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EXEMPLO
O “STF” entendeu que o prazo nonagesimal insculpido no parágrafo único do artigo
316 do CPP não implica automática revogação da prisão preventiva. Porém, basta ler o
dispositivo legal para ver que o legislador deixou claro que, caso o órgão emissor da
decisão da preventiva não renove os fundamentos da prisão a cada 90 dias, a prisão SE
TORNARÁ ILEGAL1. Veja-se:
Art. 316, Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão
revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de
ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
A partir desse contexto, eu formulei uma pergunta simples e delimitada que serviu
de base para um artigo que elaborei: “a construção de sentido a partir da interpretação
que o STF deu ao artigo 316 do CPP está em consonância com a vontade da lei?
(PROBLEMA).
No meu artigo, para esse problema, propus uma hipótese: “o STF praticou uma
superinterpretação no parágrafo único do artigo 316 do Código de Processo Penal,
pois a sua criação normativa está em direção contrária com as possibilidades de
sentido permitidas pelo dispositivo legal” (HIPÓTESE).
A título de adendo, entendi que o texto da lei é claro quando diz que o órgão
emissor da decisão deve revisar a necessidade de manutenção da restrição de
liberdade “de ofício”, sob pena de ilegalidade da prisão.
Ora, prisão ilegal deve ser imediatamente relaxada pela autoridade judicial,
como diz o artigo 5°, LXV da CF.
1
STF. Plenário. SL 1395 MC Ref/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14 e 15/10/2020 (citação para ajudar o aluno a
procurar a jurisprudência no dizer o direito, caso queira aprofundar o tema, não está conforme a ABNT).
Material exclusivo do curso “PESQUISA NA PRÁTICA”. Qualquer utilização indevida desse material, bem como sua venda,
distribuição, aluguel e congêneres que não seja feita com a autorização do autor estará sujeita as consequências civis e
penais, respondendo quem assim fizer, inclusive, pelo crime do artigo 184 do Código Penal (violação de direito autoral).
Assim, não tenho dúvida que a construção de sentido do STF no julgado supra
referido não está em consonância com as possibilidades interpretativas do texto legal, o
que gera a necessidade de revisão do precedente (infelizmente o guarda da constituição
não admitirá que fez uma interpretação inconstitucional).
INTRODUÇÃO 1. Problema
2. Justificativa
3. Objetivos
4. Metodologia (explicar mais detalhadamente)
Material exclusivo do curso “PESQUISA NA PRÁTICA”. Qualquer utilização indevida desse material, bem como sua venda,
distribuição, aluguel e congêneres que não seja feita com a autorização do autor estará sujeita as consequências civis e
penais, respondendo quem assim fizer, inclusive, pelo crime do artigo 184 do Código Penal (violação de direito autoral).
3° PASSO: DESENVOLVENDO A NARRATIVA
Nessa etapa do artigo, o pesquisador irá desenvolver sua narrativa, a qual servirá
para comprovar/demonstrar a viabilidade de sua hipótese, o que validará a sua pesquisa.
Algumas dicas importantes precisam ser seguidas.
Vamos lá:
→ Antes de escrever, organize seu raciocínio. É preciso que haja coerência entre os tópicos
e que a narrativa siga uma linha harmônica, um caminho natural até a defesa da hipótese
e a demonstração dos resultados/conclusões/considerações finais.
→ Use as dicas da aula de “Escrita acadêmica”.
→ Use os termos técnicos de sua área, os quais já são validados pela “tradição” (exemplo:
se você pesquisa sobre hermenêutica filosófica, use termos gadamerianos consagrados,
como “tradição”, “horizonte”).
→ Siga as dicas da aula.
5° PASSO: REFERÊNCIAS
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distribuição, aluguel e congêneres que não seja feita com a autorização do autor estará sujeita as consequências civis e
penais, respondendo quem assim fizer, inclusive, pelo crime do artigo 184 do Código Penal (violação de direito autoral).