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Curso: Relações Internacionais

Disciplina: Externalidades da Economia Baiana


Docente: Karina Lima Oliveira
Estudante: Gustavo Silva Pontes
N.o. Fichamento: Fichamento 2 Data: 14/09/2020

1. REFERÊNCIAS:
SPÍNOLA, Noélio Dantaslé. A Economia Baiana: Condicionantes da
Dependência. Disponível
em:<www.revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/download/106/110>. Acesso
em: 04 de outubro de 2020

2. TEMA CENTRAL DO TEXTO:


O desempenho da economia baiana no século XX

3. RESUMO:
O texto traz uma abordagem acerca do desempenho econômico baiano no
século XX e, para isso, traz uma análise acerca do século anterior e suas
consequências posteriormente. No século XIX, a Bahia era controlada pelos
grandes senhores da agricultura de exportação, como em boa parte do país. Havia
um incentivo a exportação agropecuária e entraves econômicos ao produtos
manufaturados no Brasil por conta da falta de tecnologia dificultando nossa
competitividade no mercado. O autor também traz os problemas de crise cíclica
vividas pela Bahia durante o período, além das questões ligadas a crise do açúcar
decorrente da concorrência holandesa nas Antilhas. Mesmo assim, a Bahia ficou a
par na concorrência com outras regiões do Brasil, como a Sudeste.
O século XX afirma as consequências do período anterior, tendo uma
classe “burguesa” não interessada em investir em tecnologia fabril na Bahia,
demonstrando a decadência e o não aproveitamento das condicionantes que o
Estado possuía. Porém a partir do meio do século algumas iniciativas industriais
começam a fazer o efeito aliando-se as políticas econômicas do regime civil-
militar, porém diferente do resto do Brasil, de forma mais “tímida” por não focar
tanto na substituição de importações.
O autor segue explicando o processo de industrialização baiano durante o
período, trazendo questões como a substituição do sistema ferroviário e pelo
rodoviário, a presença da indústria petroquímica entre outros fatores, até chegar
no século XXI falando rapidamente sobre a chegada da Ford no estado.
Por fim, o autor fala que os planos dos governantes da Bahia não deram
certos não atingindo os sonhos desses representantes. Além disso, traz a visão do
Brasil como colônia de uma colônia, em que a Bahia cresce economicamente mas
não se desenvolve dando enfoque ao quadro de pobreza e desigualdade social
que assola a população baiana.

4. CITAÇÕES:
Segundo SPÍNOLA (pg.2, 2004):
“Foi a produção de tecidos que deu origem ao famoso alvará de 5 de
janeiro de 1785, proibindo a existência de fábricas no Brasil e mandando
fechar as que existiam. Inaugurava-se a primeira medida política de
(des)industrialização em nossas plagas, favorecendo à Inglaterra, cujo
sistema imperialista passava a dominar econômica e financeiramente a
colônia portuguesa até o final do século XIX..” (PRADO, pg. 3, 1998)
Segundo SPÍNOLA (pg.3, 2004):
“[...] observa-se que, até 18235 , com a independência do Brasil, a Bahia
vivenciou um ciclo de prosperidade, com os sucessivos governadores,
desde o marquês de Aguiar até os condes dos Arcos e da Palma,
estimulando a economia e tomando medidas de ordem pública que
melhoraram o potencial atrativo da sua praça e a feição urbana de
Salvador”
“Vários outros eventos marcaram os períodos de crise cíclica, dificultando o
processo de crescimento econômico da Bahia no século XIX” (SPÍNOLA, pg.3,
2004).

Segundo SPÍNOLA (pg.4, 2004):


“Em 1855, uma epidemia de cólera matou na Bahia 29 mil pessoas e a
seca de 1857-1861 afetou drasticamente a economia agrícola do interior
da província, repercutindo os seus efeitos até o litoral, prejudicando
consideravelmente o comércio exterior”

“A opção rodoviária implementada coincidiu com o desmonte do sistema


ferroviário estadual.” (SPÍNOLA, pg.8, 2004).

Nas palavras de Spínola (pg.7, 2004):


Nesse período, o parque industrial que se desenvolveu estava concentrado
no segmento das indústrias tradicionais, entre as quais se destacavam as
das classes de produtos alimentares, têxtil, fumo, couros, peles e similares.
Essa indústria estava vinculada à base agrário-exportadora da Bahia e
dependente das relações deste setor com o mercado internacional.

“Os problemas hoje enfrentados na promoção de novas empresas, sob


diversas formas, enfrentam, precisamente, essas questões que ligam a eficácia
gerencial com o quadro de financiamento e os usos adequados de tecnologia.”
(SPÍNOLA, pg.10, 2004).

Nas palavras de Spínola (pg.11, 2004):


“Concluindo, volta-se ao enigma. Com todos os percalços a Bahia
cresceu economicamente na segunda metade do século XX, mas não se
desenvolveu. Agora surge novo debate sobre a questão na medida em
que não se pode mais ocultar o quadro de pobreza e de desigualdade
social que castiga a maior parcela da população baiana. E surgem
propostas, no mínimo exóticas, como a da construção de uma nova
capital no centro geográfico do estado como forma de solucionar o
enigma que persiste no século XXI31. Dará certo?”

5. SÍNTESE CRÍTICA
A leitura do texto traz uma abordagem que demonstra os principais
percalços no desenvolvimento baiano a partir do século XIX e suas consequências
para o estado. Além disso, traz detalhadamente o processo de industrialização da
Bahia, como foi demorado e os porquês disso. O autor quer demonstrar que
mesmo o estado crescendo não se desenvolveu, deixando várias pessoas desde
o começo da colonização na pobreza e além de contribuir para permanência
dessa classe nesse estado.

6. IDEAÇÃO
Através da leitura do texto fui capaz de entender mais a fundo acerca do
processo industrialização e construção da economia baiana ao longo dos séculos
XIX e XX devido a capacidade de detalhes presente na obra, informações essas
bem específicas e, por isso, contribuindo para a aprendizagem sobre o assunto de
forma eficiente. É importante saber como os processos históricos se
desempenham para aprender sobre os erros e acertos, o que funciona e o que
não funciona nesse território tão rico.

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