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Apontamentos de
Electrónica
Ensino Secundário Unificado
1981 a 1983
Área Vocacional – Cientifico-Tecnológicos: Electrónica
1
ESCOLA SECUNDÁRIA DE FONSECA DE BENEVIDES
ELECTRICIDADE GERAL
2
Índice
iii
7.2 Lei de Ohm generalizada ............................................................................. 23
FICHA 8 – LEIS DA ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS .................................................. 26
8.1 Associação série: ......................................................................................... 26
8.2 Associação em paralelo: .............................................................................. 26
8.3 Associação mista: ........................................................................................ 27
FICHA 9 – LEIS DE KIRCHOFF .................................................................................. 28
9.1 Lei das malhas ............................................................................................. 29
9.2 Lei dos nós ................................................................................................... 29
9.3 Convenções a respeitar para escrita das equações ..................................... 29
FICHA 10 – PILHAS ELÉCTRICAS .............................................................................. 31
10.1 Polarização da pilha .................................................................................. 31
10.2 Princípio de funcionamento da pilha......................................................... 31
10.3 Constantes de uma pilha ............................................................................ 32
10.4 Pilha de Leclanché..................................................................................... 33
10.5 Pilha de líquido imobilizado ou pilha seca ............................................... 34
10.6 Associação de pilhas .................................................................................. 34
FICHA 11 – ACUMULADORES .................................................................................. 37
11.1 Acumuladores ácidos – acumuladores de chumbo ................................ 37
11.2 Acumuladores alcalinos – acumulador de níquel-cádmio (NiCad). ...... 40
FICHA 12 – ENERGIA E POTÊNCIA ELÉCTRICA ......................................................... 44
12.1 Noção geral de força, energia e potência.................................................. 44
12.2 Momento de uma força .............................................................................. 44
12.3 Rendimento ................................................................................................ 45
12.4 Energia e potência eléctricas .................................................................... 45
121.5 Efeito térmico da corrente eléctrica. Lei de Joule................................... 46
12.6 Unidades práticas de energia eléctrica ..................................................... 47
12.7 Aplicações práticas do efeito de Joule ...................................................... 47
12.8 Protecção dos circuitos contra o efeito de Joule ....................................... 48
FICHA N.º 13 – MAGNETISMO .................................................................................. 53
13.1 Ímanes ........................................................................................................ 53
13.2 Pólos magnéticos ....................................................................................... 53
13.3 Magnetismo terrestre ................................................................................. 53
13.4 Lei da atracção e repulsão magnéticas – Lei de Coulomb........................ 54
iv
13.5 Campo magnético. Linhas de força. Espectro magnético. Intensidade do
campo magnético. Força magnetomotriz. .............................................................. 54
13.6 Indução magnética. Permeabilidade magnética. Fluxo magnético.
Unidades. ................................................................................................................ 55
13.7 Magnetização por influência. Magnetismo remanescente ........................ 56
13.8 Teoria molecular do magnetismo .............................................................. 57
FICHA 14 – ELECTROMAGNETISMO. ........................................................................ 58
14.1. Campo magnético produzido por uma corrente ....................................... 58
14.2. Solenóides. Características do seu campo magnético. ............................. 59
14.3. Curva de magnetização do ferro .............................................................. 59
14.4. Electroímans – constituição e aplicações ................................................. 60
14.5. Forças electromagnéticas ......................................................................... 60
14.6. Relés .......................................................................................................... 61
14.7. Campainhas .............................................................................................. 63
14.8. Aparelhagem de comando ........................................................................ 64
14.9. Noções gerais sobre circuitos magnéticos................................................ 64
FICHA 15 – INDUÇÃO ELECTROMAGNÉTICA ............................................................ 68
15.1. Lei de Faraday ou lei fundamental da indução ........................................ 68
15.2. Sentido da f.e.m. induzida. Lei de Lenz. Expressão da f.e.m. induzida .... 68
15.3. Lei da indução .......................................................................................... 69
15.4. Correntes de Foucault .............................................................................. 70
15.5. Auto-indução ............................................................................................ 71
15.6. Coeficiente de auto-indução ..................................................................... 72
15.7. Utilização das correntes de Foucault. ...................................................... 72
FICHA 16 – ESTUDO DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS ........................................... 73
FICHA 17 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE GRANDEZAS ALTERNADAS SINUSOIDAIS 75
17.1. Geração de uma corrente alternada .................................................. 75
17.2. Período ou ciclo. Frequência. ............................................................ 77
17.3. Representação gráfica de uma grandeza alternada. .......................... 77
17.4. Valor eficaz da tensão e corrente ....................................................... 78
17.5. Comparação dos efeitos da corrente continua e da corrente alterna 79
17.6. Estudo dos condensadores. ....................................................................... 80
17.6.1 – Construção de um condensador. ......................................................... 80
v
17.6.2 – Fundamentos de um condensador. ...................................................... 80
17.6.2.1 – Comportamento em corrente contínua. ............................................ 80
17.6.2.2 – Intensidade de campo eléctrico e tensão de disrupção. Rigidez
dieléctrica. .............................................................................................................. 81
17.6.2.3 – Capacidade de um condensador ....................................................... 82
17.6.2.4 – Capacidade de um condensador de armaduras planas .................... 82
17.6.3 – Carga e descarga de um condensador. Constante de tempo ............... 83
17.6.4 – Associação de condensadores ............................................................. 85
17.6.5 – Unidades de capacidade (S.I.) e submúltiplos ..................................... 86
17.6.6 – Tipos de condensadores industriais mais usuais ................................. 86
17.7. Noção de impedância................................................................................ 88
17.8. Desfasagem entre tensão e corrente ......................................................... 88
17.9. Estudo de um circuito só com resistência óhmica pura em c.a. ............... 89
17.10. Estudo de um circuito contendo só uma bobina (circuito indutivo puro)
................................................................................................................................ 90
17.11. Estudo de um circuito capacitivo puro ................................................... 91
17.12. Estudo do circuito R-L série ................................................................... 92
17.13. Estudo do circuito R-C série ................................................................... 94
17.14. Estudo do circuito R-L-C série ............................................................... 95
17.15. Considerações gerais sobre circuitos em derivação. ............................. 97
17.16. Potência em corrente alterna ................................................................. 99
FICHA 18 – TRANSFORMADORES ........................................................................... 102
18.1 – Função dos transformadores ................................................................ 102
18.2 Construção e funcionamento dos transformadores ................................. 104
18.3 Relação U-I-N de um transformador. Relação de transformação. ......... 105
18.4 Reversibilidade dos transformadores ...................................................... 106
18.5 Perdas de um transformador ................................................................... 106
18.6 Rendimento de um transformador ........................................................... 107
FICHA 19 – GENERALIDADES SOBRE APARELHOS DE MEDIDA ............................... 108
19.1 Tipos de aparelhos de medida quanto à construção ............................... 108
19.2 Diferença entre amperímetros e voltímetros ........................................... 112
19.3 Resistências adicionais ou shunts ............................................................ 113
19.3.1 Factor multiplicativo do shunt .............................................................. 113
vi
19.4 Classe de precisão de um instrumento de medida ................................... 115
19.5 Tensão de prova de um instrumento de medida ...................................... 116
19.6 Zona de leitura e precisão de medida ...................................................... 116
19.7 Diferença entre precisão de medida e precisão de leitura ...................... 117
19.8 Ohmímetros .............................................................................................. 117
19.9 Wattímetros .............................................................................................. 118
Simbologia dos aparelhos de medida .............................................................. 119
1. Tipos de aparelhos quanto à construção.................................................. 119
2. Simbolos de classe .................................................................................... 119
3. Tipos de corrente ...................................................................................... 119
4. Posição dos aparelhos .............................................................................. 120
5. Tensão de prova ....................................................................................... 120
Bibliografia ...................................................................................................... 121
Nota final do autor........................................................................................... 121
vii
Electrotecnia – 9.º Ano Unificado
1
temos as mãos molhadas a sua resistência pode anular-se completamente e fica apenas a
resistência do corpo a opor-se à passagem da corrente (cerca de 750Ω).
Outro facto de que depende o efeito do choque eléctrico diz respeito ao estado de
espírito ou humor momentâneo do indivíduo (alegria, tristeza, depressão, etc.).
2
Ficha 2 – A constituição da Matéria e a Electricidade
3
Como será estudado mais tarde em química verifica-se ainda uma condição que é a
seguinte: a última camada do átomo nunca pode apresentar mais de 8 electrões, pelo
que, se feita a distribuição dos electrões por várias camadas isso acontecer, a camada vai
desdobrar-se em várias sub-camadas.
Exemplo: o potássio (K), no estado neutro apresenta 19 electrões. Façamos a
distribuição electrónica por camadas: K (2) – L (8) – M (9).
Então, seguindo o que foi exposto será: K (2) – L (8) – M (8-1).
No que diz respeito ao peso dos constituintes dos átomos deve salientar-se que a
massa de uma partícula do núcleo é cerca de duas mil vezes a massa de um electrão.
2.3 Ionização
Na maior parte dos casos os átomos das várias substâncias não têm a última camada
completamente preenchida. Com efeito duas situações podem ocorrer:
1.ª) Existem poucos electrões na última camada, como é o caso dos metais e os
átomos perdem-nos com facilidade.
2.ª) Existem muitos electrões na última camada, ou seja, ela está quase completa
(faltam 1 ou 2 electrões) e os átomos tendem a capturar os que lhes faltam para
completá-la.
As substâncias que estão no primeiro caso são boas condutoras de electricidade; as
que estão no segundo caso são más condutoras ou isolantes.
Quando um átomo perde um ou mais electrões da última camada (1.º caso), deixa de
ser neutro e passa a ficar com carga eléctrica positiva (excesso de protões). Obtém-se
assim um ião positivo ou catião.
Quando ganha um ou mais electrões (2.º caso), passa a ficar com carga negativa
(excesso de electrões). Obtém-se assim um ião negativo ou anião.
Um exemplo comum da ionização é o que acontece nas lâmpadas de néon, em que as
moléculas do gás são bombardeadas por cargas eléctricas que se deslocam no tubo a alta
velocidade e libertam electrões periféricos ficando o gás ionizado.
Devemos notar ainda que nos metais, mesmo sem influência eléctrica, devido á
pequena força eléctrica de atracção que prende os electrões da última camada ao átomo,
esses electrões encontram-se já soltos e vagueiam desordenadamente no seio do
material. Constituem a chamada nuvem electrónica.
4
2.4 Geração de corrente eléctrica
Os processos mais importantes de produção de corrente eléctrica são:
a) Fricção
b) Aquecimento
c) Químicos
d) Indução
e) Luminoso
f) Piezoeléctrico
Mais tarde desenvolveremos em pormenor o estudo destes
processos. Para já abordaremos apenas o primeiro, ao estudar o ponto +
+
+
seguinte que é a electrostática. + +
+
+
5
O primeiro, como a figura ao lado mostra, é constituído por
duas bolas de sabugueiro suspensas de dois fios de seda.
Quando se toca num deles com uma barra carregada, as bolas
afastam-se (e tanto mais quanto maior for a carga da barra).
O segundo (electroscópio de folhas) é constituído por duas
folhas muito finas de ouro, prata ou estanho presas na
extremidade inferior por uma vara condutora, a qual termina
superiormente por um botão. Todo o sistema está metido num Em repouso Carregado
frasco e vidro.
Por exemplo, se tocarmos no botão com uma barra carregada
positivamente, as cargas comunicam-se às folhas e estas repelem-se e
afastam-se.
6
O Poder das Pontas
Este efeito electrostático consiste na
acumulação de cargas eléctricas à
superfície dos condutores e muito
principalmente nas arestas e pontas Vidro
7
Ficha 3 – O Circuito Eléctrico
8
Circuito Hidráulico Bomba Canos Turbina
Circuito Eléctrico Gerador Condutores Lâmpada
3.A – Geradores
Gerador é todo o sistema capaz de pôr as cargas eléctricas em movimento através de
um circuito. Para tal o gerador cria no seu interior uma força eléctrica denominada força
electromotriz que faz aparecer aos seus terminais uma tensão ou diferença de potencial.
Os geradores dividem-se em dois grupos:
1. Estáticos – em que não há quaisquer peças em movimento (como é o caso das
pilhas e dos acumuladores, que transformam energia química em eléctrica).
2. Girantes – assim chamados porque no seu interior existem peças em
permanente movimento de rotação (como é o caso dos dínamos e alternadores
que transformam energia mecânica em eléctrica).
3.B – Condutores
Os condutores mais vulgarmente utilizados são constituídos por um ou mais fios de
cobre macio, ou de alumínio, isolados com uma camada de PVC (designação da liga
plástica quimicamente constituída por policloreto de vinilo).
As secções fabricadas são normalizadas e os cabos eléctricos têm nomenclaturas de
acordo com as suas principais características. (número de condutores, flexibilidade,
material, isolamentos, etc.).
Dado que as designações dos cabos foram alteradas há relativamente pouco tempo
apresenta-se a seguir um quadro comparativo das duas nomenclaturas.
9
Segue-se a explicação do significado das letras para as novas designações:
3.C – Receptores
Os receptores são aparelhos que consomem energia eléctrica produzida pelos
geradores (tais como lâmpadas, caloríficos resistências em
geral, campainhas, etc.).
Contactor
10
aparelhos de manobra muito rapidamente (em muitos casos logo à primeira manobra) e
os próprios circuitos, torna-se necessário arranjar dispositivos que efectuem as
manobras com velocidades bastante elevadas e que, por consequência “cortem” a faísca
quando ela ainda não é perigosa.
Muitas vezes é mesmo necessário recorrer a um circuito eléctrico auxiliar, como
mostra o esquema simplificado da figura.
Existe portanto um motor M, que funciona com corrente alternada (símbolo ~) e tem
consumo eléctrico relativamente elevado. Se o motor arrancasse por ligação manual do
interruptor I2, provavelmente os contactos do interruptor fundiriam e ele seria destruído
(podendo mesmo ocorrer a sua explosão).
Para o evitar utiliza-se o circuito eléctrico auxiliar que está à esquerda da linha a
tracejado, de modo que para arrancar o motor se manobra, não I2 mas o interruptor I1.
Imediatamente se dá a magnetização da bobina B e a barra de ferro macio que está à sua
direita é atraída, mergulhando na bobina com uma velocidade elevada (há como que um
“disparo” da barra para dentro da bobina).
Quando abrimos o interruptor I1 a mola que é bastante forte, puxa a barra para a
posição inicial também com velocidade elevada, abrindo o interruptor I2.
Ao sistema descrito chama-se contactor, embora estes, na prática sejam de
constituição mais complicada. No entanto o sistema de funcionamento é o mesmo.
Os tipos de interruptores mais importantes que analisaremos mais detalhadamente na
prática são os seguintes: Interruptor de Facas; Interruptor Rotativo; Interruptor
Trembler; Interruptor Simples de Pêra; Interruptor de Pêra de Passagem; Botão de
Pressão.
11
Os disjuntores são sistemas de “disparo” automático dos circuitos que, quando os
valores de corrente ou tensão começam a exceder os valores para os quais estão
regulados, desligam os mesmos.
A diferença fundamental entre um sistema e outro está em que no primeiro caso há
destruição da protecção e no segundo caso apenas um disparo automático.
12
Ficha 4 – O Potencial ou Tensão Eléctrica
Sabemos já da análise dos circuitos eléctricos que, se ligarmos uma bateria a um
circuito eléctrico simples se dá um movimento orientado de cargas de um pólo para
outro da bateria, através do circuito. Isto acontece
porque se estabeleceu aos terminais do mesmo uma
diferença de nível ou potencial eléctrico entre os dois R
pólos da bateria. É evidente que, se a bateria estivesse
completamente descarregada não haveria qualquer
movimento de cargas uma vez que não haveria
diferença de potencial entre os extremos do circuito para
“empurrar” as cargas de um pólo para o outro.
Vejamos agora o que acontece na situação das
R
montagens seguintes:
No primeiro caso associaram-se duas baterias do A B
13
Ligação entre: Valor da tensão
Ae0 +50V (50-0)
Be0 +30V (30-0)
Ce0 +10V (10-0)
AeB +20V (50-30)
AeC +40V (50-10)
BeC +20V (30-10)
4.1 Unidades
A unidade fundamental de tensão ou d.d.p. no Sistema Internacional de Unidades,
que é o que usaremos ao longo do nosso estudo, é o Volt; representa-se abreviadamente
pela letra V. Em geral a tensão eléctrica representa-se pela letra U ou pela letra V, não
sendo muito de aconselhar esta última para não se confundir com a respectiva unidade
fundamental.
14
Ficha 5 – A Corrente Eléctrica
Já vimos na prática que os electrões da última camada se encontram já livres no seio
dos condutores. Quando aplicamos uma d.d.p.
aos terminais de um condutor, ela limita-se a
“empurrar” os electrões no sentido que vai do
pólo negativo para o positivo; este é o sentido R1
real, ou electrónico da corrente eléctrica.
Os electrões são atraídos para o pólo positivo
Sentido Real
segundo a lei de atracção e repulsão mencionada
na electrostática.
Durante muito tempo e enquanto não foi
descoberta a estrutura do átomo, admitia-se que
R1
as cargas eléctricas circulavam do pólo positivo
para o negativo, no interior dos circuitos. A este
sentido, que é o que vamos utilizar Sentido Convencional
15
Quando se fecha o circuito, observam-se os seguintes fenómenos referentes aos
efeitos atrás apontados:
1) Dá-se a electrólise da água, libertando-se hidrogénio junto da placa de
zinco e oxigénio junto da placa
de cobre.
I
2) A resistência R aquece
3) A agulha magnética
Cobre Zinco
desloca-se, ficando oblíqua em R
relação ao fio.
4) A lâmpada acende. L
16
5.3 Unidade industrial de carga eléctrica
Q
Da expressão I pode deduzir-se que Q I .t . Ora no caso por exemplo das
t
baterias torna-se necessário conhecer a capacidade de carga de cada uma delas, por
questão de segurança de funcionamento e durabilidade da carga.
Suponhamos então o seguinte exemplo concreto:
Dispomos de uma bateria que pode fornecer uma corrente de 4A durante 10h. Quer-
se saber a carga que ela fornece durante esse tempo. Utilizando o S.I. de Unidades e
como a hora tem 3 600 segundos,
I = 4A
Q = 4 × 3 600 = 144 000 C
Uma conclusão a tirar deste exemplo é a de que o resultado, para além de ser um n.º
bastante elevado, não diz muito no aspecto prático.
Utiliza-se por isso uma unidade industrial de carga que é o Ampere-hora (A.h) se
uma bateria debita 1A durante 1h, fica
Q = I.t = 1 × 1 = 1 A.h
Se tivéssemos seguido o S.I. era
Q = I.t = 1 × 3 600 = 3 600 C
Conclui-se assim que
1 A.h = 3 600 C
Normalmente nas baterias vêm indicados: a tensão de serviço, intensidade de
corrente nominal, capacidade de carga (em A.h).
NOTA FINAL
Não se devem confundir as unidades do S.I. com algumas unidades industriais que
são usadas apenas para meia dúzia de grandezas. Com efeito o S.I., conforme o próprio
nome indica, é um sistema de unidade internacionalmente acordado e usado de modo a
evitar que se utilizassem várias unidades diferentes para a mesma grandeza, o que só
lançava a confusão. As unidades industriais utilizam-se apenas nos casos em que as do
S.I. são de valor muito pequeno comparadas com os valores vulgares da Indústria.
17
Ficha 6 – Resistência Eléctrica
18
Em que
l – Comprimento
s – Secção
R – Resistência
↑ - Aumento
↓ - Diminuição
A partir destes dois tipos de proporcionalidade podemos deduzir a seguinte
expressão:
l
R
s
Em que a proporcionalidade entre R, l e s está claramente representada.
A letra ρ (pronuncia-se ró) representa o coeficiente de resistividade eléctrica ou
resistência específica da substância, o qual é característico de cada material.
As unidades utilizadas são
R – Ω (Ohm)
l – m (metro)
s – mm2 ou cm2
ρ – Ω.mm2/m ou Ω.cm2/m
A aparente incoerência das unidades indicadas por se não respeitar totalmente o S.I. é
apenas aparente. Se substituirmos as unidades na expressão geral deduzida para R e
fizermos as necessárias simplificações obtemos para um e outro caso:
.mm2 m
Donde fica Ω=Ω
m mm2
.cm 2 m
2 Donde fica Ω=Ω
m cm
Como ficou provado, desde que se afinem as unidades de secção pelas de
resistividade não há incoerência de unidades.
- Coeficiente de temperatura – α
O coeficiente de temperatura é uma característica de cada substância e é um valor
dado por tabelas. Desenvolvendo então a expressão indicada fica:
Rf = Ri + α Ri ( t f - t i )
ou ainda :
Rf = Ri [1+ α ( t f - t i )]
NOTA :
É fácil ver que, quanto maior for o valor de α maior é a variação da resistência com a
temperatura. Há posto isto que distinguir três tipos de substâncias fundamentais.
1.º Tipo) Que são as mais vulgares, aumentam de resistência com a temperatura
(valor de α positivo)
20
Substâncias Valor de α Utilização
Cobre +0,0038 Condutor e eléctrodos
Alumínio +0,0040 Condutor e eléctrodos
Aço +0,0045 Condutor (pouco frequente)
Prata +0,0045 Eléctrodos
Tungsténio +0,0041 Lâmpadas
21
Ficha 7 – Lei de Ohm aplicada a uma resistência
Esta lei também chamada “lei de Ohm em circuito aberto” diz que, quando aos
terminais de uma resistência R se aplica uma d.d.p. U, a corrente que a percorre é
directamente proporcional à tensão e inversamente proporcional ao valor da resistência.
U
I
R
22
Este fenómeno que foi abordado acima só para resistências tem de se levar em linha
de conta também para os condutores, principalmente quando estes são bastante
compridos. Com efeito, se alimentarmos uma resistência por um gerador que tenha
100V de tensão aos terminais e os condutores de alimentação forem muito compridos e
de secção reduzida, pode acontecer que a tensão aos terminais da resistência seja
bastante inferior a 100V (80V por exemplo).
10V
23
É evidente que não. Isto porque a corrente eléctrica não está constantemente a fluir
no circuito, atravessa também o gerador, e aí vai haver com certeza uma certa
resistência ou oposição a essa travessia.
Fácil é concluir, por outro lado, que cada gerador tem uma resistência característica.
A esta resistência chama-se resistência interna do gerador.
Façamos agora a seguinte experiência: tomemos por exemplo uma bateria e meça-se
a d.d.p. aos seus terminais. Ligue-se agora o circuito simples seguinte com a bateria, um
reóstato, um amperímetro e um voltímetro.
1.ª Conclusão: a tensão aos terminais da
bateria, quando ela não estava integrada no
A
circuito era maior do que quando integrada
R
nele.
2.ª Conclusão: À medida que a corrente
V
consumida pelo circuito for aumentando
(porque se baixa a resistência no reóstato)
verifica-se que a tensão aos terminais da
bateria vai baixando. Este raciocínio
encadeado pode resumir-se no seguinte quadro:
Reóstato Intensidade da corrente Tensão da bateria
↓ ↑ ↓
NOTA:
Este tipo de raciocínio encadeado deve ser feito permanentemente pelos alunos na
análise das várias grandezas dos circuitos para melhor entendimento das leis que regem
o seu funcionamento.
Podemos então definir a F.E.M. de um gerador (que se representa
pela letra E, como sendo a tensão aos terminais do gerador quando V’
G
este se encontra em vazio, isto é, desligado de qualquer circuito
externo que não seja o voltímetro).
A f.e.m. mede-se, tal como a tensão, em Volt.
A situação descrita no início desta página pode ser realizada pelos esquemas de
montagem seguintes:
Conclui-se pois que no segundo esquema, desde que o interruptor esteja aberto, o
resto do circuito não está em funcionamento, portanto é como se não existisse.
24
Vejamos agora o que se passa na
aplicação da lei de Ohm ao circuito atrás
mencionado.
R
1.º) Quando se vai ligar a bateria ao
circuito conclui-se que vamos aplicar ao
V’ = E
mesmo, no instante inicial uma f.e.m. G V’
igual a E.
2.º) A resistência total Rt que deve
Interruptor Aberto
figurar na lei não deverá ser apenas a
A
resistência exterior R, mas também a
resistência interna do gerador, Ri.
Posto isto a lei de Ohm generalizada terá então a forma: E= Rt I
Se atendermos agora a que Rt = R + Ri, pode escrever-se E = (Ri + R) I e aplicando a
propriedade distributiva da multiplicação em relação á adição fica: E = Ri I + R I
No entanto, como vimos na lei de Ohm aplicada a uma resistência, o produto R I é a
tensão aplicada à entrada do circuito (que se mede no voltímetro) pelo que fica ainda
E = Ri I + U.
Pela análise desta expressão vê-se porque é que, quando a corrente começa a
aumentar a tensão aos terminais do gerador também baixa.
A f.e.m. (E) tem um valor constante, bem como (em primeira aproximação), a R i do
gerador. É evidente que, sendo o primeiro membro da igualdade constante, quando a
corrente I cresce, o termo Ri I também vai crescer. Então tem que baixar o valor de U
para que a soma se mantenha constante. Resumindo estas considerações num quadro
fica:
E I Ri I U
Fixo ↑ ↑ ↓
25
Ficha 8 – Leis da associação de resistências
Os três processos fundamentais de associar resistências são:
1.º) Série 2.º) Paralelo 3.º) Misto
R1 R2
8.1 Associação série: I
U
dada por: (4) It . Então substituindo (2), (3) e (4) em (1) fica:
Rt
26
U U U 1 1 1
Ou U U . Finalmente vem:
Rt R1 R2 Rt R1 R2
1 1 1
. Conclui-se assim que o inverso da resistência equivalente à
Rt R1 R2
associação em paralelo de duas resistências é igual à soma dos inversos das resistências.
No caso de serem apenas duas resistências pode utilizar-se a expressão:
R1 R2
Rt .
R1 R2
paralelo R2 // R3. R3
27
Ficha 9 – Leis de Kirchoff
As leis de Kirchoff servem para estudar a distribuição de correntes em circuitos com
mais de uma malha.
Suponhamos então o circuito da figura seguinte onde vamos verificar o número de
malhas e nós que existem no circuito. Para isso precisamos de saber o que são malhas e
nós.
Definição – Chama-se malha a qualquer caminho fechado que se pode definir num
circuito.
R1 R2 Definição – Chama-se nó ao ponto
A C E
de encontro de 3 ou mais ramos do
circuito.
R3
E1 E2
Conclui-se destas definições que o
circuito dado tem 3 malhas – ABDCA;
CDFEC; ABFEA e dois nós – C e D.
B F
D
R4 R5 Definição – Designa-se por ramo
qualquer troço de circuito que liga dois nós diferentes. Daqui se conclui que o circuito
dado tem três ramos.
R1 R2
A aplicação das leis de Kirchoff vai A C C E
de ramos. B F
D D
R4 R5
Vamos pois enunciar as duas leis,
apresentando a seguir as convenções que é necessário utilizar para que a sua escrita seja
correcta. Convém porém notar o seguinte: só nos interessa considerar para a escrita da
lei das malhas, as malhas independentes, ou seja, as malhas que não sejam totalmente
formadas por troços de outras malhas já referenciadas.
No nosso caso só nos interessam duas das três malhas possíveis.
Para a escrita da lei dos nós só nos interessam n-1 nós, sendo n o número total de nós
que se encontram no circuito.
No caso presente é n=2, logo só nos interessam n-1= 2-1=1 nó.
28
9.1 Lei das malhas
A soma algébrica das forças electromotrizes com as quedas de tensão, ao longo de
uma malha é igual a zero: Σ E + Σ R · I = 0.
Σ – é um sinal que indica somatório ou soma
Deve analisar-se sempre qual é a corrente que passa em cada resistência, para
escrever as respectivas quedas de tensão na lei das malhas.
Dado que conhecemos o valor das resistências do circuito e das respectivas f.e.m.,
ficámos com um sistema de equações em que as incógnitas são as correntes I1, I2 e I3.
Porém como sabemos, só podemos resolver sistemas em que o número de equações seja
igual ao número de incógnitas.
Como no caso presente só temos duas equações, vamos recorrer á lei dos nós para
arranjar a terceira equação que nos falta.
No nó C fica então: I3 = I1 + I2.
29
Substituindo então I3 no sistema anterior, ficamos com um sistema de duas equações
e duas incógnitas, que já sabemos resolver.
30
Ficha 10 – Pilhas eléctricas
A pilha de Volta (1800) foi uma das primeiras pilhas a ser
inventada e era constituída por rodelas empilhadas em coluna (daí a
designação de pilha).
Tinha alternadamente uma rodela de zinco, uma de pano
impregnado de ácido sulfúrico e uma rodela de cobre, como mostra
a figura.
Este conjunto de três rodelas formava um elemento de pilha.
Obviamente quanto mais elementos se sobrepuserem, maior será a
f.e.m.
Podemos reconstruir a pilha de Volta de forma prática se num
recipiente de cristal deitarmos uma solução de ácido sulfúrico a
10% e mergulharmos dentro dela uma lâmina de zinco e uma
lâmina de cobre.
Um voltímetro ligado entre as duas lâminas
indicará uma d.d.p. de aproximadamente 1 V.
Desprezando a corrente absorvida pelo voltímetro,
esta d.d.p. é igual à f.e.m. da pilha.
Note-se que o pólo positivo do voltímetro deve ser
ligado à placa de cobre e o negativo à placa de zinco.
Temos assim um gerador elementar de electricidade.
Os iões SO4 que estão em contacto com o zinco puro, atacam-no formando sulfato
de zinco a abandonam no eléctrodo as suas cargas negativas:
Zn SO4 SO4 Zn 2 electrões
O zinco carrega-se pouco a pouco e acaba por rejeitar os iões SO4 . O ataque do
zinco é então parado.
Estando o eléctrodo de zinco carregado negativamente, a pilha possui uma certa
f.e.m.
b) Estabelecimento de uma corrente
Se aos terminais da pilha se liga um circuito, os electrões passam do zinco para o
cobre. Tendo perdido as suas cargas o zinco é de novo atacado e o cobre, que recebeu as
cargas negativas, atrai os iões H+ e descarrega-os. Parece portanto poder circular
indefinidamente uma corrente através do circuito eléctrico.
c) Polarização
Os iões H+, uma vez descarregados, formam em redor do cobre um invólucro de
hidrogénio gasoso, que é isolante. Por consequência a f.e.m. anula-se ao fim de certo
tempo, uma vez que já não há contacto eléctrico entre o cobre e o electrólito. A pilha
polarizou-se.
d) Despolarização
Para pôr a pilha de novo a funcionar é necessário despolarizá-la, eliminado o
hidrogénio que rodeia o cobre. Para tal podemos utilizar os seguintes processos:
1 – Tirar o eléctrodo de cobre e enxugá-lo
2- Recorrer á destruição do hidrogénio, à medida que este se vai formando, com a
1
ajuda de um oxidante: H 2 O2 H 2O .
2
35
n ri
Ri
m
n número de elementos de cada ramo .
m número de ramos do paralelo
36
Ficha 11 – Acumuladores
37
Conclui-se daqui que na descarga há consumo de ácido e produção de água, logo há
diminuição da concentração de ácido.
38
Aumenta muito rapidamente a 1,8V a 2,1V e depois lentamente de 2,1 a 2,2V até
à nona hora. A partir daqui aumenta de novo rapidamente até final da carga.
A carga, ao reconstituir o ácido, faz aumentar a concentração deste durante todo o
tempo que dura o fenómeno.
3
C – Índices do fim de carga: 2,5
- f.e.m. = superior a 2,5V 2
E(V)
1,5
- Densidade do electrólito = 1,200
1
- Cor das placas: 0,5
0
- Positiva: castanha; 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
- Negativa: cinzenta. t(h)
39
11.1.5 – Rendimento.
A – Rendimento em quantidade – é o seguinte quociente:
Q fornecida na descarga Q útil
q
Q fornecida na carga Q absorvida
0,8
horas, com uma corrente constante.
0,6
B – F.E.M. – Decresce bastante 0,4
0,2
regularmente de 1,35V até cerca de
0
1V; depois decresce bruscamente. 0 1 2 3 4 5 6
t(h)
Esta queda rápida de tensão é o
único indício do fim da descarga.
11.2.3 – Estudo prático da carga.
A – Condição de carga – A carga realiza-se em sete horas com uma corrente idêntica
à da descarga.
B – F.E.M. – Para os acumuladores de placas aglomeradas cresce lentamente de 1,5 a
1,7V.
41
Para os acumuladores de placas perfuradas apresenta dois saltos de crescimento
rápido no decurso da carga.
2
1,8
1,6
1,4
1,2
E(V)
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 1 2 3 4 5 6 7
42
11.2.5 – Rendimentos
A – Rendimento em quantidade:
Qu
q
Qa
Posto que para uma mesma corrente a carga dura 7 horas e a descarga 5 horas, o
rendimento é de 5/7, ou seja, 0,714 = 71,4%.
B – Rendimento em energia:
Qu V
w
Qa V '
43
Ficha 12 – Energia e potência eléctrica
12.3 Rendimento
Temos a noção de que, quando queremos transformar um determinado tipo de
energia noutro, há sempre uma certa quantidade de energia que se perde. Por exemplo,
se analisarmos o diagrama seguinte em
que temos um motor eléctrico a Energia Motor Energia
funcionar, verificamos que uma parte da eléctrica eléctrico mecânica
1000 J 800 J
energia eléctrica que o alimenta se perde
não se transformando em energia mecânica.
Fácil se torna verificar que a energia de perdas é dada por: Wp = Wa - Wu ou seja, é a
diferença entre a energia absorvida Wa (à entrada do sistema e a energia útil Wu
verdadeiramente aproveitada. Fica Wp = 1000 – 800 = 200 J.
Então define-se como rendimento de um sistema qualquer como a razão:
Wu
Wa
Note-se que este valor é sempre inferior á unidade; com efeito, no caso presente é
800
0,8 80%
1000
Conclui-se assim que, quanto maiores são as perdas menor é o rendimento.
Indicam-se a seguir os rendimentos aproximados de alguns sistemas.
Motor de explosão – 30% a 40%
Motor eléctrico – 70% a 90%
Lâmpada incandescente – 1,5%
Transformador – 95% a 99%
45
W
W=Pt (porque era P ) logo:
t
W=UIt
É evidente que, a partir da lei de Ohm podemos exprimir a potência por:
P = U I = R I I = R I2 ou ainda
U U2
P U I U
R R
46
12.6 Unidades práticas de energia eléctrica
A unidade prática de energia, que é por exemplo aquela em que se exprime a leitura
dos contadores de energia eléctrica é o Watt-hora (Wh), de que se usa com muita
frequência o múltiplo que é o kilowatt-hora (Kwh).
O Wh é a energia produzida (ou consumida) por um gerador (ou receptor) de 1W de
potência, durante 1hora. Em unidades fundamentais do S.I. fica:
1Wh = 1W 1h = 1W3600s = 1J/s3600s = 3600J
47
quando a temperatura chega a 90ºC voltando a ligá-la quando a temperatura descer a
70ºC.
Para calcular a quantidade de calor necessária para aquecer uma certa massa de água
m utiliza-se a expressão:
Q = mct
em que : Q – quantidade de calor em caloria
m – massa do elemento a aquecer em grama
c – calor específico do elemento em caloria/g.ºC (= cal./g.ºC)
t - variação da temperatura em ºC
Nota: Definição: Chama-se calor específico de uma substância à quantidade de calor
necessária para elevar de 1ºC a temperatura de 1g da substância.
48
Sob o ponto de vista de construção existem três tipos fundamentais de fusíveis, como
mostra a figura seguinte.
49
Intensidade Permanente Admissível em Condutores de Cobre Isolados e Calibres
dos Fusíveis nas Instalações de Utilização
Secção Nominal do Intensidade Máxima Intens. Nominal do Fusível
Condutor (mm2) (Ampere) de Protecção (Ampere)
0.75 9 6
1 11 6
1.5 14 10
2.5 20 15
4 25 20
6 31 25
10 43 35
16 75 60
25 100 80
35 125 100
50 160 125
70 200 160
95 240 190
120 280 225
150 325 260
185 380 300
240 450 360
310 540 430
400 640 500
500 760 600
625 880 700
800 1050 850
1000 1250 1000
Classificação de locais
Os locais de instalações eléctricas de utilização são classificados, para efeitos de
precauções especiais na elaboração do respectivo projecto e execução do mesmo,
quanto ao ambiente e quanto à natureza da utilização que vier a ser dada às referidas
instalações.
1. Quanto ao ambiente: - Abreviatura:
Sem riscos especiais (secos) - SER
Temporariamente húmidos - THU
Húmidos - HUM
Molhados - MOL
Expostos - EPT
Submersos - SUB
Poeirentos - POE
De ambiente corrosivo - ACO
Sujeito a altas temperaturas - ATP
Sujeito a baixas temperaturas - BTP
Sujeito a acções mecânicas intensas - AMI
Com risco de incêndio - RIN
Com risco de explosão - REX
50
2. Quanto à utilização:
Residenciais ou de uso profissional (casa de habitação, escritórios, etc.)
Estabelecimentos recebendo público (casa de espectáculo, hospitais,
estabelecimentos de ensino e comerciais, etc.)
Estabelecimentos industriais (fábricas, oficinas, garagens, etc.)
Estabelecimentos agrícolas ou pecuários (incluindo estábulos, armazéns, etc.)
Locais afectos a serviços técnicos (onde existem equipamentos, etc.)
Tipos de canalizações utilizadas e respectivo material.
1. Canalização à vista
2. Canalização embebida
3. Canalização enterrada
4. Canalizações subaquáticas
5. Canalizações amovíveis
1.º Tipo – Neste caso os condutores podem seleccionar-se dos seguintes modos:
a) Condutores isolados rígidos, estabelecidos sobre isoladores.
b) Condutores isolados rígidos protegidos por tubos.
c) Cabos rígidos com uma bainha ligeira.
d) Cabos rígidos, de duas bainhas ou bainha reforçada.
e) Cabos com armadura.
f) Cabos flexíveis.
2.º Tipo – Neste caso são abertos roços nas paredes nos quais se introduzem os tubos
(onde se vão enfiar os condutores) e as caixas de derivação, de modo a que se não
deteriorem ou amolguem.
3.º Tipo – Neste caso são abertas valas, no fundo das quais vão assentar os cabos. As
caixas de derivação são estanques e, quando os cabos não forem enfiados em condutas
devem ser envolvidos em areia ou terra fina para resistirem melhor á pressão ou ao
abatimento de terras.
4.º Tipo – Os cabos podem simplesmente assentar sobre o fundo dos locais
submersos mas devem levar lastros para não se afastarem facilmente da posição de
assentamento.
5.º Tipo – Devem ser feitas de condutores isolados protegidos por tubos flexíveis, ou
cabos. Os condutores destas instalações não devem ser emendados; em caso de ser
51
necessário acrescentá-los ou derivá-los deve-se fazer essa operação com aparelhos
próprios.
Nota final: os tubos mencionados em 1. e 2., para enfiamento dos condutores são os
chamados tubos VD. Existem diversos diâmetros disponíveis consoante o número de
condutores que vão ser enfiados. O diâmetro apropriado para cada caso escolhe-se a
partir de tabelas.
Para canalizações embebidas, por exemplo, a tabela a utilizar é a seguinte:
Secção Diâmetro nominal dos tubos em mm
nominal dos Número de condutores
condutores 1 2 3 4 5
(mm2)
1,5 12 16 16 16 20
2,5 12 16 20 20 25
4 12 20 20 20 25
6 12 20 20 25 32
10 16 32 32 32 40
16 16 32 32 40 40
25 20 40 40 50 50
35 25 50 50 50 63
52
Ficha n.º 13 – Magnetismo
13.1 Ímanes
Desde tempo remoto que se conhece a existência, na Natureza, de elementos com
propriedades magnéticas, ou seja, que atraem o ferro, o aço, o níquel, etc.. O mineral
que fundamentalmente constitui esses elementos é a magnetite, que na sua variedade
mais pura se designa por pedra-íman ou pedra magnética.
Dado que as propriedades magnéticas se podem comunicar temporariamente ao ferro
e permanentemente ao aço, classificam-se por isso os ímans de magnetite como naturais
e os segundos como artificiais.
Visto que é possível graduar o magnetismo dos ímans artificiais, concluímos que eles
têm vantagem em relação aos naturais, para certas aplicações.
53
qualquer agulha magnética vire o seu norte magnético para o ponto A, o que mostra a
possibilidade de orientação através da agulha magnética.
Chama-se declinação magnética de um local ao ângulo formado
pelo meridiano magnético e o meridiano geográfico do local.
N
verificamos que ele cria entre os seus pólos um S
N S N S N S N S N S N S
56 N S N S N S N S N S N S
13.8 Teoria molecular do magnetismo
Sabemos que, se partirmos um íman em duas partes, obtemos dois novos ímans e
que, se repetirmos a operação indefinidamente vamos
sempre obtendo novos ímans. Isto acontece porque
cada átomo de uma substância ferromagnética é um
pequeno dipolo magnético, ou seja, um pequeno íman,
como a figura mostra.
Portanto, mesmo que fraccionássemos o íman até
chegar à dimensão dos átomos obteríamos sempre
ímans cada vez mais pequenos visto que essa
orientação dos dipolos se mantém em cada uma das
partes.
57
Ficha 14 – Electromagnetismo.
58
condutor curvilíneo, imagine os quatro dedos da mão direita acompanhando o sentido
da corrente; então o polegar esticado indica o sentido do campo.
59
Se introduzirmos no interior da bobina uma barra de ferro verificamos que, para
valores relativamente baixos do campo magnético se obtém uma indução elevada.
Contudo, quando a excitação ultrapassa um determinado valor verificamos que por
muito que se aumente a corrente, a indução aumenta muito pouco.
Diz-se então que se atingiu a saturação magnética, que é devida á presença do
núcleo de ferro.
Se tentarmos agora traçar experimentalmente
a curva de magnetização de uma bobina com
núcleo de ferro, entre um máximo positivo e um
máximo negativo de corrente, obtemos a
seguinte curva fechada que a figura seguinte nos
mostra e que se chama o ciclo de histerese.
Analisando a curva de magnetização obtida conclui-se que a histerese conduz a
perdas de energia uma vez que, a partir de certa
altura, o aumento de corrente não conduz a um
aumento de indução.
14.6. Relés
O relé é um dispositivo eléctrico destinado a provocar uma determinada modificação
de funcionamento de um circuito, quando no mesmo se verificam determinadas
condições.
Existem dois tipos fundamentais de relés: electromagnético e térmico.
O primeiro baseia-se no funcionamento
do electroíman e utiliza-se para proteger as
instalações contra curto-circuitos. Com
efeito, quando a corrente atinge um valor
excessivo a armadura é atraída visto que a
força magnetizante do electroíman
ultrapassa a força da mola. Isto faz com
61
que o interruptor se abra e interrompa o circuito.
O relé térmico (bimetálico) baseia-se no efeito de Joule e protege os circuitos contra
sobrecargas. O elemento fundamental da sua constituição é uma lâmina bimetálica,
constituída por duas lâminas de metais diferentes, justapostas. Dado que cada um dos
metais tem um coeficiente de dilatação diferente, quando são atravessados pela corrente
eléctrica e se produz o efeito de Joule, a lâmina encurva e solta o disparador, desligando
o circuito.
Quando se prime o botão de armar o disjuntor (liga-desliga), o mecanismo fecha o
contacto e fica preso, completando o circuito.
Em alguns disjuntores existe um botão regulador exterior à caixa do disjuntor que
permite regular a intensidade da corrente que dispara o sistema (normalmente de 0,6 In
até In (In – valor nominal da corrente do disjuntor).
O aquecimento do relé pode ser directo (se toda a corrente passa através do
bimetálico), indirecto (se a corrente passa por um fio que é enrolado á sua volta), ou
misto (se passa uma parte da corrente pela lâmina e outra parte pelo fio). O primeiro
tipo é o de actuação mais rápida de todos.
Aplicações:
O relé serve, como já vimos, para sistemas de protecção, mas também para
automação do funcionamento de determinados sistemas, por consequência a intervenção
humana directa (como é o caso das ligações telefónicas directas)
Símbolos habituais:
Disparador térmico
Relé electromagnético
62
Relé temporizador
14.7. Campainhas
Os tipos de campainhas mais usuais são as de campânula, cujo 1 2 3
esquema se encontra na figura ao lado, e a do tipo besouro.
Nesta última não existe campânula metálica, mas uma palheta
I
metálica que vibra em ressonância com a frequência do núcleo da
L
bobina, produzindo um zumbido que é amplificado pela caixa
plástica em que o conjunto está inserido. A
63
Como se constitui do exposto, as campainhas utilizam-se na sinalização sonora em
vários campos da actividade humana: chamamento ou aviso, alarmes industriais (contra
roubo, mau funcionamento de aparelhos ou sistemas industriais, para sinalizar
determinadas manobras, nos comboios, passagens de nível, etc.).
14.7.2 – Simbologia
A representação esquemática de uma campainha é a que se encontra na
figura ao lado: campainha de alarme.
14.7.3 – Normas de utilização
Ao instalar uma campainha há que ter em conta certas normas prescritas pelo
regulamento de segurança, tais como:
a) Protecção eléctrica de acordo com as características da campainha.
b) Protecção contra a penetração de líquidos, poeiras ou corpos sólidos.
c) Protecção contra riscos de incêndio.
64
Relutância magnética – Também se designa muitas vezes por “resistência
magnética” do circuito e é a “resistência” que o circuito magnético oferece à passagem
das linhas de força do campo.
l Comprimento do circuito (m)
S
l Secção (m 2 )
A sua expressão é: Rm em que:
S Permeabili dade magnética (H/m)
Rm Relutância magnética (H -1 )
↑ ↓ ↑
Com base nestas deduções e nas considerações feitas anteriormente obtém-se a
F
seguinte expressão: Ø
Rm
a) F.m.m. total
A f.m.m. total é igual á soma das f.m.ms. parciais dos enrolamentos em série
produzindo fluxos do mesmo sentido.
Note-se que no caso dos vários enrolamentos produzirem fluxos de sentidos
diferentes, convenciona-se um sentido de f.m.m. para positivo e faz-se a soma
algébrica (com sinais + e -) das f.m.ms. tal como nas f.e.ms. dos circuitos
eléctricos (de acordo com a lei de Lenz). Ft=F1+F2+…
Exemplo: Ft=200-130=70Ae I1 Ø1 Ø2
I2
65
É evidente que o fluxo 2 contraria o fluxo 1 e vai portanto anular uma parte do seu
efeito. Se as f.m.ms. fossem iguais e de sinal contrário (sentido contrário), a f.m.m.
resultante era nula.
b) Relutância total
A relutância magnética total de um agrupamento de elementos em série é igual á
soma das relutâncias parciais: Rt = R1 + R2 + …
c) Fluxo magnético
Para um circuito que tenha várias f.m.ms. e várias relutâncias, o fluxo e dado por:
Ft
Ø
Rt
b) Fluxo Ø1
Entreferro
Quando o circuito magnético apresenta uma interrupção na sua
configuração, que obriga o fluxo a atravessar o ar,
chama-se a essa zona o entreferro. Nesta zona, dado que
a permeabilidade magnética é muito menor, há uma
maior dispersão magnética, como se vê na figura.
66
14.9.4. Quadro comparativo dos circuitos eléctricos e magnéticos
I Ø
67
Ficha 15 – Indução electromagnética
A B C
Note-se que a f.e.m. induzida só dura enquanto dura a variação do fluxo indutor.
O primeiro processo acima indicado aplica-se em geradores rotativos e o segundo
nos transformadores estáticos.
Na figura C, Que ilustra o segundo processo, o indutor é alimentado por corrente
alternada. Esta cria na bobina um fluxo variável, o qual induz no enrolamento induzido
uma corrente também alternada.
Se numa bobina mergulhada num campo magnético introduzirmos ou retirarmos uma
barra de ferro, dado que há uma variação da relutância magnética da bobina, há
consequentemente uma variação de fluxo que induz uma corrente na bobina.
68
A – O saca-rolhas roda recuando, uma vez que algumas linhas de força como que
“recuam e desaparecem”. Então o sentido da corrente induzida é tal que contraria esse
efeito.
B – Neste caso dá-se precisamente o inverso.
Regra da mão esquerda
Esta regra está ilustrada na figura seguinte:
O fluxo segue a direcção do dedo indicador, a
corrente no condutor á a indicada pelo dedo médio e o
deslocamento do condutor no seio do campo
magnético é indicado pelo polegar da mão esquerda.
Também se pode enunciar da seguinte forma:
O fluxo entra pela palma da mão e o polegar indica a direcção e sentido do
movimento do condutor. Então os restantes dedos indicam o sentido convencional da
corrente induzida. É fácil verificar que cm a mão aberta esta descrição é em tudo
semelhante á anterior.
70
núcleo, se este fosse constituído por uma peça única.
15.5. Auto-indução
Quando se liga ou desliga um circuito eléctrico que L
I=
U ς
chama-se constante de tempo da bobina R
e é dada por:
Funcionamento
seg.
Ligar Desligar
estável
L
em que L Henry
R R Ohm
ς t
ς Lê-se “tau”
71
15.6. Coeficiente de auto-indução
L em que (S.I.): L – Henry; ϕ – Webber; I – Ampere.
72
Ficha 16 – estudo das funções trigonométricas
As funções trigonométricas permitem, num triângulo rectângulo qualquer, relacionar
as medidas dos ângulos internos do triângulo com as medidas dos lados. Vamos abordar
neste ponto apenas as funções trigonométricas directas, que são: Seno; Coseno e
Tangente.
Recorrendo ao triângulo rectângulo de lados R, X e Z, estas funções definem-se do
seguinte modo:
Como se pode concluir as funções seno e coseno variam entre (-1, +1) e a função
tangente entre ).
73
Nota Final:
Das definições das funções dadas tiram-se ainda as seguintes conclusões
importantes:
1) Num triângulo rectângulo, qualquer cateto é igual ao produto da hipotenusa pelo
seno do ângulo oposto (##) ou pelo coseno do ângulo adjacente (##)
74
Ficha 17 – Introdução ao Estudo de Grandezas Alternadas Sinusoidais
75
Posição 0º:
Nesta posição a espira está a deslocar-se paralelamente em relação às linhas de força
do campo magnético. Portanto não corta essas mesmas linhas de força e não há corrente
induzida na espira.
Evolução da posição 0º para a de 90º:
Durante esta evolução da espira, esta vai cortando um número cada vez maior de
linhas de força, até que atinge o máximo na posição de 90º. Portanto a corrente cresce
de zero (0º) até um valor
máximo (90º).
Evolução da posição
de 90º para a posição de
180º:
A espira começa a
partir de 90º a cortar um
número cada vez maior
de linhas de força, até
que, no ponto de 180º
deixa novamente de
cortas as linhas de força.
Portanto a corrente diminui entre os 90º e os 180º, até se anular completamente nesta
ultima posição.
Evolução da posição de 180º para a posição de 270º:
A partir da posição de 180º volta a dar-se um aumento do número de linhas de força
cortadas pela espira, desde zero até um valor máximo. Simplesmente houve uma
inversão do sentido em que se faz esse corte. Por exemplo, o troço da espira a cheio faz
agora o corte das linhas de força de baixo para cima, enquanto antes o tinha feito de
cima para baixo.
O sentido da corrente (ou seja, a sua polaridade) inverteu-se e cresce agora de zero
até um máximo negativo.
Evolução da posição de 270º até 360º (ou 0º):
Entre estas duas posições diminui novamente o número de linhas do campo cortadas
pela espira, (desde um máximo negativo até zero, no que respeita à intensidade da
corrente).
76
17.2. Período ou ciclo. Frequência.
Define-se período como o tempo necessário para que qualquer movimento volte a
assumir as mesmas características (por exemplo, o tempo que distam dois máximos
positivos ou dois máximos negativos, na curva da força electromotriz (Efem) atrás
apresentada).
Ao inverso do período chama-se frequência, que se mede em Hertz (Hz) ou ciclos
por segundo (c/s), no S.I.
77
A esta representação equivale ainda a que se encontra à direita, chamada
representação temporal e em que se representam os valores da projecção de , em
função do tempo, durante um período completo.
2 2
3 1 1 3
Am
Ā
α 4 8
4
0(=8) 0 T/4 T/2 3T/4 t
5 5 7
7
6 6
78
V
+Vef
t
A relação de grandeza entre
-Vef os valores eficazes e os valores
máximos é dada por:
V
1 2
+Vef
e
B
V
1 2= 3 4
+Vef
infinita à passagem de corrente contínua. Deve contudo notar-se que ao ligarmos uma
fonte de corrente contínua a um condensador, num pequeno período de tempo
imediatamente após a ligação (tempo que varia de condensador para condensador), se
80
observa uma passagem de corrente no circuito. Esta corrente chama-se corrente de carga
do condensador. Assim que a carga estiver completa cessa a passagem de corrente.
De modo análogo, ao curto-circuitarmos as placas de um condensador previamente
carregado, aparece uma corrente no circuito, de curta duração, que se chama corrente de
descarga. Mais adiante analisaremos estes fenómenos em pormenor.
Note-se ainda que a carga Q que o condensador acumula é directamente proporcional
à corrente de carga I e ao tempo de carga t.
Tensão de disrupção
81
Rigidez dieléctrica de alguns isolantes
Ar 30 KV/cm
Óleo mineral 100 ″
Papel parafinado 400 ″
Parafina 50 ″
Porcelana 100 ″
Mica 450 ″
Vidro 180 ″
82
Constante dieléctrica relativa de algumas substâncias
Substância εo
Ar 1
Papel 1,8 a 2,5
Parafina 2 a 2,7
Óleo isolante 2,2 a 2,7
Papel parafinado prensado 2,5 a 4,5
Papel endurecido 4a7
Porcelana e vidro 5a7
Mica 5a8
Cerâmica 5 a 3000
83
Em geral a carga completa de um condensador termina ao fim de 5 constantes de
tempo.
Descarga (posição 1 do interruptor)
Quando o condensador é descarregado (curto-circuitando os terminais do circuito),
verifica-se que a corrente toma um valor máximo I’, mas flui agora em sentido
contrário, até se anular ao fim de aproximadamente 5 constantes de tempo.
Gráfico da carga e descarga de um condensador
I
I’
carga
descarga
-I’
Nota final:
Note-se que a introdução de uma resistência R no circuito vai fazer com que o tempo
de carga e descarga aumente e esse aumento é tanto maior, quanto maior for o valor de
R (visto que ).
Por outro lado, se a resistência total do circuito fosse nula, o tempo de carga e
descarga seria nulo, ou seja, elas seriam instantâneas. Na prática isso nunca
acontece, uma vez que, mesmo com R=0 existe uma pequena resistência
associada aos condutores e ao próprio condensador.
Para com seguirmos portanto observar o fluir das correntes indicadas,
devemos utilizar uma resistência R de valor bastante elevado e tanto mais
elevado quanto menor for o valor do condensador.
84
17.6.4 – Associação de condensadores
U1 U2 U3
Associação em série:
+ - + - + -
Ao ligarmos a tensão de alimentação vão + - + - + -
C1 C2 C3
haver sucessivas quedas de tensão em cada
condensador.
Pela 2.ª lei de Kirchoff, fica: U
Por outro lado, a distribuição de cargas nas placas dos condensadores vai ser tal que,
como se observa na montagem, cada condensador fica com a mesma carga Q (isto
porque, quando na placa positiva do primeiro condensador aparecem n cargas positivas,
existirão n cargas negativas na placa negativa; por outro lado, se n cargas negativas se
deslocaram para a placa negativa do primeiro condensador então ficaram n cargas
positivas na placa positiva do segundo condensador, e assim sucessivamente).
Da expressão da capacidade tira-se que:
Ou seja,
Associação em paralelo: + -
+ -
Neste caso verifica-se que, aos terminais de cada condensador está Q 1 C1
aplicada a mesma tensão U, o que provoca uma distribuição de cargas + -
+ -
Q1, Q2 e Q3 em cada um, concluindo-se que: Q 2 C2
+ -
+ -
Q 3 C3
85 U
Note-se ainda que a carga total Q, debitada pla bateria é igual à soma das três cargas
indicadas:
86
C – Condensador metal-laca (ML) Alumínio
São constituídos por uma placa de alumínio que é revestida em
ambos os lados por uma fina camada de laca (verniz), que é o
dieléctrico. Sobre as faces exteriores da laca deposita-se a vácuo, uma
fina camada de zinco.
Têm também a propriedade de se autorrepararem e têm a vantagem
de ocuparem penas 1/3 do volume dos MP. Laca
São também do tipo enrolado, em que o dieléctrico é uma camada plástica. As suas
vantagens são o menor factor de perdas e a capacidade praticamente constante com a
temperatura.
E – Condensadores cerâmicos
Têm a forma de placas, tubos e copos. As armaduras são constituídas por uma
camada de prata e o dieléctrico é a cerâmica. Têm factor de perdas muito baixo.
F – Condensadores electrolíticos
São constituídos por duas folhas de alumínio e papel
de celulose com carbonato de sódio, que é empregue Alumínio
Óxido de
Electrólito
como electrólito. Geralmente como segunda placa usa-se alumínio
Alumínio
um invólucro de alumínio. O dieléctrico é uma finíssima
camada de óxido de alumínio, o que Faz com que se consigam elevados valores de
capacidade num espaço pequeno.
G – Condensadores variáveis
São constituídos por duas séries de placas isoladas entre si, cujo dieléctrico é o ar.
Uma série de placas é fixa e a outra é móvel, pelo que, pela rotação da parte móvel é
possível variar a capacidade do condensador.
87
17.7. Noção de impedância
A noção de impedância de um circuito em c.a. corresponde à noção de resistência em
c.c. Como consequência disso, a lei de Ohm, que se escrevia em c.c.:
Escreve-se agora:
que nos faz recordar a forma do teorema de Pitágoras para um triângulo rectângulo
em que os catetos sejam R e X e a hipotenusa seja Z.
Z
X
φ
R
Tem particular interesse no nosso estudo o ângulo φ que está assinalado na figura.
Esta letra representa a desfasagem entre a tensão e a corrente num dado circuito, que
estudaremos mais adiante.
88
V I
ω
V
φ
φ
Diagrama vectorial Diagrama temporal
A curva da tensão é fixa (pois quando se liga um circuito à rede, sabemos que a
tensão é fixa e a corrente é que vai variar). A curva da corrente vai então aparecer
desfasada da curva da tensão, sendo essa desfasagem dependente das características do
próprio circuito.
Da análise do diagrama vectorial conclui-se que a desfasagem representa também o
ângulo entre a resistência e a impedância.
VAC Z=R
89
V
I V
Como V e I estão em fase, então a desfasagem é nula. Repare-se que este facto era
previsível antes mesmo de se construir o diagrama vectorial da impedância – como não
há condensadores nem bobinas no circuito, então a reactância é nula (X=0) e o diagrama
fica:
V=Z.I
e φ=0
VR=R.I
90
Na bobina a desfasagem da corrente em relação à tensão é de 90º, dizendo-se que a
corrente está em quadratura e atraso em relação à tensão. Os respectivos diagramas
vectorial e temporal são:
V, I φ=π/2
V ω
φ=90º
V I
I t
V, I
V I
π/2 π 3π/2 2π
I t
φ=-90º
ω
V
φ
91
17.12. Estudo do circuito R-L série
17.12.1 - A configuração deste circuito é a seguinte:
R L
VR VL
VAC
V, I
V
V
I
ω
φ
φ<90º
I t
92
O diagrama de impedância é o que se segue, de acordo com o que foi dito no ponto
7.
Z
X
φ
R
VL
I
Z.
V=
φ I
VR
93
17.13. Estudo do circuito R-C série
17.13.1 – Este circuito tem a configuração seguinte:
R C
VR Vc
VAC
V, I
V
φ
I
φ ω t
V
94
O diagrama fica então:
I VR=R.I
φ ω
VC=XC.I V=Z.I
sendo:
Z
XC
φ
R
VR VL Vc
VAC
95
e como e têm a mesma direcção e sinais contrários, podemos passar à
construção do diagrama vectorial.
VC
VL
V ω
φ I
VR
VL
I ω
φ VR
VC
IC
VR
V(AC) VL L
Vc C
malha esquerda:
malha direita:
Vamos agora determinar cada uma das grandezas do circuito (supondo dada a tensão
de alimentação Vac).
97
Expressão Desfasagem
IC
VL
I
φ V=VC
φ1
VC IL
90º
VR
98
17.16. Potência em corrente alterna
Façamos um paralelo com a noção de trabalho aprendida na mecânica:
- Seja uma força , cujo ponto de aplicação sofre um deslocamento d, sendo φ o
ângulo entre a força e o deslocamento. Sabemos que o trabalho realizado pela força é
dado por:
F’ d
φ
Ir
I
φ Ia
V
Pelo que as expressões das outras potências se podem escrever da seguinte forma:
S
Q
φ
P
101
Ficha 18 – transformadores
Consum.
Transf. Transf.
Gerador Consum.
elevador abaixador
V baixa V alta V baixa
I elevada I baixa I alta
Consum.
Central
Nota:
Deve tomar-se em consideração que a resistência dos cabos condutores, dado o seu
elevado comprimento não pode desprezar-se. Os construtores dos cabos de alta tensão
têm que indicar sempre, para cada cabo, o valor da resistência do mesmo, por
quilómetro de comprimento.
Exemplo:
Suponhamos o caso de um cabo condutor que tem uma resistência de 1,8Ω/km.
Então se utilizarmos um cabo de 100 km de comprimento, percorrido por uma
corrente de 50 A, será:
Resistência total do cabo:
6kV/0,4kV Agricultura
Central
Indústria
6kV/0,4kV
25kV/6kV 100kV/25kV
Cabo subterrâneo
103
18.2 Construção e funcionamento dos transformadores
Um transformador é basicamente constituído por um núcleo de ferro, sobre o qual
estão montadas duas bobinas (monofásico) isoladas entre si e isoladas do núcleo.
Campo magnético Φ1
Núcleo:
O núcleo de ferro é constituído por várias chapas isoladas entre si. O material das
chapas é usualmente ferro com uma pequena percentagem de silício.
A laminagem destina-se, como já vimos a diminuir o efeito das correntes de
Foucault. Note-se que para correntes de alta frequência a laminação é insuficiente e
usam-se então outros materiais, como a ferrite que é um isolante eléctrico.
A introdução do silício em pequenas quantidades (que não podem ultrapassar os
valores previamente fixados sob pena de tornar as chapas de ferro demasiado
quebradiças) destina-se a diminuir a área do ciclo de histerese do material, ou seja, a
diminuir as perdas por histerese.
Enrolamentos:
O enrolamento de entrada ou enrolamento primário, recebe a corrente eléctrica. Esta
cria um fluxo magnético no núcleo, cuja variação vai induzir no enrolamento de saída,
ou enrolamento secundário, uma f.e.m. Como já sabemos, de acordo com a lei de Lenz,
a f.e.m. induzida no secundário tem sentido contrário à f.e.m. que lhe deu origem.
Na prática os dois enrolamentos não se encontram em braços distintos do núcleo,
mas um sobre o outro, no mesmo braço, a fim de diminuir a dispersão magnética.
Num transformador abaixador de tensão, o enrolamento primário, ou de A.T. tem
maior número de espiras, de fio fino. O enrolamento secundário ou de B.T. tem menor
número de espiras de fio grosso.
104
Nos transformadores pequenos, o calor desenvolvido internamente é dissipado pela
circulação de ar. Em transformadores de potências elevadas, todo o conjunto (núcleo +
enrolamentos) está mergulhado em óleo de características especiais e dentro de uma
carcaça metálica. O óleo, além de servir para arrefecimento, tem ainda a vantagem de
tornar muito mais difícil a formação de faíscas internas.
F.E.M. Induzida:
A f.e.m. induzida no secundário de um transformador é dada pela expressão:
ou seja,
expressão esta que confirma o que ficou dito acerca do modo de funcionamento dos
transformadores, no ponto 1: se elevarmos a tensão no primário= a corrente baixa na
mesma proporção.
Por outro lado, da expressão já estudada no ponto 2, verifica-se
que, para um mesmo valor do fluxo e da frequência, a f.e.m. induzida é directamente
proporcional ao número de espiras. Então podemos escrever a relação:
105
logo,
106
Liga-se o wattímetro no
circuito primário de acordo
com o esquema da figura e
coloca-se a tensão de
alimentação do primário no
seu valor nominal A potência indicada pelo wattímetro corresponde à potência de
perdas no ferro.
Ensaio em curto-circuito:
As perdas no cobre não dependem da tensão, mas da carga (ou, o que é o mesmo, da
intensidade da corrente debitada pelo secundário) e podem ser determinadas a partir do
ensaio em curto-circuito. Liga-se o wattímetro como no ensaio anterior e cuto-circuita-
se o secundário.
I2 nominal
Secundário em
curto-circuito
107
Dado que há perdas no transformador, a potência do secundário é inferior à do
primário, pelo que o rendimento é menor do que 100% (normalmente variando de 95 a
99%).Conhecida a potência de perdas Pp é:
pelo que a expressão do rendimento pode escrever-se:
a) De quadro móvel:
São constituídos por uma
parte fixa que é um íman curvo,
com uma zona de entre-ferro.
Neste entre-ferro é colocado um
quadro móvel de fio de cobre
isolado. Aos extremos do eixo
do quadro móvel estão fixas
duas molas em hélice
(geralmente de bronze) que
mantêm o quadro móvel na posição de repouso (agulha, ou ponteiro, no zero) quando
não passa corrente no enrolamento.
O acesso ao enrolamento faz-se através de dois terminais exteriores à caixa do
aparelho, os quais devem ter a indicação da respectiva polaridade.
Quando uma dada intensidade de corrente percorre o enrolamento (ou seja, ao liga-lo
no circuito) o quadro sofre o efeito de uma força electromagnética e roda até que essa
108
força seja igualada pela tensão elástica da mola, altura em que a agulha pára. A fim de
que a agulha não oscile durante muito tempo em torno do ponto de equilíbrio, existe um
sistema de amortecimento por correntes de Foucault induzidas no próprio quadro.
Dado que (como já vimos) o sentido da força electromagnética depende do sentido
da corrente, estes aparelhos só servem para corrente contínua.
Existem aparelhos deste tipo, designados por galvanómetros, em que o zero da escala
está ao centro.
b) De ferro móvel:
Os aparelhos de ferro
móvel são constituídos por
uma bobina fixa e um
núcleo móvel de ferro
macio. Este núcleo está
montado no extremo de
uma alavanca articulada ao
meio de um eixo, existindo
no outro extremo da
alavanca contrapesos (ou
uma mola) para levarem o ponteiro a zero quando se desliga o aparelho.
Quando a bobina é percorrida por uma
corrente ou sujeita a uma d.d.p., o núcleo de
ferro é atraído, mergulhando na bobina. Para
amortecer as oscilações do ponteiro, o
aparelho está munido de um freio de ar que
consiste de uma lâmina acoplada ao ponteiro,
lâmina essa que se desloca dentro de uma
pequena caixa de ar.
Outro tipo de aparelho de ferro móvel, que
a figura ao lado ilustra, é o aparelho de
palhetas. Este é formado por uma bobina fixa
e duas palhetas de ferro macio, uma fixa e
outra móvel.
109
Quando uma corrente percorre a bobina (ou a esta é aplicada uma d.d.p.) dá-se uma
magnetização das duas lâminas de ferro, de tal modo que as suas extremidades
(próximas quando em repouso) ficam com pólos magnéticos do mesmo nome. Dá-se
então uma repulsão magnética, tanto mais forte quanto maiores forem os valores
aplicados à bobina.
Do mesmo modo que já vimos, o amortecimento do movimento da agulha é feito por
uma mola em hélice ou por contrapesos.
Nota:
Nos aparelhos de ferro móvel, o sentido do
2
movimento da agulha é independente da 1 3
110
Repare-se que, nestas circunstâncias, a bobina móvel é percorrida por uma corrente
muito fraca, ou antes, só pode ser percorrida por uma corrente muito fraca, dado o
calibre do fio de que é constituída. Há portanto necessidade de utilizar um shunt entre as
duas bobinas, que desvie a maior parte da corrente para a bobina de maior calibre.
Quando as bobinas são percorridas por uma corrente (ou aos seus terminais se aplica
uma d.d.p.), cria-se no seu interior um campo magnético, de tal modo que os pólos
próximos das bobinas vão ter a mesma polaridade. Dá-se então uma repulsão e a bobina
móvel roda.
Dado que o sentido da rotação do ponteiro é independente da polaridade da corrente
(visto que, quando se inverte a polaridade de numa bobina há também inversão na outra
e os pólos próximos continuam com igual polaridade), este tipo de aparelhos pode ser
utilizado tanto em c.c. como em c.a.
O amortecimento é feito do mesmo modo que nos aparelhos anteriormente descritos.
d) Térmicos:
Os aparelhos térmicos fundamentam-se na dilatação de fios ou palhetas metálicas por
efeito de Joule. Na figura seguinte mostra-se o funcionamento de um aparelho deste
tipo, por dilatação de um fio condutor (liga de prata e platina) ab, o qual é esticado
por um fio de cobre ou latão cd e este por sua vez por um fio de seda ef, preso a uma
mola m. O fio de seda está enrolado no tambor que suporta o ponteiro.
111
Quando a corrente a
112
19.3 Resistências adicionais ou shunts
Os shunts são resistências que se introduzem nos aparelhos de medida, para permitir
que um aparelho tenha várias escalas de medida (tantas quantos os shunts).
Nos amperímetros os shunts ligam-se em paralelo.
Nos voltímetros ligam-se em série.
RS
ou seja:
113
Conclui-se assim que o factor multiplicador do shunt é dado por:
Exemplo de cálculo:
Se tivermos um amperímetro com uma escala máxima de 1 A (RA = 1,8 Ω) e
quisermos utilizá-lo para uma escala de 10 A, o factor multiplicador da escala será:
Voltímetros:
Vamos calcular o valor do shunt para um voltímetro que tem uma escala máxima V,
de modo que este possa medir uma tensão V’, maior do que a anterior.
A corrente de consumo do aparelho é dada inicialmente por:
Como se pretende que o voltímetro passe a ler uma tensão V’ (V’ > V), introduz-se,
em série com o voltímetro, uma resistência adicional ou shunt, RS, de modo a que haja
nesta uma queda de tensão V’ – V, e o aparelho continue a ter aos seus terminais apenas
uma d.d.p. V (visto que V + (V’ – V) = V’).
V’ - V V
RS
V
IV
V’
Aplicando a lei de Ohm ao circuito dado, conclui-se que a resistência do shunt é dada
por:
114
Como sabemos o factor multiplicador do shunt é, em termos de escalas de tensões (e
note-se que ele é sempre um dado do problema prático),
115
19.5 Tensão de prova de um instrumento de medida
2
1 3
0 4
V prova
É a tensão que deve ser aplicada entre a carcaça e os bornes do instrumento a fim de
testar o grau de isolamento do mesmo. Se ao efectuarmos o teste de isolamento (por
exemplo no amperímetro da figura seguinte), observarmos um desvio da agulha, isso
significa que há uma falha no isolamento o que pode causar acidentes ou falsear os
valores medidos, em certas circunstâncias.
Torna-se evidente que, quanto mais perto se estiver do final da escala, ao efectuar
uma leitura, menor é o seu erro relativo.
Suponhamos, por exemplo, que pretendemos ler uma corrente de 0,7 A, com um
amperímetro de classe 2,5. O aparelho possui duas escalas: 0~5 A e 0~1 A.
Façamos o cálculo do erro da medida (erro absoluto) para cada escala:
Escala 0~5 A:
Escala 0~1 A:
116
Note-se portanto que no primeiro caso, em que o ponteiro está próximo do início da
escala o erro é cinco vezes maior do que no segundo caso, no qual o ponteiro está
próximo do final da escala.
19.8 Ohmímetros
O ohmímetro é um aparelho que serve para avaliar resistências eléctricas.
Têm incorporada uma pequena pilha, pelo que, quando vamos ligar o aparelho a uma
resistência incluída num circuito, devemos assegurar-nos de que todas as fontes de
alimentação do circuito estão desligadas.
Como se verifica na prática, a escala do ohmímetro não tem as divisões todas iguais.
Este facto é consequência do seguinte:
O desvio do ponteiro vai depender do valor de corrente que atravessa a resistência.
Ora como a corrente é inversamente proporcional à resistência (lei de ohm), à medida
que a resistência aumenta, a corrente diminui, pelo que as divisões vão diminuindo de
tamanho, desde R = 0 (corrente máxima) até R = ∞ (corrente nula).
Repare-se que num multímetro, a escala de ohmímetro está da direita para a
esquerda, enquanto a escala de amperímetro está da esquerda para a direita; isto é
consequência do que ficou dito no parágrafo anterior.
Conclui-se do exposto que este aparelho não serve para medir exactamente o valor de
uma resistência. Para isso utiliza-se habitualmente a ponte de Weatstone ou o método
do voltímetro-amperímetro.
117
19.9 Wattímetros
O wattímetro é um instrumento electrodinâmico que serve para medir a potência
eléctrica, tanto em c.a. como em c.c.
A bobina de corrente fixa, é percorrida por uma corrente que cria um campo
magnético proporcional à corrente total. Através da bobina de tensão, móvel, flui uma
corrente que cria um campo magnético proporcional à tensão. Obtém-se assim um efeito
repulsivo entre as bobinas que corresponde à potência activa a ser medida.
A bobina de tensão roda (e com ela o ponteiro), até ao ponto em que o momento
magnético é equilibrado pelo momento mecânico das duas molas de restituição, em
espiral, acopladas ao eixo da bobina móvel.
O amortecimento é feito, como já vimos, por meio de uma caixa de ar.
Nos wattímetros de precisão, não não existem peças de ferro, pelo que as indicações
de c.c e c.a. são praticamente coincidentes (não há perturbações causadas pela
magnetização do ferro em c.a.).
Em série com o enrolamento de tensão existe (interiormente no aparelho), uma
resistência de valor elevado, devidamente calibrada, de modo a que o valor da corrente
que percorre este enrolamento seja extremamente baixo.
118
Simbologia dos aparelhos de medida
2. Simbolos de classe
Classe Significado
0,1 – 0,2 – 0,5 Aparelho de medida de precisão
1 – 1,5 – 2,5 – 5 Aparelho de medida industrial
3. Tipos de corrente
Corrente contínua
Corrente alterna
119
4. Posição dos aparelhos
Vertical
Horizontal
60º
Oblíqua a 60º de inclinação
5. Tensão de prova
500 V
2 2 kV
5 5 kV
Exemplos
120
Bibliografia
6. Fundamentos de Electrotécnia – Arnold
7. Curso de Electricidade Práctica – Rogério de Castro e Silva
8. Electrotecnia – Engº Horta Santos
9. Curso de Electricidade – J. Nirad
10. Física – Campo Electromagnético – Luis G. da Silva / Jorge Valadares
11. Elementos de Electricidade – Simões Morais
12. Fórmulas e Tabelas do Electrotécnico – Engº Armando Cardoso