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Resumo
Introdução
A primeira definição de metáfora foi feita, na Grécia Antiga, por Aristóteles, que a
definiu como “a transferência do nome de uma coisa para outra, ou do gênero para a espécie,
ou da espécie para o gênero, ou de uma espécie para outra, ou por analogia” (DATA). A
definição clássica, com bases aristotélicas, é a de que uma ou mais palavras são usadas fora de
seu significado convencional para expressar um outro significado. Outro ponto clássico é que
as metáforas restrigem-se apenas à linguagem poética, e não são encontradas na linguagem
convencional.
Lakoff (1980, 1992) e Sperber & Wilson (2008) vão de encontro às idéias clássicas,
afirmando que as metáforas não são somente utilizadas na linguagem poética, mas fazem
parte da comunicação cotidiana. Há, entretanto, um grande contraste entre as teorias.
Enquanto Lakoff afirma que a metáfora é parte do sistema cognitivo humano, estando, dessa
forma, no pensamento, e não somente na linguagem. Já para Sperber e Wilson, a metáfora faz
parte da linguagem, e não pode ser tratada distintamente da linguagem literal, por exemplo.
Lakoff & Johnson (1980) propõem que as metáforas não são encontradas nas regras
gramaticais ou nos léxicos, mas no sistema conceptual que subjaz à língua. Entender a
metáfora significa perceber que há dois domínios cognitivos que estão sendo mapeados, ou
seja, há uma projeção de dois domínios conceptuais: o domínio origem, de natureza concreta
e experiencial, e o domínio alvo, de caráter abstrato. O mapeamento entre os conceitos
constitutivos da metáfora seria a relação existente entre o domínio origem que permite melhor
compreender o domínio alvo. A forma de representar as relações ontológicas entre os dois
Metodologia
O trabalho está em sua fase inicial, com o estudo teórico da teoria experencialista de
Lakoff e da teoria pragmática de Sperber e Wilson. Após essa primeira etapa, será construída
uma proposta de interfaces entre Linguística e Psicologia Cognitiva.
Resultados e Discussões
Como a pesquisa encontra-se em sua fase inicial, ainda não é possível apresentar
resultados, bem como uma discussão apropriada a respeito do que foi descoberto. O que há,
no momento, são, ainda, questionamentos, cujas hipóteses estão sendo construídas. Parece-
nos, no entanto, que será possível, sim, construir uma interface entre as teorias, para que o
fenômeno metafórico seja melhor compreendido.
Referências
SPERBER, D & WILSON, D. Relevance: Communication and cognition (2nd ed.) Oxford: Blackwell. 1995.
SPERBER, D & WILSON, D.A deflationary account of metaphor. In: GIBBS, R. The Cambridge Handbook
of Metaphor and Thought. Cambridge: Cambridge University Press. 2008.
LAKOFF, G. The Contemporary Theory of Metaphor. In: ORTONY, A. Metaphor and Thought. Cambridge:
Cambridge University Press. 1992.
LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Metaphors We Live By. Chicago: Chicago University Press. 1980