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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


FACULDADE INTEGRADA AVM

AUDITORIA EM RISCOS TRABALHISTAS

Por: Alexandra Skamvetsakis

Orientador
Profª. Luciana Madeira

Rio de Janeiro 2011


1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES


PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM

AUDITORIA EM RISCOS TRABALHISTAS

Apresentação de monografia à Universidade


Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Auditoria
e Controladoria.

Por: Alexandra Skamvetsakis

Rio de Janeiro 2011


2

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que contribuíram


para meu desempenho acadêmico e pessoal
durante a realização deste projeto profissional.
3

DEDICATÓRIA

Dedico a minha família e amigos que muito


torceram para meu sucesso profissional.
4

RESUMO

Este trabalho pretende enfocar a importância da Auditoria


Trabalhista em qualquer empresa, levando em consideração que à medida que
uma organização se expande, as possibilidades de perda de valores ou de
baixa produtividade aumentam, não havendo mais possibilidades de um
homem só ou, até mesmo, um pequeno grupo de pessoas deter o controle de
um complexo organizacional garantindo total proteção contra os desvios das
diretrizes e de perdas patrimoniais. Procurou-se estabelecer evidências quanto
à devida aplicação de todas as exigências que constam na legislação
trabalhista em vigor e analisar o risco que pode comprometer os recursos
financeiros da instituição. Um planejamento trabalhista bem implementado,
resulta em benefícios diretos e indiretos, sem, contudo, constituir em aumento
de custos. Da mesma forma, a correta aplicação das normas trabalhistas evita
passivos ocultos em uma organização, evitando surpresas indesejáveis. Neste
contexto, a auditoria trabalhista desempenha um papel de fundamental
importância, identificando ainda, fraudes, procedimentos irregulares ou
desaconselháveis, direcionando a sociedade à adoção de métodos seguros e
de retorno financeiro, corrigindo e prevenindo eventuais dissabores.

Palavras-chave: Auditoria. Riscos. Trabalhista.


5

METODOLOGIA

Esta pesquisa foi realizada através de um pesquisa bibliográfica


como procedimento de investigação, buscando em materiais impressos e
virtuais fundamentações teóricas que concretizassem o tema escolhido para o
trabalho.
Segundo Marconi e Lakatos (2001) a pesquisa bibliográfica envolve
levantamento de dados com diversidade de fontes. Essa pesquisa implica em
uma busca em fontes secundárias, que podem ser em forma de livros, revistas,
publicações avulsas em imprensa escrita ou documentos eletrônicos. Sua
finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo aquilo que foi
escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o
reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas
informações.
6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 07
CAPÍTULO I – Auditoria ................................................................................... 11
CAPÍTULO II – A Profissão de Auditor ............................................................. 22
CAPÍTULO III – Auditoria Trabalhista .............................................................. 26
CONCLUSÃO .................................................................................................. 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 37
ANEXOS .......................................................................................................... 39
ÍNDICE ............................................................................................................ 79
7

INTRODUÇÃO

Não é novidade a ninguém que uma boa ferramenta de


competitividade de uma empresa é o planejamento tributário, o qual visa
diminuir o pagamento de tributos e, consequentemente, aumentar o resultado
líquido da empresa, fazendo com que esta cresça de forma sustentável, sem
expor seus administradores ao risco da “quebra”.
Mas, além disso, deve também o empresário se precaver de outro
grande fantasma que assombra as empresas na atualidade: a reclamatória
trabalhista. Em virtude disso, é cada vez mais latente a necessidade das
empresas se organizarem e terem um bom planejamento trabalhista.
Ao contrário do que alguns pensam, as reclamatórias trabalhistas
são os principais fatores que levam as empresas ao fracasso, não só pela falta
de organização e dos deveres do empregador, mas também pela rigidez da
Justiça do Trabalho, que comumente é favorável a desconsideração da
personalidade jurídica e, por consequência, com autorização de penhora sobre
os bens particulares dos sócios da empresa.
Um pouco esquecida pelo ramo de auditoria, a área trabalhista e
previdenciária carecem muito de auditagem. Esquecidas porque seus
resultados não constam em relatórios contábeis obrigatórios e nem demanda a
publicação de pareceres de auditores independentes.
Os números e os dados são gerados diretamente da relação patrão
x empregado e aí vemos que há sentimentos envolvidos. A área trabalhista lida
diretamente com pessoas.
Conforme refere Igor de Oliveira Zibetti1, na atualidade, o
empregado está cada vez mais informado e ciente sobre os seus direitos
trabalhistas, uma pequena falha da empresa pode se transformar num grande
problema monetário, já que é notório, na medida em que um empregado tenha
sucesso em sua ação trabalhista, os outros colegas terão o incentivo de

1
Advogado (OAB/RS nº 69.123). Fonte: http://www.espacovital.com.br/noticia_ler acessado em
01/07/2011
8

ingressar com a mesma demanda judicial, pleiteando os mesmos ou até mais


supostos direitos.
Desta forma, o reflexo é imediato na conta das empresas. Uma
fiscalização sobre a contabilidade geralmente leva mais tempo que uma
fiscalização sobre a área trabalhista. Se chegar agora um auditor fiscal do
Ministério do Trabalho na empresa e constatar que há um colaborador sem
registro ou trabalhando, com certeza haverá uma autuação.
Os números de autuações trabalhistas nas empresas são
alarmantes. Dados de 2008 sobre as empresas autuadas em Santa Catarina
demonstram mais de 5 mil autos de infração lavrados, com mais de 11 mil
empresas fiscalizadas. As multas ultrapassam a R$ 40 mil. A área trabalhista e
a previdenciária sofrem fiscalização do Ministério do Trabalho, da Receita
Previdenciária, da Vigilância Sanitária e de diversos outros órgãos.
Diferentemente de uma execução fiscal, a reclamatória trabalhista
surge, em muitos casos, de pequenos lapsos de descuido com documentos,
registros, rotinas trabalhistas ou segurança no ambiente de trabalho.
Assim, com vista a essas situações referidas a auditoria trabalhista
busca o estabelecimento de determinadas ações que visam solucionar
problemas ou preveni-los, a fim de evitar desde demandas judiciais e infrações,
até divergências comportamentais dentro da organização.
O planejamento na seara trabalhista, feito por profissionais da área
jurídica, auxilia o gestor a decidir sobre qual é o melhor momento para se fazer
um acordo judicial ou não, alertando-o sobre qual a melhor postura a tomar em
tais situações, ou, ainda, perceber os eventuais riscos que está assumindo.
Nesta senda, cabe ao gestor, com a ajuda de um auditor dedicado a
área jurídica, levantar todos os equívocos e irregularidades praticadas na
empresa, elaborando um projeto ou plano organizado para minimizar os riscos
de uma reclamatória trabalhista, criando-se, para tanto, rotinas de trabalho e de
documentos que poderão auxiliar o empregador a evitar futuras demandas
laborais.
Assim, o objetivo deste trabalho é demonstrar quais são os tipos de
ferramentas que a auditoria, especialmente a interna, possui para ajudar os
gestores para tomada de decisão. A problemática é que conforme as
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organizações estão se expandindo economicamente, seus administradores


necessitam do auxílio da auditoria interna para captação de informações
confiáveis de sua situação patrimonial e financeira agregada aos riscos
atinentes do ramo de atividade e do mercado.
Nas organizações a auditoria interna deve ser de um "agente
visionário", com atitudes e ideias voltadas para alavancar resultados, e não
somente exercer atividades de controles internos. O profissional desta área
deve estar permanentemente atualizado, através de estudos contínuos,
adequando-se e adaptando-se às novas exigências do mercado.
Através da pesquisa realizada neste trabalho, se busca demonstrar
que a auditoria interna é uma ferramenta que auxilia a administração da
empresa, assegurando que os controles internos e rotinas de trabalho estejam
sendo habilmente executadas e que os dados contábeis merecem confiança.
Como se isso já não justificasse um controle rigoroso do
cumprimento das obrigações trabalhistas, de acordo com o que bem refere
Cognoscere Consultoria Organizacional 2, com o fenômeno da globalização, foi
editada no ano de 2.004, a Emenda Constitucional 45 3, que deu maior
amplitude a competência da Justiça do Trabalho, que passou a ser responsável
não somente por relações de emprego, mas também por relações de trabalho,
o que envolve a contratação de autônomos, prestadores de serviços e
empresas terceirizadas.
E não é só. Nos últimos dez anos, visando à humanização das
relações trabalhistas, houve um crescimento vertiginoso, envolvendo questões
de relacionamento entre empregador e empregado, sendo cada vez mais
comuns ações que envolvem dano moral, através de assédio sexual e assédio
moral.
Por tudo isso, as empresas têm cada vez mais a necessidade de
exercer absoluto controle sob o cumprimento de todas as suas obrigações
trabalhistas e previdenciárias, tomar cautela excessiva na contratação de
prestadores de serviços e empresas terceirizadas, além de se certificar que

2
http://www.cognoscere.com.br
3
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004) [...] VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004).
10

estão sendo adotadas políticas que evitem a ocorrência interna de qualquer


possibilidade de dano moral.
Auditoria tem por princípio manter as organizações preparadas para
situações adversas, sejam na prevenção de fraudes, desvios, falhas e/ou erros
internos, litígios trabalhistas; apuração de contencioso tributário, a fim de se
evitar multas elevadas por inconsistências nos procedimentos fiscais até
mesmo para o caso de levantamento de pontos vulneráveis quanto a
procedimentos de controle financeiro, estoque, materiais de consumo e custos.
É uma ferramenta que, se bem utilizada, possibilita às empresas
condições para a tomada de decisões estratégicas relevantes, gerando
métodos que possibilitem o fortalecimento de seus controles internos trazendo
vantagens competitivas em relação ao mercado.
Como a legislação trabalhista no Brasil é paternalista, cabendo
sempre às empresas o ônus da prova, faz-se necessário que haja uma
avaliação dos procedimentos utilizados pelo Departamento Pessoal.
Neste contexto, o presente estudo visa evidenciar que a auditoria
trabalhista representa uma importante ferramenta para a prevenção do passivo
trabalhista oculto e também para manter a empresa preparada para possíveis
questionamentos que ela possa sofrer na justiça. Em síntese, a pesquisa
objetivou responder a seguinte questão: Como a auditoria nos cálculos e
rotinas do Departamento Pessoal previne a formação do passivo
trabalhista oculto?
11

CAPÍTULO I
AUDITORIA

1.1 Conceitos e Definições

No princípio a auditoria limitou-se somente as verificações dos


registros e informações contábeis, visando observar se eles eram exatos.
Segundo Sá (2002), "A forma primária, portanto, confrontava a escrita com as
provas do fato e as correspondentes relações de registro".
A auditoria procede-se de uma critica e sistemática observação do
controle interno da Contadoria e dos documentos em geral que circulam em
uma empresa, isto porque existem, mesmo, até fatos de natureza
extrapatrimonial que são objetos de observação do auditor para que possa
fundamentar as suas conclusões. Sá (2002) expressa que "a conceituação da
Auditoria é o exame de livros contábeis, comprovantes e demais registros de
um organismo público, instituição, corporação, firma ou pessoa ou de alguma
ou algumas pessoas de confiança, com o objetivo de averiguar a correção ou
incorreção dos registros e expressar opinião sobre os documentos revisados,
comumente em forma de certificado".
Sá (2002) afirma que "Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada
ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes
ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões,
conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais
da riqueza aziendal4, pública ou privada, quer ocorrido, quer por ocorrer ou
prospectados e diagnosticados" 5.
Quanto a um conceito mais preciso sobre Auditoria, comenta Franco
(1995, p. 20):

Auditoria consiste no exame de documentos, livros e registros,


inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e
externas, obedecendo a normas apropriadas de procedimento,
objetivando verificar se as demonstrações contábeis representam

4
Azienda, em contabilidade, é o patrimônio sofrendo constantes ações, de natureza
econômica, do elemento humano.
5
SÁ, Antonio Lopes de. Curso de Auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
12

adequadamente situação nelas demonstrada, de acordo com


princípios fundamentais e normas de contabilidade, aplicados de
maneira uniforme.

1.2 Origem da Auditoria

Desde os tempos mais remotos é reconhecida a importância da


auditoria. Há indícios de sua utilização na longínqua civilização suméria.
Porém, só se tem notícias da utilização do termo auditor nos fins do século XIII,
na Inglaterra, durante o reinado de Eduardo I. De acordo com Sá (1986, p. 15),
na Idade Média, muitas foram, nos diversos países da Europa, as associações
profissionais que se incumbiam de executar as funções de auditoria,
destacando-se, entre elas, os conselhos londrinos, em 1310; o Tribunal de
Contas, em 1640, em Paris (ao tempo de Colbert, notabilizado por Bertrand
François Barêne), o Collegio dei Raxonati, em 1581, na cidade de Veneza; e a
Academia dei Ragionieri, em 1658, nas cidades de Milão e Bolonha.
Para Santi (1988, p.17), o primeiro auditor provavelmente foi um
proficiente guarda-livros, a serviço de algum mercador italiano do século XV ou
XVI que, pela reputação de sua sabedoria técnica, passou a ser consultado por
outros sobre a escrituração de suas transações. Supõe-se que a auditoria se
estabeleceu como profissão distinta da atividade contábil para um único
usuário no momento em que o especialista em escrituração deixou de praticá-
la para assessorar os demais especialistas e mercadores, transformando-se
em consultor público liberal.
Sabe-se que os italianos foram os criadores da contabilidade
moderna. O frade franciscano e matemático, Luca Paccioli, natural de Borgo-
San-Sepolcro (Toscana), publicou em 1494 sua teoria das partidas dobradas,
construindo assim o alicerce da contabilidade. O reconhecimento da
escrituração mercantil como forma de ocupação especializada também
aconteceu na Itália (Veneza), onde em 1581 foi constituído o primeiro Colégio
de Contadores, para cuja admissão o candidato tinha de completar
aprendizado de seis anos com contador praticante e submeter-se a exame
(SANTI, 1988, p.17-18).
13

Segundo Sá (1986 p. 15), a Revolução Industrial, operada na


Segunda metade do Século XVIII, imprimiu novas diretrizes às técnicas
contábeis e especialmente às de auditoria, visando atender às necessidades
criadas com o aparecimento de grandes empresas (em que tal natureza de
serviço é praticamente obrigatória). Por isso, em 1845, ou seja, pouco depois
de a Contabilidade penetrar nos domínios científicos (pela obra de Francesco
VilIa), o “Railway Companies Consolidation Act”, obrigou a verificação anual
dos balanços, que deveria ser feita por auditores.
Para Santi (1988, p. 18), a Revolução Industrial, na Inglaterra,
quando a demanda de capital e a expansão das atividades naturalmente
criaram problemas contábeis mais complexos, mudou o eixo do
desenvolvimento prático dessa disciplina para aquele país. Mas a real
necessidade da contabilidade pública (auditoria) somente se manifestou a partir
da institucionalização do investidor capitalista (não participante da
administração), agora uma classe importante e em crescimento, que passou a
exigir relatórios imparciais sobre a integridade de seu investimento e dos
resultados econômicos do empreendimento.
Portanto, o berço da moderna auditoria foi a Inglaterra, que a
exportou para outros países, inclusive para o Brasil, juntamente com seus
investimentos, principalmente para a construção e administração de estradas-
de-ferro e outros serviços de utilidade pública (SANTI, 1988, p.18).
O pioneirismo da Inglaterra na área de auditoria também favoreceu o
surgimento de associações profissionais, contando atualmente com o “Institute
of Chartered Accountants in England and Wales”. Mas outros países também
possuem associações que cuidam das normas de auditoria, como é o caso do
“American Institute of Accountants”, nos Estados Unidos da América do Norte,
que publicou diversos regulamentos, sendo que o primeiro de que se tem
notícia é de outubro de 1939, além de outros que consolidaram as normas em
dezembro de 1939, março de 1941, junho de 1942 e dezembro de 1943. No
entanto, a mais antiga organização profissional de auditores, na América, é a
“American Association of Public Accountants”, fundada em 1887.
Da mesma forma, devido ao elevado grau de evolução no assunto,
destacam-se a Alemanha com o “Institut von Wirtschaftspruefer”; a Holanda
14

com seu Instituto de Auditores, o “Nederlandsch Institut van Accountants”,


criado em 1894; a França com a sua “Compagnie de Experts Comptables de
Paris”; entre outros.
Segundo Cook e Winkle (1983, p. 13), o controle e a posse das
empresas se diluíram com o aumento do mercado de compradores de ações e
isto estimulou o desenvolvimento da moderna auditoria. As bolsas de valores,
no início deste século, estabeleceram padrões mínimos a serem atendidos
pelas empresas com ações cotadas em bolsa, na elaboração de seus
relatórios.

1.3 Evolução histórica no Brasil

De acordo com Santi (1988, p. 18), não existem divulgações de


pesquisas sobre os primórdios da auditoria no Brasil, sendo certo, porém, que
teve origem inglesa, e o que o primeiro parecer de auditoria brasileira foi
publicado em 1903. Ele, no entanto, se refere a um parecer emitido pela
Clarkson & Cross, em 9 de abril de 1903, relativamente ao exame dos livros da
São Paulo Tramway, Light and Power Company, na sua matriz em Toronto,
Canadá; a menção nele contida de que examinamos também os recebimentos
da filial de São Paulo...” não permite determinar se eles mantinham escritório
no Brasil ou se enviaram auditores de Toronto para aquela expressa finalidade.
Sabe-se, porém, que, pela alteração contratual assinada em
Londres, em 1911, por Sir Henry Thomas McAuliffe, Alfred Edward Maidlow e
David Bell, a firma de auditoria McAuliffe Davis Bell & Co., atualmente Arthur
Andersen S/C, já mantinha estabelecimento no Rio de Janeiro desde 21 de
outubro de 1909, do qual David Bell era o sócio-presidente.
Está documentado que em 1915, a PriceWaterhouse incorporou-se
com a W. B. Peat & Co. e Touche, Faller & Co., na América do Sul, abrindo um
escritório no Rio de Janeiro e transferindo Richard Wilson, que era gerente em
New York, para dirigi-lo (SANTI, 1988, p.19).
Segundo Sá (1986, p. 16), em fins de 1971 algumas associações se
uniram e formaram o atual Instituto de Auditores Independentes do Brasil,
entidade que foi reconhecida pela Resolução 317 do Conselho Federal de
15

Contabilidade, em 1972, e pela Resolução 220, do Banco Central do Brasil, no


mesmo ano.
Desta forma, no Brasil, o surgimento do mercado de auditoria está
relacionada a influências específicas, entre as quais:
 a instalação de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
 necessidades de financiamentos de empresas brasileiras através
de entidades internacionais;
 crescimento dos negócios (necessidade de capital de giro e
investimentos fixos), descentralização e diversificação de
atividades econômicas;
 evolução do mercado de capitais;
 criação das normas de auditoria para instituições financeiras,
determinadas pelo Banco Central do Brasil;
 criação da CVM – Comissão de Valores Mobiliários;
 promulgação da Lei das Sociedades Anônimas (Lei n° 6.404) em
1976.

1.4 Achados de Auditoria

Achados de auditoria são “toda prova obtida pelo auditor, obtidos


com a aplicação dos procedimentos de auditoria, para avaliar se os critérios
estabelecidos estão sendo ou não atendidos. Ou seja, são fatos resultantes
dos programas de auditoria que remetem a deficiências encontradas na
entidade auditada” (<www.wikipedia.com.br>)
Seus requisitos básicos são:
• mostrar a relevância do fato;
• ser respaldado nos papéis de trabalho;
• ser objetivo;
• amparar as conclusões e recomendações;
• ser convincente a uma pessoa estranha ao processo.
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1.4.1 Evidência de Auditoria

Evidência de auditoria é o conjunto de fatos comprovados,


suficientes, competentes e pertinentes, e por definição, mais consistentes que
os achados, em função de determinadas características:
 suficiência – a evidência deve ser convincente a pessoas leigas,
permitindo-as chegar às mesmas conclusões do auditor;
 validade – deve dar credibilidade e suporte à conclusão do
auditor.
 relevância – deve ter relação com os objetivos da auditoria;
 objetividade – deve ser objetiva e respaldar as conclusões do
auditor de forma mais profunda do que a simples aparência.

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos


que a originaram. Assim, temos:
 evidência física: Obtida em decorrência de uma inspeção física ou
observação direta de pessoas, bens ou transações. Normalmente
é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos, memorandos
descritivos, mapas, amostras físicas etc.
 evidência documental: É aquela obtida dos exames de ofícios,
contratos, documentos comprobatórios (notas fiscais, recibos,
duplicatas quitadas, etc.) e informações prestadas por pessoas de
dentro e de fora da entidade auditada, sendo que a evidência
obtida de fontes externas adequadas é mais fidedigna que a
obtida na própria organização sob auditoria.
 evidência testemunhal: É aquela decorrente da aplicação de
entrevistas e questionários.
 evidência analítica: Decorre da conferência de cálculos,
comparações, correlações e análises feitas pelo auditor, dentre
outras.
17

1.5 Tipos de Auditoria

De acordo com Jorge Luiz Rosa da Silva, podemos explicitar os


tipos de auditoria:
Quanto aos objetivos do exame:
 trabalhista: é uma atividade especializada independente e de
assessoramento da administração, voltada para o exame e
avaliação da integridade, confiabilidade dos sistemas
estabelecidos, visando assegurar a observância das políticas,
metas, planos, procedimentos, leis, normas e regulamentos;
 operacional: o objetivo maior da Auditoria Operacional é
assessorar a administração no desempenho efetivo de suas
funções e responsabilidades, avaliando se a organização,
departamento, sistemas, funções, operações e programas
auditados estão atingindo os objetivos propostos com
identificação de falhas e irregularidades no sistema operacional;
 de sistemas: os sistemas informatizados tiveram sua aplicação
tão ampliada com o passar dos anos, que hoje é quase
impossível, imaginarmos uma entidade sem eles. Instituições
financeiras, indústrias, comércio, serviços, tudo está estruturado
em nível de controles sobre os sistemas informatizados.

Desta forma, a auditoria de sistemas abrange o exame e avaliação


dos processos de desenvolvimento, teste aplicativo e operação dos Sistemas,
cabendo informar à administração sobre a adequação, eficiência, segurança,
custos, documentação, etc. É uma área de atuação muito importante da
auditoria, seja na extração de informações dos sistemas, seja na implantação
de trilhas de auditoria e, também, no próprio processo de automação interna do
órgão de auditoria.
A auditoria contábil é realizada junto à área contábil tem por objetivo
identificar a adequação dos registros e procedimentos levados a efeito na
empresa, a qualidade dos controles internos existentes, a observação das
normas e regulamentos traçados pela administração, bem como a avaliação da
18

correta aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas


Brasileiras de Contabilidade.
Quando a auditoria financeira é exercida, essa atua onde existe o
interesse na avaliação das demonstrações financeiras da entidade como um
todo. O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer
com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações
financeiras estão razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de
contabilidade geralmente aceitos.
Ao falarmos em auditoria de, abordamos as atividades em que o
auditor estará participando de reuniões de diretoria, comitês operacional-
financeiros, grupos envolvidos com projetos de qualidade total, etc. Trabalha
em nível de planejamento estratégico, tático e no processo decisório
decorrente da aplicação de sistemas, políticas, critérios e procedimentos.
O campo de autuação da auditoria é muito amplo e pode ser de
natureza Governamental que se constitui num importante instrumento de
controle, à medida que possibilita uma melhor alocação de recursos públicos,
contribuindo para detectar e propor correção dos desperdícios de recursos, da
improbidade administrativa, a negligência e a omissão e, principalmente
antecipando-se a essas ocorrências, procurando garantir a observância de
normas que regulamentam a aplicação destes recursos, bem como na busca
de garantir os resultados pretendidos, em consonância com as boas práticas
de transparência da administração pública.
Quando a auditoria é de natureza Privada, está voltada para a
atividade privada, num contexto de mercado ou de foco na lucratividade.
Quanto ao vínculo com a empresa a auditoria pode ser Interna ou externa.
Segundo Almeida (1996a, p. 24) a auditoria externa tem como
objetivo o exame normal das demonstrações financeiras pelo auditor
independente para a emissão de um parecer sobre a adequação com os
princípios fundamentais da contabilidade, enquanto que a auditoria interna é
uma atividade de avaliação independente e de assessoramento da
administração, voltada para exames e avaliação da adequação, eficiência, e
eficácia dos sistemas de controles, bem como a qualidade do desempenho das
19

áreas em relação às atribuições e aos planos, metas e objetivos e política


definida.
Podemos conceituar auditoria interna como um controle gerencial
que funciona por meio de medição e avaliação da eficiência e eficácia de
outros controles. Deve ser entendida como uma atividade de assessoramento à
administração quanto ao desempenho das atribuições definidas para cada área
da empresa, mediante as diretrizes políticas e objetivos por aquela
determinada.
O papel fundamental da auditoria interna na empresa é o de
subsidiar o administrador com dados e informações tecnicamente elaborados,
relativos às atividades para cujo acompanhamento e supervisão este não tem
condições de realizar; e ela o faz mediante o exame da adequação e eficácia
dos controles; integridade e confiabilidade das informações e registros;
integridade e confiabilidade dos sistemas estabelecidos para assegurar a
observância das políticas, metas, planos, procedimentos, leis, normas e
regulamentos, e da sua efetiva aplicação pela empresa; eficiência, eficácia
e economicidade do desempenho e da utilização dos recursos; dos
procedimentos e métodos para salvaguarda dos ativos e a comprovação de
sua existência, assim como a exatidão dos ativos e passivos; e compatibilidade
das operações e programas com os objetivos, planos e meios de execução
estabelecidos.
Segundo Attie (1992), a função da auditoria interna repousa em
atividades detalhadas da empresa, relacionadas, de maneira intensa, com o
andamento de cada função, área, departamento, setor e operação. A auditoria
interna, por orientação gerencial da alta administração da empresa, tem de
examinar cada ramificação e os segmentos, em períodos regulares de tempo,
para observar a aderência às políticas, à legislação, à eficiência operacional e
aos aspectos tradicionais de controle e salvaguarda da empresa.
As atividades da auditoria interna são regulamentadas pelas
Resoluções 780/95 e 781/95, do Conselho Federal de Contabilidade (1998,
através das normas emitidas pelos órgãos de relacionamento do auditor: a
CVM – Comissão de Valores Mobiliários, CRC – Conselho Regional de
Contabilidade, e o IBRACON – Instituto Brasileiro de Contabilidade).
20

Podemos apontar algumas diferenças entre a auditoria interna e


externa que de uma forma global, o trabalho executado pela Auditoria Interna é
idêntico aquele executado pela Auditoria externa. Ambas realizam seus
trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria; ambas têm sua
atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e
formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas, ambas
modificam a extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a
eficiência dos sistemas contábeis e de controles internos existentes.
Entretanto, os trabalhos executados pelos Auditores Internos e
Externos têm suas diferenças básicas caracterizadas por:

Auditoria Interna Auditoria Externa


A auditoria é realizada por um A auditoria é realizada através de
funcionário da empresa contratação de um profissional independente

O objetivo principal é atender as O objetivo principal é atender as


necessidades da administração necessidades de terceiros no que diz respeito
à fidedignidade das informações financeiras

A revisão das operações e do A revisão das operações e do controle


controle interno é principalmente interno é principalmente realizado para
realizado para desenvolver determinar a extensão do exame e a
aperfeiçoamento e para induzir ao fidedignidade das demonstrações financeiras
cumprimento de políticas e normas,
sem estar restrito aos assuntos
financeiros
O trabalho é subdividido em relação O trabalho é subdividido em relação às
às áreas operacionais e às linhas de contas do balanço patrimonial e da
responsabilidade administrativa demonstração do resultado

O auditor diretamente se preocupa O auditor incidentalmente se preocupa com a


com a detecção e prevenção de detecção e prevenção fraudes, a não ser que
fraude haja possibilidade de substancialmente afetar
as demonstrações financeiras
O auditor deve ser independente em O auditor deve ser independente em relação
relação às pessoas cujo trabalho ele à administração, de fato e de atitude mental
examina, porém subordinado às
necessidades e desejos da alta
administração
A revisão das atividades da empresa O exame das informações comprobatórias
é contínua das demonstrações financeiras é periódica,
geralmente semestral ou anual.
21

A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna,


porque a auditoria interna da organização auditada possibilita maior segurança
ao auditor independente, evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os
custos de ambas as partes, uma vez que a qualidade dos trabalhos praticados
assim indique, e permite a identificação e resolução antecipada de problemas
que só são solucionados no último instante.
Apesar de ambas as funções de auditoria cobrir algumas atividades
similares, a ênfase e a forma de abordá-las variam, a auditoria externa tem
como objetivo a revisão global das atividades, de maneira menos detalhada.
22

CAPÍTULO II
A PROFISSÃO DE AUDITOR

A auditoria não é uma profissão tão moderna quanto se possa


imaginar. Os primeiros auditores eram representantes do governo que ouviam
as informações prestadas pelos coletores de impostos, e davam seu parecer.
Daí o título auditor ser derivado da palavra "audire" que significa ouvir.
Paulatinamente, os auditores iniciaram exames nos registros que serviam
como base às informações até então prestadas apenas verbalmente.
Com o passar do tempo, o surgimento das grandes empresas e a
crescente necessidade de acompanhar todas as transações e produtos
auferidos, os auditores passaram a ser os "olhos e ouvidos" da administração.
Isto significa que a auditoria verificava se todos os atos administrativos
passados estavam de acordo com as normas internas e davam seu parecer.
Hoje em dia, a pessoa do auditor não deve mais estar presa
somente a fatos passados. Isto não significa dizer que estes devem ser
desprezados, mas sim que os fatos futuros são de relevante importância. O
auditor atual, não deve mais ser aquela pessoa desagradável que vinha
somente "policiar" todos os trabalhos realizados e, ao encontrar uma pequena
falha, crucificava o auditado. Esta postura causava temores, repúdio, retração e
até atitudes agressivas por parte do auditado. Por esse motivo até os dias de
hoje os auditores escutam aquelas expressões por parte do auditado, as quais
sabemos que é só "da boca para fora" tais como: "que bom que você veio" e
"pena que já vai embora, volte sempre". Essa atitude demonstra um
comportamento defensivo por parte do auditado, devido às características do
trabalho policialesco da auditoria realizado em um passado não muito distante
e muitas vezes presente nos dias de hoje.
Atualmente, principalmente para a auditoria interna, é de grande
importância, um trabalho preventivo, visando à correção de possíveis falhas e
distorções nos controles internos da entidade, evitando-se problemas futuros.
Para tornar essa atitude possível por parte do auditor, é necessário que ele
23

possua uma perfeita visão sistêmica da organização, além de nunca esquecer


o objetivo da empresa e sem perder a visão dos concorrentes. Para que isto
seja possível, é necessária uma visão holística e proativa, onde o auditor se
antecipa aos fatos.
Pela sua própria definição Auditoria Interna é "a atividade de
avaliação independente, que, em parceria com os administradores e
especialistas, deverá avaliar a eficiência e eficácia dos sistemas de controle de
toda a entidade, agindo proativamente, zelando pela observância às políticas
traçadas e provocando melhorias com o fornecimento de subsídios aos
proprietários e administradores para a tomada de decisão, visando ao
cumprimento da missão da entidade". A partir daí podemos mostrar que o
trabalho do auditor interno é realizado em parceria com a administração, isto
significa que ambos têm um objetivo comum que é a melhoria nos controles
internos, nunca esquecendo o objetivo da entidade.
O trabalho do auditor tem dois objetivos que são relatar à
administração superior todos os seus achados e deixar o lugar auditado,
melhor do que encontrou.
Para o auditor conquistar respeito pelo seu trabalho, é necessário,
pelo menos, as seguintes atitudes: informar as pessoas envolvidas antes de
informar seus superiores; definir corretamente a responsabilidade das pessoas
diante uma constatação, não responsabilizando pessoas indevidamente;
sempre possui todos os fatos e dados que suportam suas afirmativas; não se
concentra em falhas irrelevantes; tem uma visão de todos os controles (visão
sistêmica) melhorando o desempenho da unidade e não somente corrige erros
individuais.
Outro fato importante é a postura do auditor, pois quando este se
mostra interessado, simpático e compreensivo, encontrará disposição dos
interlocutores para o diálogo. A postura de superioridade por parte do auditor,
somente prejudica o trabalho, por criar um clima de defesa por parte do
auditado. Além disso, o auditor não deve se sentir inferiorizado quando as
pessoas apresentam alternativas de solução diferentes das suas, afinal as
soluções devem ser obtidas em parceria.
24

Um fator bastante relevante para o bom desempenho do trabalho é


que o auditor se conscientize que não é infalível, reconhecendo seus erros e
ideias melhores que as suas. Diante dessa postura, é possível o trabalho em
parceria entre o auditor e o auditado.
Para o auditor atingir este perfil, não é muito fácil, principalmente,
levando-se em conta o lado do auditado. Este, ainda vê a auditoria como
alguns anos atrás, quando na realidade, deveria enxergá-los como parceiros
em busca de um objetivo comum.
Por mais que o auditor tente mostrar que está realizando um
trabalho para auxiliar a administração no desenvolvimento de suas atribuições,
sempre é visto com rejeição.
Parte de forma de percepção errônea do auditor é que durante os
trabalhos de auditoria, o auditor interno informa à administração superior as
falhas encontradas e ninguém gosta de ter seus erros revelados aos seus
superiores. Essa é outra causa para o comportamento defensivo do auditado.
Assim, para que o desenvolvimento do trabalho do auditor transcorra
de forma regular e positivamente deverá, necessariamente, conseguir a
cooperação dos auditados.
Um dos aspectos mais importantes para o auditor se relacionar bem
com o auditado é a empatia, ou seja, o auditor tentar colocar-se no lugar do
auditado. Esse comportamento permitirá o auditor avaliar se as
recomendações feitas são viáveis. Se o auditor não tiver esse posicionamento,
o auditado questionará o posicionamento do auditor já que este nunca
vivenciou o trabalho para compreender porque as pessoas erraram e o auditor
não conseguirá a correção dos erros detectados.
Existem alguns procedimentos, por parte do auditor, que minimizam
o efeito do medo do auditado durante seus trabalhos que são atitudes como
antes de chegar ao local a ser auditado, ligar para o responsável informando
sua chegada, assegurando que interferirá o mínimo possível nas suas rotinas
de trabalho; quando chegar ao local a ser auditado, procurar ser agradável
com todos, passando a mensagem que é "um convidado na casa do auditado";
ser amigável e respeitoso ao se dirigir às pessoas com perguntas e pedidos; ao
25

encontrar erros, conversar com as pessoas envolvidas, antes de levar ao


conhecimento do responsável pela área.
As informações produzidas pelo auditor devem ser um componente
ativo de todo o mecanismo da gestão da entidade. Para que isto seja possível,
exige-se do auditor um conhecimento que ultrapassa as barreiras da
contabilidade, sendo de extrema importância, conhecimentos em informática,
administração, economia, O&M, marketing, dentre outros.
Além disso, o auditor deve estar atento para as novas tendências do
mercado onde a empresa está inserida, procurando participar na elaboração de
estratégias de atuação para desenvolvimento crescente de sua empresa.
Considerando que o controle interno é "o conjunto de estratégias
adotadas pela administração para atingir um objetivo", a participação do auditor
na elaboração dessa estratégia é de fundamental importância para sua
eficiência e eficácia.
Conforme Cruz (2011), é fundamental que no momento da admissão
de um auditor se visualize o potencial do candidato, tendo em mente algumas
qualidades que são de fato importantes para o Auditor. Neste sentido ao se
avaliar o candidato é indispensável observar se estão presentes as qualidades
que serão particularmente exigidas do futuro Auditor.
Conforme o autor, para obter respeito e cooperação, o auditor deve
possuir algumas características como honestidade e integridade, dedicação
aos interesses da companhia, humildade razoável, porte profissional, empatia e
uma conduta consistente à imagem.
Após apresentarmos uma visão geral da auditoria, origem, atuação e
exigências para a função, abordaremos a partir do próximo capítulo a atuditoria
trabalhista, foco principal desta pesquisa.
26

CAPÍTULO III
AUDITORIA TRABALHISTA

Segundo ensinamento de Zípora do Nascimento Silva, a auditoria


trabalhista constitui importante ferramenta para a autofiscalização e tem como
objetivo evitar passivo oculto, reduzir custos e aumentar a produtividade.
A partir de um exame da real situação da relação Empresa x
Empregado, por meio de análise criteriosa na área de Recursos Humanos, a
fim de se verificar o cumprimento da legislação, as formas de vínculos
trabalhistas existentes e os procedimentos adotados, chega-se ao
autoconhecimento do complexo Trabalhista.
A auditoria examina as operações trabalhistas, os direitos e deveres
dos empregados e dos empregadores. Refere, ainda, Zipora Silva que a
auditoria trabalhista emite parecer com as possíveis irregularidades e identifica
caminhos para a melhoria da situação atual. É uma forma de prevenção e de
redução de Custos e Riscos na Área Trabalhista.
O trabalho é realizado nos procedimentos internos, face à legislação
trabalhista e previdenciária, desde a admissão do empregado até o seu
desligamento. Contempla, dentre outros, os cálculos da folha de folha de
pagamento, verificação de horário e jornada de trabalho, concessão de férias,
cálculos e recolhimentos do FGTS, INSS, do Seguro de Acidentes do Trabalho,
do IRRF e revisão das rescisões de contratos de trabalhos. Engloba ainda, a
identificação e a correção de procedimentos vulneráveis, com direcionamento a
métodos seguros e de bons resultados e minimiza o risco de eventuais
autuações por parte das autoridades fiscalizadoras do trabalho, da previdência
social e de reclamações trabalhistas.
De acordo com Augusto (2001), na área trabalhista, podemos
afirmar que a auditoria é uma investigação profunda do sistema que envolve a
área de RH. Trata-se de um trabalho de prevenção; uma autofiscalização que
deve ser realizada de forma periódica a fim de estabelecer medidas
trabalhistas para evitar demandas judiciais ou infrações administrativas.
27

As funções básicas de uma auditoria trabalhista são:


 detectar acertos ou erros e determinar as correções cabíveis;
 prevenir autuação por parte da fiscalização trabalhista e
previdenciária;
 constatar fraudes e/ou irregularidades;
 evitar reclamações trabalhistas;
 evitar o recolhimento de encargos sociais indevidos;
 aferir as causas que podem levar a empresa a ser penalizada e
as possibilidades de reparação de erros ou enganos, mostrando
formas acautelatórias à vulnerabilidade contratual;
 g) reduzir custos.

As normas que regulam as relações de trabalho são muitas. Dentre


outras, podemos citar a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do
Trabalho, as Convenções Coletivas de cada categoria, os Enunciados, as
Súmulas, os Precedentes Normativos, as Orientações Jurisprudenciais. Existe
ainda, o complexo de normas que regulam o INSS, o FGTS e o IRRF, etc.
As linhas de ação da auditoria trabalhista são: (i) diagnosticar os
problemas, através de ampla e profunda investigação dos aspectos
situacionais e funcionais da administração de pessoal e (ii) realizar um
prognóstico através da produção de estimativas visando à antecipação de
problemas futuros para também adiantar a solução preventiva a ser aplicada.
Continua Zípora referindo que o descumprimento e/ou
inaproveitamento de normas trabalhistas, pode resultar em consequências, que
vão desde a inimplantação de mudanças ensejadoras de bons resultados de
natureza trabalhista, previdenciária, de recursos humanos ou mesmo de
incentivo aos empregados, passando por sujeição a eventuais demandas
trabalhistas, chegando até mesmo, a ficar vulnerável à autuação em eventual
fiscalização por parte do Ministério do Trabalho. Neste último caso, com multas
variáveis, sem prejuízo das demais cominações legais.
Hoje, uma organização não pode mais deixar as questões
trabalhistas em segundo plano. A valorização da mão de obra deve ser
observada como diferencial num mercado extremamente competitivo.
28

Empregados satisfeitos resultam em benefícios direitos e indiretos. Essa


satisfação não é fruto de custos adicionais, necessariamente.
A retribuição honesta do trabalho eleva o trabalhador a uma posição
de dignidade, que não deveria ser introduzida arbitrariamente pelas normas, e
sim pela compreensão racional da importância atual dos trabalhadores na vida
das empresas.
O complexo trabalhista (a mão de obra, as normas respectivas, e
seus encargos) deve ser visto como um dos princípios de concorrência, num
mercado de extrema competição, tanto quanto os demais fatores de produção.
A auditoria trabalhista envolve o estabelecimento de determinadas
ações que visam solucionar problemas ou preveni-los, a fim de evitar desde
demandas judiciais e infrações, até divergências comportamentais dentro da
organização.
A auditoria trabalhista é de suma importância, pois qualquer
empresa deve ater-se aos pressupostos legais e contingências trabalhistas e
previdenciárias. Dentre elas, podemos destacar as atividades de revisar todos
os procedimentos e documentos legais exigidos pelo Ministério do Trabalho e
INSS e revisar e orientar os procedimentos de controles internos, relacionados
a todas as rotinas do departamento de pessoal. Através das revisões, criar e
orientar procedimentos, visando à minimização de riscos de multas e
autuações do Ministério do Trabalho e outros órgãos competentes.
Para a área trabalhista a auditoria apresenta vários benefícios como
a minimização de riscos de multas; minimização de reclamatórias trabalhistas;
evita furtos, desvios, pagamentos indevidos e outras irregularidades;
diminuição de erros e prejuízos das rotinas auditadas; prevenção e melhoria da
atividade de administração dos funcionários da empresa.
Quando da sua realização é realizado um levantamento e análise
física dos documentos; apuração de inconsistências de todas as rotinas;
apresentação do relatório de auditoria, validando as atuais práticas e/ou
recomendando melhorias nos processos.
Após toda a análise da documentação trabalhista de uma empresa,
que envolve desde os contratos de trabalho e rescisões, passando pela análise
das folhas de pagamento até a documentação relativa à segurança e medicina
29

do trabalho, o profissional responsável pela auditoria elaborará parecer com as


recomendações que entender pertinentes à solução de riscos encontrados no
curso da auditoria (AUGUSTO, 2011).
Após essa fase, as recomendações formuladas devem ser
implementadas, a fim de que os riscos sejam reduzidos ou anulados e a partir
de então, nova postura seja adotada a fim de zerar riscos futuros e passivos
desnecessários.
Então podemos perceber que a auditoria tem por finalidade a
emissão de um parecer (uma opinião) pelo auditor no sentido demonstrar ou
traduzir em todos os seus aspectos relevantes a situação da empresa em uma
determinada data e o resultado das suas operações, as mutações e origens
dos recursos em um determinado período. Constitui-se, portanto de um
conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer
sobre a adequação com a legislação específica (FERREIRA, 2011).
Conforme orientações apresentadas pelo portal de auditoria 6, alguns
cuidados devem ser tomados pelo auditor no seu trabalho, principalmente no
que diz respeito ao seu relatório de Auditoria.
O Relatório é a peça mais importante da Auditoria realizada.
Representa a fase principal do trabalho do Auditor que é a comunicação dos
resultados.
Um Relatório mal apresentado e que permita a contestação do
Auditado ou possibilita à direção da empresa fazer uma má avaliação de todo
um trabalho efetuado, significa a desmoralização do valor da Auditoria e, por
fim, a desmoralização do próprio profissional.
É através do relatório que o auditor vai mostrar o que foi examinado.
É nesse momento que a direção da empresa e os envolvidos na execução das
tarefas vão ser informados sobre o que pode ser melhorado. É fundamental,
portanto, que todo o trabalho de auditoria seja previamente planejado e
estruturado, com conclusões lógicas e eficientes. Essa responsabilidade cabe
única e exclusivamente ao auditor, que deve ter a prudência de dizer as coisas
certas, o momento certo.

6
http://www.portaldeauditoria.com.br
30

O auditor trabalhista emite relatório com a finalidade de apresentar


um resumo de todas não conformidades constatadas nos exames de auditoria,
bem como demais informações técnicas que assegurem ao Cliente, seus
procedimentos, e resultados auferidos em determinado período, ou diante de
determinada situação. A eficácia da auditoria depende dos seguintes
procedimentos nos relatórios: redação cuidadosa, observação dos padrões de
formulário e conteúdo, e distribuição para as pessoas responsáveis pela
iniciativa das ações de acompanhamento. Para relatórios feitos por auditores
externos independentes, estes devem destacar se a documentação
apresentada encontra-se de acordo com os princípios geralmente aceitos.
Outros padrões não se concentram em verificações de declarações, mas em
implementação de sistemas de controle, eficiência e eficácia das operações, e
na realização dos resultados esperados. Os pontos de relatório devem ser
claros, objetivos, e embasados, além de seguirem um rito padrão, que
demonstre numa sequência lógica, constatação, recomendação,
fundamentação legal, ou base para as melhorias de procedimento.
A atividade não se restringe apenas aos meros procedimentos do
departamento de recursos humanos, mas sim a toda gama de relações
trabalhistas e de prestação de serviços existentes na empresa, bem como, à
análise das normas de segurança, higiene e medicina do trabalho praticado.
A atuação da auditoria trabalhista deve levar em conta,
criteriosamente, todos os itens previstos numa relação de trabalho tomando
como base a Constituição Federal, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
as Convenções Coletivas de cada categoria e os Enunciados, as Súmulas, os
Precedentes Normativos e as Orientações Jurisprudenciais dos Tribunais
Superiores, e o complexo de normas que regulam o INSS, o FGTS, o IRRF etc.
O trabalho é realizado nos procedimentos internos, tendo como base
nas Políticas e Normas Internas que regulam as relações de trabalho na
Empresa, face à legislação trabalhista e previdenciária, desde a admissão do
empregado até o seu desligamento. Esta averiguação tem como finalidade
prevenir e mitigar os eventuais riscos trabalhistas verificados numa empresa.
Os itens analisados são documentação relativa ao empregado como Contrato
de Experiência; Contrato a Termo; Contrato de Trabalho; Ficha de Registro de
31

Empregado; Exame Médico Admissional; Comprovante de entrega e devolução


da CTPS; Declaração de Encargos de Família para fins de IR; Salário-Família;
Declaração de Trajeto para fins de Vale Transporte; Acordo de Compensação
de Horas de Trabalho; Acordo de Prorrogação da Jornada de Trabalho;
Autorizações de Descontos em Folha de Pagamento; e, Outros Documentos.
Quanto a este item é fundamental, ainda, a observância do Quadro
de Orientação para Guarda e Manutenção dos Documentos Trabalhistas e
Previdenciários que estão evidenciados no Anexo 1, vez que os prazos de
prescrição previstos na nossa legislação laboral é bem diferenciada; e , ainda,
é indispensável o cuidado com toda a documentação fiscal relativa ao
empregado, que também apresenta prazos bem diversos e através do quadro e
do acompanhamento através de rotinas trazidas e , muitas vezes, propostas
pelo auditor trabalhista se impede o risco de uma autuação e se mitiga
qualquer eventual demanda trabalhista ou civil desde sua origem com a
comprovação através da competente documentação apresentada.
Registro de Ponto de Jornada de Trabalho, sendo ponto: Eletrônico,
Mecânico, Manual, Trabalho Externo, Empregados Liberados; Jornada de
Trabalho: Normal, Flexível, Reduzida, Diferenciada, Escala de Revezamento,
Plantões, Faltas, Atrasos e Saídas; Descanso: Folga Semanal, Feriados;
Intervalos de refeição, Intervalos entre Jornadas, entre outros; Horas Extras:
Limites, Excessos, Tolerâncias, Acréscimos Legais, Reflexos; Horário Noturno:
Horário Reduzido, Período Compreendido, Acréscimos Legais e Reflexos;
Banco de Horas: Homologação em Sindicato, Créditos e Débitos, Pagamentos
e Descontos.
Também são analisados os itens relativos a Férias, aquisições e
Perdas; Programações e Avisos; Cálculos; Médias; Pagamentos e Recibos;
Licenças, Maternidade; Paternidade; Casamento; Doenças; Acidente de
Trabalho; Não Remunerada; Luto; Militar; entre outras. Convenção Coletiva de
Trabalho, Enquadramento Sindical; Categorias Diferenciadas; Aumento; Piso
Salarial; Percentuais de Horas Extras e Adicionais Noturnos; Taxas
Assistenciais; Aspectos Sociais; Vigência.
E Folha de Pagamento, Pagamentos: horistas, diários, semanais,
quinzenais e mensais; Tabelas: INSS, IRRF; Proventos: Salários, Pró-Labore,
32

Comissões, Prêmios, Ajuda de Custo, Horas Extras, DSR, Adicionais: Noturno,


Insalubridade, Periculosidade, Tempo de Serviço, entre outros; Descontos:
INSS, IRRF, Contribuições: Sindical, Assistencial e Associativa; Vale
Transporte; Vale Refeição; Faltas; Atrasos; Saídas, Pensão Alimentícia, entre
outros; Outros: FGTS; INSS Patronal; Provisão de Férias e Décimo Terceiro;
Contabilização: Impressa ou por meio magnético de valores de proventos,
descontos e outros. Encargos Sociais, FGTS; GPS; IRRF; Contribuições:
Sindical, Assistencial, Associativa, entre outros.
A Rescisão de Contrato de Trabalho. Tipos de desligamento: Pedido
de Demissão, Demissões justificadas e injustificadas, Morte, Aposentadoria,
Extinção; Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho; Cálculos, Exame
Médico Demissional; Prazos para pagamento; Homologação. Obrigações
Mensais como Caged; Sefip/GRF; Pensão Alimentícia, entre outras.
Obrigações Anuais sendo Décimo Terceiro; Informe de Rendimentos; DIRF;
RAIS, Segurança e Medicina do Trabalho, Cipa; Sipat; PPRA, PCMSO, PPP;
Documentos dispostos à fiscalização; EPI’s; Ergonomia, entre outros.
Atentar para o que apresenta o Anexo 3 que traz um dicionário de
Medicina e Segurança do Trabalho onde especifica cada item que deve ser
observado desde antes da admissão e durante toda a vigência do contrato de
trabalho. Outros Tipos de Trabalhadores; Autônomos, Cooperativa,
Voluntariado, Terceirizados, Empreitada, Eventual, Estagiário, Temporário,
Benefícios, Vale Transporte, Refeitório, Vale Refeição, Cesta Básica,
Assistência Médica e Odontológica, Auxílio Creche, entre outros, Controles
Internos, Fluxo de documentos; Integração das Tarefas; Formulários; Política e
Normas Internas; entre outros, Diagnóstico de Riscos, Pagamentos indevidos:
Empregado Afastado; Pagamento de Licença Saúde com Alta; Empregados
Inexistentes; Empregados Ausentes; entre outros. Salários: Piso, Equiparação
Salarial, Acúmulo de Funções; Faixa Salarial, entre outros; Ações Trabalhistas:
Análise do pedido x sentença; Fiscalização: Livro de Inspeção; Notificação;
Autuação.
Quando a auditoria trabalhista para autônomos, isto é, pessoa física,
as análises envolvem Bases de cálculo IRRF – retenção para evitar pagamento
de multas, Retenção INSS e IRRF dos freteiros autônomos – redução das
33

bases de cálculo, Recolhimento INSS, SEST e SENAT – freteiros autônomos,


Vínculo empregatício dos autônomos – a falta de observação de algumas
considerações trará à empresa enormes desembolsos trabalhistas e
previdenciários, Retenção do INSS devido por contribuintes autônomos –
observação das normas de retenção para evitar a autuação em processo de
fiscalização, Folha de pagamento dos autônomos – obrigações acessórias com
multas correspondentes, Relação de autônomos na GFIP – observações para
evitar multas previdenciárias, Falta do número do INSS ou PIS – observações
para evitar multas previdenciárias, INSS sobre serviços prestados por
cooperativas de trabalho – evitando multas e juros, Verificação dos cálculos
sobre cooperativa médica – evitando multas e juros.
Cálculos e procedimentos a serem observados por ocasião da
rescisão contrato de trabalho para prevenir pagamento a maior de verbas
trabalhistas e previdenciárias e multas.
Quando houver reclamatórias será analisada a Contribuição
previdenciária sobre parcelas pagas ao reclamante – recolhimento,
Reclamatórias trabalhistas – contribuição do segurado, Recolhimento e
retenção do imposto na fonte – procedimento, Verbas pagas em reclamatórias
trabalhistas – evitar erros, pagamentos indevidos ou a menor, Preposto –
observações gerais e cuidados que o preposto deve ter ao representar a
empresa em audiências trabalhistas.
 As férias indenizadas e não gozadas ou gozadas em parcelas:
prova testemunhal – pagamento em dobro, férias – média de variáveis,
descrição das medias evita novo pagamento, férias na rescisão – forma de
cálculos e pagamento, integração das férias na folha de pagamento,
antecipação de férias. O 13º envolve os cálculos – verificando cálculos para
evitar pagamentos indevidos, verbas variáveis período integral (12 meses),
Médias de comissões – descrição das médias, conferência do cálculo das
variáveis – período proporcional, reembolso do INSS referente 13º salário do
período em que a funcionária esteve em licença maternidade.
Para a terceirização analisar o planejamento – para evitar e
minimizar riscos trabalhistas e os fatores comprometedores na terceirização –
para evitar e minimizar riscos trabalhistas.
34

CONCLUSÃO

As vantagens da auditoria trabalhista têm efeitos práticos,


proporcionando ao empresário um negócio mais rentável.
O Brasil é um dos recordistas mundiais em ações trabalhistas,
ocasionando avolumados gastos aos empregadores, que certamente poderiam
ser utilizados no crescimento e na consolidação do negócio. Todavia, é
perfeitamente possível modificar essa situação, desde que a empresa seja
orientada de forma adequada.
Um enorme percentual de empresas brasileiras enfrentam
problemas de reclamações trabalhistas; metade admite ter sofrido com fraudes
ou erros de administração da área trabalhista e, em consequência, grande
parte delas acumularam problemas com o aumento excessivo dos encargos
sociais; e de todas as empresas que reconheceram ter enfrentado tal situação,
a grande maioria foi autuada e multada por fiscais do ministério do Trabalho e
Emprego.
Tais atitudes vêm demonstrando a falta de assessoria adequada.
Segundo Martins (1999ª), a missão da auditoria trabalhista é
justamente assegurar à alta administração de uma empresa que as normas,
políticas e procedimentos definidos para tal pela área de recursos humanos
sejam cumpridos e que os sistemas de controles sejam eficientes e eficazes;
assegurar que a legislação trabalhista e previdenciária sejam obedecidas
corretamente minimizando custos trabalhistas.
A auditoria trabalhista tem como finalidade constatar irregularidades,
orientar e prevenir os empresários para que estes permaneçam cônscios dos
riscos que correm, a fim de que não hajam custos desnecessários e surpresas
desagradáveis quando da presença de agentes fiscais, reclamatórias
trabalhistas e multas contraproducentes que, em certos casos podem levar a
empresa à um retrocesso moral e financeiro.
Contudo, com o transcurso do tempo, os negócios cresceram
juntamente com o seu pessoal, ocasionando aí a necessidade de atender uma
gama de regramentos trabalhistas, que parecem ser de difícil cumprimento.
35

Na grande maioria das vezes, os empresários acreditam que estão


trabalhando pautados na legislação, mas invariavelmente são surpreendidos
com a insatisfação dos funcionários, acidentes e doenças do trabalho,
reclamações trabalhistas, reivindicações do Sindicato e autuações do Ministério
do Trabalho.
Casos recorrentes são as empregadoras que se sentem reféns dos
seus funcionários, sempre com receio deles ingressarem com ação em
desfavor da empresa.
Assim, é comum manterem empregados em seu quadro a contra
gosto ou submeterem-se a “acordos” no momento da dispensa ou em juízo.
Isso porque, não possuem a segurança de serem cumpridores de todas as
suas obrigações trabalhistas. Consequentemente, não utilizam a Lei em seu
favor.
A auditoria trabalhista dá suporte e firmeza à gestão do empresário
moderno, já que se averigua pormenorizadamente os procedimentos realizados
pela empresa, tais como: folhas de pagamento, equiparação salarial, cargos e
salários, jornada de trabalho, práticas de saúde e segurança do trabalho e a
partir daí, padroniza-os em consonância com a legislação.
Através deste trabalho se buscou demonstrar a necessidade da
realização periódica das auditorias trabalhistas e implantação em seus quadros
dessa sistemática, e ser implantada como ferramenta de avaliação e prevenção
voltada para a qualidade da retribuição econômica da relação da empresa com
os colaboradores. Proporciona ao gestor a opção de corrigir falhas, avaliar
situações e o funcionamento dos departamentos da empresa sob uma análise
de uma auditoria administrativa comprometida com a imparcialidade e com a
discrição necessária ao bom andamento dos trabalhos, sem, contudo, autuar a
empresa. É como se fosse um teste simulado para avaliar se a empresa está
apresentado algum deslize que venha a violar a legislação
No decorrer da pesquisa realizada e da metodologia utilizada para
confecção deste trabalho se pode verificar e comprovar que através desta
ferramenta bem implementada se pode demonstrar a idoneidade no âmbito
trabalhista, fator este, decisivo no momento da conquista de um cliente ou na
atração de investidores, especialmente no setor de prestação de serviço.
36

A auditoria trabalhista funciona não só como ferramenta de


prevenção de débitos trabalhistas, mas também como indicador de satisfação
do trabalhador e como auditor dos setores da empresa, como setor de pessoal,
segurança e medicina do trabalho, acarretando a motivação dos seus
funcionários e otimizando a produtividade, evitando o desperdício.
37

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<http://www.cerqueiraleite.com.br/news/5438/39/Auditoria-Trabalhista-
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38

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Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-perfil-
de-um-auditor/36664/>. Acesso em: 12 maio 2011.

OLIVEIRA, A. de. Manual de prática trabalhista. São Paulo: Atlas, 1997.

OLIVEIRA, Luís Martins de; DINIZ FILHO, André. Curso básico de auditoria.
São Paulo: Atlas, 2001.

RELATÓRIOS DE AUDITORIA TRABALHISTA. 2008. Disponível em:


<http://pt.scribd.com/doc/13601771/Auditoria-Trabalhista>. Acesso em: 11 nov.
2011.

SÁ, Antônio Lopes de. Curso de auditoria. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1986.

SANTI, Paulo Adolpho. Introdução à auditoria. São Paulo: Atlas, 1988.

SILVA, Jorge Luiz da Rosa. Apostila de auditoria interna. Disponível em:


<www.resumoconcursos.hpg.com.br>. Acesso em: 14 out. 2011.

SILVA, Tania Nunes da. Auditoria de recursos humanos. Disponível em:


<www.forma-te.com/mediateca/.../22158-auditoria-de-rh.html>. Acesso em: 17
out. 2011.

ZANLUCA, Júlio César. Balanço Social: o que é – como fazê-lo. Disponível


em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/balancosocial.htm>.
Acesso em: 17 out. 2011.

Web bibliografia

http://www.webartigos.com/articles/29257/1/A-importancia-da-Auditoria-
Governamental-no-controle-das-contas-publicas-
municipais/pagina1.html#ixzz1U5XhQYeX

http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/balancosocial.htm acessado
em 19/09/2011
39

ANEXOS

Índice de Anexos

Anexo 1: Quadro de Orientação Para Guarda e Manutenção dos


Documentos Trabalhistas e Previdenciários ...................................................

Anexo 2: Admissão de Empregados – Procedimentos ...................................

Anexo 3: Dicionário De Termos Utilizados Na Área De Segurança e


Medicina Do Trabalho ........................................................................................

Anexo 4: Check List para realização de Auditoria referente a Recursos


Humanos ............................................................................................................
40

ANEXO 1
Quadro de Orientação Para Guarda e Manutenção dos
Documentos Trabalhistas e Previdenciários
Competência Federal
Trabalhista e Previdenciário
TEMPO DE GUARDA
DOCUMENTO INICIO DE CONTAGEM
(1)
Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho
Acordo de compensação de horas 5 anos
(2)
Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho
Acordo de prorrogação de horas 5 anos
(2)

Atestado de Saúde Ocupacional Tempo de validade

CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 36 meses Primeiro dia do exercício seguinte

Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho


Carta com Pedido de Demissão 5 anos
(2)

CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Livros de


Indeterminado
atas
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – processo
5 anos Próximo processo eleitoral
eleitoral
COFINS – Contribuição Financiamento de Seguridade Social
5 anos Data do recolhimento
(inclusive DARF)
Comprovante de entrega da GPS (Guia da Previdência Social) ao
10 anos Primeiro dia do exercício seguinte
sindicato
41

profissional

Comprovante de pagamento de benefícios reembolsados pelo Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação
10 anos
INSS da constituição do crédito anteriormente efetuado

Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho


Comunicação do Aviso Prévio 5 anos
(2)

Contrato de trabalho Indeterminado

DARF's – PIS (Programa de Integração Social) 10 anos Data do recolhimento

Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação


Depósitos do FGTS 30 anos
da constituição do crédito anteriormente efetuado

Documentos das entidades isentas de Contribuição previdenciária


(Livro Razão, balanço patrimonial e demonstração de resultado do 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte
exercício etc.)

Livro Diário permanente

Ficha de Acidente do Trabalho e Formulário Resumo Estatístico


03 anos Primeiro dia do exercício seguinte
Anual

FINSOCIAL – Fundo de Investimento Social 10 anos Data do recolhimento

Folha de pagamento 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação
30 anos
Serviço e Informações à Previdência Social da constituição do crédito anteriormente efetuado
42

Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação


GPS (Guia de Previdência Social) – original 10 anos
da constituição do crédito anteriormente efetuado

Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação


GRCS – Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical 5 anos
da constituição do crédito anteriormente efetuado

Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação


GRE – Guia de Recolhimento do FGTS 30 anos
da constituição do crédito anteriormente efetuado

GRFP – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e Informações Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação
30 anos
à Previdência Social da constituição do crédito anteriormente efetuado

Histórico Clínico 20 anos Data da Extinção do contrato de trabalho

Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação


Informações prestadas ao INSS 10 anos
da constituição do crédito anteriormente efetuado
Existência do
Livro "Registro de Segurança"
equipamento

Livro de Inspeção do Trabalho Indeterminado

Livros ou fichas de Registro de Empregados Indeterminado

Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho


Livros, cartão ou fichas de ponto 5 anos
(2)

Mapa de avaliação dos acidentes do trabalho (SESMT) 5 anos Data do comprovante de entrega

PIS – Programa de Integração Social – PASEP – Programa de


10 anos Data do recolhimento
Formação do Patrimônio do Servidor Público
43

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais 10 anos Data da entrega

RE – Relação de Empregados do FGTS 30 anos Primeiro dia do exercício seguinte

Recibo de entrega do formulário Declaração de Instalação Indeterminado

Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho


Recibo de entrega do vale-transporte 5 anos
(2)

Recibos de pagamentos de férias 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

Recibos de pagamentos de salários 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

Recibos de pagamentos do 13º salário 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

Recolhimentos previdenciários do contribuinte individual Indeterminado

Registros PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) 20 anos Planejamento anual seguinte

Salário-educação – documentos relacionados ao benefício 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte

Salário-família– documentos relacionados ao benefício 10 anos Primeiro dia do exercício seguinte


SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Primeiro dia do exercício seguinte ou data de anulação
30 anos
Informações à Previdência Social da constituição do crédito anteriormente efetuado
Seguro Desemprego – Comunicado de Dispensa 5 anos Data da Extinção do contrato de trabalho

Retroativo à data de extinção do contrato de trabalho


Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho 5 anos
(2)
(1) Esses prazos serão válidos enquanto não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes
(2) Contatar o Departamento pessoal para saber mais detalhes sobre o início da contagem
Fonte: http://www.professortrabalhista.adv.br/Quadro_de_orientacao_para_guarda_documentos.htm /acessado em 11/11/2011
44

ANEXO 2
ADMISSÃO DE EMPREGADOS – PROCEDIMENTOS

Para ser formalizada a admissão do empregado a empresa deverá


solicitar ao trabalhador a apresentação de alguns documentos que terá como
finalidade, além da sua identificação, possibilitar o correto desempenho das
obrigações trabalhistas, não só em relação ao próprio trabalhador, mas
também nas relações da empresa com a fiscalização do Ministério do Trabalho
e Emprego – MTE.

1. Documentos Necessários à Admissão

Segue, abaixo a relação dos documentos necessários para a


admissão do empregado:
a) Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, obrigatória
para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural,
mesmo em caráter temporário;
b) Atestado de Saúde Ocupacional – ASO;
c) título de eleitor, para os maiores 18 de anos;
d) d)certificado de reservista ou de alistamento militar, para os
empregados brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e
45 anos;
e) certidão de nascimento, casamento ou Carteira de Identidade –
RG, conforme o caso;
f) Cartão de Identificação do Contribuinte – CIC, que é o
comprovante de inscrição no Cadastro Pessoas Físicas – CPF,
para empregados cujos rendimentos estejam sujeitos ao desconto
do Imposto de Renda na fonte (art. 34, inciso II, RIR);
g) Documento de Inscrição no PIS/PASEP – DIPIS, ou anotação
correspondente na CTPS;
45

h) cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos,


para fins de recebimento de salário-família;
i) Cartão da Criança, que, a partir de 01/07/91, substitui a carteira
de vacinação. Deve ser apresentado o original do Cartão dos
filhos entre 1 e 7 anos de idade ;
j) Carteira Nacional de Habilitação (CNH), para os empregados que
exercerão o cargo de motorista ou qualquer outra função que
envolva a condução de veículo de propriedade da empresa;
k) l) carteira de habilitação profissional, expedida pelos Conselhos
Regionais, para os empregados que exercerem profissões
regulamentadas;
l) m) registro de habilitação na DRT, anotado na CTPS, para os que
exercerem as profissões de: agenciadores de propaganda,
publicitários, jornalistas, atuários, arquivistas, técnicos de arquivo,
radialistas, sociólogos, vigilantes bancários, secretárias
executivas (com curso superior), técnico em secretariado (de 2º
grau) e técnico de segurança do trabalho;
m) n) carteira de identidade de estrangeiro, em modelo único,
instituído pela Portaria MJ nº 559, de 01/12/86, se for o caso.

A empresa poderá solicitar, ainda, outros documentos, tais como:


 solicitação de emprego;
 cartas de referência;
 atestado de escolaridade ou outros;
 fotos;
 carteira de habilitação profissional expedida pelos órgãos de
classe, tais como:
 OAB – na admissão de empregado advogado;
 CREA – na admissão de empregado engenheiro.

Ao contratar-se professor para exercer magistério, que é uma


profissão regulamentada, este deverá possuir habilitação legal, que é o registro
46

do professor expedido pelo Ministério da Educação e o registro especial no


Ministério do Trabalho.
Para os artistas, deve ser exigido atestado liberatório. Trata– se de
um documento em que o empregador anterior declare que o contrato de
trabalho que mantinha com o artista foi extinto regularmente.
Recomenda– se, ainda, na admissão, a solicitação da relação dos
salários-de-contribuição, que não é documento indispensável à admissão de
empregados, entretanto é conveniente sua apresentação, pois no caso de
afastamento por motivo de doença, o INSS exige esta relação para a sua
concessão.
Poderão ser exigidos ainda os seguintes documentos, a critério
exclusivo do empregador:
 carta de fiança;
 atestado de antecedentes criminais.

1.1 Retenção dos Documentos – Proibição

Observamos que não é permitido a retenção de qualquer documento


de identificação pessoal, mesmo que apresentado por xerocópia autenticada,
inclusive de comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor,
CTPS, registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de
naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
Ao ser exigido pela empresa, o documento de identificação, cabe ao
empregador extrair, no prazo de cinco dias, os dados que interessam,
devolvendo em seguida o documento ao empregado.
Portanto, é recomendável que a entrega, pelo empregado, dos
documentos citados, bem como a respectiva devolução, seja feita contra–
recibo.

1.2 Preenchimento de Documentos

Na contratação de empregados, são necessários os procedimentos


e preenchimento dos seguintes documentos:
47

a) obter a Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS do


empregado, entregando-lhe recibo desta obtenção para efetuar as
anotações e devolvê-la no prazo máximo de 48 horas;
b) preencher o livro ou ficha de registro de empregados, com os
dados necessários do trabalhador;
c) formalizar o contrato de trabalho e, caso haja cláusulas
específicas que rejam o vínculo empregatício, registrá-la na
CTPS;
d) preencher a ficha de salário família, usada para lançar os dados
extraídos das certidões de nascimento dos filhos menores de 14
anos;
e) preencher o Termo de Responsabilidade, que deverá ser
atualizado sempre que acontecer uma das ocorrências
mencionadas no referido termo;
f) preencher o acordo de prorrogação de horas, caso a jornada de
trabalho seja prorrogada;
g) celebrar acordo coletivo com o sindicato da categoria, para regime
de compensação de horas de trabalho ( banco de horas), se for o
caso;
h) preencher a declaração de dependentes para fins de Imposto de
Renda, quando os rendimentos do empregado estiverem sujeitos
à retenção na fonte;
i) preencher o cartão de ponto ou incluir o nome do empregado no
livro de ponto, para sua assinalação, caso a empresa esteja
obrigada a manter o registro do horário de trabalho e o
empregado esteja sujeito a horário controlado pela empresa;
j) preencher a ficha ou papeleta de ponto externo, além do cartão
de ponto normal, para os empregados cuja jornada for executada
integralmente fora do estabelecimento;
k) preencher a ficha referente ao Programa Controle Médico de
Saúde Ocupacional – PCMSO, cujas anotações serão feitas por
Médico do Trabalho com o objetivo de promoção e preservação
da saúde do trabalhador.
48

2. Demais Procedimentos

O empregador, ao admitir o empregado, deve verificar e adotar, por


meio da documentação apresentada, os procedimentos seguintes.

2.1 Cadastramento no PIS

A empresa deverá verificar, na CTPS, na parte de "Anotações


Gerais", registro do cadastramento no PIS. Na falta dessa anotação e não
tendo o empregado apresentado o documento que comprove o cadastramento,
a empresa deverá cadastrá-lo.
Esclarecemos, ainda, que por ocasião da emissão da 1a via da
CTPS o cadastramento no sistema PIS/PASEP será de competência das
Delegacias Regionais do Trabalho (art. 1o da Portaria SPES nº 1/97).

2.2 Contribuição Sindical

Na admissão de empregados durante ano, a empresa verificará se o


empregado já contribuiu em emprego anterior. Caso positivo, a empresa não
deverá efetuar novo desconto, ficando, nessa hipótese, obrigada a anotar no
livro ou ficha de registro de empregados a informação quanto ao desconto e
recolhimento da referida contribuição pela empresa anterior. Caso negativo, a
empresa efetuará o desconto de um dia do salário, no mês subseqüente ao da
admissão.
Por exemplo, o empregado admitido no mês de maio, sofrerá o
desconto da contribuição sindical no mês de junho e o recolhimento ao
sindicato será efetuado no mês de julho.
Para os empregados admitidos nos meses de janeiro e fevereiro, o
desconto deve ser realizado apenas no mês de março, juntamente com os
demais empregados da empresa.
49

2.3 CAGED

Nas admissões, demissões ou transferências de empregados para


outro estabelecimento, ocorridos no mês, deverão ser comunicados ao
Ministério do Trabalho e Emprego até o dia 07 do mês subseqüente, por meio
do formulário Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

2.4 Atleta Profissional

O contrato de atleta profissional é uma modalidade especial, assim


possui alguns aspectos diferentes do contrato de trabalho comum.
São requisitos obrigatórios para sua celebração:
a) comprovante de alfabetização;
b) comprovante de possuir Carteira de Trabalho e Previdência Social
de Atleta Profissional de Futebol, que será impressa e expedida
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, podendo, entretanto,
mediante convênio, ser fornecida pela Confederação respectiva;
c) comprovante de estar com a situação militar regularizada;
d) atestado de sanidade física e mental, inclusive abreugrafia.

2.5 Estrangeiro

Os estrangeiros devem exibir ao empregador a carteira de


estrangeiro, comprovando, dessa forma, que sua permanência no País é legal.
Para sua admissão, é necessário que tenha efetuado o seu registro no
Ministério da Justiça, dentro dos 30 dias seguintes à entrada no País.
Ressalte-se que, de acordo com a atual situação jurídica do
estrangeiro no Brasil, estabelecida pela Lei n" 6.815, de 19.08.80 – DOU de
21.08.80, são passíveis de admissão somente os que possuírem visto
temporário ou permanente e o "fronteiriço", nas seguintes condições:
a) permanente: os estabelecidos definitivamente no Brasil gozam de
todos os direitos reconhecidos a brasileiros, nos termos da
50

Constituição Federal e de leis ordinárias. Todavia, no caso de


visto permanente condicionado, por prazo não superior a 5 anos,
ao exercício de atividade certa e à fixação em região determinada
do território brasileiro, não poderá o estrangeiro, dentro do prazo
que lhe for fixado na oportunidade da concessão do visto, mudar
de domicílio nem de atividade profissional, ou exercê-la fora
daquela região, exceto em caso excepcional, mediante
autorização prévia do Ministério da Justiça, ouvido o Ministério do
Trabalho e Emprego, quando necessário;
b) temporário: só poderão ser admitidos os possuidores de visto
temporário que tenham adentrado no País na condição de:
c) artista ou desportista; ou
d) cientista, professor, técnico ou profissional outra categoria, sob
regime de contrato ou a serviço do governo brasileiro.

Em qualquer hipótese, só será concedido o visto se o estrangeiro


satisfizer as exigências especiais estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Imigração e for parte em contrato de trabalho, visado pelo Ministério do
Trabalho, salvo o caso de comprovada prestação serviço ao governo brasileiro.
O estrangeiro que estiver com visto temporário sob regime de
contrato, só poderá exercer atividade junto à entidade pela qual foi contratado,
na oportunidade de concessão do visto, salvo autorização expressa do
Ministério da Justiça, ouvido o Ministério do Trabalho.
Ao temporário e ao "fronteiriço" é vedado estabelecer-se com firma
individual, ou exercer cargo ou função de administrador, gerente ou diretor de
sociedade comercial ou civil, bem como se inscrever em entidades
fiscalizadoras do exercício de profissão regulamentada. Ficam, de igual modo,
proibidos de participar da administração ou representação de sindicato ou
associação profissional, bem como de entidade fiscalizadora do exercício de
profissão regulamentada.
51

3. Fiscalização

Deverão permanecer no local de trabalho, à disposição da


fiscalização do Ministério do Trabalho, o livro de registro de empregados, o livro
de inspeção do trabalho, bem como o registro de horário de trabalho (cartão,
livro de ponto ou registro magnético).

3.1 Penalidades

A empresa que mantiver empregados não registrados a seu serviço


estará sujeita à autuação e ao pagamento de multa, aplicada pelo fiscal do
Ministério do Trabalho e Emprego, em valor equivalente a 378,2847 UFIR, por
empregado em situação irregular, dobrado na reincidência.
As demais infrações relativas a irregularidades no registro de
empregados sujeitarão o empregador à multa de valor equivalente a 189,1424
UFIR, igualmente dobrada no caso de reincidência.

4. Fundamentos Legais

Arts. da CLT: 582, "e", 47, caput e parágrafo único; Lei n" 6.815/80; Lei nº
5.553/68; Lei nº 6.354/76; mais os mencionados no texto. Fonte:
http://www.farocontabil.com.br/admissao_empregados.htm / acessado em
11/11/2011
52

ANEXO 3
DICIONÁRIO DE TERMOS UTILIZADOS NA ÁREA DE
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO

1. Acidente de Trabalho aquele que acontece no exercício do


trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho.
Equiparam-se aos acidentes de trabalho:
1. o acidente que acontece quando você está prestando serviços por
ordem da empresa fora do local de trabalho
2. o acidente que acontece quando você estiver em viagem a serviço
da empresa
3. o acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do
trabalho para casa.
4. doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de
trabalho).
5. doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do
trabalho).
2. Acidente Fatal (NR-18) o acidente que provoca a morte do
trabalhador.
3. Acidente Grave (NR-18) quando provoca lesões incapacitantes no
trabalhador.
4. Adicional de Insalubridade (NR-18) adicional que deve ser pago
ao trabalhador que trabalha em condições de insalubridade.
O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao
trabalhador a percepção de adicional incidente sobre o salário mínimo da
região, equivalente à:
40% para insalubridade de grau máximo,
20% para insalubridade de grau médio
10% para insalubridade de grau mínimo. (NR – 15.2)
53

5. Adicional de Penosidade (NR-18) adicional que deve ser pago ao


trabalhador que trabalha em condições de penosidade. O adicional de
penosidade é previsto pela Constituição Federal de 1988, Artigo 7º, XXIII.
6. Adicional de Periculosidade adicional que deve ser pago ao
trabalhador que trabalha em condições de periculosidade.
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador a percepção de 30% sobre o salário, sem acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. (NR – 16.2).
7. Acidente Grave (NR-18) quando provoca lesões incapacitantes no
trabalhador.
8. Agentes biológicos (NR-9) Consideram-se agentes biológicos as
bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros
9. Agentes ergonômicos desajustes de ritmo e freqüência de
trabalho, equipamento e instrumentos utilizados na atividade profissional que
podem gerar desgaste físico, emocional, fadiga, sono, dores musculares na
coluna e articulações.
10. Agentes físicos (NR-9) diversas formas de energia a que possam
estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações ionizantes,
bem como o infra-som e o ultra-som.
11. Agentes químicos (NR-9) substâncias, compostos ou produtos
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo
através da pele ou por ingestão.
12. Alta-Tensão (NR-18) é a distribuição primária, em que a tensão é
igual ou superior a 2.300 volts.
13. Amarras (NR-18) cordas, correntes e cabos de aço que se
destinam a amarrar ou prender equipamentos à estrutura.
14. Ancorada (ancorar) (NR-18) ato de fixar por meio de cordas,
cabos de aço e vergalhões, propiciando segurança e estabilidade.
15. Anemômetro aparelho destinado a medir a velocidade do vento.
54

16. Andaime: (NR-18) a) Geral – plataforma para trabalhos em


alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de sustentação;
b) Simplesmente Apoiado – é aquele cujo estrado está
simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou deslocar-se no sentido horizontal;
c) Em Balanço – andaime fixo, suportado por vigamento em balanço;
d) Suspenso Mecânico – é aquele cujo estrado de trabalho é
sustentado por travessas suspensas por cabos de aço e movimentado por
meio de guinchos;
e) Suspenso Mecânico Leve – andaime cuja estrutura e dimensões
permitem suportar carga total de trabalho de 300 kgf, respeitando-se os fatores
de segurança de cada um de seus componentes;
f) Suspenso Mecânico Pesado – andaime cuja estrutura e
dimensões permitem suportar carga de trabalho de 400 kgf/m2, respeitando-se
os fatores de segurança de cada um de seus componentes;
g) Cadeira Suspensa (balancim) – é o equipamento cuja estrutura e
dimensões permitem a utilização por apenas uma pessoa e o material
necessário para realizar o serviço;
h) Fachadeiro – andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à
estrutura na extensão da fachada.
17. Anóxia Anêmica Incapacidade de oxigenar os órgãos e os
tecidos do corpo
18. Anteparo (NR-18) designação genérica das peças (tabiques,
biombos, guarda-corpos, pára-lamas etc.) que servem para proteger ou
resguardar alguém ou alguma coisa.
19. AntropometriaCiência que estuda as medidas das partes do
corpo humano e suas proporções. Geralmente a finalidade dos estudos da
Antropometria é classificatória e comparativa.
20. Arco Elétrico ou Voltaico (NR-18) descarga elétrica produzida
pela condução de corrente elétrica por meio do ar ou outro gás, entre dois
condutores separados.
21. Aparelho de Marshaparelho utilizado para identificar arsênico,
mercúrio e antimônio
55

22. Área de Controle das Máquinas (NR-18) – posto de trabalho do


operador.
23. Áreas de Vivência (NR-18) áreas destinadas a suprir as
necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer,
convivência e ambulatória, devendo ficar fisicamente separadas das áreas
laborais.
24. Armação de Aço (NR-18) conjunto de barras de aço, moldadas
conforme sua utilização e parte integrante do concreto armado.
25. ART (NR-18) Anotação de Responsabilidade Técnica, segundo
as normas vigentes no sistema CONFEA/CREA.
26. Asbestosedoença do pulmão causada pela inalação de
partículas de amianto (asbesto).
As fibras de amiantos nos pulmões causam irritação e inflamação. O
organismo tenta neutralizar estas fibras de vários modos complexos, e alguns
desses métodos causam inflamação e dano ao pulmão. Quase sempre uma
fibrose ou um tecido cicatrizado se desenvolve nos espaços intersticiais, ao
redor dos bronquíolos e alvéolos. Se isso ocorre o oxigênio e o gás carbônico
não mais fluem livremente até alvéolos e as células sanguíneas. Isso faz com
que a respiração se torne menos eficiente.
27. ASO – atestado de saúde ocupacional atestado emitido pelo
médico, em virtude da consulta clínica, quer seja ela feita por motivo de
admissão (admissional), periódica, de mudança de função, de retorno ao
trabalho ou demissional.
28. Ato Inseguro o ato praticado pelo homem, em geral consciente
do que está fazendo, que está contra as normas de segurança.
São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de
segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos
molhadas e dirigir a altas velocidades.
29. Aterramento Elétrico (NR-18) ligação à terra que assegura a fuga
das correntes elétricas indesejáveis.
30. Atividade Insalubre (NR-15)são consideradas atividades
insalubres que se desenvolvem:
56

1. acima dos limites de tolerância previstos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11


e 12 da NR-15.
2. nas atividades mencionadas nos anexos 6, 13 e 14 da NR-15.
3. comprovadas através de laudo de inspeção do local do trabalho,
constante nos anexos 7, 8, 9 e 10 da NR-15.
31. Atividade Penosa (Projeto de Lei nº 2168/89 e 1808/89)
Segundo o projeto de lei nº 2168/89 é atividade penosa aquela que
demanda esforço físico estafante ou superior ao normal, exigindo atenção
contínua e permanente ou resultem em desgaste mental ou stress. Segundo o
projeto de lei nº 1808/89 é atividade penosa aquela que em razão de sua
natureza ou intensidade com que é exercida, exige do empregado esforço
fatigante, capaz de diminuir-lhe significativamente a resistência física ou a
produção intelectual.
32. Atividades Perigosas (CLT e NR-16) aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamável ou explosivos em condições de risco acentuado. A NR-16 ainda
versa que são consideradas atividades e operações perigosas as constantes
nos anexos números 1 e 2 da NR-16. Estes anexos da NR-16 referem-se a
atividades com explosivos e inflamáveis.
33. Atmosfera Perigosa (NR-18) presença de gases tóxicos,
inflamáveis e explosivos no ambiente de trabalho.
34. Autopropelida (NR-18) máquina ou equipamento que possui
movimento próprio.
35. Bancada (NR-18) mesa de trabalho.
36. Banguela (NR-18) queda livre do elevador, pela liberação
proposital do freio do tambor.
37.BAL – British Anti-Lewisite, nome comercial do Dimercaprol, um
óleo viscoso e incolor (C3H8OS2) usado como antídoto na contaminação de
metais como antimônio, arsênico, bismuto, ouro, mercúrio, tálio e chumbo.
38. Barômetroaparelho destinado a medir a pressão atmosférica.
39. Bate-Estacas (NR-18) equipamento de cravação de estacas por
percussão.
57

40. Benzeno hidrocarboneto (composto formado por C e H)


aromático, comumente usado como solvente e matéria prima para obtenção de
outros compostos. Trata-se de um líquido incolor, volátil e com cheiro
característico. O benzeno tem efeito cancerígeno. A contaminação por benzeno
causa a doença conhecida como benzolismo.
41. Bequerel unidade de atividade de uma amostra radiativa.
Equivale a 27 pCi (picocurie).
42. Biqueira proteção metálica presente na parte da frente de alguns
calçados de segurança. A biqueira em geral é de aço e tem por objetivo
proteger o pé do usuário contra quedas de objetos.
43. Biruta aparelho utilizado para indicar a direção do vento.
Consiste em um tronco de cone, feito de pano ou material assemelhado, por
onde passa o vento. O vento, passando pela tronco de cone, faz com que o
cone aponte para o lado que o vento sopra, indicando sua direção.
44. Blaster (NR-18) profissional habilitado para a atividade e
operação com explosivos.
45. Borboleta de Pressão (NR-18) parafuso de fixação dos painéis
dos elevadores.
46. Botoeira (NR-18) dispositivo de partida e parada de máquinas.
47. Braçadeira (NR-18) correia, faixa ou peça metálica utilizada para
reforçar ou prender.
48. Bursa pequenas bolsas de paredes finas em regiões de atrito
entre os diversos tecidos do ombro.
49. Bursite inflamação das bursas com manifestação de dor na
realização de certos movimentos
50. Cabo-Guia ou de Segurança (NR-18) cabo ancorado à estrutura,
onde são fixadas as ligações dos cintos de segurança.
51. Cabos de Ancoragem (NR-18) cabos de aço destinados à
fixação de equipamentos, torres e outros à estrutura.
52. Cabos de Suspensão (NR-18) cabo de aço destinado à elevação
(içamento) de materiais e equipamentos.
53. Cabos de Tração (NR-18) cabos de aço destinados à
movimentação de pesos.
58

54. Caçamba (NR-18) recipiente metálico para conter ou transportar


materiais.
55. Calha Fechada (NR-18) duto destinado a retirar materiais por
gravidade.
56. Calço (NR-18) – acessório utilizado para nivelamento de
equipamentos e máquinas em superfície irregular.
57. Canteiro de Obra (NR-18) área de trabalho fixa e temporária,
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra.
58. Caracteres Indeléveis (NR-18) qualquer dígito numérico, letra do
alfabeto ou um símbolo especial, que não se dissipa, indestrutível.
59. CAT (NR-18) – Comunicação de Acidente do Trabalho.
60. Câmara de Trabalho – é o espaço ou compartimento sob ar
comprimido, no interior da qual o trabalho está sendo realizado;
61. Câmara de Recompressão – é uma câmara que,
independentemente da câmara de trabalho, é usada para tratamento de
indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia e é diretamente
supervisionada por médico qualificado;
62. Campânula (NR-15) – é uma câmara através da qual o
trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do tubulão e vice-
versa;
63. Capacete equipamento de proteção individual destinado a
proteção da cabeça.
64. Carneira conjunto de tiras geralmente de plástico ou couro
situadas no interior de um capacete com objetivo de ajustar o capacete a
cabeça do usuário.
65. Cáusticos Designação genérica dos ácidos e bases fortes. Os
cáusticos agem no organismo destruindo o tecido vivo.
66. CEI (NR-18) Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro
Social – INSS, referente à obra.
67. Chuva ácida chuva que se caracteriza por apresentar
características ácidas, em virtude de ter em sua composição ácidos diluídos,
em geral sulfúrico e ou nítrico. A chuva ácida se forma a partir da reação de
óxidos de enxofre e ou nitrogênio, provenientes de poluição industrial, com a
59

água presente na atmosfera. A reação dos óxidos com a água atmosférica


forma ácidos diluídos que se precipitam em forma de chuva com pH menor que
5. Também ocorrem outros tipos de precipitações ácidas, como por exemplo,
em forma de geada, granizo, neve ou neblina.
Os efeitos da chuva ácida são muito nocivos ao meio ambiente.
Destroem florestas, tornam o solo ácido, causam alteração química dos solos e
envenenam cursos d'água. Ao atingir rios e lagos, matam peixes e outros
organismos aquáticos. Também causam danos nas cidades, principalmente na
construção civil, deteriorando o concreto e a estrutura dos prédios. Atacam os
automóveis, estragando a pintura e causando corrosão de sua estrutura
metálica.
68. Cimbramento (NR-18) escoramento e fixação das fôrmas para
concreto armado.
69. Cinto de Segurança Tipo Pára-quedista (NR-18) é o que possui
tiras de tórax e pernas, com ajuste e presilhas; nas costas possui uma argola
para fixação de corda de sustentação.
70. CGC (NR-18) inscrição da empresa no Cadastro Geral de
Contribuintes do Ministério da Fazenda.
71. Chave Blindada (NR-18) chave elétrica protegida por uma caixa
metálica, isolando as partes condutoras de contatos elétricos.
72. Chave Elétrica de Bloqueio (NR-18) é a chave interruptora de
corrente.
73. Chave Magnética (NR-18) dispositivo com dois circuitos básicos,
de comando e de força, destinados a ligar e desligar quaisquer circuitos
elétricos, com comando local ou a distância (controle remoto).
74. Cinto de Segurança Abdominal (NR-18) cinto de segurança com
fixação apenas na cintura, utilizado para limitar a movimentação do
trabalhador.
75. Circuito de Derivação (NR-18) circuito secundário de distribuição.
76. Classes de Fogoclassificação do tipo de fogo, de acordo com o
tipo de material combustível onde ocorre. As classes de fogo são as seguintes:
 Classe A – quando o fogo ocorre em materiais de fácil combustão
com a propriedade de queimarem em sua superfície e
60

profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira,


papel, fibras, etc.;
 Classe B – quando o fogo ocorre em produtos inflamáveis que
queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.;
 Classe C – quando o fogo ocorre em equipamentos elétricos
energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.
 Classe D – quando o fogo ocorre em elementos pirofóricos como
magnésio, zircônio, titânio.
77. Coifa
1. em uma serra circular, o dispositivo destinado a proteger a região
do disco da serra.
2. tipo de chaminé usada para facilitar a exaustão de gases de um
ambiente.
78. Coletor de Serragem dispositivo destinado a recolher e lançar
em local adequado a serragem proveniente do corte de madeira.
79. Condutor Habilitado (NR-18) condutor de veículos portador de
carteira de habilitação expedida pelo órgão competente.
80. Conexão de Autofixação (NR-18) conexão que se adapta
firmemente à válvula dos pneus dos equipamentos para a insuflação de ar.
81. Código de Projeto o conjunto de Normas Técnicas utilizadas no
projeto e na fabricação de uma caldeira
82. Condição Insegura é a condição do ambiente de trabalho que
oferece perigo e ou risco ao trabalhador.
São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios
desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime de
obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
83. Contrapino (NR-18) pequena cavilha de ferro; de duas pernas,
que se atravessa naponta de um eixo ou parafuso para manter no lugar porcas
e arruelas.
84. Contraventamento (NR-18) sistema de ligação entre elementos
principais de uma estrutura para aumentar a rigidez do conjunto.
61

85. Contraventos (NR-18) elemento que interliga peças estruturais


das torres dos elevadores.
86. CPN (NR-18) Comitê Permanente Nacional sobre Condições e
Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção.
87. CPR (NR-18) Comitê Permanente Regional sobre Condições e
Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (Unidade(s) da
Federação).
88. Cutelo Divisor (NR-18) lâmina de aço que compõe o conjunto de
serra circular que mantém separadas as partes serradas da madeira.
89. Curieunidade de atividade de uma amostra radiativa, igual a 3,7
x 1010 desintegrações por segundo. Equivale a 37 GBq (gigabequerel).
Símbolo Ci.
90. dB (decibel) símbolo de decibel.
91. dB (A) (dê-bê-a) indicação do nível de intensidade sonora
medida com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de
compressão "A". O dB (A) é usado para definir limites de ruídos contínuos ou
intermitentes.
92. dB (C) (dê-bê-cê)indicação do nível de intensidade sonora
medida com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de
compressão "C". O dB (C) é usado para definir limites de ruídos de impacto.
93. Decibeldécima parte do Bel, unidade de intensidade sonora no
Sistema Internacional de Unidades.Símbolo dB.
94. Decibelimetro aparelho utilizado para medir a intensidade do
som.
95. Desmonte de Rocha a Fogo (NR-18) processo de retirada de
rochas com explosivos. Inclui fogo e fogacho;
a) Fogo – detonação de explosivo para efetuar o desmonte;
b) Fogacho – detonação complementar ao fogo principal.
96. Dispositivo Limitador de Curso dispositivo destinado a permitir
uma sobreposição segura dos montantes da escada extensível.
97. Desmonte de Rocha a Frio (NR-18) processo de retirada manual
de rocha dos locais com auxílio de equipamento mecânico.
62

98.Doenças Ocupacionais ou Profissional (NR-18) são aquelas


decorrentes de exposição a substâncias ou condições perigosas inerentes a
processos e atividades profissionais ou ocupacionais. Exemplo:silicose
99. Doenças do Trabalho são aquelas doenças que podem ser
adquiridas ou desencadeadas pelas condições inadequadas em que o trabalho
é realizado, expondo o trabalhador a agentes nocivos a saúde. Exemplo: dores
de coluna em motorista que trabalha em condições inadequadas
100. DL-50 (Dose Letal Média) em um ensaio com 100 cobaias, a
dose, de um produto, necessária para matar 50 cobaias.
101. DORT Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Ver LER.
102. Dutos Transportadores de Concreto (NR-18) tubulações
destinadas ao transporte de concreto sob pressão.
103. Eclusa de Pessoal (NR-15)– é uma câmara através da qual o
trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel e vice-versa;
104. Elementos Estruturais (NR-18) elementos componentes de
estrutura (pilares, vigas, lages, etc.).
105. Elevador de Materiais (NR-18) cabine para transporte vertical
de materiais.
106. Elevador de Passageiros (NR-18) cabine fechada para
transporte vertical de pessoas, com sistema de comando automático.
107. Elevador de Caçamba (NR-18) caixa metálica utilizada no
transporte vertical de material a granel.
108. Em Balanço (NR-18) sem apoio além da prumada.
109. Empilhadeira máquina provida de motor destinada a empilhar e
arrumar cargas em armazéns, parques ferroviários, pátios, entre outros.
110. Empurrador (NR-18) dispositivo de madeira utilizado pelo
trabalhador na operação de corte de pequenos pedaços de madeira na serra
circular.
111. Engastamento (NR-18) fixação rígida da peça à estrutura.
112. Engenharia de Segurança do Trabalho ramo da Engenharia
que se dedica a planejar, elaborar programas e a desenvoilver soluções que
63

visam minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, como


também proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
113. Encarregado de Ar Comprimido (NR-15) – é o profissional
treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos trabalhos sob ar
comprimido, designado pelo empregador como o responsável imediato pelos
trabalhadores;
114. EPI (NR-18) Equipamento de Proteção Individual – todo
dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física
do trabalhador.
115. Equipamento de Guindar (NR-18) equipamentos utilizados no
transporte vertical de materiais (grua, guincho, guindaste).
116. Ergonomia ( do Grego ergon, trabalho + nomos, lei) Ergonomia
é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários a
concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados
com o máximo de conforto e eficácia (Wisner – 1972). A ergonomia tem por
objetivo adaptar o trabalho ao homem, bem como melhorar as condições de
trabalho e as relações homem-máquina. A Ergonomia pode ser construtiva,
corretiva e cognitiva.
117. Escada de Abrir (NR-18) escada de mão constituída de duas
peças articuladas na parte superior.
118. Escada de Mão (NR-18) escada com montantes interligados
por peças transversais.
119. Escada Extensível (NR-18) escada portátil que pode ser
estendida em mais de um lance com segurança.
120. Escada Fixa (tipo marinheiro) (NR-18) escada de mão fixada
em uma estrutura dotada de gaiola de proteção.
121. Escora (NR-18) peça de madeira ou metálica empregada no
escoramento.
122. Esfignomanômetro aparelho destinado a medir pressão arterial.
123. Estabelecimento (NR-18) cada uma das unidades da empresa,
funcionando em lugares diferentes.
124. Estabilidade Garantida (NR-18) entende-se como sendo a
característica relativa a estruturas, taludes, valas e escoramentos ou outros
64

elementos que não ofereçam risco de colapso ou desabamento, seja por


estarem garantidos por meio de estruturas dimensionadas para tal fim ou
porque apresentem rigidez decorrente da própria formação (rochas). A
estabilidade garantida de uma estrutura será sempre objeto de
responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.
125. Estanque (NR-18) propriedade do sistema de vedação que não
permita a entrada ou saída de líquido.
126. Estaiamento (NR-18) utilização de tirantes sob determinado
ângulo, para fixar os montantes da torre.
127. Estetoscópio instrumento clínico usado para ausculta da região
do tronco, em especial o coraço e os pulmões.
128. Estrado (NR-18) estrutura plana, em geral de madeira,
colocada sobre o andaime.
129. Estribo de Apoio (NR-18) peça metálica, componente básico de
andaime suspenso leve que serve de apoio para seu estrado.
130. Estronca (NR-18) peça de esbarro ou escoramento com
encosto destinado a impedir deslocamento.
131. Estudo Geotécnico (NR-18) são os estudos necessários à
definição de parâmetros do solo ou rocha, tais como sondagem, ensaios de
campo ou ensaios de laboratório.
132. Etapas de Execução da Obra (NR-18) seqüência física,
cronológica, que compreende uma série de modificações na evolução da obra.
133. Explosivo (NR-18) produto que sob certas condições de
temperatura, choque mecânico ou ação química se decompõe rapidamente
para libertar grandes volumes de gases ou calor intenso.
134. Fail-safe conjuntos de medidas que visam minimizar os efeitos
de uma falha. O fail-safe pode ser passivo, ativou ou operacional
135. Fase de Embriaguês Em um estado de embriaguês, as fazes
que associam o comportamento do embriagado, em função de seu
comportamento e da concentração do álcool no sangue.
As fases de embriaguez são as seguintes:
• Fase do Macaco é a fase que ocorre quando há concentração de
0,6 a 1,5 mg de álcool por litro de sangue.
65

Na Fase do Macaco o alcoolizado apresenta sinais de euforia e


desinibição.
• Fase do Leão é a fase que ocorre quando há concentração de 1,6
a 3,0 mg de álcool por litro de sangue.
Na Fase do Leão o alcoolizado apresenta sinais de valentia e
agressividade.
• Fase do Porco é a fase que ocorre quando há concentração de
3,1 a 5,0 mg de álcool por litro de sangue.
Na Fase do Porco o alcoolizado apresenta descontrole sobre si
mesmo.
Em geral ocorrem vômitos e falta de equilíbrio.O alcoolizado pode
ainda evacuar e urinar nas próprias vestes.
136. Ferramenta (NR-18) utensílio empregado pelo trabalhador para
realização de tarefas.
137. Ferramenta de Fixação a Pólvora (NR-18) ferramenta utilizada
como meio de fixação de pinos acionada a pólvora.
138. Ferramenta Pneumática (NR-18) ferramenta acionada por ar
comprimido.
139. Flash-over temperatura em que o calor em uma área ou região
é alto o suficiente para inflamar simultaneamente todo o material inflamável a
sua volta. O flash-over caracteriza-se por inflamação dos gases presentes em
um ambiente, fazendo com que eles se incendeiem de repente, causando uma
explosão em forma de "bola" de fogo.
140. Fogo manifestação de combustão rápida com emissão de luz e
calor. Para que haja fogo são necessários três elementos: combustível,
combruente e ignição (calor) .
141. Fonte fria dispositivo portador de fonte radiativa que não
contém fonte radiativa. É usado geralmente para fins demonstrativos e
didáticos.
142. Fonte radiativa haste que contém uma fonte radiativa em
atividade.
143. Freio Automático (NR-18) dispositivo mecânico que realiza o
acionamento de parada brusca do equipamento.
66

144. Frente de Trabalho (NR-18) área de trabalho móvel e


temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma
obra.
145. Fumos (NR-18) vapores provenientes da combustão incompleta
de metais.
146. Gaiola Protetora (NR-18) estrutura de proteção usada em torno
de escadas fixas para evitar queda de pessoas.
147. Galeria (NR-18) corredor coberto que permite o trânsito de
pedestres com segurança.
148. Gancho de Moitão (NR-18) acessório para equipamentos de
guindar e transportar utilizados para içar cargas.
149. Gases Confinados (NR-18) são gases retidos em ambiente com
pouca ventilação.
150. Guia de Alinhamento (NR-18) dispositivo fixado na bancada da
serra circular, destinado a orientar a direção e a largura do corte na madeira.
151. Guincheiro (NR-18) operador de guincho.
152. Guincho (NR-18) equipamento utilizado no transporte vertical
de cargas ou pessoas, mediante o enrolamento do cabo de tração no tambor.
153. Guincho de Coluna (tipo "Velox") (NR-18) guincho fixado em
poste ou coluna, destinado ao içamento de pequenas cargas.
154. Guindaste (NR-18) veículo provido de uma lança metálica de
dimensão variada e motor com potência capaz de levantar e transportar cargas
pesadas.
155. Gray unidade de medida de dose absorvida equivalente a 100
rad. Símbolo gy.
156. Grua (NR-18) – equipamento pesado utilizado no transporte
horizontal e vertical de materiais.
157. Hipertensão – pressão arterial com valor maior ou igual a
140/90 mmHg ou 14 por 9. Também dita pressão alta
158. Hidrargirismo – doença causada pela contaminação por
mercúrio.
159. Incombustível (NR-18) material que não se inflama.
67

160. IBUTG – índice de bulbo úmido-termômetro de globo. índice


usado para avaliação da exposição ao calor.
O IBUTG é dado pelas seguintes expressões:
1. Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn
+ 0,3 tg
2. Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs +
0,2 tg
Onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.
161. Instalações Móveis (NR-18) contêineres, utilizados como
alojamento, instalações sanitárias e escritórios.
162. Instalação Nuclear (Portaria n.º 001, de 08/01/1982) aquela,
onde o material nuclear, nas quantidades autorizadas pela CNEN, é produzido,
processado, reprocessado, utilizado, manuseado ou estocado. Não se incluem
nesta definição os locais de armazenamento temporário de material nuclear,
durante o transporte.
163. Insuflação de Ar (NR-18) transferência de ar através de tubo de
um recipiente para outro, por diferença de pressão.
164. Intempéries (NR-18) os rigores das variações atmosféricas
(temperatura, chuva, ventos e umidade).
165. Isolamento do Local/Acidente (NR-18) delimitação física do
local onde ocorreu o acidente, para evitar a descaracterização do mesmo.
166. Isolantes (NR-18) são materiais que não conduzem corrente
elétrica, ou seja, oferecem alta resistência elétrica.
167. Jato de areia equipamento capaz de que lançar, em forma de
jato, grãos de areia fina em alta velocidade. O jato de areia é utilizado para
trabalhos artísticos em vidro, remoção de pinturas e ou ferrugem, etc. O jato de
areia foi proibido no Paraná, por causar silicose.
168. Lançamento de Concreto (NR-18) colocação do concreto nas
fôrmas, manualmente ou sob pressão.
68

169. Lançamento de Partículas (NR-18) pequenos pedaços de


material sólido lançados no ambiente em conseqüência de ruptura mecânica ou
corte do material.
170. Lençol Freático (NR-18) depósito natural de água no subsolo,
podendo estar ou não sob pressão.
171. Legalmente Habilitado (NR-18) profissional que possui
habilitação exigida pela lei.
172. LER – Lesão por Esforço Repetitivo O termo LER refere-se a
um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores,
atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos
mesmos. A LER é geralmente causada por movimentos repetidos e contínuos
com conseqüente sobrecarga do sistema músculo-esquelético. O esforço
excessivo, má postura, stress e más condições de trabalho também contribuem
para aparecimento da LER. Em casos extremos pode causar sérios danos aos
tendões, dor e perda de movimentos. A LER inclui várias doenças entre as
quais, tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do carpo,
bursite, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro toracico e síndrome do
pronador redondo. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente,
denominar as LER por DORT ou LER/DORT. A LER também é conhecida por
L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo).
A LER pode ser classificada em
• Nível 1 – se a doença for identificada nesta fase, caracterizada
por algumas pontadas, pode ser curada facilmente
• Nível 2 – dor mais intensa, porém tolerável, mais localizada,
acompanhada de calor e formigamento.
• Nível 3 – nem o repouso consegue, nesta fase, fazer com que a
dor diminua por completo. Incapacidade para certas funções
simples.
• Nível 4 – dores insuportáveis e só pioram tornado a parte afetada
dolorida, sem força e deformada. Nesta fase o paciente tem
depressão, ansiedade, insônia e angústia. A doença já não tem
mais cura.
69

173. Limite de Tolerância (NR-15) a concentração ou intensidade


máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante sua vida
laboral.
174. Locais Confinados (NR-18) qualquer espaço com a abertura
limitada de entrada e saída da ventilação natural.
175. Luva equipamento de proteção individual destinado a proteção
das mãos e ou antebraço.
176. Luxímetro aparelho destinado a medir a iluminação de uma
superfície.
177. Maconha Planta cujas folhas e flores se usam como narcótico e
produzem sensação semelhante as provocadas pelo ópio. Seu nome científico
é Canabis sativa. Seu principio ativo é o THC (tetra-hidrocanabiol)
178. Manômetro aparelho destinado a medir pressão.
179. Mapa de Riscos mapa que tem por objetivo indicar os riscos de
um ambiente de trabalho. Constitui-se uma planta do ambiente de trabalho, na
qual se indicam através de circulos coloridos os diversos tipos de riscos. Os
círculos variam de tamanho, sendo tanto maior quanto maior a gravidade do
risco indicado. No mapa de riscos o usam-se as seguintes cores: O verde
representa risco físico, o vermelho risco químico, o marrom risco biológico, o
amarelo risco ergonômico e o azul risco mecânico;
180. Máscara para Poeira equipamento de proteção individual
destinado a protejer o trabalhador contra poeira. Máscara para Poeira
181. Material Combustível (NR-18) aquele que possui ponto de
fulgor maior ou igual a 70oC e menor ou igual a 93,3oC.
182. Material Inflamável (NR-18) aquele que possui ponto de fulgor
menor ou igual a 70oC.
183. Máquina (NR-18) aparelho próprio para transmitir movimento ou
para utilizar e pôr em ação uma fonte natural de energia.
184. Médico Qualificado (NR-15) – é o médico do trabalho com
conhecimentos comprovados em Medicina Hiperbárica, responsável pela
supervisão e pelo programa médico;
70

185. Mitridização capacidade que possuem certos indivíduos de


absorver lenta e gradativamente pequenas quantidades de produto tóxico sem
grandes conseqüências.
186. Montante (NR-18) peça estrutural vertical de andaime, torres e
escadas.
187. NR Norma Regulamentadora. As NRs são elaboradas por
comissão tri-partite incluindo governo, empregados e empregadores e
publicadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. São em número de 29.
188. NRR (NR-18) Norma Regulamentadora Rural.
189. OIT 174 (convenção OIT 174) Convenção da Organização
Internacional do Trabalho, editada em 1993, que tem por objeto a prevenção de
acidentes industriais maiores que envolvam substâncias perigosas e a
limitação das conseqüências desses acidentes. A Convenção aplica-se a
instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores e não se aplica:
a) a instalações nucleares e usinas que processem substâncias
radioativas, à exceção dos setores dessas instalações nos
quais se manipulam substâncias não radioativas;
b) a instalações militares;
c) a transporte fora da instalação distinto do transporte por
tubulações.
O Brasil ratificou a OIT 174 em 02 de agosto de 2001.
190. Operador de Eclusa ou de Campânula (NR-15)– é o indivíduo
previamente treinado nas manobras de compressão e descompressão das
eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior;
191. Ópio (Do grego opion "suco de papoula") Substância que se
extrai do fruto maduro de diversas espécies de papoulas (Papaver sp.) e que é
utilizada como narcótico.
192. Orla de BartonUm dos sintomas que caracteriza a intoxicação
causada pelo chumbo. A Orla de Barton consiste em uma faixa, em coloração
azulada, na gengiva e ou nos dentes.
193. OSHA – Occupational Safety and Health Administration
organização americana de segurança e saúde do trabalho. A OSHA dedica-se
a prevenir acidentes, doenças e mortes relacionadas ao trabalho. Foi criada em
71

1971, está vinculada ao U.S. Department of Labor e tem sua sede em


Washington, DC
194. Parafuso Esticador (NR-18) dispositivo utilizado no
tensionamento do cabo de aço para o estaiamento de torre de elevador.
195. Pára-Raio (NR-18) conjunto composto por um terminal aéreo,
um sistema de descida e um terminal de aterramento, com a finalidade de
captar descargas elétricas atmosféricas e dissipá-las com segurança.
196. Passarela (NR-18) ligação entre dois ambientes de trabalho no
mesmo nível, para movimentação de trabalhadores e materiais, construída
solidamente, com piso completo, rodapé e guarda-corpo.
197. Patamar (NR-18) plataforma entre dois lances de uma escada.
198. PCMAT (NR-18) Programa de Condições e Meio Ambiente do
Trabalho na Indústria da Construção.
199. Perfil Profissiográfico descrição detalhada e individualizada de
cada uma das funções existentes em uma empresa, levando em conta tarefas,
equipamentos de proteção individual e coletivos, equipamentos e máquinas
utilizadas, meio ambiente de trabalho, ritmo de trabalho, área de trabalho, entre
outros.
200. Perímetro da Obra (NR-18) linha que delimita o contorno da
obra.
201. Perigo possibilidade de sofrer perda, dano físico, dano à
propriedade, à equipamento, dano ao meio ambiente, doenças, etc. Situação
inerente com capacidade de causar lesões ou danos à saúde das pessoas
(OIT)
202. Período de Trabalho (NR-15) – é o tempo durante o qual o
trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar atmosférico excluindo-
se o período de descompressão;
203. Pressão de Trabalho (NR-15) – é a maior pressão de ar à qual
é submetido o trabalhador no tubulão ou túnel durante o período de trabalho;
204. Pilão (NR-18) peça utilizada para imprimir golpes, por
gravidade, força hidráulica, pneumática ou explosão.
205. Piso Resistente (NR-18) piso capaz de resistir sem deformação
ou ruptura aos esforços submetidos.
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206. Plataforma de Proteção (NR-18) plataforma instalada no


perímetro da edificação destinada a aparar materiais em queda livre.
207. Plataforma de Retenção de Entulho (NR-18) plataforma de
proteção com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus) com caimento para o
interior da obra, utilizada no processo de demolição.
208. Plataforma de Trabalho (NR-18) plataforma onde ficam os
trabalhadores e materiais necessários à execução dos serviços.
209. Plataforma Principal de Proteção (NR-18) plataforma de
proteção instalada na primeira laje.
210. Plataforma Secundária de Proteção (NR-18) plataforma de
proteção instalada de 3 (três) em 3 (três) lajes, a partir da plataforma principal e
acima desta.
211. Plataforma Terciária de Proteção (NR-18) plataforma de
proteção instalada de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, a partir da plataforma
principal e abaixo desta.
212. Pneumoconiose doença do pulmão, causada pela
contaminação por algum tipo de mineral ou poeira. A pneumoconiose recebe
diversas designações de acordo com o tipo de poeira causadora da doença. A
asbestose, a silicone são os exemplos de pneumoconiose.
213. Postura Posição ou posições que o corpo humano assume
durante a realização de uma tarefa.
214. Prancha (NR-18) 1. peça de madeira com largura maior que
0,20m (vinte centímetros) e espessura entre 0,04m (quatro centímetros) e
0,07m (sete centímetros). 2. plataforma móvel do elevador de materiais, onde
são transportadas as cargas.
215. Pranchão (NR-18) peça de madeira com largura e espessura
superiores às de uma prancha.
216. Prisma de Iluminação e Ventilação (NR-18) espaço livre dentro
de uma edificação em toda a sua altura e que se destina a garantir a
iluminação e a ventilação dos compartimentos.
217. Protetor auricular equipamento de proteção individual destinado
a atenuar ruídos. Há diversos tipos de protetores auriculares. Destacam-se os
do tipo abafador e de inserção. Tipos mais Comuns de Protetores Auriculares
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Abafador De Inserção, tipo plug De Inserção, de espuma Com Haste


218. Protetor Removível (NR-18) dispositivo destinado à proteção
das partes móveis e de transmissão de força mecânica de máquinas e
equipamentos.
219. Protensão de Cabos (NR-18) operação de aplicar tensão nos
cabos ou fios de aço usados no concreto pretendido.
220. Proxêmica 1.ciência que estuda os aspectos culturais,
comportamentais e sociológicos das distâncias entre indivíduos. 2.
conhecimentos relativos ao uso humano do espaço, estudando a relação entre
o indivíduo e seu ambiente, as situações de contato ou de não contato entre as
pessoas, estabelecendo distâncias interpessoais.
221. Prumagem (NR-18) colocação de peças no sentido vertical
(linha de prumo).
222. rad unidade de medida de dose absorvida, igual a quantidade
de radiação ionizante, que provoca em um meio determinado a absorção de
100 erg de energia por grama do meio. Um rad equivale a 0,01 gray (gy)
Símbolo: rad .
223. Rampa (NR-18) ligação entre 2 (dois) ambientes de trabalho
com diferença de nível, para movimentação de trabalhadores e materiais,
construída solidamente com piso completo, rodapé e guarda-corpo. Plano
Inclinado.
224. RTP (NR-18) Regulamentos Técnicos de Procedimentos –
especificam as condições mínimas exigíveis para a implementação das
disposições da NR
225. Rampa de Acesso (NR-18) plano inclinado que interliga dois
ambientes de trabalho. Rede de Proteção – rede de material resistente e
elástico com a finalidade de amortecer o choque da queda do trabalhador.
226. Risco possibilidade real ou potencial capaz de causar lesão e
ou morte, danos ou perdas patrimoniais, interrupção de processo de produção
ou de afetar a comunidade ou o meio ambiente. Uma combinação da
probabilidade de que ocorra um acontecimento perigoso com a gravidade de
lesões ou danos à saúde da pessoa, causado por este acontecimento. (OIT)
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227. REM roentgen equivalent man. (radiação equivalente no


homem). unidade de medida de eficiência biológica da radiação. è igual a dose
desta radiação, que absorvida, tem o mesmo efeito que um rad de raios x.
Equivalente a centesima parte do Sievert (Sv).
228. Roentgen ou Röntgen unidade de medida de dose de
exposição à radiação. Símbolo R
229. Roldana (NR-18) disco com borda canelada que gira em torno
de um eixo central
230. Rosca de Protensão (NR-18) dispositivo de ancoragem dos
cabos de protensão.
231. RSI – repetitive strain injuri – Lesão por Esforço Repetitivo –
LER, em Inglês
232. Ruído Contínuo ou Intermitente o ruído contínuo é o que
apresenta emissão de energia acústica com duração superior a 1 segundo e
sem intervalos em sua emissão. O ruído Intermitente é o que apresenta
interrupções em sua emissão. Por extensão são considerados ruídos contínuos
ou intermitentes os ruídos que não são de impacto.
233. Ruído de Impacto o ruído que apresenta picos de energia
acústica de duração inferior a 1 segundo, a intervalos superiores a um
segundo. (NR– 15)
234. Segurança do Trabalho conjuntos de medidas que são
adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais,
bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
235. Sapatilha (NR-18) peça metálica utilizada para a proteção do
olhal de cabos de aço.
236. Saturnismo – doença causada pela contaminação por chumbo.
Caracteriza-se por diversos sintomas e pela orla de Barton.
237. Sievert unidade de medida equivalente de dose de radiação
ionizante no Sistema Internacional de Unidades. O nome da Sievert foi adotado
em 1979, pela Conferência Geral de Pesos e Medidas, em homenagem ao
físico suéco Rolf Sievert (1898-1966) . O Sievert tem a dimensão de 1J/kg. 1
Sv = 100 REM (roentgen equivalent man) Simbolo: Sv.
75

238. Silica Composto cristalino ou amorfo, insolúvel em água, branco


ou incolor. Compõe aproximadamente 60%, em peso, da crosta terrestre onde
é encontrada em forma de quartzo, cristobalita, tridimita entre outros. Nome
químico: dióxido de silício. Fórmula SiO2
239. Silicosedoença grave causada pela inalação de poeira de sílica
(SiO2), em geral quartzo, mas também outros tipos de poeira como cristobalita
e/ou tridimita, que conduz a inflamação e cicatrização do tecido pulmonar.
Quando o trabalhador inala partículas de sílica o tecido pulmonar reage criando
nódulos ao redor da partícula. Com o evoluir da doença esses nódulos se
aglomeram e formam placas maiores, impedindo as funções básicas do
pulmão. A evolução da silicose pode causar câncer de pulmão, bronquite e
tuberculose e mesmo morte.
240. Sinaleiro (NR-18) pessoa responsável pela sinalização,
emitindo ordens por meio de sinais visuais e/ou sonoros.
241. Sinergismo é o que ocorre quando o efeito dos produtos é
ultrapassado por outro efeito. Exemplo: o NaCl aumenta o efeito do SO2.
242. Sobrecarga (NR-18) excesso de carga (peso) considerada ou
não no cálculo estrutural.
243. Soldagem (NR-18) operações de unir ou remendar peças
metálicas com solda.
244. Talude (NR-18) inclinação ou declive nas paredes de uma
escavação.
245. Tambor do Guincho (NR-18) dispositivo utilizado para enrolar e
desenrolar o cabo de aço de sustentação do elevador.
246. Tapume (NR-18) divisória de isolamento.
247. Taquifilaxia é a tolerância desenvolvida após poucas doses
absorvidas do produto, por depleção do mediador disponível.
248. Temperatura Efetiva a temperatura calculada em função da
temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido (umidade relativa do
ar) e velocidade do ar, usada para avaliação do calor em ambientes de
trabalho. Seu valor é obtido através de ábacos para trabalhadores vestidos
e/ou com dorso desnudo. Também dito Índice de Temperatura Efetiva
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249. Tendinite (do Latin tendo, tendinis, tendão) – inflamação de um


tendão. Afecção que se caracteriza por inflamação de um tendão,
dor,formigamento, geralmente nos membros superiores e nas mãos e dedos.
Ocorre em geral devido a LER/DORT.
250. Termômetroaparelho utilizado para medir a temperatura.
251. Termômetro clínicoinstrumento ou aparelho utilizado para medir
a temperatura o corpo humano.
252. Termômetro de Bulbo Úmido termômetro composto de uma
haste contendo mercúrio e um pano úmido em sua base. Destina-se a medir a
umidade do ar.
253. Termômetro de Globo termômetro composto de uma haste
contendo mercúrio e uma esfera metálica que engloba o corpo da haste, sem
tocá-la. Destina-se a medir a temperatura devida ao calor irradiado.
254. Tinta (NR-18) produto de mistura de pigmento inorgânico com
tíner, terebintina e outros diluentes. Inflamável e geralmente tóxica.
255. Tirante (NR-18) cabo de aço tracionado.
256. Tolerância de espécie é a insensibilidade de certa espécie a
determinados produtos. Exemplo: resistência do coelho à atropina, uma droga
para fazer dilatar a pupila. Para o coelho a atropina não faz efeito.
257. Tolerância cruzada é a tolerância que ocorre com o uso
simultâneo de produtos farmalogicamente relacionados em particular os que
atuam no mesmo sitio receptor. Exemplo: resistência do alcoólatra a
anestésicos. Para muitos alcoólatras os anestésicos não fazem efeito
258. Torre de Elevador (NR-18) sistema metálico responsável pela
sustentação do elevador.
259. Transbordo (NR-18) transferência de trabalhadores de
embarcação para plataforma de trabalho, através de equipamento de guindar.
260. Transporte Semimecanizado (NR-18) é aquele que utiliza, em
conjunto, meios mecânicos e esforços físicos do trabalhador.
261. Trava de Segurança (NR-18) sistema de segurança de
travamento de máquinas e elevadores.
262. Trava-Queda (NR-18) dispositivo automático de travamento
destinado à ligação do cinto de segurança ao cabo de segurança.
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ANEXO 4
Check List para Auditoria em Recursos Humanos

Fonte: ttp://www.contabilidadeamazonia.com.br/artigos/artigo_54artigo_05.pdf/
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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ......................................................................................... 01


AGRADECIMENTOS ...................................................................................... 02
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... 03
RESUMO ........................................................................................................................ 04
METODOLOGIA ............................................................................................................. 05
SUMÁRIO ....................................................................................................................... 06
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 07

CAPÍTULO I
AUDITORIA..................................................................................................................... 11
1.1 Conceitos e Definições ....................................................................................... 11
1.2 Origem da Auditoria ............................................................................................ 12
1.3 Evolução Histórica no Brasil ............................................................................... 14
1.4 Achados de Auditoria .......................................................................................... 15
1.4.1 Evidências de Auditoria ...................................................................................... 16
1.5 Tipos de Auditoria ............................................................................................... 17

CAPÍTULO II
A PROFISSÃO DE AUDITOR ........................................................................................ 22

CAPÍTULO III
AUDITORIA TRABALHISTA .......................................................................................... 26

CONCLUSÃO ................................................................................................................. 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 37
ANEXOS ......................................................................................................................... 39
ÍNDICE ............................................................................................................................ 79

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