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Página Público - Clareza e prontidão.

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Caderno > Opinião
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Clareza e prontidão.
Responsabilidade
Por José Ribeiro e Castro

Se quem nos visita conclui que "uns são


aldrabões e outros não sabemos" - então é
que Portugal irá conhecer um quadro tão
duro que nem conseguimos imaginar
Sábado 16/04/2011
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Não tenho a certeza de, na classe política a que pertenço, toda a gente
estar bem consciente da extrema gravidade da situação a que Portugal EDIÇÃO IMPRESSA
chegou. Não tenho a certeza de que lhe atribua a imperativa prioridade
+ LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS + VOTADAS
que a seriedade do caso exige. Quando os sinais de iminência de
Destaque Eleições de domingo na Finlândia ameaçam criar
ruptura se sucedem dia após dia, quando os indicadores de prolongada um abalo em Portugal
recessão se acumulam, quando os cenários de aperto se acastelam, Destaque Havana quer salvar o socialismo com um pouco
quando o horizonte de dificuldades nos cerca - só uma suave distância de capitalismo
face à realidade permite compreender a aparente ligeireza que ainda Opinião Portugal protegido
se vê. Opinião Afinal, o FMI não é o mau da fita
Destaque Eventual recusa da Finlândia vai agravar factura
dos outros países da zona euro
A situação reclama sentido de Estado, prioritário e imperativo. Exige Temas As memórias (perdidas e achadas) de Adriano
DOWNLOAD EM PDF clareza e prontidão. Capacidade de decisão é isso: decidir e agir Opinião O triunfo da asneira
depressa, quando a adversidade o exige. A hora em que estamos é Opinião Mais um que casou com a Pátria
Fugas uma hora dessas. E pelas vozes que ressoam pela Europa, oxalá não Destaque Havana quer salvar o socialismo com um pouco
16.04.2011 - 5,54 MB
de capitalismo
seja tarde.
P2 Porto Opinião É possível ter esperança para lá do FMI (e da
16.04.2011 - 0,14 MB vergonha)?
P2 É facto que vamos para eleições. E não pode negar-se ao próximo
PUB:
16.04.2011 - 2,14 MB governo o direito de definir as políticas que escolha. Mas isso agora
Público Porto não tem importância nenhuma, ou melhor, tem-na num sentido
16.04.2011 - 4,13 MB
completamente diferente do que me parece dominar alguns espíritos.
Público
16.04.2011 - 3,34 MB
Ouvem-se declarações que dão a ideia de que A ou B só estariam
Ipsilon
15.04.2011 - 6,45 MB dispostos a aceitar a herança a benefício de inventário. Não há disso
Inimigo Público em política. Quem mostrar receio ou dúvidas quanto às condições em
15.04.2011 - 0,75 MB que aceita receber o país pode, aliás, acabar por ser rejeitado. O NOTÍCIAS EM DESTAQUE NO PUBLICO.PT
Publica eleitorado quer sentir confiança e coragem em quem se apresenta
Partidos PSD dividido face a possível recusa de Nobre ao
10.04.2011 - 5,59 MB
como alternativa. Se não, poderá ser tentado a manter os mesmos. cargo de deputado
Cidades Porto
10.04.2011 - 2,09 MB Partidos PSD dividido face a possível recusa de Nobre ao
Já sabemos que a situação é muito má. Desconfiamos até que seja cargo de deputado
Cidades
10.04.2011 - 3,51 MB pior do que todos os dias se vai revelando. Mas não estamos em Política Marinho e Pinto incita a “uma greve à democracia”
tempo de esquisitices e grandes exigências. É tempo de fechar o mais Economia Ministro das Finanças reúne-se em Washington
com responsáveis do FMI
depressa possível o pacote de ajuda financeira e assumir Fórmula 1 Fórmula 1: Sebastian Vettel ganha a pole position
CADERNO P1
colectivamente, sem tergiversações, perante parceiros da União do Grande Prémio da China
Destaque Europeia e o FMI, os compromissos que são a contrapartida exigível e
Portugal o início do saneamento financeiro. Por cada dia a mais que passar, a PUB

Mundo herança será muito pior.


Economia
Local Lisboa
Local Porto O próximo governo só saberá o que encontra depois de lá estar.
Desporto Nenhuma discussão nesta altura vai alterar o fundamental disso. Até
Espaço Público
porque essas discussões são inevitavelmente poluídas pelo debate
CADERNO P2 eleitoral e não trazem nem rigor, nem saúde. Por outro lado, a troika
Opinião que aí está - Comissão/BCE/FMI - é a maior interessada em não se
Temas
Cultura enganar, pois vem justamente determinar as necessidades financeiras,
as capacidades de pagamento, o montante e o calendário do
SUPLEMENTOS
Pública
empréstimo a fazer e o regime a seguir para garantirmos o reembolso.
Ípsilon
Fugas A oposição pode - e deve - indicar o que preferirá fazer se ganhar as
Índice da Edição mpressa eleições. Com uma condicionante: se puder e quando puder. Os

http://jornal.p blico.pt/noticia/16-04-2011/clareza-e-prontidao-responsabilidade-21852446.h... 16-04-2011


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Edições Anteriores governos Sócrates gastaram, alienaram, destruíram a margem de Papelaria - T do o q e Precisa. Encontra na
Edição em PDF
manobra de Portugal - esse é um dos seus maiores passivos. E uma Staples, ao melhor preço! www.staples.pt És
ÚLTIMOS 7 DIAS das principais tarefas do próximo governo é precisamente repô-la a m verdadeiro adepto? Prova-o, responde e
Dia 15, sexta-feira pouco e pouco. O próximo governo pode preferir outro receituário e põe o Fcporto no pódio. Vai ser o Maior! O-
Dia 14, quinta-feira
querer fazer diferente. Mas só mais tarde poderá defini-lo: quando, me -porto.com/porto_campeao M ltif nções
Dia 13, quarta-feira
assumindo o poder, firmar o seu próprio diagnóstico; e quando puder Ricoh O fabricante líder na E ropa. A preto
Dia 12, terça-feira
Dia 11, segunda-feira
oferecer aos credores alternativas sólidas, consistentes, aceitáveis. o a cores. Cons lte-nos. www.ricoh.pt Q er
Dia 10, domingo Agora, é só conversa - e a conversa só prejudica. Net em todo o lado? Adira ao MEO e tenha
Dia 09, sábado Banda Larga Movel Grátis. Adira já!
Se o próximo governo descortinar rapidamente áreas em que consiga www.meo.pt
PESQUISA
aceleradamente mais emagrecimento do Estado e redução da
OK
despesa, poderá propor a revisão do plano aliviando a carga sobre a
receita. Mas só nessa altura - não hoje! Se o próximo governo definir
uma reengenharia do esforço do lado das receitas, que o torne mais
justo no plano social e igualmente eficaz (ou mais eficaz) no plano
financeiro, também o poderá propor. Mas só nessa altura - não hoje!
Com uma certeza: os credores aceitarão, tendencialmente, tudo o que
não prejudique os objectivos fixados e possa até facilitar o seu alcance.
Mas desconfiarão e rejeitarão tudo o que soe a tergiversação, o que
pareça tibieza, o que não revele suficiente energia, determinação,
eficácia. Até por isso, convém não os inquietar desde já com ruídos
fora de contexto.

Bem sei que o guião do PS é o de as novas medidas serem piores que


o PEC 4, culpando a oposição pelo chumbo do PEC 4. Uma mentira,
que tem de ser combatida por um contra-guião vigoroso. A primeira
verdade é que o PEC 4 resultou unicamente da mentira do PEC 3 -
confessar, como o governo explicou, que a justificação estava em
ajustá-lo ao cenário macroeconómico de recessão, é a própria
confissão da mentira do PEC 3, pois toda a gente disse, na altura, que
este ia ser recessivo e o governo não estava a tê-lo em conta. E o PEC
3 fora já consequência da mentira do PEC 2, assim como o PEC 2 fora
o efeito da mentira do PEC 1 - tudo em menos de um ano. E a outra
verdade é a de que o PEC 4 já não chegava, nem chega, por três
razões: primeiro, a recessão a estimar é ainda mais alta do que aquela
que o governo Sócrates, a contra-gosto, admitiu (uma quebra de 0,9%
do PIB); segundo, haverá que aplicar nos exercícios de 2011/13 as
novas regras quanto aos prejuízos e à dívida do sector empresarial do
Estado (nomeadamente, nos transportes) e que estar preparado,
algures em 2012 ou 2013, para o resto da factura BPN; e, terceiro,
quando o novo governo tomar posse, com meio ano andado, a
execução orçamental poderá estar em parte comprometida.

Seja como for, não se combate o guião do PS, enredando-nos nele. Só


se o combate de três maneiras: primeiro, contribuindo
responsavelmente para virar, depressa, esta página da visita dos
"inspectores do crédito externo"; segundo, repetindo à exaustão o
contra-guião, com a vantagem de ser o verdadeiro; terceiro, mostrando
prontidão e coragem para assumir Portugal, no estado em que estiver,
esteja como estiver.

O que os portugueses querem como Alternativa é essa exacta


coragem. Para poder mudar! Senão não mudam. E é isso também que
esperam os credores. Se quem nos visita e analisa, ou quem nos lê lá
fora, conclui que "uns são aldrabões e outros não sabemos, mas já deu
para ver que têm medo" - então é que Portugal irá conhecer
dificuldades bem sérias e um quadro tão duro que nem conseguimos
imaginar.

Já escrevi que o problema de disputar eleições no meio do incêndio é


que sobra pouco para discutir além da porta por onde entram os
bombeiros e se devem usar água ou neve carbónica. Nos últimos dias,
tem-me espantado - e angustiado um pouco, devo admitir - ver actores
principais, a começar no primeiro-ministro, que revelam grande
destreza em exercícios de equilibrismo no arame, por cima de uma
arena com chamas já intensas. Gabo-lhes o sangue-frio. Admiro os
nervos de aço. Mas, em rigor, não estão a jogar o seu futuro, Estão a
brincar com o nosso.

Virem a página! Com prontidão e patriotismo. Depressa. Só haverá


debate eleitoral depois disso. E só haverá futuro novo com esse aperto
superado. Deputado do CDS-PP

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