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forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Fila para conseguir doação de ossos é flagrante da luta de famílias brasileiras contra
a fome
Dezenove milhões de brasileiros acordam atualmente sem saber se vão conseguir alguma
refeição para o dia. Dois anos atrás, eram 10 milhões. Essa situação tem levado famílias
Em Cuiabá, uma cena chama atenção: a distribuição de pedaços de ossos com retalhos de
carne tem formado filas. O açougue, que distribui os ossos há dez anos, diz que isso
acontecia antes apenas uma vez por semana e, agora, são três. A crise provocada pela
"Tem gente que pega e já come cru, ali mesmo", se emociona Samara Rodrigues de
Desde o início da pandemia, o arroz ficou 56% mais caro e o preço do feijão preto
aumentou 71%. A saída para muitos brasileiros tem sido os grãos de segunda linha, como
arroz fragmentado e feijão bandinha, que vem quebrados e com mais impureza.
A auxiliar de serviços gerais Catia Barbosa Gomes, que está desempregada e conta apenas
com R$ 260 do Bolsa Família para alimentar os três filhos, é uma delas. "O feijão bandinha
deve estar uns três ou quatro reais. O outro tá oito reais", conta.
A África registrou o aumento mais significativo. É um momento crítico para o mundo, que
população global – até 811 milhões de pessoas – enfrentaram a fome no ano passado. O
número sugere que será necessário um tremendo esforço para o mundo honrar sua
A edição deste ano de O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo ( The State
of Food Security and Nutrition in the World – disponível em inglês) é a primeira avaliação
global desse tipo na era da pandemia. O relatório é publicado em conjunto pela
Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida), o Fundo das Nações Unidas para a
Os números em detalhes
que cerca de 9,9% de todas as pessoas tenham sido afetadas no ano passado, ante 8,4%
em 2019.
Mais da metade de todas as pessoas enfrentando a fome (418 milhões) vive na Ásia; mais
de um terço (282 milhões) na África; e uma proporção menor (60 milhões) na América
Latina e no Caribe. Mas o aumento mais acentuado da fome foi na África, onde a
região.
Também em outras medições, o ano de 2020 foi sombrio. No geral, mais de 2,3 bilhões de
pessoas (ou 30% da população global) não tinham acesso a alimentação adequada durante
todo o ano: esse indicador – conhecido como prevalência de insegurança alimentar
moderada ou grave – saltou em um ano tanto quanto nos cinco anos anteriores
determinantes da insegurança alimentar, que por sua vez interagem entre si.
estima que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (Fome Zero até 2030) não será
alcançado por uma margem de quase 660 milhões de pessoas. Desses 660 milhões, cerca
TEXTO III
nesta sexta-feira (21), foi apresentado um levantamento com números do final de 2020
alimentação.
revelam que 55,2% da população brasileira sofrem alguma ameaça ao direito aos
alimentos. A situação mais severa atinge a mesma parcela vítima da extrema pobreza,
trabalho informal.
O estudo aponta que a pandemia provocou o agravamento de um problema que já vinha
acontecendo há algum tempo. O panorama é pior na área rural e nas regiões Norte e
e Segurança Alimentar (Rede Penssan), Ana Maria Segall, a crise sanitária espalhou a fome
"Mesmo Sul e Sudeste, que são regiões um pouco mais protegidas dessa situação, ainda
Apenas 53% delas tinham garantia de acesso pleno aos alimentos e uma insegurança
alimentar grave em torno de 6%, chegando a mais de 10% moderada e grave", alertou.
(Adaptado).
TEXTO IV