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INCLUSÃO

Fábio Alves da Silva

RESUMO: Nos dias atuais e em pleno sec. XXI algumas dificuldades ainda são
encontradas por motivos de preconceitos, duas delas serão tratadas aqui,
sendo elas a literatura afro-lusitana e a literatura de língua gestual portuguesa

PALAVRAS-CHAVE: Racismo. Preconceito. Literatura. Surdos

INTRODUÇÃO

É possível afirmar com total certeza o quanto o racismo é presente atualmente


no mundo, não só em dias atuais, mas infelizmente a muito tempo essa ação é
realizada por pessoas que pensam ter superioridade racial, as pessoas
compreendiam que a cor da pele dos indivíduos promoviam uma diferenciação
de raças e todo esse preconceito não acaba por aí, tudo isso vai muito além, a
questão da literatura afro-lusitana portuguesa foi e é tratada de maneira tímida,
não é tão reconhecida, não se pode dizer que a mesma não é, porém é um
conhecimento que veio tardio, e que ainda não recebe o reconhecimento que a
mesma deveria receber e o motivo dessa falta de reconhecimento é
exatamente a questão na qual está sendo abordada, o racismo, o racismo está
impregnado na sociedade, e o motivo da falta de reconhecimento é a questão
que os escritores são africanos e negros a cor da pele dos mesmo juntamente
com sua origem geográfica sos julgam a não ter capacidade suficiente para
realizar escritas, o motivo de todo esse racismo impregnado é reflexo da
escravidão que aqui ocorreu, e trazer essa questão, como a escravização de
africanos e seus desdobramentos contribuem para refletirmos sobre o
persistente racismo que continua a balizar as relações sociais e as formas de
resistências encontradas no campo da literatura para combate-lo.
A escrita dos mesmo são escritas fortes, que mostram a realidade do que
passam e passaram, então é uma leitura que deve ter o seu devido
reconhecimento, o que tem a pensar, é realizar medidas mais efetivas que o
racismo chegue ao seu fim nas gerações futuras.
A outra questão a ser abordada também não é menos importante que é a
busca pela inclusão, a linguagem gestual é outro fato que atualmente não tem
seu devido reconhecimento, nem todos alunos pertencentes a uma escola tem
a capacidade de se dialogar verbalmente, existe os surdos, que se comunicam
através das suas mãos, e os mesmos não tem o apoio que deveriam, desde o
início quando o aluno entram nessa escola eles não recebem uma atenção
nem os outros recebem aulas de como se dialogar com eles, pois a linguagem
gestual é reconhecida porém o ensino da mesma não é transmitida por fácil
acesso, desde os anos iniciais era dever da escola disponibilizar as crianças
aulas com esse tipo de ensino para que os alunos surdos se sintam incluso
diariamente, e não se sintam menosprezados como se sente pelo fato de não
poder incluir meio aos outros.

REFERENCIAL TEÓRICO:

Visões e opiniões de autores sobre os temas abordados literatura afro lusitana e


linguagem gestual.

LITERATURA AFRO LUSITANA

A literatura de autoria negra constituir-se-ia, assim, no espaço


da resistência e na forma de reconstituir o equilíbrio social: ao
mesmo tempo elemento de preservação e de transformação da
história. [...] são escritas que não abdicam do papel de
interferir na cena cotidiana, são textos atravessados pelas
tensões decorrentes desse posicionamento. Ao se apropriarem
do espaço que está historicamente construído por e para as
elites brancas, essas vozes erguem-se e expõem-se
dialeticamente, contestando com veemência sua condição.
(SARTESCHI,2015,p.387)

Assim como o autor mesmo diz, os autores, negros! Abordam durante as suas
escritas a luta pela igualdade social, não são poucos conhecidos muitos
literários, mas raramente vemos a figura negra como representação, Se tem
meio a toda essa pesquisa o grande literário, Joaquim Maria Machado de
Assis, um escritor brasileiro, que teve sim seu reconhecimento sendo negro,
porém se afirma que Machado de Assis teve sua figura esbranquiçada, pois ser
escritor porém negro, provavelmente não receberia valor algum.

Renegados
Mas que país é este que renega os seus próprios
nacionais?
Que se nutre do trabalho dos que há muito vieram,
Mas documentos nunca obtiveram,
Por mais que descontassem e impostos sempre
pagassem,
Na vã esperança de verem algum dia respeitados
Os seus, racionados, direitos fundamentais?
Que país infanticida é este, cujas estruturas institucionais
Ignoram a existência de complexos problemas raciais,
Embora jovens negros sejam amiúde tratados como
marginais,
Por negrófobas retóricas sociais,
Disfarçadas de um racismo deveras subtil,
Que toma cada vez mais, formas estruturais?
[...] (CARVALHO In: FERNANDES, 2017, p. 34

O texto mostra a luta que os negros estão em busca de ser visível, pois o
mesmos passam por uma invisibilidade constante desmerecida, o texto de
autoria negra é grande exemplo disso, é um texto de grande poder e que
deveria ser bem mais reconhecido, porém existe a falta de reconhecimento do
mesmo e por vim de um autor negro, a cor da sua pele impede o mesmo de ser
reconhecido, por esta meio a pessoas hipócritas e racistas.

LINGUAGEM GESTUAL

a aquisição de itens lexicais e das regras


gramaticais não determina o término da aquisição
da linguagem pela criança, ao contrário, este é o
ponto de partida, a partir do qual ocorrem diversas
modificações na utilização que o indivíduo faz
destas palavras. Para os surdos que são educados
unicamente pela língua oral, os mesmos têm
grande dificuldade em perceber que a língua não é
formada por signos que representam directamente
a relação entre o significado e significante”
(Goldfield, 2002, p.65)

Por esse fato uma disciplina deveria ser aplicada nas redes escolares para
desde o início os alunos notarem a importância da inclusão e que os colegas
surdos não são diferentes deles, só se dialogam de forma diferente e não em
forma verbal como se é comum mas com o uso das mãos, Ainda que, por
muito tempo, as línguas de sinais tenham sido vistas apenas como ferramentas
pedagógicas ou métodos de instrução para a educação a mesma tem que ser
colada mais em prática desde os anos iniciais nos estudos das crianças. Se
pode confirmar que a linguagem gestual é uma língua igual as outras as outras
com a finalidade de se comunicar, não sabendo se comunicar com a LG ocorre
uma divisão entre os dois grupos.

ASPECTOS CONCEITUAIS

"a permutabilidade de conhecimentos, reciprocidade


intercompreensão de mensagens apresentadas sob
vários aspectos, legitimando o sentido e a condição de
toda a vida social, sendo um processo essencial, não só
da socialização, mas também da formação do indivíduo,
atendendo a que este adquire consciência de si próprio, à
medida que interioriza, exercita e consolida posturas e
comportamentos nas trocas significacionais com os seus
semelhantes".

Este é o primeiro curso universitário destinado a alunos surdos,


e também o primeiro em que é leccionada uma disciplina de
Lin-
guística da LGP. Com efeito, o curriculum do Curso integra um
seminário, de 8 unidades de crédito, de Linguística Comparada
da LGP e da Língua Portuguesa. Este seminário abordou áreas
de Linguística Geral, Fonética, Fonologia, Morfologia, Sintaxe,
Semântica e Léxico. As aulas decorreram segundo uma
metodo-
logia bilíngue de LGP e de língua portuguesa escrita. Os
alunos
do Curso são 6 jovens surdos, tendo concluído o 12º ano,
domi-
nando a LGP, como língua materna uns com um total domínio
(por serem flhos de pais surdos), outros com um domínio
menor
de LGP (por serem flhos de pais ouvintes e devido ao ensino
oralista que predomina no ensino básico e secundário). (DEL-
GADO-MARTINS; PAIS, 1997, p. 57).
CONCLUSÃO
E por fim, concluímos que de uma vez por todas a inclusão tem de ser ativa,
quanto para os negros quantos para surdos, os negros devem ter a sua
visibilidade, seu reconhecimento, pois os mesmos são capazes e são iguais,
toda a sociedade é igual e nenhum deixa de ser melhor que o outro por conta
da cor, igualmente os surdos os mesmos buscam sua inclusão meio a
sociedade, aulas de libras é intérpretes desde anos iniciais seria uma boa
solução para a situação.
Referências:

HENRIQUES, I. C. Percursos da modernidade em Angola. Dinâmicas


comerciais e trans-

formações sociais no século XIX. Lisboa: Instituto de Investigação Científica


Tropical/Ins-

tituto de Cooperação Portuguesa, 1997.

Línguas e linguagens. Línguas gestuais portuguesa 

TVON. Um preto muito português. Lisboa: Chiado Editora, 2017

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