A autonomia dá ao ser humano a capacidade para agir de acordo com sua
vontade por meio de escolhas que estão ao seu alcance e diante de objetivos por ele estabelecidos.
Justiça: todo ser humano merece atenção e cuidado e deve ser tratado com igualdade e com
imparcialidade na distribuição dos riscos e benefícios perante toda atenção à saúde. Precisa-se de muita
cautela para que não haja injustiça social. Assim, torna-se importante o diálogo multidisciplinar, assim
como com toda a sociedade a fim de decidir sobre alocação de recursos em Saúde Pública.

LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 198610

Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte lei:

Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições


desta lei.

Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.

Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e


programação de enfermagem.

Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de enfermagem.

Art. 5º (VETADO).

Art. 6º São enfermeiros:


I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferido nos termos
da lei;
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira
Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as leis do país,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV - aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de Enfermeiro conforme o
disposto na alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.

Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:


I - o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislação e registrado pelo órgão competente;

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7498.htm - Acesso em 28/05/2019 às 16h33min.

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II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico
de Enfermagem.

Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:


I - o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da
lei e registrado no órgão competente;
II - o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III - o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art. 2º da Lei nº 2.604, de 17 de
setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV - o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de
22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
outubro de 1959;
V - o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de
fevereiro de 1967;
VI - o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do
país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de
Auxiliar de Enfermagem.

Art. 9º São Parteiras:


I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado
o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil,
até 2 (dois) anos após a publicação desta lei, como certificado de Parteira.

Art. 10. (VETADO).

Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:


I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II - como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a
assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;

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i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.

Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo
serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução
simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.

Art. 14. (VETADO).

Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em instituições de saúde,
públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e
supervisão de Enfermeiro.

Art. 16. (VETADO).

Art. 17. (VETADO).

Art. 18. (VETADO).

Art. 19. (VETADO).

Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal,
do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de
pessoal de enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à
harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados os direitos adquiridos
quanto a vencimentos e salários.

Art. 21. (VETADO).

Art. 22. (VETADO).

Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de enfermagem, em virtude de carência de
recursos humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação específica regulada em lei, será
autorizado, pelo Conselho Federal de Enfermagem, a exercer atividades elementares de enfermagem,
observado o disposto no art. 15 desta lei.
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da vigência desta lei,
o exercício das atividades elementares da enfermagem, observado o disposto em seu artigo 15. (Redação
dada pela Lei nº 8.967, de 1994)

Art. 24. (VETADO).

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Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data
de sua publicação.

Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em contrário.

Brasília, 25 de junho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.

JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto Pinto

Questões

01. (Pref. Maravilha/SC - Enfermeiro - Saúde da Família - Pref. Maravilha/SC) De acordo com a
Legislação do Exercício Profissional da Enfermagem - Decreto n.º 94.406/87 - e o Ministério da Saúde, o
pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro (Brasil, 1987). A Lei n.º
7.498 de 25 de julho de 1986 dispõe sobre a regulamentação do exercício de Enfermagem, e no Art. 11
menciona que o Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I. Privativamente: realizar consulta de enfermagem e prescrição da assistência de Enfermagem.
II. Como integrante da equipe de saúde: prescrever medicamentos e solicitar exames de rotina e
complementares, desde que estabelecidos em Programas de Saúde Pública e aprovados pela instituição
de saúde.
III. Como integrante da equipe de saúde: assistência de enfermagem à gestante, parturiente e
puérpera.
IV. Como integrante da equipe de saúde: execução do parto sem distocia.

Assinale a afirmativa correta:


(A) A assertiva a do item II não está correta.
(B) A assertiva correta é apenas a I.
(C) As assertivas corretas são a I e III.
(D) Todas as assertivas estão corretas.

02. Relacione adequadamente as ocorrências éticas aos respectivos significados.


1. Negligência.
2. Imprudência.
3. Imperícia.
4. Omissão.

( ) Falta de cumprimento de um dever ou responsabilidade.


( ) Falta de cautela e preocupação; agir sem comedimento.
( ) Descuido, desleixo, desatenção e preguiça.
( ) Inabilidade; agir sem conhecimento técnico.

A sequência está correta em


(A) 4, 1, 3, 2.
(B) 1, 3, 2, 4.
(C) 4, 2, 1, 3.
(D) 3, 2, 4, 1.
(E) 2, 1, 3, 4.

03. (Pref. Apiacá/ES – Enfermeiro – IDECAN) De acordo com a Lei n.º 7.498/86 e suas atualizações,
a enfermagem atualmente é exercida privativamente pelos seguintes profissionais, devidamente
habilitados e inscritos no COREN, EXCETO:
(A) Parteira.
(B) Enfermeiro.
(C) Auxiliar de enfermagem.
(D) Técnico de enfermagem.
(E) Agente comunitário de saúde.

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04. (TRE/PR - Técnico Judiciário - Especialidade Enfermagem – FCC) O auxiliar de enfermagem
de uma instituição de saúde executa as seguintes atividades:
I. efetua o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis.
II. prepara o paciente para consultas, exames e tratamento.
III. presta cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave.
IV. realiza parto normal, quando necessário, e cuida da puérpera e do recém-nascido.

De acordo com o Decreto n.º 94.406, de 8 de junho de 1987, cabe ao auxiliar de enfermagem as
atividades descritas em
(A) I, II, III e IV.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas.
(E) III e IV, apenas.

05. (Assembleia Legislativa/SP - Técnico Legislativo - Técnico de Enfermagem - FCC) O Técnico


de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas à equipe de
enfermagem. Cabe ao mesmo assistir o enfermeiro
I. no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem.
II. na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde.
III. na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar.

Está correto o que se afirma em


(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.

06. (FUMUSA - Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES) Um auxiliar de enfermagem estava realizando


os cuidados de enfermagem dos pacientes sob sua responsabilidade em unidade cirúrgica. Quando
estava próximo de seu horário de saída do trabalho, deixou as atividades por fazer, foi ao vestiário para
se trocar e ficou aguardando o horário de ir embora. No plantão seguinte, o Enfermeiro responsável
constatou que o auxiliar de enfermagem havia deixado de realizar os sinais vitais dos pacientes, o que
acarretou danos aos mesmos. Considerando os aspectos éticos, o profissional de enfermagem:
(A) cometeu uma negligência.
(B) cometeu uma imprudência.
(C) cometeu uma imperícia.
(D) não cometeu infração ética, apenas houve esquecimento.

07. (IPSA - Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES) Considerando a Lei n.º 7.498, de 25 de junho de
1986, que dispõe sobre o Exercício Profissional de Enfermagem, cabe ao Auxiliar de Enfermagem:
(A) participar da programação da assistência de Enfermagem.
(B) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.
(C) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.
(D) realizar consulta de enfermagem.

08. (UFPE - Auxiliar de Enfermagem – COVEST) A respeito da lei do exercício profissional, é


permitido ao auxiliar de enfermagem:
(A) realizar consulta de enfermagem.
(B) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas.
(C) prestar cuidados diretos a pacientes graves com risco de vida.
(D) participar de projetos de construção e reforma de unidades de internação.
(E) realizar auditoria de enfermagem.

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09. (HUAC/UFCG - Técnico de Enfermagem - COMPROV/UFCG) Um técnico de enfermagem que
em um serviço hospitalar delega funções e prescreve assistência de enfermagem está agindo com:
(A) Imprudência.
(B) Negligência.
(C) Imperícia.
(D) Insatisfação.
(E) Incondicionamento.

10. (HUAC/UFCG - Técnico de Enfermagem - COMPROV/UFCG) Prática de uma injeção


intramuscular profunda seccionando o nervo ciático; troca e administração de solução incompatível com
a via endovenosa; deixar de providenciar ou executar ações técnicas cabíveis em situações de
emergências com pacientes são, respectivamente, para profissionais da enfermagem exemplos de:
(A) Imprudência, Imperícia e Negligência.
(B) Imperícia, Imprudência e Negligência.
(C) Imperícia, Negligência e Imprudência.
(D) Negligência, Imperícia e Imprudência.
(D) Imprudência, Imprudência e Negligência.

11. (EBSERH/ HC-UFMG - Técnico em Enfermagem – AOCP) Nos termos da Lei nº 7.498/86 é/são
atividade(s) do Técnico em Enfermagem:
(A) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem.
(B) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas.
(C) execução do parto sem distocia.
(D) participação na orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.
(E) consulta de enfermagem.

12. (EBSERH/ HC-UFPE - Técnico em Enfermagem – IDECAN) De acordo com a Lei nº 7.498/86,
que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem e dá outras providências, o técnico em
enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de
enfermagem em grau auxiliar, além da participação no planejamento da assistência de enfermagem,
cabendo-lhe especialmente, EXCETO:
(A) Participar da equipe de saúde.
(B) Participar da programação da assistência de enfermagem.
(C) Executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro.
(D) Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.
(E) Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem.

13. (EBSERH - HC-UFTM - Técnico em Enfermagem – IADES) Lei nº 7.498/1986 dispõe sobre a
regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. No art. 7º, a lei regulamenta a
profissão de técnico de enfermagem.
Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
(A) É considerado técnico de enfermagem o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido
por escola ou curso estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como diploma de técnico de enfermagem.
(B) É considerado técnico em enfermagem o titular do diploma ou do certificado de técnico de
enfermagem, expedido de acordo com a legislação e sem obrigatoriedade de registro pelo órgão
competente.
(C) A enfermagem é exercida privativamente pelo enfermeiro, pelo técnico de enfermagem e pelo
auxiliar de enfermagem, respeitados os respectivos graus de habilitação.
(D) A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente
habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem, independente da jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
(E) É atribuído ao técnico de enfermagem o planejamento, a organização, a coordenação, a execução
e a avaliação dos serviços da assistência de enfermagem.

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14. (EBSERH - HC-UFTM - Técnico em Enfermagem – IADES) Os artigos 7º e 12º da Lei nº 7.498/86
mencionam que o técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio, o que envolve orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participará no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe, especialmente,
(A) organizar e dirigir os serviços de enfermagem e suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços.
(B) realizar cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
(C) executar todas as ações assistenciais de enfermagem durante sua jornada de trabalho.
(D) coordenar, privativamente, a programação da assistência de enfermagem.
(E) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.

15. (EBSERH/HU-UFMS - Enfermeiro - Assistencial - AOCP) Assinale a alternativa que descreve


algumas das atividades do Enfermeiro contidas na Regulamentação da Lei do Exercício Profissional (Lei
7.498/86), em seu artigo oitavo.
(A) Participar da programação da assistência de enfermagem; participar da orientação e supervisão
do trabalho de enfermeiro em grau auxiliar; orientar os agentes comunitários de saúde.
(B) Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; executar ações de tratamento; prescrever
medicamentos de uso contínuo.
(C) Como integrante da equipe de saúde: participar no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde; assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; execução de parto
sem distocia.
(D) Participar da programação da assistência de enfermagem; executar ações assistenciais de
enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro, observado o disposto no parágrafo único do art.II, da
Lei do exercício Profissional.
(E) Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; executar ações de tratamento simples; prestar
cuidados de higiene e conforto ao paciente e participar da equipe de saúde, realizar exames de imagem.

16. (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Assistencial - AOCP) Segundo a Lei n°


7.498/1986 ao enfermeiro incumbe, privativamente,
(A) organização e direção dos serviços de higiene e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços.
(B) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria bioquímica.
(C) prescrição da assistência médica.
(D) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida com prescrição de
medicações.
(E) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.

17. (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC - Enfermeiro - Assistencial - AOCP) Segundo o Decreto nº


94.406/87 que regulamenta a Lei n.º 7.498/86, ao enfermeiro incumbe como integrante da equipe de
saúde, EXCETO
(A) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam
ser causados aos pacientes durante a assistência médica.
(B) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças profissionais e do trabalho.
(C) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra referência do
paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde.
(D) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde.
(E) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos
para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem.

18. (EBSERH – Medicina do Trabalho – IBFC/2017) Os princípios fundamentais da Bioética são:


(A) Beneficência, Justiça e Solidariedade
(B) Beneficência, Justiça, Não Maleficência e Autonomia
(C) Beneficência, Humanização, Compaixão e Inclusão
(D) Não Maleficência, Justiça, Inclusão, Humanização e Autonomia
(E) Não Maleficência, Justiça, Inclusão, Humanização e Solidariedade

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Gabarito

01.D / 02.C / 03.E / 04.B / 05.E / 06.A / 07.B / 08.B / 09.C


10.B / 11.D / 12.E / 13.A / 14.E / 15.C / 16.E / 17. A / 18.B

Comentários

01. Resposta: D.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);
g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a
assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. Às profissionais referidas no inciso II do art. 6.º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária.

02. Resposta: C.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente
quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou
se comporta de modo diverso.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física
ou moral.
Em contrapartida, a imprudência decorre da ação açodada, precipitada e sem a devida precaução. É
imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los.

03. Resposta: E.
Art. 2.º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.

Apostila gerada especialmente para: Janderson silva de mendonça 088.019.224-00


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Parágrafo único. A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.

04. Resposta: B.
Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à
equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII – participar dos procedimentos pós-morte.

05. Resposta: E.
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas
à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância
epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde.

06. Resposta: A.
A negligência consiste na inação, inércia, passividade ou omissão, entendendo que é negligente
quem, podendo ou devendo agir de determinado modo, por indolência ou preguiça mental, não age ou
se comporta de modo diverso.

07. Resposta: B.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2.º - Executar ações de tratamento simples;

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§ 3.º - Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.

08. Resposta: B.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2.º - Executar ações de tratamento simples;
§ 3.º - Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.

09. Resposta: C.
A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar
determinada atribuição. Trata-se, portanto, de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do
profissional, expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física
ou moral.

10. Resposta: B.
Imperícia: É a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade. Prática de uma injeção
intramuscular profunda seccionando o nervo ciático;
Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). É a prática de um fato
perigoso, ou seja, é uma ação descuidada. Decorre de uma conduta comissiva. Troca e administração de
solução incompatível com a via endovenosa;
Negligência: É a culpa de quem se omite. É a falta de cuidado antes de começar a agir. Ocorre sempre
antes da ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em movimento). Deixar
de providenciar ou executar ações técnicas cabíveis em situações de emergências com pacientes

11. Resposta: D.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2.º - Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3.º - Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.

12. Resposta: E.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2.º - Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3.º - Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.
Planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem –
Privativo do Enfermeiro.

13. Resposta: A.
Art. 7.º – São técnicos de Enfermagem:
I – o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislação e registrado pelo órgão competente;
II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico
de Enfermagem.

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14. Resposta: E.
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1.º - Participar da programação da assistência de Enfermagem;
§ 2.º - Executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3.º - Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4.º - Participar da equipe de saúde.

15. Resposta: C.
Decreto nº 94.406/87 - Regulamenta a Lei n.º 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o
exercício da Enfermagem, e dá outras providências.

Art. 8.º – Ao enfermeiro incumbe:


I – privativamente:
(...)
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas
comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam
ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de
vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem
distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente
nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra referência do
paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos
para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem.

16. Resposta: E.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem;
d) (VETADO);
e) (VETADO);
f) (VETADO);

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g) (VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de
base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;

17. Resposta: A.
Conforme o Decreto nº 94.406/87 que regulamenta a Lei n.º 7.498/86:
Art. 8.º – Ao enfermeiro incumbe:
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas
comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que
possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de
vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente
nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes
e de doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra
referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos
concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar
de Enfermagem.

18. Resposta: B
A Bioética possui como uma de suas características principais a de ser uma ciência na qual o Homem
é sujeito e não somente objeto.
Tom Beauchamp e James Chidress, em 1978, ambos vinculados ao Kennedy Institute of Ethics,
publicaram o seu livro Principles of Biomedical Ethics, que consagrou o uso dos princípios na abordagem
de dilemas e problemas bioéticos fundados em quatro princípios: autonomia, beneficência, justiça e não
maleficência.

Decreto nº 94.406/8711

Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e
dá outras providências

O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição,
e tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,

11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D94406.htm - Acesso em 24.08.2020.

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Decreta:

Art. 1º – O exercício da atividade de Enfermagem, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de 25


de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro, Técnico de
Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho
Regional de Enfermagem da respectiva região.

Art. 2º – As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu planejamento


e programação.

Art. 3º – A prescrição da assistência de Enfermagem é parte integrante do programa de Enfermagem.

Art. 4º – São Enfermeiros:


I – o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da lei;
II – o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos nos termos
da lei;
III – o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira
Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de
Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz;
IV – aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiveram título de Enfermeira conforme o
disposto na letra “d” do Art. 3º. do Decreto-lei Decreto nº 50.387, de 28 de março de 1961.

Art. 5º. São técnicos de Enfermagem:


I – o titular do diploma ou do certificado de técnico de Enfermagem, expedido de acordo com a
legislação e registrado no órgão competente;
II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de técnico
de Enfermagem.

Art. 6º São Auxiliares de Enfermagem:


I – o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensino, nos termos da
Lei e registrado no órgão competente;
II – o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III – o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. 2º. da Lei nº 2.604, de 17 de
setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV – o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo
Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão
congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de
22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de
outubro de 1959;

V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de


fevereiro de 1967;
VI – o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do
país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de
Auxiliar de Enfermagem.

Art. 7º – São Parteiros:


I – o titular de certificado previsto no Art. 1º do nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, observado o disposto
na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II – o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou equivalente, conferido por escola ou curso
estrangeiro, segundo as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil, até 26 de junho de 1988, como certificado de Parteiro.

Art. 8º – Ao enfermeiro incumbe:


I – privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou
privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;

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b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas
comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam
ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de
vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência
- obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente
nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contrarreferência do
paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos
para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem.

Art. 9º – Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica,


além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
I – prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II – identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
III – realização de episiotomia e episiorrafia com aplicação de anestesia local, quando necessária.

Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas
à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância
epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras “”i”” e “”o”” do item II do Art. 8º.

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II – executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do Enfermeiro e as
referidas no Art. 9º deste Decreto:
III – integrar a equipe de saúde.

Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe
de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem, tais como:
- ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
- realizar controle hídrico;
- fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes:
VIII – participar dos procedimentos pós-morte.

Art. 12 – Ao Parteiro incumbe:


I – prestar cuidados à gestante e à parturiente;
II – assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e
III – cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único – As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro
Obstetra, quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que possível, sob controle e supervisão
de unidade de saúde, quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias.

Art. 13 – As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão,
orientação e direção de Enfermeiro.

Art. 14 – Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:


I – cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
II – quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de Enfermagem,
para fins estatísticos;

Art. 15 – Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e
dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação
de pessoal de Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de
Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único – Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com
o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes
com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.

Art. 16 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 17 – Revogam-se as disposições em contrário.

Questões

01. (Instituto AOCP - Enfermeiro - EBSERH) De acordo com o decreto 94.406/1987, que
regulamenta a lei 7498/86, são atribuições do enfermeiro obstétrico, EXCETO
(A) prescrição da assistência de enfermagem.
(B) realização de parto com distocia.
(C) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação.
(D) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre a matéria de Enfermagem.
(E) realização de episiorrafia com aplicação de anestesia local quando necessário

02. (FUNRIO - IF-PA) Segundo o Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987 que Regulamenta a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências,
o Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de
enfermagem, cabendo-lhe as discriminadas abaixo, EXCETO:
(A) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.
(B) fazer curativos.
(C) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar.
(D) executar consulta de enfermagem.
(E) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico.

03. (Prefeitura de Fortaleza – CE Técnico de Enfermagem) É atividade privativa do técnico de


enfermagem:
(A) acompanhar a evolução do trabalho de parto.
(B) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do enfermeiro.
(C) participar em projetos de construção ou reforma de unidades de internação.
(D) atuar na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde.

04. (FAUEL Técnico de Enfermagem CISMEPAR PR) Os profissionais técnicos em enfermagem são
pessoas qualificadas que desenvolvem ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde. Colaboram com o atendimento das necessidades de saúde dos pacientes e comunidade, em todas
as faixas etárias. De acordo com o Decreto 94.406/87, que regulamenta o exercício da enfermagem, cabe
ao técnico de enfermagem as seguintes tarefas, EXCETO:
(A) Executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do Enfermeiro e as
referidas no artigo 9º deste Decreto.
(B) Assistir ao Enfermeiro na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado
grave.
(C) Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.
(D) Como integrante da equipe de saúde cabe a participação nos programas de higiene e segurança
do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho.

Gabarito

01.B / 02.D / 03.B / 04.C

Comentários

01. Resposta: B
A- Correta. Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de
enfermagem.
B- Incorreta. O parto que o enfermeiro obstetra está autorizado a executar e assistir é o sem distocia.
Portanto, a alternativa ao afirmar que o enfermeiro estaria apto a executar parto com distocia está em
desacordo com o disposto no Decreto.
Art. 8º, II, l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem
distocia;
C- Correta. Art. 8º, I, d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;

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D- Correta. Art. 9º, III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local,
quando necessária.

02. Resposta: D
Decreto 94.406/87,
Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe
de enfermagem, cabendo-lhe:
I - preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II - observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III - executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV - prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de unidades de saúde;
V - integrar a equipe de saúde;
VI - participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII - executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII - participar dos procedimentos pós-morte.

03. Resposta: B.
Art. 10, II - executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro
e as referidas no art. 9º deste Decreto;

04. Resposta: C
A atribuição descrita na alternativa “C” é do Enfermeiro.
Art. 8º, I, h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;

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