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TÉ CNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕ ES

QUÍMICA III
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AMANDA, JOYCE, LÚCIA, RACQUEL, SARAH E SICÍLIA

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁLCOOL NA


GASOLINA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

ANÁPOLIS / GO
Julho, 2018

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TÉ CNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕ ES
QUÍMICA III
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1. RESUMO
O presente relatório é referente a aula prática ministrada pela docente Gracielle
Oliveira aos alunos do terceiro ano de Edificações sobre teor de álcool presente na gasolina.
Foi analisada uma amostra de gasolina cujo teor de álcool foi 26%, resultado obtido através
do ensaio de determinação do teor do álcool na gasolina. Esse ensaio foi realizado a fim de
detectar possíveis irregularidades no combustível (gasolina) em alguns pontos de distribuição
deste.

2. INTRODUÇÃO
A gasolina é um dos principais combustíveis utilizados por veículos automotores no
Brasil. Segundo AMPARADO, REIS, & BORGES (2016), ela é uma mistura de nafta,
produto da destilação do petróleo, com solventes e etanol anidro. De acordo com a ANP
(Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), é necessário que a gasolina
tenha uma porcentagem de etanol anidro de 26% a 28%.
O etanol anidro, é um composto que possui pelo menos 99,6% de álcool puro e
geralmente se encontra misturado à gasolina. Isso ocorre pois ele é considerado um
combustível renovável, o que ameniza a extração de recursos não-renováveis como o
petróleo, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Todavia, o mesmo deve ser utilizado de maneira regulamentada, seguindo os
parâmetros estabelecidos, pois a falta ou excesso de álcool na gasolina em relação aos limites
estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)
compromete a qualidade do produto que chega aos consumidores brasileiros. Por este motivo,
é de extrema importância, a análise da composição da gasolina, verificando se o teor de álcool
se encontra adequado. (Dazzani, Correia, Oliveira, & Marcondes, 2003).
Diante disso, este ensaio foi realizado a fim de obter a porcentagem de etanol anidro
presente numa amostra de gasolina (Amostra 2) e verificar se a mesma está dentro do
intervalo permitido.

3. OBJETIVO
Determinar o teor de álcool etílico anidro em uma amostra (Amostra 2) de gasolina.

4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1. MATERIAIS E REAGENTES

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- Proveta de 100mL
- Béquer de 250mL
- Bastão de vidro
- Água destilada
- Cloreto de sódio
- Amostra Nº 2 de gasolina

4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


4.2.1 Preparo da solução aquosa de cloreto de sódio (NaCl) a 10% m/v
Pesou-se 10g de NaCl e transferiu-se para um béquer. Logo em seguida, adicionou-se
água destilada ao béquer com NaCl e com auxílio do bastão de vidro, dissolveu-se a mistura
até a completa dissolução do sal. Após isso, transferiu-se a solução para o balão volumétrico
de 100mL e completou-se o volume do balão com água destilada. A seguir, a mistura foi
agitada por aproximadamente 1 minuto para melhor dissolução do sal.
4.2. Teste do teor de álcool na gasolina (de acordo com a norma ABNT 13992:2015)
Colocou-se 50 mL da amostra de gasolina na proveta previamente limpa,
desengordurada e seca. Depois, adicionou-se a solução de NaCl até completar o volume de
100 mL na proveta. A mistura foi deixada em repouso por 15 minutos, a fim de permitir a
separação completa das duas camadas. No final anotou-se o volume final da camada aquosa
(água + NaCl + etanol anidro), que foi de 63mL.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com um aumento de 13mL da camada aquosa, pôde ser feito um cálculo de regra de
três simples, no qual a porcentagem verificada de etanol anidro foi de 26%. Esse aumento de
13mL só pôde ser visualizado devido à mistura ser heterogênea, ou seja, a separação entre as
duas fases (solução aquosa e gasolina) ser visível.
Sabe-se que a gasolina é composta por hidrocarbonetos de séries parafínicas,
olefínicas, naftênicas e aromáticas, o que a torna uma molécula apolar (não apresenta
diferença de eletronegatividade entre os átomos). Consequentemente, não seria possível
adulterar a amostra de gasolina com água, pois a água é uma molécula polar (apresenta
diferença de eletronegatividade entre os átomos), o que impede com que as fases se misturem
(água e gasolina). No entanto, devido às ligações de hidrogênio serem mais fortes do que as
ligações de carbono, o álcool antes presente na gasolina se desprende desta e se mistura com a

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solução aquosa, aumentando o volume desta. Para uma melhor visualização do limite de
separação entre as camadas, a adição de NaCl na água foi um fator decisivo, pois, esse
composto iônico tem a capacidade de aumentar a polaridade da água e desse modo, reforçar
as ligações entre a água e o álcool.

6. CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que o objetivo foi atingido com sucesso, pois foi determinado o
teor de álcool na amostra. Ademais, a amostra passaria no teste de controle de qualidade no
tocante em que o teor do álcool visualizado foi de 26%.

7. REFERÊNCIAS
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT-NBR – 13992:
Gasolina Automotiva-Determinação do teor de etanol anidro combustível (EAC). Rio de
Janeiro. Brasil. 2015.

AMPARADO, B. L., REIS, M. J., & BORGES, D. G. (2016). Determinação do teor de etanol
na gasolina dos postos de combustíveis do município de Passos - MG. Ciência et
Praxis v. 09, p. 25 - 28.

DAZZANI, M., CORREIA, P. R., OLIVEIRA, P. V., & MARCONDES, M. E. (2003).


Explorando a Química na Determinação do Teor de Álcool na Gasolina. QUÍMICA
NOVA NA ESCOLA, p. 42 - 45.

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