Você está na página 1de 3

1.Elementos estruturais da relação jurídica obrigacional tributária.

São elementos estruturais da relação jurídica obrigacional tributária: subjetivo (Sujeito


ativo-credor + sujeito passivo-devedor); objetivo (hipótese de incidência + fato gerador (núcleo);
valorativo (base de cálculo e alíquota); espacial (local onde se dá o fato gerador do tributo);
temporal (quando ocorre o fato gerador)

2.A lei como H.I. E F. Imponível na relação tributária.


A HI é considerada uma situação abstrata prevista em lei, já o fato imponível se refere a um fato da
vida verificado no mundo concreto. Daí que HI +FI = OT

3.A importância da legalidade, territorialidade e temporariedade na relação tributária.


A territorialidade é o lugar onde se reputa ocorrido o fato gerador e onde torna-se exigível o tributo;
é o âmbito territorial de incidência do tributo. Já a temporariedade é o momento em que se
considera ocorrido o fato gerador e a partir do qual, o tributo torna-se exigível para pagamento na
forma, nos termos e nos prazos estabelecidos na legislação tributária.

4.A decadência e a prescrição tributária: pressupostos e oportunidade.


A decadência é conceituada como sendo o perecimento do direito por não ter sido exercido dentro
de determinado prazo. Ela não comporta suspensão, nem interrupção.
Já a prescrição é a perda do direito à ação pelo decurso do tempo, é um prazo para o exercício do
direito. Comporta suspensão e interrupção.
No direito tributário, o lançamento é o marco divisor entre os dois institutos, pois constituído o
crédito tributário pelo lançamento, cessa a cogitação de decadência para iniciar-se a cogitação de
prescrição. Há três situações que assinalam o marco inicial do prazo decadencial (art. 173 do
CTN).
Continua

5.A capacidade tributária nos negócios jurídicos.


O CTN adotou o principio da autonomia d capacidade passiva tributaria. Essa capacidade independe
da capacidade civil das pessoas naturais. Assim, um menor pode ser contribuinte, responsável ou
obrigado por um debito tributário.

6.O domicílio tributário por dissimulação e suas consequências.

Em regra, o sujeito passivo possui o direito de escolher seu próprio domicilio tributário. Não
obstante, a autoridade administrativa poderá recusar o domicilio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo. Nesse caso, considerar-se-á como domicilio
tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou
fatos que deram origem à obrigação.

7.A responsabilidade tributária por transferência e por substituição.


A responsabilidade por transferência se dá no momento em que existe legalmente o contribuinte e,
mesmo assim, o legislador, sem ignorá-lo, atribui a outrem o dever de pagar o tributo, tendo em
vista eventos posteriores ao surgimento da obrigação tributaria. Exemplo: no caso em que o
proprietário de determinado imóvel urbano falece sem pagar IPTU, passando a responsabilidade ao
espólio.
Já a responsabilidade por substituição se dá no momento em que a lei coloca como sujeito passivo
da relação tributária uma pessoa qualquer, diversa daquela de cuja capacidade contributiva o fato
tributável é indicador (contribuinte). Vale frisar que é o próprio legislador, e não algum evento
futuro quem, previamente, afasta o contribuinte e o substitui pelo responsável. Exemplo: no
recolhimento do IR pela fonte pagadora, em que o contribuinte é o empregado, mas o responsável
pelo recolhimento é o empregador.

8.A obrigação e crédito tributário: evolução.


O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. A obr. principal é
a de pagar tributo ou pena pecuniária. O CT, constituído pelo lançamento, converte essa obr.
ilíquida em líquida e certa, exigível na data ou no prazo da lei. O CT é a formalização efetiva da
relação jurídica entre fisco e contribuinte. As circunstâncias que possam afetar o CT não atingem a
obrigação que lhe deu origem.

9.Examine a seguinte proposição: “A H.I. É o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei
tributária, o dever de pagar o tributo”.
A proposição está incorreta, pois a H.I. Não é um “fato da vida”, mas tão somente uma descrição
abstrata de comportamento que, verificando no mundo dos fatos, terá como consequência o dever
de pagar o tributo.

10.Elementos subjetivos e objetivos da O.T.

11.Contribuinte e responsável na O.T.


É contribuinte é o sujeito passivo direto da OT, é aquele que tem uma relação pessoal e direta com o
fato gerador. Já o responsável é o sujeito passivo indireto, é uma terceira pessoa escolhida por lei
para pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato gerador.

12.A solidariedade tributária ativa, passiva e o beneficio de ordem.


A solidariedade se dá quando cada um dos devedores solidários responde pelo todo quanto à
obrigação tributária. Ele pode ser natural(art.124, I, CTN) – entre pessoas que tenham interesse
comum na situação que constitua o fato gerador da OT principal; ou legal (art. 124,II, CTN) –
ocorre sob determinação da lei, que designa expressamente as pessoas que deverão responder
solidariamente pela OT.
A solidariedade tributaria passiva não comporta beneficio de ordem, podendo o Estado escolher que
um dos devedores responda pelo cumprimento total da OT, não observando qualquer ordem de
vocação. Portanto, nenhum dos co-obrigados pode invocar o beneficio de ordem a fim de que sejam
executadas em primeiro lugar, os bens do suposto devedor principal.

13.Produtores de lei “in natura” fornecem a matéria prima para certa industria que é
tributada duas vezes pelo ICMS: pela produção e pela comercialização do produto. De que se
trata?

14.E no caso dos automóveis que o E. Cobra o tributo pelas unidades que serão vendidas ou
não no futuro, como conceitua?

15.Suspensão da exigibilidade do C.T. Mediante reclamação e recurso administrativos.


Representa a possibilidade de suspensão do CT pela via administrativa. Ela se mostra bastante
atrativa por não exigir custas judiciais, e em muitos casos por se mostrar como primeiro passo antes
da via judicial na discussão dos lançamentos tributários efetivados.

16.Operar os conceitos de imunidade tributária, isenção, anistia, remissão, incidência,


decadência e prescrição.
Imunidade tributária – é uma não-incidência constitucionalmente qualificada. É o obstáculo
decorrente de regra da CF à incidência de tributos sobre determinados fatos ou situações.
Não-incidência – é a ausência de subsunção do fato imponível ao conceito descrito na HI, ou seja, o
acontecimento fático não corresponde com fidelidade a descrição legal originaria, faltando
elementos para a tipicidade.
Isenção – É a dispensa do pagamento de tributo, concedido de forma geral ou especifica, por meio
legal. A lei isentiva poderá estipular prazo e condição para sua concessão. As isenções poderão ser
revogadas a qualquer tempo, salvo aquelas concedidas por prazo certo e em função de determinadas
condições. Tem efeitos ex nunc. É causa de exclusão do CT.
Anistia – Consiste no perdão das penalidades pecuniárias, antes da constituição do crédito
tributário. A anistia só atinge as infrações cometidas antes da lei que a concede. Pode ser geral ou
limitada. O sujeito passivo continua obrigado a pagar o tributo. Não alcança os atos qualificados em
lei como crimes ou contravenções e os praticados com dolo, fraude ou simulação. Funciona ex-tunc
e não gera direito adquirido. É causa de exclusão do CT.
Remissão – do verbo remitir, é perdão da dívida. (Difere de remição, que é resgate da dívida e vem
do verbo remir). É prevista no art. 156, IV e 172 do CTN. É evidente que a lei 5.172/66, faz
inúmeras exigências para que haja a remissão. A mais importante delas é a situação econômica do
suj. passivo.
Decadência – é o perecimento do direito por não ter sido exercido dentro de determinado prazo.
Não comporta suspensão nem interrupção. É irrenunciável e deve ser pronunciado de oficio.
Prescrição – é a perda do direito a ação pelo decurso do tempo. É um prazo para o exercício do
direito, comporta suspensão e interrupção. É renunciável e deve ser argüida pelo interessado sempre
que envolver interesses patrimoniais.

17.O lançamento como atividade vinculada.


É o ato documental de cobrança, por meio do qual se declara a OT nascida do fato gerador. Ele
trata-se de ato administrativo vinculado, uma vez que deve ser balizado pela lei, e não critérios
adstritos à oportunidade e conveniência.

18.Natureza jurídica e modalidades de lançamento.


É o ato documental de cobrança, por meio do qual se declara a OT nascida do fato gerador. Desse
conceito se vê a natureza declaratória do lançamento, que opera efeitos ex tunc, segundo o qual a lei
deve anteceder os fatos geradores aos quais ela se refere. Vale destacar que o fato gerador, por sua
vez, opera efeitos ex nunc, caracterizando-se como ato que cria direitos e deveres, portanto, ato
constitutivo.
O lançamento pode ser de oficio – aquele em que o Fisco, dispondo de dados suficientes ara efetuar
a cobrança, realiza-o; misto ou por declaração – representado pela ação conjugada entre o Fisco e o
contribuinte, restando aquele o trabalho privativo de lançar; por homologação ou autolançamento –
em que o contribuinte auxilia ostensivamente a Fazenda Publica na atividade do lançamento,
cabendo ao Fisco, no entanto, realizá-lo de modo privativo, homologando-o.

19.Autonomia da obrigação tributária acessória.


A obrigação tributaria acessória é a prestação positiva ou negativa, que denota atos “de fazer” ou
“não fazer”, despidos do timbre de patrimonialidade. Assim, o agir ou não agir, dissociados do ato
de pagar, podem representar obrigações tributarias acessórias. Mesmo nos casos em que o
contribuinte ou responsável não estejam obrigados em relação à obrigação principal, a acessória
subsiste. Vale lembrar ainda do art. 113 CTN.

20.Decisão Administrativa a favor ou contra o contribuinte: providencias.


Quanto a decisão Administrativa a favor do contribuinte haverá recurso necessário proposto pela
Fazenda Publica, também chamado remessa necessária para instância superior ou colegiado. Se a
decisão do órgão (monocrático ou colegiado) for contra o contribuinte e favorável à Fazenda
Pública, é facultado aquele o direito de recorrer à instância superior.

Você também pode gostar