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ISBN 13 978-85-221-0973-9
ISBNISBN
10 8585-221-0973-7
- 221 - 0238 - 4
VanDerbeck, Edward J.
657.42
V288c Contabilidade de custos / Edward J.
VanDerbeck, Charles F. Nagy ; tradução
Robert Brian Taylor ; revisão técnica Elias
Pereira. -- 11.ed. -- São Paulo : Cengage
Learning, 2001
456 p.: graf., il., tab.
Título original: Principles of cost accouting,
11.ed.
Inclui glossário e índice.
Requisitos do sistema : Windows, Mac e Linux
web browsers; JavaScript, cookies e pop-ups
devem estar habilitados.
Modo de acesso : Web
ISBN 85-221-0973-7 (livro eletrônico)
ISBN 978-85-221-0973-9 (livro eletrônico)
1. Contabilidade de custos. 2. Tomada de decisão
(administração executiva). I. Nagy, Charles F.
II. Taylor, Robert Brian, trad. III. Pereira,
Elias, rev. IV. Título.
03-7022 CDD-531
11.ª Edição
Edward J. VanDerbeck
Professor de Contabilidade Xavier University
Cincinnati, Ohio
Charles F. Nagy
Emérito do Corpo Docente de Contabilidade
Cleveland State University - Cleveland, Ohio
Tradução
Robert Brian Taylor
Revisão Técnica
Elias Pereira
Mestrando em Cências Contábeis e Finanças
Mestrado em Controladoria e Contabilidade, Administração, Finanças e Markenting
Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
Contabilidade de Custos – 11ª edição © 1999 by South-Western College Publishing, parte da
Cengage Learning
Edward J. VanDerbeck
Charles F. Nagy © 2001 Cengage Learning Edições Ltda.
ISBN-10: 85-221-0238-4,
Cengage Learning
Condomínio E-Business Park
Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04
Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901
SAC: 0800 11 19 39
Impresso no Brasil.
Printed in Brazil.
11 12 13 14 15 05 04 03 02 01
Prefácio
A décima primeira edição inclui diversas características para facilitar o processo de apren-
dizagem para o estudante e realça a capacidade de ensino do texto para o professor.
APÊNDICES
PROBLEMAS DE DEMONSTRAÇÃO
TERMOS-CHAVE
Os termos-chave são realçados em negrito assim que são introduzidos. Eles são listados,
com referência de página, no final de cada capítulo. Um glossário abrangente está incluído ao fi-
nal do livro, fornecendo definições para todos os termos-chave.
PREFÁCIO • 7
TAREFAS DIRIGIDAS
Em pontos específicos dentro de cada capítulo, os estudantes são orientados para tarefas
apropriadas no final do capítulo. Isso permite aos estudantes trabalharem em itens práticos sem
completar o capítulo inteiro.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos os seguintes docentes que revisaram manuscritos para esta edição e que
ofereceram sugestões úteis:
GLOSSÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 442
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A incluindo dados sobre custos específicos, foi reconhecida há muito tempo. Entretanto,
no atual ambiente da economia globalizada, essas informações são mais críticas do que
nunca. Automóveis da Alemanha, equipamento eletrônico do Japão, sapatos da Itália e roupas da
Tailândia são apenas alguns poucos exemplos de produtos feitos no exterior que ofereceram
uma concorrência dura para fabricantes dos EUA, tanto interna quanto externamente. Como re-
sultado dessas pressões, as empresas de hoje estão dando mais ênfase no controle de custos em
uma tentativa de manter os seus produtos competitivos. A contabilidade de custos fornece os
dados detalhados sobre custos que a gestão precisa para controlar as operações atuais e planejar
para o futuro. Como ilustra a Figura 1-1, a contabilidade de custos fornece as informações que
permitem à gerência alocar recursos para as áreas mais eficientes e rentáveis da operação.
14 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Entradas
(Fatores de produção)
Recursos
naturais Saídas
Bens
Processo de
conversão
Recursos
humanos
Serviços
Capital
Fonte: Lawrence J. Gitman e Carl McDaniel, The World of Business (Cincinnati, OH: South-Western Publishing Co., 1995).
duas: empresas de comércio como a Circuit City compram equipamento eletrônico em formato
negociável para revendê-lo aos seus clientes; fabricantes, como a Magnavox, precisam fabricar os
produtos que vendem. Uma vez que a organização de comércio adquiriu produtos, ela pode rea-
lizar a função de marketing. A compra de matérias-primas por um fabricante, no entanto, é ape-
nas o começo de uma cadeia longa, e às vezes complexa, de eventos que resultam em um artigo
acabado para a venda.
O processo de manufatura envolve a conversão de matérias-primas em produtos acaba-
dos através do uso de mão-de-obra e vários outros recursos de fábrica. O fabricante precisa fazer
um investimento grande em ativos físicos, como edifícios para a fábrica e tipos especializados de
máquinas e equipamento. Para executar o processo de manufatura, o fabricante precisa comprar
quantidades apropriadas de matéria-prima, suprimentos e peças, e criar uma força de trabalho
para converter estes recursos em produtos acabados.
Além do custo de materiais e mão-de-obra, o fabricante incorre em outras despesas no
processo de produção. Muitos desses custos, como depreciação, impostos, seguros e utilidades
públicas, são parecidos àqueles incorridos por uma empresa de comércio. Outros custos, como
a manutenção e reparos de máquinas, manuseio de materiais e preparação, programação e ins-
peção para produção, são singulares aos fabricantes. Uma vez que os produtos tenham sido fa-
bricados e estejam prontos para a venda, o fabricante realiza basicamente as mesmas funções
que o comércio. Os métodos de contabilidade para vendas, custo de produtos vendidos, e des-
pesas administrativas e de venda são similares àqueles dos comerciantes. Em comparação, em-
presas de serviço não têm estoques porque o serviço é consumido no momento em que é for-
necido. Empresas de serviço têm receitas e despesas operacionais, mas nenhum custo de
produtos vendidos.
Informações sobre o custo por unidade também são úteis para tomar uma variedade de de-
cisões importantes de marketing:
1. Determinando o preço de venda de um produto. Saber o custo de manufatura de uma
unidade de produto ajuda a estabelecer o preço de venda. Esse preço deve ser alto o suficien-
te para cobrir o custo de produção do item, incluindo as despesas administrativas e de mar-
keting que são atribuíveis ao produto, e ainda oferecer lucro.
2. Enfrentando a concorrência. Se o produto está sendo vendido por um preço menor por
um concorrente, informações detalhadas com relação aos custos por unidade podem ser usa-
das para determinar se o problema pode ser resolvido ao reduzir o preço de venda, ao redu-
zir os custos de manufatura, ou ao eliminar o produto.
3. Oferta de preços em contratos. Muitos fabricantes precisam fazer ofertas competitivas pa-
ra obter contratos. Uma análise dos custos por unidade relacionados ao fabricante de um pro-
duto em particular é de grande importância na determinação do preço a ofertar.
4. Analisando a rentabilidade. Informações sobre o custo por unidade permitem à adminis-
tração determinar o montante de lucro que cada produto deve obter e possivelmente elimi-
nar os produtos menos lucrativos, assim concentrando os seus esforços nos produtos mais
lucrativos. No entanto, não é incomum para algumas empresas manterem uma linha de pro-
dutos que rendem um lucro muito baixo, ou até dão prejuízo, para poder manter a variedade
de produtos que atrairá os clientes que também compram os itens mais lucrativos.
PLANEJAMENTO E CONTROLE
O valor final da contabilidade de custos repousa no uso dos dados acumulados e relatados.
Uma das funções mais importantes da contabilidade de custos é de desenvolver informações
que a gestão pode usar para planejar e controlar operações.
Planejamento é o processo de estabelecer objetivos ou metas para a empresa e de de-
terminar os meios pelos quais a empresa irá atingi-los. O planejamento eficaz é facilitado pelo
seguinte:
1. Objetivos claramente definidos da operação de manufatura. Estes objetivos podem
ser expressos no número de unidades a serem produzidas, na qualidade desejada, no custo
estimado por unidade, ou no momento necessário para satisfazer a demanda do cliente sem
manter estoques excessivos.
2. Um plano de produção que ajudará e guiará a empresa a atingir os seus objetivos.
Este plano detalhado inclui a descrição das operações de manufatura necessárias que serão
executadas, uma projeção das necessidades de pessoal para o período, e a coordenação da
aquisição oportuna de materiais e instalações.
1. Designando responsabilidade.
2. Medindo e comparando resultados periodicamente.
3. Tomando a ação corretiva necessária.
no caso de relatórios de produção e refugo, é uma das principais partes do controle de custos
porque ela compara o desempenho atual com o plano como um todo. O montante em dinheiro
real, unidades produzidas, horas trabalhadas ou materiais usados são comparados com o orça-
mento, que é o plano operacional da gestão expresso em termos quantitativos (unidades e di-
nheiro). Essa comparação é uma característica primária da análise de custos. O montante em di-
nheiro gasto ou a quantidade de unidades produzidas têm pouco significado até serem
comparados com as quantias orçadas. Os resultados reais de períodos anteriores também po-
dem ser comparados para realçar tendências significativas.
O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para serem usadas nas to-
madas de decisão econômicas. A contabilidade financeira focaliza a coleta de informações a
serem usadas na preparação de demonstrações financeiras que satisfazem as necessidades de in-
vestidores, credores e outros usuários externos de informações financeiras. As demonstrações
incluem um balanço, uma demonstração de resultado, uma demonstração de lucros acumulados
e uma demonstração de fluxos de caixa. Essas demonstrações financeiras, embora úteis para a
administração assim como para os usuários externos, não são o suficiente. Relatórios, listagens e
análises adicionais são necessários para o uso interno no planejamento e controle. A administra-
ção passa a maior parte de seu tempo avaliando os problemas e as oportunidades de departa-
mentos e divisões individuais da empresa em lugar de examinar a empresa inteira de uma só vez.
Como resultado, as demonstrações financeiras externas para toda a empresa são de pouca ajuda
para a gestão tomar decisões do dia-a-dia. A contabilidade de custos fornece as informações adi-
cionais necessárias para esses relatórios especiais destinados à administração, e também fornece
os dados necessários para preparar as demonstrações financeiras. Por exemplo, os procedimen-
tos de contabilidade de custos são necessários para determinar: se se deve fabricar ou comprar
um componente de produto; se se deve aceitar um pedido especial por um preço descontado;
o montante para custo de produtos vendidos na demonstração de resultados; e a valorização de
estoques que constam no balanço.
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 19
ESTOQUES
Se uma empresa de comércio tem itens não vendidos em estoque no final de um período
contábil, o custo da mercadoria está refletido na seção de ativos circulantes do balanço da se-
guinte maneira:
Ativos circulantes:
Caixa
Contas a receber
Estoques de Mercadorias
Ativos circulantes:
Caixa
Contas a receber
Estoques:
Produtos acabados
Produtos em Processo
Matéria-prima
Valorização dos Estoques. Muitos procedimentos usados para colher custos são exclusi-
vos para fabricantes. Estoques de fabricantes são valorizados para propósitos de demonstrações
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 21
financeiras externas ao usar os métodos de custeio de estoques — como primeiro a entrar, pri-
meiro a sair (PEPS), último a entrar, primeiro a sair (UEPS), e média ponderada — que também
são usados por empresas de comércio. A maioria dos fabricantes mantém um sistema de con-
trole de estoques perpétuos que fornece registros contínuos de compras, baixas e saldos de
todos os bens em estoque. Geralmente, esses dados são verificados por contagens periódicas de
itens selecionados durante o ano. Sob o sistema perpétuo, dados de valorização de estoques pa-
ra propósitos de demonstrações financeiras estão disponíveis a qualquer hora, diferente do sis-
tema periódico de estoques que exige uma estimativa do estoque durante o ano para de-
monstrações internas e o fechamento de operações para contar todos os itens em estoque no
final do ano.
Alguns fabricantes usam um razão industrial, que contém todas as contas relacionadas a
manufatura, incluindo as contas de estoque. Este razão, que é mantido na fábrica, está ligado ao
razão geral no escritório central por meio de uma conta especial para a fábrica nos livros do es-
critório central e uma conta especial para o escritório central nos livros da fábrica.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-14; Exercícios 1-1 e
1-2; Problema 1-1.
MATERIAIS DIRETOS
Os custos de materiais que se tornam parte de um certo produto fabricado, e que podem
ser prontamente identificados com ele, são classificados como custos de materiais diretos.
Exemplos incluem madeira usada na fabricação de móveis, tecido usado na produção de roupas,
minério de ferro usado na fabricação de produtos de aço, e borracha usada na produção de cal-
çados desportivos.
Muitos tipos de materiais e suprimentos necessários para o processo de manufatura po-
dem, ou não, ser prontamente identificados com qualquer item fabricado, ou ter um custo rela-
tivamente insignificante. Os custos de itens como a lixa usada para lixar móveis, lubrificantes usa-
dos na máquinas, e outros itens para o uso geral da fábrica, são classificados como custos de
materiais indiretos. Materiais que realmente se tornam parte do produto acabado mas cujos
custos são relativamente insignificantes, como linha, parafusos, rebites, pregos e cola, são classi-
ficados de forma similar.
MÃO-DE-OBRA DIRETA
Custos indiretos de fabricação são conhecidos por vários nomes — ônus de fábrica,
despesa de manufatura, custos indiretos, gastos gerais de fabricação e despesas de fábrica — e
incluem todos os custos relacionados à fabricação de um produto exceto materiais diretos e
mão-de-obra direta. Assim, os custos indiretos de fabricação incluem materiais indiretos, mão-
de-obra indireta e outras despesas de manufatura, como a depreciação do edifício e da máquinas
e equipamento da fábrica, suprimentos, aquecimento, iluminação, energia, manutenção, seguro,
impostos e custos relacionados à folha de pagamento. Com as fábricas se tornando cada vez
mais automatizadas, os custos indiretos de fabricação, como porcentagem do custo total de fa-
bricação, têm aumentado drasticamente.
Materiais Diretos
Custo de Conversão
Elementos
do Custo Custo Primário
Custos Indiretos
Mão-de-obra Direta de Fabricação
FLUXO DE CUSTOS
Todos os três elementos do custo de manufatura fluem pela conta de estoques de produ-
tos em processo. Os custos de materiais diretos e de mão-de-obra direta usados na produção são
debitados diretamente na conta de Produtos em Processo. Todos os outros custos de fábrica —
mão-de-obra indireta, materiais indiretos e outras despesas de fábrica — são debitados na conta
de custos indiretos de fabricação e mais tarde são transferidos para a conta de Produtos em Pro-
24 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
cesso. Quando os produtos são acabados, os custos totais incorridos na produção dos produtos
são transferidos da conta de Produtos em Processo para a conta de estoques de produtos acaba-
dos. Quando produtos são vendidos, os custos incorridos para fabricá-los são transferidos da
conta de Produtos Acabados para a conta de Custo de Produtos Vendidos. A Figura 1-4 ilustra o
fluxo dos custos de manufatura.
Materiais Diretos
Mão-de-obra Direta
Produtos em Processo Produtos Acabados
Custos Indiretos de
Fabricação (CIF)
Custo de Produtos
Vendidos
1. Pedaços de junco, uma fibra natural que cresce no Oriente, são comprados em especificações
pré-cortadas. Os pedaços são montados para formar a estrutura da mesa ou cadeira no De-
partamento de Montagem.
2. Os pés e os encostos da cadeira, e os pés e o contorno da mesa, são então amarrados em ca-
na-da-índia no Departamento de Amarração.
3. O assento e o encosto da cadeira, e o topo da mesa, estão prontos para serem trançados em
seus lugares no Departamento de Tecedura onde a cadeira ou a mesa será acabada.
O estoque inicial para a empresa no dia 1.º de janeiro do presente ano é como a seguir:
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 25
Por uma questão de simplificação, vamos supor que a empresa fabrica um estilo de mesa e
nenhuma cadeira. Durante janeiro, as seguintes transações são completadas e registradas, em
formato resumido:
1. Materiais (junco, cana-da-índia, pregos, tachas, grampos, cola e solventes) são comprados a
prazo a um custo de $ 25.000.
D — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000
C — Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000
4. O lançamento para distribuir a folha de pagamento para as contas apropriadas seria como a
seguir:
Os ordenados ganhos pelos empregados que trabalham diretamente no produto são de-
bitados na conta de Produtos em Processo, enquanto os salários e ordenados do supervisor da
fábrica e do pessoal do almoxarifado e da manutenção, que não trabalham diretamente no
produto, são debitados na conta de Custos Indiretos de Fabricação como mão-de-obra indire-
ta. Os salários dos empregados que não são da fábrica são debitados em uma conta de despe-
sas separada.
Para poder enfocar procedimentos específicos de contabilidade de custos em comparação
aos procedimentos de contabilidade geral, a conta para Despesas Administrativas e de Vendas no
razão geral será usada para acumular todas as despesas que não são de manufatura. Normalmen-
te, contas de controle separadas no razão geral devem ser estabelecidas para as despesas admi-
nistrativas e de vendas.
O princípio da contabilidade de custos que está sendo ilustrado aqui é que apenas os cus-
tos diretamente relacionados à produção devem ser debitados na conta para Custos Indiretos de
Fabricação. A depreciação sobre uma parcela do edifício usado como espaço para escritórios é
uma despesa administrativa e não deve ser tratada como um elemento do custo do produto.
Devido a que um décimo do edifício é usado para propósitos de escritório, 10% do total do
custo para utilidades públicas é alocado na conta de Despesas Administrativas e de Vendas.
Muitas outras despesas podem ser incorridas por uma organização de manufatura, mas por
simplicidade suponhamos que nenhuma outra despesa foi incorrida durante o mês. Após efe-
tuar os lançamentos no diário geral, nas contas apropriadas no razão geral segundo o plano de
contas, os Custos Indiretos de Fabricação refletirão os seguintes débitos:
9. O saldo na conta para Custos Indiretos de Fabricação é transferido para Produtos em Proces-
so com o seguinte lançamento:
10. Supondo que todos os produtos iniciados no processo foram acabados, o seguinte lança-
mento transfere o custo desses produtos da conta de Produtos em Processo para Produtos
Acabados:
28 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Supondo que 1.000 mesas foram produzidas durante o mês, o custo unitário é de $ 38,22
($ 38.220/1.000). O custo unitário para cada elemento do custo de manufatura é calculado da se-
guinte forma:
Unidades Custo
Total Produzidas Unitário
Materiais diretos . . . . . . . . . . . $ 20.000 1.000 $ 20,00
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . 10.000 1.000 10,00
Custos Indiretos
de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . 8.220 1.000 8,22
$ 38.220 $ 38,22
Se o mesmo tipo de mesa for produzido em períodos futuros, os custos unitários daqueles
períodos podem ser comparados com os custos unitários determinados no exemplo preceden-
te. Quaisquer diferenças podem ser analisadas para que a administração possa tomar a medida
apropriada.
O custo unitário também serve como base para estabelecer o preço de venda das mesas.
Após considerar as despesas administrativas e de vendas previstas, a administração estabelece
um preço de venda que deve fornecer um lucro razoável. O preço de venda pode ser determina-
do ao adicionar uma porcentagem de lucro sobre o custo, que é uma porcentagem do cus-
to de manufatura unitário. Por exemplo, se a administração decidir que uma porcentagem de lu-
cro de 50% sobre o custo é necessário para cobrir a parcela do produto das despesas
administrativas e de vendas e ainda obter um lucro satisfatório, o preço de venda unitário, arre-
dondado para o centavo mais próximo, seria calculado da seguinte maneira:
Em períodos posteriores, pode-se descobrir que este item em particular não pode ser ven-
dido a um preço alto o suficiente para fornecer um lucro razoável. Por meio da análise dos cus-
tos unitários, a administração pode efetuar uma medida de corte de custos, ou talvez até descon-
tinuar a produção do item.
Deste exemplo, está aparente que, a qualquer dado momento, o custo de cada item no es-
toque está Caixa. Deve ser enfatizado que uma das funções da contabilidade de custos é a deter-
minação acurada do custo de manufatura de uma unidade do produto. O conhecimento do cus-
to unitário ajuda a gestão a planejar e controlar as operações e tomar decisões de marketing.
Para continuar com o exemplo, suponha que as seguintes transações ocorreram em janei-
ro (além daquelas que já foram contabilizadas):
11. Faturas de $ 25.000, representando os custos de materiais, utilidades públicas e despesas ad-
ministrativas e de vendas, são pagas.
12. Um total de 800 mesas são vendidas para varejistas a um preço líquido de
$ 57,33 cada.
Por que o custo unitário de cada item é conhecido, o custo de produtos vendidos pode ser
determinado sem um inventário físico ou estimativa de custo.
D – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000
C – Contas a Receber. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33.000
Produtos em Processo
Materiais Edifício
6. 1.250 1. 25.000
11. 25.000 7. 1.500
8. 3.750
Salários a Pagar 30.250
Capital Vendas
4. Salários 6.500
5. Depreciação de edifício 125
7. Utilidades públicas 150
8. Outros 3.750
10.525
Após calcular o saldo de cada conta do razão geral, a igualdade dos débitos e créditos é pro-
vada pela preparação de um balancete de verificação, como a seguir.
Note que a conta de controle dos produtos acabados reflete o custo das 200 unidades ain-
da em estoque: 200 ⫻ $ 38,22 = $ 7.644.
De uma análise das contas do razão geral e do balancete de verificação, as demonstrações
financeiras para o período são preparadas da seguinte maneira:
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 15-21; Exercícios 1-3 a
1-7; Problema 1-2 a 1-4.
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 33
mão-de-obra subiram; mas subiram por causa de um aumento geral em ordenados, ou por causa
da ineficiência? Os custos de mão-de-obra aumentaram no processo de manufatura como um to-
do, ou para um departamento ou serviço em particular? As respostas para tais perguntas não es-
tão prontamente disponíveis usando os procedimentos descritos no exemplo anterior.
Para fornecer os dados necessários para a administração ter um controle eficaz de custos,
dois tipos básicos de sistemas de contabilidade de custos foram desenvolvidos: o sistema de cus-
teio de processo e o sistema de custeio por ordem. Ambos os sistemas são usados para colher
dados e para alocar custos aos produtos fabricados. A escolha de um método ou de outro depen-
de do tipo de operação de manufatura usado por uma dada empresa. Para determinar o método
apropriado, operações de manufatura são classificadas em dois tipos: pedidos especiais e produ-
ção contínua ou em massa.
PEDIDOS ESPECIAIS
Neste tipo de operação, a produção consiste em produtos especiais ou feitos sob encomenda;
em outras palavras, cada produto é feito para um pedido. Um pedido pode ser um pedido externo ou
interno para uma quantidade predeterminada de produtos. Indústrias de pedidos especiais incluem
as que fabricam locomotivas, navios, aeronaves, ferramentas de máquinas, motores, aço estrutural, li-
vros e revistas, diretórios e catálogos, e lojas de especialidades produzindo produtos feitos sob enco-
menda como roupas, sapatos, chapéus, ou casas construídas sob encomenda. Um sistema de cus-
to por ordem é apropriado nessas circunstâncias. Técnicas de contabilidade de custos por ordem
podem ser usadas por organizações de serviço como contabilidade, arquitetura, e empresas de advo-
cacia para realizarem funções como determinar o custo para prestar um serviço a um cliente.
Este tipo de operação produz uma saída contínua de produtos homogêneos. Uma empresa
deste tipo pode produzir um único produto, como um automóvel, ou muitos produtos diferentes,
como refrigerantes ou artigos farmacêuticos. Geralmente, a fábrica é organizada em departamentos.
Indústrias de produção contínua ou em massa incluem as que fabricam automóveis, pneus, cimen-
to, produtos químicos, produtos enlatados, madeira, papel, balas, produtos alimentícios, farinha, vi-
dro, sabão, pasta de dente, goma de mascar, produtos derivados de petróleo, têxteis, plásticos, tin-
tas, e empresas engajadas em processos como a composição e vulcanização de borracha. Este tipo
de empresa de manufatura normalmente usa um sistema de custo por processo.
A contabilidade de custos por processo se adequa às situações de manufatura nas quais to-
das as unidades do produto final são substancialmente idênticas. A Móveis Fahr utilizou um sis-
tema de custo por processo no exemplo anterior para contabilizar o seu único produto. Unida-
des acabadas são colocadas em estoque, e tiradas assim que necessário, para atender pedidos de
clientes. Não existem serviços em separado que apresentam características substancialmente di-
ferentes. Em vez disso, a empresa (ou um departamento dentro da empresa) produz grandes
números de itens virtualmente idênticos que são vendidos (ou transferidos para outros departa-
mentos) assim que os pedidos são recebidos. Técnicas de contabilidade de custos por processo
podem ser usadas por organizações que fornecem um serviço, como para determinar o custo
por raio-X, no departamento de raios X de um hospital, ou o custo por milha/passageiro para
uma linha aérea. Os Capítulos 6 e 7 cobrem a contabilidade de custos por processo. A Figura 1-6
mostra exemplos do uso dos sistemas de custo por ordem e sistema de custo por processo em
empresas de serviço, de comércio e de manufatura.
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 35
COMBINAÇÃO DE SISTEMAS
Algumas empresas usam um sistema de custo por ordem e de custo por processo. Por
exemplo, uma empresa que fabrica produtos com pedidos específicos, mas que também produz,
de forma contínua, um número de pequenas peças para serem usadas na maioria das ordens,
pode se beneficiar ao combinar os dois sistemas. Os custos para fabricar essas pequenas peças
são acumulados em bases de custo por processo, enquanto os custos para cada serviço devem
ser coletados em uma folha de custo por ordem.
CUSTEIO PADRÃO
Os sistemas de contabilidade de custo por ordem e de custo por processo são os principais
sistemas usados por organizações de manufatura. No entanto, embora sejam úteis em fornecer
dados sobre custos, esses sistemas ainda são limitados com relação ao controle de custos. Embo-
ra possibilitem determinar o que um produto realmente custa, não oferecem nenhum meio de
determinar o que o produto deveria ter custado. Um sistema de contabilidade de custo pa-
drão, que não é um terceiro sistema, mas que pode ser usado tanto com um sistema por ordem
quanto um sistema de custo por processo, é projetado para fornecer uma medida que ajudará a
administração a tomar decisões com relação à eficiência das operações.
Custos padrões seriam incorridos sob condições de operação eficientes e são previstos
antes do processo de manufatura começar. Durante as operações, uma organização compara os
custos reais incorridos com esses custos padrões predeterminados. “Variações”, ou diferenças,
são então calculadas. Essas variações revelam quais desempenhos desviam do padrão, e assim
fornecem uma base pela qual a administração pode tomar uma medida apropriada para eliminar
condições de operação que são ineficientes. A contabilidade de custo padrão será discutida em
profundidade e ilustrada nos Capítulos 8 e 9.
Com um sistema de custo por ordem, os custos são acumulados por serviço (ou lote). Uma
vantagem de um sistema de custo por ordem é que o acúmulo de custos para um serviço em par-
ticular ajuda a determinar o seu preço de venda. Ou, se um serviço é feito sob contrato, com um
36 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
preço estabelecido, o lucro ou perda no serviço pode ser prontamente determinado ao comparar
o custo com o preço de contrato. Ao mesmo tempo, custos que foram acumulados para certo ti-
po de trabalho ajudarão a administração a preparar ofertas para serviços similares no futuro.
Para ilustrar o uso de um sistema de contabilidade de custos por ordem, suponha que a
Companhia de Móveis Fahr aceita dois pedidos para fabricar certos itens durante o mês de feve-
reiro. Esses pedidos especiais são como a seguir:
1. Do Armazém Wicker: fabricar 1.000 cadeiras de acordo com as especificações do Armazém
Wicker: preço contratado, $ 36.000. Núm. do Serviço 101 está designado para este pedido.
2. Da Wicker Shop: fabricar 500 mesas de acordo com as especificações da Wicker Shop: preço
contratado, $ 29.650. Núm. do Serviço 102 está designado para este pedido.
Após aceitar esses pedidos e planejar as exigências de manufatura com relação a mate-
riais, mão-de-obra e Custos Indiretos de Fabricação (CIF), o departamento de contabilidade de
custos prepara uma folha de custos por serviço para cada serviço. A Figura 1-7 ilustra esse for-
mulário para o pedido do Armazém Wicker. Todos os custos aplicáveis a cada serviço serão acu-
mulados nesses formulários. Note que a Fahr mudou de custeio de processo para custeio por or-
dem agora que está fazendo produtos sob encomenda para clientes específicos.
RESUMO
Materiais diretos $ 12.200 Preço de venda $ 36.000 Comentários:
Mão-de-obra direta 6.000 Custo de
CIF 5.007 produção 23.207
Custo total $ 23.207 Lucro bruto $ 12.793
Custo unitário $23.21
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 37
Suponha que os CIF sejam alocados como a seguir: 60% para o Serviço 101, 40% para o Ser-
viço 102.
Total de CIF 60% 40%
Serviço 101 Serviço 102
$ 8.345 $ 5.007 $ 3.338
CIF
7. Supondo que os dois serviços foram completados até o final do mês, os custos para os ser-
viços completados seriam transferidos para a conta de controle de estoques de produtos
acabados:
Os custos para se produzir os dois serviços podem ser resumidos da seguinte maneira:
As folhas de custo por serviço refletem as informações anteriores de modo mais detalhado,
de forma que, pouco tempo após cada serviço ser completado, o lucro bruto possa ser determi-
nado. Além disso, se a administração fizer uma oferta para serviços similares no futuro, um regis-
tro acurado de todos os custos estaria disponível para apoiar a gestão na determinação de pre-
ços de contratos.
Quando os serviços se tornam numerosos demais para manter uma conta de Produtos em
Processo em separado para cada um, uma conta de controle de Produtos em Processo será usa-
da no razão geral. Em um sistema de custo por ordem, os detalhes nas folhas de custo por servi-
ço no razão de custo por serviço subsidiário apóiam o saldo em Produtos em Processo no ra-
zão geral.
40 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Produtos em Processo
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 22-26; Exercícios 1-8 e
1-9; Problemas 1-5 a 1-9.
TERMOS-CHAVE
Agências de serviço sem fins lucrativos Mão-de-obra indireta
Atacadistas Materiais
Centro de custos Materiais diretos
Compras Orçamento
Contabilidade de custos Planejamento
Contabilidade por responsabilidade Porcentagem de lucro sobre o custo ou venda
Contabilidade financeira Processo de manufatura
Controle Produto em Processo
Custo de conversão Produtos acabados
Custo de produção Razão industrial
Custo primário Razão de custo por serviço
Custos de manufatura (ou produção) Relatórios de custos e de produção
Custos padrões Relatório de desempenho
Custos unitários Sistema de contabilidade de custo padrão
Empresas de comércio Sistema de controle de estoque perpétuo
Empresas de serviço com fins Sistema de controle de estoque periódico
lucrativos Sistema de custo por ordem
Fabricantes Sistema de custo por processo
Custos Indiretos de Fabricação Sistemas de contabilidade de custos
Mão-de-obra direta Sistemas de informações contábeis
Varejistas
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000
Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000
Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000
Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156.000
Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23.400
䉴
42 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Pede-se:
1. Preparar os lançamentos de diário para contabilizar as transações.
2. Preparar razonetes (contas T) para todas as contas listadas no Balancete de Verificação
Encerrado em 30 de Setembro de 20 – –, e para Custo de Produtos Vendidos, CIF, Despe-
sas Administrativas e de Vendas, Vendas, e Salários a Pagar. Lance o Balancete de Verifi-
cação inicial e os lançamentos de diário preparados na Parte 1 nas contas e calcule os
saldos nas contas no dia 31 de outubro.
3. Prepare uma demonstração de custo de produção, uma demonstração de resultado, e um
balanço patrimonial.
1. Contabilize as transações.
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 43
2. Lance o Balancete de Verificação inicial e os lançamentos de diário nos razonetes que vo-
cê preparou e calcule os saldos finais para cada conta.
3. Usando os saldos finais das contas, prepare uma demonstração de custo de produção,
uma demonstração de resultados e um balanço patrimonial.
a. D – Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000
C – Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000
Materiais Edifício
Depreciação Acumulada
Equipamentos de Fábrica Equipamentos de Escritório
Depreciação Acumulada
Equipamentos de Escritório Contas a Pagar
c. 39.000 c. 39.000
i. 128.000 i. 87.000
Folha de Pagamento
c. 39.000 d. 39.000
Materiais Diretos:
Estoques, 1 de outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000
Compras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58.000
Total do custo de materiais disponíveis . . . . . . . . . . . . . $ 66.000
Menos estoques, 31 de outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.500
Custo dos materiais usados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 46.500
Menos materiais indiretos usados . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.500
Custo dos materiais diretos usados na produção . . . . . . $ 41.000
Mão-de-obra direta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31.500
CIF:
Materiais indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.500
Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500
Depreciação do edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 520
Depreciação do equipamento da fábrica . . . . . . . . . . . 1.800
Despesas diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.900
Total dos CIF. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.220
Total do custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 86.720
Mais estoques de Produtos em Processo, 1 de outubro . . . . . . . . . . . . 4.000
$ 90.720
Menos estoques de Produtos em Processo, 31 de outubro . . . . . . . . . . 11.720
Custo de produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 79.000
Ao preparar um balanço para um fabricante, observe que existem três contas separadas de
estoque, em vez de uma única conta como para uma empresa de comércio.
Ativos
Ativos circulantes:
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... $ 26.000
Contas a receber . . . . . . . . . . . . . ..... 41.000
Estoques:
Produtos acabados . . . . . . . . . . . . . . . $ 17.000
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . 11.720
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.500 48.220
Total de ativos circulantes . . . . . . . . . . . . . . . $ 115.220
Instalações e equipamentos:
Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 156.000
Menos depreciação acumulada . . . . . . 24.050 $ 131.950
Equipamentos de fábrica . . . . . . . . . . . . . $ 108.000
Menos depreciação acumulada . . . . . . 55.800 52.200
Equipamentos de escritório. . . . . . . . . . . . $ 12.000
Menos depreciação acumulada . . . . . . 2.200 9.800
Total de instalações e equipamentos . . . . . 193.950
Total de ativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 309.170
48 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
QUESTÕES
1. Como é que a função da contabilidade de 12. Como você descreveria as seguintes con-
custos ajuda na administração de uma em- tas – Produtos Acabados, Produtos em Pro-
presa? cesso e Materiais?
2. Em que as atividades de fabricantes, em- 13. Compare os setores de manufatura, co-
presas de comércio e empresas de serviço mércio e serviços. Em que diferem com re-
são diferentes? lação aos tipos de empresa em cada cate-
3. De que forma uma empresa típica de ma- goria, a natureza de sua produção, e tipo
nufatura difere de uma empresa de comér- de estoque, se o tiver?
cio? Em que são semelhantes? 14. Qual é a diferença entre um sistema de
4. Como é que a administração usa os da- controle de estoque perpétuo e um sistema
dos da contabilidade de custos? de controle de estoque periódico?
5. Por que informações sobre o custo unitário 15. Quais são os elementos básicos dos custos
são importantes para a administração? de produção?
6. Para um fabricante, o que está envolvido 16. Como você definiria os seguintes custos:
no processo de planejamento e como são materiais diretos, materiais indiretos,
usados os dados sobre contabilidade de mão-de-obra direta, mão-de-obra indireta,
custos? e CIF?
7. Como é que se consegue controle eficaz 17. Como você definiria custo primário e custo
em uma empresa de manufatura? de conversão (ou transformação)? O custo
8. Defina contabilidade por responsabilidade. primário mais o custo de conversão é
9. Que critérios precisam ser satisfeitos para igual ao custo de produção?
que uma unidade de atividade dentro de 18. Em que o tratamento contábil dado aos
uma fábrica se qualifique como um centro CIF difere daquele de materiais diretos e
de custos? custos de mão-de-obra direta?
10. Qual é o relacionamento entre contabilida- 19. Em que o custo de produtos vendidos pa-
de de custos e contabilidade financeira? ra um fabricante difere do custo de pro-
11. Como os cálculos do custo de produtos dução?
vendidos de um fabricante são diferentes 20. Como são justificados os custos que não
daqueles de um comerciante? são de fábrica e os custos que beneficiam
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 49
tanto as operações da fábrica quanto as 24. Quais são as vantagens de acumular cus-
que não são da fábrica? tos por departamento ou serviço em vez
21. O que é uma porcentagem de lucro sobre de para uma fábrica como um todo?
o custo? 25. O que é uma folha de custos por serviço, e
22. Quando é apropriado usar o custeio por por que é útil?
ordem e que tipos de empresa o usam? 26. O que são custos padrão, e qual o propó-
23. Quando é apropriado usar o custeio por sito de um sistema de custo padrão?
processo e que tipos de empresa o usam?
EXERCÍCIOS
E1-1 Custo de produtos vendidos – comerciantes
Objetivo 2
Os seguintes dados foram tirados do razão geral do Comércio Morton no dia 31 de janeiro,
o final do primeiro mês de operações do presente ano fiscal:
Os dados abaixo foram tirados do razão geral e outros dados da Fábrica MillCreek, no dia
31 de julho:
Classifique os itens abaixo como materiais diretos, mão-de-obra direta, CIF, ou despesas ad-
ministrativas e de vendas.
a. Aço usado em uma fábrica de automóveis.
b. Tecido usado em uma fábrica de camisas.
c. Fibra de vidro usada por um construtor de barcos a vela.
d. Óleos lubrificantes usados em máquinas em uma fábrica de ferramentas.
e. Ordenados de um encadernador em uma gráfica.
f. Seguro em máquinas da fábrica.
g. Aluguel pago por edifícios da fábrica.
h. Ordenados de um operador de empilhadeira empregado pela fábrica.
i. Couro usado em uma fábrica de sapatos.
50 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
E 1-8 Lançamentos de diário para custeio por ordem; cálculo de custo total
e unitário
Objetivos 4, 5
A Fábrica Mirage Inc, usa o sistema de custo por ordem. As seguintes informações foram ob-
tidas dos livros da empresa após todos os lançamentos terem sido completados no final de maio.
A Companhia Jet-Products fabrica produtos por ordem. Durante o mês de abril, três serviços
foram iniciados em Processo. (Não havia Produtos em Processo no início do mês.) Os serviços 707
e 727 foram completados e vendidos durante o mês (preços de venda: Serviço 707, $ 22.000;
Serviço 727, $ 27.000); o Serviço 737 ainda estava em Processo no final de abril.
Os seguintes dados vieram das folhas de custos para cada serviço. Esses custos incluíram um
total de $ 1.200 para materiais indiretos e $ 900 para mão-de-obra indireta. Uma conta de con-
trole para Produtos em Processo é usada para todos os serviços.
Serviço 707 Serviço 727 Serviço 737
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000 $ 6.000 $ 3.500
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000 5.000 2.500
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 2.500 1.250
PROBLEMAS
Os seguintes dados foram tirados dos razões gerais e outros dados da Manufatura Kingdom
e do Comércio Magic no dia 30 de abril do presente ano:
Pede-se:
1. Calcule o custo das mercadorias vendidas para o Comércio Magic, escolhendo os itens
apropriados da lista acima.
2. Calcule o custo dos produtos vendidos para a Manufatura Kingdom, escolhendo os itens
apropriados da lista acima.
Capítulo 1 • INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE DE CUSTOS • 53
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 21.800
Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16.200
Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.900
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.400
Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000
Depreciação Acumulada – Edifício . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000
Máquinas e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88.000
Depreciação Acumulada – Máquinas e Equipamentos. . 2.200
Contas a Pagar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.900
Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —
Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 422.550
Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68.300
Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41.450
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . —
Despesas Administrativas e de Vendas. . . . . . . . . . . . . 15.200
$ 503.950 $ 503.950
Pede-se:
1. Prepare uma demonstração dos custos de produção para o mês de setembro.
2. Prepare uma demonstração de resultados para o mês de setembro.
3. Prepare um balanço patrimonial encerrado em 30 de setembro.
54 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Pede-se:
Transações de maio:
a. Comprou matérias-primas e suprimentos de fábrica a prazo, a custos de $ 45.000 e
$ 5.000, respectivamente. (Uma conta de estoque é mantida.)
b. Incorreu ordenados durante o mês de $ 65.000 ($ 10.000 foi para mão-de-obra indireta).
c. Incorreu em CIF no montante de $ 12.000, a prazo.
d. Fez lançamentos de ajuste para registrar $ 7.000 de CIF (a crédito de várias contas).
CIF foi encerrado para Produtos em Processo. Serviços acabados foram transferidos pa-
ra Produtos Acabados, e o custo de serviços vendidos foi debitado para Custo de Produ-
tos Vendidos.
Pede-se:
Prepare lançamentos de diário para os itens abaixo:
1. Compra de matérias-primas e suprimentos de fábrica.
2. Baixa de matérias-primas e suprimentos para a produção. (Dica: Certifique-se de consi-
derar os estoques iniciais e saldos finais de matérias-primas e suprimentos assim como a
quantia das compras.)
3. Registro da folha de pagamento.
4. Distribuição da folha de pagamento.
5. Pagamento da folha de pagamento.
6. Registro dos CIF incorridos.
7. Lançamento de ajuste para os CIF.
8. Lançamento para transferir os CIF para Produtos em Processo.
9. Lançamento para transferir o custo de trabalho completado para Produtos Acabados.
(Dica: Certifique-se de considerar os estoques iniciais e saldos finais para Produtos em
Processo, assim como os custos somados ao Produtos em Processo nesse período.)
10. Lançamento para registrar o custo de mercadorias vendidas. (Dica: Certifique-se de con-
siderar os estoques iniciais e saldos finais de Produtos Acabados, assim como o custo
dos produtos acabados durante o mês.)
56 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Pede-se:
1. Prepare uma demonstração dos custos de produção para o mês de julho. (Dica: Prepare
uma demonstração do custo de produção, colocando as informações dadas nos espaços
apropriados e resolvendo as informações desconhecidas.)
2. Prepare uma tabela para calcular o custo primário incorrido durante julho.
3. Prepare uma tabela para calcular o custo de conversão debitado para Produtos em Pro-
cesso durante o mês de julho.
Pede-se:
1. Em forma resumida, prepare os lançamentos de diário que teriam sido feitos durante o
mês para contabilizar a distribuição de materiais, mão-de-obra e CIF; o término dos ser-
viços; e a venda dos serviços. (Suponha que haja contas separadas de Produtos em Pro-
cesso para cada serviço.)
2. Prepare tabelas que mostram o lucro bruto ou prejuízo para os seguintes itens em julho:
a. A empresa como um todo.
b. Cada serviço terminado e vendido.
c. Para cada unidade fabricada e vendida. (Arredonde para o centavo mais próximo.)
Os serviços 90AX e 90BZ foram terminados e entregues ao cliente a um preço total de ven-
da de $ 426.000, a prazo. O Serviço 90CK está terminado, mas ainda não foi entregue. O Ser-
viço 90DQ ainda está em Processo. Não havia nenhum produto em Processo no início do mês.
Pede-se:
1. Prepare os lançamentos de diário resumidos para o mês para registrar a distribuição dos
custos de materiais, mão-de-obra e CIF. (Suponha que uma conta para Produtos em pro-
cesso seja mantida para cada serviço.)
2. Prepare um resumo mostrando o custo total de cada serviço completado durante o mês,
ou em processo no final do mês. Determine também o custo dos estoques dos motores
acabados e motores em processo no final do mês.
3. Prepare os lançamentos de diário para contabilizar o término dos serviços e a venda dos
serviços.
4. Prepare uma demonstração do custo de produção.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
custo total para um produto acabado consiste nas despesas feitas em matérias-primas,
CONTROLE DE MATERIAIS
Objetivo de Aprendizagem 1
Reconhecer os dois aspectos básicos de controle de materiais.
Os dois aspectos básicos de controle de materiais são (1) controle físico ou salvaguarda
de materiais, e (2) controle do investimento em materiais. O controle físico protege os materiais
de uso impróprio ou apropriação indébita. Controlar o investimento em materiais mantém
quantidades apropriadas de materiais em estoque.
Todo negócio requer um sistema de controle interno que inclui procedimentos para a sal-
vaguarda de ativos. Já que ativos altamente líquidos, como dinheiro vivo e títulos negociáveis,
são especialmente suscetíveis à apropriação indébita, a proteção fornecida para tais ativos é nor-
malmente mais do que adequada. No entanto, outros ativos, incluindo estoques, também preci-
sam ser protegidos do uso não autorizado ou do furto.
Já que estoques representam uma parte significativa dos ativos circulantes de um fabrican-
te, uma empresa precisa controlar os seus materiais do momento em que são pedidos até o
momento em que são despachados para os clientes em forma de produtos acabados. Em geral,
para controlar materiais de forma eficaz, uma empresa precisa manter: (1) acesso limitado, (2)
segregação de funções e (3) precisão no registro.
Acesso Limitado. Somente o pessoal autorizado deve ter acesso às áreas de armazena-
mento de materiais. Materiais devem ser baixados para uso na produção somente se as requisi-
ções por materiais foram apropriadamente documentadas e aprovadas. Produtos acabados tam-
bém devem ser salvaguardados em áreas de armazenamento com acesso limitado, e não devem
ser liberados para embarque na ausência da documentação e autorização apropriada. Procedi-
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 61
mentos devem ser estabelecidos dentro de cada área ou departamento para salvaguardar os pro-
dutos em processo.
Precisão nos Registros. Um sistema eficaz para o controle de materiais requer um regis-
tro preciso de compras e baixas (saídas) de materiais. Registros de estoques devem documentar
as quantidades físicas de estoques em mãos, e os registros de custos devem fornecer os dados
necessários para atribuir um valor aos estoques para o preparo das demonstrações financeiras.
Periodicamente, estoques registrados devem ser comparados com uma contagem física do esto-
que, e qualquer discrepância significativa deve ser investigada. Diferenças podem surgir devido a
erros de registro, ou podem resultar de perdas de estoque através de furto ou dano. Uma vez
que a causa foi determinada, uma ação corretiva apropriada deve ser tomada.
Ponto de Pedido. Um nível mínimo de estoque deve ser determinado para cada artigo de
matéria-prima, e os registros de estoque devem indicar quanto de cada artigo está em mãos. Isso
requer o estabelecimento de um razão subsidiário no qual uma conta separada é mantida para
cada item de matéria-prima individual usado no processo de manufatura.
O ponto no qual um item deve ser pedido, chamado de ponto de pedido, ocorre quando
o nível mínimo predeterminado de estoque em mãos é alcançado. O cálculo do ponto de pedi-
do é baseado nos seguintes dados:
Suponha que o uso diário esperado de um item de material por uma companhia seja de
100 unidades, o prazo de entrega antecipado de 5 dias e o estoque de segurança estimado de
1.000 unidades. O seguinte cálculo mostra que o ponto de pedido é alcançado quando o esto-
que em mãos chega a 1.500 unidades:
zacional. Normalmente, análises especiais são necessárias para identificar custos relevantes, por-
que esses dados normalmente não são acumulados em um sistema de contabilidade. É preciso
tomar cuidado em determinar quais custos são relevantes. Por exemplo, uma empresa pode ter
espaço adequado de armazenamento para manter grande quantidade adicional de estoque. Se o
espaço não pode ser usado para algum outro propósito rentável, o custo do espaço não é um fa-
tor relevante para determinar custos de manter estoques. No entanto, se o espaço no armazém
da empresa poderia ser usado para um propósito mais rentável ou se o espaço adicional para
armazenamento precisa ser arrendado ou alugado para acomodar maiores estoques, os custos
associados com o espaço adicional são relevantes na determinação dos custos de manter.
O custo de juros associados em manter estoque deve ser considerado se fundos forem
tomados emprestados ou não para comprar o estoque. Se esses fundos não foram usados para o
estoque, poderiam ter sido aplicados de forma rentável em algum uso alternativo. A taxa de ju-
ros a ser usada nos cálculos irá variar de acordo com o custo do empréstimo tomado ou com a
taxa que seria ganha pelos fundos se tivessem sido usados por algum outro propósito.
Modelos quantitativos, ou fórmulas, foram desenvolvidos para calcular a Quantidade
Econômica de Pedido (EOQ). Uma fórmula que pode ser usada é a seguinte:
onde
EOQ = 2CN EOQ = quantidade econômica do pedido
√ K C = custo de pedir
N = número de unidades necessárias anualmente
K = custo de manter estoque por unidade
Para ilustrar essa fórmula, suponha que os seguintes dados tenham sido determinados ao
analisar os fatores relevantes para o estoque de materiais:
= $ 200.000
√ $ 0,80
= √ 250.000
= 500 unidades
A EOQ também pode ser determinada com a construção de uma tabela usando a amplitu-
de dos tamanhos de pedidos. Segue uma apresentação tabular dos dados do exemplo acima,
supondo que não haja estoque de segurança:
64 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
1 2 3 4 5 6
Tamanho Número de Custo Total Estoque Médio Custo Total Custo Total de
do Pedido Pedidos de Pedido de Manter Pedido e
de Manter
100 100 $ 1.000 50 $ 40 $ 1.040
200 50 500 100 80 580
300 33 330 150 120 450
400 25 250 200 160 410
500 20 200 250 200 400
600 17 170 300 240 410
700 14 140 350 280 420
800 13 130 400 320 450
900 11 110 450 360 470
1.000 10 100 500 400 500
Os dados apresentados na Figura 2-1 mostram o custo total de pedidos anuais diminuin-
do com o aumento no tamanho do pedido. Enquanto isso, o custo anual total de manter esto-
que aumenta com o aumento do tamanho do pedido devido à necessidade de manter uma
$ 1100
1000
900
800
Custos Totais Anuais
700
600
anter
500 ta l – P edir e M
o
Custo T er
400 M ant
l de
300 Custos Totais t o Tota
Cus
200 Mínimos de Pedido Custos T
500 Unidades otal de
Pedir
100
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 9001000
quantidade grande de estoque. No nível de 500 unidades, a combinação dos custos de manter
estoque e de pedido estão no seu ponto mínimo. Esse é o ponto no qual as despesas totais de
manter estoque se igualam aos custos totais de pedido, como demonstrado na figura, quando
nenhum estoque de segurança é fornecido. No exemplo, suponha que a companhia deseja um
estoque de segurança de 400 unidades. O número médio de unidades em estoque seria calcula-
do da seguinte maneira:
Número médio de
unidades em estoque = (1/2 ⫻ EOQ) ⫹ Estoque de segurança
= (1/2 ⫻ 500) ⫹ 400
= 650 unidades
Custo de manter
estoque = Estoque médio ⫻ Custo de manter por unidade
= 650 ⫻ $ 0,80
= $ 520
Observe que o custo de pedir de $ 200, que não muda nesse exemplo, é significativamen-
te menor do que o custo de manter estoque de $ 520 quando o estoque de segurança estiver
presente.
Procedimentos específicos de controle interno devem ser feitos sob medida para as neces-
sidades de uma empresa. No entanto, o controle de materiais geralmente envolve as seguintes
funções: (1) compra e recebimento de materiais, (2) estocagem de materiais e (3) requisição e
consumo de materiais.
66 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Embora os títulos e deveres reais dos cargos possam variar de uma empresa para outra, o
pessoal envolvido no controle de materiais normalmente inclui (1) agente de compras, (2)
empregado de recebimento, (3) almoxarife e (4) supervisor do departamento de produção.
Agente de Compras. A responsabilidade por comprar os materiais necessários para um
empreendimento de manufatura deve repousar sobre uma pessoa. Em uma fábrica menor o
empregado que faz as compras pode também desempenhar outras funções, enquanto em uma
fábrica maior o agente de compras pode chefiar um departamento estabelecido para realizar
atividades de compra. Independentemente do tamanho de uma organização, é importante que
no final das contas um indivíduo seja responsável pela função de compras. Os deveres de um
agente de compras podem incluir o seguinte:
1. Trabalhar com o gerente de produção para prevenir atrasos causados pela falta de material.
2. Compilar e manter informações que identificam onde os materiais desejados podem ser obti-
dos pelo preço mais econômico.
3. Colocar pedidos de compra.
4. Supervisionar o processo de pedido até os materiais serem recebidos.
5. Verificar faturas de compras e aprová-las para pagamento.
Empregado de Recebimento. O empregado de recebimento é responsável por
supervisionar o recebimento de embarques que entram na empresa. Todos os materiais que
entram precisam ser verificados nas quantidades e qualidades, e às vezes no preço.
Almoxarife. O almoxarife, que fica encarregado dos materiais após terem sido recebi-
dos, precisa verificar que os materiais sejam apropriadamente estocados e mantidos. Os mate-
riais devem ser colocados em estoque e baixados somente sob requisições propriamente autori-
zadas. O agente de compras deve ser informado sobre as quantidades em mãos como uma
diretriz para a compra de materiais adicionais.
Supervisor do Departamento de Produção. Cada departamento de produção tem
uma pessoa que é responsável pela supervisão das funções operacionais dentro do departamen-
to. A esse indivíduo pode ser dado o título de supervisor do departamento de produção, ou
outra designação parecida. Um dos deveres designados a um supervisor de departamento é o de
preparar ou aprovar as requisições que designam as quantidades e os tipos de materiais necessá-
rios para o trabalho que será feito pelo departamento.
Materiais são pedidos para manter os níveis adequados de estoque necessário para satisfa-
zer as necessidades de produção programada. O almoxarife é responsável por monitorar as
quantidades de material em mãos. Quando o ponto de pedido é atingido por um item em parti-
cular de matéria-prima, o processo de compra é iniciado. Em muitas empresas, os computadores
armazenam dados pertinentes aos estoques em mãos, pontos de pedidos predeterminados e
quantidades econômicas de pedidos. Quando programados corretamente, os computadores
podem simplificar a tarefa de manter níveis apropriados de estoque.
Documentos de apoio são essenciais para manter controle durante o processo de obten-
ção. Em geral, os documentos devem ser pré-numerados e protegidos do uso não autorizado.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 67
LONGHORN
Data 3 de janeiro de 20 – –
Data desejada 1 de fevereiro de 20 – –
QUANTIDADE DESCRIÇÃO
Por (assinatura)
Agente de Compras
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 69
QUANTIDADE DESCRIÇÃO
MANUFATURA DÉBITO
LONGHORN AVISO DE
CRÉDITO
Data: 3 de janeiro de 20 – –
Para: Companhia de Máquinas Jayhawk
Lawrence, Kansas 66044
debitamos
Hoje nós à sua conta o seguinte:
creditamos
PREÇO
QUANTIDADE DESCRIÇÃO TOTAL
UNITÁRIO
Por: (assinatura)
Agente de Compras
exceto com autorização por escrito para diminuir a chance de furto, descuido ou uso impróprio.
O formulário usado para fornecer esse controle é conhecido como requisição de materiais
ou requisição do almoxarifado (veja a Figura 2-6) e é preparado por pessoal da fábrica auto-
rizado a retirar materiais do almoxarifado. O pessoal autorizado a desempenhar essa função
pode ser diferente de uma empresa para outra, mas é preciso dar essa autoridade a alguém de
responsabilidade. O arranjo mais satisfatório deveria ser o gerente de produção ter de preparar
todos os materiais de requisição, mas normalmente isso não é viável. Uma outra maneira requer
que os supervisores de departamento aprovem (assinem) todas as requisições de materiais para
os seus respectivos departamentos. Quando o almoxarife recebe uma requisição corretamente
assinada, os materiais requeridos são liberados. Deveria ser necessário que tanto o almoxarife
quanto o empregado a quem os materiais são remetidos assinassem a requisição.
PREÇO
QUANTIDADE DESCRIÇÃO TOTAL
UNITÁRIO
CONTABILIDADE DE MATERIAIS
OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 3
Contabilizar materiais e relacionar a contabilidade de materiais ao razão geral.
Os registros de estoque de uma empresa devem mostrar (1) o número de unidades de ca-
da tipo de material em mãos e (2) o seu custo. O método mais desejável para se conseguir esse
resultado é o de integrar o sistema de contabilidade de materiais com as contas do razão geral.
Todas as compras de materiais são contabilizadas como um débito para Materiais no razão geral
(o crédito correspondente é Contas a Pagar, quando a prazo, e Caixa ou Bancos, quando à vista).
Materiais é uma conta de controle suportado pelo razão subsidiário do almoxarifado, ou
razão de materiais, que contém uma conta individual para cada item de materiais mantidos
em estoque. Periodicamente, o saldo da conta de controle e o total das contas individuais são
comparados, e qualquer variação significativa entre as duas contas é investigada.
Cada uma das contas individuais de materiais no razão subsidiário do almoxarifado mostra
(1) a quantidade em mãos e (2) o custo dos materiais. Para manter essas informações atualiza-
das, é necessário registrar a quantidade e o custo dos materiais recebidos, baixados e em esto-
que, em cada conta individual. Normalmente, as contas no razão do almoxarifado são mantidas
em folhas parecidas em projeto àquela da Figura 2-7.
Cópias do pedido de compra e do relatório de recebimento são aprovadas pelo agente de
compras e enviadas para o departamento de contabilidade. Ao receber o pedido de compra, o
contador do razão do almoxarifado coloca a data, o número do pedido de compra, e a quantida-
de nas colunas “Materiais ainda não recebidos” da folha apropriada do razão do almoxarifado.
Quando os materiais chegarem, a via do relatório de recebimento do departamento de contabi-
lidade serve como base para lançar o recebimento dos materiais para a folha do razão do almo-
xarifado. O lançamento mostra a data de recebimento, o número do relatório de recebimento, e
o número de unidades recebidas e o seu custo. O custo pode ser expresso em custo por unida-
de e custo total, ou somente em custo total.
Quando materiais são baixados, duas vias da requisição de materiais vão para o departamento
de contabilidade. Uma via é usada para lançar o custo de materiais requisitados para as contas apro-
priadas nos razões de custo por ordem e de custos indiretos de fabricação. Materiais diretos são
debitados para a ordem (ou departamento) e materiais indiretos são debitados das contas apropria-
das de custos indiretos de fabricação. A outra via da requisição vai para o contador do razão do almo-
xarifado e se torna a base para fazer os lançamentos nas folhas de razão. O lançamento mostra a da-
ta de baixa (saída), o número de requisição, e o número de unidades baixadas e o seu custo.
Quando materiais são devolvidos ao almoxarifado, uma via do relatório de materiais devolvi-
dos vai para o departamento de contabilidade. O custo dos materiais devolvidos é lançado no rela-
tório e depois na folha apropriada do razão do almoxarifado. O custo designado aos materiais
devolvidos deve ser o mesmo que foi registrado quando os materiais foram baixados para a fábrica.
74
Máximo 7.500 quilos Mínimo 500 quilos Núm. de Conta no Razão do Almoxarifado 1411
• CONTABILIDADE DE CUSTOS
䉴
Método da Média Móvel
Entradas Saídas Saldo
Data Quant. Custo Total Quant. Custo Total Quant. Custo Total
Unitário Unitário Unitário
Dez. 1 1.000 20 00 20.000 00
10 500 20 00 10.000 00 500 20 00 10.000 00
15 1.000 24 00 24.000 00 1.500 22 6667 34.000 00
20 250 22 6667 5.666 67 1.250 22 6667 28.333 33
26 500 22 6667 11333 33 750 22 667 17.000 00
28 500 26 00 13.000 00 1.250 24 00 30.000 00
30 500 24 00 12.000 00 750 24 00 30.000 00
Método da Média Móvel. O método da média móvel supõe que os materiais baixados
a qualquer momento são simplesmente retirados de um grupo misto de materiais parecidos no
almoxarifado e que nenhuma tentativa é feita para identificar se os materiais são das compras
mais recentes ou mais antigas. Esse método tem a desvantagem de exigir computações mais fre-
qüentes do que os outros métodos. No entanto, o uso de computadores tem superado essa des-
vantagem, e muitas empresas estão adotando esse método. Uma exigência básica do método da
média móvel é que um preço unitário médio seja computado toda vez que um novo lote de
materiais é recebido, e esse preço unitário médio precisa ser usado para custear todas as baixas
de materiais até que um outro lote seja comprado. Assim, as baixas na ilustração seriam compu-
tadas como a seguir (veja a Figura 2-8):
Análise de PEPS, UEPS e Média Móvel. PEPS, UEPS e média móvel são os métodos mais
comumente usados de custeio de estoque. Qualquer desses métodos pode ser adotado para
manter o razão do almoxarifado.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 79
Como mostrado no exemplo, o custeio UEPS tem uma clara vantagem fiscal quando os pre-
ços estão subindo rapidamente. Note que a Empresa C paga $ 0,01 por unidade em impostos,
enquanto as empresas A e B pagam impostos por unidade de $ 0,41 e $ 0,21, respectivamente.
Assim, a Empresa C tem $ 0,99 de cada unidade monetária em vendas para pagar por mercado-
rias, despesas operacionais e dividendos, enquanto a Empresa A tem apenas $ 0,59 e a Empresa
B apenas $ 0,79 disponíveis.
Como mencionamos anteriormente, cada unidade de material atualmente custa $ 0,90
(Compra Número 3). Portanto, a Empresa A requer fundos adicionais de $ 0,31 ($ 0,90 – $ 0,59)
e a Empresa B requer fundos adicionais de $0,11 ($ 0,90 – $ 0,79) para repor uma unidade de
material. Apenas a Empresa C pode repor materiais, pagar despesas operacionais e impostos, e
reter o seu lucro por unidade.
80 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS
* N. do R. No Brasil, tal prática não é exigida pela autoridade governamental, mas requer que a mudança seja comunicada em
notas explicativas ao balanço patrimonial, quando seu efeito for significativo.
Figura 2-9 Resumo de materiais baixados e devolvidos
Quaisquer materiais não danificados devolvidos para o almoxarifado também devem ser
registrados no resumo de materiais baixados e devolvidos para que os totais possam ser registra-
dos no final do mês. Os lançamentos exigidos para registrar materiais não danificados devolvidos
são o inverso dos lançamentos exigidos para registrar materiais requisitados. Assim, o custo total
de materiais diretos devolvidos ao almoxarifado deve ser debitado em Materiais e creditado em
Produtos em Processo, enquanto o custo total de materiais indiretos devolvidos deve ser debita-
do em Materiais e creditado na conta de custos indiretos de fabricação apropriada.
Quaisquer materiais devolvidos aos seus fornecedores originais devem ser debitados em
Contas a Pagar e creditados em Materiais. A não ser que um diário especial seja fornecido para
contabilizar essas devoluções, os lançamentos podem ser feitos no diário geral. Todas as transa-
ções relativas a materiais devem ser contabilizadas para que o saldo da conta de materiais no
razão geral represente o custo de materiais em estoque no final do período. O saldo da conta de
materiais no razão geral pode ser provado ao listar os saldos das contas do razão do almoxarifado.
Um resumo dos procedimentos envolvidos na contabilidade de materiais é mostrado na
Figura 2-10, que apresenta os registros necessários para as transações mais típicas de materiais,
tanto no momento da transação quanto no final do período. No momento da transação, os regis-
tros a serem feitos afetam os razões subsidiários, como o razão do almoxarifado e o razão do cus-
to por ordem. No final do período, os lançamentos a serem feitos afetam as contas de controle
para materiais, produtos em processo e custos indiretos de fabricação no razão geral.
Verificação do Estoque. O razão do almoxarifado contém uma conta para cada material
usado no processo de manufatura. Cada conta mostra o número de unidades em estoque e o
seu custo. Em outras palavras, o razão do almoxarifado fornece um controle de estoque perpé-
tuo dos itens individuais de material no almoxarifado. Os dados necessários sobre o estoque de
materiais podem ser obtidos das informações no razão do almoxarifado para preparar um balan-
ço, uma demonstração de resultado e uma demonstração do custo de produção.
Erros na contabilização de recebimentos ou baixas de materiais no razão do almoxarifado
podem afetar a confiabilidade dos totais do estoque. Para se assegurar contra erros, os materiais
em estoque devem ser verificados periodicamente contra as contas individuais do razão do
almoxarifado. A prática normal é contar um lote de materiais por vez, com um intervalo entre as
contagens, de forma que uma verificação completa de todos os estoques no almoxarifado possa
ser feita dentro de um período estabelecido de tempo, como três meses. Essas verificações
periódicas têm a vantagem de eliminar a tarefa onerosa e demorada de contar todos os materiais
de uma só vez. Para evitar descuidos ou desonestidade, a contagem deve ser feita por alguém de
fora do almoxarifado ou outro que não o lançador do razão do almoxarifado.
A pessoa que faz a contagem deve preparar um relatório de estoque parecido com aque-
le mostrado na Figura 2-11. Se o total indicado no relatório difere do saldo na conta do razão do
almoxarifado, um lançamento imediato de correção deve ser feito na conta apropriada do razão
do almoxarifado. Os lançamentos nas contas do razão geral podem ser feitos, no seu total, no fi-
nal do mês. Se os materiais em estoque excedem o saldo na conta de controle, o saldo da conta
de controle deve ser aumentado com o seguinte lançamento:
D — Materiais xxx
C — CIF (Faltas e Sobras de Estoque e) xxx
Se a quantidade de materiais no estoque for menor do que o saldo da conta de controle,
como no caso da Figura 2-11, o saldo deve ser diminuído com o seguinte lançamento:
D — CIF (Faltas e Sobras de Estoque) xxx
C — Materiais xxx
Figura 2-10 Resumo das transações de materiais
Diferença 20
Tais diferenças de estoque são quase sempre uma falta e podem surgir de descuido no
manuseio de materiais, encolhimento ou diminuição de produtos como resultado do manuseio,
ou a baixa (saída) excessiva de materiais para a produção. Essas faltas são consideradas inevitá-
veis e fazem parte do custo operacional de uma instalação de manufatura. As faltas (ou as sobras)
são contabilizadas na conta de custos indiretos de fabricação, normalmente intitulada Faltas e
Sobras de Estoque, como indicado nos lançamentos precedentes.
Materiais
Requisição de
Compras
Pedido de
Produtos em Compras
Processo
Relatório de
Fornecedor
Recebimento
Custos
Indiretos de
Fabricação Folha de Razão de Materiais
Registro de comprovantes
Débito Crédito Entrada Saída Saldo
Materiais
Contas a Fatura
Pagar
Totais
Requisição de
Materiais Planilha de Custo por
Ordem ou Departamento
de Produtos em Processo
Resumo de Materiais
Direto Indireto
Materiais Indiretos
Depart. Total
Total Total
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 16-20; Exercícios 2-2 a
2-9; Problemas 2-2 a 2-7.
86 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
MATERIAL REFUGADO
O valor esperado das vendas do refugo produzido pelo processo de manufatura determina
quais procedimentos contábeis serão usados. Quando o valor do refugo é baixo, nenhum lança-
mento é feito até que ele seja vendido. Então, a conta Caixa (ou Contas a Receber) é debitada, e
uma conta como Receita de Refugo ou Sucata é creditada. Normalmente, a receita de vendas de
sucata é contabilizada como “Outras receitas” na demonstração de resultado.
Se a receita do refugo vai ser tratada como uma redução em custos de manufatura em vez
de como outra receita, Produtos em Processo pode ser creditada se o refugo puder ser pronta-
mente identificado com uma ordem em particular. Se o refugo não puder ser identificado com
uma ordem específica, Custos Indiretos de Fabricação pode ser creditada.
Quando o valor do refugo for relativamente alto, uma folha de estoque deve ser preparada
e o refugo transferido para uma área de armazenagem de materiais controlados. Se tanto a quan-
tidade e o valor de mercado do refugo forem conhecidos, os seguintes lançamentos diários são
registrados:
Se o valor de mercado do refugo não for conhecido, nenhum lançamento no diário é feito
até que o refugo seja vendido. No momento da venda, o seguinte lançamento é então registrado:
Produto Danificado. A perda associada com produtos danificados pode ser tratada como
parte do custo por ordem ou departamento que produziu as unidades danificadas, ou a perda
pode ser debitada em Custos Indiretos de Fabricação e alocada entre todas as ordens ou depar-
tamentos. Geralmente, o CIF é debitado a menos que a perda resultante de um pedido especial
e o dano é devido ao tipo de produto exigido naquele pedido em especial. Em ambos os casos,
os produtos danificados são contabilizados no Estoque de Produtos Danificados ao preço de
venda esperado.
Para ilustrar, suponha que um fabricante de roupas, usando custeio por ordem, completa
um pedido de 1.000 jaquetas jeans (Ordem 350) com os seguintes custos unitários:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Custos Indiretos de Fabricação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Custo total unitário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50
O lançamento de diário para contabilizar os custos de produção é o seguinte:
D — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000
C — Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000
C — Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000
C — Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000
Custos de produção reconhecidos para a Ordem 350.
Durante a inspeção final, descobriu-se que 50 jaquetas eram inferiores e foram classificadas
como irregulares ou de segunda categoria. Espera-se que sejam vendidas a $ 10 cada. Se os cus-
tos não recuperados do refugo devem ser debitados aos Custos Indiretos de Fabricação, então o
seguinte lançamento deve ser registrado:
D — Estoque de Produtos Refugados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500
D — CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000
C — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500
Produtos refugados reconhecidos ao valor de mercado (50 jaquetas a $ 10), debitado em
Custos Indiretos de Fabricação pela perda de $ 40 por unidade, e redução do custo da Or-
dem 350 (50 jaquetas a $ 50).
Se a perda oriunda do refugo for considerada um custo da ordem específica, o lançamento
para registrar o valor de mercado é feito como a seguir:
D — Estoque de Produtos Refugados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500
C — Produtos em Processo — Ordem 350 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500
Produtos refugados reconhecidos ao valor de mercado e redução do custo da Ordem 350
pelo preço de venda dos produtos refugados de $ 500.
88 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Custos de produtos refugados debitados em CIF são alocados entre todas as ordens em
produção. Quando o refugo é atribuído a uma ordem específica, no entanto, todo custo de refu-
go é refletido no custo daquela ordem. No exemplo, a Ordem 350 será cobrada apenas em parte
da perda de $ 2.000 de refugo quando o CIF for alocado a diversas ordens. No entanto, quando
o CIF não é cobrado pelos custos de refugo, a perda total de $ 2.000 é incluída no custo total da
Ordem 350.
Se o pedido por 1.000 jaquetas foi um pedido especial e os defeitos resultaram de especifi-
cações exatas do pedido, os custos adicionais seriam debitados na ordem, como a seguir:
O custo total da Ordem 350 será mais alto porque os custos adicionais para corrigir os
defeitos foram debitados do pedido em vez de na conta CIF. O custo unitário de cada jaqueta
acabada aumenta de $ 50 ($ 50.000/1.000) para $ 51.2 ($ 51.200/1.000) devido aos custos adicio-
nais debitados da conta de produtos em processo.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 21-22; Exercício
2-10 a 2-12; Problema 2-8 a 2-10.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 89
JIT e o Controle de Custos. A redução dos níveis de estoque pode aumentar a velocidade
de processamento, assim reduzindo o tempo que leva para uma unidade passar pela produção. Por
exemplo, se 10.000 unidades são produzidas a cada dia e o número médio de unidades em proces-
so for de 40.000, então o tempo de processamento, ou o tempo que leva para uma unidade pas-
sar pelo sistema, é de 40.000/10.000, ou quatro dias. Se a mesma produção diária pode ser alcança-
da enquanto se reduz o produto em processo em 50%, o tempo de processamento será reduzido
em dois dias, 20.000/10.000, e a velocidade ou rapidez em que unidades são produzidas no siste-
ma terá dobrado. Se a velocidade de produção pode ser aumentada dramaticamente, todos os pro-
dutos podem ser fabricados sob encomenda, assim eliminando a necessidade de um estoque de
produtos acabados. Além disso, ao reduzir o tempo de processamento é possível reduzir custos
porque haverá menos atividades sem valor agregado — operações que incluem custos mas
que não somam valor ao produto, como movimentação, armazenagem e inspeção**.
Se a velocidade de produção for dobrada como no exemplo acima, os custos de manter
estoques podem ser reduzidos. Por exemplo, suponha que há uma porcentagem anual de custo
de manter estoques de 20% e um produto em processo médio de $ 400.000, resultando em cus-
tos anuais de manutenção de $ 80.000 (20% ⫻ $ 400.000). Suponha também que pelo uso de téc-
nicas de produção JIT, a velocidade de produção seja dobrada sem mudar o total da produção
anual, assim precisando de apenas metade da quantia de produtos em processo (PEP). Os novos
custos anuais de manter estoque seriam calculados da seguinte maneira:
Porcentagem de custo de manter estoque ⫻ PEP médio
20% ⫻ (1/2 ⫻ $ 400.000) = $ 40.000
ou uma redução de $ 40.000 do nível anterior de $ 80.000.
Outra vantagem da redução do tempo de processamento é o aumento da satisfação do
cliente devido à entrega mais rápida. Além disso, perdas de produção são reduzidas devido ao fa-
to de não ter grandes quantidades de unidades parcialmente acabadas se empilhando na próxi-
ma estação de trabalho antes que um erro na sua produção possa ser detectado.
A Figura 2-13 mostra o contraste entre os lançamentos diários feitos em um sistema tradi-
cional de contabilidade de custos para a manufatura e os lançamentos feitos em um sistema JIT.
O custeio retrocedido*** é o nome dado para o sistema de contabilidade usado com manufa-
tura JIT. O nome é derivado do fato de que os custos não são “eliminados” do sistema de conta-
bilidade e debitados aos produtos até os produtos serem acabados e vendidos.
Os lançamentos A e B na Figura 2-13 indicam que uma única conta, Matérias-Primas e em
Processo, é usada no custeio retrocedido tanto para estoques de matérias-primas quanto de produ-
tos em processo. Isso é feito porque as matérias-primas são baixadas para a produção logo que são
recebidas em um sistema JIT, assim eliminando a necessidade de uma conta em separado para esto-
ques de matérias-primas. Os lançamentos C, D e E ilustram que uma única conta, Custos de Con-
versão ou de Transformação, contém custos de mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação
em um sistema retrocedido. Normalmente, a mão-de-obra direta é tão insignificante em um
ambiente JIT altamente automatizada que não existe razão em contabilizá-la separadamente.
*** N. do R. A movimentação e armazenagem feitas sem planejamento logístico não agrega valor, todavia o planejamento e a
ação desses temas logísticos podem agregar valor significativo.
*** N. do R. Também denominado custeio diferido, custeio pós-determinado, custeio back-flush.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 91
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 23-24; Exercícios 2-13 e
2-14; Problemas 2-11 e 2-12.
92 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
TERMOS-CHAVE
Pede-se:
1. Calcule o ponto de pedido.
2. Calcule a quantidade mais econômica de pedido (EOQ).
3. Calcule o custo total de pedir e manter estoques no ponto EOQ.
Sugestões:
Leia o problema por completo, mantendo em mente que você precisa calcular (1) o ponto de
pedido, (2) EOQ e (3) custos totais de pedir e manter estoques.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 93
O ponto de pedido é o nível do estoque em que um pedido deve ser colocado. É determina-
do ao somar o número estimado de toras que serão usadas entre a colocação e o recebimento do
pedido:
Uso estimado durante o prazo de entrega = 32 unidades (uso diário) ⫻ 10 dias (prazo de
entrega) = 320.
Some o número de unidades de estoque de segurança (500 neste problema) necessárias
para haver proteção contra uso anormalmente alto e atrasos não previstos no recebimento de
materiais bons do fornecedor:
Ponto de Pedido = Uso esperado durante prazo de entrega ⫹ estoque de segurança
= 320 ⫹ 500
= 820 unidades
As especificações no problema realçam os seguintes fatos relevantes para calcular EOQ:
Uso anual estimado de materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 toras
Custo de colocar um pedido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 40
Custo anual de manter estoque por tora . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,25
EOQ é o tamanho do pedido que minimiza os custos totais de pedir e manter estoques.
Pode ser calculada usando a fórmula:
= 2 ⫻ $ 40 ⫻ 8.000
$0,25
= $ 640.000
$ 0,25
= 2.560.000
= 1.600 toras
Para determinar o custo anual de pedir, primeiro você precisa determinar o número de pedi-
dos ao dividir o uso anual por EOQ:
Número de pedidos = uso anual/EOQ
= 8.000 toras/1.600 unidades
=5
O custo anual de pedir é determinado ao multiplicar-se o número de pedidos pelo custo por
pedido:
5 pedidos ⫻ $ 40 por pedido = $ 200
Para determinar o custo anual de manter estoque, primeiro você precisa determinar o núme-
ro médio de unidades em estoque:
(1/2 ⫻ EOQ) + estoque de segurança
(1/2 ⫻ 1.600) + 500 = 1.300 unidades
O número médio de toras em estoque consistiria em metade da quantia pedida mais as 500
toras que são mantidas como reserva contra eventos não previstos. Então, o custo total de manter
estoque seria o seguinte:
Estoque médio ⫻ custo de manter estoque por tora
1.300 ⫻ $ 0,25 = $ 325
Custo total de pedir e de manter estoque:
Custos de pedir + custos de manter estoque
$ 200 + $ 325 = $ 525
(Nota: O Problema 2-1 é semelhante a esse.)
QUESTÕES
1. Quais são os dois principais objetivos do 5. Que tipos de informações e dados são
controle de materiais? necessários para calcular um ponto de
2. Muitas vezes, materiais representam uma pedido?
parte substancial dos ativos de uma 6. Como você definiria o termo “quantidade
empresa; portanto, devem ser controlados econômica de pedido”?
do momento em que os pedidos são colo- 7. Quais fatores devem ser considerados
cados até a hora em que os produtos aca- para determinar o custo de um pedido?
bados são embarcados para o cliente. 8. Quais são os custos de manter materiais
Quais são os procedimentos de controle em estoque?
usados como salvaguarda de materiais? 9. Descreva sucintamente quais são os deve-
3. Quais fatores devem ser considerados res dos seguintes empregados:
pela administração para determinar a a. Agente de compras
quantia de investimento em materiais? b. Empregado de recebimento
4. Manter e repor o estoque de materiais usa- c. Almoxarife
dos nas operações de manufatura é um d. Supervisor de produção
aspecto importante do processo de obten- 10. A autorização apropriada é exigida antes
ção. O que significa o termo “ponto de que pedidos para novos materiais possam
pedido”? ser colocados. Qual é a diferença entre
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 95
uma requisição de compras e um pedido 18. Por que empresas adotam o método UEPS
de compras? de custeio de estoque? A sua discussão
11. Agentes de compras são responsáveis por deve incluir os efeitos na demonstração de
contatar fornecedores dos quais compra- resultados e balanço patrimonial.
rão materiais requisitados pela produção. 19. Qual dos formulários mostrados no capítu-
Por que o agente de compras é também lo é a fonte para os seguintes lançamentos
responsável por examinar e aprovar fatu- para contas de razões subsidiários?
ras que chegam dos fornecedores? a. Débitos para contabilizar materiais
12. Ilustrações de formulários para requisi- comprados no razão do almoxarifado.
ções, pedidos e contabilidade de mate- b. Créditos para contabilizar materiais
riais são apresentados neste capítulo. requisitados no razão do almoxarifado.
Você acha que os formulários, como apre- c. Débitos para contabilizar materiais
sentados, serão usados por todos os fabri- colocados em processo no razão de
cantes? Explique. custos por ordem.
a. Requisição de compras 20. Quais são algumas das medidas que
b. Pedido de compras fabricantes podem tomar para controlar
c. Relatório de recebimento custos de estoque?
d. Requisição de materiais 21. Um processo de manufatura pode produ-
e. Aviso de débito-crédito zir uma quantidade considerável de refu-
16. Normalmente, um fabricante mantém um go devido à natureza do produto. Quais
sistema de contabilidade que inclui um métodos podem ser usados para contabi-
razão do almoxarifado e uma conta do lizar o valor de venda de material refu-
razão geral para Materiais. Qual o rela- gado?
cionamento entre o razão do almoxarifa- 22. Após a inspeção de um produto, algumas
do e a conta de materiais? unidades são classificadas como danifica-
17. Uma empresa pode escolher um método das e outras como defeituosas. O que dis-
de custeio de estoque de um número de tingue um produto de ser classificado
procedimentos comumente usados. Sucin- como danificado ou defeituoso?
tamente, como você descreveria cada um 23. Como a abordagem just-in-time para a
dos seguintes métodos: produção difere da abordagem tradicio-
a. Primeiro a entrar, primeiro a sair nal? (Apêndice)
b. Último a entrar, primeiro a sair 24. Qual a diferença entre tempo de processa-
c. Média móvel mento e velocidade? (Apêndice)
EXERCÍCIOS
E 2-1 Quantidade econômica de pedido; custo de pedido; custo de manter estoque
Objetivo 1
A Companhia Hornik prevê que usará 90.000 unidades de material durante o ano. É espe-
rado que o material custe $ 5 por unidade. Gordon prevê que custará $ 18 para colocar cada
pedido. O custo anual de manter estoques é de $ 1 por unidade.
a. Determine a quantidade mais econômica de pedido usando a fórmula EOQ.
b. Determine o custo total de pedir e de manter estoques no ponto EOQ.
96 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Requisições
de Materiais
Número da Materiais Materiais
Data Uso
Requisição Diretos Indiretos
1 110 Material A, Ordem 10 $ 20.000
5 111 Material B,
Ordem 11 18.000
9 112 Material B,
Ordem 12 16.000
12 113 Suprimentos de fábrica $ 800
18 114 Material C,
Ordem 10 3.000
21 115 Material D,
Ordem 10 9.000
23 116 Material E,
Ordem 13 2.000
28 117 Suprimentos de fábrica 1.300
30 118 Suprimentos de fábrica 1.700
Prepare um lançamento de diário para registrar cada uma das seguintes transações de mate-
riais:
a. Total de materiais comprados durante o mês foi de $ 200.000.
b. Materiais diretos requisitados durante o mês totalizaram $ 175.000.
c. Materiais indiretos requisitados durante o mês totalizaram $ 12.000.
d. Materiais diretos devolvidos para o almoxarifado da fábrica totalizaram $ 2.500.
e. O total de material devolvido para o fornecedor durante o mês foi de $ 800.
f. Pagamento durante o mês para materiais comprados totalizou $ 160.000, menos 2% de
desconto. (Use Descontos de Compras.)
a. Supondo o mesmo número de unidades no saldo final de estoque ao final de cada ano,
os custos de materiais estavam subindo ou caindo de 1999 a 2001?
b. Qual método de custeio mostraria o resultado líquido mais alto para 1999?
c. Qual método mostraria o resultado líquido mais alto para 2001?
d. Qual método mostraria o resultado líquido mais baixo para os três anos combinados?
e. Para o ano 2000, como se compara o lucro usando UEPS com o lucro usando o PEPS?
Uma oficina metalúrgica fabrica uma peça de aço inoxidável que é usada em um produto de
montagem. Os materiais debitados para uma ordem em particular totalizaram $ 600. No ponto
da inspeção final descobriu-se que o material usado era inferior às especificações exigidas pelo
departamento de engenharia; portanto, todas as unidades tiveram que ser refugadas.
Registre os lançamentos exigidos para refugo sob cada uma das seguintes condições:
a. A receita recebida pelo refugo deve ser tratada como uma redução no custo de manufa-
tura mas não pode ser identificada com nenhuma ordem específica. O valor do refugo de
aço inoxidável é estável. O refugo é vendido dois meses mais tarde por $ 125.
b. A receita recebida pelo refugo deve ser tratada como uma redução no custo de manufa-
tura mas não pode ser identificada com uma ordem específica. Um preço firme não é
determinado para o refugo até ser vendido. Posteriormente, ele é vendido por $ 75.
c. Uma ordem de produção é uma ordem especial e os $ 85 recebidos pelo refugo devem
ser tratados como uma redução no custo de manufatura. (Um preço firme não é determi-
nado para o refugo até ser vendido.)
d. Apenas $ 40 foram recebidos pelo refugo quando foi vendido no período fiscal seguinte.
(Não é possível determinar um preço firme pelo refugo até ser vendido e a quantia a ser
recebida pelo refugo deve ser tratada como outras receitas.)
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 99
A Indústria Nomar produz 5.000 unidades por dia e o número médio de unidades nos pro-
dutos em processo é de 25.000.
1. Determine o tempo de processamento.
2. Se a mesma produção diária pode ser alcançada enquanto se reduz os produtos em pro-
cesso em 40%, determine o novo tempo de processamento.
100 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
PROBLEMAS
Pede-se:
1. Calcule o ponto de pedido.
Pede-se:
1. Complete uma folha do razão do almoxarifado parecida com aquela da Figura 2-7 (as
colunas no pedido podem ser omitidas) para cada um dos seguintes métodos de custeio
de estoque, usando um sistema de controle de estoque perpétuo:
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 101
a. PEPS
b. UEPS
c. Média móvel (levando os preços unitários para cinco casas decimais)
2. Para cada método, prepare uma tabela que mostre o custo total de materiais transferidos
para Produtos em Processo e o custo do saldo final.
3. Se os preços continuarem a aumentar, você é a favor de adotar o método PEPS ou UEPS?
Explique.
4. Quando os preços continuam a subir, qual é o efeito do PEPS versus UEPS sobre o saldo
do estoque relatado no balanço patrimonial? Discuta.
Pede-se:
Registre as transações em folhas do razão do almoxarifado, como na Figura 2-7. (As colunas
“no pedido” podem ser omitidas.) Use os seguintes métodos de estoque, supondo o uso de um sis-
tema de controle de estoque perpétuo. Leve os preços unitários para cinco casas decimais.
1. PEPS
2. UEPS
3. Média Móvel
Pede-se:
1. Prepare lançamentos no diário geral para cada uma das transações.
2. Contabilize os lançamentos no diário geral em razonetes.
3. Concilie as contas e relate os saldos de 30 de novembro para o seguinte:
a. Caixa
b. Materiais
c. Contas a Pagar
Materiais
Produtos em Processo
Produtos Acabados
Pede-se:
1. Analise as contas e descreva em forma narrativa que transações ocorreram. (Use as letras
de referência de a à f nas suas explicações.)
2. Liste os documentos de apoio, ou formulários necessários, para registrar cada transação
envolvendo o recibo ou a baixa de materiais.
3. Determine os saldos finais de Materiais, Produtos em Processo, e Produtos Acabados.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 103
Pede-se:
1. Em forma de tabela, responda as seguintes perguntas relativas a cada uma das decisões
e transações acima:
a. Quais formulários, se algum, foram usados?
b. Quais lançamentos de diário, se algum, foram efetuados?
c. Quais livros de lançamento original, se algum, foram usados para registrar os dados?
d. Quais registros subsidiários foram afetados?
2. Calcule e mostre os seus cálculos para os seguintes itens:
a. O saldo do estoque de materiais de 30 de abril.
b. O custo de materiais usados na produção durante abril.
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12.000
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.000
Seguro Pago Antecipadamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
Máquinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125.000
Equipamento de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000
Móveis de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000
Contas a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 30.000
Capital Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200.000
Lucros Acumulados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46.000
$ 276.000 $ 276.000
Pede-se:
1. Montar razonetes e lançar os saldos a partir de 1 de outubro.
2. Preparar lançamentos de diário para registrar cada uma das transações acima.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 105
Pede-se:
Registre os lançamentos para cada transação. (Arredonde as quantias para a unidade mone-
tária inteira mais próxima.)
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,35
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,15
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,20
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,70
A Ordem 100 produziu 10.000 gigantes de plástico, dos quais 600 unidades foram dani-
ficadas e classificadas como de segunda categoria. Produtos de segunda categoria são vendidos
para lojas de departamentos por $ 0,50 cada.
Pede-se:
1. Supondo que a perda resultante dos produtos danificados será distribuída para todas as
ordens produzidas durante o período atual, use lançamentos de diário geral para (a) re-
gistrar os custos de produção, (b) colocar os produtos danificados no estoque e (c) regis-
trar a venda das unidades danificadas em dinheiro.
2. Supondo que a perda resultante dos produtos danificados será debitada na Ordem
100, use lançamentos de diário geral para (a) registrar os custos de produção, (b) colo-
car os produtos danificados no estoque e (c) registrar a venda das unidades danificadas
em dinheiro.
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 117
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 300
Ao final da inspeção, a Reinsdorf descobriu que 33 dos motores não satisfaziam as especi-
ficações exatas estabelecidas pelo cliente. Um exame indicou que 15 dos motores não tinham con-
serto e que deveriam ser vendidos como produtos danificados por $ 75 cada. Os outros 18 moto-
res, embora defeituosos, podiam ser recondicionados como unidades de primeira qualidade com
a adição de $ 1.650 de materiais, $ 1.500 de mão-de-obra e $ 1.200 de CIF.
Pede-se:
Prepare os lançamentos de diário para registrar o seguinte:
1. O refugo (sucata) das 15 unidades, com uma receita dos produtos danificados tratada
como uma redução no custo de manufatura da ordem específica.
2. A correção das 18 unidades defeituosas, com custo adicional debitado à ordem específica.
3. O custo adicional de reposição de 15 motores danificados por novos motores.
4. A venda dos motores danificados por $ 75 cada.
Capítulo 2 • CONTABILIDADE PARA MATERIAIS • 107
A Fixações Spencer produz 50.000 unidades por dia e o número médio de unidades em
processamento é de 200.000. A porcentagem média anual de custo de manter estoques é de
20%, e o valor médio de produtos em processo é de $ 1.000.000.
Pede-se:
1. Determine o tempo de processamento.
2. Calcule os custos anuais de manter estoques.
3. Se a mesma produção diária pode ser alcançada enquanto se reduz o estoque de produ-
tos em processo em 50%, determine o novo tempo de processamento.
4. O que aconteceu com a velocidade de produção na parte 3?
5. Calcule os custos anuais de manter estoques para a parte 3.
A Companhia Crumm usa custeio retrocedido para contabilizar os seus custos de manufatu-
ra. Os pontos gatilho para registrar transações no estoque são a compra de materiais e a venda
de produtos acabados.
Pede-se:
Prepare lançamentos de diário, se necessário, para contabilizar as seguintes transações:
a. Comprou matérias-primas a prazo, $ 150.000.
b. Requisitou matérias-primas para produção, $ 150.000.
c. Distribuiu custos de mão-de-obra direta, $ 25.000.
d. Incorreu em CIF, $ 100.000. (Use Créditos Diversos para a parte de crédito do lança-
mento.)
e. Custo de produtos acabados, $ 275.000.
f. Produtos acabados vendidos por $ 400.000, a prazo.
3
Contabilidade da Mão-de-Obra
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. O registro das horas trabalhadas ou a quantidade de produção por empregado no total, e por
ordem, processo ou departamento.
2. Análise das horas trabalhadas por empregados para determinar como o tempo deve ser debi-
tado.
3. O débito dos custos da folha de pagamento para as ordens, processos, departamentos e con-
tas de custos indiretos de fabricação.
4. Preparar a folha de pagamento, que envolve calcular e registrar os rendimentos brutos dos
empregados, encargos sociais e deduções, e o rendimento líquido.
PLANOS DE REMUNERAÇÃO
Objetivo de Aprendizagem 1
Distinguir entre as características de planos salariais por hora e por peça.
Salários de empregados são baseados nos planos que foram estabelecidos pela administra-
ção, aprovados por sindicatos, se estiverem presentes, e que cumprem com os regulamentos de
agências governamentais. Um fabricante pode ter muitas variações de planos salariais. Este capí-
tulo cobre os planos salariais que são encontrados com mais freqüência, incluindo taxas por ho-
ra, por peça e planos salariais modificados.
Um plano de taxa por hora estabelece uma taxa definida por hora para cada empregado. O sa-
lário de um empregado é calculado pela multiplicação do número de horas trabalhadas no perío-
do de folha de pagamento pela taxa estabelecida por hora. O plano de taxa por hora é ampla-
mente usado e é simples de aplicar. Críticos argumentam que ele não oferece nenhum incentivo
para o empregado manter ou atingir um alto nível de produtividade. Um empregado é pago me-
ramente por “estar à disposição” por um período estabelecido de tempo. O plano não dá ne-
nhum reconhecimento ou prêmio extra por fazer mais do que o mínimo exigido para a posição.
Proponentes do plano argumentam que já que a produtividade não é um fator importante para
este plano, os empregados não serão tentados a sacrificar a qualidade do produto ao aumentar a
velocidade de produção para ganhar um salário mais alto.
Para ilustrar o plano de taxa por hora, suponha que um empregado ganha $ 10 por hora e traba-
lha 40 horas por semana. A renda bruta do empregado deve ser de $ 400 (40 ⫻ $ 10 por hora).
Uma empresa que dá alta prioridade à quantidade produzida para cada trabalhador deve consi-
derar o uso de um plano de incentivo salarial, como o plano de taxa por peça, que baseia
a renda na quantidade de produção do empregado. Para ilustrar, suponha que um operador de
máquina ganhará $ 0,20 para cada peça acabada. Se o operador terminar 2.200 peças em uma se-
mana, ele ganhará $ 440 ($ 0,20 ⫻ 2.200 peças). O plano oferece um incentivo para os emprega-
dos realizarem um alto nível de produção, assim maximizando sua renda e também aumentando
as receitas da empresa. No entanto, uma deficiência séria desse tipo de plano é que ele pode en-
110 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
corajar o empregado a sacrificar a qualidade para poder maximizar os seus rendimentos, a não
ser que o plano esteja baseado somente em unidades boas. Além disso, taxas por peça não são
apropriadas se as máquinas controlam a velocidade de produção.
Os planos salariais modificados combinam algumas das características dos planos da ta-
xa por hora e da taxa por peça. Um exemplo de plano salarial modificado seria o de estabelecer
um salário mínimo por hora que será pago pela empresa mesmo se um empregado não atingir
uma cota estabelecida da produção. Se a cota estabelecida for excedida, um pagamento adicio-
nal por peça será somado ao nível mínimo de rendimento. Este tipo de plano dirige a atenção da
administração ao empregado que é incapaz de satisfazer as cotas estabelecidas.
Negociações entre a mão-de-obra e a administração criam muitas variações dos planos por
hora e por peça. Essas variações ocorrem porque a administração deseja minimizar os custos e
maximizar os lucros, enquanto a mão-de-obra tenta maximizar a renda do empregado.
Para ilustrar um plano salarial modificado, suponha que um empregado ganha $ 10 por ho-
ra por até 100 unidades de produção por dia. O empregado que produz mais de 100 unidades
por dia receberá uma taxa por peça adicional de $ 0,80 por unidade [($ 10 ⫻ 8 horas)/100 unida-
des]. Quando o empregado produzir menos do que 100 unidades, a diferença, muitas vezes cha-
mada de composição garantida, será cobrada de Custos Indiretos de Fabricação em vez de
Produtos em Processo, porque representa um custo de produção ineficiente, em vez de um cus-
to necessário dos serviços processados.
Suponha que a produção e a renda semanal de um empregado seja como a seguir:
Seg. 8 120 $ 80 $ 96 $ 96
Ter. 8 90 80 72 $8 80
Qua. 8 80 80 64 16 80
Qui. 8 110 80 88 88
Sex. 8 80 80 64 16 80
40 $ 400 $ 384 $ 40 $ 424
O empregado ganhou $ 384 com base na taxa por peça, mas a garantia diária de $ 80 por
dia compensou os dias em que o empregado não conseguiu atingir a cota. Uma composição ga-
rantida de $ 40 é debitada em Custos Indiretos de Fabricação porque o empregado não satisfez
a cota na Terça-feira ($ 8), Quarta-feira ($ 16), e Sexta-feira ($ 16). A distribuição da folha de pa-
gamento para a semana seria como a seguir:
Um cartão de ponto é fornecido para cada empregado da empresa que precisa usar um
relógio de ponto. O cartão fornece um registro da quantidade total de horas que o empregado
passa na fábrica. O cartão pré-impresso contém informações como o nome do empregado, o nú-
mero do CPF, o número do departamento, o número do relógio e a semana ou o período de pa-
gamento. O cartão completado mostra a hora que um empregado começou e parou de trabalhar
em cada dia, e o total de horas normais e extras que ele teve para o período. O número do reló-
gio também identifica o empregado nos registros de folha de pagamento. A Figura 3-1 mostra
um exemplo de cartão de ponto.
112 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Uma empresa de Missouri que emprega aproximadamente 180 operários, e que fa-
brica caixas de papelão corrugado, contêineres de embarque, embalagens internas e mos-
tradores ilustra como o compartilhamento dos ganhos funciona na prática. Sob a pressão
dos clientes de um fabricante de equipamento original (FEO) para abaixar os preços, o
produtor de caixas foi forçado a empurrar a sua força de trabalho para uma produtividade
mais alta para poder cortar custos unitários, assim permitindo preços mais baixos.
O projeto de compartilhamento dos ganhos começou com um exame dos registros
de produção da empresa durante os últimos dois anos. Essa análise profunda descobriu
que os custos de mão-de-obra (incluindo supervisão, engenharia da fábrica, programação
e toda a mão-de-obra indireta) pairavam em torno de 37% do custo total. Quer dizer, para
cada $ 1 milhão de produtos corrugados, $ 370.000 iam para despesas relacionadas a mão-
de-obra. O objetivo era cortar esses custos.
Com um pouco de ajuda de peritos, a empresa foi em frente e projetou uma fórmu-
la para premiar a força de trabalho por conseguir abaixar os custos de mão-de-obra. A fór-
mula envolvida convenceu os trabalhadores de que se eles trabalhassem mais duro, mais
inteligentemente, mais organizados e com mais cuidado, reduzindo os custos de mão-
de-obra (digamos) para $ 300.000, as economias seriam de $ 70.000 sobre o próximo $ 1
milhão de rodada de produção. A economia (ganhos) naquele período seria compartilha-
da por igual: $ 35.000 para os trabalhadores, com um bônus de $ 194,44 para cada empre-
gado, e uma economia de $ 35.000 para a empresa. Os bônus dos empregados estavam
além da taxa salarial normal.
O padrão de produtividade foi estabelecido por uma investigação cuidadosa de ex-
periências passadas, mostrando quantas horas eram necessárias para a combinação de
produção média com volume de produção (boa). Um típico período básico foi escolhido
para servir como padrão. O fato de que experiências passadas envolveram uma combina-
ção de produtos corrugados, contêineres e mostradores que não duplicavam exatamente
a série atual de produção de produtos corrugados, não apresentava nenhum problema.
Os registros mostravam que a combinação se mantinha relativamente constante. Os ele-
mentos em comum – horas trabalhadas pela equipe ou unidades monetárias despendidas
em mão-de-obra – podiam ser extraídos e ainda servir como padrão.
Woodruff Imberman, “Is Gainsharing the Wave of the Future?” Management Accounting (nov. 1995), p. 35-9.
Cada entrada da fábrica pode ser uma estação de cartão de ponto com relógios de ponto e
um porta-cartões para cartões de ponto para os empregados designados para aquela entrada. O
cartão de ponto deve mostrar o horário de entrada e saída de cada empregado. Atualmente, re-
gistradores automáticos de tempo e cartões de ponto estão sendo substituídos por tecnologia
de códigos de barras. Códigos de barras são símbolos que podem ser processados eletronica-
mente para identificar números, letras, ou caracteres especiais. Cada empregado recebe um car-
tão de identificação com um código de barras que é lido por escaneadores óticos (coletores
eletrônicos) posicionados nas entradas das fábricas, assim registrando os horários de entrada e
saída no banco de dados do computador.
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 113
Nome:
CPF:
Núm. do Departamento: 04 Núm. do Relógio: 2316
Semana Encerrada em: 16/02
Autorizado: Sé da Zilva
Dia Entrada Saída Entrada Saída Total Apenas para
uso da folha de
pagamento
Seg.
Ter.
Qua.
Qui.
Sex.
Sáb.
Dom.
Normais Taxa Normais Horas Total
15,00/hora 39,5/hora 592,50
Extras Extras
Data: 14/02
Assinado:
Empregado
Aprovado:
Supervisor
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 115
Depois que os cartões de ponto e registros de tempo foram comparados, os cartões são
devolvidos para os porta-cartões e os registros de tempo são encaminhados para a folha de pa-
gamento. As taxas de pagamento são lançadas e a renda bruta do empregado é computada e re-
gistrada nos registros de tempo. No final da semana, os cartões de ponto são removidos dos por-
ta-cartões, e o total de horas trabalhadas pelo empregado é computado e registrado. Os cartões
são então enviados para a folha de pagamento onde a taxa de pagamento e a renda bruta são re-
gistradas nos cartões de ponto e nos registros de folha de pagamento. Então, os cartões são ar-
quivados pelo nome ou número do empregado.
Relatórios de produção individual são usados em vez de registros de tempo quando os
custos de mão-de-obra são computados usando taxas por peças. Para cada empregado, um rela-
tório diário é preparado, mostrando as tarefas de trabalho por número de serviço, ou tipo de tra-
balho executado, e o número total de unidades acabadas. Depois da aprovação do supervisor, o
relatório é enviado para a folha de pagamento para computar a renda.
RENDIMENTOS
• CONTABILIDADE DE CUSTOS
Rendimentos Base de Encargos Sociais Imposto de Renda** Número do Cheque Total do Cheque
Cálculo – INSS do INSS*
Federal Estadual Municipal Seguro de Saúde Outras
** N. do R. Os encargos sociais recolhidos ao INSS, no Brasil, correspondem aos Impostos Relativos à Seguridade Social, nos Estados Unidos, denominados de FICA – Federal Insuran-
ce Contributions Act.
** N. do R. No Brasil, o Imposto de Renda é apenas Federal.
FIigura 3-5 Registro de renda dos empregados
16/02/20 – –
Estado Civil: S Número de Dependentes: 1 Sexo: M Departamento: Oficina de Retificação Cargo: Operador Data de Nascimento: 04/04/47
1 05/01 14,40 40 576,00 576,00 43,20 86,40 28,80 5,76 40,00 7971 371,84
7 16/02 15,00 39,5 592,50 592,50 47,40 88,88 29,62 5,93 40,00 8443 380,67
Total Trimestre 4096,00 306,00 4402,00 330,15 660,30 220,10 44,02 280,00 50,00 2817,43
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA •
117
118 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Nas raras ocasiões em que os pagamentos aos empregados são feitos em dinheiro, um che-
que é descontado para a quantia total da renda líquida. O dinheiro é então dividido em quantias
ganhas por empregado individual. Essas quantias em dinheiro são colocadas em envelopes e dis-
tribuídas aos empregados. O recibo ou a assinatura do empregado é o reconhecimento de que
foi pago e quitado. Hoje em dia, muitos empregadores permitem que os empregados autorizem
o depósito eletrônico direto de sua renda líquida nas suas contas correntes.***
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-10; Exercícios 3-1 a
3-3; e Problema 3-1.
Para todos os empregados horistas normais, as horas trabalhadas devem ser registradas em
um registro de tempo ou em um relatório individual de produção. Os registros de tempo e rela-
tórios de produção são enviados diariamente para a folha de pagamento. O departamento da fo-
lha de pagamento coloca as taxas de pagamento e a renda bruta e envia os relatórios para a con-
tabilidade. Os contadores de custos separam os registros de tempo e os relatórios de produção,
e debitam os custos de mão-de-obra às ordens e departamentos apropriados, bem como aos
custos indiretos de fabricação. Essa análise dos custos da mão-de-obra é registrada em um resu-
mo dos custos de mão-de-obra (Figura 3-6) no razão de custos por ordem, e no razão de cus-
tos indiretos de fabricação.
*** N. do R. A rigor, o crédito em conta bancária por depósito comprova o pagamento ao empregado. Mas a Legislação exige
que a empresa mantenha em registros a quitação como comprovante, que são os Recibos de Pagamento. O comprovante
de depósito em conta bancária é aceito como comprovante de quitação segundo o artigo 464 da CLT, parágrafo único,
acrescentado pela lei 9.528/97.
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 119
Débito Débito
Produtos em Processo Custos indiretos de Crédito
Data (Mão-de-obra direta fabricação (Mão-de-obra Folha de Pagamento
— horas normais) indireta e prêmio (Total)
por horas extras)
A análise acima mostra que a taxa normal de pagamento foi usada para debitar Produtos em
Processo pelo custo da mão-de-obra direta de $ 120. A taxa adicional foi usada para calcular o
custo de $ 20 pelas horas extras, que foi debitado em CIF. Como o débito do prêmio por horas
extras é para a conta de CIF, todas as ordens processadas durante o período recebem o custo
dos prêmios sobre horas extras pago. Se o contrato por ordem estipulasse que era um pedido de
urgência e os prêmios por horas extras resultassem das limitações de tempo no contrato, seria
apropriado debitar o prêmio pago à ordem específica processada durante o período de horas ex-
tras, em vez de para uma conta de CIF.
base salarial sujeita à FICA e a taxa percentual de contribuição a ser cobrada. Por exemplo, em
1980, a taxa de contribuição para o empregador era de 6,13%, e a base salarial era de $ 25.900. Pa-
ra 1997, a taxa de contribuição FICA era de 7,65% sobre os primeiros $ 65.400 em renda anual;
renda acima dos $ 65.400 era taxada a 1,45% para o programa de Medicare. (Devido à incerteza
que cerca tanto a taxa quanto a base salarial, uma taxa arbitrária de impostos FICA de 8% será
aplicada aos primeiros $ 70.000 de renda em todas as discussões, exemplos e problemas neste li-
vro. Rendas acima dos $ 70.000 não serão taxadas. A taxa e base salarial arbitrárias que foram es-
colhidas irão simplificar os cálculos de contribuições relativas à FICA, mas não são um prognós-
tico de legislação futura que pode alterar o sistema de previdência social).****
A Lei Federal do Imposto para Seguro Desemprego (FUTA – Federal Unemploy-
ment Tax Act) exige que os empregadores paguem uma taxa estabelecida de contribuições so-
bre salários e ordenados para fornecer compensação aos empregados caso sejam demitidos de
seus empregos normais. Para 1998, os empregadores estavam sujeitos a uma contribuição de
6,2%, que pode ser reduzida para 0,8% como crédito por um imposto estadual para seguro de-
semprego, sobre os primeiros $ 7.000 de salários e ordenados pagos a cada empregado durante
o ano civil.
No entanto, na verdade, benefícios de desemprego são pagos por estados individuais e não
pelo governo federal. Desde 1998, a máxima taxa estadual reconhecida pelo sistema federal de
seguro desemprego era de 5,4% sobre os primeiros $ 7.000 de renda anual de cada empregado,
destinada ao governo estadual a fim de acumular fundos para pagar por compensação de desem-
prego. Cada estado tem as suas próprias leis sobre impostos para o seguro desemprego, embo-
ra tais leis precisem estar em conformidade com certos requisitos estabelecidos sob a FUTA. As
taxas de impostos e as bases salariais variam entre os estados, e a quantia real de impostos fede-
rais e estaduais para o seguro desemprego que são pagos depende de diversos fatores, incluin-
do uma taxa de experiência para um empregador que fornece emprego estável que pode resul-
tar em uma taxa estadual substancialmente abaixo do máximo de 5,4%. (Devido à variação entre
os estados, e devido ao fato de os impostos FUTA serem sujeitos a emendas, os exemplos, exer-
cícios e problemas neste livro irão supor uma taxa de 4% para os impostos estaduais e uma taxa
de 1% para os impostos federais. Essas taxas de imposto serão aplicadas aos primeiros $ 8.000 de
renda anual de um empregado.
Os impostos sobre a folha de pagamento do empregador são diretamente relacionados
aos custos da mão-de-obra direta e da mão-de-obra indireta, e teoricamente devem ser debita-
dos nessas categorias de custos de mão-de-obra. No entanto, devido à despesa e ao tempo adi-
cional que tais alocações exigiriam, normalmente é mais prático registrar todos os impostos da
folha de pagamento relacionados à fábrica como custos indiretos de fabricação. O lançamento
para registrar os impostos da folha de pagamento para a folha de pagamento na Figura 3-4, su-
pondo que nenhum empregado excedeu o máximo para impostos para o seguro desemprego,
seria o seguinte:
A Companhia de Manufatura Morton paga os seus empregados a cada duas semanas. Se-
gunda-feira, dia 1 de maio, é o início de um novo período da folha de pagamento. A empresa
mantém os seguintes registros:
Caixa
Produtos em Processo
Salários a Pagar
Encargos Sociais (FICA) (INSS) a Pagar
Imposto de Renda Retido na Fonte a Recolher
Seguro Desemprego Federal (FUTA) a Pagar
Seguro Desemprego Estadual (SUTA) a Pagar
Prêmios de Seguro de Saúde a Pagar
Folha de Pagamento
Custos Indiretos de Fabricação
Salários de Vendas
Salários Administrativos
Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento – Salários de Vendas
Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento – Salários Administrativos
Para registrar o pagamento da renda líquida aos empregados, o seguinte lançamento preci-
sa ser feito:
(B) D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.050
C – Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102.050
Pagamento da folha de pagamento para o período encerrado em 14 de maio.
O seguinte resumo dos custos de mão-de-obra e resumo dos encargos sociais sobre a folha
de pagamento fornece as informações necessárias para distribuir o total da folha de pagamento
de $ 130.000 para as contas apropriadas e para registrar os encargos sociais patronais sobre a fo-
lha de pagamento para o período.
Encargos Sociais do
Total Seguro Desemprego
de Encargos
Renda INSS Federal Estadual Sobre a
Empregados Bruta 8% 1% 4% Folha
Não de Fábrica
Vendas . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 1.600 $ 200 $ 800 $ 2.600
Administrativas . . . . . . . . . . 10.000 800 100 400 1.300
$ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900
124 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Empregados da Fábrica
Mão-de-obra Direta:
Normais . . . . . . . . . . . . . $ 85.000 $ 6.800 $ 850 $ 3.400 $ 11.050
Prêmios/Horas Extras. . . . 10.000 800 100 400 1.300
Mão-de-obra Indireta . . . . . . 5.000 400 50 200 650
..................... $ 100.000 $ 8.000 $ 1.000 $ 4.000 $ 13.000
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 130.000 $ 10.400 $ 1.300 $ 5.200 $ 16.900
A seguir estão as contas do razão geral que refletem os lançamentos relacionados ao perío-
do da folha de pagamento de 1-14 de maio:
O seguinte resumo de custos de mão-de-obra e resumo dos encargos sociais sobre a folha
de pagamento fornece as informações necessárias para distribuir o total da folha de pagamento
de $ 150.000 para as contas apropriadas e para registrar os encargos sociais sobre a folha de pa-
gamento do empregador para o período.
Encargos Sociais de
Seguro Desemprego
Total de
Encargos
Sobre a
Renda INSS Federal Estadual Folha de
Empregados Bruta 8% 1% 4% Pagamento
Não de Fábrica
Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000 $ 1.600 $ 200 $ 800 $ 2.600
Administrativas . . . . . . . . . . 10.000 800 100 400 300
$ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900
Empregados de Fábrica
Mão-de-obra Direta:
Normais . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 8.000 $ 1.000 $ 4.000 $ 13.000
Prêmios/Horas Extras . . . 12.000 960 120 480 1.560
Mão-de-obra Indireta . . . . . . 8.000 640 80 320 1.040
$ 120.000 $ 9.600 $ 1.200 $ 4.800 $ 15.600
Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 150.000 $ 12.000 $ 1.500 $ 6.000 $ 19.500
Encargos Sociais de
Seguro Desemprego
Total de
Encargos
Renda INSS Federal Estadual Sobre a
Bruta 8% 1% 4% Folha de
Empregados Pagamento
não de Fábrica
Vendas. . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.000 $ 480 $ 60 $ 240 $ 780
Administrativas . . . . . . . . . . 3.000 240 30 120 390
$ 9.000 $ 720 $ 90 $ 360 $ 1.170
128 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Empregados de Fábrica
Mão-de-obra Direta:
Normais . . . . . . . . . . . . $ 30.000 $ 2.400 $ 300 $ 1.200 $ 3.900
Prêmios/Horas Extras . . . 4.000 320 40 160 520
Mão-de-obra Indireta . . . . . . 2.000 160 20 80 260
$ 36.000 $ 2.880 $ 360 $ 1.440 $ 4.680
Total. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 45.000 $ 3.600 $ 450 $ 1.800 $ 5.850
Antes das transações de junho serem registradas, o lançamento para a provisão da folha de
pagamento deve ser revertido:
A quantia ganha pelos empregados durante o período de 29-31 de maio é uma parte do to-
tal de custos e despesas para produção, vendas e administração do mês de maio. No entanto, os
empregados não serão pagos até o dia 11 de junho para o período da folha de pagamento de 29
de maio a 11 de junho. O saldo credor na conta da folha de pagamento, criado pelo lançamento
de reversão, assegurará que apenas os custos da folha de pagamento acumulados durante o pe-
ríodo de 1 de junho a 11 de junho estejam incluídos nos custos de produção de junho, despesas
de vendas e administração. As contas do razão irão parecer como as seguintes depois de conta-
bilizar todos os lançamentos acima:
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 129
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 11-17, Exercícios 3-4 a
3-11; Problemas 3-2 a 3-9.
Os custos de pensão têm origem em um acordo entre a empresa e o seu grupo de em-
pregados, pelo qual a empresa promete fornecer uma renda aos empregados depois que estes
se aposentam. A quantia dos benefícios de pensão pagos a um empregado aposentado é normal-
mente baseada no nível passado de renda do empregado e o seu tempo de serviço com a empre-
sa. Planos previdenciários sem contribuição são completamente custeados (pagos) pela
empresa. Planos previdenciários com contribuição requerem uma contribuição parcial do
empregado. Normalmente, quando um plano de pensão é iniciado, ele é retroativo e reconhece
os anos anteriores de serviço de cada empregado com a empresa.
Uma provisão básica de todos os planos é de sistematicamente provisionar, sobre o perío-
do de serviço ativo, o total do custo estimado da pensão da data inicial do plano de pensão até
a data de aposentadoria do empregado. Por exemplo, se um empregado trabalha uma semana
de 40 horas e a empresa incorrer em um custo de pensão de $ 2 por hora, a quantia do custo da
pensão que pode ser debitada do período da folha de pagamento para esse empregado é de
$ 80. Os custos de pensão relativos aos empregados da fábrica poderiam ser debitados em Des-
pesas Gerais ou Administrativas sob a premissa de que os custos de pensão são benéficos para
a empresa como um todo. No entanto, também é considerado apropriado debitar custos de
pensão diretamente para o departamento do empregado individual, ou ratear o custo das pen-
sões, usando um percentual do total da folha de pagamento, para todos os departamentos den-
tro da empresa.
GRATIFICAÇÃO
Para ilustrar a contabilidade para pagamento de gratificação, férias e feriados, suponha que
um trabalhador da fábrica, que está classificado como mão-de-obra direta, ganha $ 700 por sema-
na. Além disso, o trabalhador receberá uma gratificação de $ 1.000 no final do ano, duas semanas
de férias pagas, e cinco feriados pagos. O seguinte lançamento registra a folha de pagamento se-
manal e os custos e os passivos relativos ao pagamento da gratificação, férias e feriados como
uma despesa das 50 semanas que o empregado realmente trabalhou.
Note no exemplo acima que a conta de Custos Indiretos de Fabricação foi debitada pelo
custo da gratificação, férias e feriados. Se os benefícios indiretos dos trabalhadores tivessem
sido rastreados às ordens individuais, a conta de Produtos em Processo teria sido debitada. Se
esses benefícios tivessem sido relativos a empregados de vendas, ou empregados gerais do
escritório, as contas de Salários de Vendas e Salários Administrativos teriam sido debitadas, res-
pectivamente.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 18-22; Exercício
3-12; Problemas 3-10 e 3-11.
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 133
TERMOS-CHAVE
Pede-se:
1. Prepare os lançamentos no diário para os seguintes itens:
a. Registrar a folha de pagamento.
b. Pagar a folha de pagamento.
c. Registrar o passivo dos encargos sociais da folha de pagamento do empregador.
d. Distribuir a folha de pagamento para 16 a 31 de março.
2. Prepare os lançamentos no diário para registrar o pagamento das quantias devidas para o
mês, para FICA e retenções do imposto de renda.
Sugestões:
Leia o problema todo, cuidadosamente, mantendo em mente o que você precisa fazer:
1. Lançamentos no diário para registrar a folha de pagamento, pagar a folha de pagamento, re-
gistrar o passivo dos encargos sociais da folha de pagamento do empregador, e distribuir a fo-
lha de pagamento.
2. Lançamentos no diário para o pagamento das obrigações previdenciárias e as retenções do
imposto de renda federal.
1. a. Lançamento diário para registrar a folha de pagamento para o período de 16-31 de mar-
ço: Para determinar o montante de débito para a Folha de Pagamento, as rendas da mão-
de-obra direta, mão-de-obra indireta, vendas e administração precisam ser somadas juntas
para obter $ 10.000. Os $ 800 da FICA que devem ser retidos podem ser obtidos ao mul-
tiplicar a folha de pagamento de $ 10.000 (supondo que o salário de nenhum empregado
tenha excedido a base de $ 70.000 para o ano) pela taxa de 8%. Os $ 1.000 retidos pa-
ra o imposto de renda são determinados ao multiplicar a folha de pagamento de $ 10.000
pela porcentagem suposta de retenção de 10%. Por último, o crédito para Salários a Pagar
de $ 8.200 representa a quantia de pagamento líquido que deve aparecer nos contrache-
ques dos empregados.
D – Folha de Pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000
C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800
C – IRRF a Recolher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000
C – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200
b. Lançamento no diário para pagar a folha de pagamento: Um cheque emitido pela empre-
sa para o total de renda líquida na folha de pagamento é depositado no banco em uma
conta separada para a folha de pagamento, e cheques individuais são emitidos para os
empregados.
D – Salários a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200
C –- Bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.200
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 135
D – CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.105*
D – Despesa de Encargos Sociais sobre Folha de Pagamento
(Salários Administrativos e de Vendas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195**
C – Encargos Sociais a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800
C – FUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
C – SUTA a Pagar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400
* [0,08($ 5.100 + $ 3.400) + 0,01($ 8.500) + 0,04($ 8.500)]
** [0,08($ 1.500) + 0,01($ 1.500) + 0,04($ 1.500)]
2. Em momentos apropriados, como designado pela lei, as obrigações sociais sobre a folha de
pagamento do empregador e as retenções dos empregados precisam ser remetidas para as
autoridades apropriadas. Neste exemplo, os encargos sociais da FICA (INSS) e os impostos de
renda retidos na fonte dos empregados são remetidos mensalmente. O lançamento seria como
a seguir:
QUESTÕES
1. Qual é a diferença entre mão-de-obra dire- mal e pagamento de prêmios por horas
ta e indireta? extras?
2. Resumidamente, quais são as vantagens e 14. Manter controle interno sobre os custos da
as desvantagens de (a) o plano salarial mão-de-obra é necessário para um sistema
por hora e (b) o plano salarial por peça? de contabilidade de custos funcionar com
3. O que é um plano salarial modificado? eficácia. Quais são os procedimentos de
4. Qual é o conceito de equipes de trabalho controle interno com relação ao débito na
de produção em termos de como se rela- conta de produtos em processo e com rela-
ciona com planos de incentivo salarial? ção ao crédito na conta da folha de paga-
5. Quais são as funções dos departamentos mento no razão geral?
de controle de tempo e da folha de paga- 15. Quais contas são usadas para registrar os
mento? impostos retidos de empregados e os en-
6. Até certo ponto, espera-se que os departa- cargos sociais do empregador sobre a fo-
mentos de controle de tempo e da folha de lha de pagamento?
pagamento trabalhem independentemente 16. Quais são os procedimentos envolvidos na
um do outro. Por que essa independência contabilidade do custo da mão-de-obra, e
é importante? quais formulários de apoio são usados pa-
7. (a) Em um sistema de folha de pagamento, ra cada procedimento?
que propósito é atendido pelo cartão de 17. Quais são as fontes de dados, e os livros
ponto e registro de horas? (b) Como são de lançamento original, para cada um dos
usadas as informações registradas nos
seguintes itens?
cartões de ponto e registros de horas?
a. Registrar os ordenados e salários ga-
8. Que tecnologia está substituindo os regis- nhos durante o período da folha de pa-
tros mecânicos de horas e os cartões de gamento.
ponto na fábrica moderna? Explique.
b. Registrar os encargos sociais sobre a fo-
9. Como é que os cartões de ponto e os re- lha de pagamento que são de obriga-
gistros de horas se complementam? ção do empregador.
10. Embora os registros da folha de pagamen- 18. O que é um prêmio por turno de trabalho?
to possam variar em projeto, que tipos de
19. O que é um requerimento básico em todos
dados do empregado seriam encontrados
os planos de pensão?
nos registros da folha de pagamento na
maioria das empresas de manufatura? 20. Que tratamentos contábeis as gratifica-
11. Quais são as fontes para lançar o custo de ções, pagamentos de férias e pagamentos
mão-de-obra direta (a) para serviços indi- de feriados para os empregados da fábri-
viduais no razão do custo por ordem e (b) ca têm em comum?
para a conta de produtos em processo no 21. Sob que conjunto de circunstâncias a mão-
razão geral? de-obra direta pode ser considerada uma
12. Quais são as fontes para lançar o custo da quantia insignificante que não seria conta-
mão-de-obra indireta para a conta de bilizada como uma categoria separada de
mão-de-obra indireta no razão de custos custo?
indiretos de fabricação? 22. Quais são as duas alternativas para conta-
13. Ao contabilizar os custos de mão-de-obra, bilizar os benefícios indiretos dos trabalha-
qual é a diferença entre pagamento nor- dores diretos?
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 137
EXERCÍCIOS
OBSERVAÇÃO: Para os exercícios e problemas deste capítulo, use as seguintes taxas de en-
cargos:
FICA – Empregador e empregado, 8% sobre os primeiros $ 70.000 de renda por emprega-
do por ano civil.
Seguro Desemprego Estadual – 4% sobre os primeiros $ 8.000 de renda por empregado por
ano civil.
FUTA – 1% sobre os primeiros $ 8.000 de renda por empregado por ano civil.
Imposto de Renda Retido na Fonte – 10% da renda bruta de cada empregado, a não ser que
estipulado de outra forma.
R. King, da Companhia Royalty Manufatura, é pago a uma taxa de $ 12 por hora por um
dia de 8 horas, com hora e meia para horas extras e hora dobrada para domingos e feriados. O
emprego normal é na base de 40 horas semanais, cinco dias por semana. O dia normal de traba-
lho é das 7:00 da manhã ao meio-dia, e das 12:30 às 15:30. No final de uma semana, o cartão
de ponto mostra o seguinte:
Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a primeira se-
mana de trabalho de R. King com a Companhia Royalty de Manufatura, prepare os lançamentos
no diário para os seguintes itens:
a. A folha de pagamento para a semana.
b. Pagamento da folha.
138 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Observação: Esses lançamentos únicos no diário, aqui e no E 3-7 e E 3-8, têm o propósito
de ilustrar o princípio envolvido. Normalmente, os lançamentos seriam feitos para a folha de pa-
gamento da fábrica como um todo, mais a folha de pagamento administrativa e de vendas.
A Companhia David exige que todos os empregados da fábrica registrem a hora de chega-
da e de saída através de um relógio de ponto. A empresa opera em uma base de 40 horas, com
um acréscimo de 50% para horas extras. O dia normal de trabalho é das 8:30 às 12:00, e das
13:00 às 17:00, de segunda-feira a sexta-feira, e das 8:30 às 11:00 no sábado.
Para a segunda-feira, o cartão de ponto de um grupo de empregados é assim:
a. Compute as horas normais e as horas extras do dia para cada empregado. (Arredonde
para a meia hora mais próxima.)
b. Supondo que todos os empregados são pagos a uma taxa de $ 9,20 por hora, compute
o total de renda do dia para cada empregado.
A Companhia de Ferramentas para Máquinas Igar produz ferramentas por ordem. Durante
o mês de maio, duas ordens foram completadas, e os seguintes custos foram incorridos:
Ordem 401 Ordem 402
Materiais diretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000 $ 37.000
Mão-de-obra direta: horas normais . . . . . . . . . . . . . 18.000 23.000
prêmio por horas extras. . . . . . . . . . . . . . . . . – 6.000
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 139
Outros custos de fábrica para o mês totalizaram $ 16.800. Custos indiretos de fabricação
foram alocados da seguinte forma: um terço na Ordem 401 e dois terços na Ordem 402.
a. Descreva dois métodos alternativos para atribuir o custo do prêmio por horas extras às
Ordens 401 e 402, e explique como o método apropriado seria determinado.
b. Compute o custo da Ordem 401 e 402 sob cada um dos dois métodos descritos na par-
te a.
Um resumo parcial dos dados da folha de pagamento da Companhia Monte Carlo de Ma-
nufatura, para cada semana de junho, é como segue:
a. Compute as quantias em branco no resumo, supondo que nenhum empregado tenha che-
gado ao máximo de $ 70.000 para FICA.
b. Para cada período da folha de pagamento, prepare lançamentos para o diário para (1)
registrar a folha de pagamento e (2) registrar os pagamentos aos empregados.
A Companhia Fucia pagou salários aos seus empregados da seguinte maneira durante o
ano:
Souza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 11.400
Silva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12.700
Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000
Tanaka . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19.300
Medeiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29.200
Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32.100
Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.700
Macedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000
140 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a décima se-
mana de emprego para Souza, e os ganhos anteriores até a presente data foram de $ 7.900, pre-
pare os lançamentos no diário para os seguintes itens:
a. A folha de pagamento para a semana.
b. Pagamento da folha de pagamento.
c. Os encargos sociais da folha de pagamento do empregador.
Usando os dados sobre renda desenvolvidos no E 3-1, e supondo que esta foi a qüinqua-
gésima semana de emprego para Souza, e os ganhos anteriores até a presente data foram de
$ 69.800, prepare os lançamentos no diário para os seguintes itens:
a. A folha de pagamento para a semana.
b. Pagamento da folha.
c. Os encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador.
Um resumo semanal da folha de pagamento criado dos registros de horas mostra os seguin-
tes dados:
Horas
Empregado Classificação Taxa por Hora Normais Extras
Dantes, A. Direta $ 12 40 2
Ferreira, C. Direta 12 40 3
Lopes, J. Direta 15 40 4
Junqueira, R. Indireta 9 40
Mendes, H. Indireta 18 40
A hora extra é paga a 1,50 vezes a taxa normal de pagamento para um empregado e é dis-
tribuída para todos as ordens processadas durante o período.
a. Determine o pagamento líquido de cada empregado. Os impostos de renda retidos para
cada empregado totalizam 15% dos salários brutos.
b. Prepare lançamentos do diário para os seguintes itens:
1. Registro da folha de pagamento.
2. Pagamento da folha.
3. Distribuição da folha de pagamento. (Suponha que o prêmio por hora extra será debi-
tado em todas as ordens processadas durante o período.)
4. Os encargos sociais da folha de pagamento do empregador. (Suponha que nenhum
dos empregados tenha alcançado as bases máximas de salários para FICA e para en-
cargos de seguro desemprego.)
E 3-11 Renda dos empregados usando os métodos de taxa por hora e de taxa
por peça
Objetivos 1, 3
Maria Lúcia, uma operária de fábrica, ganha $ 1.000 por semana. Além disso, ela ganha-
rá uma gratificação de $ 4.000 no final do ano e quatro semanas de férias pagas.
Prepare o lançamento para registrar a folha de pagamento semanal e os custos e encargos
relacionados ao pagamento da gratificação e das férias, supondo que Maria Lúcia é a única em-
pregada.
PROBLEMAS
P 3-1 Computação da folha de pagamento com um gratificação de incentivo
Objetivo 1
Horas Produção
Trabalhadas (Unidades)
Segunda-feira 112 61.040
Terça-feira 112 60.032
Quarta-feira 112 60.480
Quinta-feira 112 65.632
Sexta-feira 108 57.344
Sábado 60 26.000
616 330.528
Pede-se:
1. Determine a taxa da gratificação horária e o montante total de gratificação para a semana.
2. Quais são os salários totais de L. Ribeiro, que trabalhou 40 horas a uma taxa base de $ 10 por
hora?
3. Quais são os salários totais de R. Nonato, que trabalhou 35 horas a uma taxa base de $ 14
por hora?
Um pedido de urgência por cinco conversões de furgões foi aceito pela Conversões Alta Vis-
ta. Os registros de horas e os cartões de ponto para a semana encerrada em 27 de março mostra-
ram o seguinte:
Todos os empregados são pagos a $ 10,00 por hora, exceto Filipe, que recebe $ 15 por ho-
ra. Todo o pagamento de prêmio por hora extra, exceto do Filipe, é debitado na ordem, e todos
os empregados, incluindo Filipe, recebem uma taxa de uma vez e meia pelas horas extras.
Pede-se:
1. Calcular o total da folha de pagamento e o total da renda líquida para a semana. Suponha
que é necessário fazer uma dedução de 18% para o imposto de renda federal, além das dedu-
ções para FICA. Suponha que nenhum empregado tenha alcançado os limites máximos para FI-
CA e nem para os encargos para o seguro desemprego. Horas não trabalhadas nos furgões
são tempo ocioso e não são debitadas na ordem.
144 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Encargos de Seguro
Desemprego
Total dos Encargos
Classificação de Renda FICA Imposto Imposto sobre Folha
Salários e Ordenados para o 8% Federal Estadual Cobrados do
Mês 1% 4% Empregador
Mão-de-obra direta 88.180
Mão-de-obra indireta 16.220
Encargos sociais sobre
folha de pagamento
dos salários da fábrica
Salários administrativos 12.000
Salários de vendas 11.500
Total dos encargos
sociais sobre a folha
de pagamento
Pede-se:
1. Usando o formulário acima, calcule os encargos sobre folha de pagamento para abril. Supo-
nha que nenhum dos empregados tenha alcançado os limites máximos para FICA nem para en-
cargos de seguro desemprego.
2. Supondo que os encargos sociais sobre folha de pagamento do empregador, relativos aos sa-
lários da fábrica, sejam tratados como custos indiretos de fabricação, os encargos cobrindo
os salários administrativos sejam uma despesa administrativa, e os encargos cobrindo os sa-
lários de vendas sejam uma despesa de vendas, prepare um lançamento no diário geral para
registrar as obrigações do empregador com relação aos encargos sobre a folha de pagamen-
to de abril.
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 145
P 3-4 Folha de pagamento para um sistema de salários com taxa por peça
Objetivos 1, 3
Os empregados são operadores de máquinas. As taxas por peça variam com o tipo de pro-
duto produzido. Um mínimo de $ 45 por dia é garantido a cada empregado por contrato com o
sindicato.
Pede-se:
1. Compute a renda do Celso, do Alves e do Pedro para a semana.
2. Prepare lançamentos de diário para:
a. Registrar a folha de pagamento da semana, supondo que nenhum dos empregados tenha al-
cançado o limite máximo para os encargos sociais.
b. Registrar o pagamento da folha.
c. Registrar a parte do empregador dos encargos sobre a folha de pagamento, supondo que
nenhum dos empregados tenha alcançado o limite máximo para o salário base para os en-
cargos sociais e seguro desemprego.
A renda da mão-de-obra direta totalizou $ 10.500 do dia 16 de maio até o dia 31 de maio.
A mão-de-obra indireta foi de $ 5.700, e os salários administrativos e de vendas para o mesmo
período foram de $ 3.800. Todos os salários estão sujeitos aos encargos sociais, FUTA, SUTA e re-
tenção de 10% do imposto de renda.
146 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Pede-se:
1. Preparar os lançamentos no diário para os seguintes itens:
a. Registro da folha de pagamento.
b. Pagamento da folha.
c. Registro dos encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador.
d. Distribuição dos custos da folha de pagamento para o período de 16 a 31 de maio.
2. Prepare o lançamento no diário para registrar o pagamento das quantias mensais devidas ao
FICA e retenções para o imposto de renda do mês.
3. Calcule o montante de renda total para o período de 1 a 15 de maio.
Os registros da folha de pagamento para a Corporação Souza e Filhos, para a semana en-
cerrada em 7 de outubro, a quadragésima semana do ano, mostram o seguinte:
Pede-se:
1. Complete uma planilha com os seguintes cabeçalhos:
Empregados
3 colunas para Rendimentos para a Semana:
Use uma coluna para Pagamento Normal
Use uma coluna para Pagamento de Prêmio por Hora Extra (A empresa paga uma
vez e meia por hora extra para todos os empregados abaixo do nível de supervisão.)
Use uma coluna para o Total da Semana.
Total de Renda até a Quadragésima Semana
Renda Tributável para FICA
FICA
Imposto de Renda Retido na Fonte
Renda Líquida
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 147
Pede-se:
Prepare estimativas de custo para a mão-de-obra direta e custos relacionados a mão-de-
obra, mostrando o seguinte:
1. Salários pagos a taxa normal.
2. Pagamentos de prêmios por horas extras. (Não se esqueça dos feriados quando computar as
horas normais disponíveis.)
3. Pagamentos de gratificações de incentivo.
4. Pagamentos de férias e feriados.
5. Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador (13% do total da renda, supon-
do que nenhum empregado tenha excedido os limites salariais para FICA e os encargos para
o seguro desemprego).
148 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Uma análise da folha de pagamento para o mês de novembro da Companhia Exata de Ma-
nufatura revela as informações abaixo:
Alberto, Bento e Carvalho são operários de produção, e Dante é o gerente da fábrica. Perei-
ra é o encarregado do escritório.
Renda cumulativa paga (antes das deduções) neste ano civil, antes do período encerrado em
8 de novembro para a folha de pagamento, foi como a seguir: Alberto, $ 12.000; Bento,
$ 7.800; Carvalho, $ 11.500; Dante, $ 69.400; e Pereira, $ 32.800.
Pede-se:
A solução para este problema requer os seguintes formulários, usando os cabeçalhos indi-
cados:
1. Prepare um registro de rendimento por empregado para cada um dos cinco empregados.
2. Prepare um registro de folha de pagamento para cada uma das quatro semanas.
Capítulo 3 • CONTABILIDADE DA MÃO-DE-OBRA • 149
Março 7 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 68.200, menos
as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
7 Emitiu cheque para pagamento da folha.
14 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 66.300, menos
as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
14 Emitiu cheque para pagamento da folha.
15 Registrou salários administrativos, $ 9.000, e salários de vendas, $ 17.000, me-
nos as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
15 Emitiu cheque para pagamento dos salários.
21 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 72.500, menos
as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
21 Emitiu cheque para pagamento da folha.
28 Registrou a renda total dos empregados da fábrica totalizando $ 74.200, menos
as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
28 Emitiu cheque para pagamento da folha.
31 Registrou salários administrativos, $ 9.000, e salários de vendas, $ 17.000, me-
nos as deduções para o imposto de renda dos empregados e os encargos sociais.
31 Emitiu cheque para pagamento dos salários.
31 Os ordenados e salários abaixo foram ganhos ou provisionados durante o mês
de março:
150 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Rendimentos Tributáveis
Pede-se:
1. Complete o formulário acima para mostrar os encargos sobre a folha impostos sobre o empre-
gador para o mês de março.
2. Prepare os lançamentos de diário para registrar as transações acima, incluindo a distribuição
dos custos da folha de pagamento e os encargos sobre a folha, supondo que os encargos sobre
a folha impostos sobre o empregador pelos salários de fábrica serão debitados em CIF, os encar-
gos sobre os salários administrativos serão debitados em Despesas Administrativas Diversas, e
os encargos sobre os salários de vendas serão debitados em Despesas de Vendas Diversas.
3. Suponha que os empregados da fábrica trabalharam nos dias 29, 30 e 31 de março. Qual foi
a quantia de salários provisionados no dia 31 de março?
A Companhia de Manufatura Ciclopes usa um sistema de custo por ordem para custear os
seus produtos. Recentemente, ela assinou um novo contrato coletivo de trabalho com o sindicato
que pede por uma vez e meia para todo trabalho acima de 40 horas por semana, e o dobro pa-
ra sábados e domingos. Além disso, uma gratificação de 1% sobre a renda anual dos emprega-
dos deve ser paga aos empregados no final do ano fiscal. O controller, o gerente da fábrica e o
gerente de vendas discordam sobre como os pagamentos por horas extras e gratificações devem
ser alocados.
Um exame da folha de pagamento do primeiro mês sob as provisões do novo contrato cole-
tivo de trabalho mostra o seguinte:
Mão-de-obra direta:
Normal – 40.200 horas a $ 10 . . . . . . . . . . . . . . . $ 402.000
Horas extras:
Dias da semana – 1.700 horas a $ 15 . . . . . . . . $ 25.500
Sábados – 400 horas a $ 20 . . . . . . . . . . . . . . 8.000
Domingos – 300 horas a $ 20. . . . . . . . . . . . . . 6.000 39.500
Mão-de-obra indireta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.800
$ 456.300
Pede-se:
ANEXO A:
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE CUSTOS
A Contabilidade de Custos, no Brasil, em nível societário, é muito influenciada pela legisla-
ção. A legislação orientadora corresponde a:
● Constituição Federal de 1988, artigos 145 a 162, 201 a 204
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
odos os custos incorridos na fábrica, que não são diretamente identificáveis ao produto
T acabado, são chamados de Custos Indiretos de Fabricação (CIF). Esses custos opera-
cionais da fábrica não podem ser rastreados para uma unidade específica de produção.
Uma variedade de outros termos já foram usados para descrever esse tipo de custo, como custos
indiretos, despesas indiretas, custos indiretos de manufatura ou despesas indiretas de fabricação.
Um método para determinar se uma despesa de fábrica é um item de custos indiretos de
fabricação, é o de comparar a despesa com os padrões de classificação estabelecidos para custos
de materiais diretos e mão-de-obra direta. Se a despesa não pode ser debitada de qualquer des-
tas duas contas “diretas” de fábrica, ela é classificada como um custo indireto de fabricação. As-
154 • CONTABILIDADE DE CUSTO
sim, todas as despesas indiretas de fábrica são itens de custos indiretos de fabricação.
Geralmente, contas de custos indiretos de fabricação incluem (1) materiais indiretos consumi-
dos na fábrica, como materiais de limpeza e lubrificantes que são necessários para a produção;
(2) mão-de-obra indireta da fábrica, como os salários de zeladores, operadores de empilhadeiras
e supervisores; e prêmios por horas extras pagos a todos os trabalhadores da fábrica; e (3) outras
despesas indiretas de fabricação, como aluguel, seguro, impostos prediais, depreciação, aqueci-
mento, iluminação e energia.
A contabilidade para custos indiretos de fabricação envolve os seguintes procedimentos:
Materiais diretos e mão-de-obra direta são classificados como custos variáveis. Custos
variáveis são custos que variam em proporção direta com mudanças no volume. Em contraste,
existem os custos que permanecem iguais, no total, quando os níveis de produção aumentam ou
diminuem. Esse custos constantes são chamados de custos fixos. Custos semivariáveis têm
características de custos variáveis e de custos fixos. Às vezes, são chamados de custos mistos ou
semifixos.
Despesas indiretas de fabricação incluem custos que podem ser classificados como variá-
veis, fixos, ou semivariáveis. Portanto, custos indiretos de fabricação criam um problema difícil
para a maioria das empresas porque precisam prever custos que serão incorridos em vários
níveis de produção. Os custos indiretos de fabricação que se comportam como o custo de mate-
riais diretos e custos de mão-de-obra direta são considerados custos variáveis e são prontamen-
te previsíveis porque aumentam ou diminuem na mesma proporção que as mudanças no volu-
me de produção. Os custos indiretos de fabricação que são considerados fixos permanecem
constantes quando a produção varia; portanto, também são considerados previsíveis. Os custos
indiretos de fabricação que são semivariáveis requerem uma análise e uma atenção adicional
porque não são tão prontamente previsíveis. Em muitas empresas, custos semivariáveis consti-
tuem parte substancial das despesas de custos indiretos de fabricação, e o método usado para
prever esses custos precisa ser cuidadosamente escolhido.
A Figura 4-1 mostra os padrões básicos de custos indiretos de fabricação quando existem
mudanças de volume. Exemplos de custos indiretos de fabricação variáveis, fixos e semivariáveis
incluem os seguintes:
A composição dos diferentes custos indiretos de fabricação semivariáveis faz com que a
previsão de uma quantia específica de custo para um dado nível de produção seja um grande
desafio. Técnicas matemáticas podem ser usadas para estabelecer componentes fixos e variáveis
que compõem os custos semivariáveis e, até certo ponto, tirar um pouco da incerteza.
Muitas técnicas e teorias diferentes existem com relação à previsão de eventos futuros. A
maioria das técnicas matemáticas tenta estabelecer um padrão das evidências históricas
disponíveis e depois usam esse padrão como um modelo para prever resultados futuros. Se a
história se repetir, o modelo irá simular os eventos futuros de forma satisfatória e as previsões
serão benéficas para o processo de tomada de decisão.
156 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
MÉTODO OBSERVACIONAL
MÉTODO ALTO-BAIXO
A depreciação é um custo fixo que permaneceu inalterado, no total, com o dobro de pro-
dução. Suprimentos de fábrica é um custo variável que dobrou no total quando a produção
dobrou. No entanto, os custos de inspeção nem eram fixos nem mudaram em proporção ao
volume. Ao usar a técnica alto-baixo, parte do custo de inspeção será determinado como sendo
variável, e a parte restante como sendo fixa:
Custo Variável:
Unidades Custos
Volume alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 $ 5.000
Volume baixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 3.000
Diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000 $ 2.000
Custo variável por unidade ($ 2.000/1.000 unidades) = $ 2
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 157
Custo Fixo
1.000 Unidades 2.000 Unidades
Custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000 $ 5.000
Variável a $ 2 por unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 4.000
Custo fixo (restante) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000 $ 1.000
Custos de inspeção para vários níveis de produção podem ser estimados usando a seguin-
te fórmula:
Suponha que a administração deseja estimar os custos indiretos de fabricação totais para
um mês a um nível de produção de 4.000 unidades. Usando os dados acima, e a fórmula para o
custo semivariável, os custos indiretos de fabricação projetados para o mês seriam de $ 15.000,
computados da seguinte maneira:
Depreciação (fixo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... . . . $ 2.000
Custos de inspeção (semivariável, $ 1.000 + $ 2(4.000) . . ....... . . . 9.000
Suprimentos de fábrica (variável, $ 1 ⫻ 4.000)) . . . . . . . . ....... . . . 4.000
Total de custos indiretos de fabricação estimado para 4.000 unidades . . . $ 15.000
O método do gráfico de dispersão estima uma linha reta ao longo da qual os custos
semivariáveis estarão dispostos. O custo analisado é traçado no eixo das ordenadas (eixo y) do
gráfico, e o nível de atividade, como as horas de mão-de-obra direta, ou horas-máquina, é plota-
do no eixo das abscissas. Depois que as observações dos dados de custo e produção são plota-
dos no gráfico, uma linha é desenhada, através de inspeção visual, representando a tendência
mostrada pela maioria dos pontos dos dados. Normalmente, um número igual de pontos cai
acima e abaixo da linha. O ponto onde a linha reta cruza o eixo das ordenadas representa o total
dos custos fixos. O custo variável por unidade é computado ao subtrair os custos fixos dos cus-
tos totais em qualquer ponto no gráfico e depois dividir pelo nível de volume para aquele ponto,
lido do eixo das abscissas.
Os seguintes dados serão usados para ilustrar a determinação dos componentes fixos e
variáveis do custo de inspeção, usando dados de custos e de produção dos últimos seis meses:
Custo Total
$ 5.000
$ 4.000
$ 3.000
$ 2.500
$ 2.000
$ 1.000
Unidades Produzidas
A Figura 4-2 mostra o gráfico de dispersão desses dados. Uma linha é visualmente encaixa-
da nesses dados ao posicionar uma régua até que esta esteja sobre, ou próximo de, todos os da-
dos, com um número igual de pontos acima e abaixo da linha. (O fato de que mais de uma linha
assim pode ser traçada é uma das limitações explicadas abaixo.) A linha de custos na Figura 4-2
cruza o eixo das ordenadas no nível de $ 2.500. Essa é a estimativa da parte dos custos fixos reti-
rada do custo semivariável. Subtraia o custo fixo do custo total para qualquer nível de volume a
fim de determinar o total do custo variável naquele nível. Por exemplo, o total do custo variável
para um nível de volume de 1.500 unidades é de $ 4.050 – $ 2.500 = $ 1.550. Então, o custo variá-
vel por unidade seria de $ 1,03 ($ 1.550/1.500 unidades).
nicas de previsão. O uso de técnicas matemáticas não assegura uma previsão acurada. A exatidão
de uma previsão depende muito da validade dos dados usados com o método escolhido.
A análise de custos é mais útil para a tomada de decisão quando todos os custos estão
segregados em duas categorias: variáveis e fixos. Portanto, os custos semivariáveis devem ser
analisados e subdivididos nas duas categorias. O método alto-baixo baseia a sua solução em duas
observações e supõe que todos os outros relacionamentos não analisados cairão ao longo de
uma linha reta entre essas observações selecionadas. Uma suposição desse tipo pode provar ser
altamente irreal porque as duas observações usadas podem não ser representativas do grupo do
qual os dados foram escolhidos. O método pode ser considerado confiável, no entanto, se pares
adicionais dos dados são analisados e os resultados se aproximam dos obtidos nas primeiras
observações.
O método do gráfico de dispersão é uma melhoria sobre o método alto-baixo porque usa
todos os dados disponíveis. Além disso, a inspeção visual do gráfico permite que pontos de da-
dos não representativos, chamados de circundantes, sejam identificados. A principal desvanta-
gem do método do gráfico de dispersão é que a linha de custos é traçada através dos pontos de
dados baseada na inspeção visual em vez de em técnicas matemáticas. Técnicas mais sofisticadas
para determinar matematicamente uma linha de melhor encaixe através de um conjunto de pon-
tos plotados vão além do escopo deste livro.
Os dois métodos enfatizam a importância do relacionamento entre os fatores de custo e
volume; no entanto, muitos outros fatores podem afetar o comportamento de custo e não de-
vem ser ignorados. Por exemplo, deve-se dar consideração também às mudanças de preços e às
mudanças na tecnologia. Generalizações sobre modelos de custo devem ser evitadas porque
apenas poucos custos têm características inerentes. Políticas administrativas influenciam direta-
mente a maioria dos custos.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-7; Exercícios 4-1 a
4-3; Problemas 4-1 a 4-3.
por unidade, e os CIF fixos totalizam $ 50.000. Para esses volumes, os custos orçados são como
os seguintes:
10.000 20.000 40.000
................................ Unidades Unidades Unidades
Custo variável a $ 5 por unidade . . . . . . . . . $ 50.000 $ 100.000 $ 200.000
Custo fixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000 50.000 50.000
Total de CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 $ 150.000 $ 250.000
Com o aumento de volume, os custos indiretos de fabricação por unidade diminuem por-
que o custo fixo total ($ 50.000) é distribuído sobre um número maior de unidades. Por exem-
plo, o custo fixo por unidade adicionará $ 5 ao custo por unidade ($ 50.000/10.000 unidades) no
nível de 10.000 unidades, mas apenas $ 1,25 ($ 50.000/40.000 unidades) quando 40.000 unidades
são produzidas. O custo variável permanece constante a $ 5 por unidade em toda a amplitude da
produção.
A elaboração de orçamentos é uma ferramenta valiosa para a administração no planejamen-
to e controle de custos. Um orçamento flexível ajuda a administração a estabelecer metas realis-
tas de produção e a comparar os custos reais com os custos orçados (planejados).
Em vez de expandir o razão de custos indiretos de fabricação para incluir uma conta sepa-
rada para a parte de cada departamento das diversas despesas, folhas de análise dos custos
indiretos de fabricação podem ser usadas para manter um registro subsidiário das despesas
indiretas de fabricação. Uma folha separada de análise pode ser usada para registrar cada tipo de
despesa, com colunas individuais para a classificação departamental da despesa. Como alternati-
va, uma folha separada de análise pode ser usada para cada departamento, com colunas indivi-
duais para a classificação da despesa.
* N. do R. Também denominado área de responsabilidade quando se estuda a Contabilidade por Responsabilidade para
efeito de orçamento e accountability no sentido de prestação de contas por decisões gerenciais. É a unidade mínima adminis-
trativa em que se presume haja um responsável por ela, algumas vezes tratada como centro de custos, que é a mínima unidade
de acumulação de custos indiretos de febricação.
162 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Figura 4-3 mostra um exemplo de folha de análise usada para manter registros individuais
para cada tipo de despesa indireta de fabricação. A folha de análise por tipo de despesa for-
nece uma coluna para quantias separadas para cada departamento, tornando possível a distribui-
ção dos débitos entre os departamentos enquanto as despesas são registradas. Cada coluna
representa um departamento; portanto, cada folha de análise substitui tantas contas separadas
quantos departamentos existem na fábrica. Na Figura 4-3, que ilustra a distribuição de um mês
de depreciação para os departamentos, o custo de depreciação atribuível aos vários departa-
mentos foi determinado ao multiplicar a valorização da fábrica e do equipamento em cada
departamento (A: $ 36.000; B: $ 24.000; C: $ 18.000; D: $ 60.000) pela taxa anual de depreciação
(10%) aplicável à propriedade. A depreciação mensal estimada (1/12 da depreciação anual) foi
registrada no diário geral e se tornou a fonte do lançamento para a folha de análise.
A folha de análise por tipo de departamento na Figura 4-4 fornece uma coluna sepa-
rada de quantias para cada tipo de despesa. Isso torna possível a distribuição de despesas basea-
da em departamentos, enquanto estão sendo registrados. Cada coluna representa uma despesa
diferente. Portanto, cada folha de análise substitui tantas contas separadas quantos forem os
tipos de despesas na fábrica. A Figura 4-4 mostra todas as despesas incorridas para o Departa-
mento A durante janeiro. Somente os totais são lançados. Despesas são lançadas dos livros de
lançamento original no todo, ou a partir da data em que foram incorridas. As despesas fixas são
lançadas de um diário geral no final do mês.
Folhas de análise dos custos indiretos, por despesa e por departamento, servem como
razões subsidiários e são controladas pela conta de custos indiretos de fabricação no razão geral.
A vantagem de se usar uma folha de análise para cada despesa, classificada por departamento, é
que ela fornece apenas tantas colunas para quantias quantos departamentos existem na fábrica
(veja a Figura 4-3). No entanto, um resumo deve ser preparado no final de um período contábil
para determinar o total de despesas incorridas para cada departamento.
A vantagem de se usar uma folha de análise para cada departamento, classificada por des-
pesas, é que menos folhas são necessárias e a preparação de um resumo não é requerido no fi-
nal de um período contábil (veja a Figura 4-4). Quando uma fábrica é departamentalizada, os
custos indiretos de fabricação precisam ser registrados por departamento para determinar o cus-
to total operacional de cada departamento. Um software de planilhas eletrônicas facilita a distri-
buição dos custos indiretos de fabricação departamentais.
Tem-se por certo que os custos fixos não variam em quantia de mês em mês. Alguns custos
fixos, como seguro e impostos prediais e territoriais, são despesas pagas antecipadamente ou
provisionadas. Devido a que esses custos são considerados muito previsíveis, programas para o
valor periódico de custos fixos a serem alocados aos diversos departamentos podem ser prepa-
rados com antecipação. Uma programação de custos fixos parecida com a da Figura 4-5 pode
ser preparada para vários períodos. Ao se referir à programação no final do período, um lança-
mento no diário pode ser preparado para registrar o total dos custos fixos. A programação tam-
bém pode ser usada como uma fonte da qual os custos fixos podem ser lançados para as folhas
de análise dos custos indiretos de fabricação departamentais.
Na Figura 4-5, a programação de custos fixos mostra que, para o mês de janeiro, o total de
despesas de depreciação da maquinaria, $ 1.150, é alocado para os departamentos como a
seguir: A, $ 300; B, $ 200; C, $ 150; D, $ 500. A Figura 4-5 também mostra os custos fixos departa-
mentais mensais para impostos sobre a propriedade e seguro, que foram distribuídos na base da
metragem quadrada de espaço ocupado por departamento. No final do mês, o contador lançaria
as quantias da programação de custos fixos para a folha de análise de cada departamento.
Todas as despesas gerais indiretas de fabricação são registradas de forma regular e sistemá-
tica para que, no final de um período contábil, todas as despesas debitáveis para o período já
tenham sido distribuídas para os departamentos da fábrica. A alocação de custos indiretos para
os departamentos teria sido feita em proporção aos benefícios mensuráveis recebidos de tais
despesas. No entanto, para alguns itens de custos indiretos de fabricação, é difícil mensurar os
benefícios por departamento. Em vez disso, a fábrica como um todo é a beneficiária. Um exem-
plo é o salário do gerente da fábrica, que tem a responsabilidade de supervisionar todas as ope-
rações da fábrica. Outro exemplo seriam os salários dos guardas de segurança da companhia.
Despesas gerais indiretas de fabricação não identificadas com um departamento espe-
cífico são debitadas para os departamentos por um processo de alocação. Essa alocação é nor-
malmente feita em bases lógicas,** como alocar custos de aquecimento para os departamentos
baseado no espaço da fábrica devotado para cada departamento, ou o salário do gerente da
* N. do R. Alocação ou rateio implica obter-se a relação causa-efeito adequada por critérios ou métodos científicos, e não por
arbitrariedades ou idiossincrasias.
164 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
fábrica baseado no montante estimado de tempo que é devotado para cada departamento. A alo-
cação pode ser feita para cada item de despesa com relação a como foi incorrido e registrado, ou
despesas podem ser acumuladas como incorrem e a alocação do total das despesas feita no final
do período contábil. Se a alocação for feita no final do período, cada tipo de despesa geral de
fábrica incorrida durante o período é registrada em uma folha separada de análise. No final do
período, o total é alocado e registrado nas folhas de análise departamentais. O interesse em
registrar os custos indiretos de fabricação em folha separada depende da freqüência na qual
essas despesas são incorridas durante o período.
Todos os sistemas de custo por ordem e por processo são projetados para acumularem o
custo total de cada ordem ou unidade de produto. Para incluir custos indiretos de fabricação co-
mo parte do custo total, a quantia de custos indiretos de fabricação incorrida por departamento
de produção deve ser determinada.
Em uma fábrica, o processo de manufatura consiste em uma série de operações executadas
em departamentos, ou centros de custo. Os departamentos são divididos em duas classes:
departamentos de serviços e de produção. Um departamento de serviços é uma parte essen-
cial da organização, mas não trabalha diretamente no produto. A função de um departamento de
serviços é de atender às necessidades dos departamentos de produção e outros departamentos
de serviços. O produto recebe o benefício do trabalho executado pelo departamento de serviços
indiretamente. Exemplos de departamentos de serviços incluem um departamento que gera a
energia para a fábrica, um departamento de manutenção do edifício que é responsável pela
manutenção das instalações, ou o departamento de contabilidade de custos que mantém os
registros contábeis da fábrica.
tamentos antes que um processo de rateio possa ser desenvolvido. O custo operacional de cada
departamento de serviços deve ser distribuído em proporção com os benefícios recebidos pelos
vários departamentos. O rateio dos custos do departamento de serviços é complicado porque
alguns departamentos de serviços prestam serviços para outros departamentos de serviços
tanto quanto para os departamentos de produção. Para que uma distribuição possa ser eqüitati-
va, o custo operacional de um departamento de serviços deve ser dividido entre todos os depar-
tamentos que este atende, tanto de serviço quanto de produção.
O primeiro requisito do processo de distribuição é determinar como um departamento de
serviços em particular divide os seus serviços entre os outros departamentos. Em alguns casos,
os serviços realizados para um outro departamento podem ser determinados com precisão. No
entanto, na maioria das vezes, a distribuição precisa ser baseada em aproximações. Por exemplo,
o departamento de energia pode estar fornecendo energia para a operação das máquinas e para
a iluminação do prédio e dos terrenos e áreas que cercam a fábrica. Se a energia usada em cada
departamento for medida, os medidores podem ser lidos no final do período e os departamen-
tos debitados pela quantia exata de energia que foi usada. Esse tipo de débito para o departa-
mento seria chamado de débito direto.
Por outro lado, um departamento, como de manutenção do prédio, que mantém o prédio
limpo e faz os consertos necessários, não consegue medir exatamente os benefícios que fornece
aos outros departamentos que atende. Portanto, o custo operacional do departamento de
manutenção de prédios é distribuído para os outros departamentos de alguma forma eqüitativa,
como a metragem quadrada de espaço que ocupa.
Bases comuns para distribuir os custos dos departamentos de serviços incluem os seguintes:
Depois que as bases para distribuição foram escolhidas para os departamentos de serviços,
a próxima etapa é distribuir o custo total de cada departamento de serviços para os outros
departamentos. Para ilustrar o processo de distribuição, suponha que as seguintes condições
existam:
1. O departamento de manutenção presta serviços ao prédio da usina geradora.
2. O departamento de energia fornece energia para o equipamento de manutenção do departa-
mento de manutenção.
3. O departamento de energia e o departamento de manutenção prestam serviços para as insta-
lações do departamento de pessoal.
4. O departamento de pessoal presta serviços para os departamentos de energia e de manuten-
ção através de suas funções de contratação de pessoal e de manutenção dos registros do pes-
soal dos departamentos.
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 167
* $ 30.000/120.000 (kW/hora) = $ 0,25 por kW/hora. ** $ 22.500/25.000 (pé) 2 = $ 0,90 por (pé)2
*** $ 17.000/100 (número de empregados servidos) = $ 170 por empregado.
169
170 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
determinar a ordem de distribuição porque cada departamento de serviços presta serviços para
o mesmo número de outros departamentos. A organização e a estrutura operacional de uma
empresa serão os determinantes sobre qual método de distribuição deve ser escolhido e usado.
Se a variação de um método para outro for insignificante, o método de distribuição direta seria
adequado porque economiza tempo e esforço.
As planilhas de distribuição completadas servem de base para uma série de lançamentos no
diário geral. Os lançamentos abaixo são baseados nos dados mostrados na Figura 4-8.
Lançamentos Contábeis
D - CIF – Departamento de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000
D - CIF – Departamento de Manutenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000
D - CIF – Departamento de Pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000
D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000
D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000
D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000
D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90.000
C – Custos Indiretos de Fabricação . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000
Um sistema de contabilidade pode ser projetado para reduzir o número de contas de CIF
que devem ser mantidas para os departamentos de serviços. Em um sistema assim, após comple-
tar a planilha de distribuição na Figura 4-8, um lançamento no diário pode ser feito para fechar a
conta de controle de custos indiretos de fabricação. Os débitos são feitos diretamente nos
departamentos de produção como a seguir:
D - CIF – Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62.600
D - CIF – Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51.600
D - CIF – Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72.000
D - CIF – Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113.800
C - CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000
Após fazer os lançamentos de diário no razão geral, os saldos totais das contas departamen-
tais de custos indiretos de fabricação serão iguais ao saldo da conta de controle de custos indire-
tos de fabricação antes de ser fechada. Os lançamentos de diário não afetaram o total das despe-
sas indiretas de fabricação. No entanto, o razão geral agora mostra a quantia de despesa dos CIF
alocada para cada departamentos de produção.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 8-11; Exercícios 4-4 a
4-6; Problema 4-4.
Nas discussões prévias, as empresas evitaram estimar e aplicar os custos indiretos de fabri-
cação para a produção ao debitar os custos indiretos de fabricação reais ou incorridos para a
conta de produtos em processo. As empresas usaram esses procedimentos para enfatizar o
fluxo de custos e as técnicas básicas utilizadas na contabilidade de custos sem complicar indevi-
damente os fundamentos. No entanto, custos indiretos de fabricação incluem muitos custos
diferentes, alguns dos quais não serão conhecidos até o final do período contábil. Já que é dese-
jável conhecer o custo total de uma ordem, ou de um processo, logo após este ser completado,
algum método precisa ser estabelecido para estimar a quantia de custos indiretos de fabricação
que deve ser aplicada para o produto acabado. Através do procedimento de estimativa, uma
ordem ou processo será debitado por uma quantia estimada de despesa indireta de fabricação.
No final do período, os custos reais ou incorridos dos custos indiretos de fabricação podem ser
comparados aos custos indiretos de fabricação estimados que foram aplicados. Se uma empre-
sa encontrar uma diferença, ela pode fazer uma análise e uma distribuição subseqüente para
contas apropriadas.
172 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Ordem 100
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
Custos indiretos de fabricação (50% da mão-de-obra direta
em unidades monetárias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500
Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.500
O método de horas de mão-de-obra direta supera o problema de variações nas taxas sala-
riais ao aplicar os custos indiretos de fabricação usando o número de horas da mão-de-obra direta
trabalhada em uma ordem ou processo. A taxa predeterminada é computada ao dividir o custo orça-
do de custos indiretos de fabricação pelo número estimado de horas da mão-de-obra direta que
serão trabalhadas. Por exemplo, suponha que o custo orçado de custos indiretos de fabricação era
de $ 100.000, e é esperado que a produção irá precisar de 25.000 horas de mão-de-obra direta. A taxa
predeterminada seria de $ 4 por hora de mão-de-obra direta ($ 100.000/25.000 horas).
174 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Se custos indiretos de fabricação forem aplicados à Ordem 100 usando o método de horas
de mão-de-obra direta, os registros devem incluir o número de horas de mão-de-obra direta usa-
das em cada ordem. Supondo que levou 500 horas de mão-de-obra direta para completar a Or-
dem 100, e os custos de materiais diretos e mão-de-obra direta eram de $ 1.000 e $ 3.000, respec-
tivamente, o custo da Ordem 100 fica assim:
Ordem 100
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000
Mão-de-obra direta (500 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
Custos indiretos de fabricação (500 horas a $ 4) . . . . . . . . . . . 2.000
Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000
Uma vantagem do método de horas de mão-de-obra direta é que o montante do custo indi-
reto de fabricação aplicado não é afetado pela combinação de taxas de mão-de-obra no custo to-
tal da mão-de-obra direta. A desvantagem em usar este método seria que a base de aplicação
(número de horas de mão-de-obra direta) poderia ser substancialmente menor do que quando
o custo da mão-de-obra direta é usado. Essa base de aplicação deveria ser, portanto, mais afeta-
da pelos ligeiros desvios das horas de mão-de-obra direta. Também, se os custos indiretos de
fabricação primariamente consistem em itens que são mais proximamente ligados às unidade
monetárias de mão-de-obra, tal como benefícios indiretos dos empregados, então o método de
horas de mão-de-obra direta pode não ser tão acurado.
MÉTODO DE HORAS-MÁQUINA
Ordem 100
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
Custos indiretos de fabricação (300 horas-máquina a $ 10) . . . . 3.000
Custo total da ordem completada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 175
Nível Esperado
Grupo de Valor de Base de Taxa de
Custos Esperado Alocação CIF
Uso de mão-de-obra direta $ 30.000 10.000 horas de mão- $ 3/hora de mão-
de-obra de-obra direta
Uso de máquinas 0.000 5.000 horas-máquina $ 8/hora-máquina
Preparações de máquinas 20.000 100 preparações $ 200/preparação
Mudanças de desenho 10.000 25 mudanças de $ 400/mudança
$ 100.000 projeto no projeto
Suponha que a Ordem 100, agora completada, exigiu $ 1.000 em materiais diretos, $ 3.000
em mão-de-obra direta, 500 horas de mão-de-obra direta, 75 horas-máquina, duas preparações
176 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
de máquinas e uma mudança no projeto. O custo da ordem deveria ser computado da seguinte
maneira:
Ordem 100
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.000
Mão-de-obra direta (500 horas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
Note que os custos indiretos de fabricação debitados para essa ordem usando custeio
baseado em atividade e, portanto, o custo total da ordem são maiores do que eram sob qualquer
dos outros métodos de débito de custos indiretos de fabricação. O custeio baseado em atividade
reflete melhor os custos adicionais para produzir uma ordem que requer uma mudança no pro-
jeto e mais de uma preparação das máquinas.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-18; Exercícios 4-7 e
4-8; Problemas 4-5 a 4-7.
䉴
mais do que quatro atividades principais para cada pessoa e uma descrição breve de cada
atividade. Enfatizamos que não queríamos um resumo de cinco páginas sobre cada serviço
que a pessoa já realizou. Também enfatizamos repetidamente que as pessoas não tinham o
que temer, e que não era para ficarem ‘protecionistas’ com relação aos seus empregos. No
formulário também pedimos aos empregados para descreverem as causas para cada uma
das suas atividades de ordem…”
“O estudo piloto nos mostrou que o custo de peças era um pobre direcionador dos
custos indiretos de materiais. Ele também revelou que um único direcionador de custos indi-
retos de materiais era a inspeção. (Por exemplo, descobrimos que simplesmente mover ma-
teriais de inspeção para estoque representava uma parte significante dos custos indiretos de
fabricação de um componente.) Foi aí que batemos o martelo para a necessidade do ABC.
A implementação era vital para o sucesso do estudo piloto, então em freqüentes apresen-
tações para a alta gerência, e altos empregados corporativos enfatizávamos a necessidade
de aumentarmos o nosso programa de fornecedores certificados para poder reduzir as
atividades de inspeção. Com um fornecedor credenciado as peças que entram contornam a
inspeção e vão diretamente para a produção. Também dependemos muito de um programa
de “pular lotes”. Um modelo de computador determina se a peça deve ser inspecionada ou
não, baseado em um histórico de entrega de peças de qualidade pelo fornecedor…”
“A abordagem ABC para o custeio mandou ondas de choque pelo grupo de marketing.
Eles não conseguiam compreender por que peças de baixo volume e baixo custo, que antes
levavam uma porcentagem fixa de seu custo como custos indiretos de materiais, de repente
saltaram de 500% a 700%. Para eles, só fazia sentido que uma peça de $ 0,10 recebesse um
centavo de custos indiretos de fabricação, como o nosso sistema de custos padrão demonstra-
va antes. O que o ABC revelou foi que mesmo essas peças baratas estavam sendo com-
pradas, recebidas, inspecionadas e estocadas de forma que criavam custos significativos. Par-
ticularmente, as peças de baixo volume e baixo custo eram altamente penalizadas…”
“Economias que podemos atribuir diretamente ao ABC são mais perceptíveis na forma
de produtos com melhores preços do que em reduções nos custos de manufatura. Isso foi de-
vido às nossas metas para o estudo piloto e às nossas escolhas de direcionadores de custo.
Usamos os resultados para justificar a determinação de preços e para discutirmos com os
nossos clientes sobre o nosso foco em identificar e eliminar custos. Conseqüentemente, fo-
mos capazes de melhorar o resultado líquido ao melhorar a confrontação entre o preço de
venda e o custo…”
Alan W. Rupp, “ABC: A Pilot Project”, Management Accounting, jan. 1995, p. 50-5.
Após escolher o método de aplicação e computar a taxa predeterminada que será usada,
todas as ordens ou processos devem ser debitados com o custo indireto de fabricação estimado
em vez de os custos indiretos de fabricação reais incorridos. Os custos indiretos de fabricação
estimados são aplicados para a produção através de um débito em Produtos em Processo e um
178 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
crédito em uma conta intitulada Custos Indiretos de Fabricação Aplicados. O uso da conta
separada para custos indiretos de fabricação aplicados em vez de ao lado do crédito da conta de
controle de custos indiretos de fabricação evita confundir os reais encargos de custos indiretos
de fabricação, que são debitados na conta de controle de custos indiretos de fabricação, com os
encargos estimados que são debitados na produção. No final de um período, o saldo devedor
em Custos Indiretos de Fabricação é comparado ao saldo credor em Custos Indiretos de Fabri-
cação Aplicados para determinar a precisão das taxas predeterminadas.
Para ilustrar o uso de uma taxa predeterminada, suponha que uma empresa estimou uma
taxa de $ 5 por hora de mão-de-obra direta, e uma ordem de produção exigiu 1.000 horas de
mão-de-obra direta para ser completada. Usando o método por hora de mão-de-obra direta,
$ 5.000 de custos indiretos de fabricação estimados seriam aplicados às ordens como segue:
Depois que os lançamentos acima são feitos, o saldo (devedor ou credor) que permanecer
na conta de controle para custos indiretos de fabricação, indica que os custos indiretos de fabri-
cação reais que foram incorridos não eram iguais aos custos indiretos de fabricação estimados
que foram aplicados. Um saldo devedor que permanecer em Custos Indiretos de Fabricação
indica que uma quantia menor de custos indiretos de fabricação foi aplicado para a produção do
que realmente foi incorrido durante o período. O saldo devedor indica que os custos indiretos
de fabricação foram subaplicados ou superaplicados. Em outras palavras, a conta para produ-
tos em processo foi subdebitada pelos custos indiretos de fabricação incorridos no período con-
tábil. Causas prováveis para a subaplicação podem incluir: (1) foi alcançado um nível mais baixo
de capacidade operacional do que fora previsto quando a taxa predeterminada foi estabelecida,
ou (2) as despesas dos custos indiretos de fabricação reais eram maiores do que orçado para o
nível operacional que foi alcançado. Se, por outro lado, um saldo credor permanecer após os
custos indiretos de fabricação terem sido aplicados, o saldo credor representaria uma superapli-
cação de custos indiretos de fabricação ou uma superabsorção de CIF. Isso quer dizer
que mais custos indiretos de fabricação foram aplicados para a produção do que foi realmente
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 179
incorrido no período. Para começar cada mês novo com um saldo zero em Custos Indiretos de
Fabricação, normalmente o saldo credor ou devedor na conta é transferido para uma conta inti-
tulada Custos Indiretos de Fabricação Sub- e Superaplicados, como a seguir:
D - CIF ........................................ xx
C - CIF Sub- e Superaplicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xx
Saldo credor encerrado (superaplicado) na conta de controle de CIF.
Para ilustrar o procedimento de rateio (ajuste), suponha que um saldo devedor de $ 10.000
(custos indiretos de fabricação subaplicados) permaneceu na conta de custos indiretos de fabri-
cação sub- e superaplicados. Os saldos de final de período, antes do ajuste, das seguintes contas
eram como segue:
Porcentagem
do Total
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000 10%
Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30.000 30
Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60.000 60
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100.000 100%
A quantia pro rata de custos indiretos de fabricação subaplicados debitáveis para cada
conta deveria ser computada como segue:
O lançamento no diário para fechar o saldo devedor em CIF Sub- e Superaplicados, seria da
seguinte forma:
A quantia alocada para Custo de Produtos Vendidos se torna um custo de período que
reduz diretamente a quantia de resultado líquido para o período corrente. As quantias alocadas
para Produtos em Processo e Produtos Acabados se torna parte do custo de produto dos esto-
ques e serão diferidas, junto com os outros custos de estoques, para o próximo período quando
o estoque for vendido.
As seções anteriores deste capítulo apresentaram e ilustraram os vários aspectos da conta-
bilidade para custos indiretos de fabricação, incluindo a departamentalização dos custos indire-
tos de fabricação, a distribuição dos custos dos departamentos de serviços, a aplicação dos cus-
tos indiretos de fabricação para a produção usando taxas predeterminadas, e a contabilidade
para diferenças entre os custos indiretos de fabricação reais e aplicados. As Figuras 4-9 a 4-15 jun-
tam esses vários aspectos e mostram o fluxo dos custos indiretos de fabricação pelo sistema de
contabilidade.
A Figura 4-9 mostra os custos indiretos de fabricação reais acumulados durante o mês e dis-
tribuídos no final do mês, usando os mesmos dados e métodos de distribuição dos custos dos
departamentos de serviços apresentados na Figura 4-8. Os custos indiretos de fabricação foram
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 181
Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .$ 66.000
Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56.000
Departamento C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70.000
Departamento D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110.000
A Figura 4-9 também mostra os custos indiretos de fabricação sub- e superaplicados por
departamento e no total, como a seguir:
A Figura 4-10 mostra o fluxo de despesas indiretas de fabricação reais através de registros
contábeis. O exemplo supõe que as quantias lançadas para a conta de controle de custos indire-
tos de fabricação foram originalmente registradas no razão geral. O débito total para a conta de
controle de $ 300.000 é igual à soma das despesas de custos indiretos de fabricação reais incorri-
das pelos departamentos individuais e registradas nas folhas de análise para custos indiretos de
fabricação.
Na Figura 4-11, o saldo de $ 300.000 na conta de controle de custos indiretos de fabricação
é transferido para as contas de custos indiretos de fabricação para os departamentos tanto de
serviços quanto de produção. As folhas de análise para custos indiretos de fabricação fornecem
os dados necessários para a distribuição.
A Figura 4-12 mostra a distribuição dos custos do departamento de serviços para as contas
de custos indiretos de fabricação do departamento de produção, usando o método de distribui-
ção seqüencial dos custos do departamento de serviços com o departamento de serviços, com
os maiores totais de custos sendo distribuídos primeiro. A Figura 4-13 mostra a aplicação dos
custos indiretos de fabricação, baseados em taxas predeterminadas, para os departamentos indi-
viduais de produção. Na Figura 4-14, as contas de custos indiretos de fabricação aplicados são
encerradas para as contas de custos indiretos de fabricação departamentais. Finalmente, como
mostra a Figura 4-15, os saldos nas contas de custos indiretos de fabricação departamentais são
encerrados para Custos Indiretos de Fabricação Sub- e Superaplicados. O montante líquido de
custos indiretos de fabricação superaplicados, $ 2.000, é relativamente pequeno e seria encerra-
do totalmente para Custo de Produtos Vendidos em vez de alocados (rateados proporcional-
mente) entre Custo de Produtos Vendidos e contas de estoques. A Figura 4-16 mostra, de forma
resumida, as transações envolvidas na contabilidade para custos indiretos de fabricação.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 19-20; Exercícios 4-9 a
4-12; Problemas 4-8 a 4-13 e Problema 4-14, que é uma revisão abrangente dos
Capítulos 1 a 4.
Figura 4-9 Resumo dos Custos Indiretos de Fabricação Reais e Aplicados
182
Diário Geral
$ 300.000
Custos Indiretos
de fabricação
300.000
Energia
$ 30.000 Manutenção
$ 20.000 Pessoal
$ 10.000 Depto. A
$ 50.000 Depto. B
$ 40.000 Depto. C
$ 60.000 Depto. CD
$ 90.000
CIF
Departamento A
66.000
CIF
Departamento B
56.000
Produtos em Processo
302.000
CIF Aplicados
Departamento C
70.000
CIF Aplicados
Departamento D
110.000
CIF
Departamento A
62.600 66.000
3.400
66.000
CIF
Departamento B
1.600 56.000
4.400
56.000
CIF
Departamento C
72.000 70.000
2.000
72.000
CIF
Departamento D
113.800 110.000
3.800
113.800
Figura 4-16 Resumo de Transações de Custos Indiretos de Fabricação.
TERMOS-CHAVE
CIF (Custos Indiretos de Fabricação) Folha de análise por tipo de departamento.
CIF Aplicados Folha de análise por tipo de despesa
CIF Sub- e Superaplicados Folhas de análise dos CIF
CIF Superaplicados ou Superabsorvidos Método alto-baixo
Circundantes Método de horas de mão-de-obra direta
Custeio baseado em atividade Método de distribuição algébrica
Custo de período Método de distribuição direta
Custo do produto Método de distribuição seqüencial
Custo variável em degraus (ou método passo a passo)
Custos fixos Método de horas-máquina
Custos mistos Método do custo da mão-de-obra direta
Custos semifixos Método do gráfico de dispersão
Custos semivariáveis Método observacional
Custos variáveis Orçamento
Débito direto Orçamento flexível
Departamento de produção Programação de custos fixos
Departamento de serviços Razão de CIF
Despesa geral de CIF Resumo de CIF
Direcionador de custos Taxa predeterminada de CIF
A conta de controle para custos indiretos de fabricação foi debitada durante o mês pelas
despesas reais de CIF de $ 32.500. No dia 11 de abril, a Ordem 401 foi completada e entregue
ao cliente com um acréscimo (markup) de 50% sobre o custo de manufatura. No dia 24 de abril,
a Ordem 402 foi completada e transferida para Produtos Acabados. No dia 30 de abril, a Or-
dem 403 ainda estava em processo.
Pede-se:
1. Prepare folhas de custo por ordem para as Ordens 401, 402 e 403, incluindo CIF aplicados
quando a ordem foi completada, ou ao final do mês para ordens parcialmente completadas.
Sugestões:
1. Quando estiver completando as folhas de custo por ordem, primeiro você precisa determinar
quanto de CIF deve ser aplicado para cada ordem.
2. Quando estiver encerrando a conta CIF, o saldo representará os CIF sub- e superaplicados.
Ordem 401
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 10.000
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20.000
CIF aplicados (12.000 horas ⫻ $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.000
Custo total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 39.000
190 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
No dia 24 de abril, a Ordem 402 foi completada e os CIF foram aplicados como segue:
Ordem 402
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 20.000
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25.000
CIF aplicados (18.000 horas ⫻ $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.500
Custo total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 58.500
No dia 30 de abril, a Ordem 403 não estava completada, no entanto os CIF são aplicados
para as ordens parcialmente completadas para estimar o custo total incorrido durante o mês de
abril, como segue:
Ordem 403
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 8.000
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.000
CIF aplicados (8.000 horas ⫻ $ 0,75) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000
Custo total (para o mês de abril) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 28.000
2. a. Os CIF totais aplicados para as três ordens durante abril foi de $ 28.500. O lançamento no
diário geral feito no dia 30 de abril para aplicar os CIF à produção é o seguinte:
Os CIF aplicados de $ 28.500 já foram registrados nas folhas de custo por ordem. O lança-
mento no diário geral acima faz a conta de controle para produtos em processo ficar de
acordo com o razão subsidiário de custo por ordem.
b. e c. O próximo procedimento é encerrar a conta CIF Aplicados para CIF. Depois, transferir
qualquer saldo remanescente para a conta CIF Sub- e Superaplicados.
d. e e. Durante abril, os seguintes lançamentos foram feitos para transferir o custo das Ordens
401 e 402, completadas, para Produtos Acabados, e para registrar o custo das vendas
e a venda da Ordem 401:
QUESTÕES
1. Quais são as despesas de custos indiretos 9. Qual é a função e o uso de cada um dos
de fabricação e o que as distingue de dois tipos de folha de análise para custos
outros custos de manufatura? Quais outros indiretos de fabricação?
termos são usados para descrever despe- 10. Quais são os dois tipos de departamento
sas indiretas de fabricação? encontrados em uma fábrica? Qual é a fun-
2. Quais são as três categorias de despesas ção e o propósito de cada um?
indiretas de fabricação? Dê exemplos de 11. Quais são os dois métodos mais comumen-
cada. te usados para distribuir custos do departa-
mento de serviços para os departamentos
3. Quais são as características que distin-
de produção?
guem os seguintes custos indiretos de fabri-
12. Quais são as deficiências de esperar até
cação: custos variáveis, custos fixos e cus-
que as despesas de custos indiretos de
tos semivariáveis?
fabricação reais sejam conhecidas antes
4. Quando o custo de um produto é composto de registrar tais custos nas folhas de custo
de custos fixos e variáveis, qual é o efeito por ordem?
de aumento ou queda de produção sobre 13. Quais são os dois tipos de dados orçamen-
o custo total por unidade? tários necessários para computar as taxas
5. Qual é o efeito de uma mudança em volu- predeterminadas de custos indiretos de
me sobre os custos variáveis, fixos e semi- fabricação?
variáveis? 14. Quais são os três métodos tradicionalmen-
6. Qual é a premissa subjacente ao método te usados para aplicar custos indiretos de
alto-baixo para analisar custos variáveis? fabricação para as ordens? Discuta a apli-
cação de cada método.
7. Quais são as vantagens e desvantagens
15. Que condições operacionais de fábrica e
do método do gráfico de dispersão em
dados são necessários para cada um dos
comparação com o método alto-baixo?
métodos usados tradicionalmente usados
8. Em que a contabilidade de custos indiretos para aplicar custos indiretos de fabricação
de fabricação difere nas empresas peque- aos produtos? Discuta os pontos fortes e
nas com relação a empresas grandes? fracos de cada método.
192 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
16. Sob que condições seria desejável para 19. Se a conta de controle de custos indiretos
uma empresa usar mais do que um método de fabricação tem um saldo devedor de
para aplicar custos indiretos de fabricação $ 1.000 no final do primeiro mês do ano
às ordens ou produtos? fiscal, os custos indiretos de fabricação
17. Em que o Custeio Baseado em Atividade foram sub- ou superaplicados para o mês?
difere dos métodos tradicionais de aplica- Quais são algumas das prováveis causas
ção de custos indiretos de fabricação a do saldo devedor?
produtos?
18. Que medidas uma empresa precisa tomar 20. Quais são as duas maneiras de se acabar
para empregar o Custeio Baseado em com um saldo de CIF sub- e superaplicados
Atividade com êxito? no final de um período fiscal?
EXERCÍCIOS
Classifique cada um dos seguintes itens de custos indiretos de fabricação como sendo um
custo fixo ou variável. (Inclua quaisquer custos que você considerar como semivariáveis na cate-
goria de custos variáveis.)
a. Mão-de-obra indireta
b. Materiais indiretos
c. Seguro sobre o prédio
d. Pagamento de prêmio por hora extra
e. Depreciação sobre o prédio (linha reta)
f. Compostos de polimento
g. Depreciação sobre maquinaria (baseada em horas de uso)
h. Encargos sociais sobre a folha de pagamento do empregador
i. Impostos prediais e territoriais
j. Lubrificantes para as máquinas
k. Seguro hospitalar do empregado (pago pelo empregador)
l. Mão-de-obra para reparos de máquinas
m. Pagamento de férias
n. Amortização de patentes
o. Salários do zelador
p. Aluguel
q. Ferramentas pequenas
r. Salário do gerente da fábrica
s. Eletricidade para a fábrica
t. Salários do inspetor de produtos
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 193
Qual seria a base apropriada para a distribuição dos custos de cada um dos seguintes
departamentos de serviços?
a. Manutenção do prédio
b. Inspeção e embalagem
194 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
c. Oficina mecânica
d. Pessoal
e. Compras
f. Expedição
g. Almoxarifado
h. Ferramentaria
a. Se o método de custo da mão-de-obra direta for usado para aplicar os CIF e a taxa pre-
determinada for de 150%, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 por
CIF? Suponha que materiais diretos usados totalizaram $ 5.000 e que o custo da mão-de-
obra direta totalizou $ 3.200.
b. Se o método da hora de mão-de-obra direta for usado para aplicar os CIF e a taxa prede-
terminada for de $ 2 por hora, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 por
CIF? Suponha que os materiais diretos totalizaram $ 5.000, o custo da mão-de-obra dire-
ta totalizou $ 3.200 e o número de horas de mão-de-obra direta totalizaram 2.500.
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 195
c. Se o método de horas-máquina for usado para aplicar os CIF e a taxa predeterminada for
de $ 15 por hora, que quantia deveria ser debitada para a Ordem 1776 por CIF? Supo-
nha que os materiais diretos usados totalizaram $ 5.000, o custo da mão-de-obra direta
totalizou $ 3.200 e o número de horas-máquina totalizou 295.
O total do custo para materiais diretos para o período foi de $ 40.000. O custo total da mão-
de-obra direta, a uma taxa média de $ 10 por hora para a mão-de-obra direta, foi de 1,5 vezes o
custo de materiais diretos. Custos indiretos de fabricação foram aplicados na base de $ 4 por hora
de mão-de-obra direta. Qual foi o total de CIF reais incorridos para o período? (Dica: Primeiro
encontre o custo da mão-de-obra direta e depois o custo para horas de mão-de-obra direta.)
Produtos em Processo
Materiais 15.000 Produtos acabados 30.000
Mão-de-obra 16.000
CIF 8.000
196 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Se os materiais debitados em uma única ordem não completada e ainda em processo totali-
zaram $ 3.400, que quantia de mão-de-obra e CIF deve ter sido debitado para a ordem se a taxa
de CIF é de 50% do custo da mão-de-obra direta?
O seguinte formulário representa uma conta tirada do razão geral da Companhia Java de
Manufatura:
PROBLEMAS
A B C D
E F G H
Pede-se:
Escolha o gráfico que combina com os custos rotulados descritos abaixo:
a. Depreciação de equipamento – a quantia de depreciação debitada é computada com o
uso do método de horas-máquina.
b. Conta de luz – débito fixo, mais um custo variável depois que um certo número de quilo-
watts/hora for consumido.
c. Conta de água da cidade – computada da seguinte maneira:
Primeiro 1.000.000 de galões, ou menos $ 1.000 taxa fixa
Próximos 10.000 galões 0,003 por galão consumido
Próximos 10.000 galões 0,006 por galão consumido
Próximos 10.000 galões 0,009 por galão consumido
e assim por diante
d. Depreciação de equipamento – o valor é computado usando o método de depreciação
por linha reta.
e. Aluguel sobre o prédio da fábrica doado pela cidade – o acordo requer o pagamento de
uma taxa fixa, a não ser que 200.000 horas de mão-de-obra sejam trabalhadas, caso em
que nenhum aluguel precisa ser pago.
f. Salários de reparadores – um reparador é necessário para cada 1.000 horas-máquina ou
menos (isto é, de 0 a 1.000 horas requer um reparador, de 1001 a 2.000 horas requer
dois reparadores, etc.)
g. Custo de matérias-primas consumidas.
198 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Companhia Cavalier fabrica um produto que requer o uso de uma quantia considerável de
gás natural para aquecer o produto até uma temperatura desejável. O processo requer um nível
constante de calor, então os fornos são mantidos a uma temperatura estabelecida por 24 horas ao
dia. Embora não tenha unidades sendo processadas continuamente, a administração deseja que
o custo variável seja debitado diretamente ao produto e o custo fixo a custos indiretos de fabrica-
ção. Os seguintes dados foram coletados para o ano:
Unidades Custo Unidade Custo
Janeiro 2.400 $ 4.400 Julho 2.200 $ 4.400
Fevereiro 2.300 4.300 Agosto 2.100 4.100
Março 2.200 4.200 Setembro 2.000 3.800
Abril 2.000 4.000 Outubro 1.400 3.400
Maio 1.800 3.800 Novembro 1.900 3.700
Junho 1.900 3.900 Dezembro 1.800 4.050
Pede-se:
1. Separe os elementos fixos e variáveis, usando o método alto-baixo.
2. Determine o custo a ser debitado ao produto para o ano. (Dica: Primeiro determine o
número de unidades anuais produzidas.)
3. Determine o custo que deve ser debitado a CIF para o ano.
As bases para a distribuição das despesas dos departamentos de serviços para os outros
departamentos estão a seguir:
Departamento E – Baseado no espaço ocupado pelos outros departamentos, como a seguir:
Departamento A, 10.000 pés quadrados; Departamento B, 4.500 pés quadrados; Departamento
C, 10.500 pés quadrados; e Departamento D, 7.000 pés quadrados.
Departamento D – Dividido: Departamento A – 30%; Departamento B – 20%; Departamento
C – 50%.
Pede-se:
Prepare programações mostrando a distribuição das despesas dos departamentos de servi-
ços para:
1. O método de distribuição direta.
2. O método de distribuição seqüencial pela ordem do número de outros departamentos
atendidos.
P 4-5 Determinando custos totais por ordem, usando uma taxa predeterminada
para CIF
Objetivo 6
Suponha que CIF sejam aplicados na base de custos de mão-de-obra direta e que a taxa pre-
determinada é de 200%.
Pede-se:
1. Compute a quantia de CIF que devem ser somados ao custo de cada ordem completada
durante o mês.
2. Compute o custo total de cada ordem completada durante o mês.
3. Compute o custo total para produzir todos os serviços acabados durante o mês.
A Companhia de Manufatura Hans tem a sua fábrica dividida em três departamentos, com
taxas individuais de CIF para cada departamento. Em cada departamento, todas as operações
são parecidas o suficiente para o departamento ser considerado um centro de custos. Os CIF men-
200 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
O razão do custo por ordem mostra os seguintes dados para a Ordem 2525, que foi com-
pletada durante o mês:
Depto. A Depto. B Depto. C
Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 12,00 $ 14,00 $ 12,00
Custo da mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . $ 13,00 $ 13,50 $ 12,50
Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 11 9 10
Pede-se:
Determine o custo da Ordem 2525. Suponha que os CIF sejam aplicados para as ordens de
produção baseado no seguinte:
1. Custo da mão-de-obra direta
2. Horas de mão-de-obra direta
Pede-se:
1. Determine a taxa de CIF para cada grupo de custos, usando a base de alocação mais
apropriada para cada grupo.
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 201
A Companhia Pereira usa um sistema de custo por ordem. Seguem algumas transações que
lidaram com itens da fábrica para o mês:
a. Requisitou materiais indiretos do almoxarifado, $ 3.200.
b. Comprou, a prazo, suprimentos de fábrica para necessidades futuras, $ 4.400.
c. Comprou peças, a prazo, para consertar uma máquina, $ 1.400.
d. Requisitou suprimentos de fábrica do almoxarifado, $ 900.
e. Devolveu suprimentos de fábrica defeituosos para o fornecedor, $ 700.
f. Aluguel acumulado da fábrica para o mês, $ 2.400
g. Devolveu ao almoxarifado suprimentos da fábrica requisitados anteriormente, $ 350.
h. Depreciação de maquinaria e equipamento, $ 2.800.
i. Obrigações de encargos da folha de pagamento para o mês, $ 3.200.
j. Débitos a pagar por aquecimento, iluminação e energia para o mês, $ 6.400.
k. Seguro vencido sobre estoques, $ 1.350.
l. CIF aplicados para produção, $ 36.400.
m. Mão-de-obra indireta para o mês, $ 2.600.
n. Produtos completados e transferidos para produtos acabados: materiais, $ 14.400; mão-
de-obra, $ 40.400; CIF, $ 30.400.
Pede-se:
Registre as transações acima. Suponha que os registros incluam uma conta de controle e um
razão subsidiário para CIF, para os quais os lançamentos serão feitos em data futura.
Pede-se:
1. Compute a taxa predeterminada com base no seguinte:
a. Custo da mão-de-obra direta
b. Horas de mão-de-obra direta
c. Horas-máquina
2. Usando cada um dos métodos, compute o custo estimado total de cada ordem no final do
mês.
3. Determine os CIF sub- e superaplicados, no total, no final do mês, sob cada um dos métodos.
4. Qual dos métodos você recomendaria? Por quê?
O sistema de custo por ordem é usado, e a folha de custos para fevereiro para a Ordem
1812 mostra o seguinte:
Depto. A Depto. B Depto. C
Materiais consumidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00 $ 4,00 $ 2,00
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3,60 $ 3,00 $ 2,10
Horas de mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . 8 6 6
Horas-máquina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 1
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 203
Pede-se:
1. Usando os dados de janeiro, apure as taxas para aplicação de CIF que devem ser usa-
das durante fevereiro, baseado no seguinte:
a. Custo da mão-de-obra direta
b. Horas de mão-de-obra direta
c. Horas-máquina
2. Prepare uma programação mostrando o total do custo de produção da Ordem 1812
usando cada método de aplicação de CIF.
3. Prepare os lançamentos para registrar as seguintes operações para fevereiro:
a. Pagamento do total de custos indiretos de fabricação.
b. Distribuição dos CIF para os departamentos
c. Aplicação dos CIF para as ordens, usando horas de mão-de-obra direta. (Use a taxa
predeterminada calculada na parte 1 acima e separe as contas para cada departa-
mento.)
d. Encerramento das contas para aplicação dos CIF.
e. Registro dos CIF sub- e superaplicados e encerramento das contas de CIF reais.
A Corporação Plutão tem quatro contas departamentais: Manutenção do Prédio, CIF, Depar-
tamento A e Departamento B. O método das horas de mão-de-obra direta é usado para aplicar os
custos indiretos de fabricação para as ordens processadas nos Departamentos A e B. A empresa
espera que cada departamento de produção use 30.000 horas de mão-de-obra direta durante o
ano. As taxas estimadas de CIF para o ano incluem o seguinte:
Depto. A Depto. B
Custo variável por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,30 $ 1,50
Custo fixo por hora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2,70 3,00
$ 4,00 $ 4,50
Pede-se:
Determine os CIF sub- e superaplicados para cada departamento de produção.
A conta de controle de CIF foi debitada durante o mês para as despesas indiretas de fabri-
cação reais de $ 25.500. No dia 11 junho, a Ordem 2526 foi completada e entregue ao cliente
com um markup de 50% sobre o custo de manufatura. No dia 24 de junho, a Ordem 2527 foi
completada e transferida para Produtos Acabados. No dia 30 de junho, a Ordem 2528 ainda
estava em processo.
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 205
Pede-se:
1. Prepare folhas de custos para as Ordens 2526, 2527 e 2528, incluindo os CIF aplica-
dos quando a ordem foi completada, ou no final do mês para ordens parcialmente com-
pletadas.
2. Prepare lançamentos no diário a partir de 30 de junho para os seguintes itens:
a. Aplicando custos indiretos de fabricação para a produção.
b. Encerrando a conta de custos indiretos de fabricação aplicados.
c. Encerrando a conta de custos indiretos de fabricação.
d. Transferindo o custo das ordens completadas para produtos acabados.
e. Registrando o custo das vendas e a venda da Ordem 2526.
A Companhia Eastwood tinha um saldo credor remanescente de $ 10.000 na sua conta de CIF
sub- e superaplicados no final do ano. Também tinha saldos no final do ano nas seguintes contas:
Produtos em Processo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 25.000
Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.000
Custo de Produtos Vendidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85.000
Totais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 125.000
Pede-se:
1. Prepare o lançamento de encerramento para os $ 10.000 de CIF superaplicados, supon-
do que o saldo não é considerado material.
2. Prepare o lançamento de encerramento para os $ 10.000 de CIF superaplicados, supon-
do que o saldo é considerado material.
A Companhia Canto de Cromo fabrica peças cromadas especiais, feitas sob encomenda e
nas especificações do cliente. Ela tem dois departamentos de produção, estampagem e metaliza-
ção, e dois departamentos de serviços, energia e manutenção. Em qualquer departamento de pro-
dução, a ordem em processo é totalmente completada antes de se dar início à próxima ordem.
A empresa opera no ano fiscal que encerra em 30 de setembro. Segue o balancete de veri-
ficação pós-encerramento na data de 30 de setembro:
Canto de Cromo
Balancete de Verificação Pós-encerramento
30 de Setembro de 20 – –
Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 22.500
Contas a Receber . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21.700
Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.750
206 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Informações adicionais:
A empresa usa o método PEPS de contabilidade para todos os seus estoques. O Material A
é usado no departamento de estampagem, e os materiais B e C são usados no departamento de
metalização.
2. O saldo na conta de produtos em processo representa os seguintes custos que são aplicá-
veis à Ordem 905 (o pedido do cliente é por 1.000 unidades do produto acabado):
Materiais diretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500
Mão-de-obra direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 900
$ 3.600
Capítulo 4 • CONTABILIDADE PARA CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO • 207
3. A conta de produtos acabados reflete o custo da Ordem 803, que foi acabada no final
do mês anterior e está esperando pedido de entrega do cliente.
4. No início do ano, as taxas de aplicação de CIF foram baseadas nos seguintes dados:
Departamento Departamento
de Estampagem de Metalização
CIF estimados para o ano . . . . . . . . . . . . . . . . $ 145.000 $ 115.000
Horas estimadas de mão-de-obra para o ano . . 29.000 6.000
Os pedidos de clientes cobertos pelas Ordens 1001 e 1002 são para 1.000 e
500 unidades de produtos acabados, respectivamente.
Departamento Departamento
de Estampagem de Metalização
Ordem 905 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 horas a $ 9 300 horas a $ 11
Ordem 1001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.200 horas a $ 9 300 horas a $ 11
Ordem 1002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800 horas a $ 9
g. O resumo dos custos indiretos de fabricação preparados do razão para custos indire-
tos de fabricação está reproduzido abaixo:
Resumo dos Custos Indiretos de Fabricação para Outubro
Transação Conta Estampagem Metalização Energia Manutenção Total
a. Suprimentos da fábrica $ 940,00 $ 750,00 $ 260,00 $ 500,00 $ 2.450,00
b. Mão-de-obra indireta 3.780,00 2.860,00 970,00 1.890,00 9.500,00
c Encargos sobre folha 2.948,40 1.229,80 126,10 245,70 4.550,00
d. Diversos 1.692,00 1.410,00 752,00 376,00 4.230,00
e Depreciação 360,00 270,00 90,00 180,00 900,00
f. Seguro 48,00 40,00 16,00 16,00 120,00
Total $ 9.768,40 $ 6.559,80 $ 2.214,10 $ 3.207,70 $ 21.750,00
j. As Ordens 905 e 1001 foram encerradas durante o mês. A Ordem 1002 ainda está
em processo ao final do mês.
k. Durante o mês, as Ordens 803 e 905 foram vendidas com um markup de 150% sobre
o custo.
Pede-se:
6. No final do mês:
a. Analise o saldo na conta de materiais, na conta de produtos em processo e na conta
de produtos acabados.
b. Prepare a demonstração de custo de produção, a demonstração de resultado e o
balanço para 31 de outubro.
5
Contabilidade de Custos para o Setor
de Serviços
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
estão empregados em empresas de serviços. Essas empresas são responsáveis por mais de 60%
do valor da produção total de bens e serviços no país. Aproximadamente 90% dos empregos
criados nos EUA nos últimos vinte anos têm sido no setor de serviços. A falta de crescimento na
manufatura, devido principalmente às importações e à automação, é responsável pela maior par-
te dos aumentos percentuais da fatia de crescimento dos empregos em serviços. Além disso, a
automação da manufatura tem resultado na produção de muito mais bens usando menos traba-
lhadores, assim criando uma necessidade por mais pessoas para a comercialização, distribuição
e atendimento desses produtos adicionais.
Historicamente, contadores de custos passavam muito tempo desenvolvendo custos de
produtos para bens manufaturados e pouco tempo no custeio de serviços. Devido à importância
de serviços na nossa economia moderna, os assuntos relacionados com custos não podem mais
ser ignorados. É importante para gerentes saberem o custo de fornecer um serviço para propó-
sitos como licitações para contratos, e decidirem quais serviços devem ser enfatizados e quais
devem ser desenfatizados na sua linha de ofertas.
Note que o custo por hora do sócio, do gerente e da equipe de assessoria inclui a sua
compensação por hora e uma parte dos custos indiretos de prestação de serviços (CIPS) da em-
presa. Suponha que um sócio ganha $ 100 por hora e foi determinado que para cada $ 1 de cus-
to em mão-de-obra direta (horas do sócio, gerente e equipe de assessoria) a empresa gastará
$ 1,50 em custos indiretos de prestação de serviços (CIPS), como apoio de secretárias, benefí-
cios indiretos, depreciação de computadores, aluguel e serviços públicos. Já que o custo da
mão-de-obra direta é o custo simples mais alto para a empresa, e a necessidade de se ter traba-
lhadores diretos resulta em todos os outros custos que a empresa incorre, o montante do cus-
to da mão-de-obra direta incorrido em um serviço determina quanto de CIPS será debitado pa-
ra ela. Por exemplo, o preço de $ 250 para cada hora de tempo do sócio consiste na taxa salarial
de $ 100 por hora, e $ 150 de CIPS. Portanto, a taxa de CIPS é de 150% ($ 150/$ 100) do custo
da mão-de-obra direta.
212 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Figura 5-1 Folha de Análise de Custos por Ordem de uma Empresa de Serviços
Horas do Sócio:
Período encerrado em Horas Taxa Total
31/01/20 – – 10 $ 250* $ 2.500
28/02/20 – – 8 $ 250* 2.000
Subtotais: 18 $ 4.500
Horas do Gerente:
Período encerrado em Horas Taxa Total
31/01/20 – – 45 $ 125* $ 5.625
28/02/20 – – 25 $ 125* 3.125
Subtotais: 70 $ 8.750
Horas da Equipe
de Assessoria
Período encerrado em Horas Taxa Total
31/01/20 – – 120 $ 75* $ 9.000
28/02/20 – – 80 $ 75* 6.000
Subtotais: 200 $ 15.000
* Inclui mão-de-obra direta mais custos indiretos de prestação de serviços sobre o custo de mão-de-obra direta.
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 213
A taxa de 150% para CIPS é uma taxa anual predeterminada, computada da seguinte maneira:
Note que a empresa poderia ter usado horas de mão-de-hora direta em vez de unidades
monetárias de mão-de-obra direta para debitar os CIPS para as ordens. Ao escolher o custo da
mão-de-obra direta, a empresa decidiu que os seus CIPS eram mais relacionados ao dinheiro de
mão-de-obra direta debitados às ordens do que às horas de mão-de-obra direta trabalhadas na
ordem. Isso significa que sócios, que ganham salários mais altos do que gerentes e contadores
de assessoria, criam mais CIPS. Eles têm mais assessoria das secretárias, escritórios melhores e
pedem por mais estudos de computadores do que gerentes e contadores de assessoria. Se todas
as três categorias de mão-de-obra direta consumissem a mesma quantia de CIPS por hora traba-
lhada em uma ordem, as horas de mão-de-obra direta seriam uma base mais apropriada para se-
rem usadas para debitar os CIPS.
Existem custos além dos custos de mão-de-obra direta que podem ser rastreados até a or-
dem. Note as despesas de viagens e refeições que aparecem na categoria de “Outros” na Figura
5-1. Essas são despesas que podem ser especificamente identificadas com uma ordem e não pre-
214 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
cisam ser alocadas para a ordem usando as taxas de CIPS. Por exemplo, os contadores podem
manter um registro das despesas de viagens e refeições incorridas ao prestarem serviços para
clientes localizados em outras cidades.
Uma vez que a ordem foi completada e todos os custos foram debitados a ela, a administra-
ção pode usar as informações de muitas maneiras. Ela pode comparar os custos debitados para
a ordem com o preço ofertado aceito pelo cliente para determinar a rentabilidade da ordem. Por
exemplo, se o preço de oferta foi $ 48.000 para a ordem na Figura 5-1, o lucro seria computado
da seguinte maneira:
Os custos reais para a ordem foram $ 2.765 acima do orçamento. Os sócios desejarão deter-
minar qual foi a causa de a ordem ter saído acima do orçamento. O orçamento foi malfeito, re-
sultando em uma estimativa de custos irrealisticamente baixa, ou foi por causa de algum uso ine-
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 215
Programação 1
Orçamento de Receita para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –
Item Horas Taxa de Total de
Profissionais Faturamento Receitas
Auditoria:
Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000 $ 300 $ 600.000
Gerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.000 175 1.400.000
Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 30.000 100 3.000.000
Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 $ 5.000.000
Consultoria Empresarial:
Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750 $ 300 $ 225.000
Gerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.500 175 437.500
Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 10.000 100 1.000.000
Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13.250 1.662.500
Consultoria Tributária:
Sócios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500 $ 300 $ 450.000
Gerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000 175 875.000
Equipe de assessoria . . . . . . . . . . . . . . 20.000 100 2.000.000
Subtotal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26.500 $ 3.325.000
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79.750 $ 9.987.500
O ORÇAMENTO DE RECEITA
O orçamento de receita na Figura 5-3 foi desenvolvido em torno dos três principais servi-
ços que a empresa fornece: auditoria, consultoria empresarial e consultoria tributária. As horas
de mão-de-obra profissional que devem ser trabalhadas em cada área estão orçadas com base
nos conhecimentos da empresa em relação ao tempo gasto com clientes contínuos no passado,
216 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
negócios novos que são esperados, a combinação de trabalhos esperados de auditoria, consulto-
ria empresarial, consultoria tributária, e a combinação das categorias de mão-de-obra profissio-
nal que será necessária. As taxas de faturamento refletem a melhor estimativa da empresa so-
bre o quanto debitará aos clientes para as várias categorias de mão-de-obra profissional no ano
vindouro. A receita total de todos os clientes atendidos é orçada em $ 9.987.500.
O ORÇAMENTO DE MÃO-DE-OBRA
Uma vez que as horas de mão-de-obra profissional, necessárias para satisfazer os serviços
ao cliente, forem orçadas, um orçamento de mão-de-obra profissional, como na Figura 5-4,
pode ser preparado. As horas orçadas, necessárias na área de serviços de cada cliente, são multi-
plicadas pela taxa orçada para obter a despesa de salários para cada categoria de mão-de-obra
profissional.
Figura 5-4 Orçamento de Mão-de-obra Profissional
Programação 2
Orçamento de Mão-de-obra Profissional para o Ano Encerrado
em 31 de Dezembro de 20 – –
As taxas de salários na Figura 5-4 diferem das taxas que aparecem na folha de análise de cus-
tos por ordem na Figura 5-1. Isso porque a folha de análise de custos por ordem inclui a mão-de-
obra e os CIPS em uma única taxa combinada. Para propósitos de orçamentos, queremos orçar
separadamente mão-de-obra profissional e CIPS.
Embora normalmente pensamos em empregados profissionais, como contadores, ganhan-
do um salário em vez de um ordenado por hora, é importante desenvolver uma taxa por hora
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 217
para fins de orçamentos e faturamento. Por exemplo, a taxa de $ 100 por hora para um sócio foi
desenvolvida da seguinte maneira:
O próximo passo é a empresa preparar um orçamento para CIPS que inclui todos os itens de
despesa que não podem ser rastreados diretamente às ordens, mas devem ser alocados a elas pelo
uso de taxas de CIPS. O orçamento de CIPS para Sousa, Pereira e Nóbrega aparece na Figura 5-5.
Não confunda o uso do termo “CIPS” aqui com o uso do “CIF” no Capítulo 4. O Capítulo
4 ilustrou a contabilidade para custos indiretos de fabricação (CIF), que consiste apenas em
despesas indiretas incorridas na fábrica. Neste exemplo, o CIPS consiste nas despesas indiretas
incorridas para apoiar as atividades de uma empresa de serviços profissionais. Os totais do
orçamento de mão-de-obra profissional (Figura 5-4) e do orçamento para CIPS (Figura 5-5) fo-
ram usados para computar a taxa para CIPS de 150% (4.500.000/3.000.000) do dinheiro da mão-
de-obra direta.
O último dos orçamentos individuais para esta empresa seria o orçamento para Outras
Despesas, que aparece na Figura 5-6, e que consiste nas despesas diretas que não são da mão-de-
obra profissional e que podem ser rastreadas para ordens específicas.
Programação 3
Orçamento para CIPS para o Ano Encerrado em 31 de Dezembro de 20 – –
Assistência de secretárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500.000
Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.250.000
Despesas de aluguel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500.000
Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 750.000
Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300.000
Telefone e fax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150.000
Reprografia (Fotocópias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50.000
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4.500.000
218 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Programação 4
Orçamento para Outras Despesas para o Ano Encerrado
em 31 de Dezembro de 20 – –
Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.105.000
Refeições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285.000
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.390.000
Depois de preparar todos os orçamentos individuais, as informações podem ser usadas pa-
ra preparar a demonstração de resultados orçada, que aparece na Figura 5-7. Note as diferenças
entre esta demonstração de resultados e as demonstrações de resultados ilustradas anterior-
mente para um fabricante. Não existe linha para o custo de produtos vendidos porque a empre-
sa vende um serviço em vez de um produto. Todas as despesas operacionais são debitadas con-
tra a renda no período em que são incorridas porque não existem contas de estoques às quais as
despesas possam ser relacionadas. Enquanto isso, em uma empresa de manufatura, qualquer
despesa incorrida na fábrica seria alocada para as ordens produzidas durante o período e perma-
necem como parte das contas de ativos de Produtos em Processo e Produtos Acabados, até que
as ordens tenham sido completadas e vendidas. Naquele momento, as ordens seriam debitadas
contra a receita, como custo de produtos vendidos.
A demonstração de resultados na Figura 5-7 também pode ser usada para fins de planeja-
mento em antecipação ao ano civil. Por exemplo, o lucro operacional está estimado em 11% das
receitas ($ 1.097.500/$ 9.987.500). Se os sócios esperam que o lucro das operações seja no míni-
mo 15% das receitas, precisam voltar para os orçamentos individuais e determinar como aumen-
tar o lucro operacional em $ 400.625 através de alguma combinação de aumento das receitas or-
çadas e/ou de diminuição dos custos orçados. A demonstração de resultados também pode ser
usada para fins de controle durante, e no final do ano civil. Ao comparar receitas e despesas or-
çadas com as reais, os sócios podem determinar quão bem uma empresa está satisfazendo as ex-
pectativas, e tomar medidas corretivas onde necessário.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-11; Exercícios 5-1 a
5-4; Problemas 5-1 a 5-4.
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 219
Lembre-se de que Sousa, Pereira e Nóbrega tinham apenas duas categorias principais de
custos diretos – mão-de-obra profissional e refeições e viagens – e que apenas uma única taxa de
CIPS foi usada para custos indiretos. No Capítulo 4, introduzimos o conceito de Custeio Baseado
em Atividade para uma empresa de manufatura. Neste capítulo, aqueles mesmos princípios se-
rão aplicados às empresas de serviços. Empresas que usam Custeio Baseado em Atividade
(ABC) tentam deslocar tantos custos quanto possível do grupo de custos indiretos que precisam
ser alocados para as ordens, para grupos de custos diretos, que podem ser especificamente ras-
treados para ordens individuais, e que foram a causa pela ocorrência dos custos. Os custos rema-
nescentes, que não podem ser rastreados para ordens individuais, são separados em grupos de
custos homogêneos e depois alocados para ordens individuais ao usar bases separadas de aloca-
ção para cada grupo de custos. Por exemplo, se o montante de custos do departamento da folha
de pagamento e do departamento de pessoal for relacionado ao número de pessoas emprega-
das, então esses custos podem ser agrupados em um único grupo de custos indiretos e alocados
para as ordens na base de número de empregados.
As despesas em reprografia e telefone/fax são dois CIPS da Sousa, Pereira e Nóbrega que
seriam principais candidatos para serem rastreados diretamente para as ordens individuais.
Um número de código do cliente pode ser entrado antes de fazer cada ordem de reprografia
para identificar o cliente recebedor do serviço, e chamadas de longa distância e faxes podem
ser rastreadas a clientes individuais via contas telefônicas ou um registro mantido pela em-
presa. O aumento na sofisticação e em preços mais acessíveis da tecnologia de processamen-
to de informações permite que tais custos, que anteriormente eram classificados como indi-
retos e eram incluídos na taxa de CIPS, sejam traçados diretamente para ordens específicas a
um custo mínimo. Por exemplo, se as despesas de telefone, fax, e reprografia forem rastrea-
das diretamente para a ordem da Automotiva Superior, a seção de Outros da folha de custos
iria ficar assim:
Note que as taxas de faturamento usadas na Figura 5-1 devem ser ligeiramente mais baixas
porque o componente de CIPS da taxa não inclui mais as despesas de telefone/fax e de repro-
grafia. Esses itens, que anteriormente eram espalhados “como creme de amendoim” sobre to-
das as ordens, agora podem ser especificamente identificados com as ordens que causaram es-
220 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
ses custos. Custeio de creme de amendoim se refere à prática de atribuir custos eqüitativa-
mente para ordens usando uma taxa CIPS, quando ordens diferentes consomem recursos em
proporções diferentes.
Outro ingrediente principal de Custeio Baseado em Atividade é tomar CIPS que antes esta-
vam em um único grupo de custos indiretos e separá-los em um número de grupos de custos
homogêneos com um direcionador de custos, ou base de alocação de custos, separado para ca-
da grupo. Por exemplo, o grupo único de CIPS de $ 4.500.000 que antes estava alocado para as
ordens na base de dinheiro de mão-de-obra direta poderia ser separado em três grupos de cus-
tos com um direcionador de custos diferente para cada grupo, como a seguir:
Usando os números orçados da Figura 5-5, e as informações adicionais de que 6.000 horas
de mão-de-obra do sócio e 106.000 horas de mão-de-obra profissional foram orçadas, as taxas de
CIPS para os grupos individuais de custos seriam computadas da seguinte maneira:
Número de
Direcionadores
de Custos
Grupo de Custos Taxa Orçada Unidades Total
Consumidas
Assistência de secretárias . . . . . . $ 353/hora de 18 horas $ 6.354
mão-de-obra
do sócio
Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . 0,4167/unidade $ 11.300 4.709
monetária de
mão-de-obra
profissional
Assistência de auditoria. . . . . . . . $ 19,44/ hora 288 horas 5.599
de mão-de-obra
profissional
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 16.662
A folha revisada de custos por ordem refletindo todas as despesas para a ordem da Auto-
motiva Superior, usando custeio baseado em atividade, aparece na Figura 5-8.
Nos exemplos das Figuras 5-1 e 5-8, os custos totais debitados à ordem usando custeio sim-
plificado à ordem ($ 35.420) variam menos do que 10% dos custos totais usando Custeio Basea-
do em Atividade ($ 36.177). Essas diferenças pequenas não são sempre o caso, como ilustrado
pelo exemplo a seguir. Suponha que uma empresa de advocacia tem duas categorias de mão-de-
obra profissional – sócio e associado. Ela também tem dois tipos de custos indiretos – assistência
jurídica e assistência de secretárias. As informações orçadas para o ano são estas:
222 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Mão-de-obra Mão-de-obra
do Sócio do Associado
Número de advogados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 40
Horas anuais faturadas por advogado . . . . . . . . 2.000 2.000
Compensação anual por advogado . . . . . . . . . . $ 200.000 $ 75.000
Assistência Assistência
Jurídica de Secretárias
A categoria de custos diretos inclui todos os custos de mão-de-obra profissional, que são
rastreados para as ordens em uma base por hora. A categoria de custos indiretos inclui todos os
CIPS. Esses custos estão incluídos em um único grupo de custos indiretos – isto é, assistência
profissional – e alocados para ordens usando horas de mão-de-obra profissional como a base de
alocação. Usando um sistema de custeio simplificado com uma categoria de custo direto e uma
categoria de custo indireto, as ordens seriam custeadas como está mostrado na Figura 5-9. E
mais, considere dois clientes: Braga, que requer 50 horas de trabalho no tribunal; e Ribeiro, que
requer 75 horas de trabalho tributário.
A taxa de mão-de-obra profissional de $ 50 por hora foi computada da seguinte maneira:
A taxa do custo indireto de assistência profissional de $ 25 por hora foi computada da se-
guinte maneira:
Figura 5-8 Folha de Custos por Ordem com Custeio Baseado em Atividade
Braga Ribeiro
Custo da mão-de-obra profissional
50 horas ⫻ $ 50 . . . . . . . . . ................ $ 2.500
75 horas ⫻ $ 50 . . . . . . . . . ................ $ 3.750
Assistência profissional:
50 horas ⫻ $ 25 . . . . . . . . . ................ 1.250
75 horas ⫻ $ 25 . . . . . . . . . ................ 1.875
Total . . . . . . . . . . . . . . . . ................ $ 3.750 $ 5.625
Agora, vamos supor que a empresa decide implementar um sistema de custeio mais sofisti-
cado porque ela acha que muitas cotações, como da ordem do Ribeiro, estão sendo rejeitadas
por serem muito altas. A empresa decide ter duas categorias de custos diretos – mão-de-obra do
sócio e mão-de-obra do associado – e duas categorias de custos indiretos – assistência jurídica e
assistência de secretárias. A base para a alocação de custos para a assistência jurídica é horas de
mão-de-obra profissional, e para a assistência de secretárias é horas de mão-de-obra do sócio.
Usando os dados na página 222, as taxas para cada categoria de custo seriam assim:
Categoria Taxa
Suponha também que a ordem do Braga precisará de 40 horas de sócio e 10 horas de asso-
ciado, enquanto a ordem do Ribeiro precisará de 70 horas de associado e cinco horas de sócio.
Usando um sistema de Custeio Baseado em Atividade com as duas categorias de custos diretos e
as duas categorias de custos indiretos, as ordens seriam custeadas como mostra a Figura 5-10.
Braga Ribeiro
Custo de mão-de-obra de sócio:
40 horas ⫻ $ 100 . . . . . . . . . . .............. $ 4.000
5 horas ⫻ $ 100 . . . . . . . . . . . .............. $ 500
Custo de mão-de-obra de associado:
10 horas ⫻ $ 37,50 . . . . . . . . . .............. 375
70 horas ⫻ $ 37,50 . . . . . . . . . .............. 2.625
Assistência jurídica:
50 horas ⫻ $ 20 . . . . . . . . . . . .............. 1.000
75 horas ⫻ $ 20 . . . . . . . . . . . .............. 1.500
Assistência de secretárias:
40 horas ⫻ $ 25 . . . . . . . . . . . .............. 1.000
5 horas ⫻ $ 25 . . . . . . . . . . . . .............. 125
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . .............. $ 6.375 $ 4.750
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 225
Os custos das duas ordens sob os dois sistemas de custeio são resumidos da seguinte forma:
Braga Ribeiro
Custo usando sistema simplificado. . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.750 $ 5.625
Custo usando sistema de Custeio Baseado em Atividade . 6.375 4.750
Diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ (2.625) $ 875
Para resumir, vale a pena implementar o Custeio Baseado em Atividade quando diferen-
tes ordens usam recursos em proporções diferentes. No exemplo acima, devido à natureza de
trabalho de tribunal, a ordem do Braga exigiu predominantemente tempo de sócios, que é
mais caro e requer mais serviços de assistência. Implementar, ou não, um sistema mais sofisti-
cado de custeio deve ser uma decisão de custo/benefício. Isto é, o benefício recebido das
informações mais refinadas excedem o custo de implementação e manutenção do sistema
mais sofisticado?
O seguinte exemplo hipotético do mundo real descreve o uso de Custeio Baseado em Ati-
vidade para despesas administrativas e de vendas em uma pequena empresa.
䉴
A aplicação de princípios de ABC para dados históricos (dados financeiros do ano fis-
cal de 1994) foi usada para endereçar essas preocupações para que o dono da empresa
pudesse ver os problemas e avaliar idéias sobre como corrigi-los.
O próximo passo foi identificar os possíveis relacionamentos causais entre a ocor-
rência de custos e atividades assim como os direcionadores subjacentes das atividades. As
funções da empresa foram divididas em 15 atividades... [A tabela a seguir lista as ativida-
des, a base de alocação (ou o direcionador de custos) mais apropriada, para cada ativida-
de, e a taxa de alocação.]
Atividades, Base, e Taxas
Atividade Base Cálculo
1. Vendas Tempo Veja… Estudo de Tempo (não mostrado)
2. Compras Número de faturas Gasto no período/Número total de faturas =
($ 6.150/13.780) = $ 0,4463 por fatura
3. Cobranças Unidades monetárias Gasto no período/Total de vendas =
de vendas ($ 6.150/$ 1.440.000) = $ 0,0044 por
unidade monetária de vendas
4. Auditoria Número de faturas Gasto no período/Número total
de faturas = ($ 6.150/13.780) =
$ 0,4463 por fatura
5. Administração Distribuição por Gasto no período/Empregados de vendas =
igual ($ 3.075/5) = $ 615 por empregado de vendas
6. Armazenagem Unidades monetárias Gasto no período/Total de vendas =
de vendas ($ 24.650/$ 1.440.000) = $ 0,0176 por
unidade monetária de vendas
7. Puxar pedidos Tempo Veja... Estudo de Tempo (não mostrado)
8. Faturamento Número de faturas Gasto no período/Número total de
faturas = ($ 24.115/13.780) =
$ 1,75 por fatura
9. Contas a pagar Número de faturas Gasto no período/Número total de
faturas = ($ 18.000/13.780) =
$ 13,06 por fatura
10. Propaganda Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 3.780
de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0027 por unidade
monetária de vendas
11. Telefone Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 4.620
de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0033 por unidade
monetária de vendas
12. Serviços de Distribuição por Gasto no período/Empregados de vendas =
assistência igual ($ 2.500/5) = $ 500 por empregado de vendas
jurídica e
contabilidade
13. Diversos Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 1.540
de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0011 por unidade
monetária de vendas
14. Seguro Unidades monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 19.320
de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,0138 por unidade
monetária de vendas 䉴
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 227
䉴
15. Aluguel e Unidade monetárias Custo total/Total de vendas = ($ 18.200
utilidades de vendas / $ 1.440.000) = $ 0,013 por unidade
públicas monetária de vendas
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-15; Exercícios 5-5 a
5-7; Problemas 5-5 a 5-7.
TERMOS-CHAVE
jetos e $ 380.000 para a assistência de equipe de assessoria. A ordem do Néon exigiu 5 ho-
ras de tempo do sócio e 20 horas de tempo do associado. A ordem da Gonçalves exigiu 30
horas de tempo do sócio e 10 horas de tempo do associado.
Pede-se:
1. Prepare folhas de custo por ordem, para o Restaurante Néon e para a Linda Gonçalves, usan-
do um sistema de custeio simplificado, com um grupo de custo direto e um grupo de custo indi-
reto.
2. Prepare folhas de custo por ordem para os dois clientes, usando um sistema de Custeio Basea-
do em Atividade, com duas categorias de custo direto – mão-de-obra de sócio e mão-de-obra
de associado – e duas categorias de custo indireto – assistência de projeto e assistência de as-
sessoria. Use unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base de alocação de cus-
tos para assistência de projeto, e horas de mão-de-obra profissional como base para alocação
de custos para a assistência da equipe de assessoria
3. Determine o montante em que cada ordem foi sub- ou supercusteada usando o sistema de cus-
teio simplificado.
Restaurante Linda
Néon Gonçalves
Custo de mão-de-obra profissional:
25 horas ⫻ $ 60. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.500
40 horas ⫻ $ 60. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.400
Assistência profissional:
25 horas ⫻ $ 120. . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
40 horas ⫻ $ 120. . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.800
$ 4.500 $ 7.200
Preparando as folhas de custo por ordem usando um sistema de Custeio Baseado em Ativi-
dade:
2. Primeiro, você precisa computar a taxa salarial média por hora para cada classificação de
mão-de-obra profissional:
Agora, você precisa computar as taxas dos custos indiretos para assistência de projeto e pa-
ra assistência de assessoria:
$ 700.000
=
$ 540.000
= 1,30 por unidade monetária de
mão-de-obra profissional
Restaurante Linda
Néon Gonçalves
Custo de mão-de-obra de sócio:
5 horas ⫻ $ 100. . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 500
30 horas ⫻ $ 100. . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.000
Custo de mão-de-obra de associado:
20 horas ⫻ $ 40. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 800
10 horas ⫻ $ 40. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400
Assistência de projeto:
1,30 ⫻ $ 1.300 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.690
1,30 ⫻ $ 3.400 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.420
Assistência de assessoria:
$ 42,22 ⫻ 25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.056
$ 42,22 ⫻ 40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.689
$ 4.046 $ 9.509
Determinando o montante pelo qual cada ordem foi sub- ou supercusteada, usando um siste-
ma de custeio simplificado:
3. Restaurante Linda
Néon Gonçalves
Custo usando sistema simplificado . . . . . . . . . . . . . . $ 4.500 $ 7.200
Custo usando sistema baseado em atividade . . . . . . . 4.046 9.509
Diferença. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 454 ($ 2.309)
QUESTÕES
11. Explique como uma demonstração de re- 13. Explique o conceito de “custeio creme de
sultados orçada para uma empresa de amendoim”.
serviços pode ser usada para fins de pla- 14. Quando é que normalmente vale a pena
nejamento e controle. implementar um sistema de Custeio Basea-
12. Quais são as duas principais coisas que do em Atividade?
um sistema de Custeio Baseado em Ativi- 15. Explique o conceito de uma “decisão de
dade tenta realizar com relação aos cus- custo/benefício” e como ela se relaciona
tos diretos e indiretos? com sistemas de custeio por ordem.
EXERCÍCIOS
E 5-1 Computando taxas orçadas de CIPS
Objetivo 2
Cruz e Costa têm uma empresa de serviços profissionais com os seguintes custos orçados pa-
ra o ano corrente:
Alex e Silva, eletricistas, foram bem-sucedidos em uma oferta de $ 24.000 para o trabalho
elétrico em uma nova casa de luxo. O custo total da mão-de-obra direta na ordem foi de $ 9.500,
outros custos diretos foram de $ 2.500 e os CIPS debitados para a ordem foram de 150% do cus-
to da mão-de-obra direta.
1. Compute o resultado da ordem (a) em unidades monetárias e (b) como porcentagem do preço
de oferta.
2. Expresse a mão-de-obra e os CIPS como uma porcentagem dos custos totais.
Calcule o custo por ordem para Estêvão Anderson, o cliente do exercício E 5-6, usando o sis-
tema de custeio simplificado, e determine a diferença entre esse custo e o custo por ordem usando
o Custeio Baseado em Atividade do exercício E 5-6.
PROBLEMAS
Pede-se:
Prepare uma folha de custo por ordem, em boa forma, para a Brinquedos Rainha Ltda.
O orçamento para a ordem da Brinquedos Rainha no P 5-1 consistiu nos seguintes valores:
Salário e CIPS de sócios . . . . . . . . . . . . . . . $ 6.300
Salário e CIPS de associados . . . . . . . . . . . . 9.175
Viagens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.150
Telefone/fax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.475
A cotação vencedora foi de $ 24.900.
Pede-se:
1. Prepare um relatório de desempenho de custos.
2. Compute o lucro orçado e o lucro real da ordem.
Os sócios têm uma taxa de faturamento de $ 225 por hora e na verdade ganham $ 110 por
hora. Os associados faturam $ 140 por hora, e ganham $ 85 por hora. A assessoria fatura $ 95
por hora, e ganha $ 55 por hora.
Pede-se:
1. Prepare um orçamento de receitas.
2. Prepare um orçamento de mão-de-obra profissional.
Costa e Gerson, os planejadores financeiros do problema P 5-3, orçaram CIPS e outras des-
pesas da seguinte maneira para o ano encerrado em 31 de dezembro de 20 – –:
CIPS:
Depreciação – equipamento . . . . . . . . . . . . $ 60.000
Depreciação – prédio . . . . . . . . . . . . . . . . . 135.000
Benefícios indiretos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 385.000
Reprografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95.000
Assistência de secretárias . . . . . . . . . . . . . . 465.000
Telefone/fax. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115.000
Utilidades públicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193.000
Outras despesas:
Viagens . . . . . . . . . . . . . . . ............ $ 123.000
Refeições . . . . . . . . . . . . . . ............ 37.000
Pede-se:
1. Prepare um orçamento de CIPS.
2. Prepare um orçamento de outras despesas.
3. Prepare uma demonstração de resultados orçados.
Pede-se:
Calcule a taxa de CIPS orçados para cada um dos três grupos de custos.
Capítulo 5 • CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA O SETOR DE SERVIÇOS • 235
Gaspar e Wellington, arquitetos, têm usado um sistema de custeio simplificado no qual todos
os custos de mão-de-obra profissional estão incluídos em uma única categoria de custos diretos,
mão-de-obra profissional, e todos os CIPS são incluídos em um único grupo de custos indiretos, as-
sistência profissional, e alocados para as ordens usando horas de mão-de-obra profissional como
base de alocação. Considere dois clientes: Produtos Rico, que precisou de 50 horas de trabalho
de projetos para um novo anexo, e Sílvia Martins, que precisou de um plano para uma nova casa
que levou 20 horas para ser projetada. A empresa tem dois sócios, os quais ganham um salário
de $ 150.000 por ano cada, e quatro associados, que ganham $ 60.000 por ano cada. Cada
profissional tem 1.500 horas faturáveis por ano. A assistência profissional é de $ 590.000, que
consiste em $ 350.000 de assistência de projetos e $ 240.000 de assistência de assessoria. A or-
dem da Produtos Rico requer 10 horas de tempo dos sócios e 40 horas de tempo dos associados.
A ordem da Martins requer 15 horas de tempo dos sócios e 5 horas de tempo dos associados.
Pede-se:
1. Prepare folhas de custo por ordem para Produtos Rico e para Sílvia Martins, usando um sistema
de custeio simplificado, com um grupo de custos diretos e um de custos indiretos.
2. Prepare folhas de custos por ordem para os dois clientes, usando um sistema de Custeio Basea-
do em Atividade, com duas categorias de custos diretos, mão-de-obra de sócios e mão-de-obra
de associados, e duas categorias de custos indiretos, assistência de projeto e assistência de as-
sessoria. Use unidades monetárias de mão-de-obra profissional como base de alocação para
assistência de projeto, e horas de mão-de-obra profissional como base de alocação para assis-
tência de assessoria.
Pede-se:
Refira-se ao problema P 5-6 e compare os resultados das alocações de custos para os traba-
lhos de Produtos Rico e Sílvia Martins sob o sistema de custeio simplificado e sob o sistema de Cus-
teio Baseado em Atividade. Rotule cada diferença como sendo sub- ou sobrecusteado em relação
ao sistema de custeio simplificado.
6
Contabilidade de Custos por Processo
— Procedimentos Gerais
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A fabricar um produto. O tipo de sistema de contabilidade de custos que uma empresa usa
depende da natureza de suas operações de manufatura. Os capítulos anteriores enfatiza-
ram o sistema de custo por ordem. Os Capítulos 6 e 7 enfatizam os procedimentos aplicáveis em
um sistema de acumulação de custo por processo.
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 237
Sob o sistema de custo por ordem, os custos de materiais e mão-de-obra, como deter-
minado dos resumos de requisições de materiais e registros de horas, são debitados para
ordens ou pedidos específicos. Sob o sistema de custo por processo, os custos de materiais e
mão-de-obra são debitados diretamente para os departamentos onde são incorridos. No
entanto, os custos dos materiais indiretos e a mão-de-obra indireta, que não podem ser dire-
tamente associados a um departamento específico, são debitados em CIF, como, por exemplo,
suprimentos de reserva para a fábrica e o salário de um supervisor responsável por diversos
departamentos.
Um sistema por processo exige menor esforço de escritório do que um sistema de custo
por ordem porque os custos são debitados a poucos departamentos em vez de muitas ordens.
Por exemplo, em um sistema de custo por processo, um detalhado registro de tempo pode ser
eliminado completamente. Em um sistema de custo por ordem, se um empregado típico de
fábrica trabalha em diversas ordens diferentes, o total de horas trabalhadas são rastreadas por
ordem. Em um sistema de custo por processo, o tempo do trabalhador é geralmente atribuído
ao departamento onde o trabalho foi executado.
238 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
A aplicação dos CIF. No sistema de custo por ordem, os CIF são aplicados para as ordens
através de taxas predeterminadas. O uso de taxas predeterminadas também é comum em um
sistema de custo por processo, mas os CIF são aplicados para departamentos em vez de para
ordens. Como no sistema de custo por ordem o montante de CIF aplicado é calculado pela mul-
tiplicação da taxa predeterminada pela base selecionada. A base pode ser custo de mão-de-obra
direta, horas de mão-de-obra direta, horas-máquina, ou qualquer outro método que irá distribuir
eqüitativamente os CIF para os departamentos em proporção aos benefícios recebidos por
aquele departamento. Os CIF sub- e superaplicados são tratados da mesma maneira como dis-
cutido no Capítulo 4.
䉴
Hoje em dia, os clientes exigem variedade em produtos. As empresas estão enfrentan-
do o desafio de produzir bens de forma mais rápida e eficaz enquanto satisfazem essa
demanda. Um artigo na Management Accounting explica como as indústrias que têm pro-
duzido bens em grandes lotes, em longas tiragens de produção, estão mudando alguns de
seus processos de produção.
Uma combinação de automação programável e trabalhadores autorizados a tomar
decisões – tecnologias “espertas” e pessoas “espertas” – fornece uma oportunidade de rom-
per com o dilema da produção em massa tradicional. Uma nova “idéia simples” está surgin-
do e substituindo o modelo tradicional de economias de escala. É o “lote de um”, ou “cus-
tomização em massa (personalização)” – a capacidade de produzir um lote customizado,
tão pequeno quanto um lote de um, ao preço de produção em massa.
Essa idéia pode parecer um oximoro (paradoxo). Como é que rodadas de lotes
pequenos para médios podem ser mais econômicas que processos contínuos?
As “economias da flexibilidade” são obtidas através de ciclos de tempo curtos, auto-
mação flexível e a capacidade de se fazer mudanças rápidas de produção com pouca ou
nenhuma parada na produção ou penalidade de custo. As pessoas são tão importantes
para a produção quanto a tecnologia. Empurrar as tomadas de decisão para baixo, para
a linha de produção, e autorizar equipes de empregados a tomarem decisões, permite que
a variedade seja manuseada sem demoras ou aprovações incômodas.
O resultado é a variedade a um custo baixo. Por exemplo, modelos diferentes de car-
ros vão linha abaixo. O primeiro pode ser um utilitário feito para a Austrália. O equipamen-
to lê um código de barra e depois executa um certo número de etapas. O próximo veículo
pode ser um carro modelo esporte feito para a América do Norte. O código de barra é li-
do mais uma vez e o equipamento é direcionado pelo software a executar um padrão dife-
rente. As mudanças são instantâneas e virtualmente sem custo.
Gerald H. B. Ross, “Revolution in Management Control”, Management Accounting (nov. 1990), p. 23-7.
incorridos são divididos pela quantidade de unidades produzidas para calcular o custo de cada
unidade fabricada durante o período.
O resumo de custo de produção a seguir ilustra esse procedimento:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 50.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75.000
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35.000
Custo total da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 160.000
Unidades produzidas no período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40.000 unidades
Custo unitário para o período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00 *
*$ 160.000/40.000 unidades = $ 4
FÁBRICA DEPARTAMENTALIZADA
Se não houver produtos em processo no final de um período contábil, calcular o custo uni-
tário sob o sistema de custo por processo é um procedimento simples: simplesmente divide-se
o custo total incorrido para o período pelo número de unidades produzidas. No entanto, nor-
malmente, cada departamento terá produtos em processo no final de um período contábil. O
cálculo de produtos em processo não acabados apresenta um dos problemas mais importantes
e difíceis na contabilidade do custo por processo.
Normalmente, uma fábrica terá unidades em vários estágios de completude:
Visto que materiais, mão-de-obra e CIF podem ter sido aplicados para cada um dos itens
não acabados, tais débitos não podem ser ignorados ao computar-se o custo de todas as unida-
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 241
des. Portanto, deve ser dada consideração não apenas ao número de itens acabados durante o
período, mas também às unidades em processo no início e no final do período. O problema pri-
mário é na alocação do custo total entre (1) unidades acabadas durante o período e (2) unidades
ainda em processo ao final do período.
Dois procedimentos são comumente usados para atribuir custos aos estoques: o método
de custo médio e o método do primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS). O método de
custo médio é discutido e ilustrado no restante deste capítulo. O Capítulo 7 cobre o método do
primeiro a entrar, primeiro a sair.
No método do custo médio, o custo de produtos em processo no início do período é soma-
do aos custos de produção incorridos no período corrente. O custo médio unitário para o período
é então calculado ao dividir-se os custos totais (estoque inicial mais custos correntes) pelo total da
produção equivalente. A produção equivalente representa o número de unidades que poderiam
ter sido acabadas durante o período, usando os custos de produção incorridos nele. Por exemplo,
se 1.000 unidades estiverem 50% completadas, são consideradas, em termos de “equivalentes”, co-
mo 500 unidades, 100% completadas. Portanto, calcular a produção equivalente exige que o esto-
que final de produtos em processo seja ajustado em termos de unidades completadas. Para ilustrar,
suponha que os custos de produção de um departamento durante dado período sejam:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $12.0000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18.000
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.000
Custo total da produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $36.000
Se 18.000 unidades são produzidas durante o período, e não existe produto em processo nem
no início, nem no final do período, o custo unitário da produção é calculado facilmente como sendo
de$ 2 ($36.000/18.000), e$ 36.000 seriam transferidos para Produtos Acabados no razão geral.
Agora, em vez disso, suponha que o relatório de produção para o período não mostra pro-
duto em processo no início, 17.000 unidades são completadas durante o período e o estoque fi-
nal consiste em 2.000 unidades. O problema é alocar o custo de produção para o período,
$ 36.000, entre os produtos acabados e os produtos ainda em processo. Que parcela do custo to-
tal de produção foi incorrida durante o mês pelas 2.000 unidades remanescentes em processo?
Se as 2.000 unidades estão quase acabadas, mais custo deve ser atribuído para essas
unidades não acabadas do que se estivessem em fase inicial de processo. Para se fazer uma men-
suração acurada, o estágio de completude das unidades ainda em processo deve ser considera-
do. O estágio de completude representa a fração, ou porcentagem do custo de materiais,
mão-de-obra e CIF de uma unidade completada que tenha sido aplicada para produtos que não
foram completados. O gerente de departamento faz uma estimativa do estágio de completude.
A possibilidade de erro é minimizada porque o gerente normalmente tem as habilidades e a fa-
miliaridade com o trabalho para fazer estimativas confiáveis.
Ao final do período contábil, o gerente de departamento submete um relatório de pro-
dução mostrando o seguinte:
Esses dados são relatados em um resumo do custo de produção, que apresenta as in-
formações necessárias para a valorização do estoque e serve de fonte para resumo de lançamen-
tos diários. Para ilustrar, suponha que a Guri e Cia. fabrica “minibebês” (bebês de brinquedo) em
uma base contínua para estoque. A pequena fábrica, que não tinha estoque no dia 1 de janeiro,
opera como um único departamento e coloca produtos acabados em estoque para serem retira-
dos com o recebimento de pedidos. No final de janeiro, o primeiro mês de operações da empre-
sa, o supervisor da fábrica submete o relatório de produção para janeiro, da Figura 6-1. A esti-
mativa do estágio de completude indica que as unidades em processo no final do mês eram, em
média, cerca de metade completadas.
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 243
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –
Comentários
(Rubrica)
Supervisor
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Custo de produção no mês:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000
Total dos custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $10.000
䉴
Custo unitário para o mês:
Materiais ($5.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00
Mão-de-obra ($3.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,60
CIF ($2.000/5.000 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados durante o mês (4.900 ⫻ $ 2) . . . . . . . . . $ 9.800
Custo de produtos em processo, final do mês:
Materiais (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $100
Mão de obra (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 0,60) . . . . . . . . . . . . . 60
CIF (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 0,40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 200
Total do custo de produtos manufaturados considerado . . . . . . . . $10.000
Após preparar o resumo do custo de produção, o contador pode fazer o seguinte lança-
mento:
31 de janeiro D - Produtos Acabados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9.800
C - Produtos em Processo . . . . . . . . . . . 9.800
Após registrar esses lançamentos, a conta de produtos em processo tem um saldo devedor
de$ 200, representando a valorização de produtos em processo no dia 31 de janeiro, mostrado
como a seguir:
Produtos em Processo
31 de janeiro 5.000 31 de janeiro 9.800
3.000
2.000
10.000
200
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 245
Agora, a demonstração do custo de produtos manufaturados para janeiro pode ser prepa-
rada como segue:
Guri e Cia.
Demonstração do Custo de Produtos Manufaturados
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $10.000
Menos estoque de produtos em processo, 31 de janeiro . . . . . . . . . . . . 200
Custo de produção durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 9.800
No final de fevereiro, o segundo mês de operações para a Guri e Cia., o supervisor da fábri-
ca submete o relatório de produção para fevereiro mostrado na Figura 6-2.
O resumo do custo de produção para fevereiro é preparado da seguinte maneira:
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Custo de produtos em processo, início do mês:*
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 100
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 $ 200
Custo de produção para o mês:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.200
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800 14.000
Total do custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.200
䉴
Custo unitário para o mês:
Materiais [($100 + $ 7.000)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,00
Mão-de-obra [($60 + $ 4.200)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,60
CIF [($40 + $ 2.800)/7.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,40
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,00
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados durante o mês (6.900 ⫻ $ 2) . . . . . . . . . $ 13.800
Custo de produtos em processo, final do mês:
Materiais (600 ⫻ 1/3 ⫻ $ 1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 200
Mão-de-obra (600 ⫻ 1/3 ⫻ $ 0,60) . . . . . . . . . . . . . . 120
CIF (600 ⫻ 1/3 ⫻ $ 0,40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 400
Total do custo de produção considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 14.200
* O estoque inicial em fevereiro foi o estoque de produtos em processo final para o mês de janeiro.
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –
Após fazer esse lançamento e os lançamentos para os custos de produção do mês, a conta
de produtos em processo tem um saldo devedor de$ 400, como mostrado:
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 247
Produtos em Processo
31 de janeiro 5.000 31 de janeiro 9.800
3.000
2.000
10.000
200
28 de fevereiro 7.000 28 de fevereiro 13.800
4.200
2.800
24.000 23.600
400
Guri e Cia.
Demonstração do Custo de Produtos Manufaturados
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 7.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.200
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.800
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $14.000
Mais estoque de produtos em processo, 1 de fevereiro . . . . . . . . . . 200
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $14.200
Menos estoque de produtos em processo, 28 de fevereiro . . . . . . . . 400
Custo de produtos manufaturados durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . $13.800
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 1-11; Exercícios 6-1 a
6-6; Problemas 6-1 e 6-2.
Departamento A - Mistura
Departamento B - Moldagem
Departamento C - Acabamento
Contas de controle separadas são mantidas no razão geral para registrar os custos de ope-
rar cada departamento. As folhas de análise de despesas departamentais são usadas para regis-
trar as despesas de fábrica incorridas. Os relatórios de produção são preparados para cada de-
partamento para janeiro. Não existem estoques iniciais de produtos em processo em qualquer
departamento. O relatório de produção para o Departamento A está na Figura 6-3.
Após receber o relatório de produção do gerente do Departamento A, o contador prepara
o seguinte resumo de custo de produção. Lançamentos de diário são então feitos do resumo de
custo de produção para registrar as operações do departamento e transferir os custos.
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –
Departamento A – Mistura
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento A
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Custo da produção para o mês:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $16.000
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8.640
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7.360
Total dos custos a ser considerado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $32.000
Note que os custos acumulados no departamento são transferidos para o próximo departa-
mento, junto com as unidades completadas durante o período. Assim, os custos seguem o fluxo
de produtos pelo processo.
Após fazer os lançamentos normais de final de mês, a conta de produtos em processo para
o Departamento A tem um saldo devedor de$ 5.000, como demonstrado abaixo. O saldo repre-
senta o custo do estoque final parcialmente acabado.
A única diferença em procedimento entre esse exemplo e aquele para a fábrica de um úni-
co departamento (veja a página 314) é que os produtos acabados no Departamento A são trans-
feridos para o Departamento B para continuarem a ser processados em vez de serem transferi-
dos para o almoxarifado como produtos acabados.
O relatório de produção para o Departamento B é mostrado na Figura 6-4. Note que en-
quanto os produtos fluem pelo processo de manufatura, as unidades transferidas, e os seus cus-
tos relacionados, são tratadas como produtos acabados no Departamento A, mas as unidades
transferidas para o Departamento B são consideradas como matérias-primas pelo Departamento
B, e serão somadas ao início da operação de processamento do Departamento B. O custo trans-
ferido das unidades inclui os custos de materiais, mão-de-obra e CIF incorridos no Departamen-
to A. No entanto, os elementos individuais de custo são combinados e transferidos no todo para
o Departamento B.
250 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –
Departamento B – Moldagem
3.000
1.800
27.000
5.500 33.000
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 251
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento B
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Custo de produtos recebidos do Departamento A durante o mês
(2.700 unidades ⫻ $ 10,00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.000
Custo da produção para o mês – Departamento B:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1.200
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.800 6.000
Total do custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000
Unidades produzidas para o mês:
Acabadas e transferidas para Departamento C, durante o mês 2.200
Unidades equivalentes de produtos em processo, final
do mês (500 unidades, 2/5 completadas) . . . . . . . . . . . . . 200
Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.400
Custo unitário para o mês – Departamento B:
Materiais ($1.200/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,50
Mão-de-obra ($3.000/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25
CIF ($1.800/2.400 unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,75
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,50
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados e transferidos para
o Departamento C durante o mês:
Custo no Departamento A (2.200 ⫻ $ 10,00) . . . . $ 22.000
Custo no Departamento B (2.200 ⫻ 2,50) . . . . . . 5.500
(2.200 ⫻ $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.500
Custo de produtos em processo, final do mês:
Custo no Departamento A (500 ⫻ $ 10,00) . . . . . . . $ 5.000
Custo no Departamento B:
Materiais (500 ⫻ 2/5 ⫻ $ 0,50). . . . . . . . $ 100
Mão-de-obra (500 ⫻ 2/5 ⫻ $ 1,25) . . . . . 250
CIF (500 ⫻ 2/5 ⫻ $ 0,75) . . . . . . . . . . . . 150 500 5.500
Total dos custos de produção considerado . . . . . . . . . . . . . . . $ 33.000
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 31 de janeiro de 20 – –
Departamento C – Acabamento
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento C
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Custo de produtos recebidos do Departamento B durante o mês
(2.200 unidades ⫻ $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 27.500
Custo da produção para o mês – Departamento C:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 3.150
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.310
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.940 8.400
Total de custo a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . $ 35.900
䉴
Custo de produtos em processo, final do mês:
Custo no Departamento A (200 ⫻ $ 10,00) . . . . . . . . . . . $ 2.000
Custo no Departamento B (200 ⫻ $ 2,50) . . . . . . . . . . . . 500
Custo no Departamento C:
Materiais (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 1,50) . . . . . . . . $ 150
Mão-de-obra (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 1,10) . . . . . 110
CIF (200 ⫻ 0,5 ⫻ $ 1,40) . . . . . . . . . . . . 140 400 2.900
Após fazer os lançamentos de final do mês, a conta de produtos em processo para o Depar-
tamento C tem um saldo devedor de$ 2.900.
Produtos em Processo – Departamento C
31 de janeiro 3.150 31 de janeiro 33.000
2.310
2.940
27.500
35.900
2.900
A planilha na Figura 6-6 fornece as informações para a seguinte demonstração de custo de pro-
dutos manufaturados como um meio de se classificar e resumir as operações da fábrica para janeiro:
Guri e Cia.
Demonstração de Custo de Produtos Manufaturados
para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Materiais $ 20.350
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................... 13.950
CIF ........................... ................... 12.100
Total ........................... ................... $ 46.400
Menos estoques de produtos em processo,
31 de janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................... 13.400
Custo de produtos manufaturados durante o mês ................... $ 33.000
Guri e Cia.
Planilha de Custos Departamentais para o Mês Encerrado em 31 de Janeiro de 20 – –
Análise Custo por Unidades Unidades Valor Valor
unidade recebidas transferidas debitado creditado
transferido no depto. ou em mãos ao depto. ao depto.
Depto. A – Mistura
Iniciou processo 3.700
Custos para o mês:
Materiais 16.000,00
Mão-de-obra 8.640,00
CIF 7.360,00
Acabou e transferiu p/ Depto. B 10,00 2.700 27.000,00
Encerrando produtos em processo 1.000 5.000,00
Total 10,00 3.700 3.700 32.000,00 32.000,00
Depto. B – Moldagem
Recebeu durante mês do Depto. A 2.700 27.000,00
Custos adicionados durante mês:
Materiais 1.200,00
Mão-de-obra 3.800,00
CIF 1.800,00
Acabou e transferiu p/ Depto. C 2,50 2.200 27.500,00
Encerrando produtos em processo 500 5.500,00
Total 12,50 2.700 2.700 33.000,00 33.000,00
Depto. C – Acabamento
Recebeu durante mês do Depto. B 2.200 27.500,00
Custos adicionados durante mês:
Materiais 3.150,00
Mão-de-obra 2.310,00
CIF 2.940,00
Acabou e transferiu p/ estoques 4,00 2.000 33.000,00
Encerrando produtos em processo 200 2.900,00
Total 16,50 2.200 2.200 35.900,00 35.900,00
Valor Total
Resumo:
Materiais:
Depto. A 16.000,00
Depto. B 1.200,00
Depto. C 3.150,00 20.350,00
Mão-de-obra:
Depto. A 8.640,00
Depto. B 3.000,00
Depto. C 2.310,00 13.950,00
CIF:
Depto. A 7.360,00
Depto. B 1.800,00
Depto. C 2.940,00 12.100,00
Novamente, o valor debitado para a conta de controle de CIF é um montante arbitrário es-
colhido para ilustrar custos de folha de pagamento, como o salário do gerente da fábrica, mas
que não podiam ser debitados diretamente para qualquer dado departamento.
O lançamento acima distribui os CIF reais do período para os departamentos. A base para
esse lançamento seriam as folhas de análise para CIF, que mostram detalhadamente a alocação,
ou rateio, das despesas reais, para os vários departamentos. Note que essas quantias reais não
aparecem nos resumos dos custos de produção, que contêm as quantias estimadas de CIF apli-
cados na produção.
O lançamento acima debita os CIF aplicados que aparecem nos resumos dos custos de pro-
dução, para as contas de controle de produtos em processo. As quantias são calculadas pela mul-
tiplicação de uma taxa de aplicação de CIF predeterminada na base usada para aplicar CIF para
cada departamento, como horas de mão-de-obra ou horas-máquina. Uma base diferente pode
ser usada para departamentos diferentes, para que os CIF sejam aplicados eqüitativamente, de
acordo com os benefícios que cada departamento recebe.
O resumo do custo de produção é usado visando desenvolver os lançamentos para regis-
trar a transferência de custos de um departamento a outro, e para Produtos Acabados, da seguin-
te forma:
256 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
Esses lançamentos de diários estão refletidos nos seguintes razonetes. Os saldos remanes-
centes nas contas de produtos em processo estão refletidos no seu total na demonstração de
custo de produtos manufaturados. Os saldos nas contas departamentais para CIF representam
CIF sub- ou superaplicados, e normalmente seriam transportados para meses futuros. No entan-
to, esses saldos podem ser transferidos para uma conta de CIF sub- e superaplicados. Como já
foi discutido em capítulos anteriores, essas quantias de CIF sub- e superaplicados seriam analisa-
das para determinar se eles são variações normais ou sazonais, já esperadas, ou se representam
ineficiências que devem ser corrigidas.
Produtos Acabados
31 de janeiro 33.000
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 257
CIF
31 de janeiro 1.000 31 de janeiro 11.500
1.500
9.000
11.500
Materiais
31 de janeiro 21.350
Folha de Pagamento
31 de janeiro 15.450
CIF – Departamento A
31 de janeiro 6.600 31 de janeiro 7.360
760
CIF – Departamento B
31 de janeiro 2.100 31 de janeiro 1.800
300
CIF – Departamento C
31 de janeiro 2.800 31 de janeiro 2.940
140
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 12-14; Exercícios 6-7 e
6-8; Problemas 6-3 e 6-4.
Os relatórios de produção para fevereiro que foram submetidos pelos supervisores de de-
partamentos da Guri e Cia. diferem dos relatórios de produção para janeiro. Agora, existem esto-
ques para produtos em processo em cada departamento, no início do mês. Após receber os re-
latórios de produção para fevereiro, o contador prepara um resumo do custo de produção para
cada departamento e faz lançamentos para registrar as operações de cada departamento nas
contas do razão geral.
258 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –
Departamento A – Mistura
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento A
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Custo de produtos em processo, início do mês:
Materiais . . . . . . . . . . . . . ...................... $ 2.500
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . ...................... 1.350
CIF ............... ...................... 1.150 $ 5.000
䉴
Unidades produzidas para o mês:
Acabadas e transferidas para o Departamento B, durante o mês 3.900
Unidades equivalentes de produtos em processo, final
do mês (500 unidades, 4/5 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400
Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.300
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados e transferidos para o
Departamento B durante o mês (3.900 ⫻ $ 10,00). . . . . . . . . . . . . . $ 39.000
Custo de produtos em processo, final do mês:
Materiais (500 ⫻ 4/5 ⫻ $ 5,00) . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000
Mão-de-obra (500 ⫻ 4/5 ⫻ $ 2,70) . . . . . . . . . . . . 1.080
CIF (500 ⫻ 4/5 ⫻ $ 2,30) 920 4.000
A conta para produtos em processo para esse departamento, agora, aparece como a
seguir:
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –
Departamento B – Moldagem
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento B
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Custo de produtos em processo, início do mês – Depto. B:
Custo no Depto. A: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.000*
Custo no Depto. B:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $100
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 250
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 500 $ 5.500
䉴
Custo unitário para o mês – Departamento B:
Materiais [($100 + $ 1.664)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 0,42
Mão-de-obra [($250 + $ 5.000)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,25
CIF [($150 + $3.366)/4.200] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,83
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2,50
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados e transferidos para o
Departamento C durante o mês:
Custo no Departamento A (4.100 ⫻ $ 10,00) . . . . . . . . $ 41.000
Custo no Departamento B (4.100 ⫻ 2,50) . . . . . . . . . . . 10.250
(4.100 ⫻ $ 12,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 51.250
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
Para o mês encerrado em 28 de fevereiro de 20 – –
Departamento C – Acabamento
Guri e Cia.
Resumo do Custo de Produção – Departamento C
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Custo de produtos em processo, início do mês – Depto. C:
Custo no Departamento A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 2.000*
Custo no Departamento B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500
Custo no Departamento C:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $150
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 400 $ 2.900
Custo de produtos recebidos do Departamento B durante o mês . . . . . . . . . . . $ 51.250
Custo da produção para o mês – Departamento C:
Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 5.713
Mão-de-obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.564
CIF ...................................... . 5.723 16.000
Total de custos a ser considerado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 70.150
Unidades produzidas para o mês:
Acabadas e transferidas para produtos acabados, durante o mês . . . . . . . . 3.900
Unidades equivalentes de produtos em processo, final
do mês (400 unidades, 0,5 completadas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
Total da produção equivalente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.100
䉴
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 263
䉴
Custo unitário para o mês – Departamento C:
Materiais [($150 + $ 5.713)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 1,43
Mão-de-obra [($110 + $ 4.564)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,14
CIF [($140 + $ 5.723)/4.100] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,43
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 4,00
Custos de estoque:
Custo de produtos acabados e transferidos para
produtos acabados durante o mês:
Custo no Departamento A (3.900 ⫻ $ 10,00) . . . . . . . . $39.000
Custo no Departamento B (3.900 ⫻ 2,50) . . . ........ 9.750
Custo no Departamento C (3.900 ⫻ 4,00) . . ........ 15.600
(3.900 ⫻ $ 16,50) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 64.350
Agora, a planilha na Figura 6-10 pode ser preparada. Ela resume as operações da fábrica pa-
ra fevereiro e fornece os dados necessários para preparar a seguinte demonstração de custo de
produtos manufaturados:
Guri e Cia.
Demonstração de Custo de Produtos Manufaturados
para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Materiais $ 26.377
Mão-de-obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ 19.824
CIF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ 17.79
Total $ 64.000
Mais estoques de produtos em processo, 1 de fevereiro . . . . . . . . . . . . . . 13.400
........................................... . . . . . . . . . . . . $ 77.400
Menos estoques de produtos em processo, 28 de fevereiro . . . . . . . . . . . . 13.050
Custo de produtos manufaturados durante o mês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . $ 64.350
Guri e Cia.
Planilha de Custos Departamentais para o Mês Encerrado em 28 de Fevereiro de 20 – –
Análise Custo por Unidades Unidades Valor Valor
unidade recebidas transferidas debitado creditado ao
transferido no depto. ou em mãos depto. ao depto.
Depto.– Mistura
Estoque inicial em processo 1.000 5.000,00
Iniciado em processo 3.400
Custos para o mês:
Materiais 19.000,00
Mão-de-obra 10.260,00
CIF 8.740,00
Acabou e transferiu p/ Depto. B 10,00 3.900 39.000,00
Encerrando produtos em processo 500 4.000,00
Total 10,00 4.400 4.400 43.000,00 43.000,00
Depto. B – Moldagem
Estoque inicial em processo 500 5.500,00
Recebeu durante mês do Depto. A 3.900 39.000,00
Custos adicionados durante o mês:
Materiais 1.664,00
Mão-de-obra 5.000,00
CIF 3.336,00
Acabou e transferiu p/ Depto. C 2,50 4.100 51.250,00
Encerrando produtos em processo 300 3.250,00
Total 12,50 4.400 4.400 54.500,00 54.500,00
Depto. C – Acabamento
Estoque inicial em processo 200 2.900,00
Recebeu durante o mês do Depto. B 4.100 51.250,00
Custos adicionados durante o mês:
Materiais 5.713,00
Mão-de-obra 4.564,00
CIF 5.723,00
Acabou e transferiu p/ estoques 4,00 3.900 64.350,00
Encerrando produtos em processo 400 5.800,00
Total 16,50 4.300 4.300 70.150,00 70.150,00 䉴
Capítulo 6 • CONTABILIDADE DE CUSTOS POR PROCESSO — PROCEDIMENTOS GERAIS • 265
䉴
Valor Total
Resumo:
Materiais:
Depto. A 19.000,00
Depto. B 1.644,00
Depto. C 5.713,00 26.377,00
Mão-de-obra:
Depto. A 10.260,00
Depto. B 5.000,00
Depto. C 4.564,00 19.824,00
CIF:
Depto. A 8.740,00
Depto. B 3.336,00
Depto. C 5.723,00 17.799,00
Total 77.400,00
Menos produtos em processo,
final do mês:
Depto. A 4.000,00
Depto. B 3.250,00
Depto. C 5.800,00 13.050,00
Ocasionalmente, os produtos acabados, no final do mês, podem não ser transferidos para
o próximo departamento até o mês seguinte. Visto que essas unidades ainda estão em mãos no
departamento no final do mês, não podem ser consideradas como transferidas. São contabiliza-
das como “produtos completados e em estoque” e o seu custo é mostrado ao preço unitário
completo. São considerados produtos em processo para fins de demonstrações financeiras. Em-
bora os produtos estejam acabados no departamento, são considerados em processo até serem
oficialmente transferidos para produtos acabados.
Nas ilustrações anteriores, supomos que o custo unitário deste mês de departamentos ante-
riores fosse o mesmo custo unitário de transferência que o do mês passado. Essa suposição permi-
tiu que o custo unitário do departamento anterior fosse usado sem determinar um novo custo
unitário médio para os produtos transferidos para dentro do departamento, mesmo que as trans-
ferências tivessem vindo de dois períodos diferentes de produção. No entanto, as transferências
do departamento anterior, de dois períodos diferentes, freqüentemente terão custos unitários di-
266 • CONTABILIDADE DE CUSTOS
ferentes em cada mês. Portanto, é preciso fazer uma média em um agrupamento separado para
esses custos anteriores do departamento, para que esses custos de transferência para dentro do
departamento possam ser corretamente alocados para os produtos produzidos no departamento.
O método é parecido com aquele usado para o custo de materiais, mão-de-obra e CIF no departa-
mento quando o custo desses elementos representa dois períodos diferentes de tempo.
Para ilustrar, vamos supor que 2.000 unidades estão em processo no Departamento 2 no
início do mês, com um custo de transferência de$ 10.600 do Departamento 1. Durante o mês,
10.000 unidades, com um custo total de$ 50.000, são recebidos do Departamento 1; 11.000 uni-
dades são acabadas e transferidas para o Departamento 3; e 1.000 unidades estão em processo
no Departamento 2 no final do mês, 50% completadas. Os custos de processo no Departamento
2, para o mês, são de$ 23.000 ($2.000 +$ 21.000) para materiais,$ 16.100 ($1.400 +$ 14.700) pa-
ra a mão-de-obra, e$ 11.500 ($1.000 +$ 10.500) para CIF. Usando esses dados, os custos unitá-
rios são calculados no seguinte resumo do custo de produção. Observe que o custo unitário do
departamento anterior é ajustado para$ 5,05.
Agora, você deve estar apto a resolver o seguinte: Questões 15 e 16; Exercício 6-9;
Problemas 6-5 a 6-8.