Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Biologia
Origem da vida
Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de
explicar como teria surgido a vida em nosso planeta. Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos
poderiam surgir não só a partir do cruzamento entre si, mas também a partir da matéria bruta, de uma forma
espontânea. Essa ideia, proposta há mais de 2 000 anos por Aristóteles, era conhecida por geração espontânea ou
abiogênese. Os defensores dessa hipótese supunham que determinados materiais brutos conteriam um "princípio
ativo", isto é, uma "força" capaz de comandar uma série de reações que culminariam com a súbita transformação
do material inanimado em seres vivos.
Teoria evolucionista
As teorias evolutivas procuram explicar os mecanismos que determinam essa grande variedade de seres
vivos. Propõem as teorias evolutivas que os seres vivos são passíveis de modificações e que provavelmente
sofrem alterações morfológicas e fisiológicas ao longo dos tempos.
Propõem ainda que as espécies atuais tivessem origem em outras pré-existentes que sofreram
modificações com a finalidade de se adaptar às constantes modificações ambientais ocorridas em nosso planeta.
Pode-se concluir, portanto que a evolução é o processo através do qual ocorrem mudanças ou
transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Diversas teorias evolutivas já foram elaboradas, destacando-se entre elas, as teorias de Lamarck, a de
Darwin e mais recentemente foi formulada a Teoria Sintética da Evolução também conhecida como
Neodarwinismo que é a teoria mais aceita atualmente pelos biólogos.
Teoria de Lamarck
O naturalista Francês Jean-Baptiste Lamarck (1744 - 1829) foi um dos primeiros cientistas a defender e a
propor uma teoria sistemática de evolução.
Sua teoria foi expressa com detalhes no livro Filosofia Zoológica, publicada em 1809. Apesar de
superada nos dias atuais a teoria de Lamarck foi bastante revolucionária para a época em que foi publicada.
Segundo Lamarck, o mecanismo evolutivo estava baseado em duas leis fundamentais:
Lei do uso e desuso
Supõe que o uso frequente de determinadas partes do organismo conduz a hipertrofia, e o desuso
prolongado faz com que se atrofiem.
Lei da transmissão dos caracteres adquiridos
Supõe que as características adquiridas pelo uso ou perdida pelo desuso são transmitidas aos
descendentes.
Importância: além de combater o fixismo, teoria corrente na época, foi à primeira hipótese que tentou
explicar seriamente a evolução.
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o
grau de adaptação destes ao meio.
Erro básico: as características adquiridas não são hereditárias.
2
BIOLOGIA
Teoria de Darwin
Charles R. Darwin (1809-1882) propôs em 1859, em seu livro A Origem das Espécies suas idéias a
respeito dos mecanismos de evolução: A teoria da Evolução através da Seleção Natural.
Segundo esta teoria, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência
que os menos aptos, deixando um maior número de descendentes. Estes descendentes, melhor, adaptados
estariam, portanto, com maiores chances de sobrevivência num ambiente em constantes mudanças.
Os mecanismos de evolução propostos por Darwin podem ser resumidos da seguinte forma:
Os indivíduos de uma mesma espécie mostram muitas variações, não sendo, portanto, idênticos,
entre si.
Boa parte dessas variações é transmitida aos descendentes.
Se todos os indivíduos de uma espécie se reproduzissem, as populações cresceriam
exponencialmente.
Como os recursos naturais são limitados, os indivíduos de uma população lutam por sua
sobrevivência e de sua prole.
Portanto, somente alguns, os mais adaptados segundo Darwin sobrevivem e deixam filhos.
Importância: Base da atual teoria da evolução
Erro básico: Não explica a origem das variações
Enquanto a sucessividade da característica benéfica se consolida na população como caráter padrão,
transmitido de geração em geração, as características desfavoráveis de um organismo, cada vez menos frequente,
não se perpetuam reprodutivamente. Atuando diretamente sobre o fenótipo, a Seleção Natural, permite mais ênfase
aos aspectos favoráveis, resultando em adaptação do mesmo. Assim, as variações bem sucedidas, intensificam a
sobrevivência do organismo portador, tornando-o mais apto reprodutivamente, podendo ocasionar o surgimento
evolutivo de uma nova espécie. Um exemplo clássico que evidencia os efeitos da Seleção Natural é o aumento da
população de mariposas (Biston betularia) com pigmentação melândrica (escura), após a metade do século XIX.
Anterior a esse período, não era comum encontrar formas melândricas, as mariposas com pigmento branco
acinzentado prevaleciam. No entanto, com o crescente desenvolvimento industrial, emissão de poluentes na
atmosfera e impregnação de fuligem na vegetação, as mariposas escuras, quando no troco das árvores, passaram a
serem menos observáveis pelos pássaros (predador natural das mariposas). Consequentemente, a situação se
inverteu, as mariposas escuras passaram a predominar na população, se escondendo melhor dos predadores,
garantindo sobrevivência e reprodução.
Sendo a cor das mariposas um fator hereditário dependente de um par de genes codificador de dois tipos
fenotípicos: claro e escuro, atuou a Seleção Natural sobre a frequência da variedade sujeita às condições
ambientais.
Nesse caso, pode-se concluir que o processo de Seleção Natural, não necessariamente potencializa sua
atuação de forma deletaria, produzindo mudança genética, excluindo ou mantendo uma característica. Mas pode
limitar uma variação fenotípica conforme a interferência do meio.
3
BIOLOGIA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo I – Origem da vida e evolução das espécies.
4
BIOLOGIA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo II – Biodiversidade e classificação.
Introdução
Em 1870, Ernest Haeckel criou o termo Ecologia, do grego OIKOS, CASA + LOGOS, estudo para
designar um ramo da Biologia que tem como objetivo de estudar as relações entre espécies animais e seu ambiente
orgânico e inorgânico.
Conceito: É a parte da Biologia que estuda a relação dos seres vivos entre si e destes com o meio ambiente.
6
BIOLOGIA
5. População – É o conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam a mesma área por um certo
tempo.
6. Comunidade ou biocenose – É o conjunto de populações que vivem na mesma área e que se inter-
relacionam.
Cadeia alimentar
É uma seqüência de seres vivos onde um se alimenta do outro antes de morrer.
2. Consumidores
São seres vivos heterótrofos, pois não possuem a capacidade de sintetizar os alimentos.
7
BIOLOGIA
3. Decompositores
São seres vivos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição.
Ex.: bactérias, fungos, etc.
Obs.: Na verdade não encontramos uma simples cadeia alimentar mais sim um complexo de cadeias
denominadas de Teia alimentar.
8
BIOLOGIA
Pirâmide Alimentar
É a representação quantitativa de uma cadeia alimentar
9
BIOLOGIA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referente ao Capítulo III – Ecologia.
Classificação:
1. Relação Intra específica – é aquela onde os associados são da mesma espécie.
2. Relação Interespecífica – é aquela onde os associados são de espécies diferentes.
3. Relação Harmônica – é aquela onde os associados não são prejudicados.
4. Relação Desarmônica – é aquela onde os associados são prejudicados (pelo menos um).
Relações Ecológicas
Harmônicas Interespecíficas
Mutualismo É uma relação onde ambos
associados são beneficiados: é a co-
existência é obrigatória.
Ex.: liquens = algas + fungos
Bacteriorriza = bactérias
(Rhizobium) + raízes de
leguminosas
Micorriza = raízes + fungos
10
BIOLOGIA
Os fungos Penicillium
notatum eliminam a
penicilina, antibiótico que
impede que as bactérias se
11
BIOLOGIA
reproduzam.
As substâncias secretadas
por dinoflagelados
Gonyaulax, responsáveis
pelo fenômeno "maré
vermelha", podem
determinar a morte da fauna
marinha.
A secreção e eliminação de
substâncias tóxicas pelas raízes de
certas plantas impede o crescimento
de outras espécies no local.
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo IV – Relações ecológicas.
CAPÍTULO V – DOENÇAS
Vírus
Os vírus constituem um grupo de seres que não se encaixam em nenhum dos reinos. Têm características de
seres vivos e de seres brutos, mas são considerados seres vivos, pois se reproduzem.
Principais características dos vírus:
São muito pequenos e têm estruturas muito simples. Só podem ser vistos ao microscópio
eletrônico;
Não possuem estrutura celular;
Também podem ficar muito tempo fora das células, mais variados lugares e ambientes, mas só se
reproduzem dentro de células vivas.
Os vírus podem causar doenças como: gripe, poliomielite (paralisia infantil), febre amarela, sarampo,
hidrofobia (raiva), rubéola, AIDS, dengue e outras.
A AIDS é uma doença gravíssima causada por um vírus que destrói o sistema de defesa do organismo.
Uma pessoa aidética fica muito frágil e contrai facilmente vários tipos de doenças. Essas doenças, denominadas
oportunistas, acabam levando o indivíduo à morte. Uma pessoa pode contrair o vírus da AIDS através de relação
sexual, com um doente ou portador do vírus ou através de seringas contaminadas ou por transfusão de sangue.
Evita-se a AIDS com o uso de seringas descartáveis, preservativos (camisinhas) nas relações sexuais e tomando
cuidado com as transfusões de sangue.
Bactérias
As bactérias são seres unicelulares microscópicos, que vivem isoladamente ou em colônias. De acordo com
a forma que apresentam, são classificadas em: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.
Cocos são bactérias esféricas.
Bacilos são bactérias em forma de bastonetes.
12
BIOLOGIA
pessoa entra em contato com a água contendo cercarias, pode ser contaminada. As cercarias penetram em sua pele,
de onde passam para o sangue, e depois para as veias do fígado.
Teníase:
Parasita: Taenia solium e Taenia signata
Sintomas: Náuseas, diarréia, letargia, etc.
Transmissão: ingestão de carne com cisticercos
OBS: O ciclo começa quando o porco engole os ovos, da boca esses ovos vão para o estômago, então
migram para o delgado e para a musculatura em forma de cisticercos. Comendo a carne contaminada, o verme vai
para o delgado do homem, onde se torna adulto, por auto fecundação ou por fecundação cruzada, dão se origem aos
proglotes grávidos, que serão futuramente ou ovos. A cisticercose caracteriza-se quando o homem faz o papel de
hospedeiro intermediário (do porco), devido a ingestão de alimentos contaminados por ovos.
14
BIOLOGIA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo V – Doenças.
sebáceas.
Os vasos sanguíneos e os terminais nervosos localizam-se na derme e sua concentração varia conforme o
local do corpo.
As camadas da epiderme
Camada córnea: composta por células mortas queratinizadas (mais externa) Camada espinhosa: formada
por células vivas (intermediária)
Camada germinativa: composta por células geradoras das camadas superiores. Possui também os
melanócitos, que são células com prolongamentos celulares. Esses melanócitos têm como função produzir os grãos
de melanina. A melanina é um pigmento de cor marrom-escura. Esses grãos migram das ramificações para o
interior das células vivas, sobre os núcleos.
Esse fato é de grande importância porque a melanina tem a capacidade de absorver os raios UV
provenientes do sol, protegendo os núcleos das células das camadas germinativas e espinhosa da epiderme.
Os núcleos possuem a carga genética da célula, que é sensível ao efeito de raios ultravioleta (UV)
provenientes do sol.
Os raios UV podem provocar modificações no material genético que compõe os cromossomos. Uma
alteração no cromossomo pode provocar desde a morte da célula até a alteração de suas funções, gerando um
câncer.
Existem dois tipos de cânceres de pele: o carcinoma, que atinge as células da camada germinativa ou da
camada espinhosa, e o melanoma, que afeta o melanócito. O melanoma É menos comum, porem é mais perigoso,
porque pode se espalhar para outros órgãos.
Quanto maior for a quantidade de melanina da epiderme da pessoa, mais escura será sua pele. As pessoas
negras nascem com a capacidade de gerar grande quantidade de melanina, independentemente de tomar sol ou não.
16
BIOLOGIA
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VI – Influência do sol na coloração da pele.
Ciclo do Carbono
O carbono presente na atmosfera é incorporado à matéria orgânica pelas plantas e algas, através da
fotossíntese. Neste processo, o CO2 é transformado em açúcar, utilizando-se da energia proveniente do Sol.
Das plantas, o carbono pode passar para os animais, pela ingestão de plantas e algas por herbívoros
e pela ingestão de herbívoros por carnívoros.
O carbono retorna à atmosfera, na forma de CO2, através da respiração dos organismos.
Os decompositores atuam na decomposição de cadáveres e fezes de todos os organismos.
17
BIOLOGIA
Ciclo do oxigênio
O oxigênio é o elemento mais abundante em massa na crosta terrestre e nos oceanos, e o segundo
na atmosfera.
Na atmosfera encontra-se como oxigênio diatômico/oxigênio molecular (O2), dióxido de carbono
(CO2), ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de nitrogênio (NO), dióxido de enxofre (SO2), etc.
No ecossistema, o elemento oxigênio captado pelos seres vivos provém de três fontes principais:
gás oxigênio (O2), gás carbônico (CO2) e água (H2O).
O O2 é captado por plantas e animais e utilizado na respiração. Nesse processo, átomos de oxigênio
(O) se combinam com átomos de hidrogênio (H), formando moléculas de água (H2O). A água formada na
respiração é em parte eliminada para o ambiente através da transpiração, da excreção e das fezes, e em parte
utilizada em processos metabólicos. Dessa forma os átomos de oxigênio incorporados à matéria orgânica podem
voltar à atmosfera pela respiração e pela decomposição do organismo, que produzem água e gás carbônico.
A água também é utilizada pelas plantas no processo da fotossíntese. Nesse caso, os átomos de
hidrogênio são aproveitados na síntese da glicose, enquanto os de oxigênio são liberados na forma de O2.
O oxigênio presente no CO2 poderá voltar a fazer parte de moléculas orgânicas através da
fotossíntese.
Ciclo do nitrogênio
O nitrogênio é um importante elemento que compõe moléculas como: proteínas e ácidos nucléicos.
O principal depósito deste elemento é a atmosfera, onde está presente na forma de nitrogênio
molecular (N2), e contribui com cerca de 79% da composição do ar atmosférico.
Nesta forma, o nitrogênio não pode ser absorvido pela maioria dos seres vivos. É necessário, então,
que o nitrogênio seja transformado em outros compostos para ser incorporado.
A transformação do nitrogênio molecular em formas assimiláveis é realiza por vários tipos de
bactérias nos seguintes processos.
FIXAÇÃO DO NITROGÊNIO: realizado por bactérias fixadoras de nitrogênio que incorporam os
átomos do nitrogênio molecular em moléculas de amônia; compõem esse grupo, algumas bactérias de vida livre,
cianobactérias e bactérias do gênero Rhizobium que forma associação com raízes de plantas leguminosas.
18
BIOLOGIA
Ciclo da água
O ciclo da água (conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico) refere-se à troca contínua de
água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas.
19
BIOLOGIA
A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os
seguintes processos de transferência:
Evaporação dos oceanos e outros corpos d'água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais
para o ar.
Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar e caindo para a terra ou no mar.
Escoamento da terra geralmente atingem o mar.
ATENÇÃO: Agora coloque em prática os seus conhecimentos. Siga para seu caderno de
atividades e responda os exercícios referentes ao Capítulo VII – Ciclos Biogeoquímicos.
BIBLIOGRAFIA
AMABIS, Jose Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues Fundamentos da Biologia Moderna, editora
Moderna.
LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando Biologia Hoje, editora Ática, vol. 1.
LOPES, Sônia, Biologia Essencial, editora Saraiva.
20