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CURITIBA
2021
2
ALISSON FERNANDO MACHADO
HENRIQUE ALVES WLODKOVSKI
LARISSA RACHADEL MARTINS
LUIZ FLAVIO LUCHETTA MARTINS
Projeto apresentado na
disciplina de Projeto Final no curso de
graduação em Engenharia de
Alimentos da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná como forma
parcial de avaliação para a obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
de Alimentos.
CURITIBA
2021
3
ALISSON FERNANDO MACHADO
HENRIQUE ALVES WLODKOVSKI
LARISSA RACHADEL MARTINS
LUIZ FLAVIO LUCHETTA MARTINS
Projeto apresentado na
disciplina de Projeto Final no curso de
graduação em Engenharia de
Alimentos da Pontifícia Universidade
Católica do Paraná como forma
parcial de avaliação para a obtenção
do título de Bacharel em Engenharia
de Alimentos.
COMISSÃO EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecemos а Deus, qυе fez com que nossos
objetivos fossem alcançados, durante todos os nossos anos de estudos e por ter
permitido quetivéssemos saúde е determinação para não desanimar durante a
realização deste trabalho.
A professora Nara Maria Patias, que sempre nos guiou, instruiu e exigiu o
melhor de nós para o desenvolvimento do trabalho, e por todos os conselhos
que sempre nos deu, fazendo-nos chegar até aqui.
5
(Paulo Beleki)
6
RESUMO
ABSTRACT
BA Bahia
CE Ceará
DF Distrito Federal
Ec Energia Cinética
Ep Energia Potencial
g Grama
h Horas
H Entalpia
IN Instrução Normativa
9
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
L Litros
LO Licença de Operação
m³ Metro Cúbico
min Minutos
ml Mililitros
MP Matéria Prima
NC Número de Células
NR Norma Regulamentadora
Og Densidade do Mosto
PE Pernambuco
pH Potencial Hidrogeniônico
PR Paraná
R$ Reais
SP São Paulo
KM Quilômetros
°C Graus Celsius
11
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Diagrama de blocos do processo de produção de whisky. .............. 35
Figura 2 - Top Whisky Markets (2014). ............................................................. 40
Figura 3 - Fluxograma de processo (PFD) 01: Recepção, armazenamento,
moagem e mostura. ......................................................................................... 48
Figura 4 - Fluxograma de processos (PFD) 02: Filtração e fervura.................. 49
Figura 5 - Fluxograma de processos (PFD) 03: Resfriamento e fermentação. 50
Figura 6 - Fluxograma de processos (PFD) 04: Destilação. ............................. 51
Figura 7 - Fluxograma de processos (PFD) 05: Maturação e envase. ............. 52
Figura 8 - Esquema das reações assumidas no modelo de maltagem. ........... 57
Figura 9 - Atividade da α-amilase para descansos utilizados industrialmente. . 64
Figura 10 - Atividade da β-amilase para descansos utilizados industrialmente.64
Figura 11 - Perfil de temperaturas para descansos utilizados industrialmente. 65
Figura 12 - Concentração de carboidratos para descansos utilizados
industrialmente. ................................................................................................ 65
Figura 13 - Moinho ........................................................................................... 76
Figura 14 - Tanque de Mostura. ....................................................................... 78
Figura 15 - Filtro Prensa. .................................................................................. 79
Figura 16 - Vaso de Fervura. ............................................................................ 81
Figura 17 - Trocador de Calor ( Resfriamento). ................................................ 82
Figura 18 - Biorreator (Fermentação) ............................................................... 83
Figura 19 - Colunas de Destilação 1, 2 e 3. ..................................................... 85
Figura 20 - Unidades de Maturação. ................................................................ 87
Figura 21 - Etapa de Peneiramento. ................................................................ 88
Figura 22 - Vaso de Pulmão (Blending) ............................................................ 89
Figura 23 - Envase. .......................................................................................... 90
Figura 24 - Caminho hipotético da mostura...................................................... 93
Figura 25- Esboço Fermentador Cilindro-Cônico ........................................... 103
Figura 26 - Indicadores do Moinho de Rolos. ................................................. 107
Figura 27 - dimensões da 1° coluna de destilação ......................................... 108
12
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Produção de etanol em mol/m³ a 10,5°C. ....................................... 67
Gráfico 2 - Produção de etanol em mol/m³ a 20°C. .......................................... 68
Gráfico 3 - Consumo de açúcares fermentáveis em g/L a 10,5°C. ................... 69
Gráfico 4 - Consumo de açúcares fermentáveis em g/L a 20°C. ...................... 69
Gráfico 5 - Concentração de biomassa (cel/ml). .............................................. 70
Gráfico 6 - variação das concentrações de Biomassa, Açúcares, Etanol e Dióxido
de Carbono em função do Tempo durante a fermentação. .............................. 75
14
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Composição química e requisitos de qualidade para uísque
estipulados pela legislação brasileira. .............................................................. 27
Tabela 2 - Faixas de temperatura (°C) para ativação enzimática ..................... 29
Tabela 3 - Composição Pot Ale. ....................................................................... 32
Tabela 4 - Referência para a cidade fornecedora de matéria-prima e portos. .. 43
Tabela 5 - Referência dos códigos para as principais cidades do mercado
consumidor. ...................................................................................................... 43
Tabela 6 - Distância entre matéria-prima e mercado consumidor..................... 43
Tabela 7 - Distância entre os portos e os países fornecedores de matéria prima.
......................................................................................................................... 44
Tabela 8 - Valor estimado de frete para transporte de matéria-prima. .............. 44
Tabela 9 - Previsão de gasto do transporte do produto acabado. .................... 45
Tabela 10 - Previsão de gasto do transporte do produto acabado enviado para
fora. .................................................................................................................. 46
Tabela 11 - Comparação entre cidades do mercado consumidor. .................... 47
Tabela 12 - Valores de Parâmetros estimados durante experimento. .............. 62
Tabela 13 - - Balanço de Massa do Moinho. .................................................... 78
Tabela 14 - Balanço de Massa Mosturação...................................................... 79
Tabela 15 - Balanço Molar da Mosturação. ...................................................... 79
Tabela 16 - Balanço de Massa Clarificação...................................................... 80
Tabela 17 - Balanço de Massa Fervura. ........................................................... 81
Tabela 18 - Balanço de Massa Resfriamento. .................................................. 82
Tabela 19 - Balanço de Massa Biorreator (Fermentação) ................................ 84
Tabela 20 – Balanço Molar do Biorreator (Fermentação) ................................. 84
Tabela 21 - Balanço de Massa Destilação 1..................................................... 86
Tabela 22 - Balanço de Massa Destilação 2..................................................... 86
Tabela 23 – Balanço de Massa Destilação 3. ................................................... 87
Tabela 24 - Balanço de Massa Maturação. ...................................................... 88
Tabela 25 - Balanço de Massa Peneiramento. ................................................. 89
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 21
2 OBJETIVOS ............................................................................................. 26
6 LOCALIZAÇÃO ........................................................................................ 42
11.10 Blending............................................................................................... 89
11.11 Envase................................................................................................. 90
1 INTRODUÇÃO
O presente projeto é um trabalho para a conclusão do curso de
Engenharia de Alimentos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sendo
de muita importância para a formação dos estudantes do curso, para a aplicação
de todos os conhecimentos adquiridos durante o decorrer dos anos de estudo.
Esse trabalho analisará os aspectos para a construção de uma unidade
produtora de uísque no Brasil, com análises para determinar o local com melhor
viabilidade econômica para a instalação da planta, e diagramas do
processamento desde a matéria prima até o produto final. O foco do projeto é a
produção de uísque a um preço acessível ao público geral, para que o mesmo
possa ser comercializado em bares e restaurantes, sendo uma opção de bebida
para ser consumida nesses locais.
Para contextualizar o leitor, o seguinte trabalho consta de uma síntese
sobre a história de origem e desenvolvimento do whisky em diversos lugares do
mundo, pois assim facilita a compreensão do tema e do funcionamento da
produção do whisky. É realizada uma averiguação dos componentes do whisky
e das diversas variações possíveis de whisky que podem ser fabricadas, dando
origem aos diversos tipos existentes. Em sequência é feito um estudo técnico
das rotas de produção do whisky sobre como é feita a produção do whisky desde
da matéria prima até ao produto final, com fluxograma explicitando o processo e
com análise dos elementos presentes.
Foram elaborados diagramas que apresentam o funcionamento do
processo de produção do whisky desde a matéria prima até ao produto final
engarrafado, com todas as informações de controle dos equipamentos utilizados,
além de conter uma seção descritiva, que explicita detalhadamente a função de
cada etapa de produção e de cada equipamento.
A localização da fábrica foi definida através de um estudo de mercado,
para estabelecer de forma estratégica o melhor local para a instalação da
mesma, pela análise da demanda local de whisky, os custos para transporte da
matéria prima e produto acabado, impostos e os custos de serviços locais.
22
ferimentos e agia como um antibiótico e até anestésico para dor, por isso não se
sabe exatamente se sua descoberta como um drinque foi um possível acidente
pelos escoceses ou pelos monges irlandeses. A história do whisky iniciou a
centenas de anos atrás, sendo que em 1494 foi feito o primeiro registro de
produção dessa bebida na Escócia, e sua produção se deu pelo início do
processo de destilação (BRUCE-GARDYNE; BROOM; BUXTOM, 2009).
A partir da descoberta do whisky na Escócia, o mesmo passou a ser cada
vez mais popular com o tempo e tornou-se um drinque do dia-a-dia, com isso o
seu processo de produção também foi melhorado. Na atualidade o whisky
escocês é o de maior reputação e confiabilidade devido ao maior tempo de
experiência que esse país tem em sua produção, além dos fatores geológicos e
climáticos do local e pela qualidade da cevada. O whisky escocês (Scotch
Whisky) é fabricado exclusivamente na Escócia, e passa por um período de no
mínimo 3 anos para maturação, regra definida neste último século, apesar de
houver pouco incentivo para esse longo período de maturação, pela perda de
até 2% ao ano devido a evaporação. Devido a esse longo período de
envelhecimento, os barris de carvalho possuem um papel de grande importância
para o desenvolvimento das características sensoriais da bebida, sendo que o
barril em seu primeiro enchimento concede mais cor e sabor em 5 anos do que
um barril em seu terceiro enchimento (BRUCE-GARDYNE; BROOM; BUXTOM,
2009).
Nos EUA e no Canadá o whisky teria chegado durante o século XVIII, pela
vinda de imigrantes escoceses e irlandeses que tinham conhecimento do
processo de destilação. Deste modo os imigrantes produziram novos tipos de
whisky, sendo inicialmente feito o whisky de centeio nas regiões de Maryland e
Pennsylvania e o “whiskey” Bourbon americano através do destilado elaborado
a partir do milho (SMB, 2020).
No Japão foi através do químico Masataka Taketsuru, que viajou para a
Escócia em 1918 para aprender sobre o processo de destilação e produção de
whisky, quando ele retornou ao Japão em 1920, ele ajudou a fundar a primeira
destilaria de whisky japonesa, chamada de Yamazaki (SMB, 2020).
Já no Brasil, de acordo com fontes históricas, a primeira importação foi
em 1850 de um lote de 50 litros do whisky escocês, sendo um marco importante,
pois desde então o Brasil é um mercado importante para a bebida, sendo na
atualidade o 9º maior mercado financeiro e o 7º maior em volume do whisky
(SMB, 2020).
É possível atribuir a popularização do whisky por todo mundo a dois
importantes fatores ocorridos, sendo o primeiro deles a criação do Blended
Whisky, ou seja, mistura de uísques, por Andrew Ursher em 1853
aproximadamente, pois isso possibilitou a produção em grande proporção de
uísques Single Grain, que era o principal componente em questão de volume
para o Blended Whisky, resultando no aumento de oferta de whisky no mercado.
O segundo fator se deve pela ocorrência da praga filoxera, que destruiu os
vinhedos da Europa durante os anos de 1870 e 1890, devastando a produção
de Cognac, que era o destilado com maior quantidade de consumo e de prestígio
entre os europeus naquele tempo (SMB, 2020).
1.2 Tipos de whisky
Atualmente existem diversos tipos de whiskys e suas diferenças variam
desde a sua origem, ingredientes, métodos de produção e sabor (LUENING,
Horst, 2020).
25
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com a legislação brasileira, artigo 55 do Decreto nº 6.871 de
04 de Junho de 2009, o uísque, whisky ou whiskey, é uma bebida com graduação
alcoólica de 38 a 54 % em volume, a 20°C, obtida do destilado alcoólico simples
de cereais envelhecido, parcial ou totalmente maltados, podendo ser adicionado
de álcool etílico potável de origem agrícola, ou de destilado alcoólico simples de
27
cereais, bem como água para redução da graduação alcoólica e caramelo para
correção da cor (BRASIL, 2009).
A diversidade encontrada entre os whiskies no mercado se dá pelas
diversas possibilidades de combinações entre os processos de fabricação.
Essas variações podem ser matéria prima, os que utilizam apenas malte em sua
composição, denominados whisky puro malte, podendo ter apenas uma
variação, single malt, ou combinações entre maltes e os whiskies de grãos que
utilizam também cerais não maltados. Podem variar também de acordo com
período de maturação e o tipo da madeira utilizada nos barris em que são
armazenados (DRAGONE et al., 2010).
Essas variações são classificadas, de acordo com a legislação brasileira
(Tabela 1), como: uísque malte puro (ou “whisky” puro de malte ou “pure malt
whisky”) quando elaborado exclusivamente com destilado alcoólico simples de
malte envelhecido, com o coeficiente de congêneres não inferior a 350 mg/100ml
de álcool anidro; uísque cortado (“blended whisky”), obtido pela mistura de, no
mínimo, 30% de destilado alcoólico simples de malte envelhecido, com
destilados alcoólicos simples de cereais ou álcool etílico potável de origem
agrícola, ou ambos, envelhecidos ou não, com o coeficiente de congêneres não
inferior a 100 mg/100 ml de álcool anidro; uísque de cereais (“grain whisky”),
obtido a partir de cereais, envelhecido por período mínimo de dois anos, com o
coeficiente de congêneres não inferior a 100 mg/100ml de álcool anidro;
“bourbon whisky” (“bourbon whiskey”), elaborado com, no mínimo, 50% de
destilado alcoólico simples de milho, envelhecido por período mínimo de dois
anos, com coeficiente de congêneres não inferior a 150 mg/100ml de álcool
anidro (BRASIL, 2009).
Tabela 1 - Composição química e requisitos de qualidade para uísque estipulados pela legislação
brasileira.
Mínimo Máximo
28
Graduação % v/v a 38 54
alcoólica 20°C
Acidez volátil, em mg / 100ml - 150
ácido acético álcool
anidro
Ésteres, em mg / 100ml - 150
acetato de etila álcool
anidro
Aldeídos, em mg / 100ml - 20
aldeído acético álcool
anidro
Furfural + mg / 100ml - 5
Hidroximetilfurfural álcool
anidro
Álcoois superiores * mg / 100ml - 300
álcool
anidro
350 - Uísque malte puro
anidro
4 ROTAS DE PRODUÇÃO
restante se refere a cauda, que possui grande parte de álcoois superiores, pois
possuem ponto de ebulição mais elevado, entre 60 a 0° GL, portanto essa fração
também não será utilizada no envelhecimento da bebida. (PIGGOTT; CONNER,
2003; BOSQUEIRO, 2010).
Os líquidos de fundo das colunas de destilação são separados para que
sejam descartados da maneira correta. O resíduo da primeira destilação é
chamado de “pot ale”, tendo em sua composição proteínas e minerais,
apresentado na tabela 3, podendo ser usado para adubação do solo ou seu
xarope pode ser utilizado para alimentação animal.
Componente Quantidade
Ca (g/kg) 1,3
Mg (g/kg) 6,2
K (g/kg) 23,1
Na (g/kg) 0,7
Cu (mg/kg) 101,4
Fe (mg/Kg) 37,0
33
Mn (mg/kg) 13,6
Zn (mg/kg) 24,6
alanina 3,6
Arginina 2,3
Glicina 3,2
Histidina 3,5
Isoleucine 2,8
Leucina 4,2
Lisina 4,1
Metionina 0,9
fenilalanina 2,4
Prolina 7,3
Serina 3,1
34
Treonina 3,1
Tirosina 1,5
Valina 5,0
4.1 Congêneres
4.1.3 Ésteres
Estes compostos são muito importantes na fabricação da bebida, sua
presença causa um aroma agradável que o uísque e outros destilados
necessitam. São formados principalmente durante a fermentação em menor
escala, por reações de esterificação que ocorre entre álcoois e ácidos
carboxílicos durante o amadurecimento nos barris, atribuindo aromas “florais,
“frutados”, entre outros, característicos da bebida (CARDOSO, 2006; CÂMARA
et al., 2007; NASCIMENTO, 2007).
Porém muita atenção deve ser tomada quando o assunto é carbamato de
etila ou uretana que é um composto considerado potencialmente carcinogênico
e pode ser encontrado em diferentes bebidas (OUGH, 1976). É um éster etílico
do ácido carbâmico, solúvel em água e etanol, com baixa volatilidade em
soluções hidroalcóolicas (ponto de ebulição de 184°C) (LACHENMEIER;
FRANK; KUBALLA, 2005).
A presença de ureia, citrulina e fosfatos de n-carbamila, cepas de
37
leveduras, pH, luz juntamente tempo de armazenamento são alguns fatores que
potencializam sua formação. Porém seu principal precursor em bebidas
destiladas refere-se ao íon cianeto, formado pela degradação enzimática de
glicosídeos cianogênicos presentes na matéria-prima. O carbamato de etila é
formado no processo de oxidação de cianeto a cianato, o qual reage com o
etanol (ARESTA; BOSCOLO; FRANCO, 2001).
4.1.4 Metanol
Este composto é originado principalmente a partir da degradação da
pectina, um polissacarídeo que se encontra presente em cana-de-açúcar e
frutas. Segundo Aylott (2003), baixas concentrações de metanol em são
encontrada em whiskies produzidos a partir de cereais fermentados
(normalmente<25 mg.100mL -1
a.a), enquanto altas concentrações são
provenientes dos famosos blended´s de whisky com álcoois não provenientes de
cereais.
ser destinadas a esses três mercados, visando a longo prazo elevar o lucro da
empresa, sendo está conhecida por sua qualidade e seu carinho para com o
mercado global.
6 LOCALIZAÇÃO
cerca de 1,9 kg; observa-se que o transporte (cobrado por peso), da matéria-
prima será muito menor que o do produto acabado; concentrou-se então as
possibilidades da localização da fábrica para que ficassem mais próximas do
mercado consumidor. As tabelas 4 e 5 referenciam os códigos para as cidades
analisadas.
Matéria-prima Cidade
M1 Guarapuava (PR)
M2 Porto de Santos (SP)
M3 Porto de Suape (Ipojuca - PE)
Fonte: Os Autores, 2020.
Produto
C1 C2 C3 C4 C5
acabado
para C1 - R$26.792,28 R$90.725,76 R$72.688,68 R$27.599,40
C2 R$26.792,28 - R$106.628,76 R$72,996,48 R$40.656,96
C3 R$90.725,76 R$106.628,76 - R$34.948,98 R$67.500,54
C4 R$72.688,68 R$72.996,48 R$34.948,98 - R$ 49.439,52
C5 R$27.599,40 R$40.656,96 R$67.500,54 R$49.439,52 -
Total R$217.806,12 R$247.074,48 R$299.804,04 R$230.073,66 R$185.196,42
Fonte: Os Autores, 2020.
Produto
C1 C2 C3 C4 C5
acabado
C1 - R$24.380,97 R$83.467,70 R$68.327,36 R$26.495,42
C2 R$23.443,25 - R$98.098,46 R$68.616,69 R$39.030,68
C3 R$79.385,04 R$97.032,17 - R$32.852,04 R$64.800,52
C4 R$63.602,60 R$66.426,80 R$32.153,06 - R$47.461,94
C5 R$24.149,48 R$36.997,83 R$ 62.100,50 R$46.473,15 -
Total R$190.580,36 R$224.837,78 R$275.819,72 R$216.269,24 R$177.788,56
Fonte: Os Autores, 2020.
7 FLUXOGRAMA DE PROCESSO
8 DESCRITIVO DO PROCESSO
dos grãos para que deixe exposto o máximo de seu endosperma sem deixá-lo
fino demais, a fim de interferir em algumas etapas do processo. As perdas
presentes na moagem referem-se a pequenas quantidades de pó e grãos que
ficam retidos no equipamento. O malte moído é encaminhado então para o vaso
de mostura (VM – 01) através da linha 3. Durante esta etapa, o vaso recebe a
água de mostura pela linha 4 que é aquecida até 67°C através de uma camisa
envolta ao vaso, por onde circula vapor gerado na caldeira (linha 5). Com adição
do malte a temperatura no vaso é 65°C, onde é mantida e controlada pela
circulação de vapor na camisa do vaso. Se inicia então a conversão do amido do
malte em açúcares fermentáveis. As pás rotativas do vaso são responsáveis por
manter o malte em movimento para que a temperatura seja homogênea em
qualquer ponto da mistura. Após 90 minutos de mostura eleva-se então a
temperaturas entre 76 e 78 ºC por 5 minutos, utilizando o sistema de vapor pela
camisa do vaso, para provocar a inativação enzimática, pois necessita-se cessar
a atividade das enzimas para estabilizar o resultado desejado, impedindo que
estas enzimas continuem atuando na filtração do mosto.
Finalizado o processo de mostura, mosto e bagaço de malte são
bombeados pela linha 7 para um vaso pulmão (VP - 01) que tem função de liberar
o vaso de mostura para a próxima batelada e também de alimentar o filtro prensa
a placas (FTP – 01). O enchimento do filtro com o mosto é feito pela parte inferior
do filtro a baixa pressão, onde é distribuído de forma uniforme sobre todas as
placas do filtro. Para a filtração ocorre o fechamento das placas sobre o bagaço
para extrair o mosto primário. Para que todo o residual de açúcares fermentáveis
seja retirado do bagaço, o bagaço é lavado com água de lavagem (linha 4),
aquecida a 75°C com auxílio de um trocador de calor a vapor (A – 01), que é
bombeada através da mesma tubulação de entrada do mosto e distribuída sobre
toda a camada da torta. As placas comprimem então a torta de bagaço com uma
pressão superior para a lavagem, dando origem ao mosto secundário. A retirada
do filtrado, mosto primário e secundário, é realizada pela parte superior do filtro
prensa e seguem para o vaso de fervura (VF – 01). Para a retirada do bagaço
54
de malte, linha 8, o filtro prensa (FTP – 01) abre suas placas e a torta é
descarregada por gravidade através de comportas localizadas na parte inferior
do filtro até um silo com rosca transportadora (SL – 01). Essa rosca o direciona
para uma câmara hermética (BS – 01) que faz o direcionamento do bagaço por
sistema pneumático. O bagaço então é acondicionado em um silo de estocagem
(SE – 02) e vendido para reutilização, possivelmente para fabricação de ração
animal, uma vez que possui alto valor nutritivo e alto teor de fibras (JÚNIOR et
al., 2009).
No processo de fervura, eleva-se a temperatura do mosto para 100°C
durante 90 minutos, tempo suficiente para atingir um índice de refração de 20,55
°BRIX medido de forma manual durante o processo. O aquecimento do vaso
ocorre com auxílio de uma camisa envolta ao vaso por onde circula vapor, a
contagem do tempo se inicia somente quando o mosto estiver com intensa
fervura. Esse processo é responsável por diminuir a fração de água e alguns
compostos voláteis presentes no mosto, portanto é essencial uma saída para o
evaporado. Ao término da fervura, no mesmo vaso (VF – 01) se inicia o
whirlpool, ou seja, uma recirculação do mosto, com controle de tempo, (linha 10)
que é retirado pela parte inferior do vaso e devolvido na parte superior do vaso
tangencialmente pela sua parede, a fim de formar um vortex onde toda partícula
em suspensão se deposita ao centro e ao fundo do vaso, sendo necessário que
a movimentação do mosto seja cessada naturalmente. Quando não houver mais
movimentação, se inicia o envio do mosto através da linha 11, até um trocador
de calor de placas (TC – 01), onde a entrada do mosto é de 100°C e sua saída
deve ser de 20°C, uma solução de 50% etanol + 50% água é utilizada como
fluido refrigerante. Os sólidos decantados em meio ao mosto pelo processo do
whirlpool, chamados trub, representam um certo nível no fundo do vaso de
fervura (VF – 01), ao atingir esse nível o bombeamento através da bomba – 04
é cessado e se inicia bombeado pela bomba – 05, junto ao trub uma parcela do
mosto é perdida e seu bombeamento o envia através da linha 12 até o silo de
estocagem (SE – 02) para ser vendido junto ao bagaço de malte. Depois de
55
segue para o reservatório de destilado (RD – 01) e retorna cerca de três vezes
para a coluna CD – 01 em forma de reciclo. A seguir, o low wines segue para a
segunda destilação na coluna CD – 02, que tem por função separar as frações
cabeça, líquido de topo através da linha 18 da fração cauda e coração ( linha
19). As frações coração e cauda seguem então para a terceira destilação (CD -
03) onde o líquido de fundo (linha 21) refere-se a cauda que deve ser usada
como combustível de caldeira. O resíduo gerado da primeira destilação (CD - 01)
é um líquido composto por proteínas e minerais, seu uso pode ser destinado
tanto para adubação do solo em plantações ou concentrado e utilizado para
alimentação animal. Portanto o líquido de fundo da primeira destilação, será
encaminhado para um vaso de estocagem (VE – 01) e a seguir para ser
comercializado sem nenhum outro beneficiamento, a fim de abranger as duas
opções de comercialização. A linha 20 trata-se do líquido coração, fração
desejável para continuação do processo, onde é armazenado no vaso pulmão
VP - 05 para correção do teor alcoólico, essa correção é feita através da adição
de água (linha 4) até atingir um teor alcoólico de 40%. Por fim segue para os
barris de maturação que são acondicionados a em uma câmara de maturação a
temperatura ambiente, durante a maturação a perda de umidade pelos barris
representa 2% ao ano do volume maturado.
Passados 2 anos finaliza o processo mínimo de maturação, o whisky é
retirado dos barris por gravidade, onde passa por uma peneira (PE - 01) a fim de
impedir que partes do barril ou da rolha sigam para o processo de envase. Abaixo
da peneira está localizado um canal que envia o whisky para um vaso pulmão
(VP – 06) para realizar o blending, processo para correção das variações entre
os barris para obter um lote padrão ou para a mistura dos whiskys de diferentes
maltagens para obter um produto de maior qualidade e variedade de sabores.
O término do processo de fabricação do whisky acontece no envase,
utilizando envasadoras automáticas (ENV – 01), em garrafas de vidro
assépticas, obtendo assim o produto final denominado whisky. Nesta etapa
considera-se também possíveis perdas durante o processo.
57
9 CINÉTICA DA MALTAGEM
𝑴̇ (4)
𝜶𝒈̇ = −𝑯𝜶 ∗ (𝜶𝒈 − 𝜶)
𝑽𝒈
𝑴 ̇ (5)
𝜶̇ = 𝑯𝜶 ∗ (𝜶𝒈 − 𝜶) − 𝒌𝜶 (𝑻)𝜶
𝑽
𝑴̇ (6)
𝜷𝒈̇ = −𝑯𝜷 ∗ (𝜷𝒈 − 𝜷)
𝑽𝒈
𝑴 ̇ (7)
𝜷̇ = 𝑯𝜷 ∗ (𝜷𝒈 − 𝜷) − 𝒌𝜷 (𝑻)𝜷
𝑽
̇ (𝑻) + 𝑨 (𝑻)]
𝒙𝟏̇ = −𝜶[𝟎, 𝟗𝟔𝟒𝑨𝒎𝒍𝒕
𝒈 𝒈 (8)
𝒅𝒆𝒙
𝒈
̇ 𝑩𝒎𝒂𝒍 (𝑻) (9)
𝒙𝟐̇ = −𝜶[𝒙𝟏 − 𝒖(𝑻)]𝑨𝒅𝒆𝒙 (𝑻) − 𝜷𝒙𝟐 [𝟎, 𝟗𝑩𝒈𝒍 (𝑻) + 𝟎, 𝟗𝟒𝟕 + 𝑩𝒍𝒅𝒆𝒙 (𝑻)]
𝒌𝒎 + 𝒙𝟐
𝒈 ̇ [𝒙 − 𝒖(𝑻)]
𝒙𝟓̇ = 𝑨𝒎𝒍𝒕 (𝑻)𝜶 𝟏
(12)
̇ (𝑻)𝜷𝒙
𝒙𝟔̇ = 𝑩𝒍𝒅𝒆𝒙 𝟐 (13)
𝒙𝟏 (𝟎) ; 𝑻 < 𝑻𝒖
𝑻 𝑻𝒈
𝒖(𝑻) = {(𝑻 +𝑻 ) 𝒙𝟏(𝟎); 𝑻𝒖 ≤ 𝑻 ≤ 𝑻𝒈 (14)
𝒖 −𝑻𝒈 𝒈 −𝑻𝒖
𝟎 ; 𝑻 > 𝑻𝒈
𝑬𝜶
𝒈 𝟎,𝒈
𝑨𝒋 (𝑻) = 𝑨𝑱 𝒆(−𝑹𝑻)
(15)
𝑬𝜷
𝑩𝒋 (𝑻) = 𝑩𝟎𝑱 𝒆(−𝑹𝑻)
(16)
𝑬𝜶
𝒅
𝒌𝜶 (𝑻) = 𝒌𝟎𝜶 𝒆(−𝑹𝑻)
(17)
𝜷
𝑬
𝒅
𝒌𝜷 (𝑻) = 𝒌𝟎𝜷 𝒆(−𝑹𝑻)
(18)
𝒈
Em que, 𝑨𝒋 (𝑻), descreve a constante cinética de produção de açúcares
𝟎,𝒈
pela α-amilase, onde j pode significar dextrina ou maltotriose; 𝑨𝒋 descreve o
fator de frequência para a conversão de amido em açúcares pela α-amilase, em
L/min/g, onde j pode significar dextrina ou maltotriose; Eα descreve a energia de
ativação para a ativação da α-amilase, em J/mol; R descreve a constante dos
gases, que vale 8,3143 J/mol/K, B (T) descreve a constante cinética de produção
j
T =315,4 K
u
𝟏, 𝟎𝟓𝑿𝟏𝟎𝟒𝟐
𝟎,𝒈 𝑩𝟎𝒎𝒂𝒍 =
𝑨𝒅𝒆𝒙 =3,77x10 10 𝒎𝒊𝒏
Energia de ativação (J/mol)
𝟎,𝒈 𝑩𝟎𝒍𝒅𝒆𝒙 =1,09x10 41
𝑨𝒎𝒍𝒕 =6,42x10 9
K =2,8 g/L
m
E =1,03x10
α 5
E =2,93x10
β 5
Desnaturação
Fator de frequência (min ) -1
𝒌𝟎𝜶 =3,86x10 34
𝒌𝟎𝜷 =9,46x10 67
𝑴 (20)
𝑽𝒈 = 𝟑
𝟏, 𝟑 ∗ 𝟏𝟎
𝑸̇ = 𝒎̇ ∗ 𝒄 ∗ ∆𝑻 (21)
durante todo o processo. Sendo utilizado para rampas de temperatura de 45, 56,
70 e 76ºC, para tempos de descanso de 10, 15, 60 e 10 minutos, como pode ser
representado nas figuras 9 a 12 acima (ABOUMRAD, Jean; BARCELLOS, Yvie,
2015).
Também é possível observar que a enzima α-amilase não alcança valor
nulo, tanto para o grão quanto para o mosto, devido a sua temperatura de
desnaturação ser à 80ºC. Já a enzima β-amilase quando em escala industrial
possui a peculiaridade, de alcançar um patamar de estabilidade tanto no grão
quanto no mosto antes de decrescer, isto devido as taxas de atividade para a
enzima no grão e no mosto se tornarem equivalentes, fazendo assim com que
as duas linhas sigam paralelas (BYO STAFF, 2006).
10 CINÉTICA DA FERMENTAÇÃO
𝑋−𝑋0
𝑌𝑥/𝑠 = (27)
𝑆0 −𝑆
eficiências razoáveis.
De acordo com as equações determinadas, foi possível calcular as
correntes de entrada e saída do fermentador para uma batelada de 50 mil litros,
capacidade do biorreator.
10.7 Produtividade
10.8 Eficiência
11.1 MOAGEM
Figura 13 - Moinho
Sendo assim foi possível obter a quantidade de malte que será necessária
para a operação, nessa etapa todo o malte moído incluindo a casca, que irá ser
utilizado para as etapas seguintes, nesta etapa também é possível observar
perdas que giram em torno de 1% da quantidade de malte moído por hora, é
possível observar esse cálculo na equação 42 (FILHO E NOJIMOTO,1999).
11.2 Mosturação
Malte 1026,89 -
Água 158,89 165,02
Açúcar - 2,1406
Fonte: Os Autores, 2021.
Nesta etapa irá ocorrer a retirada do bagaço de malte, que segundo Mello
(2014), o bagaço de malte é composto por 77,61% de água. Para o cálculo da
vazão de saída do bagaço, foi considerada a quantidade de malte utilizada
acrescentando a umidade, para então poder calcular a vazão de saída de líquido
do filtro prensa, exemplificados abaixo nas equações 45 e 46, as quantidades de
entrada e saída desta etapa podem ser verificadas na tabela 16 abaixo.
11.4 Fervura
81
Será utilizada levedura líquida, para que haja uma propagação mais
rápida e eficiente da levedura durante a etapa de fermentação, para o cálculo da
quantidade de levedura necessária, é preciso saber a densidade do mosto (og),
que será de 1112 kg/m3, sendo necessário calcular primeiro o número de células
(NC) para depois calcular a quantidade de levedura líquida necessária (TOZZI,
2018).
Será utilizada a levedura líquida Saccharomyces cerevisiae, da bio4, a
eficiência do processo após 100 horas de fermentação, calculado pela cinética
da fermentação foi de 91,65% atingindo o ponto ideal de concentração de CO 2
e etanol, a uma temperatura de fermentação de 14,5°C (BIO4, 2020).
Após a inoculação da levedura, está irá consumir os açúcares do mosto,
gerando álcool, gás carbônico, água e outros compostos em baixa proporção,
como ácidos, ésteres, fenóis e aldeídos (SENAI, 2014).
Segundo Perry (2008) durante o processo se perde um pouco do produto
volatilizado, cerca de 2%, e após a finalização do processo, toda a biomassa é
extraída do mosto, que não irá seguir para o vaso pulmão na etapa posterior,
onde não há perdas. Sendo assim é possível calcular as vazões de saída do
84
11.7 Destilação
11.8 Maturação
11.9 Peneiramento
Nesta etapa, após o mínimo de dois anos de maturação, o whisky irá ser
retirado do barril, o qual as sobras de barril e seus retalhos serão descartados,
e a bebida seguirá por tubulação para o vaso pulmão onde será feito o blending
da bebida, sendo que antes de seguir para as tubulações os barris já terão sido
selecionados para o blending e nesta etapa não haverá perda de líquido do
whisky, só o descarte de partes da madeira que não terão mais utilidade para a
etapa de maturação (ENDE, 2020).
No caso de barris inteiros descartados, esses podem ser vendidos para
cervejarias, lojas de madeira de demolição ou até mesmo decoradores.
Na tabela 25 é possível observar o balanço de massa da etapa.
89
11.10 Blending
Nessa etapa os vários barris serão misturados, para que haja uma bebida
final de sabor harmonioso e com todas as notas necessárias, essa etapa é feita
por uma pessoa chamada Blender que possui conhecimento suficiente, para
fazer a melhor harmonização entre todos os barris, como se fosse uma arte
(ENDE, 2020).
Então a bebida seguirá para um vaso pulmão, onde ocorrerá o blending e
não há perdas nesta etapa, para então seguir para o processo de envase, sendo
assim a mesma vazão de saída da maturação será a vazão de entrada na
envasadora. E na etapa de maturação a única perda que irá ocorrer, será o
descarte de barris que já não possuam mais qualidade para a maturação, isso
normalmente ocorre após o terceiro uso, podendo ainda fazer um quarto ou
quinto uso do barril, para uísques com menor características sensoriais, no caso
um whisky mais “pobre” (ENDE, 2020). Sendo possível visualizar na tabela 26
90
11.11 Envase
Figura 23 - Envase.
Esta etapa é o final de todo o ciclo do whisky, onde a bebida está pronta,
e então seguirá para uma garrafa de vidro para então ser distribuída ao mercado
consumidor, nesta etapa podem haver perdas de equipamento, como quebra de
garrafas ou má vedação dos bicos dosadores da envasadora, podendo resultar
em uma perda por hora de 2% (REINOLD, 1997). É possível observar as vazões
da etapa na tabela 27 logo abaixo.
12 BALANÇO DE ENERGIA
Para mensurar a energia requerida e dissipada, foram calculados os
valores gerados e retirados onde há troca de calor, realizando o balanço de
energia em cada equipamento. A equação geral (Equação 47) descreve o
balanço geral de energia, considera a variação de energia em um sistema aberto
ou fechado, que dá-se pela soma do calor gerado ou retirado com o trabalho
realizado no volume de controle, sendo Ec a energia cinética, Ep a energia
potencial e H a entalpia do sistema (TOGNETTI, 2015).
𝛥𝐻 = 𝑄 + 𝑊 (49)
12.1 Mosturação
Previamente a etapa de mosturação, é realizado um aquecimento da água
primária que será utilizada nesse processo, partindo da temperatura ambiente
de 20 graus Celsius, para 80 graus Celsius, a seguir a Tabela 28 apresenta a
quantidade de calor necessária.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 2.862,5 25 2.862,5 80 718.635,65
Primária 2 2
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 2.862,5 80 2.862,5 65 -
Primária 2 2 179.909,38
Malte 1.145,0 20 1.145,0 65 94.909,88
1 1
Total -84.999,50
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 2.862,5 65 2.862,5 25 -
Primária 2 2 478.527,47
Malte 1.145,0 65 1.145,0 25 -84.364,34
1 1
Total Q1 -
562.891,81
Fonte: Os autores, 2021.
0 0
𝑄𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 𝛥𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 𝛥𝐻298,15
(51)
0 0 0
𝛥𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 = 𝛥𝐻𝑓,𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − 𝛥𝐻𝑓,𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒
(52)
𝐶6 𝐻10 𝑂5 + 𝐻2 𝑂 → 𝐶6 𝐻12 𝑂6
(53)
95
Q2 = 0
𝛥𝐻𝑟𝑒𝑎çã𝑜 671.682,7
(kJ/h)
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 2.862,5 25 2.862,5 77 610.389,45
Primária 2 2
Malte 439,50 25 439,50 77 42.097,07
Açúcar 705,51 25 705,51 77 44.637,34
Total Q3 (kJ/h) 697.123,86
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 4.293,7 20 4.293,7 77 933.594,41
Secundária 7 7
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidad
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) e de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 2.862,5 77 2.862,5 75 24.016,54
Primária 2 2
Água 4.293,7 77 4.293,7 75 -36.024,73
Secundária 7 7
Malte 439,50 77 439,50 75 -1.619,12
97
Entra Sai
Component Vazão Temperatur Vazão Temperatur Quantidade
e Mássic a (°C) Mássic a (°C) de calor
a (kg/h) a (kg/h) (kJ/h)
Água 7.156,2 75 2.862,5 100 752.197,64
Primária 9 2
Açúcar 705,51 75 439,50 100 21.460,26
Vapor 711,22 75 705,51 100 1.605.223,5
4
Total 2.378.881,4
4
Fonte: Os autores, 2021.
Entra Sai
Componente Vazão Temperatura Vazão Temperatura Quantidade
Mássica (°C) Mássica (°C) de calor
(kg/h) (kg/h) (kJ/h)
Água 6.445,07 100 6.445,07 14,5 -
2.308.591,8
Açúcar 705,51 100 705,51 14,5 -110.990,8
Total -
2.419.582,7
Fonte: Os autores, 2021.
12.5 Biorreator
Na fermentação realizada no biorreator, haverá energia em forma de calor
devido a temperatura do fermentador que é mantida a 14°C durante todo o
processo, considerando a equação 19, a quantidade de energia necessária para
o sistema de refrigeração será igual a quantidade de energia liberada a partir da
reação da fermentação.
Para encontrar o valor de energia liberada, foi obtido o ΔH de formação
da reação padrão do dióxido de carbono, etanol e açúcar e cada valor foi
multiplicado pelo número de mols do elemento correspondente, sendo o número
de mols encontrado partir da quantidade de massa produzida no sistema, assim
o ΔH da reação foi encontrada pela subtração do valor dos produtos em relação
aos reagentes.
99
Fermentado
Álcool do Líquido 659373,59 8460,89
Fermentado
Fonte: Os Autores, 2021.
13 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS
𝑉𝑆 = 50000 𝐿 (51)
𝑉𝐹 = 𝑉𝑆 (1 + 0,1) (52)
Em seu livro Kunze ainda cita que os fermentadores devem ser entre 18
a 25% maiores que o volume inicial da fermentação., porque quando ocorre a
fermentação dentro do tanque, há a geração de CO 2, que irá gerar espuma na
parte interna do tanque. Considerando assim o valor máximo (25%) para as
condições de dimensionamento do fermentador, temos que o volume total do
biorreator, é expresso por 𝑉𝑇𝐵 , representado na equação 53.
102
𝐷
ℎ𝑐𝑜𝑛𝑒 = 𝛼 (54)
2 tan ( )
2
𝜋.𝑟 2 .ℎ𝑐𝑜𝑛𝑒
𝑉𝑐𝑜𝑛𝑒 = (55)
3
Este volume calculado será de 6,13 metros cúbicos. Então será possível
determinar o volume e a altura da parte cilíndrica do biorreator, expressos pelas
103
equações 56 e 57.
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 𝑉𝐹 − 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑒
(56)
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
ℎ𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = (57)
𝜋.𝑟 2
𝑉𝐹 .0,25
ℎ𝑒𝑠𝑝𝑢𝑚𝑎 = (58)
𝜋.𝑟 2
Esta altura calculada da espuma será de 1,95 metros obtendo assim com
a soma das alturas, uma altura total do biorreator de 11,45 metros, mas iremos
considerar uma altura comercial de 12 metros do biorreator da BSB INOX, que
irá dar uma relação de 1:4.
Sendo as capacidades de produção dos biorreatores de 50 mil litros por
batelada, também é possível definir quantos biorreatores serão necessários para
a indústria, considerando que o tempo total de utilização de cada biorreator,
contando com suas higienizações, será de 123 horas, a quantidade necessária
de biorreatores nas dimensões de capacidade total de 70 mil litros e capacidade
de produção total de 50 mil litros, 3 metros de diâmetro e 14 metros de altura,
será de 22 biorreatores, para que haja uma produção diária de 100 mil litros e
para caso haja alguma parada de manutenção nos equipamentos ou outros
problemas não programados, esta produção diária não seja afetada (BSBINOX,
2021).
𝑉𝑓
𝑉(100°𝐶) = (1−0,04) (60)
Assim temos que nosso volume deve anterior ao resfriamento deve ser de
71614,58 litros. Já o volume anterior a evaporação (pré-fervura), com taxa de
evaporação de 10%, pode ser calculado pela equação 61 (KUNZE, 2009).
𝑉
100°𝐶
𝑉𝑃𝑟é−𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 = (1−0,10) (61)
𝐷𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 2
𝑉𝑃𝑟é−𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 = 𝜋. ℎ𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 ( ) (62)
2
𝐷𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 3
𝑉𝑃𝑟é−𝐹𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎 = 𝜋. (63)
4
𝐷𝑚𝑜𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 3
𝑉𝑀𝑜𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝜋. (65)
4
O moinho de rolos que será utilizado pela The Wisky Company, é o moinho
MM-1200-4R da empresa CZECH Brewery, tendo altura de 8,54 metros e largura
de 4,06 metros, suas especificações estão definidas na figura 26.
De acordo com Tadini (2016), a potência fornecida pelo motor (Po) será
função da densidade (ρ) e da viscosidade (µ) do líquido, frequência rotacional do
impulsor (N) e das variáveis geométricas do sistema: diâmetro do agitador (D a),
diâmetro do tanque (Dt), altura do agitador desde a base do tanque (Ha), altura
do líquido (HL), largura dos defletores (wd), além do tipo de agitador, com a sua
característica altura das pás (Hp), como descrito na Equação 67.
(67)
(68)
(69)
(70)
(71)
(72)
(73)
114
(74)
(75)
O silo que será adquirido para a indústria, será da CZECH Brewery, com
origem na República Tcheca, o silo MSS-2X40 é um silo de características
próprias para armazenamento de malte e tem a capacidade de armazenamento
total de 80m³ de malte, sendo assim, a empresa podendo ter um estoque, para
o caso de haver algum atraso em alguma carga, sendo que serão dois silos
interligados, cada qual com capacidade de 40 m³ de armazenamento e altura de
13,09 metros e diâmetro de 7 metros.
H biorreatores
I Colunas de
Destilação
J Vaso pulmão
Fonte: Os Autores, 2021
BREWERY
System
Tombador 1 47.438,33 Balanças Capital
Vaso Pulmão 1 10.000,00 BSBINOX
Biomassa
Vaso Pulmão 1 20.000,00 BSBINOX
Pot Ale
Bombas para 17 2.737,00 DUBOM
líquidos
Bomba para 1 517,00 HUNDOM
sólidos
Silo para Sólidos 1 6.000,00 QÍLEE
Caldeira 1 40.000,00 YUANDA
BOILER
Barris de 144.000 61.488.000 WOODBARRELS
Carvalho
Europeu
Empilhadeira 3 4.500,00 EVER LIFT
Total 144.067 64.343.542,33 -
Fonte: Os autores, 2021.
de serviço
Pátio, ruas e estacionamento $10.938.402,20 17
Utilidades $45.040.479,63 70
Custos Função Módulo $171.797.258,03 -
Total Custos Diretos $236.140.800,36 -
Categoria Custo
Custos Depreciáveis $328.795.501,33
Custos Não Depreciáveis $12.868.708,48
Capital de Giro $57.265.752,67
Custo Total $398.929.962,48
Fonte: Os autores, 2021.
16.2.1 Malte
O malte entrará no processo logo na inicialização do processo passando
pelos silos e depois sendo moído de forma abrir seu endosperma no moinho de
rolos, para a aquisição do malte foram contratos os serviços da empresa
MALTVEL, que irá disponibilizar por mês a quantia de 834 toneladas de malte
turfado, que é o malte utilizado para a fabricação de whisky, a um custo mensal
de R$14.156.416,80 para a compra e entrega na fábrica desta matéria prima
(MALTVEL, 2021).
127
16.2.3 Água
A água do processo entrará em dois momentos diferentes, sendo que a
água primária entrará na etapa de mostura, e a secundária entrará na etapa de
prensagem e filtração, o total em m³ gasto por mês com água será de 5.152,54
de água durante cada mês, considerando que o nosso fornecedor será o estado
do Pernambuco, que fornece água pela empresa Compesa e seu custo mensal
para indústrias de grande porte por litro de água consumido é de 17,63 reais por
m³, então nosso custo mensal será de 90.839,21 reais (Compesa, 2021).
16.3 Utilidades
16.3.3 Embalagens
Nossa embalagem serão garrafas de vidro de 750ml, fornecidas pela
empresa Acqua, tendo um custo unitário de 4,70 reais cada garrafa, sendo que
por mês a partir do momento em que a indústria começar a envasar seu primeiro
lote, serão compradas 48 milhões de garrafas a um custo anual total de
R$225.600.000,00 (ACQUA, 2021).
Tabela 52 - Valores de prestações para cada ano dos custos diretos e indiretos.
um empréstimo para 10 anos, ou 120 meses, com 0,9% ao mês de taxa de juros,
totalizando um pagamento final de R$2.602.606.311,03.
Na tabela 55 logo acima pode ser visto que o custo com salários por mês
é de R$356.038,95 ou seja R$4.272.467,40 por ano. Em cima do valor anual
ainda são acrescidos os valores do 13°, 0,33 referentes as férias e o fator de
mão de obra que corresponde a 2% do custo de manutenção, obtendo-se assim
um valor final de R$6.370.871,96 para o quadro de funcionários durante cada
ano.
16.5 Impostos
16.5.3 ICMS
O ICMS é o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias, este imposto no estado do Pernambuco, onde fica a unidade fabril
133
Categoria Valor
Produção de Whisky 48.000.000
(Garrafas/Ano)
Faturamento Bruto (R$) 3.839.520.000,00
Custos Variáveis (R$) 528.966.668,83
ICMS+IPI+PIS+CONFINS (R$) 1.910.161.200,00
Valor Prestação 1°Ano (R$) 342.155.527,00
Depreciação (R$) 29.491.215,78
Custo Fixo (R$) 6.370.871,96
Lucro Líquido (R$) 1.022.374.516,43
Taxa de Retorno 13,20%
Tempo de Retorno (anos) 5,06
Fonte: Os autores, 2021.
17 CONCLUSÃO
18 REFERÊNCIAS
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https://bio4.com.br/leveduras/?tipo=all&tipobebida=destilado&estilo=all&escolha
=on&keywords=&codigo=&floculacao=all&atenuacao=1_100&temperatura-de-
ferme ntacao=0_40&tolerancia-alcoolica=20#>. Acesso em 15 nov. 2020.
BUSCA LEGAL. Você sabe como tributar bebidas frias?, 2018. Disponível em:
<https://busca.legal/pis-e-cofins-voce-sabe-como-tributar-bebidas-frias/>.
Acesso em 27 mai. 2021.
BYO STAFF. Step Mashing: Tips from the Pros. The How-To Homebrew Beer
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tips-from-the-pros>. Acesso em: 07 dez 2020.
Lavras, 2006.
CLYNE, J.; CONNER, J.M.; PATERSON, A.; PIGGOTT, J.R. The effect of cask
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Technology, Glasgow, v. 28, p. 69–81, 1993.
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DRAGONE, G.; FLÓREZ, M.D.G.; GARCÍA, M.A.V.; SILVA, J.B.A. Uísque. In:
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146
PRIMEIRO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 1.685.080.162,53 - - -
1 1.671.037.827,84 14.042.334,69 15.165.721,46 29.208.056,15
2 1.656.995.493,15 14.042.334,69 15.039.340,45 29.081.675,14
3 1.642.953.158,47 14.042.334,69 14.912.959,44 28.955.294,13
4 1.628.910.823,78 14.042.334,69 14.786.578,43 28.828.913,11
5 1.614.868.489,09 14.042.334,69 14.660.197,41 28.702.532,10
6 1.600.826.154,40 14.042.334,69 14.533.816,40 28.576.151,09
7 1.586.783.819,72 14.042.334,69 14.407.435,39 28.449.770,08
8 1.572.741.485,03 14.042.334,69 14.281.054,38 28.323.389,07
9 1.558.699.150,34 14.042.334,69 14.154.673,37 28.197.008,05
10 1.544.656.815,65 14.042.334,69 14.028.292,35 28.070.627,04
11 1.530.614.480,96 14.042.334,69 13.901.911,34 27.944.246,03
12 1.516.572.146,28 14.042.334,69 13.775.530,33 27.817.865,02
Total - 168.508.016,25 173.647.510,75 342.155.527,00
SEGUNDO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 1.516.572.146,28 - - -
1 1.502.529.811,59 14.042.334,69 13.649.149,32 27.691.484,00
2 1.488.487.476,90 14.042.334,69 13.522.768,30 27.565.102,99
3 1.474.445.142,21 14.042.334,69 13.396.387,29 27.438.721,98
4 1.460.402.807,53 14.042.334,69 13.270.006,28 27.312.340,97
5 1.446.360.472,84 14.042.334,69 13.143.625,27 27.185.959,96
6 1.432.318.138,15 14.042.334,69 13.017.244,26 27.059.578,94
160
TERCEIRO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 1.348.064.130,02 - - -
1 1.334.021.795,34 14.042.334,69 12.132.577,17 26.174.911,86
2 1.319.979.460,65 14.042.334,69 12.006.196,16 26.048.530,85
3 1.305.937.125,96 14.042.334,69 11.879.815,15 25.922.149,83
4 1.291.894.791,27 14.042.334,69 11.753.434,13 25.795.768,82
5 1.277.852.456,59 14.042.334,69 11.627.053,12 25.669.387,81
6 1.263.810.121,90 14.042.334,69 11.500.672,11 25.543.006,80
7 1.249.767.787,21 14.042.334,69 11.374.291,10 25.416.625,78
8 1.235.725.452,52 14.042.334,69 11.247.910,08 25.290.244,77
9 1.221.683.117,83 14.042.334,69 11.121.529,07 25.163.863,76
10 1.207.640.783,15 14.042.334,69 10.995.148,06 25.037.482,75
11 1.193.598.448,46 14.042.334,69 10.868.767,05 24.911.101,74
12 1.179.556.113,77 14.042.334,69 10.742.386,04 24.784.720,72
Total - 168.508.016,25 137.249.779,24 305.757.795,49
QUARTO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
161
0 1.179.556.113,77 - - -
1 1.165.513.779,08 14.042.334,69 10.616.005,02 24.658.339,71
2 1.151.471.444,40 14.042.334,69 10.489.624,01 24.531.958,70
3 1.137.429.109,71 14.042.334,69 10.363.243,00 24.405.577,69
4 1.123.386.775,02 14.042.334,69 10.236.861,99 24.279.196,68
5 1.109.344.440,33 14.042.334,69 10.110.480,98 24.152.815,66
6 1.095.302.105,64 14.042.334,69 9.984.099,96 24.026.434,65
7 1.081.259.770,96 14.042.334,69 9.857.718,95 23.900.053,64
8 1.067.217.436,27 14.042.334,69 9.731.337,94 23.773.672,63
9 1.053.175.101,58 14.042.334,69 9.604.956,93 23.647.291,61
10 1.039.132.766,89 14.042.334,69 9.478.575,91 23.520.910,60
11 1.025.090.432,21 14.042.334,69 9.352.194,90 23.394.529,59
12 1.011.048.097,52 14.042.334,69 9.225.813,89 23.268.148,58
Total - 168.508.016,25 119.050.913,48 287.558.929,74
QUINTO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 1.011.048.097,52 - - -
1 997.005.762,83 14.042.334,69 9.099.432,88 23.141.767,57
2 982.963.428,14 14.042.334,69 8.973.051,87 23.015.386,55
3 968.921.093,45 14.042.334,69 8.846.670,85 22.889.005,54
4 954.878.758,77 14.042.334,69 8.720.289,84 22.762.624,53
5 940.836.424,08 14.042.334,69 8.593.908,83 22.636.243,52
6 926.794.089,39 14.042.334,69 8.467.527,82 22.509.862,50
7 912.751.754,70 14.042.334,69 8.341.146,80 22.383.481,49
8 898.709.420,02 14.042.334,69 8.214.765,79 22.257.100,48
9 884.667.085,33 14.042.334,69 8.088.384,78 22.130.719,47
10 870.624.750,64 14.042.334,69 7.962.003,77 22.004.338,46
11 856.582.415,95 14.042.334,69 7.835.622,76 21.877.957,44
162
SEXTO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 842.540.081,26 - - -
1 828.497.746,58 14.042.334,69 7.582.860,73 21.625.195,42
2 814.455.411,89 14.042.334,69 7.456.479,72 21.498.814,41
3 800.413.077,20 14.042.334,69 7.330.098,71 21.372.433,39
4 786.370.742,51 14.042.334,69 7.203.717,69 21.246.052,38
5 772.328.407,83 14.042.334,69 7.077.336,68 21.119.671,37
6 758.286.073,14 14.042.334,69 6.950.955,67 20.993.290,36
7 744.243.738,45 14.042.334,69 6.824.574,66 20.866.909,35
8 730.201.403,76 14.042.334,69 6.698.193,65 20.740.528,33
9 716.159.069,08 14.042.334,69 6.571.812,63 20.614.147,32
10 702.116.734,39 14.042.334,69 6.445.431,62 20.487.766,31
11 688.074.399,70 14.042.334,69 6.319.050,61 20.361.385,30
12 674.032.065,01 14.042.334,69 6.192.669,60 20.235.004,29
Total - 168.508.016,25 82.653.181,97 251.161.198,23
SÉTIMO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 674.032.065,01 - - -
1 659.989.730,32 14.042.334,69 6.066.288,59 20.108.623,27
2 645.947.395,64 14.042.334,69 5.939.907,57 19.982.242,26
3 631.905.060,95 14.042.334,69 5.813.526,56 19.855.861,25
4 617.862.726,26 14.042.334,69 5.687.145,55 19.729.480,24
5 603.820.391,57 14.042.334,69 5.560.764,54 19.603.099,22
163
OITAVO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 505.524.048,76 - - -
1 491.481.714,07 14.042.334,69 4.549.716,44 18.592.051,13
2 477.439.379,38 14.042.334,69 4.423.335,43 18.465.670,11
3 463.397.044,70 14.042.334,69 4.296.954,41 18.339.289,10
4 449.354.710,01 14.042.334,69 4.170.573,40 18.212.908,09
5 435.312.375,32 14.042.334,69 4.044.192,39 18.086.527,08
6 421.270.040,63 14.042.334,69 3.917.811,38 17.960.146,07
7 407.227.705,94 14.042.334,69 3.791.430,37 17.833.765,05
8 393.185.371,26 14.042.334,69 3.665.049,35 17.707.384,04
9 379.143.036,57 14.042.334,69 3.538.668,34 17.581.003,03
10 365.100.701,88 14.042.334,69 3.412.287,33 17.454.622,02
11 351.058.367,19 14.042.334,69 3.285.906,32 17.328.241,00
12 337.016.032,51 14.042.334,69 3.159.525,30 17.201.859,99
Total - 168.508.016,25 46.255.450,46 214.763.466,71
NONO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
164
0 337.016.032,51 - - -
1 322.973.697,82 14.042.334,69 3.033.144,29 17.075.478,98
2 308.931.363,13 14.042.334,69 2.906.763,28 16.949.097,97
3 294.889.028,44 14.042.334,69 2.780.382,27 16.822.716,96
4 280.846.693,75 14.042.334,69 2.654.001,26 16.696.335,94
5 266.804.359,07 14.042.334,69 2.527.620,24 16.569.954,93
6 252.762.024,38 14.042.334,69 2.401.239,23 16.443.573,92
7 238.719.689,69 14.042.334,69 2.274.858,22 16.317.192,91
8 224.677.355,00 14.042.334,69 2.148.477,21 16.190.811,89
9 210.635.020,32 14.042.334,69 2.022.096,20 16.064.430,88
10 196.592.685,63 14.042.334,69 1.895.715,18 15.938.049,87
11 182.550.350,94 14.042.334,69 1.769.334,17 15.811.668,86
12 168.508.016,25 14.042.334,69 1.642.953,16 15.685.287,85
Total - 168.508.016,25 28.056.584,71 196.564.600,96
DÉCIMO ANO
Saldo Devedor Amortização Prestação (Amortização +
Meses (R$) (R$) Juros Juros)
0 168.508.016,25 - - -
1 154.465.681,57 14.042.334,69 1.516.572,15 15.558.906,83
2 140.423.346,88 14.042.334,69 1.390.191,13 15.432.525,82
3 126.381.012,19 14.042.334,69 1.263.810,12 15.306.144,81
4 112.338.677,50 14.042.334,69 1.137.429,11 15.179.763,80
5 98.296.342,81 14.042.334,69 1.011.048,10 15.053.382,79
6 84.254.008,13 14.042.334,69 884.667,09 14.927.001,77
7 70.211.673,44 14.042.334,69 758.286,07 14.800.620,76
8 56.169.338,75 14.042.334,69 631.905,06 14.674.239,75
9 42.127.004,06 14.042.334,69 505.524,05 14.547.858,74
10 28.084.669,38 14.042.334,69 379.143,04 14.421.477,72
11 14.042.334,69 14.042.334,69 252.762,02 14.295.096,71
165