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Profa.

Tânia Aguiar Passeti


ANATOMIA
O trato genital feminino é composto por vulva,
vagina, útero (cérvice e pelo corpo), tubas uterinas
e ovários
Órgãos Genitais Femininos Externos:
- Monte do Púbis
-Vulva ou Pudendo
- Lábios Maiores e Menores do Pudendo
- Clitóris
-Vestíbulo da Vagina
-Glândulas Vestibulares
-Óstio da Vagina
-Óstio Externo da Uretra
Pudendo ou Vulva
Monte do Púbis
 coxim subcutâneo de tecido adiposo
 anterior à sínfise púbica

Lábios Maiores do Pudendo


 pregas cutâneas longitudinais
 tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo e fibras de m.
liso
 glândulas sebáceas e sudoríferas
 homólogos ao escroto no homem
 do monte púbico ao períneo
 incluem e protegem os lábios menores
Lábios Menores do Pudendo
 pregas cutâneas longitudinais pequenas
 mediais aos lábios maiores
 de cada lado do óstio da vagina
 seguem do clitóris em direção posterior
 extremidade posterior (virgens)  frênulo dos
lábios menores
 delimitam o vestíbulo
 Protegem os óstios da vagina e da uretra
Vestíbulo da Vagina
 fenda entre os lábios menores
 óstio externo da uretra
 óstio da vagina
 ductos das glândulas vestibulares maiores e menores
Clitóris
 órgão erétil
 homólogo ao pênis (corpos cavernosos)
 projeção arredondada na junção anterior dos lábios menores
 encoberto parcialmente pelos lábios menores
 partes: ramos, corpos cavernosos (corpo) e glande
 ligado à excitabilidade sexual feminina
Epitélio da vulva e grandes lábios
Epitélio vulvar
Epitélio malpighiano pavimentoso estratificado
queratinizado

Epitélio escamoso estratificado queratinizado.


Estrato Córneo

Estrato Granuloso
Estrato
Espinhoso
Estrato
Basal
VAGINA
Localização
Entre a bexiga urinária, e
o reto e canal anal
útero
Posição
Inclinada póstero-
superior, formando um bexiga
ângulo aberto reto
anteriormente com o
eixo do útero

Funções :
- Órgão de cópula
- Canal do parto
- Ducto excretor
VAGINA
Características
- tubo fibromuscular que se
útero
estende do colo do útero ao
vestíbulo
- aproximadamente entre 9 e
vagina
12 cm comprimento

Cavidade da vagina
- Paredes ”colabadas” vestíbulo
- Luz pequena
VAGINA
Aberturas e
comunicações
- Óstio do útero
- Óstio da vagina Óstio do
útero

hímen

Vestíbulo
VAGINA
Hímen:
Prega que oblitera parcialmente o óstio da vagina
Forma e tamanho variáveis
Vestíbulo

anular septado cribriforme ausente


VAGINA - HISTOLOGIA

A parede vaginal é composta por três camadas:

Mucosa – constituída de epitélio pavimentoso

estratificado

Camada muscular intermediária – composta por

músculo liso

Camada externa – tecido conjuntivo denso


Epitélio Vaginal

Epitélio vaginal
Epitélio malpighiano pavimentoso estratificado
não queratinizado.

Epitélio estratificado com camada basal, células


intermediárias e superficiais
MUCOSA VAGINAL

Atrófico

Fértil Menopausa
criança
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO GENITAL FEMININO

Os epitélios da vagina e colo do útero:


-Epitélio estratificado não queratinizado – ectocérvice.
Variam quanto aos tipos celulares predominantes
de acordo com o ciclo hormonal.

• Recém-nascida, pré-puberdade, menarca, menacme,


menopausa, reposição hormonal, contraceptivos orais,
gravidez.
Células do Epitélio Vaginal -
Malpighiano
EPITÉLIO:
• 4 camadas celulares:
• Células superficiais
• Células intermediárias
• Células parabasais
• Células basais
Epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado
O processo de maturação das células do epitélio vaginal
sofre ação hormonal que acarretam alteração na sua
morfologia.
Citoplasma: quanto mais maduras maior o citoplasma,
células jovens tem pouco citoplasma.
Núcleos: quanto mais maduras menor o núcleo, estágio
final de maturação os núcleos são picnóticos. Células
jovens núcleos grandes.
Células do Epitélio Vaginal
Malpighiano

As Células das Camadas Superficial e


Intermediária se descamam, não se
multiplicam (não há mitose).

Células da Parabasal e Basal se multiplicam.

À medida que as células se afastam da


Membrana Basal à Citoplasmas aumentam;
Núcleos diminuem.
Células do Epitélio Vaginal
Malpighiano

As células do epitélio são influenciadas por


hormônios estrógeno e progesterona.

-Padrão estrogênico – epitélio predomina


células superficiais.

- Padrão progesterogênico – epitélio


predomina células intermediárias.
Intermediárias

Superficiais
CAMADA SUPERFICIAL

- Células grandes poligonais maduras, que se


descamam, não se multiplicam
- Núcleos picnóticos (núcleos puntiformes, muito
corados, onde não se consegue identificar
cromatinas);
- Citoplasma amplo com pouco Glicogênio;
- Maior eixo das células é paralelo à superfície
epitelial;
- Relação Núcleo / Citoplasma reduzida.
Células Superficiais
CAMADA INTERMEDIÁRIA:

- Células poligonais, menores que as


superficiais, que se descamam facilmente;
- Núcleos com Cromatina Sexual;
- Citoplasma rico em Glicogênio (daí o termo
“Citoplasma Claro”).
- Não há mitose nesta camada;
- A relação N/C é reduzida.
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO

Células Intermediárias
• Tem forma poligonal

• Citoplasma abundante

• Núcleo apresenta forma arredondada

• Possuem alto teor de glicogênio

• Descamam em aglomerados por conta da presença de

desmossomos (pontes intercelulares)


Células Intermediárias
Epitélio na gravidez
Na gestação o hormônio que predomina é a
progesterona, devido a isso as células do
epitélio são intermediárias com alta produção
de glicogênio.
Microbiota da mucosa vaginal
Os lactobacilos (Bacilo Döderlein) que compõem a flora
normal da vagina metabolizam o glicogênio presentes nessas
células a ácido láctico (pH vaginal ácido)
CAMADA PARABASAL:

- células maiores que as Basais, porém com


núcleos menores.
- Arredondadas e mais abundantes que as basais.

- Ocorrem mitoses;
- Comuns nos esfregaços hipoestrogênicos
(menopausa e criança).
- A relação N/C é menor que na Camada Basal.
Células Parabasais

Observadas principalmente:

• No pós-parto
• Na pós-menopausa
• Na infância
CAMADA BASAL OU GER
MINATIVA
- Células pequenas arredondadas.
- Pouco citoplasma;
- Abundantes mitoses;
- Nucléolo presente;
- Presentes nos esfregaços hipoestrogênicos;
- Aderida à MB e ao Estroma subjacente e
dificilmente aparecem no esfregaço.
Células Basais

Parabasal
Lâmina Basal
Camada de colágeno e outras proteínas que separam o
epitélio da camada do conjuntivo, eventuais rupturas na
membrana basal são importantes na definição do caráter
invasivo das alterações epiteliais malignas.

MEMBRANA
BASAL
Útero ANATOMIA
Órgão muscular, côncavo e de paredes espessas

A porção mais larga (corpo) encontra-se


localizada na cavidade abdominal, e sua parte
estreita (cérvice) está no interior da vagina
ÚTERO - ANATOMIA

Sua parede é composta por camadas:

Miométrio
(músculo)
Paramétrio
Endométrio
ÚTERO

Localização: pelve útero

póstero-superior à
bexiga urinária e bexiga

anterior ao reto reto

Posição: Antevertido e
anteflexionado
ÚTERO
Função: Aloja o embrião até
que este complete seu
desenvolvimento pré-natal fundo

Forma: pêra invertida


corpo
Tamanho: 7cm compr., 5cm
larg., 2,5cm esp.
istmo

colo
Partes: fundo
corpo
istmo
colo (cérvix)
ÚTERO

Comunicações:

• Aberturas (*): * *
- óstios das tubas
uterinas
- óstio do útero

*
ÚTERO - HISTOLOGIA
Três camadas
Endométrio (mucosa)
Miométrio (muscular) -
Perimétrio (serosa ou adventícia)
ENDOMÉTRIO
Parte mais interna do útero --> responsável pelo
suprimento vascular e nutritivo do feto

Recoberta por mucosa vascularizada, com espessura


normal de 1 a 8mm

Responde as variações de estrogênio e progesterona


CÉLULS ENDOMETRIAIS
• São pequenas
• Núcleo é arredondado ou oval e pequeno
• Descamam em agrupados celulares densos podendo
também ser vistas isoladas
• São menores do que as céls endocervicais
Glândulas
Estroma
ENDOMÉTRIO
Epitélio cilindrico símples com glândulas
tubulares
camada basal - reposição e proliferação
camada funcional – renovação e maturação

Mucosa hormônio dependente


Ciclo endometrial (menstrual)
Fase proliferativa / folicular / estrogênica
Fase secretória / luteal / progestagênica
Fase menstrual
Ciclo endometrial

Estrogênica Progesterogênica Menstrual


COLO DO ÚTERO
Constituído por duas mucosas e por um tecido conjuntivo
fibromuscular
Um mucosa reveste o colo pelo lado de fora e a outra
reveste o canal cervical internamente
 Porção inferior do útero que
Colo uterino conecta o útero à vagina.
Epitélio Genital Feminino

Epitélio vaginal e do colo do útero


(Ectocérvices)
Epitélio malpighiano pavimentoso
estratificado não queratinizado.

• Endocérvices
Epitélio colunar simples
mucinoso.
Epitélio da Endocervis

O epitélio endocervical é de característica colunar


simples.
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL

A endocervice é revestida por epitélio cilíndrico simples

• Secretoras (95%)

• Ciliadas (5%)
Também denominadas céls glandulares, são céls altas,
possuem núcleo redondo ou oval e volumoso
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL

Secretoras: produzem o muco cervical

Ciliadas: criam uma corrente de líquido (uma corrente

mucociliar) que carrega céls e partículas do útero em

direção a vagina,

Normalmente descamam agrupadas,


Células da Endocervices

Imagem observada na lâmina do Papanicolau


EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL

Células Endocervicais
A presença dessas céls no esfregaço cérvico-vaginal é um
importante indicativo de qualidade do mesmo (coleta foi
realizada na JEC)
ENDOCERVICES

ECTOCERVICES
Junção Escamo Colunar (JEC)
Camada Ectocervical – mucosa malpighiana ou
vaginal

Camada Endocervical – epitélio endocervical,


epitélio simples glandular de células cilíndricas
que compõem o canal interno do colo do útero até
abertura uterína.
JUNÇÃO METAPLÁSICA

(JEC) A união dos dois epitélios temos uma área


metaplásica com tendência a sofrer mutações com
facilidade (Zona de Transição – ZT).
Junção Escamo Colunar (JEC)

Bacilo Dödrelein produz ácido láctico e


pH baixo

JUNÇÃO METAPLÁSICA

O pH alterado lesa o epitélio da


endocervice produzindo uma metaplasia
benigna.
JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR

JEC

Deve estar localizada no orifício externo da cérvice, no entanto


sua posição varia de acordo com a idade da mulher

Por volta dos 30 anos de idade a JEC passa a assumir posição


mais cranial

Na menopausa ela geralmente se encontra no interior do canal


endocervical
JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR

Desenho esquemático da JEC

A) Na ectocérvice durante a puberdade


B) No orifício externo durante a menarca
C) No canal endocervical, após a menopausa
JEC
JEC
EPITÉLIO GLANDULAR ENDOCERVICAL
Células Metaplásicas da
JEC
OUTRAS ESTRUTURAS
Presença de leucócitos, principalmente neutrófilos constitui
um achado frequente em esfregaços cérvico-vaginais.

Hemácias aparecem de forma predominante nos esfregaços


durante o período menstrual, por essa razão não é
recomendada coleta de material nesse período

Os histiócitos são comuns em esfregaços.

A presença de muco secretado pelas céls endocervicais não


apresenta significado clínico no exame de Papanicolaou

Os espermatozóides muitas vezes não apresentam cauda,


podendo ser confundido com leveduras Candida spp.
TUBA UTERINA- ANATOMIA
TUBA UTERINA

São dois ductos que se estendem bilateralmente a partir do


útero e são compostas por quatro camadas:

 camada externa
 camada de tecido conjuntivo
 camada de tecido muscular
 camada de tecido epitelial
TUBA UTERINA

Ligamento Mesovário
suspensor do
ovário

Ligamento Ligamento
largo útero-ovárico
TUBA UTERINA- HISTOLOGIA
Três camadas
Mucosa
Muscular
Serosa (lâmina visceral do peritônio)

Epitélio colunar
Tecido conjuntivo frouxo Circular
(espiral) interna
Longitudinal externa
Franja da Mucosa

Feixe
Muscular
Células
secretoras
OVÁRIO - ANATOMIA
Ovários

A superfície dos ovários é lisa até a puberdade tornando-se

irregulares devido a cicatrizes (ruptura dos folículos ovarianos)

Contém céls especializadas capazes de produzir vários

hormônios
OVÁRIO
-Produzem gametas femininos
e hormônios (ovócitos)
- Localizam-se na pelve (fossa
ovárica)
-Forma: estruturas pares
sólidas e ovóides

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