Obs.
: Entretanto antes mesmo desse momento já
Os movimentos de Independência
na Ásia e na África
Imperialismo
→ Dominação política, econômica, cultural e social das
potências europeias, EUA e Japão nos continentes
africano, asiático.
 Tipos de dominação
→ Protetorado: Dominação através de um líder local.
→ Colônia: Dominação direta do país colonizador.
Governo na colônia.
→ Área de influência: Dominação em áreas específicas
mantendo o governo nativo.
→ Econômica: Influência nos projetos econômicos dos
países.
 Tratado de Berlim (1878)
→ Domínio europeu das rotas fluviais africanas.
→ Acordos com chefes tribais.
→ Partilha da África.
 Justificativas
→ Darwinismo social: Assim como a evolução das
espécies, o darwinismo social acredita que a sociedade
também evolui. No entanto, como a Europa está bem na
frente, todos os outros países/regiões estarão sempre
atrás da Europa.
→ Eugenia: Ideia de que o europeu tem o fardo de levar
todos outros povos a civilização.
Introdução
→ Correspondeu ao movimento de oposição e revoltada
de inúmeras sociedades africanas e asiáticas à
dominação ocidental.
→ Através dessa reação à dominação imperialista
diversas regiões desses dois continentes recuperaram ou
conquistaram a sua independência.
→ Os países resultantes desse movimento passaram a se
organizar como Estados Nacionais. Podemos entender
essa última questão como uma vidência da manutenção
de referenciais culturais e políticos ocidentais, mesmo
após a emancipação formal.
→ Os movimentos tiveram início, de forma mais
evidente, ao final da Segunda Guerra Mundial. Entre
1945 e 1960 é possível confirmarmos a ascensão de 40
novas nações.
podemos observar manifestações e algumas ações que
evidenciavam esse propósito.
→ Corrida armamentista: Disputas tecnológicas que
envolviam conflitos locais e disputas por áreas de
influência. Assim, as antigas terras coloniais na África e
Ásia se tornaram prêmios a serem disputadas
aproveitando o momento de luta contra o domínio
europeu.
 Diretrizes principais
→ Descolonização: Emancipações conduzidas e
apoiadas pelas antigas metrópoles. Nesses casos as
independências se consolidaram de forma pacífica e a
autonomia política não foi acompanhada pela
independência econômica. Essa diretriz atuou, de forma
evidente, nos movimentos ocorridos no Império
Britânico.
→ Guerras de Independência: Movimentos autonomistas
assumiram o formato de movimentos armados. A
ruptura com as antigas metrópoles se deu de forma
violenta e a autonomia política promoveu a ruptura dos
laços e vínculos econômicos com as antigas metrópoles.
Em geral, os Estados surgidos através desses conflitos
adotaram o modelo socialista.
Obs.: O elemento distintivo das áreas que foram alvo da
expansão imperialista era a sua grande diversidade. O
mais correto seria aludirmos a inúmeras “Áfricas” e
“Ásias”. Traços que davam unidade a essas unidades:
- Produção estar fundamentada na apropriação coletiva
das terras, que eram controladas pelo grupo social
dominante: família, clã, tribo ou Estado.
- Nessas realidades a coesão grupal, em geral, era
assegurada pelo trabalho agrícola comunitário e pelo
culto dos ancestrais.
 Classificação dessas regiões
→ Regiões Densamente Povoadas:
- Possuíam um nível mais acentuado de trabalho na
terra, com o uso de técnicas mais sofisticadas de
produção.
- Demonstravam grande preocupação com o
desenvolvimento de técnicas de irrigação, consequência
das características regulares de suas condições
climáticas. Implicava em um esforço coletivo e
constante, o que realçava o papel do Estado como agente
regulador do processo.
- Constituíam-se em Estados mais organizados com uma
formação social mais complexa.
- Em geral apresentavam uma sólida burocracia,
responsável pela organização dos trabalhos necessários à
produção em maior escala.
- Mantiveram, por séculos, contatos diretos e
intermitentes com países da Europa Ocidental.
- Podemos inserir nessa classificação boa parte dos
Estados da Ásia, Oriente Próximo e Norte da África.
→ Regiões de Fraca Densidade:
- Organização social fundamentada em um tribalismo
bastante variado.
- Ausência de um poder despótico, com a autoridade
(regulamentada por assembleias compostas por chefes
de família e chefes de aldeia) concentrada nas mãos dos
mais idosos.
- Regiões que estavam situadas, basicamente, no que
correspondia à porção do continente africano situado ao
Sul do Saara.
- Sociedades rurais que praticavam uma agricultura de
subsistência e as relações com a terra, onde a terra era
objeto de apropriação coletiva e pertencia ao grupo
social dominante, família, clã ou tribo.
Obs.: Vários clãs ligados, em geral, pela comunidade de
línguas constituíam uma etnia. A solidariedade era o
traço fundamental, assentada na família, que era a
comunidade de sangue e de trabalho. Princípio -
comunidade de sangue, de língua e mitos originais.
→ Zonas de Influência Islâmica, Hindu ou Chinesa:
- Geograficamente essas regiões estavam dispostas em
dois blocos: O primeiro estava compreendido entre o
Marrocos e a Ásia Central com predomínio islâmico. O
segundo abrangia o Sudeste Asiático e uma região que
se estendia da Birmânia ao Vietnã; era uma zona de
influência hindu, chinesa e islâmica.
 Dominação imperialista
→ A presença do Capitalismo, decorrente da dominação
imperialista, provocou importantes mudanças na
realidade dessas sociedades.
→ Ao mesmo tempo em que asseguraram os interesses
das elites ocidentais, tais mudanças atuaram como
contradições do próprio sistema de dominação:
- A desarticulação da agricultura tradicional.
- A apropriação privada da terra, desconhecida na
maioria das regiões.
- O surgimento de uma nova estratificação social,
destacando-se alguns setores:
o Uma pequena burguesia de comerciantes e
intermediários.
o Agentes políticos e econômicos do poder
colonial.
o Plantadores ricos.
o Elites intelectuais articuladas aos centros
ocidentais de produção do conhecimento.
o Funcionários subalternos e um proletariado
agrícola e/ou industrial.
Origens dos movimentos
→ Os movimentos de independência da África e da
Ásia, no século XX, estavam diretamente associados às
crises e à decadência das potências imperialistas, em
especial as potências europeias.
→ Se tornou patente a partir do final de I Guerra
Mundial, que fragilizou as bases da dominação
imperialista, e, em especial, com a crise da Europa após
a Segunda Guerra.
Obs.: A participação de tropas coloniais nos conflitos,
bem como a importância assumida pelas colônias,
protetorados e zonas de influência da África e da Ásia
nos esforços de guerra dos países imperialistas,
influenciou diretamente esses movimentos, contribuiu
diretamente para consolidar a consciência da força e da
importância dessas regiões estimulando assim os
movimentos autonomistas.
→ A ascensão do nacionalismo asiático e africano.
→ Influência da Carta da ONU (direito a
autodeterminação dos povos).
→ Pan-africanismo (Jomo Queniata) e Pan-arabismo
(Gamal Abdel Nasser).
 Principais origens
→ As rivalidades entre as potências coloniais que
faziam com que muitos movimentos nacionalistas
fossem encorajados em colônias de adversários, a fim de
enfraquecê-los.
→ A mobilização da população colonial nas Guerras
Mundiais.
→ As contradições inerentes ao próprio processo
colonizador. A dominação imperialista promoveu a
transferência cultural e ideológica das metrópoles às
colônias.
Obs.: Possibilitou a adesão das elites e da população
local a valores e princípios ocidentais antagônicos à
dominação (o conceito ocidental de liberdade, o ideal de
cidadania e o Nacionalismo), diretamente associado ao
princípio da autodeterminação dos povos.
→ O confronto entre as condições materiais de vida do
colonizador e a dos colonizados, o que suscitou os
choques.
→ As influências do Socialismo.
→ A posição assumida pelas superpotências (EUA e
URSS) no contexto da Guerra Fria. Por seu conteúdo
ideológico, estimularam os movimentos
emancipacionistas.
- Os norte-americanos faziam fortes críticas à dominação
imposta no Leste pelos soviéticos.
- A União Soviética, por sua vez, desde o governo de
Lenin defendia como princípio em sua política externa a
autodeterminação dos povos.
→ O enfraquecimento das potências coloniais, em
especial, devido às guerras.
- As nações imperialistas europeias privilegiaram os
projetos de reconstrução nacional, deixando de lado a
manutenção de seus antigos impérios coloniais que
experimentaram o despertar das nacionalidades.
→ Fim do mito da superioridade racial do ocidente.
 Conferência de Bandung
→ No contexto da emancipação afro-asiática exerceu
grande influência a Conferência de Bandung, realizada
entre 18 e 25 de abril de 1955.
→ Seus promotores foram a Indonésia, a Índia, o Ceilão,
o Paquistão e a Birmânia. Posteriormente engajaram-se
outros 29 países da África e da Ásia. Estavam reunidos
para se lançar a guerra contra o subdesenvolvimento, ou
seja, com o objetivo de identificar os objetivos,
fraquezas, pontos fortes e características do que hoje
conhecemos como Terceiro Mundo (Bloco dos não
alinhados). Ou seja, ajuda mútua entre as nações afro-
asiáticas.
→ No decorrer de seus trabalhos os países participantes
elaboraram alguns princípios que tentaram implementar
como princípios comuns:
- Condenação do colonialismo.
- Condenação da discriminação racial.
- Condenação da corrida armamentista.
- Defesa de uma postura de não alinhamento, surgindo
daí um conceito de Terceiro Mundo.
- Debate de problemas econômicos entre os
participantes.
Os Movimentos na Ásia
→ Esse movimento autonomista se desenvolveu dentro
de um contexto específico, onde se destacava
principalmente a crise do imperialismo japonês no
Extremo Oriente a partir de sua derrota na 2ª Guerra,
assim como do enfraquecimento da presença de outras
nações como Inglaterra e França.
 Vietnam
→ Parte da Indochina francesa, o Vietnã declarou
sua emancipação em 1945, através da “Liga para a
Independência do Vietnam”. Desencadeou uma longa
guerra contra os franceses, que se estendeu até 1954,
com a vitória dos vietnamitas.
→ Conferência de Genebra: Dividiu o Vietnã em dois
Estados, prevendo eleições gerais que definiriam um
modelo que viabilizaria sua reunificação.
→ Devido a sua política para o sudeste asiático e
temendo o chamado “Efeito Dominó”, os Estados
Unidos passaram a intervir na região. Apoiavam o
Vietnã do Sul de orientação capitalista.
→ O governo de Washington temia a ascensão de Ho-
Chi-Minh e do modelo implementado pelos norte-
vietnamitas. Associação entre estruturas comunitárias de
vida e produção, promovidas pelo governo de caráter
socialista.
→ Com base no apoio dos EUA, o Vietnã do Sul iniciou
uma política de provocação a fim de fomentar a guerra.
Promoveram uma política de confisco de terras doadas
aos camponeses e impediram a realização das eleições,
previstas pela Conferência de Genebra.
- Início uma longa guerra, com a participação direta dos
Estados Unidos. O conflito terminou em 1972 com a
vitória do Vietnam do Norte e a assinatura dos Acordos
de Paris. Após a guerra, foi consumada a unificação dos
dois Vietnam.
 Oriente Médio
→ Essa região sempre foi alvo de impérios, devido a sua
importância econômica e estratégica.
→ Até o fim da primeira Guerra Mundial o Oriente
Médio esteve sob a dominação do Império Otomano. No
entanto, a ação Imperialista na região que se tornou mais
efetiva a partir de 1872. Seu principal marco foi a
aprovação, por parte do Xá da Pérsia, de uma concessão
de setenta anos para o inglês Julius Reuter explorar os
recursos naturais da região.
→ A ação dos EUA na região teve início a partir da I
Guerra Mundial, intensificando-se ao final da Segunda
Grande Guerra. Tendo interesses na: criação do Estado
de Israel, a Guerra Fria e o potencial petrolífero do
Oriente Médio.
→ A partir do fim da Guerra Fria e do consequente
abandono da política do Soft Power, os norte-
americanos redirecionaram sua estratégia. Atualmente a
política do Hard Power (que teve na Doutrina Bush sua
maior expressão) tem direcionado a maior parte de suas
posturas.
Os Movimentos na África
→ Países como o Egito, a Etiópia e a África do Sul já
haviam se emancipado desde o início do século XX. A
maioria dos Estados africanos, entretanto, somente se
tornaram independentes a partir da década de 1950.
 A Independência das Colônias Portuguesas
→ Por mais de 400 anos os grupos étnicos subjugados
por Portugal empreenderam as mais variadas formas de
resistência. Entretanto, foi a partir da década de 1960
que ganharam maior força os movimentos autonomistas
e a luta armada contra a dominação lusitana.
→ Além do uso da força, outras formas de combater o
domínio colonial foram utilizadas. A publicação de
jornais, a promoção de greves o boicote ao pagamento
de impostos e a resistência cultural.
→ A emergência dos movimentos autonomistas
esteve diretamente associada ao contexto da crise do
“Salazarismo”.
Obs.: Desde a terceira década do século XX Portugal
viva um regime que pode ser considerado um exemplo
dos movimentos totalitários que surgiram no cenário
europeu, nos momentos que antecederam a II Guerra
Mundial.
→ 1974: Revolução dos Cravos (POR) – Movimento
militar que derrubou a ditadura salazarista, de forma a
estabelecer as liberdades democráticas promovendo
transformações sociais no país.
Obs.: Os militares fizeram com que Marcelo Caetano
fosse deposto, o que resultou na sua fuga para o Brasil.
A população saiu às ruas para comemorar o fim da
ditadura e distribuiu cravos, a flor nacional, aos soldados
rebeldes em forma de agradecimento.
→ O grande desgaste do regime ditatorial em
Portugal, associado a uma grave crise econômica,
fizeram com que os mecanismos de dominação sobre as
colônias africanas de fragilizassem consideravelmente.
Obs.: Intensificou os movimentos autonomistas que, a
partir daí, passaram a lutar pela independência
deflagrando as “Guerras Coloniais”.
 Angola e Moçambique (1975)
→ Duas colônias portuguesas mais importantes na
África.
→ A autonomia dessas regiões ocorreu através de
“Guerras de Independência”.
- Angola: O movimento foi conduzido por dois grupos
políticos, étnicos e ideológicos: a UNITA (União
Nacional para a Independência Total de Angola) apoiada
pelos Estados Unidos e o MPLA (Movimento Popular
para a Libertação de Angola) que contava com o suporte
da União Soviética.
- Moçambique: A guerra teve início com um ataque ao
posto administrativo de Chai no então distrito de Cabo
Delgado, e terminou com um cessar-fogo a 8 de
setembro de 1974, resultando numa independência
negociada (Acordos de Lusaka) em 1975.
→ Com a autonomia essas áreas adotaram o modelo
socialista e enfrentaram décadas de guerras civis.
 O Caso Belga
→ Expressiva participação dos setores populares, fruto
da criação de partidos autonomistas e da mobilização
desses setores em torno da luta por direitos políticos.
→ A longo do processo, diversos confrontos de rua
explodiram foram travados entre grupos étnicos rivais,
instigados pelos próprios colonizadores. Desestabilizou
o movimento, entravando o processo e causando
centenas de mortes.
→ Levou a realização de acordos entre algumas
lideranças africanas e o governo belga.
Ex.: Emancipação do Congo, foi decidida em uma
conferência realizada em Bruxelas, na Bélgica, em
janeiro de 1960.
 A “África Francesa”
→ A França chegou ao fim da segunda GM esgotada
política e economicamente, a impediu de conter os
movimentos de emancipação que ocorriam em suas
colônias.
→ Antigas áreas coloniais como a Tunísia, o Marrocos e
a África Equatorial conquistaram sua independência via
“descolonização”. Nesses casos foram firmados acordos
e plebiscitos, mas, houve o surgimento de disputas
políticas e revoltas populares.
→ Na Argélia, milhares de pessoas morreram ao longo
dos oito anos de conflitos armados entre franceses e
argelinos. A criação da FLN (Frente de Libertação
Nacional) deu ao movimento uma dimensão armada e
violenta, acabando por dar início a uma insurreição
popular com forte presença do campesinato,
generalizando a luta armada.
- O “Acordo de Evian” (1962) marcou a conclusão do
movimento autonomista. Por ele a França reconheceu a
independência da Argélia. Dando início a saída maciça
da população francesa que vivia na região.
África do Sul
→ Situada no extremo sul da África, entre o Atlântico e
Índico. Destaca-se sua biodiversidade e a grande
variedade de culturas, idiomas e crenças religiosas. Sua
Constituição admite onze idiomas oficiais (Africâner e
Inglês Sul-africano).
→ A colonização efetiva promovida pelos europeus teve
início na metade do século XVII quando, em 1652,
colonos bôeres (colonos holandeses e protestantes
calvinistas) se instalaram no “Cabo da Boa Esperança”
sob a liderança de Van Riebecck.
→ No século XIX os ingleses se voltaram para a
Província do Cabo, procurando transformá-la em um
ponto de apoio que lhes garantia o acesso às Índias
(domínio britânico).
→ Com o domínio inglês, muitos bôeres se retiraram da
região entre 1835 e 1837. Esse êxodo é chamado de
“Grand Trek”, uma jornada de desbravamento e
repovoamento. Resultou a fundação dessas repúblicas
calvinistas nos moldes de suas similares da Europa.
Nelas era predominante a população branca descendente
de europeus.
→ As tensões entre a Inglaterra e o Transvaal tornavam-
se insuportáveis (por causa de interesses em regiões de
minas de ouro e de diamante), levando ao início dos
conflitos conhecidos como “Guerra dos Bôeres” - uma
das primeiras guerras do século XX. Ocorrida no sul do
continente africano, envolveu Afrikaans ou Bôers e
tropas britânicas (1899-1902).
Obs.: Os britânicos saíram vitoriosos e acabaram por
anexar os Estados do Orange e o Transvaal. Baseados
em táticas de guerrilha, e liderados por indivíduos que
conheciam a região, os Bôers ainda resistiriam por um
bom tempo.
→ 1910 - Aproximação entre os Bôeres e os britânicos,
resultando daí um Estado com maior autonomia, porém
integrado à Commonwealth – a “União da África do
Sul”.
Obs.: Somente em 1947 é que ocorreu a total autonomia
da Inglaterra, o que levou à formação da “República Sul-
Africana” ou a África do Sul.
 Discriminação e Segregação na África do Sul
(hegemonia dos brancos)
→ Quando da criação da “União da África do Sul” em
1910, ainda sob o domínio britânico, foram instituídos o
“Native Land Act” e o “Color Bar Act”. Por eles a
população negra tornava-se marginal na vida dessa
comunidade, uma vez que faziam com que seus direitos
individuais, sociais e políticos fossem muito reduzidos.
- O “Native Land Act”, de 19 de junho de 1913,
estabelecia a existência de “reservas” onde poderiam
viver as comunidades de mestiços, indianos e negros.
Obs.: No período entreguerras foi criado o “South
African Native National Congress” com o propósito de
promover uma oposição institucional aos atos
discriminatórios. A partir de 1925 assumiu o nome de
Congresso Nacional Africano (CNA), liderado
principalmente por Nelson Mandela.
→ Em 1947 a África do Sul obteve a sua autonomia em
relação ao Reino Unido. A partir daí, e ao longo da
década de 1950, ocorre um recrudescimento das medidas
que acentuavam a exclusão social e racial no país.
→ 1948 – Oficialização do APARTHEID (separação),
ou seja, o racismo ganhou formato institucional.
- O apartheid representou a transformação do racismo
em lei na África do Sul - a segregação racial foi
legalmente aceita entre 1948 e 1994. Foi o regime do
apartheid que retirou os direitos dos negros e deu
privilégios aos brancos, minoria no país.
→ O governo da África do Sul conseguiu, através do uso
da violência e do constrangimento no exercício do
poder, dividir o país. Foram promulgadas leis que
limitavam os direitos das etnias negras no tocante ao
trabalho, à residência e, até mesmo, às relações sexuais.
→ Lideranças que se opunham a esse estado de coisas
eram julgadas e duramente punidas. Como foi o caso do
advogado Nelson Mandela, que cumpriu 27 de reclusão
na ilha de Robben, sendo libertado no final dos anos
1980.
→ O regime instaurado na África do Sul acabou por ser
considerado como retrógrado e em inteiro descompasso
com uma realidade em movimento. Despertando a
oposição e manifestações de protesto contra o Apartheid
junto a governos, à opinião pública e a instituições como
as Nações Unidas.
→ Entre os anos 1980 e 1990, após décadas de violência
e discriminação, as pressões internas e externas,
associadas ao próprio desgaste e anacronismo do regime,
levaram ao progressivo desmonte do Apartheid.
Obs.: Frederik De Klerk vinha encaminhando esse
processo desde 1987. Essa liderança da minoria branca
restabeleceu a legalidade de instituições como o Partido
Comunista e proclamou a libertação incondicional de
Mandela.
→ No pleito Nelson Mandela foi eleito Presidente com
62,25% dos votos.
→ A condução do processo reformista que levou ao fim
o regime constitucional de segregação na África do Sul,
foi conduzido por representantes das elites brancas.
Além disso, o fim do Apartheid resultou de uma ampla
mobilização da opinião pública mundial, mas também, e
principalmente, da intensa resistência e combatividade
de lideranças das minorias da África do Sul.
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A "Questão Judaico Palestina" pode ser definida como o
conflito que surgiu com a criação do Estado de Israel no
ano de 1948, e que acabou atingindo um ponto mais
intenso, digamos assim, com a Guerra Árabe-Israelense.
As consequências desta guerra perduram até os dias
atuais. Quando Israel vence a guerra, ela acaba
expandindo seu território após um ano de batalha.
Atribui-se a definição da "Questão Judaico Palestina, a
questão dos refugiados palestinos (árabes e israelenses),
que após a saída dos britânicos do país, acabam ficando
desalojados e com isso acabam fugindo para países
vizinhos.