do Diabetes
na Saúde da pessoa idosa
Glaucia Duarte, MD, PhD
Educadora em Diabetes ADJ/SBD/IDF
Especialização em Geriatria e Gerontologia UNIFESP
Diabetes no mundo é uma preocupação
• 463 milhões de adultos entre 20-79 anos
1/4 da população
acima de 65 anos
tem Diabetes
• Maior prevalência
• Mais internação
• Maior gasto
• Adultos mais velhos com diabetes têm taxas mais altas morte prematura,
incapacidade funcional, perda muscular acelerada e coexistência de doenças
como hipertensão, doença coronariana e acidente vascular cerebral, quando
comparados aos adultos mais velhos sem diabetes.
5º
> 65 anos: País do
mundo em
19% pessoas
idosas com
20-79 anos: Diabetes
8%
Mudanças na Longevidade
Genética
imunidade relacionadas
ao envelhecimento
E de que tipo de Diabetes estamos
falando?
Estresse
oxidativo
Como prevenir ou atrasar o DM2?
Prevenção DCV
Pré 5.7 a
Diabetes 100 a 125 140 a 199
6.4
Sem
Diabetes < 5.6 < 99 < 139
•Clínicos
•Psicológicos
•Funcionais
•Sociais
Impactos Clínicos: a hipoglicemia
Diminuição da
reserva cortical
cerebral
Disfunção (AVE, infartos
autonômica do laculares, DA)
envelhecimento
•Diminui ação dos •Menor capacidade
contrarreguladores para cerebral recuperar-se
percepção de taxas glicêmicas completamente dos
menores episódios de hipoglicemia.
•Favorece os sintomas
neuroglicopênicos (tontura,
delírio, confusão) e não os Pessoa idosa fica mais suscetível a
adrenérgicos (tremores, manifestações assintomáticas
sudorese)
•Menor percepção da Hipoglicemia
•Menor condição de correção da Hipoglicemia
expressão Produtos
RAGE finais de
glicosilação
•liberação de citocinas pró- (AGEs)
inflamatórias no fluido gengival
•Alt. microvasculares
•↑marcadores de
disfunção endotelial e
inflamatórios
•Subdiagnosticada: características
somáticas e comportamentais comuns.
1:3 pessoas DM2 •Associação bidirecional.
insulinizados
•Alta prevalência e recorrência.
•Aumenta o Distress e Ansiedade.
1:4 pessoas •Piora de controle clínico e emocional.
DM2 não-
insulinizados • Facilita complicações .
• Custo comportamental e social.
Limitam a convivência:
•Retinopatia/Catarata, Nefropatias/ hemodiálise, Pés
diabéticos/ Insuficiências arteriais e venosas
Imagem: Google
Qualidade de vida é importante
Metas mais
estritas
•Hipoglicemias
•Menor expectativa
•Bom status vida
funcional •Comorbidades
•Sem/Poucas Pessoa •Sd. Geriátricas
comorbidades idosa com •Quedas e fraturas
•Diabetes de Diabetes •Status funcional
curta duração comprometido
•Polifarmácia
Metas mais
flexíveis
Mensagens Finais
• Existem evidências de que indivíduos com diabetes mal controlado ou não
tratado desenvolvem mais complicações do que aqueles com o diabetes
bem controlado. E isso se repete na população idosa.
• Conhecer a epidemiologia mostra a carga que o diabetes representa para
o sistema de saúde e seus impactos.
• Embora o diagnóstico não seja diferente, as metas de controle glicêmico e
os cuidados no tratamento para a pessoa idosa dependem de sua
funcionalidade e devem ser individualizadas.
• Os impactos como hipoglicemias, função neurocognitiva, doença
periondontal, presença de retino e nefropatias, depressão, síndrome de
fragilidade embora não sejam exclusivas, devem ser triadas e seguidas
periodicamente nesta população, já que se encontra em maior risco.
• A prevenção com olhar gerontológico pode gerar - para esta população
específica – melhor qualidade de vida.
Bibliografia
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17/04/2017, Ministério da Saúde. Disponível em:
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Abreviações