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em situação de igualdade, evitando desequilíbrio. Documentos que marcam esses direitos são
a constituição mexicana (1917) e a constituição alemã de Weimar (1919).
Nos direitos de terceira geração temos os direitos difusos ou direitos transindividuais.
Estão relacionados ao valor da solidariedade ou fraternidade. São aqueles direitos assegurados
a todos, que não são possíveis de individualizar. Como direito ao meio ambiente, consumidor,
autodeterminação dos povos e também o direito a paz (com alguma divergência).
Os direitos de quarta geração são voltados especialmente para a questão do patrimônio
genético, bioética, biomedicina. Algumas doutrinas incluem o direito à comunicação, ao
pluralismo político e a globalização política. No direito de quinta geração a doutrina mais
moderna coloca o direito à paz, no sentido de paz mundial.
As principais características dos direitos fundamentais são a historicidade (são uma
construção histórica, não surge do direito natural, não é estático, classificados de acordo com
o surgimento do momento histórico que eles surgiram, estão em constante evolução, mudam e
se alteram de acordo com o momento histórico)
Outra característica é a universalidade onde deve ser assegurados a todos, significa
que os direitos devem ser assegurados a todas as pessoas, a todos os seres humanos mas nem
todo direito fundamental é de todo mundo, por exemplo, a proteção à maternidade e da
infância não são todas as pessoas que tem esse direito, somente a um grupo.
Já a característica da limitabilidade ou relatividade significa que os direitos
fundamentais não são absolutos, por exemplo: o direito de uma pessoa termina quando
começa o direito do outro. Todos os direitos encontram limites, são relativos. Esses limites
podem ser estabelecidos pela Constituição Federal, por Emendas Constitucionais, por Leis e
por um Juiz através de um juízo de ponderação, visando a máxima efetividade dos direitos
fundamentais com a mínima restrição. Com relação a essa característica temos a teoria do
limite dos limites, que diz que não se pode estabelecer limites a ponto de abolir o direito, ou
seja, atingindo o núcleo essencial. Para o núcleo essencial, foram criadas 2 teorias: a absoluta
e a relativa. Na teoria absoluta o núcleo essencial de um determinado direito está na própria
constituição. A teoria relativa vai dizer que o núcleo essencial varia de acordo com o caso
concreto, tem que ser analisado, a teoria relativa vai dizer se a relativização atinge ou não esse
núcleo essencial e varia de acordo com o caso concreto. Nós adotamos a teoria relativa.
A característica da irrenunciabilidade diz que os direitos fundamentais não podem ser
renunciados, são direitos que não são direitos materiais disponíveis, são direitos de
personalidade e não se pode abrir mão deles. É possível deixar de exercer, porém não se pode
renunciar ao direito, por exemplo, o direito de greve.
A inalienabilidade também é uma característica dos direitos fundamentais e significa
que esses direitos não podem ser comercializados, não estão à venda. Também como
característica a imprescritibilidade dos direitos fundamentais que não prescrevem com o
decurso do tempo. Essa é a regra, porém há exceções. A proibição do retrocesso é uma
característica e significa que uma vez que os direitos fundamentais são assegurados, não se
pode retirá-los. Finalizando, as principais características, temos a não taxatividade significa
que os direitos fundamentais não constam do rol taxativo e sim de um rol exemplificativo.
Não são somente os direitos do artigo 5 que são fundamentais, é possível, também tê-los em
outros artigos da Constituição Federal, princípios ou tratados internacionais que o Brasil faça
parte. Essa possibilidade de ter outros direitos é chamada de cláusula de abertura material.