Resumo
Baseando nas legislações educacionais vigentes para inclusão e TEA (Transtorno do Espectro
Autismo), este trabalho teve como objeto revelar que o “Método de Portfólios: Inclusão,
Autismo e Educação” é uma perspectiva facilitadora para garantir aos estudantes o direito de
aprender um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns, uma vez que
cada portfólio é um jogo é o aprender brincando é fator primordial. Este método não deve
ser entendido como sinônimo de currículo para inclusão, mas ele está intimamente ligado à
construção dos Currículos Estaduais e Municipais, bem como ao Projeto Político Pedagógico
e ao currículo das escolas. O objetivo geral é evidenciar que o direito de aprender na inclusão
é um conjunto fundamental de conhecimentos e habilidades comuns em todo o país,
reduzindo as desigualdades educacionais existentes no Brasil, elevando a qualidade do ensino,
a partir das habilidades e conhecimentos de cada estudante, incentivando a modernização dos
recursos e das práticas pedagógicas, para promover a atualização do corpo docente das
instituições de ensino. Os objetivos específicos do Método de Portfólios: Inclusão, Autismo e
Educação, estão alinhados a BNCC da Educação Infantil e Ensino Fundamental, para:
Assegurar, conseqüências positivas no processo de aprendizagem e desenvolvimento de
habilidades na inclusão, garantindo uma formação humana integral que propenda à construção
de uma sociedade eqüitativa e democrática. Aplicar em cada portfólio lúdico, os eixos
estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeira), que serão assegurados pelos seis
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, para que as crianças especiais tenham condições
de conviver, brincar, participar, explorar, expressar, conhecer-se para aprender e se
desenvolver: Evidenciar nos portfólios, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, além
dos cinco campos de experiências que são: ”O eu, o outro e o nós”. “Corpo, gestos e
movimentos”, “Traços, sons, cores e formas”, “Escuta, fala, pensamento e imaginação” e
“Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, Projetar nos portfólios os campos
de experiências, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento e os três grupos por faixa
etária. Valorizar em cada portfólio do Ensino Fundamental, situações lúdicas de
aprendizagem na inclusão, articuladas as experiências vivenciadas, com foco na progressiva
sistematização do desenvolvimento dos alunos com deficiência, permitindo assim, que eles
revelem novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular
hipóteses sobre os fenômenos, refutando-as para elaborar conclusões, em uma atitude ativa
na construção de conhecimento. De natureza qualitativa, este estudo que projetou-se na
SEMED Manaus, foi desenvolvido com crianças que integram as comunidades educativas de
Espaços Educacionais da zonas Oeste de Manaus. A formação especifica e as experiências de
trabalho com crianças TEA/TGD, por meio do Método de Portfólios Educacionais do
“Projeto: Inclusão, Autismo e Educação” revelaram que o autista pode desenvolver-se nas
questões educacionais quando o método empregado lhe oferece possibilidades de um
currículo adaptado ou PEI (Plano Educacional Individualizado), no qual contemple
perspectivas relacionadas aos métodos e técnicas especificas. A partir dos resultados positivos
e que permearam o “Projeto: Inclusão, Autismo e Educação”, em caráter de formação
continuada sobre Educação e Inclusão, pais, terapeutas, mediadores e educadores do Brasil,
que tomaram conhecimento do projeto, a partir dos envolvidos, pediram que os portfólios
fossem disponibilizados e, assim, houve a elaboração de um webfolio em um blog, para
captação de informações e material didático para autistas, além de cursos EAD na plataforma
Buzzero.com Cursos Online, onde o referencial teórico-metodológico utilizado para a
estruturação teve como base evidenciar que o conhecimento, a criatividade e a produção
escrita são incentivados quando se utiliza os portfólios como instrumento na aprendizagem de
pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo. O trabalho rumou Brasil a fora e hoje
somos referencia no guia do PIBID da (unespar.edu.br); nos artigos da UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS, em dois cadernos PDE pela Universidade
do Paraná, tal perspectivas foi um sucesso no I Congresso da APAE de São Pedro da Aldeia
no Rio de Janeiro, a editora moderna e em muitas clinicas e escolas do Brasil.Somente através
da mediação de outros, o eu pode refletir sobre si mesmo e tornar-se um objeto o saber para o
sujeito do saber. É necessário, entretanto, qualificar a maneira como o outro se apresenta para
o saber e para a ontologia do sujeito. O outro não está simplesmente lá, esperando para ser
reconhecido pelo sujeito do saber. Ao contrário, o outro está lá, ele próprio, enquanto eu, com
projetos que lhe são próprios, desejos que lhe são próprios, perspectivas que lhe são próprias.
Ele não é redutível ao que o eu pensa ou sabe sobre ele, mas é precisamente “outro”,
irredutível na sua alteridade. Esta não é uma questão menor. Existem muitas formas de
envolvimento com o outro, e essa diversidade de formas conduz não só a diferentes
concepções do próprio eu, mas também a diferentes relações entre o eu e o outro.
Introdução
A interação com pessoas e objetos para crianças autistas não tem o mesmo significado
que para outras crianças. De acordo com Coll, Palacios e Marchesi (1995), isto não quer dizer
que os autistas não tenham também motivações lúdicas, sociais, comunicativas, sensoriais e
mesmo epistemológicas.
Os professores deverão promover a aprendizagem e diante desse contexto o método de
portfólios é de grande valia, uma vez que os programas educacionais sejam acompanhados de
programas específicos de reforço que os definam e os relacione com os comportamentos que
se deseja alcançar.
As adaptações curriculares necessárias deverão ser ajustadas de acordo com as
necessidades de cada aluno, a fim de manter o equilíbrio necessário entre a resposta ao grupo
e a cada aluno do grupo (Coll, Palacios & Marchesi, 1995).
a importância dos modelos de intervenções reconhecidos e alternativos que ajudam no
desenvolvimento educacional das crianças com TEA e o Projeto: Autismo e Educação
propõem ao educador com ou sem experiências alternativas de uma fazer pedagógico
delineado em estudos de métodos e técnicas que promovem o desenvolvimento de
habilidades, uma vez que está relacionado com o TECCH, Son-Rise, ABA, PECs e
fundamentações do Ensino Infantil e Fundamental 1. Blackemore e Frith (2005) apontam
que ter conhecimento sobre os diversos modelos educacionais para autistas é fator primordial
para a educação caminhar. 26 dos educadores que possuem conhecimentos sobre métodos
para autistas, evidenciaram nos portfólios do Projeto: Autismo e Educação, o método ABA
(Applied Behavior Analysis) vem de uma linha de tratamento chamada terapia
comportamental, que é usada para reduzir os comportamentos inadequados e aumentar os
desejados por meio de recompensas.
Quando a criança pratica o tratamento desejado, recebe a recompensa; quando ocorre o
não desejado, não recebe. O adequado seria tomar uma atitude que não a recompense, por
exemplo, não dando atenção ao fato. O portfólio “Estratégia para mudar comportamentos
indesejados”, disponível no site gratuitamente
(http://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/92-autismo-mudando-comportamentos-
indesejados-por-simone-helen-drumond), foi de grande valia uma vez que elenca sugestões de
procedimentos metodológicos e permite o educador na observação da atitude, elencar novas
perspectivas sobre a ação, tornando assim, o professor um protagonista do ato de educar.
Nos portfólios também encontramos um método que é de grande valia, o Teacch
(Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children)
também é um método comportamental, mas voltado fundamentalmente para o ambiente
pedagógico, que deve ter cuidados especiais em relação à organização visual e estrutura.O
ambiente deve ser organizado por meio de rotinas expostas em quadros e murais. Para que a
criança possa reconhecer onde ficam as atividades relacionadas a ela e assim colocá-las em
prática.
Metodologia
- Não deixar a criança isolar-se e insistir em levá-la de modo calmo, a participar nas
atividades escolhidas. Há professores que adotam um ensino intrusivo, isto é, assumem
um a postura firme ao não deixarem que o aluno se isole. Esta estratégia é baseada numa
abordagem estruturada e direcionada, e pode causar uma resistência inicial por parte do aluno,
mas com regularidade e firmeza, acaba por ser aceite pelo aluno. É um erro esperar que
alunos com TEA se juntem aos outros alunos, simplesmente porque não compreendem as
regras sociais;
- Permitir à criança a possibilidade de escolha e de aprender a dirigir o
comportamento dos outros;
- Demonstrar ao aluno como se deve deslocar no espaço escolar, dependendo do seu
desenvolvimento. Pode recorrer-se ao contato físico ou ao suporte de vídeos onde possam
observar as várias técnicas de marcha existentes;
Papel do Professor:
É notória a importância do professor na sala de aula, como tal este deve apresentar
várias características, tais como:
- Apresentar conhecimento dos vários modelos de intervenção, principalmente aos que
evidenciam conteúdos, objetivos, procedimentos metodológicos e formas de avaliar, contidos
nos portfólios educacionais do Projeto: Autismo e Educação. As crianças com TEA
necessitam de ambientes estruturados e simples, como tal, os docentes quando traçam os
seus projetos educativos, devem ter em conta a existência dos vários modelos de
intervenção;
- Orientar o aluno e facilitar a aprendizagem, recorrendo a rotinas afixadas. As
atividades devem levar em consideração cada indivíduo e o ambiente da sala deve
facilitar ao máximo a compreensão do aluno, podendo ser alterado a qualquer
momento;
- Recorrer a modelos educacionais que permitam a abordagem aos objetivos
traçados no plano, independentemente das deficiências graves de interação, comunicação
e linguagem, e das alterações da atenção e da conduta, que os alunos manifestem (Riviére,
2001),
- Ter cuidado com a organização e condições estimuladoras do ambiente, com as
instruções e sinais que a criança apresenta, com os auxílios que lhe são fornecidos, e com as
motivações e reforços utilizados para fomentarem a sua aprendizagem;
- Reduzir a rigidez da cognição e da conduta da criança, diminuindo os seus
comportamentos estereotipados assim como os rituais que possam apresentar. Tal
poderá ser conseguido através de uma análise das condições ambientais que se relacionam a
tais comportamentos inflexíveis ou através de técnicas de mudança gradual. Também se
pode proporcionar à criança condutas e habilidades funcionais incompatíveis com os seus
rituais e estereotipias, “o principal objetivo é a redução, e não a eliminação, já que essa
rigidez, essa repetição e essa imposição monoadaptativa de padrões parece ser um aspeto
intrínseco do autismo e, na prática, parece muito difícil eliminar esta características
completamente.” (Rutter, 1997).
- Valer-se dos mais de 350 portfólios do Projeto: Autismo e Educação definidos para
que exista continuidade e veracidade no processo ensino-aprendizagem do aluno com
TEA para o desenvolvimento de habilidades;
- Refletir acerca da sua prática a fim de analisar e melhorar as situações dos
alunos;
- Tratar, como mentor modelo, os alunos com carinho e respeito;
- Ensinar valores através do currículo, isto é, usar os conteúdos disciplinares
para desenvolver a moralidade. Através do ensino cooperativo é possível ajudar os
alunos a cooperarem. O clima de responsabilidade deve ser incutido nos alunos assim como o
gosto pelo trabalho bem executado. Deve desenvolver-se o raciocínio moral através da
leitura e da discussão, levando os alunos a desenvolver uma reflexão ética;
- Ensinar os alunos a superar conflitos sem violência;
- Transmitir segurança, confiança e autonomia aos alunos;
- Manter-se calmo e tranquilo, encorajando e elogiando o aluno, sempre que
termina uma determinada tarefa, não utilizando qualquer tipo de comentário de
desaprovação (Ministry of Education, 2000).
Discussão e Resultados
A evolução histórica no atendimento educacional das crianças portadoras de
necessidades especiais vem se expandindo no Brasil com a criação de entidades filantrópicas
assistenciais e especializadas destinadas à população das classes menos favorecidas e nesse
sentido destaco o CMEI Madre Elisia, que vem buscando atender os indivíduos que procuram
o núcleo.
A exclusão/inclusão social tem sido debatida com freqüência em muitos patamares
políticos e sociais, tanto no campo da educação, como em outros relativos às ciências da
saúde e sociais. Nesses debates a escola é vista como uma das instituições que poderia
quebrar com muitos tabus.
A vida cotidiana é heterogênea e hierárquica, e o ser humano já nasce inserido nesse
estilo de vida. Com o amadurecimento, ele adquire todas as habilidades para a vida cotidiana
da sociedade. Esse amadurecimento começa sempre nos grupos. Mas, muitas vezes, a pessoa
com necessidades educacionais especiais é privada deste convívio em grupos, sendo
segregada, excluída da sociedade por causa das suas diferentes limitações, neste sentido, o
projeto “Inclusão – Autismo, Deficiência Visual e Educação: a importância do planejamento e
da adaptação de materiais pedagógicos na práxis dos profissionais da Educação Infantil”, visa
proporcionar perspectivas coesas.
Compreendo que todo o projeto não configura um “estudo de caso”, mas “um estudo
sobre os casos de inclusão, proporcionando boas perspectivas”.
OPÇÃO METODOLÓGICA
Conclusão
Influência benéfica da presença de alunos com TEA junto dos demais colegas no
cotidiano escolar
Sobre esse contexto 12 entrevistado relataram que é um fator positivo a presença de
alunos com TEA junto dos demais colegas no cotidiano escolar. Esse educadores revelaram
que nos últimos anos tem-se enfrentando grandes mudanças no que diz respeito à educação.
Uma delas é a inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares. Com o processo de
inclusão toda a criança com algum tipo de deficiência tem direito à escolarização. As escolas
passam a ter de se reinventar, sendo necessárias adaptações arquitetônicas e práticas
pedagógicas que atendam toda a diversidade. Para os que necessitarem a escola deve oferecer
o atendimento educacional especializado. 8 revelaram que essa boa influencia depende do
contexto cultural dos demais envolvidos, para aceitar o outro em sua diversidade e 10
revelaram que é até bom essa relação, mas que a realidade distinta de cada um muitas vezes
promove a exclusão e o bullying.
Com a família: Entender quem são e o que querem, ale de constatar quais suas expectativas,
qual a contribuição que podem dar em relação ao aluno com TEA, do que sentem falta em
relação a escola.
# Com a escola: Entender como é a escola, o que eles pregam sobre a inclusão de alunos com
TEA, quais seus valores éticos, quais seus objetivos pedagógicos, quais seus referencias
teóricos, como funciona a hierarquia da escola, qual a “linguagem” que aquelas pessoas
falam. Quanto aos professores, que tipo de formação eles tem, qual perfil, que publico é
atendido.
# Com a professora: Entender como ela trabalha, o que ela entende da condição do aluno
com TEA, o que ela pensa sobre inclusão (uma professora que não acredite no processo terá
muita dificuldade por mais que se faça); qual a cobrança sobre ela.
#PEI: Plano de Ensino Individual. Elaboração deste documento tão importante que norteará
todo o trabalho da escola. Costumo embasar legalmente este documento, bem como anexar as
Notas Técnicas do MEC acerca da educação inclusiva para escolas privadas. É aqui que
constam as modificações e adaptações necessárias, como será feita a avaliação, como serão
feitos os pareceres, o que constara no currículo, quais os manejos necessários, enfim, é um
“mini Projeto Político Pedagógico do aluno com Transtorno do Espectro do Autismo
Opiniões do docente sobre os alunos com TEA, referente à utilização apenas de espaços
estruturados e materiais adaptados por meio do método de portfólios
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