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NOEC e LOEC
LC50 não é suficiente, pois não é absoluto para determinar a toxicidade, visto que gráficos com
o mesmo LC50 podem ter toxicidades distintas, então usamos ainda o NOEC e o LOEC.
Exercício 1
LOEC vê-se sempre no primeiro que apresenta diferenças estatisticamente significativas (*) e
tomar atenção às concentrações (abcissas) para ver se não é um controlo (0 ou 0+)
Exercício 2
Toxicidade aguda- quantidade letal quando uma substância é administrada numa única dose
Depois, o ensaio é reduzido a uma gama de concentrações mais estreitas, e usa-se mais
organismos e mais réplicas.
-> Permite definir melhor as nossas curvas, traçando-se uma melhor reta (regressão) e
reduzindo o erro, para determinar LC50, NOEC E LOEC.
Controlos
-> Permite distinguir uma resposta e dá a garantia que a resposta é devida às condições que
aplicámos.
Negativo: Tem tudo exceto aquilo que queremos testar (composto), não podendo haver
mortalidade. *
Positivo: Tem aquilo que sabemos que vai ter efeito, causando a mortalidade.
Com solvente: Caso haja a dissolução do composto (com metanol por exemplo) temos de fazer
o controlo à solução aplicada (metanol) para saber que não é esta que produz efeitos, não
podendo haver mortalidade. *
13−13
Mortalidade para Controlo = x 100 = 0%
100−13
63−13
Mortalidade para C3 = x 100 = 58%
100−13
100−13
Mortalidade para C5 = x 100 = 100%
100−13
Condições (organismos aquáti cos)
Ensaios estáticos- não há fluxo nem renovação do meio ao longo do tempo.
Para estudar o impacto de um composto num salmão, com recursos limitados, devíamos optar
por um ensaio crónico, mas em fases de crescimento e reprodução mais sensíveis e mais
rápidas (alevim). Assim, consegue-se perceber coisas que não conseguíamos com organismos
maiores com tão pouco tempo, pois o seu crescimento e reprodução demoram mais tempo.
Exercício 1
Machos:
298
ACR = = 18,85
√10 × 25
Fêmeas:
298
ACR = =0
√ 0× 10
O ACR é um valor documentado e muito semelhante entre espécies, a partir deste e do LC50
podemos calcular MATC. Isto permite, para uma mesma espécie, usar apenas um ensaio
agudo, que nos trás vantagens de ser mais rápido e eficaz.
(ACR e MATC não têm unidades; LC50, LOEC e NOEC têm unidades)
Ensaio crónico -> tempo de viragem (ou até deixou de virar) -> concentrações que afetaram e
outras que não (de salinidade) -> se ACR abaixo de 10 foi o mecanismo das pentoses
(organismos morreram e também deixaram de se virar) -> se ACR acima de 10 foi outro
mecanismos que afetou (organismos morreram pelas pentoses mas existe outro fator que
impediu a viragem)
Esta depende:
Idade (os juvenis e adultos podem ser fisiologicamente muito diferentes, afetados de
forma diferente)
Sexo
Tamanho (costuma ser o mais pequeno o mais sensível)
Condição reprodutiva (ao usar a energia na reprodução não consegue usar energia
para se adaptar ao stressor)
Exposição a outros fatores de stress
Estado nutricional
Diferenças genéticas
Quem é mais resistente? Conforme o que estivermos a avaliar, pois a nível hormonal e
metabólito a resistência é diferente, à partida os dois toleram do mesmo modo.
Organismos-teste
Mais sensíveis (não em demasia)
Mais representativos
Espécie com grande distribuição
Cultivável em laboratório
Fisiologia conhecida
Organismos uniformes em cultura (conseguirmos buscar muitos organismos em que
estão todos no mesmo estádio de vida)
Sem doenças ou parasitoses
Estabilidade genética
Ciclo-de-vida mais curto e rápido
Biomonitor
Biomonitor- organismo que acumula as substâncias do meio em que está exposto, permitindo
a quantificação e avaliação dos variados compostos (podem ser nocivos ou não). Vai integrar
aquilo que existe no lugar e num tempo determinado, dando informação da dose
(concentrações e tempo que a definem). Exemplo: Esponjas (filtradores - vão passivamente
acumulando contaminantes no seu organismo, em determinado tempo).
Exercício 1
Mesma espécie com a mesma idade, repartida em dois grupos de organismos (A e B), em que
foram recolhidos de 2 zonas diferentes de 1 rio (2 populações), e expostos às concentrações
de Zinco. Passado 48 horas foram retirados e foi avaliada a quantidade de metal que
assimilaram.
Explique o gráfico.
Grupo B foi retirado, supostamente, mais a juzante do rio (histórico desconhecido), que está
supostamente mais contaminado, desenvolvendo mecanismos para reter menos
contaminantes. O Grupo A veio de um site limpo (histórico conhecido), não sendo exposto a
contaminantes, e assim não incorporaram mecanismos para diminuir a retenção destes,
retendo assim uma maior concentração que o Grupo B.
Qual dos grupos tem uma maior capacidade de crescer? |Custos de fitness e traid off|
Um determinado organismo usa energia, quer para as suas atividades biológicas, quer para
lidar com a exposição a contaminantes
Como no Grupo A o organismo vem de um local que não está contaminado, acaba por não ter
estes custos de fitness para adaptação aos contaminantes, e então usa energia para crescer.
No caso do Grupo B, que se encontra num lugar contaminado, este distribuiu a sua energia
para os dois processos, apresentando assim um menor crescimento que A.
Continua a ser o Grupo A a crescer mais pois este usa energia para o processo de crescimento
e para a adaptação de um contaminante. No caso de B, além de já usar energia para o
contaminante anterior, ainda tem de incorporar outro mecanismo de defesa, tendo ainda
menor energia disponível para o seu crescimento.
Biomonitorização
Soluções para integrar o tempo? Integrar um sensor: o nosso biomonitor
Podemos criar transplantes, ou seja, pegar num organismo, em que sabemos a carga de
contaminantes (0 preferencialmente) e pormos a mesma espécie em determinados locais.
Assim, a mesma espécie com tempo igual permite determinar os locais mais contaminados.
Bioindicador
Bioindicador- organismos que responderão a uma qualquer condição específica, ou mudança
de condição em que o sistema biológico existe e que essa resposta biológica poderá ser
medida.
Exemplos:
->Hortência - mudam a cor consoante o pH, por isso é um bioindicador do pH dos solos
-> Mesma espécie, mas em diferentes populações podem resultar em respostas toxicológicas
diferentes.
-> No geral, existe uma regra de grupos taxonómicos mais sensíveis que outros (sensibilidade:
artrópodes > peixes > larvas de anfíbios), sendo os que têm um maior LC50 os mais tolerantes,
e o que têm menor LC50 os mais sensíveis. A Daphnia é o mais sensível (tabela 1), mas se
estivermos a falar de toxicidade nos estrogénios, os peixes serão os mais sensíveis e não a
Daphnia.
Solução- identificar combinações de algumas espécies que tenham uma capacidade preditiva
elevada para determinar a toxicidade para todas (ou quase) dentro de um determinado
LC 50 Daphnia
sistema, ou seja, englobar as espécies mais sensíveis de todo o ecossistema. /
LC 50 Truta
25
Exercício 1
LC 50 Daphnia 3,566
Dapnhia e Rainbow trout: / 25 = / 25 = 0,027
LC 50 Rainbow 5,338
-> dividir por 25 protege-se os mais sensíveis que a Daphnia em todo o ecossistema
-> não se divide por 100 pois é preciso ser razoável entre proteger o ambiente e a economia
-> as espécies mais usadas são os crustáceos marinhos, os peixes, as algas ou macrófitas, os
ratos (mamíferos) e patos (aves).
-> Rato perde calor muito mais rápido por causa da superfície ser maior que o volume
-> Elefantes não conseguem perder calor com facilidade pois têm a superfície pequena em
relação ao volume, é por isso que têm orelhas grandes para perderem calor (dá uma maior
superfície)
No mapa:
Os juvenis, com estádios de vida mais pequenos, e os organismos com menores tamanhos,
geralmente, são os mais suscetíveis a toxicidade. Organismos mais juvenis (larvas) não têm os
seus mecanismos totalmente desenvolvidos, nomeadamente enzimas de destoxificação, sendo
mais sensíveis que os adultos. O estádio dos ovos apresenta maior resistência que os adultos
por causa da membrana resistente.
Assim, usam-se, por exemplo, pesticidas com capacidade para afetar determinada via
metabólica que um estádio tenha e o outro não, eficaz para matar somente o que
pretendemos (por exemplo, queremos matar a larva e não a borboleta, ou então um inibidor
de mudas, ou um nos sexos que afete mais as fêmeas que os machos e vice-versa)
-> maior necessidade de oxigénio, mas uma diminuição de oxigénio disponível no meio
-> aumento da fluidez da membrana (lipídicas), com uma maior passagem de compostos
lipossolúveis para dentro das células, o que prejudica o organismo
O pH varia a disponibilidade dos metais pesados e faz a ionização de vários compostos. Estão
mais disponíveis ao organismo em pH baixo, e menos disponíveis em pH alto, pois estão mais
dissolvidos.
-> Dureza
Exercício 1
Biomarcadores
Biomarcadores- Qualquer resposta biológica a um stressor, medido em níveis inferiores ao
organismo, nomeadamente os seus subprodutos (urina, excrementos, penas, pelo, etc.),
indicando a diferença da condição normal e que não pode ser detetado no organismo intacto.
Exemplos: Análises químicas (sangue ou urina), picadas das alergias e medição da nossa
temperatura, que indicam respostas biológicas no nosso organismo a certos fatores
Vantagens:
Avaliamos do organismo para baixo, com baixa relevância, mas rápida resposta, o que
permite detetar efeitos de toxinas nos organismos antes de estas afetarem o
ecossistema.
Pode avaliar a resposta de uma mistura de compostos, para além de só um.
Usados para integrar os efeitos da exposição ao longo do tempo e espaço.
Alguns podem ser usados sem destruir o organismo, não invasivos, útil em espécies
ameaçadas ou por questões éticas em testes com invertebrados.
Usando diversos biomarcadores com diferentes funções fisiológicas é possível
conhecer os mecanismos de toxicidade e possíveis efeitos no organismo e
populações.
Alguns usados para avaliar o grau de exposição de um organismo a um tóxico.
Permitem identificar os químicos a que os organismos estão expostos.
Exemplos:
Se os radicais não forem tratados, estes irão causar danos no organismo (danos no DNA e
inativação de enzimas). A certa altura, estes apresentam-se em tão elevadas quantidades que
ambas as enzimas (catalase e superóxido desmutase) não conseguem suportar e as próprias
são inativadas, o que resulta em danos adicionais no organismo.
Biomarcadores | Tipos
Exposição- são os químicos ou os seus metabolitos que podem
ser medidos no organismo ou após excreção do corpo e
permite determinar as características da exposição.
Respostas não protetoras- o dano nas proteínas, lípidos e DNA não constituem respostas
protetoras, pois não estão a utilizar qualquer mecanismo para nos proteger.
Resposta protetora
Sistema Monooxigenase- função de aumentar a taxa de produção de metabolitos solúveis em
água (polares) de modo a serem rapidamente excretados, o que ajuda na destoxificação de
poluentes orgânicos.
Fase 2 – Bioconjugação (GST´s) -> enzimas que formam compostos que se juntam aos
metabolitos ainda apolares e mais tóxicos da fase anterior, de modo a dar-lhes peso, próprio
para a excressão.
As espécies reativas de oxigénio (ROS) são na maior parte representadas pelo anião de
superóxido. O desequilíbrio entre a produção de ROS e a habilidade do sistema biológico
destoxificar os intermediários reativos ou reparar os danos sofridos resulta em stress
oxidativo, e depois em danos no organismo (morte celular, apoptose, necrose).
Exercício 1
Respostas protetoras- SOD,
CAT, GPx, GR
Existem ainda moléculas que não destoxificam, mas reduzem a disponibilidade dos poluentes,
com a ligação entre eles
Exercício 2
Interprete o gráfico…
Teste do micronúcleo
Teste do cometa
O método de eletroforese permite dividir moléculas pelo seu peso molecular pela corrida de
gel. Se o DNA estiver intacto, este vai migrar menos, pois é maior, e de um modo intacto. Se o
DNA estiver repartido, vão ocorrer migrações dos micronúcleos, que são mais pequenos,
resultado na “cauda do cometa”. Quanto maior for esta cauda, mais danos existem no DNA.
ÓMICAS
ÓMICAS - consegue-se de uma só vez perceber e avaliar vários fenómenos que acontecem ao
mesmo tempo. Permite assim o estudo do genoma e a identificação de genes cuja alteração
possa determinar diferentes toxicidades, funcionando como um biomarcador.
-> Não informa sobre o tipo de stressor. Quando a quantidade de catalase aumenta devido à
exposição de um poluente, mas não se sabe exatamente qual é o tóxico.
-> Reduzida relevância ecológica. Por exemplo na escolha entre a avaliação da atividade da
enzima (proteína) ou expressão do gene, produzindo mais mRNA ou não (gene). O gene
responde mais rápido, mas é mais relevante se avaliarmos a proteína (esquema). A solução é
ligar os diferentes níveis de relevância
Resulta em:
-> Menor crescimento.
Estratégias reprodutivas:
K -> organismos favorecidos em ambientes estáveis, processos reprodutivos mais longos, com
menos organismos e de maiores dimensões.
Cálculo de parâmetros
Scope for growth (SFG) - medida sensível e integrativa do stress no organismo; avalia o
balanço energético em organismos intactos.
Energia disponível para crescimento (SFG)= Energia assimilada (A) – Respiração (R)
O que se pretende?
Aumentar assimilação -> Melhor ração que seja mais assimilada
Reduzir respiração-> Reduzir stress, com condições ótimas de meio
Como medir?
Assimilação -> pesar o consumo (Ulva inicial menos final) e subtrair pelo peso das fezes
Respiração-> medir o oxigénio nas câmeras durante x tempo para saber quanto é a
taxa de respiração (quanto mais stressado, mais o2 consome)
Exercício 1
Interpretar: Quanto maior o stressor, mais oxigénio
existe, pois necessita mais de energia, proveniente da
respiração.
Cellular energy allocation (CEA) - Semelhante a SFG mas medido bioquimicamente com
sistemas de eletrões, em organismos não intactos. CEA = A/C
O que se pretende?
Mais reservas
Menor energia consumida pelo sistema de eletrões
SFG VS CEA
Organismo intacto (SFG) e não intacto (CEA)
SFG -> Maior tempo, mas mais relevante
CEA -> Menor tempo, mas menos relevante
Curvas dose-resposta
Resposta monotónica – Uns organismos mais tolerantes e outros
mais sensíveis.
Interpretação de gráfico
Macronutriente (–)
Damos cálcio e melhora performance (estimula)
Chega à quantidade necessária e então estabiliza e
depois baixa pois a dose já é inibidora (tóxica)
Micronutriente (- -)
Damos zinco e estimula em pequenas quantidades,
depois torna-se tóxico
Elemento não essencial (– –)
Damos cárnio e a concentração é sempre tóxica
Exemplos:
Bisfenol A (afeta as hormonas) - Temos de ter uma visão
geral para analisar estimulação e inibição
Ratos - Parece o maior estar mais afetado, mas não é bem assim. O
fármaco em pequenas concentrações leva à obesidade (estimula
crescimento), depois estabiliza pois não existem mais recetores ao
fármaco. Em concentrações excessivas deixa de produzir recetores e
volta a ficar pequeno (pois é tóxico).
Isopode- Hormonas elevadas em altas e baixas concentrações, o que induziu a sua muda, mas
não a conseguia acabar, acabando por morrer.
Diminuição do crescimento.
Na descendência, em baixas
concentrações, menos fêmeas que
machos.
LOEC dos machos é superior que as
fêmeas, afeta mais as fêmeas.
Deixou de ter energia nas concentrações
mais elevadas (a usar energia para
combater o stress).
Abortos em concentrações mais baixas e
mais elevadas.
|Defi nições |
Bioconcentração- ser vivo contém maiores concentrações de uma substância do que no
próprio meio.