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Educação e
Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. cap.2.
Introdução
A partir deste ponto de vista, o autor ressalta a ciência do homem sobre seu
inacabamento “O cão e a árvore também são inacabados, mas o homem se sabe
inacabado e por isso se educa”. (FREIRE, 1983, p.14).
“O homem deve ser o sujeito de sua própria educação. Não pode ser o objeto
dela. Por isso, ninguém educa ninguém. ” (FREIRE, 1983, p.14). Isso demonstra um
desejo bastante comum nas obras de Paulo Freire o de incentivar o indivíduo a ser
autor da sua própria autonomia.
Saber-ignorância
Neste tópico o autor esclarece algo muito importante, que é o de considerar a carga
de conhecimento de quaisquer indivíduo, seja ele um agricultor ou um professor
universitário.
Por isso, não podemos nos colocar na posição do ser superior que
ensina um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daquele
que comunica um saber relativo a outros que possuem outro saber
relativo. (É preciso saber reconhecer quando os educandos sabem
mais e fazer com que eles também saibam com humildade.)
(FREIRE, 1983, p.15).
Amor-desamor
Para Freire o amor é uma interação entre dois indivíduos que implica em respeito
entre ambos, não existe amor quando há egoísmo e imposição, assim é também o
ato de educar.
Esperança-desesperança
Paulo Freire diz que esperanças e desesperanças podem ser objetos de reflexão,
fruto do ser inacabado que está em uma busca constante por respostas.
“Isto o torna um ser capaz de relacionar-se; de sair de si; de projetar-se nos outros;
de transcender. Pode distinguir órbitas existenciais distintas de si mesmo.” (FREIRE,
1983, p.15).
Características
Para Freire o sinal de que um homem é um ser de relações é o fato de poder
projetar-se em outras realidades, poder estudar objetos, levantar hipóteses e
elaborar soluções, isso reflete na transformação do mundo.
Neste tópico, freire fala sobre a tendência natural do homem de ser um ser criativo:
Paulo Freire (1983), diz que “Uma determinada época histórica é constituída por
determinados valores, com formas de ser ou de comportar-se que buscam
plenitude.”, quando estes valores decaem e novos surgem é um indício de que a
sociedade está em um processo de transição, segundo o autor toda transição é
mudança, mas não o contrário. (FREIRE, 1983, p.17).
Sociedade Alienada
Para o autor uma sociedade fechada, ao sofrer pressão externa opta pela
degradação a mudança, já uma sociedade que está se abrindo tende a ir rumo a
transformação. Freire também sugeri que não há necessidade de anular totalmente
o que é velho, pois segundo o autor “O velho eo novo têm valor na medida em
que são válidos. Ou se dirige a sociedade para ontem ou para o amanhã que se
anuncia hoje. As atitudes reacionárias são as que não satisfazem o processo
e os valores requeridos pela sociedade de hoje. ” (FREIRE, 1983, p.20).
Para o autor a consciência tem dois estados, consciência ingênua (intransitiva) que
beira a uma concepção "mágica" das coisa com tendências a superstições e a
transitiva despertado por algum fator de mudança, em que há uma promoção da
consciência que passa pelo processo de ingenuidade que busca compromisso e por
fim com o processo de conscientização é possível chegar a consciência crítica.
Referencias
RODRIGUES, Nelson. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
p.51- 52: Complexo de vira-latas.