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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE NASSAU

NÚCLEO DE SAÚDE

TECNOLOGO EM ESTETICA E COSMETICA

ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Emely Yasmim Costa de Vasconcelos

Marcela Nataly de Oliveira Santos

Queila Helena de Albuquerque Fontes

Tamires Figueiredo Rodrigues Ribeiro Caiana

Valeska Vieira dos Santos

Wislaine Alves do Nascimento

João Pessoa

2021

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INTRODUÇÃO

A pele é um órgão complexo, formado por diferentes estruturas e diversos tipos


celulares, que atuam como uma barreira protetora dos órgãos internos e ao ambiente. É o maior
órgão do corpo humano, e possui a finalidade de impedir perda de fluidos corpóreos essenciais,
a invasão de agentes tóxicos, microrganismos, assim como proteger contra quantidades intensas
de radiação ultravioleta, forças mecânicas e diferenças de temperaturas, auxiliando na
manutenção da homeostasia, ela forma uma fronteira mediadora entre o organismo e o ambiente
em que vive.

O envelhecimento pode ser descrito como um conjunto de alterações morfológicas,


fisiológicas e bioquímicas indispensáveis que ocorrem progressivamente no organismo. No
decorrer do processo de envelhecimento, a pele perde uma de suas grandes propriedades, a
elasticidade, associado à perda de colágeno redução de hidratação, tornando-a seca. O
envelhecimento pode ser classificado de duas formas básicas, o envelhecimento intrínseco e o
extrínseco. Fatores como radiação ultravioleta, radicais livres, temperatura, tabaco, poluição,
genética e cor da pele contribuem para que este processo aconteça. O envelhecimento intrínseco
pode ser designado como verdadeiro ou cronológico, sendo o verdadeiro aquele já esperado e
inevitável, ocorre progressivamente com o tempo em todos os indivíduos, independente da
exposição a fatores externos, sendo determinado por fatores genéticos.

O ENVELHECIMENTO CUTANEO

A medida que os indivíduos envelhecem, a pele perde uma serie de propriedades. As


alterações causadas pelo envelhecimento cronológico se expressam evidenciando uma pele
mais fina, frágil, seca, com rugas finas e inelásticas. Ocorre redução dos elementos presentes
na epiderme e consequentemente de sua espessura.

Existem dois tipos de processos de envelhecimento: intrínseco ou cronológico e


extrínseco. O primeiro é de origem natural e inevitável e está relacionado a fatores genéticos
cumulativos gerados por mutações recorrentes no DNA mitocondrial e à diminuição da
proliferação celular caracterizado pelo aparecimento de rugas finas; por atrofia e ressecamento
da pele que são desencadeados devido à diminuição de água e ácido hialurônico acelerando,
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assim, o processo de senescência. Enquanto que o envelhecimento extrínseco ou depende da
relação de associação entre fatores ambientais como o tabagismo, alcoolismo e poluição com o
tempo, a frequência e a intensidade de exposição da pele à radiação solar. Caracteriza-se por
apresentar pele espessada, adelgaçada, amarelada, seca; flácida e com a presença de rugas
profundas

Há evidências que esses processos de envelhecimento, intrínseco e extrínseco, possuem


mecanismos biológicos, bioquímicos e moleculares, em parte sobrepostos. Mudanças celulares
como alterações qualiquantitativas das proteínas da matriz extracelular estão envolvidas,
resultando na perda da capacidade de retração e do poder tensor com a formação de rugas,
aumento da fragilidade e diminuição da cicatrização de feridas, além disto, com esse processo
de envelhecimento há um decréscimo geral no número de folículos pilosos da região corporal,
e atrofia e fibrose dos mesmos.

O processo de envelhecimento da pele é multifatorial, não existindo um processo único


de envelhecimento da pele. As influências multifatoriais sejam elas genéticas, metabólicas,
adquiridas ou extrínsecas provenientes do ambiente vão agir em sentidos diversos, as quais
implicam no conhecimento da estrutura da pele e de seu funcionamento. Sabemos então que
apesar do envelhecimento cutâneo representar apenas uma pequena parte de todo o processo de
envelhecimento é notório que o aumento da expectativa de vida induza uma maior procura de
modalidades de intervenção que melhorem a aparência e revertam os sinais e marcas causadas
pelo envelhecimento. Pois os aspectos e funções estéticas e sensoriais desenvolvidas pela pele
interferem diretamente nos aspectos sociais, psicológicos e na relação do indivíduo com o meio
ambiente. Dessa forma, subentende-se que os indivíduos irão procurar profissionais de estética
com maior frequência a fim de buscar métodos que auxiliam na minimização e até mesmo
prevenção das alterações provocadas pelo envelhecimento cutâneo.

Sabemos que, a teoria dos radicais livres e sua influência no envelhecimento cutâneo é
bem explorada na comunidade cientifica, os radicais livres são moléculas instáveis que
dificultam as reações fisiológicas do organismo. Além de formadas de forma inevitável pelo
nosso organismo, essas moléculas instáveis também podem ser formadas pelos efeitos do sol,
contaminação, por tabaco e bebida alcoólica, podendo danificar as membranas das células,
provocando efeitos negativos sobre a pele e acelerando o processo do envelhecimento, devido
a morte ou ao mau funcionamento das mesmas. Os radicais livres atacam as células na parte

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superficial da epiderme degradando os fibroblastos da derme e podendo, inclusive, lesar a
cadeia de DNA, proteínas, carboidratos, lipídios e as membranas celulares na parte mais
profunda da epiderme, causando até mesmo câncer nos casos mais graves.

A produção contínua de radicais livres durante os processos metabólicos levou ao


desenvolvimento de muitos mecanismos de defesa antioxidante para limitar os níveis
intracelulares e impedir a indução de danos. Uma pele atacada por radicais livres apresenta
visíveis sinais de envelhecimento: perda de brilho, sinais de desidratação, diminuição da
elasticidade, formação de manchas hipercrômicas, rugas superficiais, médias e profundas. É
impossível evitar completamente a formação desses radicais livres, mas isso pode ser atenuado
com hábitos de vida saudável e uma alimentação correta, rica em agentes antioxidantes,
diminuindo seus efeitos.

O uso de protetor solar, em quantidade e frequência correta também é um forte aliado


para diminuição e desaceleramento do envelhecimento da pele, uma vez que o
fotoenvelhecimento é um dos fatores mais críticos para a pele.

CONCLUSÃO

O envelhecimento da pele é um processo fisiológico ao qual não podemos impedir de


ocorrer porém, hábitos de vida saudável como boa alimentação, uso de filtro solar apropriado
ao fototipo cutâneo, cautela na exposição solar, não uso de telas sem proteção física para luz
azul, não fumar, entre outras praticas, associadas a uma rotina dermocosmetica adequada ao
nosso tipo de pele podem retardar os danos causados pelo tempo. O profissional de estética
deve avaliar cada pele e prescrever tratamentos antioxidantes e que atuem de maneira a prevenir
o envelhecimento precoce, fazendo com que o individuo crie o habito de cuidar da pele de
maneira preventiva uma vez que, ao perder parte da elasticidade e haver o afinamento cutâneo
devido ao envelhecimento, o tratamento é mais dificultoso e com menor eficácia.

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REFERÊNCIAS

GOMES, B C R at Al. Antioxidantes como forma de prevenção contra a ação dos radicais
livres no processo de envelhecimento cutâneo. Única cadernos acadêmicos V. 3, n 1, 2020.

NOVAIS, M. J. A. Utilização de tratamentos estéticos no retardo do envelhecimento cutâneo:


revisão integrativa. Revista Multidisciplinar De Psicologia. Vol 14, n. 53, 2020.

OLIVEIRA, P.A.N.; SILVA, A.S.; SILVA, L.Q.; CHAVES, I.F.G.M.; PESSOA, C.V.
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO E O TRATAMENTO COM NEUROCOSMÉTICOS.
Mostra Científica da Farmácia, v. 4, n. 1, 2018.

SILVA, O.M.; BRITO, J.Q.A. O Avanço da Estética No Processo De Envelhecimento: Uma


Revisão de Literatura. Artigo de Revisão. Revista Multidisciplinar e de Pscicologia. Vol 11,
n. 35, Maio, 2017

TESTON, A.P.; NARDINO, D.; PIVATO, L. Envelhecimento cutâneo: teoria dos radicais
livres e tratamentos visando a prevenção e o rejuvenescimento. UNINGÁ Review, vol. 1, p.
71-94, janeiro ,2010

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