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Vantagens de investir em segurança de máquinas: um estudo de caso

Jair Antonio Corso (UCS) jaircorso@ig.com.br

Resumo
Este artigo busca, inicialmente, fazer um resgaste do conceito de acidente de trabalho, sob a
perspectiva de autores, bem como, o conceito legal. Na sequência, relate-se um histórico da
evolução das leis de proteção da integridade dos trabalhadores, proteção de prensas e
similares até a publicação da norma NR12, e por fim, análise de estudo de caso de acidente
de trabalho ocorrido em prensa excêntica freio embreagem, destacando-se as vantagens em
se investir em segurança nesse tipo de equipamento.
Palavras chave: Acidente, Investimento, Prensa, Segurança,.

1. Introdução
Todo trabalhador tem o direito de trabalhar e retornar para casa, sem acidentes ou doenças
relacionadas ao trabalho. Conforme a Constituição Federal, 1988, Artigo 7º, é direito do
trabalhador a redução dos riscos à saúde inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança.
Segundo o Ministério da Previdência Social (MPS), 2001, 25% dos acidentes do trabalho,
graves e incapacitantes, registrados no país, são causados por máquinas e equipamentos
obsoletos. Estes acidentes, na maioria dos casos, são evitáveis e têm como causa principal,
em sua maioria, o acesso às diferentes zonas de perigo das máquinas e/ou equipamentos de
trabalho. O resultado disso é choque, esmagamento, amputação, corte, entre outros acidentes
graves.
De acordo com Mello, et al., 1993, após extensa análise da casuística de traumatismos de
mão, causados por acidentes de trabalho, na cidade de Caxias do Sul – RS, nos cinco
primeiros meses do ano de 1993 foram analisados 1700 acidentes: 500 (30%) atingiram a mão
do trabalhador, sendo que 398 resultaram em amputação de dedos. O mesmo estudo apontou
que a indústria metalúrgica foi responsável por 50% dos acidentes, destacando-se as prensas
como as máquinas que mais vitimaram trabalhadores.
Através de diagnóstico para priorização de estratégias de redução de acidentes, apresentado
pelo Ministério da Previdência Social – Máquinas e Acidentes de Trabalho, 2001, identificou,
dentre as máquinas que mais causam acidentes, as prensas para metalurgia, responsável por
42% dos casos de esmagamento de dedos ou de mãos registrados em 1995 e 25% de todos os
acidentes graves causados por máquinas no mesmo ano.
Por sua vez, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem como objetivo melhorar as
condições de segurança e preservar a saúde de todos aqueles que realizam intervenções em
máquinas e equipamentos, seja na manutenção, na limpeza e no decorrer dos processos de
fabricação, vem atualizando a norma que trata deste assunto, a NR12 – Segurança no
Trabalho em Máquinas e Equipamentos, cuja última versão, através da Portaria 197,
publicada no DOU do dia 24 de dezembro de 2010, e que estabelece requisitos mínimos para
a prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e equipamentos de todos os
tipos, em todas as fases, desde o projeto até o sucateamento. Trata ainda, das fases de
fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título.
A melhoria da segurança deve ser uma preocupação de todos (Governo, Fabricantes,
Trabalhadores através de seus Sindicatos, entre outros). No entanto, apesar das providências
de prevencão intrínseca, que cabe aos fabricantes, para eliminar os riscos que possam gerar
danos aos que irão operá-los, tem-se ainda um grande número de máquinas e equipamentos já
em operação, que necessitam de adequação do sistema de segurança.
Em 2013, segundo dados das Comunicações de Acidentes de Trabalho ao Instituto Nacional
de Seguridade Social (INSS), apenas 11 tipos de máquinas e equipamentos (como serras,
prensas, tornos, frezadoras, laminadoras, calandras, máquina de embalar) provocaram 55.118
infortúnios, o que representa mais de 10% do total de 546.014 acidentes típicos comunicados
pelas empresas no Brasil, evidenciando o elevado risco que representam máquinas como
prensas e similares.
2. Acidente de trabalho
Conforme Rouast e Givord, 1934, define acidente como sendo um fato súbito e quase sempre
violento, que é de origem externa para o trabalhador, ao qual causa prejuízo por uma lesão
corporal.
Já, de acordo com Cunha Gonçalves, 2005, entende acidente como sendo o evento lesivo da
capacidade laborativa do trabalhador, derivado de causa física súbita, violenta e externa,
ocorrida na execução do trabalho e que é o respectivo risco específico ou genérico agravado.
Segundo o Art.19 da Lei 8.213 de 24/07/91, “acidente do trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado
especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou
permanente”. Um acidente pode causar um simples afastamento, perda ou redução da
capacidade para o trabalho, e até mesmo a morte do segurado.
Então, considera-se acidente de trabalho todo e qualquer evento, não programado, que
aconteça para o funcionário dentro das dependência da empresa ou a caminho dela, que cause
algum tipo de dano físico, psicológico ou à propriedade.
3. Histórico das leis de proteção da integridade dos trabalhadores
Falar em segurança e saúde para os trabalhadores, durante os séculos passados ou mesmo nos
dias atuais, é considerado supérfluo no mercado globalizado. Isso resulta, em contra partida,
a necessidade do estabelecimento de diplomas legais que buscam garantir, ao menos no papel,
o estrito e mínimo necessário para a sobrevivência e dignidade do ser humano.(REVISTA
PROTEÇÃO, 2010).
O primeiro documento legal que abordou o tema da responsabilidade de quem detém o poder,
foi elaborado por Hamurabi, rei da Babilônia (aproximadamente de 1792 a 1750 antes de
Cristo).. O Código de Hamurabi apresenta 282 artigos que são ordens judiciais de proteção da
propriedade, da família, do trabalho e da vida humana. (REVISTA PROTEÇÃO, 2010).
No mesmo artigo citado, consta que no código de Hamurabi, pode-se verificar a existência de
preceitos e sanções imediatas para neutralizar as ilicitudes e limitar os desmandos dos mais
fortes. Especificamente tratando da responsabilidade, Hamurabi é incisivo no artigo 229: “se
um arquiteto constrói para alguém e não o faz solidamente e a casa que ele construiu cai e fere
de morte o proprietário, esse arquiteto deverá ser morto”, e segue no artigo 230: “Se fere de
morte o filho do propritário, deverá ser morto o filho do arquiteto”, ressaltando a importância
da responsabilidade do empregador para consigo mesmo, familiares e terceiros.
A criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em 1919, procurou trazer a tona
as reclamações da população trabalhadora do início do século XX, que foi drasticamente
mutilada pela Primeira Guerra Mundial, fortalecendo dessa forma o surgimento dos primeiros
diplomas legais e políticos que iriam subsidiar outras reinvidicações ao longo de todo o
século. Tanto na Europa, quanto na América do Norte, as primeiras medidas visando a
proteção do trabalhador só foram adotadas para o cumprimento das leis que
responsabilizavam empresários negligentes. (REVISTA PROTEÇÃO, 2010)
No Brasil, os antecedentes da legislação em Segurança e Saúde no Trabalho apontam a
existência de muitos diplomas legais com iniciativas prevencionistas. O início dessas
manifestações se dá pelo decreto 1313, de 17 de janeiro de 1891, baixado pelo Marechal
Manoel Deodoro da Fonseca, ainda na Primeira República, instituindo proibições nas fábricas
em favor da segurança no trabalho. (REVISTA PROTEÇÃO, 2010)
O Art. 5º do referido decreto 1313, diz: “É proibido qualquer trabalho, compreendido o da
limpeza das oficinas, aos domingos e dias de festa nacional, bem assim das 6 horas da tarde às
6 horas da manhã, em qualquer dia, aos menores de ambos os sexos até 15 anos”.
Pode-se ressaltar, também, o decreto-lei 3.724 de 15 de janeiro de 1919, considerada a
primeira lei de acidentes do trabalho do Brasil; o decreto-lei 5.452, de 1° de maio de 1943,
que instituiu a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o Decreto-lei 7.036, de 10 de
novembro de 1944, que obrigava as empresas com mais de 100 empregados a constituírem
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, e a Lei 6.514, de 22 de dezembo de
1977, que alterou o capítulo V, Título II da CLT, tratando da Segurança e da Medicina do
Trabalho. (REVISTA PROTEÇÃO, 2010).
Esse conjunto de leis, ao longo dos anos, foram trazendo responsabilidades para todas as
instâncias, na medida em que foram criando regras a serem seguidas e penalizando
empregadores, que não respeitam as mínimas condições de segurança para o exercício das
atividades dentro dos parques fabris.
4. Evolução das Normas de Proteção para Prensas e Similares.
No início da década de 1980, as entidades que representavam os trabalhadores, começaram a
discutir com a sociedade os efeitos das vítimas de acidentes de trabalho. Nesse momento,
grande parcela das lesões dos membros superiores se originavam em acidentes em prensas e
similares. (CONVENÇAO COLETIVA DE MELHORIAS DAS CONDIÇÕES DE
TRABALHO EM PRENSAS E SIMILARES, 2006)
Para compreensão do acima descrito, é importante conceituar prensas, que são máquinas
utilizadas na conformação e corte de materiais diversos, onde o movimento do martelo
(punção) é proveniente de um sistema hidráulico/pneumático ou de um sistema mecânico,
onde o movimento rotativo é transformado em linear através de sistemas de bielas, manivelas
ou fusos, conforme demonstrado na figura 1. (MANUAL DE PRENSAS E SIMILARES,
2007)
Em 1989, com o apoio, da então, Delegacia Regional do Trabalho, do estado de São Paulo -
DRT/SP, Magrini e colaboradores pesquisaram condiçoes de trabalho com prensas mecânicas
nas indústrias da zona norte da cidade de São Paulo, revelando que 91% destas máquinas
eram do tipo engate de chaveta, 38% exigiam o ingresso das mãos dos operadores nas zonas
de prensagem e 78% apresentavam a zona de prensagem aberta. Tais situações eram as
principais causas para o elevado número de acidentes graves apresentados nas estatísticas da
Previdencia Social (1990).
Fonte:(Manual básico de prensas e similares,2007)

Figura1- Prensa Mecânica Excêntrica de Freio-Embreagem - PMEFE


Para tentar reverter esta situação, de 1993 a 1995, a Convenção Coletiva Geral dos
Metalurgicos de São Paulo, promoveu a criação de uma subcomissão bipartite de caráter
permanente, específica para estudar os acidentes em prensas e similares.
Em 1996, a DRT/SP, iniciou a discussão com órgãos públicos, técnicos e acadêmicos, além
das representações sindicais, visando o estabelecimento de proteções e procedimentos para
trabalho seguro com prensas e similares, surgindo, dessa forma, o PPRPS – Programa de
Prevenção de Risco em Prensas e Similares, exclusivo para o estado de SP.
Na continuidade, a Portaria DRT/SP n° 50 de 11/9/1997, criou a comissão de negociação
Tripartite sobre protenção em Prensas Mecânicas, como já descrito, máquinas grande
causadoras de acidentes graves.
Devido a mesma problemática dos acidentes de trabalho, outros estados do Brasil, como MG
e RS, demonstravam a necessidade de busca por soluções coletivas. Em 2000, foi estabelecido
como meta macro regional no Estado do RS a redução de acidentes na indústria metalúrgica,
orientados pelo planejamento nacional. (MANUAL DE PRENSAS E SIMILARES, 2007).
Em 2001, dentre as ações para enfrentamento do problema, surgiu o Manual Básico de
Segurança em Prensas e similares, instrumento usado para difundir, de forma efetiva e
abrangente, a identificação e formas de erradicação dos riscos mais comuns presentes nas
operações com prensas e similares.
Em 2004, o MTE, afim de uniformizar e divulgar boas práticas em nível nacional, ouvindo os
trabalhadores, empregadores e fabricantes, publicou Nota Técnica - NT 37/2004, a qual
estabeleceu princípios para proteção de prensas e similares, que foi substituida pela Nota
Técnica - NT 16/2005, com inclusão de alterações.
A aguardada reedição da NR 12, foi apresentada pelo MTE no dia 17 de dezembro de 2010,
por meio da Portaria 197, e publicada no Diário Oficial da União no dia 24 de dezembro de
2010. Com uma série de mudanças com relação à versão anterior, a nova NR12 surpreende,
inicialmente, pela abrangência. O texto que antes englobava apenas seis itens principais e
mais dois anexos, passou a especificar 19 itens principais, contando com três apendices, sete
anexos e um glossário. (REVISTA PROTEÇÃO 2011).
Em 8 de dezembro de 2011, foi inserido pela portaria SIT nº293, o anexo XII- Equipamentos
de guindar para elevação de pessoas e realização de trabalho em altura.
A Portaria MTE 197/2010, criou a Comissão Nacional Tripartite Temática – CNTT da NR12
com o objetivo de acompanhar a implantação da nova regulamentação, conforme estabelece o
Art. 9° da Portaria 1.127, de 02/10/2003. A NR12 tem a sua existência jurídica assegurada,
em nível de legislação ordinária, através dos artigos 184 a 186 da CLT. (LEGISLAÇÃO DE
SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO, 2013).
Destaca-se o Anexo VIII, da NR 12, que trata específicamente de prensas e similares. Nesse
anexo é definido regras para se implantar sistemas de segurança efecientes em prensas e
similares, orientando sobre, sistemas de segurança nas zonas de prensagem, proteção da zona
de prensagem ou de trabalho, sistemas de comando, dispositivos de parada de emergência,
monitoramento da posição do martelo e pedais de acionamento. A figura 2 apresenta uma
prensa mecânica excêntrica de freio embreagem – PENFE, com sistema de seguraça
instalado.

Cortina de
Luz Fechamento
Lateral

Botão de
Emergência

Botão
Bimanual

Fonte:(Apresentação Realizada pelo MTE ao Sindicato das Indústrias Metalúrlicas de Piracicaba, 2011)

Figura 2- Prensa mecânica excêntrica freio embreagem protegida conforme NR12

5. Estudo de caso de um acidente em prensa excentrica freio embreagem


O estudo de caso proposto, é para demonstrar as vantagens do investimento em segurança de
prensas e similares, como exemplo, acidente ocorrido em uma prensa mecânica excentrica
freio embreagem, com capacidade de 250 toneladas, localizada na empresa XY.
A prensa era dotada de um sistema obsoleto de segurança, formado por:
- Fechamento mecânico da zona de prensagem, grade e porta tipo guilhotina, equipada
com micro-chave, de forma a não permir a operação da mesma com a zona de
prensagem aberta;
- Comando bi-manual elétrico, para acionamento no momento do ajuste da máquina;
- Pedal protegido e com acionamento elétrico.
O acidente aconteceu da seguinte forma, conforme Relatório de Acidente do Trabalho da
empresa XY:
“O funcionário estava operando uma prensa freio embreagem de 250 toneladas. Em dado
momento quebrou uma mola da ferramenta, que tem a função de extrair a peça da máquina.
Nessa situação o operador deveria ter retirado a ferramenta e levado a mesma até setor de
ferramentaria para fazer o conserto.
O operador optou por tentar resolver o problema e chamou um mecânico de manutenção para
ajudar. O mecânico negou-se a ajudar, pois não era de sua competência. Depois de muita
insistência do operador, o mecânico resolveu auxiliá-lo.
No momento da troca da mola, o operador burlou a chave de intertravamento da porta frontal
da máquina para facilitar o trabalho e colocou um calço metálico como apoio entre o punção e
a matriz da ferramenta.
Após o substituição da mola, o operador manteve a porta da máquina burlada e aberta,
esquecendo o calço dentro da ferramenta. Ao acionar a máquina, uma parte de calço que se
rompeu foi arremessado contra o seu rosto, ocasionando uma grave lesão no maxilar inferior.”
No dia seguinte ao acidente, a empresa XY foi fiscalizada por Auditor Fiscal do Trabalho do
MTE, que interditou a máquina até que fossem feitas as adequanções de segurança, seguindo
as orientações da NR12. A máquina ficou interditada por 15 dias, impossibilitando a produção
nesse equipamento.
Com o acidente a empresa teve uma série de custos diretos, tabela 1:

DESPESAS Valor em R$
Farmácia 187,37
Mercado 772,16
Estacionamento 31,00
Combustível 101,63
Hospital 10.960,51
Serviços de implantes odontológico 12.907,00
Atendimento psicológico 2.565,00
Indenização ao funcionário 39.000,00
Honorários advocatícios 3.900,00
Perícia médica 1.000,00
Perícia odontológica 1.000,00
Fonte:(Recursos Humanos da Empresa XY,2015)

Tabela1- relação de gastos com acidente


Logo, o acidente teve um custo direto total de R$72.424,67.
Além dos custo diretos do acidente, a empresa ainda teve custos indiretos, entre outros, com:
- parada de produção no momento do acidente, 10 pessoas que estavam no mesmo pavilhão
onde aconteceu o acidente, durante 2 horas;
- impossibilidade de produzir com o equipamento, por um período de 15 dias;
- afastamento do funcionário, por um período de 6 meses.
Com o acidente, a empresa XY antecipou o investimento para adequação da máquina à NR12,
que estava previsto para ser feito 13 meses após o sinistro, seguindo programa de adequação
de segurança dos equipamentos da empresa.
Para fazer a adequações do sistema de segurança da prensa, segundo a norma NR12, o
investimento foi de R$53.990,58.
6. Conclusão
Em tempos de globalização, as empresas não podem desperdiçar tempo de produção e
recursos financeiro, por falta de planejamento ou falta de visão sistêmica do parque fabril.
Analisando o estudo de caso acima, pode-se perceber que a empresa XY teve um grande
prejuízo ao subestimar o perigo de acidente, que era encoberto por um sistema de segurança
muito precário e fácil de ser burlado. Prejuízo esse, desde os gastos com os custos diretos do
acidente, como pagamento de despesas de tratamento médico, pagamento de indenizações e
pagamentos de advogados, relatados na tabela 1, até custos não calculados mas muito mais
onerosos, não computados como, tempo de fábrica parada, tempo de interdição de
equipamento impossibilitando a produção e o mais importe o desgaste emocional dos
funcionários que presenciaram o acidente.
Caso a empresa XY tivesse antecipado a adequação do sistema de segurança da prensa,
poderia ter evitado danos físicos e psicológicos ao trabalhador.
É inegável que no decorrer dos últimos anos, avançou-se muito em se tratando de direitos dos
trabalhadores em relação a melhores condições de trabalho e segurança, porém, sabe-se que o
País necessita de maiores investimentos. Ajustes na legislação e sobre tudo, na fiscalização
são indispensáveis. Diariamente, muitas vidas se perdem por causa de acidentes perfeitamente
evitáveis.
Cabe assim aos legisladores, poder público, instituições e profissionais de todas as áreas,
repensar e efetivar práticas no sentido de melhorar as condições de trabalho no país.
Referências
CONVENÇÃO COLETIVA DE MELHORIAS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO EM PRENSAS E
EQUIPAMENTOS SIMILARES, INJETORAS DE PLÁSTICO E TRATAMENTO GALVÂNICO DE
SUPERFÍCIES NAS INDUSTRIAS METALÚRGICAS NO ESTADO DE SÂO PAULO, 2006.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, 43ª edição atualizada até a emenda
constitucional nº84/2014.
CUNHA GONÇALVES, LUIZ. Tratado do Direito Civil Volume 5 – Tomo1, 2005 editora Max Limonad
DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO DE SÃO PAULO – DRT/SP 1989
FIERGS–Manual de segurança em prensas e similares, 1ª Edição revisada. Porto Alegre: Conselho de relações
do trabalho e Previdência social, Grupo de Gestão do ambiente de trabalho, 2007.
LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA E SAUDE NO TRABALHO, 2013, 10ª edição. P.13 e 14.
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL – Máquinas e Acidentes de Trabalho. – Brasília:
MTE/SIT; MPAS, 2001. Coleção Previdência Social; v.13
MORAES, GIOVANNI ARAÚJO, (2013)–Legislação de Segurança e saúde Ocupacional. 9ª edição. Rio de
Janeiro 2013.
NOTA TÉCNICA DSST- Nº16/2005, Ministério do Trabalho e Emprego.
NOTA TÉCNICA DSST – Nº37/2004, Ministério do trabalho e emprego.
REVISTA PROTEÇÃO DE MAIO DE 2010 – 221- Agregando Valor. P.102
REVISTA PROTEÇÃO, DE ABRIL DE 2011 - 230 – Norma Repaginada. P.38.
ROUAST e GIVORD, (1934) – Traité du Droit des Accidents du Travail et des Maladies
SOUSA, MIGUEL AUGUSTO GONÇALVES, (1964) –Acidentes do Trabalho. 1ª edição. Revista dos
Tribunais. São Paulo 1964.

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