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Conceito de NJ
Os negócios jurídicos são actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de
vontade, dirigidas à realização de certos efeitos práticos, com intenção de os alcançar sob
tutela do direito, visam a produção dos efeitos jurídicos conformes à intenção manifestada
pelo declarante ou declarantes.
Vícios de Vontade
Ex: A quer comprar uma moeda de ouro a B. B engana-o e diz-lhe que é de ouro mas é de
cobre.
A compra a moeda e é essa a sua vontade, não há qualquer divergência entre a declaração
e a vontade, mas a vontade está viciada, foi formada de uma maneira anormal. Estes
vícios podem revestir as seguintes categoria:
Erro;
Dolo;
Coacção
Incapacidade acidental.
Erro
EX: António quer dar um anel à Berta porque está convencido de que é filha da antiga
namorada dele, mas na verdade esta não é filha. ANULÁVEL.
EX: A compra um terreno a pensar que tem água mas não tem. O objecto é o terreno, é
um erro sobre o objecto.
Ex: Eu descubro que padeço de uma enfermidade e dentro de 1 dia vou falecer, e
decido doar minha casa, passando dois meses descubro que foi um erro do hospital, aqui os
motivos que me levaram a doar foi essencialmente a morte.
NB: Para que o erro vício possa anular o negócio é necessário que hajam duas
condições gerais:
- Essencialidade, ou seja, determinante para fazer o negócio, sem ele o negócio não se teria
feito.
-Propriedade, ou seja, o erro tem de ser próprio, tem que incidir sobre uma circunstância que
não seja a verificação de qualquer elemento de validade do negócio.
Dolo – aqui o dolo ocorre quando se tem uma sugestão ou artifício usados com o fim
de enganar o autor da declaração (art. 253º/1 CC). A noção de dolo consta do art. 253º/1.
Coacção
EX: Nas circunstâncias em que nos dizem ou você me assina o contrato ou dou-lhe um
tiro.
A coacção pode ser dirigida à pessoa (Ex: ou assinas o contrato ou dou-te um tiro),
pode ser dirigido à honra, ou dirigido a terceiro (Ex: ou assinas ou dou um tiro à tua mulher).
A coacção pode ser feita pelo declaratório ou pelo terceiro.
Coacção Física duma análise feita no art. 246 do CC nota-se que a declaração negocial
emitida por coacção física não produz efeitos jurídicos, desde que o declarante não tenha
culpa, logo há aqui nulidade.
Pretende afastá-lo como causa relevante do medo, tendo como consequência que o
acto praticado por temor reverencial, tem por fonte um dever, que é a contrapartida de um
poder funcional. O temor reverencial é irrelevante porque não haveria nunca ameaça ilícita,
porque a conduta do pertenço coactor, mais não é o exercício normal desse poder. Deixará de
haver simples temor reverencial se exceder no exercício do poder que lhe é atribuído.
Incapacidade Acidental
A hipótese está prevista no art. 257º CC, onde se prescreve a anulabilidade, desde que
se verifique o requisito (além da incapacidade acidental) destinado à tutela da confiança do
declaratário a notoriedade ou o conhecimento da perturbação psíquica.
É um vício de vontade porque a pessoa que está acidentalmente incapacitada não está
em condições de celebrar um negócio no estado normal, a sua vontade não foi formada de
uma maneira.
Para se conseguir a anulação de uma declaração negocial, com base neste preceito é
necessário: