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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 39
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
3
2 O QUE É MEIO AMBIENTE?
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e consensual que a Ciência Ambiental só se realizará através da perspectiva
interdisciplinar.
Fonte: todamateria.com.br
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serem alvos fáceis de críticas dos especialistas dessas outras ciências.
Devemos também considerar o extremo corporativismo ainda presente nos
meios acadêmicos e científicos, que impede a troca de experiências e
informações entre cientistas de especialidades diferentes e supostamente
antagônicas.
A Ciência Ambiental exige dos atores envolvidos conhecimento
aprofundado, espírito curioso e modéstia diante do desconhecido. Na sua fase
atual, que é de busca da síntese e da perspectiva interdisciplinar, é fundamental
a troca de conhecimentos de origens científicas diversas, possibilitando dar
algumas respostas às complexas questões que fazem parte do seu quadro
teórico.
6
acordos internacionais. Porém, ela não se apresenta de forma homogênea,
como já foi assinalado por Pearce et al (1989).
Nas sociedades capitalistas periféricas, a ideia de desenvolvimento
sustentável não pode se restringir à preservação de recursos naturais, visando
o abastecimento de matérias primas às gerações futuras, como tem sido
enfatizado nos países de capitalismo avançado. Elementos básicos das
necessidades humanas e intimamente dependentes da problemática ambiental,
como transportes, saúde, moradia, alimentação e educação, estão longe de
terem sido resolvidos.
Nos pontos comuns e divergentes entre sociedades capitalistas
desenvolvidas e periféricas, podemos considerar que, para a realização do
desenvolvimento sustentado em nível global, é de fundamental importância o
estabelecimento de uma nova ordem econômica e ecológica, onde países dos
hemisférios Norte e Sul possam dialogar em igualdade de condições. Porém,
esse diálogo (se ocorrer) não será sem dificuldades, pois a falta de
homogeneidade dos países do Terceiro Mundo e a passividade frente ao poderio
econômico (e militar) dos países do Norte são duas dificuldades evidentes.
Em face disso, qualquer que seja o conceito de desenvolvimento,
dificilmente podemos garantir, pacificamente, às gerações futuras de qualquer
parte do globo, o patrimônio natural e cultural comum da humanidade.
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verificou-se a extinção de algumas espécies animais, como também, a
modificação do meio ambiente através de queimadas e derrubadas de árvores.
Ou seja, o homem interferia no meio ambiente o qual estava inserido,
modificando-o de modo a atender suas necessidades (PONTING, 1995).
Com o surgimento da agricultura, processo que se desenvolveu de forma
inconsciente através das modificações feitas pelo homem ao meio ambiente, foi
possível estabelecer moradias fixas (sedentários), o que aumentou, por
conseguinte, o crescimento da população uma vez que, existiam mais alimentos
disponíveis em pequenos espaços. Fato que deu origem às primeiras cidades.
Tomando por base as discussões levantadas por Clive Ponting (op. cit.)
pode-se tecer algumas considerações a esse respeito, a saber:
a agricultura foi fundamental para fixação do homem nos territórios,
o que possibilitou um maior crescimento populacional; inovações
tecnológicas (uso do fogo, da roda e da escrita, por exemplo);
a agricultura também propiciou o surgimento de batalhas,
verdadeiras disputas entre sociedades distintas por terras e
recursos naturais, fato que desencadeou o surgimento de
armamentos de defesa de modo a garantir a segurança de seus
territórios;
a agricultura foi responsável pelos primeiros impactos ocasionados
ao meio ambiente, os quais, com o tempo e amplitude, tornaram-
se avassaladores.
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modificação no processo de organização das antigas civilizações, dando origem
a sociedades cada vez mais organizada, hierarquizada e estratificada.
O homem passou a interferir no meio ambiente de forma a atender suas
necessidades, transformando o meio natural em meio cultural, e dessa forma,
não se enxergando como parte da natureza4 em que vive e da qual sobrevive.
Desse modo, a exploração ambiental se intensificou, o homem julgando-se
senhor da natureza poderia, portanto, manipulá-la como desejasse. Tal ideia, de
superioridade, foi posta em prática pelo fato do homem se considerar um ser
social, de acordo com Gonçalves (2008, p. 39/40):
9
Ao observar o Quadro 01, pode-se inferir que a ideia de dominação do
homem sobre a natureza também está presente nas mais diversas culturas e
religiões, onde o homem é visto como ser antropocêntrico e superior a qualquer
outra forma de vida. De acordo com a religião cristão-judaica, “o homem foi feito
à imagem de Deus, tendo, portanto, o direito de dominar o mundo”. Do mesmo
modo, no pensamento pré-cristão, a ideia do homem como guardião do mundo
e da natureza também vigorou. Assim como no islamismo e no judaísmo onde a
total separação do homem e da natureza ainda persiste (DREW, 2011).
Com isso, verifica-se que a exploração do homem sobre o meio ambiente
está fundamentada em preceitos bastante antigos (como os dogmáticos) e
culturalmente enraizada numa concepção de eterna supremacia humana sobre
todos os outros seres, o que dificulta o desvinculamento do homem deste
constante processo de dominação e expropriação dos bens naturais, tendo em
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vista, que, no seu entender, tal fato é algo natural e intrínseco da sua condição
de ser humano.
Fonte: abm.org.br
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entanto ela apresenta conotações ideológicas muito diferentes. Num primeiro
momento, tivemos a influência das ideias autonomistas surgidas nos anos 60,
onde se caracteriza a perspectiva crítica ao Estado centralizador e autoritário, às
suas opções de desenvolvimento e de saque ao meio ambiente com as suas
consequências sociais.
No entanto, esta posição mais crítica foi perdendo terreno nos últimos
anos a favor de tendências que, embora contrárias à interferência do Estado, se
posicionam e atuam no terreno das ideias neo-liberalizantes. A participação da
população nas questões ambientais tem basicamente se destacado nos grandes
centros urbanos, mas também fora deles, aglutinando diferentes camadas
sociais em torno de questões específicas.
Inúmeras entidades ecológicas e/ou ambientalistas surgiram no
continente nos últimos anos, porém com penetração mais localizada, e muitas
delas atreladas a interesses econômicos e políticos nem sempre muito claros.
Podemos considerar que essa quantidade de novas organizações ocorre
devido ao processo de democratização. A atuação de cada um desses
movimentos e a sua continuidade ficará por conta daqueles que: apresentarem
respostas aos graves problemas ambientais puderem discuti-las
democraticamente e tiverem meios econômicos e técnicos para viabilizá-las.
Várias propostas de participação têm sido colocadas à sociedade, porém
só a autonomia dos movimentos sociais frente ao Estado, aos partidos políticos,
meios de comunicação de massa, monopólios econômicos e seitas religiosas
poderá garantir o seu potencial crítico ao modelo de desenvolvimento,
favorecendo a consolidação da democracia no continente. Isso não ocorrerá, no
entanto, sem o desenvolvimento da consciência de cidadania, possível através
da educação popular ambiental.
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atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, a segurança
e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias do ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais.
Coelho (2004) define impacto ambiental como sendo um processo de
mudanças sociais e ecológicas causado por perturbações (uma nova ocupação
e/ou construção de um objeto novo: uma usina, uma estrada ou uma indústria)
no ambiente. Diz respeito ainda, de acordo com a autora, com a evolução
conjunta das condições sociais e ecológicas estimuladas pelos impulsos das
relações entre forças externas e internas à unidade espacial e ecológica,
histórica ou socialmente determinada. É a relação entre sociedade e natureza
que se transforma diferencial e dinamicamente. Os impactos ambientais são
descritos no tempo e incidem diferentemente, alterando as estruturas das
classes sociais e reestruturando o espaço.
Para Hammes (2004), os impactos das atividades estão relacionados à
suas necessidades de existência, que absorve, transforma e produz resíduo. A
magnitude dessa relação no espaço depende das questões culturais, de
consumo de produtos mais ou menos industrializados, com ou sem embalagens
descartáveis e não descartáveis, assim por diante. A complexidade maior ou
menor reflete-se no custo das resoluções dos problemas ambientais, de toda a
natureza.
De acordo com Valle (2004), até recentemente, a poluição ambiental era
estudada apenas por seus efeitos locais e as soluções encontradas eram sempre
aplicadas de forma também localizada. O tratamento dos esgotos sanitários e a
coleta de lixo urbano para disposição em aterros são dois exemplos clássicos de
soluções locais. Agia-se localmente, sem a percepção de que essas ações
afetavam globalmente o meio ambiente (VALLE, op. cit., p. 28). Os impactos
ambientais estão sendo cada vez mais evidenciados na atualidade. Na medida
em que o processo de exploração e apropriação da natureza está se dando de
maneira desordenada, sem nenhum controle e com total desrespeito com um
bem tão precioso: o meio ambiente. A preocupação está voltada para a
acumulação e o crescimento econômico sem levar em consideração o modo que
13
este está sendo feito. Um exemplo é o aumento da geração de resíduos sólidos
típico do mundo atual e do processo capitalista no qual estamos inseridos. Neste
processo capitalista, o consumo é incentivado como forma de fomentar o
desenvolvimento econômico.
Fonte: gazetadopovo.com.br
14
começa a repensar a forma com que trata do planeta e acabam tomando
consciência de que algo deve mudar e para isso cada um deve fazer a sua parte.
As empresas são o motor da sociedade. Seja uma pequena ou grande
empresa, movimentam a economia, geram empregos, criam novos
comportamentos, promovem desenvolvimento, entre outros benefícios que
acabam melhorando os negócios e agregam valores também a sociedade.
Dessa forma essas empresas passam a ser sustentáveis, de outra forma,
por ter “qualidade”. Com essa visão de investimento a empresa recebe a
admiração do mercado e o orgulho de seus funcionários dos usuários por fazer
parte. Elas constroem assim, um valor real, pois de fato contribuem com a
sociedade e acabam encontrando na sustentabilidade um apoio para se fixarem
e construírem sua base.
E um jeito de conduzir os negócios, promovendo um bom desempenho
econômico é basear-se nas dimensões propostas pela sustentabilidade, que são
três: econômico, ambiental e social.
O tema sustentabilidade está ganhando espaço, mas infelizmente ainda
não é bem aceito como deveria por algumas empresas. Pois, muitos
empresários acham que promover a sustentabilidade em suas empresas vai
gerar um aumento nos custos, causando assim um prejuízo desnecessário,
podendo atrapalhar a sua penetração no mercado. Mas, aos poucos, essa visão
dos empresários está mudando, pois, os consumidores estão se conscientizando
e preocupados com o futuro, eles começam a pressionar e exigir, empresas
como modelo de sustentabilidade, para assim consumir seus produtos e
serviços.
A preocupação com o meio ambiente pelo legislador constitucional, fez
inserir dentro do “Título VIII – Da ordem social”, o capítulo VI específico sobre o
tema, denominado “Do Meio Ambiente”, em seu art. 225. Entendendo-se por
“meio ambiente” como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as
suas formas” (ressaltei – art. 3º, da Lei n. 6.938/81).E segundo a concepção de
Orlando Soares, “a noção de meio ambiente está intimamente ligada a dois
principais aspectos: o equilíbrio biológico e a ecologia.” O meio ambiente pode
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ser visto ainda à luz do patrimônio cultural, diretriz traçada pelo art. 216 da
Constituição Federal, que como entende Luiz Alberto Araújo:
16
levem a gerar novos conceitos sobre a importância da preservação do meio
ambiente no dia-dia, e a educação ambiental é uma ferramenta que contribuirá
significativamente neste processo de conscientização, pois a E.A. segundo Dias
(2004, p 523) é:
17
em todo o ciclo de vida, sem comprometer as gerações futuras (CDS/ONU,
1995).
O tratamento dado ao consumo sustentável tem um sentido de prevenção,
onde é assegurada a garantia de consumo, mas, com modificações importantes
nos padrões deste, objetivando minimizar os impactos ambientais de descarte e
do uso exagerado dos recursos naturais (CORTEZ e ORTIGOZA, 2007, p. 13).
Uma revisão no estilo de vida se faz necessária somada a necessidade
de se repensar num padrão condizente com o mundo sustentável, onde cada
ação deve ser efetivada de forma coerente (NALINI, 2004, p. 61-63).
O consumo é essencial para a vida humana, visto que cada um de nós é
consumidor, não estando o problema no consumo, mas nos padrões e efeitos
referente às pressões sobre o meio ambiente. De um lado o consumo abre
oportunidades para o atendimento das necessidades individuais de alimentação,
habitação e desenvolvimento humano, mas, necessário se faz uma análise
constante da capacidade de suporte do planeta em contrapartida ao consumo
contemporâneo (FELDMANN, 2007, p. 78).
Torna-se perceptível que os atuais padrões de consumo estão nas raízes
da crise ambiental, onde a crítica ao consumismo passou a ser vista como uma
contribuição para a construção de uma sociedade sustentável (PORTILHO,
2005, p. 67)
Assim, se a produção deve ser sustentável, o consumo o deve ser,
produzindo apenas o que se consome, sem desperdício ou criação de
necessidades artificiais de consumo, na afirmativa de que não se pode consumir
o que não se produz (MILARÉ, 2004, p. 150).
As bases do princípio do desenvolvimento sustentável, conceito
consolidado por meio da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente, foram
lançadas em 1987, concebidas como o desenvolvimento que satisfaz as
necessidades presentes sem comprometer, contudo, a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades (MILARÉ, 2004, p. 149-
150).
18
4 CRIMES AMBIENTAIS
Fonte: mesquita.rj.gov.br
19
O Brasil possui um arcabouço jurídico considerável na custódia do meio
ambiente através de uma legislação ambiental moderna e um considerável
número de normas visando tal proteção. Inclusive os municípios brasileiros já
contam com leis específicas e Códigos locais de defesa ambiental, o mesmo se
notando quando da preocupação com o tema nas três esferas da federação, que
tratam também da normatização ambiental (KRELL, 2004, p.89).
Por tal proteção estar inserida na Carta Magna brasileira no art. 170, VI
como um dos princípios da evolução econômica, com forte influência nas normas
legais recentes (v.g., Estatuto da Cidade), o desenvolvimento sustentável pode
ser considerado um princípio de direito (FREITAS, 2005, p. 238).
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com foices para abrir caminho aos machadeiros que vinham atrás. Depois de
limpo o chão, em volta de uma árvore, o machadeiro começava a cortar a altura
da cinta, ou às vezes em cima de uma plataforma.
Um vigia avisava-o quando devia afastar-se de uma árvore já
parcialmente cortada, para recomeçar o trabalho em outra situada pouco mais
acima, na encosta. Quando a árvore estremecia, ele se afastava, e quando todas
as árvores da lombada se achavam enfraquecidas, o mais experimentado
machadeiro escolhia aquela que, na sua queda, arrastaria as outras situadas em
plano inferior, entrelaçadas todas pelos cipós. Em seguida escolhiam as
madeiras necessárias para a fazenda e o restante era queimado.
As queimadas, feitas de forma descuidada, espalhavam-se pelas
fazendas vizinhas. O agrônomo francês M. R. Lesé, testemunha do final do
século XIX, observou situações em que, para cada hectare que se pretendia abrir
para a lavoura, de cinco a dez eram destruídos pelo fogo descontrolado. E, de
acordo com o vassourense Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, barão de
Pati, em seu livro “Memória”, muitos fazendeiros mandavam colocar fogo nas
derrubadas “de sangue-frio, como se estivessem praticando um ato heróico”.
Assim, a floresta da Tijuca, por exemplo, foi sendo substituída pelos
extensos plantios de café, o que gerou um colapso no sistema de abastecimento
de água potável, pois os rios que abasteciam a cidade do Rio de Janeiro,
especialmente o Carioca e o Paineiras, perderam a cobertura vegetal que
protegia suas nascentes. Desse modo, por orientação do Ministério da
Agricultura, em 1856, alguns terrenos localizados ao redor das nascentes
começaram a ser desapropriados para que fossem reflorestados. Em 11 de
dezembro de 1861, dom Pedro II aprovou o documento “Instruções Provisórias”,
pelo qual mandava efetuar o plantio e a conservação das florestas da Tijuca e
das Paineiras.
A partir das duas últimas décadas do Império, a produção da região do
Vale do Paraíba começou a declinar, como consequência do esgotamento dos
solos, das terras cansadas atingidas pela erosão, dos desequilíbrios climáticos,
da extinção das florestas primárias e da ineficiência dos métodos agrícolas
tradicionais. Além disso, os produtores da região não conseguiram encontrar
21
solução para superar o problema da mão-de-obra que deveria substituir o
trabalho escravo, que foi abolido em 1888. Assim, enquanto a produção no Vale
do Paraíba declinava; a região do Oeste Paulista seguia em franca expansão,
transformando-se no principal centro produtor e exportador do Brasil. Muito
embora o café fosse plantado nessa região com o mesmo descuido que havia
sido no Vale, os cafezais sofreram menos a ação dos agentes naturais, pois
nesse local se reuniam condições mais favoráveis de solo e de clima para a sua
lavoura. Foram introduzidas as técnicas do arado e do despolpador, o qual
significou verdadeira revolução na técnica de descascamento de grãos.
Fonte: jmeioambiente.blogspot.com
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da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o Procafé (Programa Integrado
de Apoio à Tecnologia Cafeeira), por meio de convênio firmado entre o Mapa e
a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA e o Conselho
Nacional do Café – CNC, através do qual os técnicos eram alocados nas
cooperativas e associações de cafeicultores. Esse convênio vigorou por dez
anos até que o Ministério transformou seus engenheiros agrônomos em fiscais
federais agropecuários. Com o esvaziamento do corpo técnico, criou-se em 2001
a Fundação Procafé voltada à pesquisa e difusão de tecnologia, a qual sucedeu
o Procafé (Programa Integrado de Apoio à Tecnologia Cafeeira). Em 2014,
segundo dados do citado Mapa, o Brasil manteve a sua posição de maior
produtor e exportador mundial de café e de segundo maior consumidor do
produto. A safra alcançou 45,34 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado,
em 15 Estados, com destaque para Minas Gerais, que respondeu por 49,93%
da produção nacional, seguido do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia e
Paraná. O parque cafeeiro brasileiro é estimado em 2,256 milhões de hectares
com aproximados 287 mil produtores em cerca de 1.900 municípios distribuídos
pelos seguintes Estados: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Distrito
Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. E, também, de acordo com
o citado Ministério, a cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo
em relação a questões sociais e ambientais com a preocupação de garantir a
produção de um café sustentável.
Vale citar a produção de café orgânico, cuja produção não permite a
utilização de fertilizantes sintéticos solúveis; agrotóxicos e transgênicos. Além
disso, no processo produtivo do produto orgânico são respeitados os princípios
agroecológicos, ou seja, contempla-se o uso responsável do solo, da água, do
ar e dos demais recursos naturais, com respeito às relações sociais, trabalhistas
e culturais. A propósito, o mercado de produtos orgânicos vem se firmando como
uma tendência necessária e um dos fatores responsáveis por isso é a demanda
cada vez mais forte dos mercados nacional e internacional por esses produtos.
Em 2014, no Brasil, a agricultura orgânica movimentou cerca de R$ 2 bilhões e
a expectativa é de que no ano de 2016 tal número alcance o patamar de R$ 2,5
23
bilhões. Portanto, deduz-se que um importante fator responsável pelo impulso
da produção orgânica é o próprio consumidor, muito embora o produto orgânico
ainda esteja carente de políticas de modo a reduzir os aproximados 30% a mais
no preço em comparação aos produtos convencionais. Enfim, querido e querida
leitora, deixo-o com a opção de degustar um delicioso, cremoso e livre de
agrotóxicos “cafezinho” nacional.
6 PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
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Art. 225, CF, caput: Todos tem direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações.
25
contexto, a conscientização surge como um forte instrumento para coibir estas
agressões, nesse sentido:
Fonte: newtrade.com.br
26
Por essa razão é que se faz necessário lutar pelo desenvolvimento
sustentável, procurando incentivar o crescimento econômico,
utilizando-se os recursos naturais de maneira racional para atingir a tão
propalada justiça social. (SIRVINSKAS, p. 05, 2008)
27
Planejamento urbano adequado.
8 A CAFEICULTURA NO BRASIL
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Desde sua chegada a planta café foi ganhando espaço na economia
brasileira, pois as condições do território, e as condições climáticas são
favoráveis ao cultivo. O café após o fim do ciclo econômico da mineração do
ouro em Minas Gerais surgiu como a grande riqueza brasileira, o que perdura
até hoje, pois mesmo passando por diversas crises, como a quebra na bolsa de
Nova York de 1929, o café sempre se mantém como importante produto de
exportação brasileira e responsável por garantir empregos a vários brasileiros
(ABIC, 2012).
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC
(2012), o Brasil é o maior produtor mundial de café, responsável por 30% do
mercado internacional, sendo também, o segundo mercado consumidor, atrás
somente dos Estados Unidos.
Todo este desenvolvimento da cafeicultura ocorreu à custa de um dano
ambiental imensurável. A preocupação com o meio ambiente é recente, e até
hoje é comum as “destocagens”, as queimadas, e qualquer outra forma de
desmatamento a fim de “limpar a terra” para o plantio de café, se hoje é assim,
imaginem há 50 anos, em que a mentalidade do brasileiro em geral, era de que
natureza é infinita e deve ser explorada pelo homem, por se tratar de mais uma
fonte de riqueza humana.
Em virtude destas agressões ambientais, não só os ambientalistas, mas
todos os brasileiros, em especial os cafeicultores, responsáveis diretos por estes
danos, devem se preocupar com o meio ambiente.
A consciência ecológica é algo nato do Brasil, os índios antes mesmo da
colonização já se preocupavam com isso, sustentabilidade que hoje é moda,
tendência, há 600 anos já era tida como a forma de plantio de todos os índios.
Os índios são precursores quando o assunto é preservação ambiental.
29
diversos estados brasileiros, como em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia
e Espírito Santo, é considerada uma das maiores responsáveis pelo
desmatamento nas regiões em que se situa. Os cafeicultores conscientes da
falta de fiscalização adentraram na mata brasileira para cultivarem o que eles
chegaram a chamar de “mares de café”.
A fiscalização atualmente está bem mais presente do que há três
décadas, isto se deve a criação de mecanismos voltados a estruturar o Brasil no
aspecto protecionista ambientalista, neste contexto ressalta-se a criação da Lei
da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/81), a Lei da Ação Civil
Pública (Lei n. 7.347/85) e a Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Mas os órgãos fiscalizadores mesmo com um aparato legal que lhes
proporcionam mecanismos para coibir infrações ambientais, não possuem
recursos humanos e materiais suficientes para fiscalizar com eficiência toda a
área de 8.547.403 km², que corresponde à extensão do território brasileiro.
A plantação insustentável da cafeicultura que perdurou no Brasil por mais
de dois séculos trouxe as seguintes consequências para o meio ambiente:
contaminação do lençol freático (com os agrotóxicos e os fertilizantes usados na
lavoura), escassez de água (irrigações sem autorização), diminuição da área
florestal (desmatamento), profundas alterações no clima do planeta, poluição
atmosférica, intoxicação pelo uso de agrotóxicos, degradação do patrimônio
genético, diversas espécies em extinção, deslizamento dos morros (plantações
de café sem realizar as curvas de nível), poluição dos mananciais, etc.
Muitas pessoas dizem que estas consequências são causadas pela cana
de açúcar, pelas indústrias, pelos lixos hospitalares, mas esquecem que
qualquer plantação que seja feita em desconformidade com a conservação da
natureza lesa tanto quanto as outras atividades o meio ambiente, como é o caso
do café, que quando é plantado em conflito com a natureza, de forma
insustentável, causa enormes danos ambientais como os já mencionados.
O desmatamento é algo que preocupa a todos, pois as áreas afetadas
pelo desmatamento jamais se recuperam, os danos ambientais são diversos e
ainda mais preocupantes quando envolvem queimadas, estas interferem
diretamente na qualidade do ar, dos solos, na vegetação atingida pelo fogo e
30
indiretamente podem afetar os recursos hídricos, ou seja, causa enormes danos.
Em locais, com pouca fiscalização é comum sitiantes desmatarem parte de suas
terras para plantarem café, pois a certeza da impunidade fomenta a prática
criminosa, ademais, a consciência ambiental é secundaria enquanto a ambição
financeira é primordial.
Fonte: newtrade.com.br
31
Sobre o uso de agrotóxicos, Luis Paulo Sirvinskas discorre sobre as
consequências de seu uso excessivo:
32
No Brasil, a alta complexidade ecológica dos ecossistemas florestais e
sua riqueza genética, aliados à preocupação com a pressão sobre eles
exige um efetivo arcabouço jurídico de proteção ambiental e um
sistema administrativo eficiente (GARCIA; THOMÉ, p. 157, 2010).
33
natural detentoras de proteção especial e permanente de todos os entes
públicos. Conforme pode-se extrair da interpretação do art. 2° do CFB, estas
áreas devem ser compreendidas em um limite territorial:
34
sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e
flora nativas (art. 1°, § 2°, III, do CFB). A legislação prevê quatro tipos de reservas
legais a serem observadas; estes limites são de acordo com a localização das
terras (vide art. 16 do CFB).
O Código Florestal Brasileiro em vários momentos exige uma licença para
a prática de um determinado ato, até mesmo chegando a punir a falta da licença,
por exemplo, o art. 14 dispõe que comércio de plantas vivas, oriundas de
florestas, dependerá de licença da autoridade competente.
Fonte: revistacampoenegocios.com.br
35
Diante dos fatos mencionados, está evidente que o cultivo de café, como
o de qualquer outra atividade relacionada ao meio ambiente, deve seguir os
preceitos legais dispostos no Código Florestal Brasileiro, sendo que em caso de
descumprimento das normas, o cafeicultor poderá receber diversas punições,
sejam elas civilmente, criminalmente ou administrativamente. Neste contexto, é
necessário que o cafeicultor cultive seu café de forma consciente, sustentável,
visando preservar o meio ambiente.
36
12 PRESERVAR O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVER A CAFEICULTURA
37
indenizar o meio ambiente dos danos causados por ele. A obrigação de reparar
o dano ambiental esta agasalhada na Constituição Federal, conforme a colação
a seguir:
38
13 BIBLIOGRAFIA
39
CORTEZ, A. T. C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Orgs). Consumo Sustentável:
conflitos entre necessidade e desperdício. São Paulo: Unesp, 2007.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 19. ed. São
Paulo: Malheiros,2011.
40
CAMARGO, A. L. de B. Desenvolvimento sustentável: dimensões e desafios.
3 ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.
41
14 LEITURA COMPLEMENTAR
42
56 famílias botânicas. O índice de diversidade (H’) para as espécies foi de 4,46
nats/indivíduos e a equabilidade (J) foi de 0,87. Os 1241 indivíduos inventariados
(nas 20 parcelas amostradas) distribuíram-se em 168 espécies, 116 gêneros e
56 famílias. Os gêneros que apresentaram maior número de espécies foram:
Eugenia (8), Casearia (6), Ocotea (6), Machaerium (4) e Maytenus (4)
contribuindo juntos com 36,3% das espécies. As famílias que sobressaíram por
apresentarem alta riqueza foram: Myrtaceae (191), Fabaceae caesalpinioideae
(134), Rubiaceae (109), Salicaceae (91), Celastraceae (59), Euphorbiaceae (43),
Anacardiaceae (34), Combretaceae (24) e Thymelaeaceae (22), as quais
representaram 61,4% da flora. As famílias Myrtaceae e Rubiaceae apresentaram
alto número de espécies, corroborando com 21,4% das espécies amostradas; a
freqüência das espécies dessas famílias decresceu em solos eutróficos e
aumentou em solos distróficos sugerindo a associação dessas famílias a solos
distróficos.
Palavras-chave: Sustentabilidade - Caracterização ambiental –
Cafeicultura ecológica – Unidade de Conservação
Introdução
43
alternativas de preservação e conservação dos biomas nacionais, e as unidades
de conservação legalmente instituídas são uma das principais formas de
conservação da biodiversidade desses ecossistemas.
Neste contexto estudos de caracterização ambiental de unidades de
conservação têm sido sugeridos, o que foi realizado neste trabalho estudando-
se a Área de Proteção Ambiental de Coqueiral. Em se tratando de uma unidade
de conservação de uso sustentável, como é o caso de uma Área de Proteção
Ambiental (APA) isto é fundamental uma vez que sua perspectiva é de dar um
tratamento diferenciado à produção, inserindo a área dentro de um plano de
desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2000); e no caso específico da Área de
Proteção Ambiental de Coqueiral isto é essencial uma vez que a população
humana que sobrevive com base na cafeicultura e pecuária dentro da reserva
gira em torno de 400 pessoas (EMATER MG, 2002).
Como ao longo dos anos o uso da terra foi realizado de forma inadequada
e com fragmentação dos ecossistemas, atualmente a área se encontra em um
estado de degradação ambiental lastimável, principalmente pela falta de
cobertura do solo e de vegetação. Estudar e comparar a composição florística e
estrutural de um componente arbóreo, e suas variações fito-fisionômicas em
diferentes gradientes latitudinais, com usos diferenciados do solo contribui para
o conhecimento dos mecanismos de funcionamento destes ambientes e auxilia
no planejamento da restauração e manutenção dos fragmentos ainda existentes
nas Área de Proteção Ambiental. Assim o presente trabalho teve como objetivo
a caracterização da vegetação, gerando um diagnóstico ambiental para subsidiar
de forma consistente um plano de gestão e manejo sustentado da APA de
Coqueiral.
Material e Métodos
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geográficas de 45° 19’ 37,5” e 45° 26’ 16,3” de LONG. W e 21° 03’ 52,7” e 21°
09’ 30,8” de LAT. S (EMATER MG, 2002).
O clima é do tipo Cwb de Köppen. A média anual de precipitação é de
1493 mm e a de temperatura, 19,3 ºC (Vilela & Ramalho, 1979). O relevo varia
de ondulado a montanhoso. Sua paisagem é caracterizada por muitos
afloramentos rochosos. A principal formação rochosa do município, a “Pedra do
Ermo”, está localizada no interior da APA. Os solos da APA variam de Latossolo
Vermelho-Amarelo distrófico câmbico nas encostas a Aluvial mesotrófico na área
inundável.
Os tipos vegetacionais predominantes são Cerrado e Floresta Estacional
semidecidual montana (Velloso et al., 1991).
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Em relação ao levantamento da vegetação foram amostrados 1241
indivíduos com DAP (diâmetro a altura do peito) ≥ 15,7cm, que se distribuíram
em 56 famílias botânicas, 116 gêneros e 168 espécies. Das espécies
amostradas 33,4% pertencem as seguintes famílias Rubiaceae, Vochysiaceae,
Salicaceae, Fabaceae, Euphorbiaceae, Thymelaceae, Myrtaceae, Rubiaceae,
Celastraceae, Anonaceae e Hypericaceae, sendo que as quatro famílias com
maior números de espécies foram: Myrtaceae (25), Fabaceae(21),
Lauraceae(10) e Rubiaceae(11).
Os gêneros que apresentaram os maiores números de espécies foram
Maytenus (4), Machaerium (4), Ocotea (6), Miconia (4), Eugenia (8) e Casearia
(6), contribuindo juntos com 36,3% das espécies. As famílias que sobressaíram
por apresentarem alta riqueza foram: Rubiaceae (109), Myrtacea (191),
Salicaceae (91), Fabaceae caesalpinosa (134), Euphorbiacea (43),
Thymelaceae (22), Celastraceae (59), Anacardiacea (34) e Combretaceae (24)
as quais representaram 61,4% da flora.
Algumas espécies como Ocotea odorífera que apresentou baixa
dominância (0,084) tiveram preferência por cotas mais baixas ou solos mais
úmidos ocorrendo nas margens aluviais, o que também foi observado em outros
trabalhos realizados em matas ciliares do alto e médio rio grande (Oliveira-Filho
& Ratter, 1995; Oliveira-Filho & Ratter, 2004; Van den Berg & Oliveira-Filho, 1999
e Oliveira-Filho et al.,1994a).
Como espécies emergentes com 10 a 15 metros ocupando o dossel,
aparecem Aspidosperma olivaceum e Clethra escabra. A presença da espécie
Aspidosperma olivaceum, mesmo com pequeno número representativo de
indivíduos, é uma indicação de que em passado recente a área foi degradada.
Entre as espécies associadas aos solos intermediários em fertilidade e
umidade (Cambissolos) aparece Galipea jasminiflora que é formadora de sub-
bosques de floresta sobre solos de fertilidade média a alta (Oliveira-Filho et al.,
1994b), enquanto Miconia cinnamomifolia e Vismia brasiliensis aparecem como
pioneiras ou secundárias inicias em solos com boa drenagem. Senna
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macranthera, Miconia argyrophilla, e Luehea grandiflora ocorreram em solos
mais secos.
Como espécies mais fortemente correlacionadas com as condições
opostas (solos de cotas mais baixas, com drenagem moderada, menor acidez e
maior teor de nutrientes) aparecem Guazuma ulmifolia, Maclura tinctoria,
Nectandra oppositifolia e Eugenia florida; estas ocorrências também foram
observadas em outros estudos realizados na região (Oliveira-Filho et al., 2005).
Algumas espécies foram observadas apenas nas áreas aluviais, como é o caso
de Croton urucurana, Cupania vernalis, Machaerium nictitans e Macherium
villosum.
A espécie com maior densidade foi a Copaifera langsdorffii, que tem sido
apontada como uma das mais abundantes nas florestas semidecíduas da região,
tanto nas ripárias como de terra firme e como bastante generalista quanto ao
hábitat (Oliveira-Filho, Scolforo e Mello, 1994; Oliveira-Filho, A. T. ; Mello, J. M.
e Scolforo, J. R. S., 1997; Van den Berg e Oliveira-Filho, 1999).
O índice de Shannon (H’) foi de 4,46 e Pielou (J) de 0,87. Estes índices
foram superiores aos encontrados em trabalhos realizados na bacia do Alto e
Médio Rio Grande (Espírito Santo et al.,2002; Souza et al.,2003; Botrel, 2002;
Dalanesi, 2004).
A alta diversidade encontrada, em uma área relativamente pequena,
demonstra que a flora da APA de Coqueiral constitui uma valiosa amostra da
vegetação da região, seus tipos fisionômicos principais encontram-se bem
representados, o que é um importante fator para a conservação da vegetação
desta área.
Conclusões
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à unidade de conservação que pretende ser uma alternativa pioneira no
estabelecimento do desenvolvimento sustentável no município. Dentro dos
preceitos estabelecidos para as APA’s, entende-se que sua gestão ambiental
possibilitará a restrição do uso dos recursos naturais da área de forma a
conservar suas características ecológicas sem que haja prejuízos para a
sociedade que habita o local.
Referências Bibliográficas
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EMBRAPA – Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos, 2ª ed., Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio
de Janeiro: Embrapa Solos, 2006.
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five-year period (1987-1992). Plant Ecology (Dordrecht), Dordrecht, v. 131, n.
1, p. 45-66, 1997.
VAN DEN BERG, E.; OLIVEIRA FILHO, A.T. Spatial partitioning among tree
species within an area of tropical montane gallery forest in south-eastern
Brazil. Flora 194:249-266, 1999.
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