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O Taj Mahal é uma edificação que esconde por trás de sua suntuosidade uma grande história de amor.

Localiza-se
em Agra, no norte da Índia. Começou a ser construída no século XVII, e demorou cerca de vinte e dois anos para
seu término e cerca de vinte mil trabalhadores para edificá-la.. O mausoléu, em si, é só mais uma das construções
do complexo. Ainda há uma mesquita, erguida em direção à Meca, cidade na Arábia Saudita sagrada à religião
islâmica. A mesquita é um templo para os mulçumanos, assim como a igreja para os cristãos. Saindo do portão
principal há um belíssimo jardim, que andado trezentos metros, chega-se ao mausoléu. Este foi construído para
representar o paraíso imaginário dos mulçumanos. Há quatro minaretes por volta do mausoléu, cada um tem
quarenta e nove metros de altura. Estes anunciam o momento exato para os muçulmanos realizarem suas orações
rotineiras. Com todos esses prós, hoje é eleita uma das sete maravilhas do mundo contemporâneo.
..

As artes visuais islâmicas estão geralmente desprovidas de expressões figurativas, constituídas em grande parte por elementos geométricos e arabescos –
esmerados entrelaçamentos de figuras geométricas, folhas, plantas, homens e animais, elaborados à maneira árabe. Mas também é possível encontrar
diversas expressões de imagens animais e humanas, que prevalecem especialmente em contextos profanos. O que o Alcorão condena, na verdade, é o culto
de imagens. A partir do século IX, porém, tem início uma fase de censura das formas figuradas, atribuída por alguns pesquisadores à influência de judeus
convertidos ao islamismo. Deste momento em diante, representar um ser concreto é usurpar o poder divino, que detém o monopólio da criação.

A arquitetura islâmica se expressa através da construção de mesquitas, madrasas – escolas religiosas -, locais de retiro espiritual e túmulos. As técnicas
variam de acordo com as etapas históricas e os territórios onde se desenvolvem. No centro do mundo árabe as mesquitas seguem todas o mesmo padrão –
um átrio, uma sala para orações -, mas possuem decoração e formas diversificadas. No Irã utilizam-se amplamente o tijolo e o que se chama de iwans,
formas específicas, e o arco persa. Já na Península Ibérica há uma opção por uma arquitetura colorida, enquanto na Turquia a influência bizantina manifesta-
se através da presença de grandes cúpulas nas mesquitas.

Uma rica diversidade de estilos e o uso de técnicas eficazes marcaram as artes visuais islâmicas, essencialmente decorativas e coloridas. Os arabescos eram
utilizados tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos. A produção de cerâmicas, vidros, a ilustração de manuscritos e o artesanato de madeira ou
metal também foram muito importantes na cultura islâmica. A cerâmica é uma das primeiras artes decorativas muçulmanas, principalmente a decoração da
louça de barro em esmalte, uma das mais admiráveis contribuições do Islã para esta arte. A ilustração de manuscritos é igualmente muito reverenciada nos
países árabes, especialmente a pintura em miniatura, no período posterior às invasões dos mongóis (1220-1260). Da mesma forma a caligrafia teve seu
papel de destaque como motivo decorativo, uma vez que a palavra escrita é considerada pelos muçulmanos como uma revelação divina.

A pintura islâmica é expressa por meio de afrescos e miniaturas. Infelizmente, poucas pinturas sobreviveram ao tempo em bom estado. Elas eram em
geral empregadas na decoração das paredes dos palácios ou de edifícios públicos. Seus temas abrangiam episódios de caça e do cotidiano da corte. O estilo
era análogo ao da pintura helênica, mas sofria também influências da Índia, da cultura bizantina e também da chinesa.
Em Nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso!

Arte Islâmica
A

Artes Visuais
, a arte visual islâmica é decorativa, colorida e, no caso da religiosa, não figurativa, a decoração
islâmica característica é conhecida como arabesco, um ornato que emprega desenhos de flores,
folhagens ou frutos, às vezes, animais, esboços de figuras ou padrões geométricos, para produzir um
desenho de retas ou curvas entrelaçadas, esse ornamento é empregado tanto na arquitetura quanto na
decoração de objetos.

(Tópicos c fotos) A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal


ou madeira têm sido de importância fundamental na cultura islâmica, a cerâmica constituiu a mais
importante das primeiras artes decorativas dos muçulmanos.

Na decoração da louça de barro esmaltado, a maior contribuição islâmica para a cerâmica, empregam-
se compostos metálicos nos esmaltes, que, quando queimados, transformam-se em películas metálicas
iridescentes. Outros objetos cuja produção se destacou durante o período dos califados (do século VII
ao XI) são o bronze e a madeira entalhada do Egito, os estuques do Iraque e o marfim entalhado da
Espanha.

(topico)A ilustração de manuscritos também se tornou uma arte bastante respeitada, e a pintura em
miniatura foi a maior e mais característica manifestação artística do período que se seguiu às invasões
dos mongóis (1220-1260).

(topico)O Islam considera a palavra escrita o meio por excelência da revelação Divina, por essa razão,
a arte caligráfica se desenvolveu de forma rica e complexa, empregando uma ampla variedade de
elegantes caracteres cursivos. A caligrafia era usada também como importante elemento decorativo na
arquitetura e em peças utilitárias.

Tapeçaria

Literatura
Alcorão imagem
No Islam, a literatura se desenvolveu principalmente em quatro línguas: árabe, persa, turco e urdu, o
árabe é de extrema importância como a língua da revelação do Islam e do Alcorão.

http://www.tendarabe.hpg.ig.com.br/arquitetura_islamica/arquitetura_islamica.htm ver

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Arte islâmica
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A conceituação do que seja arte islâmica já traz uma certa complexidade ao se tentar estabelecer
uma definição geopolítica, racial, cultural ou religiosa. Egípcios, árabes, iraquianos, todos esses
povos e muitos outros mais, se confundem dentro desse conceito de arte, embora tão diferentes e
eventualmente com posturas diametralmente opostas. A arte islâmica está na Espanha e Portugal e
também está na Índia de nas Filipinas. É uma vastíssima região do mundo. Vamos estabelecer aqui
que o termo arte islâmica não tem unicamente a conotação religiosa mas uma certa unidade
estética que distingue e caracteriza esse conjunto. Definitivamente é uma coisa complexa e não
estamos conseguindo simplificar como gostariamos.

Arabescos em um cálice feito em cerâmica e no cofre em marfim – Desenhos complexos

A primeira, e talvez a mais forte maneira de expressão artística ligada ao islamismo é a caligrafia
árabe. Segundo o Alcorão, Deus falou aos homens em árabe e a escrita passou então a ser a
maneira de expressar a palavra de Deus. Essa missão de difundir a palavra de Deus através da
escrita é bem representativa do espírito muçulmano. CyberArtes já publicou, faz bastante tempo,
uma matéria sobre Escrita Árabe e outra sobre Arte Celta, uma em seguida a outra, (Edições 38 e
39 que continuam disponíveis) e até hoje continuamos recebendo um bom número de
correspondências vindas de todos os lugares sobre os dois assuntos. Já estamos na edição 79 e
as correspondências continuam. Por esse motivo, vamos deixar de lado o alfabeto árabe nessa
matéria, tanto quanto for possível e enfatizar outros aspectos da arte islâmica.

É difícil imaginar que na figura a esquerda esteja escrito “Em nome de Deus, o clemente, o misericordioso” . A escrita árabe não tem nenhuma semelhança
com aquilo que estamos habituados a reconhecer como letras. Mais parece uma pintura do que uma escrita. A direita está escrito “Só allah é Deus”.

Na arte islâmica é marcante a importância da cerâmica e da preparação de azulejos. Empregando


motivos encontrados na natureza, como flores, frutos, folhagens e animais, e até mesmo desenhos
geométricos os artesões elaboram um amarfanhado de figuras, retas, curvas e letras para formar
motivos de decoração ao mesmo tempo que registram mensagens ou conceitos. Esses ornamentos
são empregados na decoração de prédios, tanto no interior como no exterior, alem de usados na
fabricação de objetos de qualquer tipo. São os arabescos. De certa maneira é possível ler, nesses
objetos.

Azulejos são empregados na decoração de interiores e exteriores nas mesquitas, como a Mesquita Azul, em Istambul, na foto a direita – Proporções
gigantescas.

A cerâmica é de suma importância para os muçulmanos. Eles empregam algumas substâncias


metálicas misturadas ao esmalte com que pintam o barro e louça. O resultado, quando ocorre a
queima, é uma película metálica de grande brilho e fosforescência. A complexidade dos desenhos
é outra característica facilmente encontrada. O vidro, madeira, metais, marfim, tudo é trabalhado
com desenhos complexos e detalhados.

Harmonia, colorido e grandiosidade na cúpula da mesquita no Egito e na Kaaba, em Meca, Arábia Saudita – A Arte Islâmica é marcada pela religiosidade e está
em uma vasta região do planeta.

A presença de “Allah” é constante em todas as obras de arte, pela forma escrita. Quer o artesão ou
o artista esteja trabalhando a madeira, o ouro, a prata, o cobre, tapetes, jóias, sempre procura
marcar a presença de Alá, grafando o seu nome. Sem isso, nada tem grande valor. Até mesmo o
dinheiro traz o nome do Deus. Isso, alias, é uma coisa comum em muitos paises, ao que parece. É
interessante notar que não é permitido colocar na decoração dos edifícios religiosos nenhuma
figura humana e portanto, fica mais uma vez evidente a necessidade da palavra escrita para
descrever a presença humana e divina. Por mais que se tente, não se pode falar em arte islâmica
sem enfatizar a arte da caligrafia.

A Mesquita Azul, em Istambul e o Taj-Mahal, na Índia - Imponência

A arte islâmica é colorida. Tanto o interior dos prédios como o exterior são freqüentemente
decorados com azulejos ou com mosaicos feitos com azulejos em muitas cores. O efeito é
belíssimo em alguns casos e impressiona pela grandiosidade e pelo cuidado nos detalhes. O
mundo tem muitos exemplos de enormes templos dedicados a orações ou ao louvor. Isso é
verdade no Cristianismo, no Budismo e em praticamente todas as religiões. O Islamismo não é
diferente. Os azulejos datam de 5.000 a.C. conforme foram encontrados em escavações no Egito.
Naquela época já se faziam murais e foram encontradas as cores Azul Turquesa e Verde Nilo,
produzidas pelos primeiros alquimistas. Apesar da aridez dos desertos que tanto caracterizam
muitas das regiões dominadas pelo islamismo, desde o início a arte islâmica procurou lidar com
todas as cores do arco íris e as suas inesgotáveis variações.
Minaretes, no Egito e na Espanha – Variedade de formas e de quantidade de acordo com cada região

As mesquitas, locais preparados para as orações, eram inicialmente uma imitação da casa de
Maomé, em Medina. Havia um pátio quadrado com uma porta voltada para o sul. Haviam galerias
feitas com troncos de palmeira e fontes para a ablução. Essa simplicidade foi sendo perdida na
medida em que se procurava fazer da mesquita um lugar magnífico e transcendental entre essa
vida e a outra vida. Três elementos caracterizam as mesquitas: a harmonia das formas, o emprego
das luzes e a caligrafia que existe em todos os lugares representando a palavra de Deus.

Toda Mesquita tem um Minarete, uma espécie de torre de onde se sinaliza avisando as horas das
orações. A forma, o estilo decorativo e até a quantidade de minaretes em uma mesquita, varia de
acordo com o local, sendo de uma maneira na Turquia, de outra no Egito , Espanha, Irã e assim
sucessivamente. O mundo islâmico é muito vasto e formado por paises que muitas vezes se
antagonizam e etnias sem possibilidade de convivência. A cúpula que cobre os templos, os arcos
que caracterizam quase todas as mesquitas, tudo isso tem tantas e variadas formas como imenso é
o mundo islâmico. Descrever tudo detalhadamente aqui faria do texto, muito maior do que o padrão
definido por CyberArtes.

Luminária – O trabalho em metal faz parte da arte.

O islamismo é uma religião concebida inicialmente por Maomé, a partir do século VII. Recebeu influência,
como não poderia deixar de ser, das forças religiosas dominantes na época, o judaísmo e o cristianismo
mas é uma religião original, no sentido de que veio para responder aos desejos do povo árabe, tanto os
nômades como aos pertencentes as poderosas dinastias existentes. Na mesma região onde os cristãos e
judeus estabeleceram templos e lugares sagrados, os islâmicos também marcaram presença com suas
mesquitas. Igrejas, mesquitas e sinagogas: essa mistura nunca teve uma convivência pacífica e harmoniosa.
Não deveria ser assim. Mas é.
Cores e desenhos complexos que originaram a pintura abstrata – Marca registrada

A pintura islâmica não foi usada, como no cristianismo, para decorar os edifícios religiosos. Empregava-se unicamente nas residências e alguns prédios públicos. Foram
feitos afrescos mas pouca coisa foi conservada até hoje. O estilo é estático e sem profundidade. De fato a pintura nem de longe tem a importância que se da a caligrafia e
a cerâmica. A arte da tapeçaria também foi importante mas vamos deixar isso para um outra ocasião. Foi a partir dos desenhos sem significado aparente dos tapetes
persas que se deu origem a moderna arte abstrata.

Cores vivas e figuras estáticas marcaram a pintura – Mais importância para a caligrafia.

artes:

ARTE ISLÂMICA

No ano de 622, o profeta Maomé se exilou (hégira) na cidade de Yatrib e para aquela que desde então se conhece
como Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De lá, sob a orientação dos califas, sucessores do profeta,
começou a rápida expansão do Islã até a Palestina, Síria, Pérsia, Índia, Ásia Menor, Norte da África e Espanha. De
origem nômade, os muçulmanos demoraram certo tempo para estabelecer-se definitivamente e assentar as bases de
uma estética própria com a qual se identificassem.

. Aparentemente sensual, a arte islâmica foi na realidade, desde seu início, conceitual e religiosa.

No âmbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geométrico e abstrato, mais simbólico do que
transcendental. A representação figurativa era considerada uma má imitação de uma realidade fugaz e fictícia. Daí o
emprego de formas como os arabescos, resultado da combinação de traços ornamentais com caligrafia, que
desempenham duas funções: lembrar o verbo divino e alegrar a vista. As letras lavradas na parede lembram o
neófito, que contempla uma obra feita para deus.

Na complexidade de sua análise, a arte islâmica se mostra, no início, como exclusividade das classes altas e dos
príncipes mecenas, que eram os únicos economicamente capazes de construir mesquitas, mausoléus e mosteiros. No
entanto, na função de governantes e guardiães do povo e conscientes da importância da religião como base para a
organização política e social, eles realizavam suas obras para a comunidade de acordo com os preceitos
muçulmanos: oração, esmola, jejum e peregrinação.

ARQUITETURA

As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos VI e VIII, seguindo o modelo da casa de Maomé
em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas
de tronco de palmeira. A área de oração era coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa
de Maomé era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres. Essas funções
foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos.

No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta,
sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a
Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas,
como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente
projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.

A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na
construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais
mantiveram a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As mesquitas transferiram
depois parte de suas funções aos edifícios públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas na
forma. A construção de palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte.

As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios
eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do
governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de muralhas sólidas, o
palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O
aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.

Outra das construções mais originais e representativas do Islã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou
octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim
pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. A Giralda, em Sevilha, era o antigo minarete da cidade.
Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às
mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.

TAPETES

Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para
começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À
medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além
de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em
contato com a terra.

Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma.. Entre os desenhos mais
clássicos estão os de utensílios, de motivos florais, de caça, com animais e plantas, e os geométricos, de decoração.

PINTURA E GRÁFICA
As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucas chegaram até
nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente usadas para decorar paredes de palácios ou de
edifícios públicos e representavam cenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelhante ao da
pintura helênica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e inclusive chinesa.

A miniatura não foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas publicações de
esquematizado, muito parecido com o das miniaturas bizantinas, com fundo divulgação científica, para tornar mais
claro o texto, e nas literárias, para acompanhar a narração. O estilo era um tanto estático, dourado e ausência de
perspectiva. O Corão era decorado com figuras geométricas muito precisas, a fim de marcar a organização do texto,
por exemplo, separando um capítulo de outro.

Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio e da Pérsia antiga,
tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decoração de mesquitas e palácios, junto com a cerâmica. No
início, as representações eram completamente figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se
abstraindo, até se transformarem em folhas e flores misturadas com letras desenhadas artisticamente, o que é
conhecido como arabesco.

Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numérica islâmica, cobriam as
paredes internas e externas dos edifícios, combinando com a decoração de gesso das cúpulas. Caligrafias de incrível
preciosidade e formas geométricas multiplicadas até o infinito criaram superfícies de verdadeiro horror ao espaço
vazio. A mesma função desempenhava a cerâmica, mais utilizada a partir do século XII e que atingiu o esplendor
na Espanha, onde foram criadas peças de uso cotidiano.

O crescimento da Arte Muçulmana é um dos mais rápidos progressos jamais registrados pela História. A base da
arquitetura islâmica vem da herança mediterrânea praticada por gregos e romanos mesclada à influência do Império
Sassânida na Pérsia e, posteriormente da renovação trazida por invasores turcos e mongóis que trouxeram
influências novas.

Arte Islâmica
INTRODUÇÃO

O Islamismo é a religião formulada por Maomé e que propagou-se a partir da Arábia desde o século VII. Apesar de
considerada uma religião sincrética, formada a partir de elementos cristãos e judaícos, na verdade temos uma
religião original, que procurou responder aos anceios dos povos daquela região, incorporando principalmete
elementos da cultura dos povos beduínos e algumas característica de outras religiões. Na arte, percebemos tanto as
influências dos povos pré islâmicos, como também de uma nova cultura, forjada com a construção de importantes
dinastias, poderosas e vinculadas diretamente ao elemento religioso.
Os produção artesanal de tapetes é uma característica anterior a religião, enquanto a construção de grandes templos
- Mesquitas - é posterior as conquistas justificadas pela fé.

ARQUITETURA

As mesquitas (locais de oração) foram construídas entre os séculos Vl e Vlll, seguindo o modelo da casa de Maomé
em Medina: uma planta quadrangular, com um pátio voltado para o sul e duas galerias com teto de palha e colunas
de tronco de palmeira. A área de oração era coberta, enquanto no pátio estavam as fontes para as abluções. A casa
de Maomé era local de reuniões para oração, centro político, hospital e refúgio para os mais pobres.Essas funções
foram herdadas por mesquitas e alguns edifícios públicos.
Mesquita Azul

No entanto, a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta,
sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no lraque, a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a
Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas,
como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente
projetava o edifício, enquanto o segundo controlava sua realização.
A cúpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um círculo, foi um dos sistemas mais utilizados na
construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais
mantiveram a distribuiçào dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As mesquitas transferiram
depois parte de suas funções aos edifícios públicos: por exemplo, as escolas de teologia, semelhantes àquelas na
forma. Aconstrução de palácios, castelos e demais edifícios públicos merece um capítulo à parte.

Taj Mahal

As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios
eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitatprivativo do
governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De plantaquadrangular e cercado de muralhas sólidas, o
palácio tinha aspecto defortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento
mais importante era o diwan ou sala do trono.
Outra das construções mais originais e representativas do lslã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou
octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim
pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. AGiralda, em Sevilha, era o antigo minarete da cidade.
Outras construçõesrepresentativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesqúitas na
forma e deslinados a santos emártires.
Pátio dos Leões

PINTURA E GRÁFICA

As obras de pintura islâmica são representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucas chegaram até
nossos dias em bom estado de conservação. Elas eram geralmente usadas para decorar paredes de palácios ou de
edifícios públicos e representavam oenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelharte ao da
pintura helênica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e indusive chinesa.

Ascensão de Maomé
Detalhe corão

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