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BIOLOGIA

1ºAno – Ensino Médio

Biologia

Capítulo I Origem da vida e evolução das espécies.


Capítulo II Biodiversidade e classificação
Capitulo III Ecologia
Capítulo IV Relações Ecológicas
Capítulo V Doenças
Capítulo VI Influencia do Sol na coloração da pele
Capítulo VII Ciclos Biogeoquímicos

Obs.: A cada término de capítulo, resolver os exercícios propostos no caderno de


atividades.
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CAPÍTULO I – ORIGEM DA VIDA E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

Origem da vida
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de
explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos
poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma
espontânea. Essa ideia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida por geração espontânea ou
abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio
ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação
do material inanimado em seres vivos.

Teoria evolucionista
As teorias evolutivas procuram explicar os mecanismos que determinam essa grande variedade de seres
vivos. Propõem as teorias evolutivas que os seres vivos são passíveis de modificações e que provavelmente
sofrem alterações morfológicas e fisiológicas ao longo dos tempos.
Propõem ainda que as espécies atuais tivessem origem em outras pré-existentes que sofreram
modificações com a finalidade de se adaptar às constantes modificações ambientais ocorridas em nosso planeta.
Pode-se concluir, portanto que a evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou
transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Diversas teorias evolutivas já foram elaboradas, destacando-se entre elas, as teorias de Lamarck, a de
Darwin e mais recentemente foi formulada a Teoria Sintética da Evolução também conhecida como
Neodarwinismo que é a teoria mais aceita atualmente pelos biólogos.

Teoria de Lamarck
O naturalista Francês Jean-Baptiste Lamarck (1744 - 1829) foi um dos primeiros cientistas a defender e a
propor uma teoria sistemática de evolução.
Sua teoria foi expressa com detalhes no livro Filosofia Zoológica, publicada em 1809. Apesar de
superada nos dias atuais a teoria de Lamarck foi bastante revolucionária para a época em que foi publicada.
Segundo Lamarck, o mecanismo evolutivo estava baseado em duas leis fundamentais:
 Lei do uso e desuso
Supõe que o uso frequente de determinadas partes do organismo conduz a hipertrofia, e o desuso
prolongado faz com que se atrofiem.
 Lei da transmissão dos caracteres adquiridos
Supõe que as características adquiridas pelo uso ou perdida pelo desuso são transmitidas aos
descendentes.
Importância: além de combater o fixismo, teoria corrente na época, foi à primeira hipótese que tentou
explicar seriamente a evolução.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o
grau de adaptação destes ao meio.
Erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.
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Teoria de Darwin
Charles R. Darwin (1809-1882) propôs em 1859, em seu livro A Origem das Espécies suas idéias a
respeito dos mecanismos de evolução: A teoria da Evolução através da Seleção Natural.
Segundo esta teoria, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência
que os menos aptos, deixando um maior número de descendentes. Estes descendentes, melhor, adaptados
estariam, portanto, com maiores chances de sobrevivência num ambiente em constantes mudanças.
Os mecanismos de evolução propostos por Darwin podem ser resumidos da seguinte forma:
 Os indivíduos de uma mesma espécie mostram muitas variações, não sendo, portanto, idênticos,
entre si.
 Boa parte dessas variações é transmitida aos descendentes.
 Se todos os indivíduos de uma espécie se reproduzissem, as populações cresceriam
exponencialmente.
 Como os recursos naturais são limitados, os indivíduos de uma população lutam por sua
sobrevivência e de sua prole.
 Portanto, somente alguns, os mais adaptados segundo Darwin sobrevivem e deixam filhos.
Importância: Base da atual teoria da evolução
Erro básico: Não explica a origem das variações
Enquanto a sucessividade da característica benéfica se consolida na população como caráter padrão,
transmitido de geração em geração, as características desfavoráveis de um organismo, cada vez menos frequente,
não se perpetuam reprodutivamente. Atuando diretamente sobre o fenótipo, a Seleção Natural, permite mais ênfase
aos aspectos favoráveis, resultando em adaptação do mesmo. Assim, as variações bem sucedidas, intensificam a
sobrevivência do organismo portador, tornando-o mais apto reprodutivamente, podendo ocasionar o surgimento
evolutivo de uma nova espécie. Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural é o aumento da
população de mariposas (Biston betularia) com pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX.
Anterior a esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as mariposas com pigmento branco
acinzentado prevaleciam. No entanto, com o crescente desenvolvimento industrial, emissão de poluentes na
atmosfera e impregnação de fuligem na vegetação, as mariposas escuras, quando no troco das árvores, passaram a
serem menos observáveis pelos pássaros (predador natural das mariposas). Consequentemente, a situação se
inverteu, as mariposas escuras passaram a predominar na população, se escondendo melhor dos predadores,
garantindo sobrevivência e reprodução.
Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de um par de genes codificador de dois tipos
fenotípicos: claro e escuro, atuou a Seleção Natural sobre a frequência da variedade sujeita às condições
ambientais.
Nesse caso, pode-se concluir que o processo de Seleção Natural, não necessariamente potencializa sua
atuação de forma deletaria, produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma característica. Mas pode
limitar uma variação fenotípica conforme a interferência do meio.

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Seleção Natural aplicada às mariposas, Biston betularia

Evolução das espécies


A teoria sintética da evolução
A Teoria sintética da evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de
estudos, tomando como essência as noções de Darwin sobre a seleção natural e incorporando noções atuais de
genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o
conceito antigo de herança através da mistura de sangue pelo conceito de herança através de partículas: os genes.
A teoria sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A
população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma
área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
A enorme diversidade de fenótipos em uma população é indicadora da variabilidade genética dessa
população, podendo-se notar que esta é geralmente muito ampla.
A compreensão da variabilidade genética e fenotípica dos indivíduos de uma população é fundamental para
o estudo dos fenômenos evolutivos, uma vez que a evolução é, na realidade, a transformação estatística de
populações ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Os fatores que
determinam alterações na frequência dos genes são denominados fatores evolutivos. Cada população apresenta um
conjunto gênico, que sujeito a fatores evolutivos, pode ser alterado. O conjunto gênico de uma população é o
conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim, quanto maior é a variabilidade genética.
Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos duas categorias.
Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação
cromossômica, recombinação;
Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e oscilação
genética.
A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao
desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo I – Origem da vida e evolução das espécies.

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CAPÍTULO II - BIODIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO


A biodiversidade de uma determinada região pode ser entendida como o conjunto de todas as espécies de
seres vivos que nela existem.
O ramo da ciência que descreve a classificação dos seres vivos é chamada de taxonomia.

Classificando os seres vivos


Classificar é agrupar, formar grupos, obedecendo a determinados critérios.
Ao falarmos de animais e plantas, usamos como critério de classificação o tipo de nutrição.
Animais são seres heterótrofos, pois eles não adquirem seus próprios alimentos.
Plantas são seres autótrofos, pois produzem seus próprios alimentos.
Ao considerar bactérias e animais, usamos como critério de classificação o número e o tipo de células.
Bactérias são unicelulares e procariontes, animais são pluricelulares e eucariontes.
Seres procariontes são poucas células desenvolvidas, onde não existe uma distribuição celular definida. Ex:
bactérias.
Seres eucariontes são células animais e vegetais com distribuições celulares bem definidas, pois são seres
bem desenvolvidos.

Espécie: A unidade de classificação dos seres vivos


Espécies conjuntos de organismos semelhantes entre si, capazes de cruzar e gerar descendentes férteis. Ex:
cachorro e cachorra, gato e gata.

Espécies podem ser agrupadas e formar um gênero


Animais como gato maracajá, encontrados na floresta do Brasil, pertencem a espécies Leopardus wiedii;
Jaguatirica maior entre os pequenos felinos, pertence a espécies Leopardus pardalis; gato do mato pequeno, o
menor dos pequenos felinos silvestres brasileiros, pertence à espécie, Leopardus tigrinus.
Todos esses animais são de espécies diferentes, porque não são capazes de se cruzar entre si gerando
descendentes férteis, mas todos pertencem ao mesmo gênero, Leopardus.

Gêneros podem ser grupados e formar uma família


Os animais dos gêneros Leopardus, (Gato Maracajá e Jaguatirica) Phantera (leão, tigre, onça pintada),
Puma (suçuarana) e Felis (gato domestico), as agrupados na mesma família o grupo dos felinos.

Famílias podem ser agrupadas e formar uma ordem


O conjunto de famílias mais aparentadas entre si do que quaisquer outras, forma uma ordem.
Os felinos (gatos) e os canídeos (cães) junto com animais com outras famílias, como a dos ursos e das
hienas, são agrupadas na mesma ordem carnívoras.

Ordem é agrupada e formam uma classe


Os animais da ordem carnívoros, juntamente com os animais de outras ordens, como as dos roedores, que
são pacas e capivaras, e outra ordem dos morcegos (chiroptera) e a dos primatas (gorilas e seres humanas) são
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agrupados na mesma classe, classe dos mamíferos.


Classes podem ser formadas e formar um filo
O conjunto de classes mais aparentadas entre si forma um filo.
A classe dos mamíferos, a classe dos répteis, a classe das aves, apresentam durante a sua fase embrionária
um eixo de sustentação, denominado notocorda e são agrupados no mesmo filo Chordata. A maioria dos cordados,
a notocorda desaparece ao longo do desenvolvimento embrionário e é substituída pela coluna vertebral.

Filos podem ser agrupados e formar um reino


Os animais dos filos cordados com animais de outros filos como os dos artrópodes (insetos, aranhas,
crustáceos, centopéias) e dos moluscos (polvos, lulas, caramujos, lesmas) as agrupados no mesmo reino: Animalia
(Animal).
Com isso concluímos que:
 Varias espécies agrupadas formam um mesmo gênero;
 Vários gêneros formam uma mesma família;
 Varias famílias formam uma mesma ordem;
 Varias ordens formam uma mesma classe;
 Varias classes formam um mesmo filo;
 Vários filos formam um mesmo reino

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo II – Biodiversidade e classificação.

CAPÍTULO III - ECOLOGIA

Introdução
Em 1870, Ernest Haeckel criou o termo Ecologia, do grego OIKOS, CASA + LOGOS, estudo para
designar um ramo da Biologia que tem como objetivo de estudar as relações entre espécies animais e seu ambiente
orgânico e inorgânico.
Conceito: É a parte da Biologia que estuda a relação dos seres vivos entre si e destes com o meio ambiente.

Conceito Básico Em Ecologia


1. Indivíduo ou organismo – É a unidade de vida que se manifesta em certo local.
2. Espécie – É o conjunto de indivíduos semelhantes que ao serem cruzados entre si produzem
descendentes semelhantes e férteis.
3. Habitat – É o território que no interior do qual uma espécie encontra condições de vida.
OBS: É o “Endereço” da espécie.
4. Nicho Ecológico – É o papel comportamental que o ser vivo desempenha em seu habitat.
OBS: É a “profissão” do organismo.

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5. População – É o conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam a mesma área por um certo
tempo.
6. Comunidade ou biocenose – É o conjunto de populações que vivem na mesma área e que se inter-
relacionam.

Fatores Bióticos – É representada por todos os seres que possuem vida.


Ex. Todos os seres vivos.
Fatores Abióticos – É representada por tudo que não possuem vida
Ex. água, solo, ar, umidade, temperatura.
7. Ecossistema ou sistema ecológico – É o conjunto formado pela Comunidade Biótica e o meio
ambiente.(Comunidade Abiótica).
ECOSSISTEMA = COMUNIDADE + MEIO AMBIENTE
8. Biosfera – È o espaço do planeta onde existe pelo menos uma forma de vida.
OBS: 1. Dentro da biosfera distinguem-se ambientes menores chamados biociclos (aquático- doce,
aquático-salgado e terrestre).
2. Dentro do biociclo terrestre distinguem-se ambientes ainda menores chamados de biocora (zona de vida).
3. Biosfera é a somatória dos ecossistemas.

Cadeia alimentar
É uma seqüência de seres vivos onde um se alimenta do outro antes de morrer.

Componentes da Cadeia Alimentar:


1. Produtores (autótrofos) ou primeiro nível trófico
São seres vivos que possuem a capacidade de sintetizar os seus alimentos através da fotossíntese e
quimiossíntese.
Ex.: Vegetais clorofilados, certas Bactérias e todas as algas.
Nota: No meio aquático os produtores são denominados de Fitoplâncton (Algas), que são Unicelulares e
microscópicos.

2. Consumidores
São seres vivos heterótrofos, pois não possuem a capacidade de sintetizar os alimentos.

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Classificação dos consumidores:


2.1. Consumidores primários: 1ª ordem – Herbívoros – 2º nível trófico. São os seres vivos que se
alimentam dos produtores.
Nota: No meio aquático os consumidores primários são chamados de Zooplâncton.
2.2. Consumidores Secundários: 2ª ordem – 3º nível trófico. São os seres vivos que se alimentam dos
consumidores primários.
2.3. Consumidores Terciários: 3ª ordem – 4º nível trófico. São os seres vivos que se alimentam dos
consumidores secundários.

3. Decompositores
São seres vivos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição.
Ex.: bactérias, fungos, etc.

Obs.: Na verdade não encontramos uma simples cadeia alimentar mais sim um complexo de cadeias
denominadas de Teia alimentar.

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Cadeia alimentar – conjunto de várias cadeias alimentares de um ecossistema.


Carnívoros - ser que se alimenta de carne
Herbívoro – ser que se alimenta de vegetais.
Onívoro – ser que pode se alimentar de vegetais e animais.

Pirâmide Alimentar
É a representação quantitativa de uma cadeia alimentar

Decompositores – Não fazem parte da pirâmide alimentar.


Pirâmide de energia – representa a quantidade de energia.
1. A pirâmide de energia é a que melhor descreve uma cadeia alimentar.
2. À medida que nos afastamos da base a energia disponível vai diminuindo.
3. Os produtos são os elementos que mais armazenam energia. Fluxo da matéria - é bidirecional ou
cíclico
Fluxo de energia – é unidirecional ou acíclico

Esquema bem simplificado representando o Ciclo da Matéria e o Fluxo de Energia.

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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo III – Ecologia.

CAPÍTULO IV – RELAÇÕES ECOLÓGICAS

Classificação:
1. Relação Intra específica – é aquela onde os associados são da mesma espécie.
2. Relação Interespecífica – é aquela onde os associados são de espécies diferentes.
3. Relação Harmônica – é aquela onde os associados não são prejudicados.
4. Relação Desarmônica – é aquela onde os associados são prejudicados (pelo menos um).

Relações Ecológicas

Harmônicas Intra específicas


Colônia É uma relação em que os associados
estão internamente ligados. A
separação de um indivíduo da
colônia determina a sua morte.
Ex: caravela do mar, corais,
esponjas marinhas.

Sociedade É uma relação onde os associados


possuem grande afinidade pela vida
em grupo, podendo ter divisão de
trabalho entre os integrantes.
Ex: Abelhas, formigas, cupins

É a relação em que os indivíduos de


Competição intra específica uma mesma espécie competem por
recursos ambientais como: abrigo,
luz, água e alimento; e até mesmo
quando machos brigam para
conquistar uma fêmea.

Harmônicas Interespecíficas
Mutualismo É uma relação onde ambos
associados são beneficiados: é a co-
existência é obrigatória.
Ex.: liquens = algas + fungos
Bacteriorriza = bactérias
(Rhizobium) + raízes de
leguminosas
Micorriza = raízes + fungos

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Protocooperação É uma relação onde ambos os


associados são beneficiados,
mas cuja a coexistência não é
obrigatória.
Ex.: pássaro palito + crocodilo
paguro-eremita + anêmonas-do-mar
ou
anu + boi
Inquilinismo É uma relação onde um associado
procura abrigo ou suporte no corpo
do outro, sem prejudicá-lo
beneficiá-lo.
Ex.: Epifitismo = orquídeas +
árvore
Bromélias + árvore
Comensalismo É uma relação onde um associado se
alimenta dos restos alimentares do
outro sem prejudicá-lo sendo
chamado de comensal
EX: rêmora = tubarão

Relações Desarmônicas Interespecíficas


É quando seres vivos de espécies
Competição interespecífica diferentes competem pelo mesmo
recurso ambiental pois possuem o
mesmo nicho ecológico.
Ex: leões e hienas; bois e cavalos.

Parasitismo É uma relação onde um


associado vive na
dependência do outro
causando lhe prejuízo. O ser
que abriga um parasita é
chamado de hospedeiro.
Ex: pulga e cão, piolho e homem,
carrapato e boi, vermes e porco.
Predatismo É quando um ser vivo caça um outro
de outra espécie para dele se
alimentar.

Amensalismo Relação no qual uma espécie


bloqueia o crescimento ou a
reprodução de outra espécie,
denominada amensal, através da
liberação de substâncias tóxicas.
Exemplos:

 Os fungos Penicillium
notatum eliminam a
penicilina, antibiótico que
impede que as bactérias se

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reproduzam.

 As substâncias secretadas
por dinoflagelados
Gonyaulax, responsáveis
pelo fenômeno "maré
vermelha", podem
determinar a morte da fauna
marinha.
A secreção e eliminação de
substâncias tóxicas pelas raízes de
certas plantas impede o crescimento
de outras espécies no local.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo IV – Relações ecológicas.

CAPÍTULO V – DOENÇAS

Vírus
Os vírus constituem um grupo de seres que não se encaixam em nenhum dos reinos. Têm características de
seres vivos e de seres brutos, mas são considerados seres vivos, pois se reproduzem.
Principais características dos vírus:
 São muito pequenos e têm estruturas muito simples. Só podem ser vistos ao microscópio
eletrônico;
 Não possuem estrutura celular;
 Também podem ficar muito tempo fora das células, mais variados lugares e ambientes, mas só se
reproduzem dentro de células vivas.
Os vírus podem causar doenças como: gripe, poliomielite (paralisia infantil), febre amarela, sarampo,
hidrofobia (raiva), rubéola, AIDS, dengue e outras.
A AIDS é uma doença gravíssima causada por um vírus que destrói o sistema de defesa do organismo.
Uma pessoa aidética fica muito frágil e contrai facilmente vários tipos de doenças. Essas doenças, denominadas
oportunistas, acabam levando o indivíduo à morte. Uma pessoa pode contrair o vírus da AIDS através de relação
sexual, com um doente ou portador do vírus ou através de seringas contaminadas ou por transfusão de sangue.
Evita-se a AIDS com o uso de seringas descartáveis, preservativos (camisinhas) nas relações sexuais e tomando
cuidado com as transfusões de sangue.

Bactérias
As bactérias são seres unicelulares microscópicos, que vivem isoladamente ou em colônias. De acordo com
a forma que apresentam, são classificadas em: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.
 Cocos são bactérias esféricas.
 Bacilos são bactérias em forma de bastonetes.

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 Vibriões são bactérias em forma de vírgula.


 Espirilos são bactérias em forma de espiral.
As bactérias podem ser encontradas no solo, no ar, na água, ou associadas a outros seres vivos.
Para se alimentar, elas utilizam processos variados:
 Algumas são autotróficas, pois conseguem produzir seu próprio alimento.
 A maioria é heterótrofa, vivendo de matéria orgânica já elaborada por outros organismos.
 Há bactérias que decompõem restos de animais e vegetais. São chamadas saprófitos, elas são
indispensáveis à vida na Terra.
Em nosso intestino, existem muitas bactérias, que formam a flora intestinal, que são muito úteis, pois
ajudam na digestão. Há também bactérias empregadas na fabricação de coalhadas, queijo, vinagre e de alguns
antibióticos. Algumas captam o nitrogênio do ar e o transformam em nitratos. Isso é muito importante, porque
praticamente todas as plantas só conseguem utilizar o nitrogênio sob a forma de nitratos. Outras bactérias são
parasitas e retiram dos seres vivos as substâncias de que necessitam, prejudicando-os. Provocam doenças, e por isso
são chamadas bactérias patogênicas. Como exemplos das doenças causadas por bactérias podem citar:
tuberculose, difteria, cólera, tétano, coqueluche, pneumonia, gonorréia, sífilis.

Doenças adquiridas pela água ou alimentos contaminados


Doenças causadas por Protozoários
 Disenteria ou Amebíase:
Parasita: Entamoeba histolytica
Sintomas: Dores abdominais, diarréia, náuseas, etc.
Transmissão: Água e alimentos contaminados
 Giardíase:
Parasita: Giardia lamblia
Sintomas: Cólicas, náuseas, diarréia, etc.
Transmissão: água e alimentos contaminados.

Doenças causadas por nematelmintos


 Ascaridose ou Ascaridíase:
Parasita : Ascaris lumbricoides
Sintomas: Cólicas, náuseas, vômitos, oclusão intestinal (não consegue defecar), quando em grande número.
Transmissão: Alimentos contaminados por ovos.

Doenças causadas por Platelmintos:


 Esquistossomose: é causada pelo platelminto esquistossomo (Schistosoma mansoni). Também
denominada barriga d’água. A pessoa atacada por ela enfraquece e emagrece rapidamente. Pode ter diarréia, dores
na região da barriga, hemorragias intestinais e problemas no fígado. Os esquistossomos vivem dentro das veias do
fígado do homem e se alimentam de sangue. Eles se reproduzem e seus ovos são eliminados juntamente com as
fezes. Se essas fezes alcançam a água, os ovos dão origem a larvas, os miracídios. Quando essas larvas encontram
um caramujo do gênero Bionphalaria, entram nele e se reproduzem, produzindo outra larva, as cercarias. Se uma
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pessoa entra em contato com a água contendo cercarias, pode ser contaminada. As cercarias penetram em sua pele,
de onde passam para o sangue, e depois para as veias do fígado.
 Teníase:
Parasita: Taenia solium e Taenia signata
Sintomas: Náuseas, diarréia, letargia, etc.
Transmissão: ingestão de carne com cisticercos
OBS: O ciclo começa quando o porco engole os ovos, da boca esses ovos vão para o estômago, então
migram para o delgado e para a musculatura em forma de cisticercos. Comendo a carne contaminada, o verme vai
para o delgado do homem, onde se torna adulto, por auto fecundação ou por fecundação cruzada, dão se origem aos
proglotes grávidos, que serão futuramente ou ovos. A cisticercose caracteriza-se quando o homem faz o papel de
hospedeiro intermediário (do porco), devido a ingestão de alimentos contaminados por ovos.

Doenças causadas por bactérias:


 Disenterias bacterianas
Constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as classes mais
pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São causadas por diversas bactérias como a
Shigella e a Salmonella, e pelos bacilos patogênicos. Essas doenças são transmitidas pela ingestão de água e
alimentos contaminados, exigindo todas pronto atendimento médico. Sua profilaxia só pode ser feita através de
medidas de saneamento e melhoria das condições sócio econômica das camadas menos favorecidas da população.
 Leptospirose
Parasita: Leptospira interrogans
Sintomas: febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor
muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia são frequentes, podendo levar à
desidratação.
Transmissão: A bactéria é elimina junto com a urina de ratos e penetra através da pele e de mucosas (olhos,
nariz, boca) ou através da ingestão de água e alimentos contaminados.
 Cólera:
Parasita: Vibrio cholerae
Sintomas: diarréia leve ou moderada, indistinguível das diarréias comuns. Podem ocorrer vômitos, porém
dor abdominal e febre são incomuns. Transmissão: ingestão de água ou de alimentos contaminados

Medidas para prevenir doenças transmitidas por água contaminada


 Saneamento básico
 Utilização de fossa
 Beber somente água fervida ou filtrada
 Lavar bem os alimentos
 Tratar o doente

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Doença causada por larva de mosca


 Berne
O berne é causado pela forma larval da mosca Dermatobia hominis, que está amplamente distribuída nas
regiões tropicais e subtropicais da América Latina.
A mosca do berne é um inseto de cor azul brilhante, com o tamanho superior ao das moscas domésticas e
moscas do estábulo. Prejuízos causados:
A forma larval produz miíase com nódulos, gerando grandes prejuízos aos hospedeiros. Prejudica as
indústrias coureiro-atacadista e de artefatos em geral, que somam valores de 20% de perdas em sua produção.
Em danos diretos, reflete na produtividade de carne e leite, além de comprometer o desenvolvimento de
animais em fase de crescimento. CICLO DE VIDA
A fêmea de D. hominis utiliza outras espécies de moscas (escrava) para transportar seus ovos para um
hospedeiro potencial. Ela captura outro díptero, geralmente hematófago como um mosquito ou uma mosca do
estábulo, e fixa seus ovos no abdome desse díptero. Os ovos desenvolvem-se em uma semana, ou duas, e as larvas
em seu interior ficam prontas para eclodir quando a mosca “escrava” pousa na pele de um animal de sangue quente
para fazer o repasto.
Cada larva de D. hominis, bem sucedida na penetração da pele, desenvolve-se no local da penetração, ou
próximo a ele, em um nódulo individual. A larva emerge pelo orifício respiratório para pupar cerca de seis semanas
mais tarde. A figura 3, ilustra o ciclo da Dermatobia hominis.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo V – Doenças.

CAPÍTULO VI - INFLUÊNCIA DO SOL NA COLORAÇÃO DA PELE


A pele é um dos maiores órgãos do corpo humano, ela é constituída por duas camadas: a epiderme e a
derme. A epiderme é a camada mais externa e mais fina, e a derme é a camada mais interna e mais espessa.
A epiderme é mais grossa onde o atrito é maior (palma das mãos e planta dos pés).
Estão também presentes na pele estruturas anexas como unha, pêlos, glândulas sudoríparas e glândulas
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sebáceas.
Os vasos sanguíneos e os terminais nervosos localizam-se na derme e sua concentração varia conforme o
local do corpo.

As estruturas anexas da pele e suas funções.


As funções exercidas pela pele que recobre todo o nosso corpo são várias, e delas participam as estruturas
anexas como glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e pêlos. Entre as funções da pele vamos destacar:
a) A proteção contra a perda de fluidos corpóreos, principalmente água;
b) A proteção contra o atrito;
c) A colaboração com o sistema de controle de temperatura do nosso corpo;
d) A proteção contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta (UV) proveniente do sol;
e) A produção de vitamina D.

As camadas da epiderme
Camada córnea: composta por células mortas queratinizadas (mais externa) Camada espinhosa: formada
por células vivas (intermediária)
Camada germinativa: composta por células geradoras das camadas superiores. Possui também os
melanócitos, que são células com prolongamentos celulares. Esses melanócitos têm como função produzir os grãos
de melanina. A melanina é um pigmento de cor marrom-escura. Esses grãos migram das ramificações para o
interior das células vivas, sobre os núcleos.
Esse fato é de grande importância porque a melanina tem a capacidade de absorver os raios UV
provenientes do sol, protegendo os núcleos das células das camadas germinativas e espinhosa da epiderme.
Os núcleos possuem a carga genética da célula, que é sensível ao efeito de raios ultravioleta (UV)
provenientes do sol.
Os raios UV podem provocar modificações no material genético que compõe os cromossomos. Uma
alteração no cromossomo pode provocar desde a morte da célula até a alteração de suas funções, gerando um
câncer.
Existem dois tipos de cânceres de pele: o carcinoma, que atinge as células da camada germinativa ou da
camada espinhosa, e o melanoma, que afeta o melanócito. O melanoma É menos comum, porem é mais perigoso,
porque pode se espalhar para outros órgãos.
Quanto maior for a quantidade de melanina da epiderme da pessoa, mais escura será sua pele. As pessoas
negras nascem com a capacidade de gerar grande quantidade de melanina, independentemente de tomar sol ou não.

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ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VI – Influência do sol na coloração da pele.

CAPÍTULO VII - CICLOS BIOGEOQUÍMICOS


 A Biogeoquímica e uma ciência que estuda a troca de matéria entre os componentes bióticos e
abióticos dos ecossistemas.
 Os seres vivos mantêm constante troca de matéria com o ambiente. Os elementos químicos são
retirados do ambiente, utilizados pelos organismos e novamente devolvidos ao ambiente, num processo que
constitui os ciclos biogeoquímicos. Os quatro elementos que entram na composição da matéria orgânica são:
CARBONO, HIDROGENIO, OXIGENIO E NITROGENIO.

Ciclo do Carbono
 O carbono presente na atmosfera é incorporado à matéria orgânica pelas plantas e algas, através da
fotossíntese. Neste processo, o CO2 é transformado em açúcar, utilizando-se da energia proveniente do Sol.
 Das plantas, o carbono pode passar para os animais, pela ingestão de plantas e algas por herbívoros
e pela ingestão de herbívoros por carnívoros.
 O carbono retorna à atmosfera, na forma de CO2, através da respiração dos organismos.
 Os decompositores atuam na decomposição de cadáveres e fezes de todos os organismos.

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Ciclo do oxigênio
 O oxigênio é o elemento mais abundante em massa na crosta terrestre e nos oceanos, e o segundo
na atmosfera.
 Na atmosfera encontra-se como oxigênio diatômico/oxigênio molecular (O2), dióxido de carbono
(CO2), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de enxofre (SO2), etc.
 No ecossistema, o elemento oxigênio captado pelos seres vivos provém de três fontes principais:
gás oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e água (H2O).
 O O2 é captado por plantas e animais e utilizado na respiração. Nesse processo, átomos de oxigênio
(O) se combinam com átomos de hidrogênio (H), formando moléculas de água (H2O). A água formada na
respiração é em parte eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, e em parte
utilizada em processos metabólicos. Dessa forma os átomos de oxigênio incorporados à matéria orgânica podem
voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.
 A água também é utilizada pelas plantas no processo da fotossíntese. Nesse caso, os átomos de
hidrogênio são aproveitados na síntese da glicose, enquanto os de oxigênio são liberados na forma de O2.
 O oxigênio presente no CO2 poderá voltar a fazer parte de moléculas orgânicas através da
fotossíntese.

Ciclo do nitrogênio
 O nitrogênio é um importante elemento que compõe moléculas como: proteínas e ácidos nucléicos.
 O principal depósito deste elemento é a atmosfera, onde está presente na forma de nitrogênio
molecular (N2), e contribui com cerca de 79% da composição do ar atmosférico.
 Nesta forma, o nitrogênio não pode ser absorvido pela maioria dos seres vivos. É necessário, então,
que o nitrogênio seja transformado em outros compostos para ser incorporado.
 A transformação do nitrogênio molecular em formas assimiláveis é realiza por vários tipos de
bactérias nos seguintes processos.
 FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO: realizado por bactérias fixadoras de nitrogênio que incorporam os
átomos do nitrogênio molecular em moléculas de amônia; compõem esse grupo, algumas bactérias de vida livre,
cianobactérias e bactérias do gênero Rhizobium que forma associação com raízes de plantas leguminosas.

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 NITRIFICAÇÃO: transformação da amônia em nitrito (nitrosação) e nitrato (nitratação), principais


moléculas nitrogenadas assimiladas pela plantas; as bactérias que realizam essa transformação são denominadas
bactérias nitrificantes e vivem livremente no solo; um exemplo sãos as bactérias do gênero Nitrosomonas e
Nitrobacter.
 DESNITRIFICAÇÃO: processo de transformação de nitrato e nitrito em nitrogênio molecular, pela
ação de bactérias desnitrificantes, liberado para a atmosfera, fechando o ciclo do nitrogênio;

Nódulos de bactérias fixadoras de nitrogênio em raízes de leguminosas

Ciclo da água
 O ciclo da água (conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico) refere-se à troca contínua de
água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas.

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 A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os
seguintes processos de transferência:
 Evaporação dos oceanos e outros corpos d'água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais
para o ar.
 Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar e caindo para a terra ou no mar.
 Escoamento da terra geralmente atingem o mar.

ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VII – Ciclos Biogeoquímicos.

BIBLIOGRAFIA
AMABIS, Jose Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues Fundamentos da Biologia Moderna, editora
Moderna.
LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando Biologia Hoje, editora Ática, vol. 1.
LOPES, Sônia, Biologia Essencial, editora Saraiva.

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