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1
O feudalismo (Idade Média) se inicia com a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e termina
com a queda do Império Romano do Oriente (1.543). A Idade Antiga (Antiguidade) se inicia em 4.000 a.C
CARLOS ALBERTO GARBI
(invenção da escrita) e segue até o início do feudalismo. A Idade Moderna começa com a queda do Império
Romano do Oriente (1.543) e se encerra com a Revolução Francesa (1.789), quando se inicia a Idade
Contemporânea.
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2
GALGANO, Francesco, Lex mercatoria, ed. Il Mulino, 5ª ed., 2010, p. 9.
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3
Costuma-se situar a Idade Antiga entre 4.000 a.C. (invenção da escrita) até 476 d.C. (queda do Império
Romano do Ocidente). A Idade Média entre 476 até 1.453 (tomada de Constantinopla). A Idade Moderna
entre 1.453 até 1.789 (Revolução Francesa), quando se inicia a Idade Contemporânea. Para mais
informações, concisas e objetivas: https://www.infoescola.com/historia/eras-historicas/
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4
Anotação de PIETRO PERLINGIERI extraída do prefácio à 1ª edição italiana de “O direito civil na legalidade
constitucional”, edição brasileira organizada por Maria Cristina De Cicco, ed. Renovar.
5
FORGIONI, Paula A. A Evolução do Direito Comercial Brasileiro: da mercancia ao mercado, 3ª ed., Editora
Revista dos Tribunais, p. 18-19.
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6
Vinconde de Cairu, considerado o fundador do Direito Comercial no Brasil, escreveu uma alentada obra,
sob o título “Principios de Direito Mercantil e Lei de Marinha”. Essa obra marca as primeiras linhas do
Direito Comercial no Brasil e teve grande repercussão. Ver a respeito o artigo de Ruy Pereira Camilo Junior
(“A Recepção dos ‘Princípios de Direito Mercantil e Leis de Marinha’, do Visconde de Cairu, pelos
Comercialistas Brasileiros dos Séculos XIX e XX” – Revista da Fac. Dir. Univ. São Paulo, v. 112 p. 111 - 132
jan./dez. 2017)
7
É importante lembrar que em 11 de agosto de 1.827 foram criados os cursos jurídicos de São Paulo e
Olinda, afirmando-se a autonomia didática do direito mercantil e marítimo, constituindo cadeira a ser
lecionada no 4º ano.
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8
Na doutrina, especialmente em Carvalho de Mendonça, se encontrava a classificação dos atos de
comércio em (i) atos de comércio por natureza, (ii) atos de comércio por dependência ou conexão, e (iii)
atos de comércio por força de lei.
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BARRETO FILHO, Oscar. A dignidade do direito mercantil. Revista de Direito Mercantil, Econômico,
Industrial e Financeiro, n. 11, p. 20.
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Esse movimento institucionalista, segundo nos dá notícia PAULA A. FORGIONI, em excelente
monografia, sobre “A Evolução do Direito Comercial Brasileiro: Da mercancia ao mercado”, editada pela
Editora Revista dos Tribunais, 3ª ed., tem origem em parte na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial,
identificado com as raízes do nacional-socialismo, e depois se amolda ao fascismo italiano, especialmente
pela Carta del Lavoro, na qual está presente a ideia de que os benefícios da empresa deveriam ser dirigidos
à Sociedade, de forma que ao Estado caberia orientar e supervisionar a empresa. Destaca a autora nesse
sentido o pensamento desse movimento: “Rathenau, contemporâneo de Hauriou e incentivador da escola
institucionalista alemã, era engenheiro e industrial. Sua teoria buscava o fortalecimento da indústria no
período entre guerras; um de seus escopos práticos era justificar o reinvestimento do lucro na sociedade,
deixando, portanto, de distribuir dividendos. A preocupação essencial reside na distribuição da riqueza,
tarefa que não deveria caber aos acionistas, mas a toda coletividade. O fim da empresa é construir riqueza
para a comunidade, oferecer trabalho, melhorar a técnica, favorecer o progresso científico – e não
simplesmente buscar lucros para distribuição aos sócios. Nesse prisma, os pequenos acionistas são
inimigos da empresa, pois, movidos pelo egoísmo, sacrificam o interesse geral em prol de seu exclusivo
benefício” (p. 56).
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Nos léxicos se encontra a definição de empresa como: (i) “Aquilo que se empreende ou se leva a cabo
a fim de atingir um objetivo”. No sentido figurado: “Ação que resulta trabalhosa e complicada: Não foi
empresa fácil convencê-los de que ficaríamos estudando em casa” (MICHAELIS); (ii) “Qualquer coisa que
se empreende, que se tem a iniciativa de realizar” (CALDAS AULETE); (iii) “Intento, desígnio” (PRIBERAM);
(iv) Execução de um projeto; empreendimento, comedimento (DICIO).
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Para conciliar a nova técnica do Direito de Empresa, que não se refere mais a comerciante e sociedade
comercial, o Código Civil de 2002 estabeleceu que, “Salvo disposição em contrário, aplicam-se aos
empresários e sociedades empresárias as disposições de lei não revogadas por este Código, referentes a
comerciantes, ou a sociedades comerciais, bem como a atividades mercantis” (Art. 2.037).
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Op. cit., p. 25-26 e 73.
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É a opinião também de Gladston Mamede (Direito empresarial brasileiro: empresa e atuação
empresarial. 10ª ed. São Paulo : Atlas, 2018, p. 24)
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Para melhor compreensão da matéria ver, na doutrina, Paula A. Forgioni, in “A Evolução do Direito
Comercial Brasileiro: Da mercancia ao mercado”, 3ª ed., Cap. II, Editora Revista dos Tribunais.
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Op. cit., p. 21.
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5. Teoria da empresa
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Essa é a opinião de MARLON TOMAZETTE (Curso de Direito Empresarial. V. 1, 11ª ed., Ed. Saraiva, p.
69).
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Ver a respeito os Enunciados 193, 194 e 195 da III Jornada de Direito Civil: “193 – Art. 966: O exercício
das atividades de natureza exclusivamente intelectual está excluído do conceito de empresa. 194 – Art.
966: Os profissionais liberais não são considerados empresários, salvo se a organização dos fatores de
produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida. 195 – Art. 966: A expressão
“elemento de empresa” demanda interpretação econômica, devendo ser analisada sob a égide da
absorção da atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, como um dos fatores da
organização empresarial.”
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Para fins de contribuição ao SESC e SENAC, a sociedade de advogados já foi reconhecida como
“estabelecimento de índole empresarial” pelo STJ (AgRg no Ag n. 518.309/PR, Dj. 02.02.2004).
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A respeito do empresário rural foram editados os seguintes Enunciados pela III Jornada de Direito Civil:
201 – Arts. 971 e 984: O empresário rural e a sociedade empresária rural, inscritos no registro público de
empresas mercantis, estão sujeitos à falência e podem requerer concordata; 202 – Arts. 971 e 984: O
registro do empresário ou sociedade rural na Junta Comercial é facultativo e de natureza constitutiva,
sujeitando-o ao regime jurídico empresarial. É inaplicável esse regime ao empresário ou sociedade rural
que não exercer tal opção.
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Em razão do interesse da matéria, se reproduz a seguir a sua ementa do importante julgado:
“RECURSO ESPECIAL. CIVIL E EMPRESARIAL. EMPRESÁRIO RURAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.
REGULARIDADE DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL ANTERIOR AO REGISTRO DO
EMPREENDEDOR (CÓDIGO CIVIL, ARTS. 966, 967, 968, 970 E 971). EFEITOS EX TUNC DA
INSCRIÇÃO DO PRODUTOR RURAL. PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL (LEI 11.101/2005, ART.
48). CÔMPUTO DO PERÍODO DE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE RURAL ANTERIOR AO REGISTRO.
POSSIBILIDADE. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. O produtor rural, por não ser empresário
sujeito a registro, está em situação regular, mesmo ao exercer atividade econômica agrícola
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antes de sua inscrição, por ser esta para ele facultativa. 2. Conforme os arts. 966, 967, 968, 970
e 971 do Código Civil, com a inscrição, fica o produtor rural equiparado ao empresário comum,
mas com direito a "tratamento favorecido, diferenciado e simplificado (...), quanto à inscrição e
aos efeitos daí decorrentes". 3. Assim, os efeitos decorrentes da inscrição são distintos para as
duas espécies de empresário: o sujeito a registro e o não sujeito a registro. Para o empreendedor
rural, o registro, por ser facultativo, apenas o transfere do regime do Código Civil para o regime
empresarial, com o efeito constitutivo de "equipará-lo, para todos os efeitos, ao empresário
sujeito a registro", sendo tal efeito constitutivo apto a retroagir (ex tunc), pois a condição regular
de empresário já existia antes mesmo do registro. Já para o empresário comum, o registro, por
ser obrigatório, somente pode operar efeitos prospectivos, ex nunc, pois apenas com o registro
é que ingressa na regularidade e se constitui efetivamente, validamente, empresário. 4. Após
obter o registro e passar ao regime empresarial, fazendo jus a tratamento diferenciado,
simplificado e favorecido quanto à inscrição e aos efeitos desta decorrentes (CC, arts. 970 e 971),
adquire o produtor rural a condição de procedibilidade para requerer recuperação judicial, com
base no art. 48 da Lei 11.101/2005 (LRF), bastando que comprove, no momento do pedido, que
explora regularmente a atividade rural há mais de 2 (dois) anos. Pode, portanto, para perfazer
o tempo exigido por lei, computar aquele período anterior ao registro, pois tratava-se, mesmo
então, de exercício regular da atividade empresarial. 5. Pelas mesmas razões, não se pode
distinguir o regime jurídico aplicável às obrigações anteriores ou posteriores à inscrição do
empresário rural que vem a pedir recuperação judicial, ficando também abrangidas na
recuperação aquelas obrigações e dívidas anteriormente contraídas e ainda não adimplidas. 6.
Recurso especial provido, com deferimento do processamento da recuperação judicial dos
recorrentes.” (RECURSO ESPECIAL Nº 1.800.032 – MT, Rel. Min. Raul Araújo, Dj. 05.11.2019, Dje.
10.02.2020).
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6. O Empresário Individual
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Cabe lembrar que a Lei n. 13.247, de 12 de janeiro de 2016, que alterou os arts. 15 a 17 do Estatuto da
Advocacia, permitiu a constituição de “sociedade unipessoal de advocacia”.
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Nesse sentido o Enunciado n. 3 da I Jornada de Direito Comercial: “3. A Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada – EIRELI não é sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do
empresário e da sociedade empresária.”
24
Constou ainda como cláusula obrigatória do ato constitutivo: “Declaração de que o seu constituinte não
figura em nenhuma outra empresa dessa modalidade, se o titular for pessoa natural”. Para consultar
todas as Instruções Normativas do DREI, inclusive os Manuais de Registro, basta clicar no link.
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25
Esse foi o entendimento afirmado no Enunciado n. 468 da V Jornada de Direito Civil: “Art. 980-A: A
empresa individual de responsabilidade limitada só poderá ser constituída por pessoa natural.” Não foi
seguido, como visto, pelo DREI.
26
Nesse sentido ANDRÉ SANTA CRUZ (Direito Empresarial. 8ª ed. Editora Método, p. 57).
27
Nesse sentido o Enunciado n. 4 da I Jornada de Direito Comercial. Acesse o livreto e o teor das Jornadas
(I e II).
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Nesse sentido o Enunciado n, 470 da V Jornada de Direito Civil: “Art. 980-A: O patrimônio da empresa
individual de responsabilidade limitada responderá pelas dívidas da pessoa jurídica, não se confundindo
com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, sem prejuízo da aplicação do instituto da
desconsideração da personalidade jurídica.”
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De acordo com o Código Civil: Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a
incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela
colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela
existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos
tenha economia própria.
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Nesse sentido o Enunciado n. 203 da III Jornada de Direito Civil: “203 – Art. 974: O exercício da empresa
por empresário incapaz, representado ou assistido somente é possível nos casos de incapacidade
superveniente ou incapacidade do sucessor na sucessão por morte.”
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REGISTRO DE EMPRESA
1. Importância e Obrigatoriedade
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Estabelece o Art. 1.150 do CC: O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público
de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas
Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar
um dos tipos de sociedade empresária.
32
Ao responder à Consulta do Instituto de Registro de Tiítulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do
Brasil, o jurista Fábio Ulhoa Coelho esclareceu o seguinte: “Para efeito de admissão no órgão de registro
competente (os Registros Civis das Pessoas Jurídicas e os Registros de Empresas), qual o critério a ser
adotado para classificar a natureza jurídica de uma sociedade e a conseqüente competência registral? A
exata classificação de uma sociedade personificada (simples ou empresária) é, como acentuado na
resposta ao quesito anterior, uma questão de fato. Quer dizer, se a atividade econômica correspondente
ao objeto social está sendo explorada com a organização típica dos empresários, a sociedade é
empresária; caso contrário, é simples. O Registro Civil das Pessoas Jurídicas, evidentemente, não é
responsável pela certificação deste fato. Se a sociedade simples efetivamente explora seu objeto social
organizada como empresa ou não é circunstância que o registro não afirma, nem nega. Deste modo, cabe
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ao interessado na constituição de uma sociedade simples fazer, perante o órgão de registro, a declaração
correspondente a este tipo societário. A vista desta declaração, o registro pode ser feito, a menos que
outras circunstâncias (valor do capital social, elevada quantidade de sócios etc.) recomendem encaminhar
o interessado à Junta Comercial.”
33
Nesse sentido os Enunciados de ns. 198 [“Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é
requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O
empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da
legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa
disposição em contrário. “] e 199 [“Art. 967: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é
requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização.”], da III Jornada de Direito Civil.
34
Já anotamos a decisão (RECURSO ESPECIAL Nº 1.800.032 – MT, Rel. Min. Raul Araújo, Dj. 05.11.2019,
Dje. 10.02.2020).
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A Lei Complementar 123/2006, denominada Estatuto da Microempresa, exige no seu art. 3º, que define
a microempresa e a empresa de pequeno porte, o registro.
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O registro é exigido também para outros estabelecimentos do empresário, conforme estabelece o Art.
969 do CC: “O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro
Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição
originária. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser
averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.” Haverá tratamento
diferenciado e favorecido na inscrição do pequeno empresário e do empresário rural, conforme Art. 970
do CC: “A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao
pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.”
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Para consultar a página na internet: http://www.mdic.gov.br/index.php/micro-e-pequenas-
empresa/drei
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38
Estabelece o art. 4º da Lei 8.934/94: “Art. 4º O Departamento Nacional de Registro Empresarial e
Integração (Drei) da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia tem por finalidade: I - supervisionar e coordenar, no plano
técnico, os órgãos incumbidos da execução dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e 44
Atividades Afins; II - estabelecer e consolidar, com exclusividade, as normas e diretrizes gerais do Registro
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; III - solucionar dúvidas ocorrentes na interpretação das
leis, regulamentos e demais normas relacionadas com o registro de empresas mercantis, baixando
instruções para esse fim; IV - prestar orientação às Juntas Comerciais, com vistas à solução de consultas
e à observância das normas legais e regulamentares do Registro Público de Empresas Mercantis e
Atividades Afins; V - exercer ampla fiscalização jurídica sobre os órgãos incumbidos do Registro Público
de Empresas Mercantis e Atividades Afins, representando para os devidos fins às autoridades
administrativas contra abusos e infrações das respectivas normas, e requerendo tudo o que se afigurar
necessário ao cumprimento dessas normas; VI - estabelecer normas procedimentais de arquivamento de
atos de firmas mercantis individuais e sociedades mercantis de qualquer natureza; VII promover ou
providenciar, supletivamente, as medidas tendentes a suprir ou corrigir as ausências, falhas ou
deficiências dos serviços de Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; VIII - prestar
colaboração técnica e financeira às juntas comerciais para a melhoria dos serviços pertinentes ao Registro
Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins; IX - organizar e manter atualizado o cadastro nacional
das empresas mercantis em funcionamento no País, com a cooperação das juntas comerciais; X - instruir,
examinar e encaminhar os processos e recursos a serem decididos pelo Ministro de Estado da Indústria,
do Comércio e do Turismo, inclusive os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial,
agência, sucursal ou estabelecimento no País, por sociedade estrangeira, sem prejuízo da competência
de outros órgãos federais; XI - promover e elaborar estudos e publicações e realizar reuniões sobre temas
pertinentes ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins. XII - especificar, desenvolver,
implementar, manter e operar, em articulação e observadas as competências de outros órgãos, os
sistemas de informação relativos à integração do registro e à legalização de empresas, incluída a Central
Nacional de Registros. Parágrafo único. O cadastro nacional a que se refere o inciso IX do caput deste
artigo será mantido com as informações originárias do cadastro estadual de empresas, vedados a
exigência de preenchimento de formulário pelo empresário ou o fornecimento de novos dados ou
informações, bem como a cobrança de preço pela inclusão das informações no cadastro nacional.
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Determina o Art. 970 do CC: A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao
empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
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4. Manuais de Registro
5. Inatividade da empresa 51
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Esses Manuais não estão atualizados ainda (até o fechamento deste texto em 11/03/2019) com as
últimas modificações legislativas e últimas Instruções Normativas do DREI.
CARLOS ALBERTO GARBI
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CARLOS ALBERTO GARBI
5. Balanços
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
1. Definição
41
Entre os norte-americanos é comum se referir à ideia de goodwill of trade, no sentido de benefício ou
vantagem, ou propriamente no valor que se pode calcular, do conjunto de elementos organizados em
razão da atividade empresária, pela capacidade da empresa gerar lucros.
42
E não se exclui a possibilidade de que a empresa pode ter um valor menor do que o patrimônio líquido,
porque ela não tem capacidade de gerar resultados positivos (lucros).
CARLOS ALBERTO GARBI
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43
É esta a disposição do CTN: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual,
responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I -
integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II -
subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a
contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão. § 1º O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em
processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. § 2º
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Não se aplica o disposto no § 1º deste artigo quando o adquirente for: I – sócio da sociedade falida ou
em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; II –
parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou
em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou III – identificado como agente do falido ou do
devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária. § 3º Em processo da
falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em
conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de
alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos
que preferem ao tributário.
44
Dispõe a LRF: “Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais
ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no
art. 142 desta Lei. Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o
disposto no § 1º do art. 141 desta Lei”. Em reforço a LRF estabelece: “Art. 141. Na alienação conjunta ou
separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de
que trata este artigo: I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta
Lei, sub-rogam-se no produto da realização do ativo; II – o objeto da alienação estará livre de qualquer
ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza
tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. § 1º O
disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o arrematante for: I – sócio da sociedade
falida, ou sociedade controlada pelo falido; II – parente, em linha reta ou colateral até o 4º (quarto) grau,
consanguíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou III – identificado como agente do
falido com o objetivo de fraudar a sucessão. § 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante
serão admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações
decorrentes do contrato anterior.”
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3. O Ponto Comercial
45
A lei n. 8.245/91 estabelece: “Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá
direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar
tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou
a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja
explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.”
CARLOS ALBERTO GARBI
46
A Lei de Propriedade Industrial - LPI (Lei n. 9.279/96) estabelece: “Art. 195. Comete crime de
concorrência desleal quem: [...] V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou
insígnia alheios ou vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências;”
O empresário prejudicado não só poderá obter medida para sustação da violação do seu direito como
também será indenizado. Diz a lei: “Art. 209. Fica ressalvado ao prejudicado o direito de haver perdas e
danos em ressarcimento de prejuízos causados por atos de violação de direitos de propriedade industrial
e atos de concorrência desleal não previstos nesta Lei, tendentes a prejudicar a reputação ou os negócios
alheios, a criar confusão entre estabelecimentos comerciais, industriais ou prestadores de serviço, ou
entre os produtos e serviços postos no comércio. § 1º Poderá o juiz, nos autos da própria ação, para evitar
dano irreparável ou de difícil reparação, determinar liminarmente a sustação da violação ou de ato que a
enseje, antes da citação do réu, mediante, caso julgue necessário, caução em dinheiro ou garantia
fidejussória.”
CARLOS ALBERTO GARBI
71
CARLOS ALBERTO GARBI
NOME EMPRESARIAL
2. Alteração do nome
78
1. Personalização da sociedade empresária
83
CARLOS ALBERTO GARBI
1. Contrato social
3. Cláusulas contratuais
86
1. Princípios gerais
2. Exclusão do sócio
SOCIEDADE LIMITADA
47
O Decreto n. 3.708/1919 teve origem na proposta de Reforma do Código Comercial de Inglez de Sousa.
CARLOS ALBERTO GARBI
2. Deliberações sociais
1. SOCIEDADE EM COMUM
48
De acordo com o Enunciado n. 58, da I Jornada de Direito Civil, do Conselho da Justiça Deferal: “Art. 986
e seguintes: a sociedade em comum compreende as figuras doutrináriada sociedade de fato e da
irregular.” No entanto, o art. 987 do CC estabelece que o sócio só pode comprovar a existência da
sociedade em comum, nas relações entre si ou com terceiros, quando tiver prova escrita. Logo, há uma
distinção na Lei entre as sociedades sem registro, justificando a classificação que se faz entre sociedade
irregular (com contrato sem registro) e sociedade de fato (sem contrato).
CARLOS ALBERTO GARBI
49
Nesse sentido o enunciado n. 208 da III Jornada de Direito Civil do Conselhor da Justiça Federal: “Arts.
983, 986 e 991: As normas do Código Civil para as sociedades em comum e em conta de participação são
aplicáveis independentemente de a atividade dos sócios, ou do sócio ostensivo, ser ou não própria de
empresário sujeito a registro (distinção feita pelo art. 982 do Código Civil entre sociedade simples e
empresária).”
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A Lei Complementar n. 155/2016 introduziu a figura do investidor-anjo no Estatuto da Micro Empresa
e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2016)., nos termos
seguintes: Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade
enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei Complementar, 106
poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa. § 1º As finalidades de
fomento a inovação e investimentos produtivos deverão constar do contrato de participação, com
vigência não superior a sete anos. § 2º O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física ou por
pessoa jurídica, denominadas investidor-anjo. § 3º A atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente por sócios regulares, em seu nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade. § 4º O
investidor-anjo: I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou voto na
administração da empresa; II - não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação
judicial, não se aplicando a ele o art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil; III - será
remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo máximo de cinco anos.
§ 5º Para fins de enquadramento da sociedade como microempresa ou empresa de pequeno porte, os
valores de capital aportado não são considerados receitas da sociedade. § 6º Ao final de cada período, o
investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos resultados distribuídos, conforme contrato
de participação, não superior a 50% (cinquenta por cento) dos lucros da sociedade enquadrada como
microempresa ou empresa de pequeno porte. § 7º O investidor-anjo somente poderá exercer o direito
de resgate depois de decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de capital, ou prazo superior
estabelecido no contrato de participação, e seus haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei no
10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, não podendo ultrapassar o valor investido devidamente
corrigido. § 8º O disposto no § 7º deste artigo não impede a transferência da titularidade do aporte para
terceiros. § 9º A transferência da titularidade do aporte para terceiro alheio à sociedade dependerá do
consentimento dos sócios, salvo estipulação contratual expressa em contrário. § 10. O Ministério da
Fazenda poderá regulamentar a tributação sobre retirada do capital investido. Art. 61-B. A emissão e a
titularidade de aportes especiais não impedem a fruição do Simples Nacional. Art. 61-C. Caso os sócios
decidam pela venda da empresa, o investidor-anjo terá direito de preferência na aquisição, bem como
direito de venda conjunta da titularidade do aporte de capital, nos mesmos termos e condições que forem
ofertados aos sócios regulares. Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar capital como
investidores-anjos em microempresas e empresas de pequeno porte.
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1. Sociedade Anônima
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Nas sociedades anônimas fechadas se pode observar uma característica de sociedade de pessoas em
razão dos vínculos pessoais entre acionistas. Há precedentes na jurisprudência admitindo a dissolução
parcial da sociedade anônima e a existência de caráter intuitu personae (STJ, REsp n. 111.294/PR).
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Este dispositivo tem suscitado o debate sobre a tese contratualista e a tese institucionalista, ou seja, se
deve prevalecer o interesse dos sócios ou o interesse da sociedade.
53
A CVM tem um presidente e quatro diretores, escolhidos pelo Presidente da República e aprovados
pelo Senado, com mandato de cinco anos, vedada a recondução. A cada ano dever ser substituído um
membro. Ele tem uma função consultiva, fiscalizadora, regulamentar e registrária (Lei n. 6.385/76). As
sociedades abertas devem ser registradas na CVM.
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Há uma exceção prevista no Art. 599, § 2º, do CPC: “A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter
também por objeto a sociedade anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou
acionistas que representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu fim.”
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3. Constituição da S/A
4. Valores mobiliários
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Quando há um mecanismo de proteção do majoritário se fala, ao contrário, em Drag Along, que visa
em geral forçar o minoritário a vender suas posições para favorecer o adquirente que deseja o controle
da sociedade.
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5. Ações
6. Capital social
7. Órgãos sociais
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8. Administração da companhia
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A Lei de Propriedade Industrial prevê a ocorrência de concorrência desleal.
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9. O acionista