Você está na página 1de 3

Amar e Servir

Introdução
Nestes 3 anos que estou aqui pastoreando a Igreja Metodista em Vila Mazzei, procurei
conhecer a igreja na sua essência (ainda não conheci plenamente, mas…) . E encontrei em
duas palavras aquilo que eu resumo essa igreja: Amar e Servir.

Alguém até pode não concordar comigo. Mas é como eu vejo vocês. Por mais que nem
sempre essas duas coisas são evidentes em nossas ações. É tipo aquela pessoa que tem
um determinado talento, todos que conhecem sabem daquele talento, mas a pessoas faz
algo completamente diferente, e não faz tão bem assim. E todo mundo pensa: ah se aquela
pessoa fizesse aquilo.

É exatamente o que vejo em nossa igreja, um potencial desperdiçado. Temos vivido muitas
vezes fora do propósito de Deus. E para esse novo ano que está prestes a iniciar Deus está
nos chamando de volta para o seu propósito. Para fazermos aquilo que fazemos de melhor:
Amar e Servir.

Todas as vezes que concentramos nossos esforços para amar e servir, as coisas fluem
sobrenaturalmente. Quando fazemos qualquer outra coisa que não seja amar e servir as
coisas não caminham como deveriam caminhar. Por isso, precisamos focar naquilo que
fomos chamados por Deus.

Desenvolvimento
Há um texto bíblico que ilustra o que estou dizendo: Lucas 10.25-37

Apesar de ter lido o texto, e ele ser bem conhecido pelo menos de quase todos, quero fazer
alguns destaque para que possamos compreender aquilo que Deus está falando conosco.

Doutor da lei
Jesus foi colocado à prova por um intérprete da lei. Na comunidade judaica o "doutor da lei"
era um perito nos ensinamentos religiosos da lei mosaica e não propriamente um advogado
jurídico. O doutor estava experimentando Jesus para ver o que ele diria em resposta a uma
pergunta ardilosa.

Este intérprete da lei, ou perito da lei como algumas versões diz, representa eu e você
quando não estamos fazendo aquilo que Deus quer que façamos. Temos um talento, um
potencial que está focado na coisa errada. Ao decorrer do sermão você vai entender melhor
sobre isso.
Interessante observar como Jesus amou aquele homem. Alguns diriam que Jesus estava
repreendendo aquele doutor da lei, sim é uma repreensão, mas Jesus dedicou tempo com
ele, a fim de que ele pudesse ter um entendimento e viver dentro do propósito para o qual
Deus o chamou.

E neste confronto de amor, Jesus dá um invertida na situação. O doutor da lei fez uma
pergunta sobre a vida eterna. Ele achou que por ser um doutor da lei sabia de tudo sobre
vida eterna. Só que ele não sabia que estava diante daquele que viveu na eternidade.

Doutor da lei versus Jesus


Jesus responde a pergunta com outra pergunta. O doutor da lei perguntou: “Mestre, que
farei para herdar a vida eterna?” (v.25) Jesus respondeu: “O que está escrito na Lei? Como
você a entende?” (v.26)

A resposta do doutor da lei é muito importante para nós. Ele responde: “Ame o Senhor, seu
Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, com todas as suas forças e todo o seu
entendimento.” E: “Ame o seu próximo como você ama a si mesmo.”” (v.27) A resposta dele
está correta.

Lembre-se o doutor da lei, sou eu e você: Conhecemos muito bem a palavra. Temos as
respostas certas na ponta da língua. Mas temos um probleminha. A nossa prática está
distante do nosso conhecimento.

Lembre-se o doutor da lei sou eu e você: Mesmo sabendo que estamos errados ainda sim
queremos nos justificar. O doutor da lei perguntou: Quem é meu próximo?

Quem é meu próximo?


Sei que a resposta para essa pergunta é meio óbvia, mas há uma definição que gosto muito
que diz assim: “O meu próximo, é qualquer pessoa que esteja ao alcance da minha
generosidade. É agir em favor para com qualquer pessoa com as minhas próprias mãos,
por ser esse meu dever e obrigação.”

Fazer / Faça
Há uma palavra chave para entendermos todo o texto. A palavra FAÇA.

Jesus utiliza duas vezes o verbo fazer na primeira pessoa do singular do presente do
subjuntivo (nos versículos 28 e 37). O presente do subjuntivo é um tempo verbal usado para
indicar uma ação do presente ou do futuro. Também é utilizado para expressar desejos.
Todos os tempos do modo subjuntivo indicam suposições, hipóteses e possibilidade de algo
acontecer.

No caso do nosso texto, é a possibilidade de que se aquele doutor da lei, colocasse em


prática tudo o que ele mesmo já sabia ele teria a vida eterna.
Lembre-se o doutor da lei sou eu e você: Não basta sabermos o que devemos fazer, é fazer
o que sabemos que devemos fazer. Na história que Jesus conta, o sacerdote e o levita,
sabiam o que deveriam fazer, mas não fizeram. Foram chamados por Deus para servir a
Deus, mas quanto tiveram a oportunidade de servir a Deus, não serviram.

Temos como exemplo o próprio Jesus. Ele poderia ter ficado no céu sozinho, sendo
adorado e servido por seres celestiais, mas, por causa de seu grande amor com que nos
amou, ele veio a este mundo para nos servir, mas não de qualquer jeito; foi algo que o levou
a morrer por nós naquela cruz, fato esse que mudou o curso da nossa história e da
humanidade.

Conclusão

Amar e Servir
A verdadeira vida não é fazer para Deus, e sim primeiramente estar em Deus, ter sua
natureza, e literalmente ser transformado pelo Espírito Santo e expressar essa vida no dia a
dia. Ou seja, fazer para Deus nunca irá substituir estar com Deus. Quando estamos em
Deus, fazer/servir será um transbordar inevitável. Viver do ponto de vista de Jesus era
refletir o amor a Deus no amor e no serviço às pessoas. Isso, sim, é o verdadeiro caminho
para a vida eterna de forma prática.

Você também pode gostar