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Banco de Questões

IV – 1.2. Teorias explicativas do conhecimento

Tipo 1 – Itens de seleção

Analise as quatro frases que se seguem:

1. David Hume considera que as relações de causa-efeito existem na própria realidade


objetiva.

2. O conhecimento, segundo David Hume, é probabilístico; por conseguinte, o filósofo


escocês não advoga o ceticismo.

3. Para David Hume, as ideias não são inatas, são derivadas dos dados da experiência.

4. As relações de ideias, de acordo com David Hume, não dependem da experiência,


sendo que, por exemplo, o contrário de um enunciado matemático implica uma
contradição.

Das quatro alíneas (A, B, C e D), só uma está correta. Identifique-a.

(A) As frases 1 e 4 são verdadeiras e as frases 2 e 3 são falsas.


(B) As frases 1, 2 e 3 são verdadeiras e a frase 4 é falsa.
(C) As frases 1 e 2 são falsas e as frases 3 e 4 são verdadeiras.
(D) Apenas a frase 1 é falsa.

Resposta: (C)
Tipo 2 – Itens de resposta curta/restrita

1. Defina racionalismo.
Resposta: Princípio e corrente filosófica, defendida por Descartes, que afirma que a
razão é a origem do conhecimento, possuindo ideias inatas e evidentes, a partir das
quais deduz todo o conhecimento.

2. Defina empirismo.
Resposta: Princípio e corrente filosófica, defendida por Hume, que afirma que as
sensações ou impressões são a origem do conhecimento, não havendo ideias inatas. O
conhecimento encontra-se limitado à informação que é objeto de uma experiência
sensível.

3. O que é o inatismo?
Resposta: É a teoria que defende a existência de ideias ou capacidades que nascem
com o indivíduo, não sendo por isso adquiridas. Segundo Descartes, estas ideias são
também autoevidentes.

4. Relacione os conceitos de causalidade e de costume em David Hume.


Resposta: Segundo David Hume, o costume é o fundamento da relação de causa-
efeito, não sendo esta derivada nem da razão nem da experiência sensível (de uma
impressão correspondente). É o hábito de associarmos continuamente certos
acontecimentos a outros que nos leva a crer que um é a causa do outro.

5. A dúvida não tem a mesma função nos sistemas filosóficos de René Descartes
e de David Hume. Exponha essa diferença.
Resposta: Enquanto a dúvida cartesiana é um método para atingir o conhecimento
verdadeiro e indubitável, sendo, por isso, apenas provisória, a dúvida, em David Hume,
é uma condição que acompanha o próprio conhecimento, pois não podemos alcançar
nenhuma certeza acerca do mundo.

6. O primeiro princípio da filosofia de Descartes é o «Cogito». Explique porquê.


Resposta: Trata-se do primeiro princípio evidente e irrefutável, uma vez que, ao
duvidar de tudo, Descartes se apercebeu de que apenas não podia duvidar do facto de
estar a duvidar, ou seja, do facto de ser um ser pensante; esse princípio, «Cogito», foi o
primeiro a resistir à dúvida metódica.

Tipo 3 – Itens de resposta extensa

Leia o texto com atenção:

“Podemos, pois, dividir aqui todas as perceções da mente em duas classes ou tipos, que
se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. As menos intensas e
vivas são comummente designadas Pensamentos (thoughts) ou Ideias (ideas). O outro
tipo […] chamemos-lhe Impressões (impressions). Pelo termo impressão significo todas
as nossas perceções mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos,
desejamos, ou queremos. E as impressões distinguem-se das ideias, que são as
impressões menos intensas, das quais somos conscientes quando refletimos sobre
qualquer das sensações ou movimentos acima mencionados.”

David Hume, Investigação Sobre o Entendimento Humano, Secção II, 12, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 24.

Elabore um pequeno texto expositivo-argumentativo, caracterizando e


apresentando com clareza:

a) o empirismo de David Hume;


b) o conceito de mente em David Hume;
c) o conceito de perceções em David Hume;
d) a identidade, a diferença e a hierarquia entre impressões e ideias em David Hume.

Resposta: O aluno deverá caracterizar, em traços gerais, o empirismo de David Hume;


identificar os conteúdos da mente (impressões e ideias), salientando as suas diferenças:
as impressões como perceções originais, mais vivas e mais intensas do que as ideias, que
derivam ou são as cópias das impressões, por isso, menos vivas e intensas do que estas.
Daqui se percebe como, para Hume, a origem do conhecimento reside nas sensações e,
não, na razão.

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