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SUMÁRIO
10 DOENÇAS................................................................................. 34
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12 ANTROPOMETRIA ................................................................... 44
13 FADIGA ..................................................................................... 53
BIBLIOGRAFIA .................................................................................... 62
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1 CONCEITOS E ETMOLOGIAS
1.3 Conceito
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Fonte:blog.render.com.br
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2 ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA - FREDERICK W. TAYLOR (1900)
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partir desta visão, cada funcionário é visto como uma engrenagem na empresa,
desrespeitando sua condição de ser humano.
Homo economicus - O salário é importante, mas não é fundamental para a
satisfação dos funcionários. O Reconhecimento do trabalho, incentivos morais e a
autor realização são aspectos importantes que a Administração Científica
desconsidera.
Abordagem fechada - A Administração Científica não faz referência ao
ambiente da empresa. A organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu
mercado, negligenciando as influências que recebem e impõe ao que a cerca.
Superespecialização do funcionário - Com a divisão de tarefas, a
qualificação do funcionário passa a ser supérflua. Dessa forma, o funcionário executa
tarefas repetidas, monótonas e gera uma desarticulação do funcionário no processo
como um todo.
Exploração dos empregados - A Administração Científica faz uso da
exploração dos funcionários em prol de seus interesses particulares, uma vez que o
estímulo à alienação dos funcionários, falta de consideração do aspecto humano e
deficiência das condições sociais da época.
Henry Ford - Henry Ford é visto como um dos responsáveis pelo grande salto
qualitativo no desenvolvimento organizacional atual. Ciente da importância do
consumo em massa, lançou alguns princípios para agilizar a produção, reduzir os
custos e o tempo de produção.
Integração vertical e horizontal - Produção integrada, da matéria-prima ao
produto final acabado (Integração vertical) e instalação de uma rede de distribuição
imensa (Integração horizontal).
Padronização - Instaurando a linha de montagem e a padronização do
equipamento utilizado, obtinha-se agilidade e redução nos custos. Em contrapartida,
prejudicava a flexibilização do produto.
Economicidade - Redução dos estoques e agilização da produção.
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3 REAÇÃO DOS TRABALHADORES
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5 ABORDAGENS E APLICAÇÕES
Fonte:formatosmoveis.com.br
Quanto à abrangência:
Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica
Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macro ergonômica
Quanto à contribuição:
Ergonomia de concepção: normas e especificações de projeto
Ergonomia de correção: modificações de situações existentes
Ergonomia de arranjo físico: melhoria de sequências e fluxos de produção
Ergonomia de conscientização: capacitação em ergonomia
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5.2 Intervenção ergonômica
Anarquia gerencial;
Falta de conhecimento de engenharia e método de trabalho;
Assessoria inadequada;
Valores da empresa: trabalho = sofrimento;
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Fonte: www.portal-administracao.com
7 O PROCESSO DE ERGONOMIA
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7.2 Noções básicas de anatomia e fisiologia
Fonte: designeinova.wordpress.com
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O Ergonomista possui conhecimentos mais voltados aos Sistemas
Locomotores (ossos, músculos, tendões, tecidos) e sanguíneo (artérias, veias e
capilares).
Fonte:mauricioarouesty.com
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7.5 Sistema Esquelético
Fonte:susttexchile03.blogspot.com.br
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A título de organização do estudo deste sistema, o mesmo pode ser dividido em
três partes fundamentais: Cabeça, Tronco e Membros, a saber:
A cabeça, na extremidade superior do esqueleto, sustentada pela coluna
vertebral;
O tronco, na região central do corpo, abrangendo a coluna vertebral e as costelas;
Os membros, superiores e inferiores, compreendendo, acima, os braços,
antebraços, punhos e mãos e, abaixo, as pernas e pés;
As cinturas, escapular (acima) e pélvica (abaixo).
Fonte:ergonomiaaplicada.blogspot.com.br
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A mobilidade do conjunto, entretanto, representa não apenas flexibilidade útil
para desenvolvê-lo de inúmeras tarefas efetuadas pelo ser humano, mas alguns riscos
à região da coluna vertebral, como agora observaremos.
Como se viu, os discos degeneram com o passar do tempo, perdendo a
elasticidade necessária. Com isto, a capacidade de amortecer pressões diminui e há
uma tendência do NP extravasar-se da região central que originalmente ocupa.
Tal situação é agravada ainda mais quando a coluna vertebral sai da posição
em que suas curvaturas naturais são alteradas. Nesta postura, os NP são
arremessados para trás (região posterior do corpo), pressionando os anéis desta
região. Quanto mais esta postura se repete, mais e mais os anéis são pressionados.
Fonte:www.tuasaude.com
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8 DOENÇAS DA COLUNA
Fonte: www.clinicagoldenberg.com.br
Fonte: fisioterapeutico.blogspot.com.br
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A protusão intradiscal é um problema grave. Ocorre quando a postura acima
detalhada se repete com frequência nas atividades rotineiras de um trabalhador ou
mesmo quando eventuais, mas nos indivíduos que já apresentam degeneração nos
discos intervertebrais.
Caracteriza-se pelo fato do núcleo pulposo ser constantemente empurrado para
trás, rompendo os anéis fibrosos que o envolvem, um por um, até chegar na região
periférica do disco. Esta região passa a apresentar um volume mais acentuado,
pressionando um ligamento que corre de cima a baixo na coluna, o Ligamento
Posterior. Terminações nervosas aí localizadas provocam fortes dores no indivíduo,
acompanhadas de espasmos musculares.
Fonte:www.herniadedisco.com.br
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esquerda, por exemplo, (hérnia póstero-lateral). É possível ver uma hérnia
pressionando uma terminação nervosa.
Fonte:www.dornacoluna.fst.br
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Um esclarecimento importante se faz presente: tanto a hérnia do disco quanto
o bico de papagaio, por poderem pressionar nervos, podem produzir dores que se
estendem às pernas, a chamada dor ciática.
É uma das consequências mais comuns dos problemas anteriores. A dor ciática
se dá a partir da pressão que o núcleo pulposo herniado ou o osteófito fazem sobre o
conjunto de raízes nervosas que formam o nervo ciático. Estas raízes saem do espaço
existente entre as vértebras L4 e L5 (ou seja, quarta vértebra lombar e quinta vértebra
lombar) e S1 (primeira vértebra sacral). Também pode surgir dor proveniente das
raízes que formam o nervo femoral, provenientes dos espaços entre L2 e L3.
Fonte:fisioterapia.com
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8.5 Orientação postural
8.6 Músculos
Fonte:www.naturallser.com.br
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8.7 Tendões
Fonte:conscienciacorporal.blogspot.com.br
São feixes de fibras formadas de tecido conjuntivo, denso e modelado, vez que
tais fibras se encontram orientadas em direções bem definidas, de modo a oferecer
resistência alta em relação às forças que atuam sobre o tecido. Os tendões são
estruturas anatômicas VISCO-ELÁSTICAS, ou seja, possuem certo grau de
elasticidade, mas este é inferior à elasticidade apresentada pelas fibras dos músculos,
cuja capacidade de contração e expansão é muito maior, pois os músculos, como
acima vimos, são abastecidos por sangue, o que não se dá com os tendões.
Uma das características mais importantes dos tendões, em fisiologia, refere-se
ao TEMPO DE REPOUSO necessário para que o tecido que o forma consiga retornar
ao seu estado natural. Quando se sobrecarrega um tendão, solicitando-o em demasia,
o mesmo tende a sofrer lesões nas fibras do tecido conjuntivo, pois o limite de
elasticidade é facilmente ultrapassado.
Tal problema é grave na medida em que um tendão lesionado possui
recuperação bastante lenta, pois são estruturas que recebem alimentação indireta (se
alimentam de substâncias nutritivas presentes em tecidos vizinhos, estes últimos,
vasoirrigados).
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Portanto, se compararmos a alimentação de um músculo com a de um tendão,
veremos que o primeiro, além de se alimentar muito bem, tem um ótimo sistema de
remoção de resíduos metabólicos, pois o sangue que volta ao coração carrega várias
impurezas.
Já o tendão, que não apresenta boa alimentação, também não tem um bom
sistema de remoção de resíduos, ou seja, se um músculo apresentar uma inflamação,
a recuperação será rápida (em dias) e se um tendão apresentar inflamação, a
recuperação levará meses.
Os tendões são responsáveis pela transmissão de forças atuantes nos
músculos, conferindo movimento aos segmentos corporais, pois servem de elemento
de ligação entre o corpo central do músculo e os ossos.
Determinados grupos musculares, como os que atuam nos membros
superiores e inferiores, possuem feixes de tendões que se movimentam dentro de
bainhas (túneis), conhecidas por BAINHAS SINOVIAIS.
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Fonte: www.tuasaude.com
9.1 Conceito
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Fonte: www.imgrum.net
Para piorar, se a mão estiver aplicando força sobre uma ferramenta, por
exemplo, ou na torção de roupas, além de estrangularmos os tendões, estaremos
fazendo muita força, o que aumenta muito o consumo de oxigênio nos tecidos da
região e também pressiona tendões e nervos contra ossos (problema que já vimos na
situação anterior).
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Fonte:pt.slideshare.net
Além das posturas inadequadas, temos um agravante: fazer isto durante muitas
horas e muitas vezes. Claro está que se os nervos, tendões e músculos ficarem
pressionados e estrangulados por horas a fio, pelo fato da pessoa fazer só uma coisa
o dia todo, o problema será agravado.
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Fonte:www.areaseg.com
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Fonte:www.slideshare.net
Além dos quatro principais fatores de risco, podem ser encontrados outros
fatores que tornam o aparecimento das lesões facilitado:
HORAS EXTRAS E DOBRAS DE TURNO - a exposição ocupacional aos
fatores críticos listados anteriormente é acentuada quanto maior for o tempo de
exposição a tais fatores.
VIBRAÇÃO - diversas ferramentas de trabalho são pneumáticas, como
marteletes, esmerilhadeiras, entre outras. A vibração produzida quando do uso de tais
ferramentas acentua os outros fatores, principalmente se considerarmos a dificuldade
do fluxo sanguíneo naquela região localizada do corpo (a vibração praticamente
expulsa o sangue dos capilares por ela atingidos).
FRIO - ambiente com baixa temperatura acelera o aparecimento das lesões em
função da VASOCONSTRIÇÃO periférica (o sangue se desloca da superfície do
corpo, em direção dos órgãos centrais, como o coração). Pouco irrigados, os tecidos
e músculos da periferia tendem a um estado de dor e tensão, pressionando bainhas
e tendões e estrangulando a passagem destes entre os ossos.
TENSÃO PROVOCADA POR FATORES ORGANIZACIONAIS - a empresa
pode pressionar psicologicamente seus funcionários, aumentando o ritmo de trabalho,
eliminando pausas de repouso, diminuindo o número de funcionários numa seção,
restringindo o uso de sanitários, etc. Tais fatores aumentam o aparecimento de dor no
corpo das pessoas, por INSATISFAÇÃO, o que resulta na eliminação da liberação de
substâncias analgésicas naturais, encontradas no líquido encefálico. A ausência de
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pausas, nas quais poderia ocorrer uma recuperação dos tecidos mais solicitados no
trabalho, acelera o processo de lesionamento de tais tecidos.
SEXO FEMININO - há uma predisposição de que as mulheres desenvolvam
com mais facilidade as lesões do que os homens (77% da população brasileira
acometida por DORTs no Brasil é de mulheres). Tal característica está relacionada à
menor resistência verificada nos músculos, ligamentos e tendões do organismo
feminino, acrescida de alterações hormonais profundas (gravidez, pílula, por exemplo)
e também em função da sobrejornada cumprida em casa, representada pelos
afazeres domésticos (lavar e torcer roupas, esfregar pisos, carregar crianças no colo,
etc.).
10 DOENÇAS
Fonte:qsmsdaweb.blogspot.com.br
10.1 Fases
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FASE I - Nesta fase o portador da doença pode referir sensação de peso e
desconforto no membro afetado, dor espontânea localizada nos membros superiores
ou cintura escapular, as vezes com pontadas que aparecem esporadicamente durante
a jornada de trabalho e sem interferência com a produtividade. Não há irradiação
nítida de dor e a melhora ocorre com o repouso. É em geral leve e fugazes estando
geralmente ausentes alguns sinais clínicos característicos das afecções. O
prognóstico é bom.
FASE II - a dor é em geral mais persistente e intensa e aparece durante a
jornada de trabalho de forma intermitente. É tolerável e permite o desempenho das
funções laborais, mas já com reconhecida redução de produtividade nos períodos
de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar acompanhada de
parestesia* e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode haver uma
irradiação definida, sendo a recuperação em geral mais demorada. Ocasionalmente
pode aparecer quadro doloroso fora do ambiente de trabalho, durante atividades
domésticas e ou sociais. O prognóstico é favorável.
FASE III - a dor torna-se persistente, mais forte e com irradiação mais definida.
O repouso em geral só atenua a intensidade da dor. São frequentes a perda de força
muscular e parestesias. Há sensível queda de produtividade e pode
surgir impossibilidade de exercer as funções laborais. Os sinais clínicos estão
presentes, com edema frequente e hipertonia muscular constante. Ocorrem
alterações de sensibilidade e força. Aparecem quadros com comprometimento
neurológico compressivo. Neste estágio o retorno às atividades laborais é
problemático. O prognóstico é reservado.
FASE IV - a dor é forte, intensa e contínua, por vezes insuportável, levando o
paciente a intenso sofrimento. Os movimentos acentuam consideravelmente a dor,
que em geral se irradia por todo o membro afetado. A perda de força muscular e
a perda dos movimentos se fazem presentes. As atrofias**, principalmente dos dedos,
são comuns. A capacidade laboral é anulada e a invalidez se caracteriza. Neste
estágio são comuns alterações psicológicas com quadros de depressão, ansiedade e
angústia.
10.2 Tipos
Fonte:www.protecao.com.br
10.3 Revenção
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A Norma Regulamentadora 17 do Ministério do Trabalho estabelece que
compete ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, para avaliar a
adaptação das condições laborais às características psicofisiológicas do trabalhador.
As medidas de controle a serem adotadas envolvem o dimensionamento adequado
do posto de trabalho, os equipamentos e as ferramentas, as condições ambientais e
a organização do trabalho.
No dimensionamento do posto de trabalho, deve-se avaliar as exigências a que
está submetido o trabalhador (visuais, articulares, circulatórias, antropométricas, etc.)
e as exigências que estão relacionadas com a tarefa, ao material e à organização da
empresa. Por exemplo, deve-se adequar o mobiliário e os equipamentos de modo a
reduzir a intensidade dos esforços aplicados e corrigir posturas desfavoráveis,
valorizando a alternância postural (flexibilidade).
Sabe-se que os confortos térmico, visual e acústico favorecem a adoção
de gestos de ação, observação e comunicação, garantindo o cumprimento da
atividade com menor desgaste físico e mental, e maior eficiência e segurança para os
trabalhadores.
Quanto à organização do trabalho, deve-se permitir que o trabalhador possa
agir individual e coletivamente sobre o conteúdo do trabalho, a divisão das tarefas, a
divisão dos homens e as relações que mantêm entre si. A divisão das tarefas vai do
seu conteúdo ao modo operatório e ao que é prescrito pela organização do trabalho.
A Norma Regulamentadora 17 estabelece que nas atividades que exijam
sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros
superiores e inferiores, a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado
o seguinte:
a) todo sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a
saúde dos trabalhadores;
b) devem ser incluídas pausas de descanso.
Fonte:www.dornacoluna.fst.br
11.1 Conceito
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entre as estruturas é ineficiente, induzindo o organismo à agressões e lesões diversas,
localizadas ou generalizadas.
Fatores que influem na adoção de posturas:
As posturas são intercaladas por gestos, que são adotados para a realização
de tarefas. Mas é preciso analisar POR QUE os gestos são adotados pelo trabalhador,
levando-o à adoção desta ou daquela postura. Vários são os FATORES que influem
e, até mesmo obrigam o trabalhador à adoção de POSTURAS INADEQUADAS,
levando seu organismo a agressões e lesões diversas.
Fonte: trabalho.facafisioterapia.net
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Forração lisa, perfurada;
Espaço livre para a região sacrococigeana.
OS ALCANCES:
12 ANTROPOMETRIA
Fonte: www.drsergio.com.br
12.1 Conceito
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operários e operárias. As bancadas de trabalho são fixas (sempre a mesma altura,
sempre a mesma profundidade, etc.) e as cadeiras usadas são do mesmo fabricante,
todas iguais.
A população de trabalhadores, contudo, é DIFERENTE. Um homem de 25 anos
de idade, 1,85 de altura e 90 quilos de peso trabalha ao lado de uma mulher com 40
anos de idade, 1,52 de altura e 54 quilos de peso. Os dois devem trabalhar sentados,
alcançar os mesmos objetos e montá-los. Depois, devem colocar o objeto já montado
numa única esteira que passa acima da bancada, numa altura padronizada em toda
a linha de montagem.
Observando-se as duas pessoas trabalhando, podemos observar vários
problemas e diferenças:
1- Enquanto o homem não apresenta a menor dificuldade em alcançar o fundo
da bancada, onde se localizam algumas peças em caixas plásticas, a mulher
necessita debruçar o tronco à frente, esticando o braço para atingir tal região;
2- O homem apoia facilmente os pés no piso da área. A mulher, para conseguir
tal postura, senta na ponta da cadeira, afastando a região lombar do encosto;
3- Para colocar uma peça na esteira rolante, o homem levanta levemente o
antebraço e alcança a esteira. Para fazer o mesmo, a mulher tem que esticar todo o
braço;
4- Ao levantar da cadeira, o homem necessita de cuidados, pois pode bater a
cabeça numa estrutura de tubulações e bandejas elétricas existentes na área. Com a
mulher isto não acontece;
5- O espaço existente abaixo do tampo da bancada é apertado para as pernas
do homem, cujos joelhos esbarram numa cantoneira. Isto, contudo, não ocorre com a
mulher;
6- A largura do assento da cadeira, usada pelo homem, possui dimensões
adequadas. A mulher, quando sentada, sente que a borda lateral do assento
pressiona a face posterior das coxas e nádegas, o que lhe dá uma sensação de
“aperto”.
Obviamente os exemplos continuariam. Contudo, já esclarecem um fator
dimensional importantíssimo relacionado ao posto de trabalho: Os componentes do
posto (cadeira, bancada, prateleiras, piso, teto, etc.) são FIXOS e isto é traduzido por
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uma INADEQUAÇÃO em relação às dimensões corporais dos trabalhadores, pois
estas últimas VARIAM de trabalhador para trabalhador.
Portanto, podemos concluir nossa linha de raciocínio, afirmando o seguinte:
A ANTROPOMETRIA estuda as dimensões do corpo humano e as diferenças
dimensionais apresentadas por uma população de trabalhadores, a fim de projetar
POSTOS DE TRABALHO que atendam às necessidades posturais de PELO MENOS
90% da população estudada.
E estes os postos, para que atendam às necessidades posturais TANTO dos
HOMENS, QUANTO das MULHERES, precisam de FLEXIBILIDADE em seus
componentes. Esta característica é que atenderá cada necessidade postural do
indivíduo, segundo suas dimensões corporais. Vejamos a situação da mulher,
exemplificada acima.
Quando a área de produção foi projetada, não se LEVOU EM
CONSIDERAÇÃO que a POPULAÇÃO DE TRABALHADORES apresenta
DIMENSÕES CORPORAIS DIFERENTES, pois não existe um OPERÁRIO PADRÃO.
Podemos considerar, por exemplo, que todos que trabalham na linha de montagem
têm 1,75 de altura? Claro que não, e é isto que se verifica com a operária do exemplo
anterior. Veja:
1- A cadeira não possui regulagens da altura de assento. Uma altura
padronizada foi fixada, como se o tamanho das pernas de TODOS OS OPERÁRIOS
fosse IGUAL. Assim, a operária, que tem pernas pequenas, se vê numa situação
difícil, pois a cadeira que usa foi especificada para ser usada por um HOMEM de 1,75
de altura;
2- O encosto da cadeira torna-se inútil, pois a operária sente a necessidade de
apoiar os pés no piso da área, para que tenha uma movimentação mais facilitada de
seu corpo. Contudo, para apoiar os pés, a operária tem que posicionar a cintura
pélvica mais à frente, AFASTANDO A REGIÃO LOMBAR DO ENCOSTO, que passa
a NÃO SER USADO (perceba, o encosto é, agora, INÚTIL);
3- O braço é esticado por que quando a esteira ia ser implantada na área, um
HOMEM foi sentado na cadeira e pediram para que ele levantasse o antebraço até
uma altura aparentemente confortável, o que realmente ocorreu. O HOMEM achou
que estava ótimo e a esteira foi ali posicionada, mas ninguém perguntou a alguma
MULHER se o alcance era compatível com as suas dimensões.
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Mas será que apenas esta diferença influencia o arranjo dimensional dos
postos de trabalho? Não, pois há outros fatores a serem considerados:
A idade do trabalhador. Quanto mais idoso, menos mobilidade terá o corpo do
indivíduo, pela própria degeneração que se verifica nos tecidos, articulações e na
própria coluna vertebral;
A região onde nasceu o trabalhador. Compare um homem nascido no Sul do
país com aquele que nasceu no Nordeste e as diferenças antropométricas ficarão
bastante acentuadas;
O poder aquisitivo do trabalhador. Quanto mais pobre, pior a alimentação e, por
consequência da subnutrição, alterações nas dimensões corporais são verificadas;
A roupa usada no desenvolver dos trabalhos e os EPI’s (Equipamentos de
Proteção Individual). Um capacete altera a estatura do trabalhador. Uma luva dificulta
os movimentos de precisão, pois diminui o tato, sem falar que o diâmetro do dedo
aumenta.
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MEDIDAS DE CRITÉRIO MULHERES HOMENS
ANTROPOMETRIA MEDIDA
ESTÁTICA (cm) MIN. MAX. 5% 95% 5% 95% ADOTADA
TABELA
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12.3 Critérios para dimensionamento dos postos de trabalho
Fonte:slideplayer.com.br
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A - Cadeira ergonômica, com regulagens de altura e inclinação do assento e
encosto, giratória, ajuste para a altura dos braços (que podem ser removidos, caso se
queira) e rodízios para facilitar a locomoção.
Fonte:pokerstrategy.com
Fonte:www.powertrans.ind.br
51
C – Comandos altos, numa prensa, dificultando o alcance das mãos do
trabalhador. Lembrar que os braços acima da linha dos ombros dificultam a circulação
de sangue, provocam tensão muscular e dor (ALCANCE MOTOR INADEQUADO),
bem como o ALCANCE VISUAL dos comandos está acima da linha de visão do
trabalhador (fazendo com que este levante a cabeça).
D – Comandos na altura adequada, numa prensa, facilitando o alcance das
mãos do trabalhador, bem como o alcance visual.
Bem, podemos responder às perguntas do início da aula: as medidas e ângulos
do corpo humano devem ser levantadas e organizadas, para que se possa
dimensionar cada posto de trabalho em conformidade com a população da empresa
em que se está atuando. Só assim os mobiliários, veículos, máquinas, painéis,
bancadas, etc. estarão se adaptando ao ser humano.
Observe como os conhecimentos adquiridos são aplicáveis com esta simples
situação de trabalho:
A banqueta tem assento em madeira = as tuberosidades isquiáticas estão
“gritando”, pois não há qualquer revestimento macio (em espuma);
O apoio para os pés não existe, apenas o da banqueta = os pés são obrigados
a permanecer numa única posição;
As borneiras localizadas ao fundo da área de teste estão em alcance máximo
= o Eletricista, para que alcance as borneiras, deve esticar os braços e, ainda,
deslocar o tronco do encosto da banqueta. Em antropometria, nunca o alcance motor
de um fundo de bancada que é muito usado poderia ser aceito em tal profundidade;
Os músculos ao redor da coluna vertebral ficam tensos = dor;
As gavetas da bancada (para ferramentas) obstruem o espaço lateral das
pernas, apesar da banqueta ser giratória (não dá quase para girá-la). Seria melhor um
gaveteiro móvel ou um carrinho e a retirada das gavetas.
A banqueta desta vez é estofada, mas o Eletricista não a usa. Não dá (não há
espaço para as pernas quando se senta defronte à bobina) = trabalho constante em
pé;
Os cavaletes usados para se apoiar a bobina não têm regulagem de altura = o
Eletricista se abaixa para ver o que está fazendo e alcançar os contatos a serem
refeitos: aqui, várias são as consequências:
Cervical, dorsal e lombar em flexão = dor;
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Trabalho constante em pé = mais dor para a lombar e dificuldade para
circulação venosa nas pernas (carga hemodinâmica);
Repare que a articulação do carpo constantemente fica em desvio ulnar, além
de prono-supinações = risco de DORT;
Os braços trabalham sem apoio, mas em área de alcance ótimo (que, neste
caso, não adianta nada...) = risco de DORT.
13 FADIGA
Fonte:marins.jusbrasil.com.br
13.1 Conceito
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Resumindo numa só palavra: CANSAÇO! Mas veja o detalhe: este estado
é reversível, recuperável, a não ser que a fadiga entre num outro estágio, o da
EXAUSTÃO. Vejamos a fadiga em sua INTENSIDADE e na sua MANIFESTAÇÃO:
A INTENSIDADE:
A MANIFESTAÇÃO:
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Fadiga por exposição ao calor
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Fadiga psíquica
Salário baixo;
Ameaça constante de demissão;
Chefia insegura, incompetente, indecisa;
Chefia intolerante, que humilha os subordinados, com cenas de “baixaria”;
Ambiente de trabalho agressivo (ruído, calor, vapores tóxicos, risco de acidentes,
etc.);
Jornada de trabalho excessiva (dobras, horas-extras);
Ausência de pausas, rodízios;
Horários inadequados de trabalho;
Ritmos excessivos, velocidades insuportáveis, organização do trabalho nos
padrões Tayloristas - exemplo: 500 toques por minuto, para os digitadores;
Protecionismo (o sobrinho do gerente é promovido, mas você não...);
Falta de reconhecimento, por parte da empresa, das necessidades do trabalhador
(em qualquer nível - pode ser a falta de um bebedouro, um banheiro muito longe, um
EPI sem condições de uso, iluminação deficiente no posto de trabalho, demora para
a manutenção de um equipamento, etc.).
DE CONTEXTO
Transporte deficiente;
Condições de moradia precárias;
Desajustes familiares;
Padrão de vida baixo;
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Condições de higiene/alimentação precárias;
Violência urbana, neurose das grandes metrópoles, insegurança.
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Pode ser realizado no início, meio ou final da jornada laboral;
02 (dois) exercícios por segmento é suficiente;
O tempo por exercício pode variar, mas 20 segundos estáticos atingem bom
resultado.
Fonte:www.sugep.ufrpe.br
60
Fonte:pt-br.infomedica.wikia.com
Fonte:www.catiaazevedocosta.com
61
BIBLIOGRAFIA
62
FERRAZ, Fernando, FIGUEIREDO, Marcelo e ALVAREZ, Denise. Apostila de
Ergonomia. Niterói, 2003.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto de produção – 2ª edição ver. e ampl. – São Paulo:
Blücher, 2010
KAWAMOTO, Emilia Emi. Anatomia e Fisiologia Humana. São Paulo: EPU, 1988
63