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Cumprimento do contrato

Diz se cumprida aquele contrato quando quando a realização a que está vinculada
tenha uma eficácia real, o contrato deve ser pontualmente cumprido, e só pode
modificar se ou extinguir se por mútuo consentimento dos contraentes ou nos
casos admitidos na lei. ART 406.c.c

Não cumprimento

Diz se não cumprida aquele contrato quando a realização a que está vinculada
não tenha uma eficácia real e que não produza efeitos seja por falta de vontade
de um dos contraentes ou pela má fé de um dos contraentes.

Excepção de não cumprimento do contrato

Se nos contratos bilaterais não houver prazos diferentes para o cum-rimento das
prestações, cada um dos contraentes tem a faculdade de re-usar a sua prestacão
enquanto o outro não efectuara que lhe cabe ou nãoferecer o seu cumprimento
simultäneo.

A excepcão não pode ser afastada mediante a prestação de garantias.

Insolvência ou diminuição de garantias

Ainda que esteja obrigado a cumprir em primeiro lugar, tem o contraente


Taculdade de recusar a respectiva prestação enquanto 0 outro não cumprir

unao der garantias de cumprimento, se, posteriormente ao contrato, se ve-aicar


alguma das circunstâncias que importam a perda do beneficio do prazo.

Prescrição

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escrito um dos direitos, o respectivo titular continua a gozar da excepçao
nprimento, excepto quando se trate de prescriçao presuntiva.

Eficácia em relação a terceiros

pdo de não cumprimento é oponivel aos que no contrato vierem a9ualquer dos
contraentes nos seus direitos e obrigaçoes.

Sujeitos

Credor, Devedor, terceiro, interessado. ART 767

Cumprimento por terceiro

É quando uma das partes perante outra faz cumprir o contrato, faz valer os
efeitos destinados na celebração, seja qual for o conteúdo do contrato.

Impossibilidade de contrato

Impossibilidade originária

0 401.0 Impossibilidade originária da prestaçāão

A impossibilidade originária da prestação produz a nulidade do negócio

juridico.

0 negócio é, porém, válido, se a obrigação for assumida para o caso de a


prestação se tornar possível, ou se, estando o negoCio dependente de

condiçao suspensiva ou de termo inicial, a prestação se tornar possivel até à


verificação da condição ou até ao vencimento do termo.

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S0 se considera impossível a prestação que 0 seja relativamente aoODjecto, e não
apenas em relacão à pessoa do devedor.

Impossibilidade superveniente

Impossibilidade objectiva

A obrigação extingue-se quando a prestação se torna impossivel por causa não


imputável ao devedor.

2 Quando o negócio do qual a obrigação procede houver sido feito sob condição
ou a termo, e a prestação for possivel na data da conclusão do ne-laócio, mas se
tornar impossivel antes da verificação da condição ou do venci-mento do termo, é
a impossibIlidade considerada superveniente e não afecta a validade do negócio.

Responsabilidade e resolução do contrato

É admitida a resolução do contrato fundada na lei ou em convenção, a parte,


porém, que, por circunstâncias não imputaveis não imputaveis ao outro
contraente, não estiver em condições de restituir o que houver recebido não tem
o direito de resolver o contrato. ART 432

Redução equitativa

A pena convencional pode ser reduzida pelo tribunal, de acordo com a equidade,
quando for manifestamente excessiva, ainda que por causa superveniente, é a
admitida a redução nas mesmas circunstâncias, se a obrigação tiver sido
parcialmente cumprida. ART 812

Prazo suplementar

Determinação do prazo

o1- Na falta de estipulação ou disposição especial da lei, o credor tem o direito de


exigir a todo o tempo o cumprimento da obrigação, assim como o devedor pode a
todo o tempo exonerar-se dela.

2- Se, porém, se tornar necessário o estabelecimento de um prazo, quer pela


própria natureza da prestação, quer por virtude das circunstâncias que a
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determinaram, quer por força dos usos, e as partes nã0 acordarem na sua
determinação, a fixação dele é deferida ao tribunal. -Se a determinação do prazo
for deixada ao credor e este não usar da ldcuidade que lhe foi concedida,
compete ao tribunal fixar o prazo, a requeri-mento do devedor.

Impossibilidade de prestação em contratos sinalagmaticos

Contratos bilaterais

1-Quando no contrato bilateral uma das prestaçoes se torne impossivel fica o


credor desobrigado da contraprestaçãoe tem o direito, se já a tiver rea-lizado, de
exigir a sua restituição nos termos prescritos para o enriquecimento sem causa.

2- Se a prestação se tornar impossível por causa imputável ao credor, não fica


este desobrigado da contraprestação; mas, se o devedor tiver algum be- neficio
com a exoneração, será o valor do beneficio descontado na contraprestação.

Princípios de risco

Risco

1- Nos contratos queimportem a transferência do domínio sobre certa coisa ou


que constituam ou transfiram um direito real sobre ela, o pereci-mento ou
deterioração da coisa por causa não imputável ao alienante corre por conta do
adquirente.

2-Se, porém, a coisa tiver continuado em poder do alienante em conse-quencia


de termo constituido a seu favor, o risco só se transfere com o venci-mento do
termo ou a entrega da coisa, sem prejuizo do disposto no artigo 807.0.

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3-Quando o contrato estiver dependente de condição resolutiva, o riscodo
perecimento durante a pendência da condição corre por conta do adqui-

rente, se a coisa lhe tiver sido entregue; quando for suspensiva a condição, orisco
corre por conta do alienante durante a pendência da condição.

Efeitos da resolução do contrato

Efeitos entre as partes

Na falta de disposiçao especial, a resolução é equiparada, quanto aos seus efeitos,


à nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico, com ressalva do dis-posto nos
artigos seguintes.

Retroactividade

1- A resolução tem efeito retroactivo, salvo se a retroactividade contrariar a


vontade das partes ou a finalidade da resolução.

2- Nos contratos de execução continuada ou periódica, a resolução não abrange


as prestações já efectuadas, excepto se entre estas e a causa da reso-Uçao existir
um vinculo que legitime a resoluçao de todas elas.

Efeitos em relação a terceiros

1- A resolução, ainda que expressamente convencionada, não prejudica os


direitos adquiridos por terceiro.

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2-Porém, o registo da acção de resolução que respeite a bens imóveis, ou a
móveis sujeitos a registo, torna o direito de resolução oponivel a terceiro que não
tenha registado o seu direito antes do registo da acção.

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