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INSTALAÇÃO
2003
SENAI-SP, 2003
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
S47c SENAI. SP. Gás Natural Veicular - Instalação. São Paulo, 2001. 27p. il.
Apostila técnica
CDU 629.3.083.6:-032.31
E-mail senaiautomobilística@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
PROCESSO DE CONVERSÃO 19
• Confecções do Suporte do Cilindro 19
• Fixação do Suporte do Cilindro 19
• Instalação da Válvula do Cilindro 20
• Instalação do Cilindro no Veículo 21
ESQUEMAS ELÉTRICOS 29
SISTEMA GMV 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55
INTRODUÇÃO
O conteúdo desta apostila não pretende, obviamente, lançar a última palavra sobre este
assunto, tão polêmico, mas se destina a contribuir com o encaminhamento de soluções
realistas e eficientes para o pleno desenvolvimento do programa do Gás Metano Veicular
no Brasil.
O desenvolvimento dos estudos desse módulo deve ocorrer em duas fases: aulas teóricas
e práticas.
A divisão do módulo em duas fases é apenas recurso de organização sendo que as aulas
de teoria e de prática devem ocorrer simultaneamente e a carga horária deve variar de
acordo com as necessidades didático-pedagógicas.
O uso do gás natural como combustível apresenta diversas vantagens em relação aos
combustíveis líquidos. É um combustível limpo, pouco poluente, seus gases de combustão
são poucos nocivos (menos CO, monóxido de carbono), hidrocarbonetos não queimados,
N (nitrogênio), O2 (oxigênio) e SO (monóxido de enxofre), principalmente em marcha lenta,
e ausência de sódio e vanádio):
• Para o ciclo OTTO; 1% de CO em vez de 5%, e 200 ppm (partes por milhão) de não
queimados em vez de 5000 ppm.
• Para o ciclo da DIESEL, 0,2% de CO contra 5% normalmente, e 100 ppm de não
queimados em vez de 5000 ppm .
Os equipamentos também são beneficiados com o uso do gás pois desaparecem os resíduos
sólidos da combustão (a base de enxofre e carbono) eliminando, assim, a formação de
depósito nas velas, nas válvulas e nos cilindros e reduzindo:
• o consumo de lubrificantes (até 50%);
• o número de revisões necessárias (de 10 até 30% para os motores e 50% para turbinas);
• o tempo de parada do equipamento para manutenção, que é de 2 a 4% para o gás e
10% para combustíveis líquidos.
Além disso, os motores a gás não apresentam problemas de partida a frio e têm melhor
rendimento térmico, pois, como o gás natural tem octanagem superior aos combustíveis líquidos,
suporta taxas de compressão mais elevadas (13:1 a 15:1).
A temperatura de ignição é alta (650°C);o que facilita a utilização do gás natural nos motores
a pistão ciclo OTTO e Diesel na medida que existe ponto de fulgor como acontece quando
se empregam combustíveis líquidos derivados do petróleo. O controle da ignição pode ser
feita com precisão.
A mistura normal deve ser de 5% de combustível (em peso) e deve ser anti-detonante para
evitar uma ignição intempestiva. Esses combustíveis líquidos de origem petrolífera impõem
uma limitação de taxa de compressão devido à presença de compostos parafínicos. As
taxas de compressão normal para estes combustíveis são de 8 a 9:1. Uma taxa mais elevada,
da ordem de 12:1, por exemplo, demanda um índice de octanagem de 103 aproximadamente
(caso do etanol).
Um motor a gasolina - gás não se beneficia tanto, pois a regulagem deve ser feita em
função da gasolina, entretanto motores funcionando a álcool e gás adaptam-se perfeitamente.
A utilização do gás butano ou propano reduz a potência em cerca de 6% e ,se for utilizado
gás natural a potência cai 14%.
A mistura ar-gás é mais fácil de realizar do que as misturas ar- líquidos vaporizados, sem
aquecimento do carburador e do coletor de admissão.
As variações de velocidade são controladas pela maior ou menor abertura das válvulas
“borboleta”. Novos motores usam um misturador em vez de um carburador quando não são
bi-combustíveis.
No caso de gás liqüefeito, uma bomba transfere o gás da parte baixa do reservatório isolado
termicamente ao misturador, passando por um trocador de calor para vaporizar o gás.
O gás comprimido pode ser armazenado em reservatórios a 200bar, contudo, 1 litro de gás
de alta pressão contém aproximadamente 2110 kcal contra 7250 kcal/l caso da gasolina,
ou seja, 30% da capacidade calorífica da gasolina. Esta é a razão principal do uso da
gasolina em vez de gás nos veículos.
São utilizados combustíveis líquidos pouco ou não vaporizáveis que são injetados no cilindro
e pulverizados para facilitar a sua combustão. Combustíveis sólidos ou gasosos podem
também ser empregados mas necessitam de maiores precauções.
Uma solução consiste na injeção mecânica a alta pressão, com um avanço da ordem de 16°.
É por está razão que os motores a gás de grande potência derivam do motor diesel, mas
possuem carburação prévia e ignição comandada.
Os motores de grande velocidade podem ser de ignição por centelha, os motores mais
lentos têm a sua ignição por um “líquido piloto”. O próprio Diesel havia desenvolvido esta
tecnologia em 1901, mas somente em 1945 os EUA desenvolveram os motores diesel-
mistos.
Os motores rápidos de ignição elétrica têm o mesmo tipo de construção que os motores a
expansão, mas com redução da taxa de compressão original e substituição dos injetores
por velas ignição.
Os motores diesel mistos, por sua vez, demandam solução próprias aos dois tipos de motores
e, em particular, a regulagem dos seguintes parâmetros:
• proporção da mistura ar-gás;
• taxa de compressão;
• quantidade mínima de diesel piloto;
• o instante da admissão do líquido piloto.
Para certos motores turbo comprimidos, prefere-se injetar o gás diretamente no cilindro
para melhor regular os instantes de fechamento das válvulas.
A injeção de diesel piloto (5% do valor calorífico total) difere da injeção normal. Ela deve ser
concentrada e constante, de modo a influenciar pouco a velocidade do motor.
Alguns motores são equipados com os dois tipos de injeção, o que permite o funcionamento
a diesel somente, ou a gás com líquido piloto.
As performances dos motores diesel mistos a gás natural são equivalentes às dos motores
diesel. Somente os motores diesel rápidos, com redução da taxa de compressão e ignição
por centelha têm rendimentos menores. O funcionamento a velocidade variável depende
dos dispositivos da regulagem ar-gás.
Os motores diesel rápidos funcionando a gás e com ignição elétrica são utilizados para
aplicações estacionárias: força mecânica, grupos geradores de emergência, grupo de
bombeamento ou de compressão na indústria petrolífera.
Nos motores diesel mistos é possível aspirar o ar com gás numa proporção inferior ao limite
de inflamabilidade, comprimindo a pressão e temperatura elevadas.
Muitas pesquisas estão em curso para adaptar os motores diesel não estacionários ao gás.
Neste particular, podendo citar as experiência efetuadas com ônibus urbanos sem
modificação do motor, funcionando com proporções de 35 a 50% de diesel e 65 a 50% de
gás natural. Esta solução apresenta a vantagem de permitir a utilização futura de diesel ou
de álcool aditivado. A única dificuldade hoje consiste na regulagem da redução do consumo
de diesel em função da velocidade variável.
REDUTOR DE PRESSÃO
Geralmente seu funcionamento está baseado na diferença de pressão entre suas câmaras
controladas por ação de molas e diafragmas e é habilitado através de uma válvula
eletromagnética, que interrompe o fluxo de gás entre o segundo e o terceiro estágio,
comandada pela chave comutadora de combustível. O redutor é dotado de um sistema de
segurança que impede que a pressão interna ultrapasse o limite de resistência da carcaça.
VÁLVULA DE ABASTECIMENTO
VÁLVULA DO CILINDRO
É responsável por grande parte da segurança, pois incorpora três funções sendo elas:
• excesso de fluxo, impede a saída de gás do
cilindro com uma vazão superior ao que o
veículo necessita (no caso de ruptura do tubo
de alta pressão);
• excesso de pressão, alivia a pressão interna do
cilindro evitandoo a sua ruptura;
• possibilita o fechamento total do gás no interior
do cilindro.
INVÓLUCRO ESTANQUE
Já o tubo de ventilação tem função recolher o gás que por ventura escape acidentalmente
da válvula do cilindro e conduzi-lo ao exterior do veículo.
CILINDRO DE ARMAZENAMENTO
ELETROVÁLVULA
Trata-se de um venturi provido de um orifício condutor de gás, que tem como objetivo
controlar a quantidade de gás para dentro do motor, estabelecendo uma relação ar/combustível
mais próxima da ideal, podendo ser, de acordo com seu projeto de concepção simples
(misturadores) ou envolvendo eletrônica embarcada (injeção direta).
CHAVE COMUTADORA
Permite a conversão gasolina/gás e vice versa, podendo indicar a pressão do GMV no
reservatório (cilindro). Dependendo da tecnologia adotada
pelo fabricante, podemos encontrar na chave comutadora um
dispositivo de segurança, que após um determinado tempo,
corta o fornecimento de GMV quando o motor do veículo
“morre”.
Para veículos com injeção eletrônica, em alguns casos são empregados os componentes
abaixo.
MOTOR DE PASSO
RELÉ
É utilizado para cortar o sinal da injeção enviada pela ECU (Eletronic Comande Unit) aos
injetores quando o veículo está funcionando com GMV. Em alguns casos
também pode ser colocado outro relé para anular a energia de
acionamento da bomba de combustível, evitando desta forma o
funcionamento da bomba.
SIMULADOR DE INJETORES
PROCESSO DE CONVERSÃO
1º PASSO: Medir o diâmetro do cilindro com o auxilio de uma trena e cortar dois ou mais
pedaços (dependendo do comprimento do cilindro) de uma barra chata de
espessura e largura, conforme normas de referência;
2º PASSO: Moldar, com o auxilio de um martelo, o apoio junto ao cilindro;
3º PASSO: Soldar o apoio e, caso necessário e reforçá-lo;
4º PASSO: Medir no veículo com o auxilio de uma de uma trena, o espaço delineado para
a fixação do suporte;
5º PASSO: Cortar dois pedaços de cantoneira de perfil L, espessura e largura, conforme
normas de referência, no tamanho coerente ao medido no local de fixação do
suporte;
6º PASSO: Soldar as cantoneiras ao apoio;
7º PASSO: Moldar com o auxilio de um martelo, as cintas de apoio junto ao cilindro;
8º PASSO: Perfurar o suporte e instalar os parafusos de fixação das cintas de apoio do
cilindro;
9º PASSO: Montar o suporte.
2º PASSO: Perfurar o suporte e a área do veículo onde será fixado o suporte e inserir o
parafuso correspondente ao orifício;
3º PASSO: Moldar e perfurar, chapas de reforço estrutural, de acordo com a incisão
realizada do veículo;
4º PASSO: Fixar o suporte à estrutura do veículo, utilizando parafusos do tipo especificado
nas normas de referência;
5º PASSO: Perfurar, próximo ao suporte, as cavidades de acesso da tubulação de alta
pressão ao interior do veículo e fixar os suporte de apoio dos tubos de ventilação
da válvula do cilindro (ventilação de segurança).
4º PASSO: Após devidamente medido e se possível desenhado, cotar o tubo de alta pressão
e instalar em suas extremidades os dispositivos de fixação, que possibilitarão
seu engate roscado ao redutor e à válvula de abastecimento;
5º PASSO: Instalar a tubulação torqueando-a junto ao redutor e à válvula de abastecimento,
conforme a necessidade.
VAZAMENTOS DE GÁS.
3º PASSO: Medir com o auxilio de uma trena a distância entre o mesclador e o redutor de
alta pressão;
4º PASSO: Definir o posicionamento do parafuso regulador, de forma que este se encontre
instalado a um terço do tamanho da mangueira (caso haja possibilidade);
5º PASSO: Fixar a mangueira de baixa pressão do redutor ao mesclador com auxílio
de braçadeiras.
Qualquer vazamento deve ser reparado e o ensaio deve ser feito em ambiente aberto e/ou
ventilado, no mínimo a seis metros de qualquer chama aberta ou qualquer outra fonte de
ignição. Todo o sistema deve ser testado sob a pressão máxima de trabalhos de forma a ser
avaliar o desempenho do mesmo.
AFINAÇÃO DO MOTOR
ESQUEMAS ELÉTRICOS
SISTEMA GMV
Primeira Etapa
GMV
Segunda Etapa
GMV
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODAGAS. Manual de Instalação dos Componentes Mecânicos dos Kits GMV. São Paulo.