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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Cap GABRIEL LUIZ RIBEIRO JUNQUEIRA


1◦ Ten HANS WAGNER GLÜCK

MODELAGEM DAS USINAS FOTOVOLTAICAS PARA ESTUDOS DE


TRANSITÓRIOS ELETROMECÂNICOS APLICADOS AO SIN

Rio de Janeiro
2020
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Cap GABRIEL LUIZ RIBEIRO JUNQUEIRA


1◦ Ten HANS WAGNER GLÜCK

MODELAGEM DAS USINAS FOTOVOLTAICAS PARA


ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELETROMECÂNICOS
APLICADOS AO SIN

Projeto de Fim de Curso apresentado ao Curso de Graduação em


Engenharia Elétrica do Instituto Militar de Engenharia, como re-
quisito parcial para a obtenção do título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Marcos Vinícius Pimentel Teixeira - D.Sc.


Co-Orientador: Prof. Vinícius Gualter Côrrea Salles - Eng.

Rio de Janeiro
2020
c2020

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA


Praça General Tibúrcio, 80 - Praia Vermelha
Rio de Janeiro - RJ CEP 22290-270

Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-lo


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comercial e que seja feita a referência bibliográfica completa.
Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do(s) autor(es) e do(s)
orientador(es).

004.69 JUNQUEIRA, GABRIEL LUIZ RIBEIRO


S586e Modelagem das Usinas Fotovoltaicas para Estudos de
Transitórios Eletromecânicos Aplicados ao SIN / GA-
BRIEL LUIZ RIBEIRO JUNQUEIRA, HANS WAG-
NER GLÜCK, orientado por Marcos Vinícius Pimen-
tel Teixeira e Vinícius Gualter Côrrea Salles - Rio de
Janeiro: Instituto Militar de Engenharia, 2020.

84p.: il.

Projeto de Fim de Curso (graduação) - Instituto


Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, 2020.

1. Curso de Graduação em Engenharia Elétrica -


projeto de fim de curso. 1. Usina Fotovoltaica. 2. Con-
trole de Frequência. 3. Energia Renovável. 4. Sistema
Interligado Nacional. 5. Transitórios Eletromecânicos.
6. UFV. I. Teixeira, Marcos Vinícius Pimentel . II.
Salles, Vinícius Gualter Côrrea . III. Modelagem das
Usinas Fotovoltaicas para Estudos de Transitórios Ele-
tromecânicos Aplicados ao SIN. IV. Instituto Militar de
Engenharia.

1
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Cap GABRIEL LUIZ RIBEIRO JUNQUEIRA


1◦ Ten HANS WAGNER GLÜCK

MODELAGEM DAS USINAS FOTOVOLTAICAS PARA


ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELETROMECÂNICOS
APLICADOS AO SIN

Projeto de Fim de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Elétrica


do Instituto Militar de Engenharia, como requisito parcial para a obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Orientador: Prof. Marcos Vinícius Pimentel Teixeira - D.Sc.
Co-Orientador: Prof. Vinícius Gualter Côrrea Salles - Eng.

Aprovado em 30 de Outubro de 2020 pela seguinte Banca Examinadora:

Prof. Marcos Vinícius Pimentel Teixeira - D.Sc. do IME - Presidente

Prof. Vinícius Gualter Côrrea Salles - Eng. do ONS

Prof. Paulo César Pellanda - Dr. do IME

Prof. José Roberto Pires de Camargo - M.Sc. do IME

Rio de Janeiro
2020

2
Este trabalho é dedicado a nossas famílias, amigos e professores,
alicerce base de nossa saúde mental e emocional durante o nosso
processo de crescimento pessoal, intelectual e profissional.

3
AGRADECIMENTOS

Agradecemos, primeiramente a Deus, fonte inesgotável da vida. O período passado


na Casa do Engenheiro Militar não foi simplesmente uma graduação, foi um convívio
diário com a incerteza e a dúvida. Algo que gerou incômodo e exasperação. Mas como
sabemos, para progredir nas artes das engenharias devemos deixar a porta do desconhecido
entreaberta. Deixar que a dúvida adentre e ganhe espaço em nossas mentes, deixá-la livre
para crescer e aos poucos ir domando-a e subjugando-a e, finalmente, vencê-la. Só assim
progredimos e chegamos no objetivo uno da vida intelectual, a Verdade!
Por isso é justo e necessário sermos gratos as nossas amadas e também herdeiros,
presentes e futuros. Sem eles essa jornada de formação, provação e devoção não seria
crível. Assim também se faz essencial sermos gratos à todos professores que contribuíram
de alguma forma nessa caminhada.
E por fim, mas não menos importante, somos gratos ao nosso Professor Orientador
Marcos Teixeira e ao Professor Co-orientador Vinícius Salles, por suas disponibilidades e
atenção.

4
“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na
vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita
força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e
muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira
você chega lá. ”

AYRTON SENNA

5
SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

LISTA DE TABELAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 Evolução da Energia Fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 A Energia Fotovoltaica no Mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 A Energia Fotovoltaica no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4 O Sistema Interligado Nacional (SIN) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.5 Funcionamento de uma Usina Fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.6 O Impactos das Usinas Fotovoltaicas no SIN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.7 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.8 Organização do Documento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

2 UMA VISÃO GERAL DAS USINAS FOTOVOLTAICAS . . . . . . . . 28


2.1 Geração Convencional e Inversores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.1.1 Base de Funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.1.2 Inércia de um Sistema de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.1.3 Suporte de Potência Reativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.1.4 Fault Ride Through (FRT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2 Requisitos para o Funcionamento de UFVs no Sistema Interligado Nacional . 31
2.2.1 Voltage Ride Through Mínimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

3 DESCRIÇÃO DO ESTUDO DE CASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35


3.1 Sistema Teste IEEE14 Barras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.2 Descrição dos Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.3 Sistemas Especiais de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.4 Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

4 RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41


4.1 Simulação para Curto de 10ms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
4.2 Simulação para Curto de 50ms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.3 Simulação para Curto de 100ms . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.4 Mudanças nos Modos de Operação das UFVs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

6
5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5.1 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
5.2 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

7 APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
7.1 APÊNDICE 1: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 67
7.2 APÊNDICE 2: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 68
7.3 APÊNDICE 3: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 69
7.4 APÊNDICE 4: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 70
7.5 APÊNDICE 5: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 71
7.6 APÊNDICE 6: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 72
7.7 APÊNDICE 7: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 73
7.8 APÊNDICE 8: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 74
7.9 APÊNDICE 9: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da GE . . . . . 75
7.10 APÊNDICE 10: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
7.11 APÊNDICE 11: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
7.12 APÊNDICE 12: Relatório ANATEM simulação de curto de 10ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

7
7.13 APÊNDICE 13: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
7.14 APÊNDICE 14: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
7.15 APÊNDICE 15: Relatório ANATEM simulação de curto de 50ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
7.16 APÊNDICE 16: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 40 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
7.17 APÊNDICE 17: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 60 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
7.18 APÊNDICE 18: Relatório ANATEM simulação de curto de 100ms com
geração fotovoltaica de 80 MW utilizando o modelo de inversor da Fi-
mer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIG.1.1 Evolução da capacidade mundial instalada de geração fotovoltaica


de 2008 a 2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
FIG.1.2 Taxa de crescimento da capacidade instalada mundialmente em
2018 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
FIG.1.3 Valor Absoluto de capacidade instalada mundialmente em 2018, por
fontes renováveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
FIG.1.4 Investimentos realizados em 2018 em U$ Bi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
FIG.1.5 Empregos no setor de energia renovável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
FIG.1.6 Consumo Elétrico Brasileiro por Setor - 1990 a 2017 . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
FIG.1.7 Irradiação média global entre Brasil, China e Europa . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
FIG.1.8 Previsão de geração por ano por fonte renovável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
FIG.1.9 Sistema Interligado Nacional em 2019 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
FIG.1.10 Sistema Isolado ou Independente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
FIG.1.11 Sistema Conectados à Rede Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
FIG.1.12 Percentagem da Geração FV Concentrada e Distribuída . . . . . . . . . . . . . . 24
FIG.1.13 Estádio Mané Garrincha (Brasília) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
FIG.1.14 Usina Solar Fotovoltaica em Offingen, Alemanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

FIG.2.1 Sistema de potência composto por geração elétrica convencional e


fotovoltaica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
FIG.2.2 Comparação do suporte dinâmico de potência reativa de uma usina
convencional e de uma usina fotovoltaica mediante falta. . . . . . . . . . . . . 30
FIG.2.3 Faixa de geração/absorção de potência reativa no ponto de conexão
da central geradora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
FIG.2.4 Tensão nos terminais dos inversores da central geradora submetidos
à variações temporárias de tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
FIG.2.5 Comparação entre o voltage ride through mínimo no Brasil com a
de um inversor comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

FIG.3.1 Sistema Teste IEEE14 Barras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

FIG.4.1 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração sín-


crona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

9
FIG.4.2 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração
síncrona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
FIG.4.3 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração foto-
voltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 43
FIG.4.4 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração
fotovoltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 44
FIG.4.5 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração foto-
voltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 45
FIG.4.6 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração
fotovoltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 45
FIG.4.7 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração sín-
crona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
FIG.4.8 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
síncrona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
FIG.4.9 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração foto-
voltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 48
FIG.4.10 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
fotovoltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 48
FIG.4.11 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração foto-
voltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 49
FIG.4.12 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
fotovoltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 50
FIG.4.13 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração sín-
crona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
FIG.4.14 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração
síncrona e geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de
inversores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
FIG.4.15 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração foto-
voltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 52
FIG.4.16 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração
fotovoltaica de 60 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 53

10
FIG.4.17 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração foto-
voltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . . . . 54
FIG.4.18 Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração
fotovoltaica de 80 MW para os dois modelos de inversores. . . . . . . . . . . . 54
FIG.4.19 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração foto-
voltaica de 40 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o
Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
FIG.4.20 Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
fotovoltaica de 40 MW para os modelos GE e FIMER, alterando
o Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
FIG.4.21 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração foto-
voltaica de 60 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o
Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
FIG.4.22 Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
fotovoltaica de 60 MW para os modelos GE e FIMER, alterando
o Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
FIG.4.23 Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração foto-
voltaica de 80 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o
Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
FIG.4.24 Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração
fotovoltaica de 80 MW para os modelos GE e FIMER, alterando
o Modo de Operacao do Modelo GE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

11
LISTA DE TABELAS

TAB.1.1 Oferta interna de energia elétrica por ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21


TAB.1.2 Distribuição percentual da capacidade instalada de geração de ener-
gia elétrica, por fontes de energia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

TAB.3.1 Dados de Geração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36


TAB.3.2 Dados da Linha de Transmissão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
TAB.3.3 Dados dos Transformadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
TAB.3.4 Dados de Atuação do ERAC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

TAB.4.1 Modos de operação no modelo de inversor GE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

12
RESUMO

O presente trabalho trata do impacto causado na operação dos sistemas elétricos


de potência devido ao aumento da representatividade de usinas fotovoltaicas na matriz
energética. Essa expansão da geração fotovoltaica está relacionada com um foco maior
na sustentabilidade, e a tendência é que aumente ainda mais nos próximos anos. Esse
tipo de geração resulta em uma mudança das características de operação da rede quando
esta é comparada com a operação de um sistema convencional, em outros termos, sistema
formado por usinas hidrelétricas e termelétricas. Desse modo, o principal objetivo do tra-
balho é avaliar os modelos disponíveis de inversores que compõem as usinas fotovoltaicas,
bem como as respostas desses modelos ao serem submetidos à transitórios eletromecânicos.
Com isso, pode-se comparar a capacidade de manutenção da estabilidade dos chamados
sistemas convencionais com os novos sistemas baseados em geração fotovoltaica.

13
ABSTRACT

The present work deals with the impact caused in the operation of electric power
systems due to the increase in the representativeness of photovoltaic plants in the energy
matrix. This expansion of photovoltaic generation is related to a greater focus on sustai-
nability, and the trend is for it to increase even more in the coming years. This type of
generation results in a change in the network’s operating characteristics when compared
to the operation of a conventional system, in other words, a system formed by hydro-
electric and thermoelectric plants. Thus, the main objective of the work is to evaluate
the available models of inverters that make up the photovoltaic plants, as well as the
responses of these models when subjected to electromechanical transients. With this, one
can compare the ability to maintain the stability of so-called conventional systems with
the new systems based on photovoltaic generation.

14
1 INTRODUÇÃO

1.1 EVOLUÇÃO DA ENERGIA FOTOVOLTAICA

O sol é a principal fonte de energia do nosso planeta. A radiação solar, mesmo sofrendo
parcialmente com absorção e reflexão pela nossa atmosfera, direciona uma considerável
quantia energética na superfície do globo terrestre. Estima-se que essa energia solar
incidente seja da ordem de 10 mil vezes o consumo energético mundial (PINTO, 2014).
Atualmente, apenas uma pequeníssima parcela dessa fonte é aproveitada (VILLALVA,
1983).
A história da descoberta da tecnologia da energia solar fotovoltaica foi a partir da
pesquisa de um físico francês chamado Edmond Becquerel. Em 1839, ele verificou que
placas de prata ou platina, mergulhadas em um eletrólito, produziam uma pequena ddp
(diferença de potencial) quando expostos à luz (BECQUEREL, 1839).
Pouco tempo depois, em 1877, dois norte americanos, W. G. Adams e R. E. Day,
desenvolveram o primeiro dispositivo sólido de produção de eletricidade por exposição à
luz. Adams e Day (1877). E poucos anos depois, o alemão Werner Von Siemens, fundador
da Siemens AG, comercializava esse tipo de dispositivo como fotômetros para máquinas
fotográficas, um grande avanço à época (VALLÊRA; BRITO, 2006).
O advento da mecânica quântica, a explicação do efeito fotoelétrico (por A. Einstein),
a física dos semicondutores, a teoria de bandas, os aperfeiçoamentos na dopagem e na
purificação de materiais foram somente alguns avanços de vital importância para alcançar
o nível tecnológico satisfatório para geração de energia fotovoltaica.
A primeira célula fotovoltaica foi apresentada em abril de 1954, por Calvin Fuller
e outros cientistas da Bell Laboratories, com uma eficiência, à época, de incríveis 6%.
Durante a apresentação pública da "pilha solar"a imprensa ficou aficionada. Nas páginas
do New York Times podia ler-se que aquela primeira célula solar “marca o princípio de
uma nova era, levando, eventualmente, à realização de um dos mais belos sonhos da
humanidade: a colheita de energia solar sem limites, para o bem-estar da civilização”
(VALLÊRA; BRITO, 2006).
Durante o transcorrer da história, as células fotovoltaicas foram usadas nos programas
espaciais de norte-americanos e soviéticos, durante a Guerra Fria. Os estudos nessa área
foram alvos de grandes investimento durante o pânico da crise do petróleo em 1973. E na

15
década de 90, países como a Alemanha, atingem a marca do seu primeiro gigawatt (GW)
proveniente de placas solares.
Em suma, a história demonstra o crescimento exponencial da relevância e magnitude
da energia solar, e mais, robora o vulto dessa fonte na atualidade.

1.2 A ENERGIA FOTOVOLTAICA NO MUNDO

Na década de 90, a taxa média mundial do crescimento fotovoltaico foi de aproximados


20%. Já durante 2005 a 2013, a taxa de crescimento foi de 40%. Tal crescimento é
atribuído, prioritariamente, aos programas de incentivos à expansão de fonte renovável
que se propagou pelo mundo e também a queda de preço das células fotovoltaicas (EPIA,
2013).
Os últimos anos têm sido um marco para a energia solar fotovoltaica. O setor apre-
sentou um crescimento médio anual de aproximadamente 47% no período de 2008 a 2018.
Em 2017, a capacidade instalada de fontes FV ultrapassou o patamar dos 400GW e,
em 2018, foi batido a marca simbólica de 500GW. É possível verificar na figura 1.1 tal
crescimento com característica exponencial (REN21, 2019).

FIG. 1.1: Evolução da capacidade mundial instalada de geração fotovoltaica de 2008 a


2018
Fonte: REN21 (2019)

Como apresentado, no ano de 2018 a energia solar fotovoltaica obteve um crescimento


em percentagem instalada de quase 25%, um valor extremamente relevante, que descolou
dos crescimentos das demais fontes renováveis, como mostra a figura 1.2. Em termos
de valores absolutos, é visivel um crescimento acima da média da geração fotovoltaica,

16
destaque para os anos de 2017 e 2018, no qual o valor absoluto de capacidade instalada
foi de aproximadamente 100GW, conforme figura 1.4.

FIG. 1.2: Taxa de crescimento da capacidade instalada mundialmente em 2018


Fonte: REN21 (2019)

FIG. 1.3: Valor Absoluto de capacidade instalada mundialmente em 2018, por fontes
renováveis
Fonte: REN21 (2019)

Esse resultado tem grande participação da demanda vinda dos mercados emergentes
e também dos avanços e investimentos na tecnologia fotovoltaica. Esses crescimento de
investimentos em energias renováveis vêm crescendo ano após ano, sendo que a energia
fotovoltaica solar, hoje, é a líder em investimentos no setor (vide figura 1.4). De forma
geral, tais investimentos intenciona a melhoria: da eficiência energética dos painéis, da
estabilidade do sistema via inércia artificiais e da capacidade de escalabilidade do pro-
duto(REN21, 2019).
O setor de energia solar fotovoltaica no mundo emprega, direta e indiretamente,
aproximadamente 3,6 milhões de pessoas. Para efeitos de comparação, todo o setor de

17
FIG. 1.4: Investimentos realizados em 2018 em U$ Bi
Fonte: REN21 (2019)

energia renovável no mundo emprega hoje, de forma direta e indireta, 11 milhões de


pessoas. Ou seja, uma fatia considerável dos empregos gerados nas fontes de energia
renovável advém do setor fotovoltaico. Vide figura 1.5 (REN21, 2019).

FIG. 1.5: Empregos no setor de energia renovável


Fonte: REN21 (2019)

1.3 A ENERGIA FOTOVOLTAICA NO BRASIL

A matriz elétrica brasileira, composta prioritariamente por geração hidrelétrica, pos-

18
sui uma certa dependência do índice pluviométrico a fim de manter seus reservatórios a
níveis satisfatórios. Pensando em dirimir essa dependência, cresce o interesse pela diver-
sificação da matriz elétrica brasileira, já que a demanda energética de cada setor nacional
vem crescendo de forma significativa nos últimos trinta anos, como representado na FIG
1.6.

FIG. 1.6: Consumo Elétrico Brasileiro por Setor - 1990 a 2017


Fonte: IEA (2020)

Uma opção cada vez mais atraente para o setor elétrico é a energia solar por diversos
fatores que irão ser apresentados.
O principal fator é referente ao grande potencial brasileiro nesse segmento, pois o
país se encontra em uma região intertropical, ou seja, parte do território brasileiro está
localizada próxima à linha do equador (PINTO, 2014). Dessa maneira, não há grandes va-
riações na duração do dia e, consequentemente, no nível de radiação diária (VIANELLO;
ALVES, 2000). Entretanto, em função da extensão do país, cidades do sul e do sudeste
do Brasil apresentam variações na duração solar do dia, variando em períodos de 10 a
13,5 horas dependendo da estação do ano. A partir disso, com o objetivo de maximizar o
aproveitamento da radiação solar, as placas de geração de energia fotovoltaica são orienta-
das em função da latitude e em função do período do ano com maior demanda energética
(VILLALVA, 1983).
Outro fator importantíssimo, que provém também da localização privilegiada brasi-
leira, é a radiação incidente no território nacional. Observe a figura 1.7. Por exemplo, a

19
região mais ensolarada da Alemanha alcança uma irradiação de 40% menor que o índice de
incidência de radiação solar da pior região do Brasil. Mesmo com tais condições climáticas
menos favoráveis, a Alemanha, através de tecnologias e mecanismos eficientes, tem apre-
sentado uma capacidade de aproveitamento superior ao do Brasil. (DE SOUZA CABRAL
et al., 2013). O mesmo pode-se dizer sobre a China.

FIG. 1.7: Irradiação média global entre Brasil, China e Europa


Fonte: SolarGIS (2013)

Em termos de geração de energia solar fotovoltaica, até final de 2017, a expansão foi
lenta, como apresentado na tabela 1.1 do Relatório dos Objetivos de Desenvolvimentos
Sustentáveis (ODS-7), de autoria do IPEA.
Porém no ano de 2017 e 2018 a geração acelerou e dobrou a participação no total da
capacidade elétrica nacional, como mostra o na tabela 1.2. Isso demonstra que o avanço
está ocorrendo e possivelmente acelerará nos próximos anos, seguindo assim, a tendência
mundial.
No Plano Decenal de Expansão de Energia, confeccionado pela EPE, a previsão da
geração por FV é de aproximadamente 2 GW em 2021. E de 7 GW em 2026, o que
corresponderia cerca de 3,9% do parque gerador do SIN. Esse valor poderia abastecer 3,5
milhões de residências, segundo a figura 1.8.

1.4 O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)

O território nacional de mais de 8,5 milhões de km2 , são dimensões continentais,


do porte similar ao Europeu. Com uma área tão extensa e uma população superior a

20
TAB. 1.1: Oferta interna de energia elétrica por ano
Fontes de Energia 2013 - GWh 2013 - % 2017 - GWh 2017 - %
Hidráulica 390.992 64,0 370.906 59,4
Bagaço de cana 29.871 4,9 35.655 5,7
Eólica 6.578 1,1 42.373 6,8
Solar 5 0,0 832 0,13
Óleo 22.090 3,6 12.733 2,0
Gás Natural 69.003 11,3 65.593 10,5
Carvão 14.801 2,4 16.257 2,6
Nuclear 15.450 2,5 15.739 2,5
Importação (Itaipu) 40.334 6,6 36.355 5,8
Outras renováveis 10.600 1,7 15.617 2,5
Outras não renováveis 11.444 1,9 12.257 2,0
-TOTAL- 611.168 100 624.317 100
-RENOVÁVEIS- 478.381 78,3 501.739 80,4
Fonte: IPEA (2019)

TAB. 1.2: Distribuição percentual da capacidade instalada de geração de energia elétrica,


por fontes de energia.
Tipo de Geração 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Eólica 1,7 3,6 5,4 6,7 7,8 8,8
Solar 0,0 0,0 0,0 0,1 0,7 1,4
Fonte: IPEA (2019)

FIG. 1.8: Previsão de geração por ano por fonte renovável


Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2017)

210 milhões de habitantes, o fornecimento-transmissão de energia não é tarefa trivial de


realizar (PINTO, 2014).

21
O sistema que reúne a geração e transmissão de energia elétrica no Brasil é denomi-
nado Sistema Interligado Nacional, figura 1.9. O SIN é um sistema hidro-termo-eólico de
grande porte em que existe uma predominância de usinas hidrelétricas. Esse sistema é
interligado, com linhas de transmissão que permitem trocas energéticas entre as diversas
regiões do país. Dessa forma, existe um fluxo permanente de energia elétrica entre as re-
giões garantindo que as regiões que estiverem com as melhores condições de fornecimento
elétrico gerem e enviem energia para as regiões que estiverem atravessando períodos com
menor geração elétrica (ONS, 2020).
O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-
Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.

FIG. 1.9: Sistema Interligado Nacional em 2019


Fonte: de Energia Elétrica (2018)

22
1.5 FUNCIONAMENTO DE UMA USINA FOTOVOLTAICA

Como já falando anteriormente, a energia solar fotovoltaica é a conversão da radiação


solar em eletricidade. Para isso ocorrer, além da células fotovoltaicas em um módulo
fotovoltaico, outros equipamentos são necessários para realizar a integração do sistema
fotovoltaico como um todo. Os dispositivos principais são: o painel fotovoltaico, o con-
trolador de carga, o inversor, e um transformador elevador. Uma boa prática é possuir
outros materiais como um medidor e uma linha de transmissão interligando o sistema
fotovoltaico com o sistema da distribuidora, de forma que não ocorra uma falta de energia
durante a noite, por exemplo. Além disso, uma bateria pode ser adicionada no sistema
de geração como reserva de energia.

FIG. 1.10: Sistema Isolado ou Independente


Fonte: Villalva (1983)

FIG. 1.11: Sistema Conectados à Rede Elétrica


Fonte: Villalva (1983)

Os sistemas solares fotovoltaicos são categorizados em: sistemas fotovoltaicos inde-


pendentes, ou isolados (também conhecidos como off grid, ou seja, fora da rede), observe

23
a figura 1.10 e sistemas fotovoltaicos conectados à rede (também chamados de on grid),
vide figura 1.11 e também há os sistemas híbridos.
Outra classificação da geração fotovoltaica é quanto a capacidade instalada da fonte
geradora. Há duas divisões: a geração distribuída (GD) e a geração centralizada (GC),
também chamada de central geradora fotovoltaica. Basicamente, a geração distribuída
tem uma capacidade instalada menor ou igual a 5 MW, sendo que esta pode ser um
sistema isolado (off grid) ou um sistema interligado (on grid), mediante solicitação à
distribuidora. No gráfico da figura 1.12, comprova-se a evolução mundial de participação
anual da geração fotovoltaica concentrada e da distribuída em novas instalações de 2007
até 2017.

FIG. 1.12: Percentagem da Geração FV Concentrada e Distribuída


Fonte: REN21 (2019)

Já a geração centralizada são milhares ou milhões de arranjos formando uma UFV.


Em suma, esse tipo de geração visa necessariamente abastecer outros ramos no sistema.
Já a geração distribuída não tem esse viés diríamos comercial. Vide abaixo exemplos de
GD e GC nas figuras 1.13 e 1.14, respectivamente.

FIG. 1.13: Estádio Mané Garrincha (Brasília)


Fonte: Hauser (2019)

24
FIG. 1.14: Usina Solar Fotovoltaica em Offingen, Alemanha
Fonte: Gücklhorn (2020)

1.6 O IMPACTOS DAS USINAS FOTOVOLTAICAS NO SIN

Para análise dos impactos das UFV no Sistema Interligado Nacional é necessário en-
tender, antecipadamente, algumas características básicas desse tipo de geração e também
da forma que atual o SIN.
A potência demandada é denominada usualmente Carga e a potência gerada é de-
nominada de Fonte ou Gerador. Como a energia elétrica, em grande escala, é um meio
energético não estocável, isso significa que a energia demandada e a gerada devem ocorrer
simultaneamente. Simplificado, toda vez que há uma carga demandando energia, deve-se
ter uma geração para atendê-la.
A partir disso, existe uma possibilidade de possíveis falhas e perturbações durante
a operação do sistema e desse equilíbrio carga-geração. Descargas atmosféricas, curtos-
circuitos, são alguns exemplos de problemas que podem ocorrer durante o fornecimento de
energia elétrica. Nessa etapa, o SIN atua de forma direta, objetivando sempre o equilíbrio
entre carga e geração.
A manutenção da frequência de operação, por exemplo, é algo vital para o sistema
não precisar cortar cargas, visando a retomada do regime permanete, ou não entrar em
colapso. Como será apresentado mais adiante, a frequência de operação varia inversamente
com a inércia total do sistema. Essa inércia é uma característica intrínseca das máquinas
rotativas. Desse modo, as máquinas rotativas são capazes de armazenar energia em suas
massas girantes, o que faz ter, o sistema, uma estabilização melhor na ocorrência de
qualquer tipo de perturbação, já que a energia cinética armazenada nas massas girantes
das máquinas síncronas funcionam como reserva de potência ativa para o sistema mediante
uma perturbação (ANDERSON, 2003).

25
Diante disso e da observância de que a geração fotovoltaica não tem tais massas
girantes, essa forma de geração não agrega inércia ao sistema. Logo, o sistema fica mais
suscetível a problemas de estabilidade.
Com base nos fatos apresentados, existe um desafio a ser superado na operação de um
sistema de potência formado não apenas por máquinas síncronas, mas também por gera-
ção fotovoltaica. Isso decorre do crescimento por fontes renováveis como uma demanda
crescente da sociedade, algo que possivelmente fará aumentar a representatividade de usi-
nas fotovoltaicas nos sistemas. Além disso, tal crescimento deverá impor demasiado risco
a estabilidade da rede.

1.7 OBJETIVOS

Por conta do progressivo crescimento da geração fotovoltaica no sistema nacional, este


trabalho tem como objetivo identificar e analisar um possível aumento de usinas fotovol-
taicas em uma determinada região, bem como analisar as diferentes respostas obtidas por
distintos tipos de inversores. Para tal, foram realizadas simulações em um sistema teste
de 14 Barras do IEEE, com os seguintes programas: análise de transitórios eletromecâ-
nicos (ANATEM) e análise de redes elétricas (ANAREDE). Sendo esses utilizados pelo
operador do sistema elétrico nacional (ONS).
Na esfera das simulações, foi analisado dois tipos de inversores utilizados pelo SIN, o
modelo da empresa italiana FIMER e o modelo da empresa norte-americana GE. Além
disso, foi feito um comparativo com uma geração síncrona, modelo convencional que possui
massa girante agregando inércia ao sistema. Procurou-se também realizar um gradativo
aumento da geração fotovoltaica e redução, proporcional, de geração convencional com o
propósito de verificar a importância da inércia global para a estabilidade do sistema.

1.8 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO

A organização deste trabalho inicia-se com uma visão geral e histórica sobre as usinas
fotovoltaicas, primeiramente, no mundo e, posteriormente, no Brasil. Segue-se com uma
concisa explanação sobre o Sistema Interligado Nacional (SIN) e os tipos de geração e
formas de funcionamento das usinas fotovoltaicas.
No segundo capítulo é realizada uma análise sobre os inversores, sobre a importância
da inércia de um sistema de potência e sobre os requisitos básicos para um bom funcio-
namento deste inversor no SIN.

26
No capítulo 3 apresenta-se o estudo de caso. O sistema teste escolhido é o de 14
Barras do IEEE, onde foi realizado testes com dois tipos de inversores, o LV5 da GE e o
R11015TL da Fimer.
Seguindo nas explanações, o capítulo 4 é a essência do projeto. Neste é mostrado os
resultados das simulações apresentadas no estudo de caso do capítulo anterior. Foi dado
enfoque nos resultados da frequência e potência ativa de uma dada barra, a fim de auxiliar
no suporte das discussões realizadas.
Por fim, no capítulo 5, é realizada uma conclusão de tudo que foi investigado ao longo
do presente trabalho e uma sugestão para os trabalhos futuros.

27
2 UMA VISÃO GERAL DAS USINAS FOTOVOLTAICAS

2.1 GERAÇÃO CONVENCIONAL E INVERSORES

Atualmente, grande parte dos sistemas de potência são compostos por geradores sín-
cronos que geram energia a partir de fontes de origem hidráulica e térmica. Por outro
lado, a geração de energia elétrica a partir de fontes de origem solar são conectadas ao
SIN utilizando inversores. Os inversores são equipamentos que, como sua principal fun-
ção, transformar a corrente elétrica contínua gerada a partir dos painéis fotovoltaicos
em corrente alternada, sendo a responsável pela interação desta usina fotovoltaica com o
sistema elétrico. Desse modo, é necessária a compreensão das diferenças entre as máqui-
nas convencionais e o impacto de equipamentos de eletrônica de potência (KROPOSKI;
JOHNSON, 2017) (CIGRÉ, 2018).

2.1.1 BASE DE FUNCIONAMENTO

A geração convencional é composta por geradores síncronos. Essas máquinas são


formadas a partir da junção de um estator (parte estacionária) com um rotor (parte
rotativa). À medida que o rotor começa a girar, este passa a produzir um campo magnético
girante que induz uma tensão nos enrolamentos do estator. A partir disso, eletricidade
em corrente alternada (CA) é gerada a uma determinada frequência que, no Brasil por
exemplo, é padronizada em 60 Hz. As características mecânicas destas máquinas que
estabelecem as dinâmicas dos sistemas de potência. Sendo que, quando sincronizadas
à rede, a potência ativa que essas máquinas produzem pode ser controlada a partir do
torque mecânico do seu eixo de girante e, a sua potência reativa, a partir do controle da
corrente de campo nos enrolamentos do rotor(CIGRÉ, 2018).
Por outro lado, a geração de energia elétrica a partir das usinas fotovoltaicas utiliza
eletrônica de potência não apenas na conversão das correntes, realizada pelo inversor,
mas também na interface com a rede de corrente alternada. Além disso, existe o controle
do fluxo de energia durante todo o processo, da geração até a injeção na rede, feito
por controladores digitais. Desse modo, tanto o inversor quanto os controles digitais
determinam a maneira como a usina fotovoltaica interage com a rede CA (KROPOSKI;
JOHNSON, 2017).
Em função das características construtivas e de funcionamento mencionadas, a ge-

28
ração convencional de energia elétrica possui a sua dinâmica definida pelas leis do ele-
tromagnetismo, em que reagem espontaneamente aos transitórios da rede. Já a geração
fotovoltaica, a partir dos seus equipamentos de eletrônica de potência, possui a sua dinâ-
mica definida por controles programados.

2.1.2 INÉRCIA DE UM SISTEMA DE POTÊNCIA

A capacidade de um sistema de suportar perturbações é chamada de inércia de um


sistema de potência. Essa inércia é inversamente proporcional às variações na frequên-
cia mediante perturbações. Assim, um sistema de potência com uma inércia pequena
estará sujeito à grandes variações de frequência. Por outro lado, um sistema com uma
grande inércia, quando submetido a perturbações, irá enfrentar pequenas variações na sua
frequência (KROPOSKI; JOHNSON, 2017).

FIG. 2.1: Sistema de potência composto por geração elétrica convencional e fotovoltaica.
Fonte: Kroposki e Johnson (2017)

A partir da figura 2.1, é possível entender a inércia do sistema equivalente como


a soma das massas girantes das máquinas convencionais ligadas à rede. Desse modo,
a energia cinética armazenada em cada massa girante caracteriza essa inércia mecânica
e, mediante perturbações, esse sistema absorve ou extraí parte dessa energia cinética
sustentando flutuações de carga e de elementos geradores no sistema.

29
2.1.3 SUPORTE DE POTÊNCIA REATIVA

Em função de reagirem fisicamente, os geradores síncronos possuem a capacidade de


fornecer ao sistema, no instante da falta ou perturbação, potência reativa. Essa carac-
terística dos geradores convencionais é fundamental para diminuir os efeitos na tensão
fornecida pelo sistema. Por outro, os inversores que funcionam mediante a detecção de
faltas e, como consequência, apresentam um atraso na detecção dessas faltas inerente ao
equipamento de eletrônica de potência (KROPOSKI; JOHNSON, 2017).

FIG. 2.2: Comparação do suporte dinâmico de potência reativa de uma usina convencional
e de uma usina fotovoltaica mediante falta.
Fonte: Hauser (2019)

A partir da figura 2.2 é possível verificar que, mediante falta, a usina convencional
reage instantaneamente enquanto a usina fotovoltaica apresenta um atraso. No momento
em que a usina fotovoltaica verifica a falta e ativa o seu modo de operação sob falta,
uma redução na sua corrente ativa ocorre para fornecer um suporte de potência reativa
ao sistema.

30
2.1.4 FAULT RIDE THROUGH (FRT)

O Fault Ride Through é o quanto o gerador consegue manter a operação síncrona


ao sistema quando ocorrer uma perturbação. Isso possui um papel fundamental no apri-
moramento da estabilidade transitória geral do sistema de energia. Para o operador do
sistema, o FRT ajuda, durante a operação, a evitar distúrbios em todo o sistema, como
falhas em cascata e blecautes por exemplo (CIGRÉ, 2018).
O sistema de excitação de uma máquina síncrona, atuando instantaneamente medi-
ante falta, tem grande influência na estabilidade transitória desse tipo de máquina. Desse
modo, os geradores síncronos contam com capacidade de FRT. Por outro lado, inversores
dependem da programação para detectar possíveis falta e, identificando a perturbação,
ativar o seu modo fault ride through de operação (CIGRÉ, 2018).
O FRT é composto não apenas pela suportabilidade do sistema mediante variações
na tensão, o voltage ride through (VRT), mas também mediante a variações na frequência
(frequency ride through). Para o presente estudo, o foco será na habilidade do gerador
reestabelecer a voltagem do sistema mediante falta, o VRT (CIGRÉ, 2018).

2.2 REQUISITOS PARA O FUNCIONAMENTO DE UFVS NO SISTEMA INTERLI-


GADO NACIONAL

As usinas fotovoltaicas possuem requisitos técnico mínimos para conexão à Rede


Básica. Essas obrigações foram definidas com o objetivo de garantir um desempenho
padronizado do sistema elétrico brasileiro. Essas regras são disponibilizadas pelo ONS em
seus Procedimentos de Rede (ONS, 2019). Para o presente estudo, serão mencionados os
requisitos técnicos mínimos mais pertinentes para o desenvolver do trabalho.
A partir dos requisitos técnicos mínimos para a conexão de usinas fotovoltaicas no
SIN, foi estabelecido que as UFVs sejam capazes de operar em 3 módulos diferentes:

• Controle de tensão;

• Controle de potência reativa;

• Controle de fator de potência.

Além disso, segundo o ONS, a usina fotovoltaica deverá fornecer suporte de potência
reativa, de modo que seja capaz de operar tanto com fator de potência indutivo quanto
capacitivo em qualquer ponto da área delimitada pela figura 2.3.

31
FIG. 2.3: Faixa de geração/absorção de potência reativa no ponto de conexão da central
geradora.
Fonte: ONS (2019)

A partir do gráfico acima, à medida que a usina fotovoltaica opera em 100% da


sua potência ativa nominal, não apenas a UFV deverá ser capaz de fornecer um fator
de potência de 0,95 capacitivo mas também um fator de potência de 0,95 indutivo. Em
adição à isso, o ONS exige que a UFV apresente essa faixa de operação de potência reativa
até a operação em 20% de potência ativa nominal. A partir desse ponto, em períodos de
baixa geração, a capacidade reativa da UFV vai reduzindo.

2.2.1 VOLTAGE RIDE THROUGH MÍNIMO

O Operador Nacional de Sistemas exige que as usinas fotovoltaicas sejam capazes de


suportar variações temporárias na tensão de uma ou mais fases no ponto de conexão com
o sistema de distribuição, como consequência de distúrbios na Rede Básica. A central
geradora deverá continuar operando caso a tensão nos terminais dos inversores continuar
dentro da região sombreada representada na figura 2.4. Essa região característica é apli-
cada para qualquer distúrbio, seja ele provocado por defeitos assimétricos ou simétricos,
rejeição de carga, devendo ser respeitada pela tensão de fase que apresentar maior variação
(ONS, 2019).
Essa região de operação obrigatória representa o voltage ride through mínimo que é

32
oferecido pela usina fotovoltaica. Por outro lado, a região fora da área sombreada não
exige o desligamento obrigatório da UFV, apenas deixa o caráter facultativo para o agente
gerador de desconectar ou não a usina da rede (ONS, 2019).

FIG. 2.4: Tensão nos terminais dos inversores da central geradora submetidos à variações
temporárias de tensão.
Fonte: ONS (2019)

A figura 2.4 (VRT) representa a exigência mínima do ONS para a continuidade de


operação das UFVs mediante variações de tensão temporárias. Por outro lado, em função
de avanços tecnológicos, o projeto de uma UFV pode explorar áreas mais abrangentes de
operação em função de equipamentos que suportam operação em áreas maiores do que a
apresentada pelo ONS. Por exemplo, na figura 2.5 é representada uma comparação entre
o VRT mínimo exigido no Brasil e a capacidade de operação de um inversor típico. Desse
modo, levando em conta o interesse do Sistema Elétrico de manter a operação, a proteção
de tensão de uma UFV, no momento de realização do projeto, deve ser a mais próxima
possível da capacidade do inversor (HAUSER, 2019).

33
FIG. 2.5: Comparação entre o voltage ride through mínimo no Brasil com a de um inversor
comum.
Fonte: Hauser (2019)

34
3 DESCRIÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Neste capítulo é apresentado o Sistema Elétrico de Potência (SEP) base para as simu-
lações. Para isso, foi escolhido o sistema IEEE14 barras, presente no diretório de exemplos
do software ANATEM, desenvolvido pelo Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CE-
PEL). A análise consiste da observação do impacto da inserção de uma usina fotovoltaica
em uma das barras e a resposta dinâmica do SEP submetido a uma perturbação. Cabe
ressaltar que esse sistema teste possui uma potência ativa total gerada de 289,4 MW.

3.1 SISTEMA TESTE IEEE14 BARRAS

O sistema base está representado na figura 3.1. Esse sistema é formado por 14 barras,
5 unidades de geração de energia, 3 pontos de de tranformação de tensão e 11 unidades
de carga. Além disso, as unidades de geração de energia que estão conectadas nas barras
3, 6 e 8 são compesadores síncronos.

FIG. 3.1: Sistema Teste IEEE14 Barras.


Fonte: CEPEL

35
Para efetuar a comparação entre o SEP composto apenas por geradores síncronos
com a substituição de um conjunto gerador síncrono por uma usina fotovoltaica, a es-
pecificação dos valores utilizados para cada conjunto está representada na tabela 3.1. A
especificação das linhas de transmissão está definida na tabela 3.2, sendo especificado a
capacidade normal (CNO), capacidade de emergência (CEM) e capacidade de equipa-
mento (CEQ) para cada conjunto. Por últimos, os dados relativos aos transformadores
estão especificados na tabela 3.3.

TAB. 3.1: Dados de Geração.


Geração Reativa Geração Reativa
Barras Shunt Equivalente (Mvar)
Mínima (Mvar) Máxima (Mvar)
1 -30 20 -
2 -40 50 -
3 0 40 -
6 -6 24 -
8 -20 20 -
9 - - 19
14 10 30 -
Fonte: Autoria própria.

TAB. 3.2: Dados da Linha de Transmissão.


Barras Resistência Reatância Susceptância CNO CEM CEQ
(de - para) (%) (%) (Mvar) (MVA) (MVA) (MVA)
1-2 1,94 5,92 5,28 100 100 100
1-5 5,4 22,3 4,92 100 100 100
1-3 4,7 19,8 4,38 100 100 100
2-4 5,81 17,83 3,75 100 100 100
2-5 5,69 17,39 3,4 100 100 100
3-4 6,7 17,1 3,46 100 100 100
4-5 1,34 4,21 1,28 100 100 100
6-11 9,5 19,89 - 50 50 50
6-12 12,29 25,58 - 50 50 50
6-13 6,61 13,03 - 50 50 50
7-8 - 17,62 - 30 30 30
7-9 - 11 - 100 100 100
9-10 3,18 8,45 - 50 50 50
9-14 12,71 27,04 - 50 50 50
10-11 8,2 19,21 - 50 50 50
12-13 22,09 19,99 - 50 50 50
13-14 17,09 34,8 - 50 50 50
Fonte: Autoria própria.

36
TAB. 3.3: Dados dos Transformadores.
Barras Reatância CNO CEM CEQ
TAP (especificado)
(de - para) (%) (MVA) (MVA) (MVA)
4-7 20,91 0,978 100 100 100
4-9 55,62 0,969 100 100 100
5-6 25,2 0,9 200 100 200
Fonte: Autoria própria.

3.2 DESCRIÇÃO DOS EVENTOS

Com o objetivo de verificar o efeito da inserção de uma UFV na estabilidade eletro-


mecânica de um SEP, além da diferença entre os inversores, foram simulados os seguintes
eventos no software ANATEM:

• Evento 1 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, utilizando o sistema


base;

• Evento 2 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 3 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 4 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 5 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 6 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 7 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 100ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

37
• Evento 8 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, utilizando o sistema
base;

• Evento 9 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 10 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 11 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 12 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 13 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 14 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 50ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 15 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, utilizando o sistema


base;

• Evento 16 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 17 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

• Evento 18 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a geração


síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor: LV5
General Electric);

38
• Evento 19 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a
geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 40,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 20 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 60,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

• Evento 21 - Curto-circuito na Barra 9 com a duração de 10ms, substituindo a


geração síncrona da barra 14 por uma UFV gerando 80,0 MW (Modelo do inversor:
R11015TL Fimer);

Para a coleta de dados e otimização da análise, as simulações foram realizadas no


ANATEM, mas os gráficos das tensões, frequência e geração nas barras são gerados pelo
software PLOT CEPEL.

3.3 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

Antes de analisar os resultados obtidos pelas simulações, é essencial entender quais


são as proteções de um SEP, assim como o seu trabalho. Os Sistemas Especiais de Pro-
teção são sistemas automáticos de controle e proteção instalados nas unidades geradoras,
linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica. Esses sistemas buscam facilitar
a operação do SIN, aumentar a segurança elétrica do SIN, assim como a utilização ade-
quada dos sistemas de geração, transmissão e distribuição (ONS, 2007).O foco principal
é a compreensão do corte de cargas com o objetivo de reduzir os efeitos de subfrequência.

3.4 ESQUEMA REGIONAL DE ALÍVIO DE CARGA (ERAC)

O Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), é um Sistema Especial de Proteção


específico de corte de carga por subfrequência e/ou taxa de variação de frequência (ONS,
2007). O ERAC utiliza relés de taxa de variação de frequência no tempo para verificar
esse efeito e atuar realizando o corte da respectiva carga. Além disso, alivio de carga
é realizado em estágios escalonados de blocos de carga, o que minimiza os efeitos de
subfrequência decorrentes de perda de grandes blocos de geração.
Como o trabalho utilizou os modelos de inversores Fimer e General Electric proveni-
entes dos modelos utilizados pelo ONS na simulação de transitórios eletromecânicos das

39
usinas de Nova Olinda - São João do Piauí e Floresta - Mossoró respectivamente, região
nordeste, na tabela 3.4 é apresentado os valores de atuação do ERAC nesta região.

TAB. 3.4: Dados de Atuação do ERAC.


Retaguarda Retaguarda
Taxa de variação Frequência Frequência Temporização Corte de Carga
Estágio
de frequência(Hz/s) (Hz) (Hz) (s) (%)
1 0,70 57,9 58,5 10 6,0
2 1,10 57,8 58,5 11 7,0
3 1,50 57,7 58,5 12 11,0
4 1,80 57,6 — — 16,0
5 — 57,4 — — 15,0
(∗)-Janela de Frequência: 59,0 a 58,5Hz com frequência de corte de 58,5Hz.

Fonte: Submódulo 11.4 do ONS.

40
4 RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES

Como exposto anteriormente, foram simulados 21 cenários utilizando 3 modelos dife-


rentes de geração na barra 14 do sistema de potência texte. Esses cenários representam
uma diminuição na geração síncrona de energia do sistema de 100%, para as simulações
sem usinas fotovoltaicas, 86,2% de geração síncrona para uma UFV de 40 MW na barra
14, 79,3% de geração síncrona para uma UFV de 60 MW na barra 14 e 72,4% de geração
síncrona para uma UFV de 80 MW na barra 14.
Para cada cenário com geração fotovoltaica, foram realizadas duas simulações, uma
utilizando o modelo de inversor LV5 da GE e outra utilizando o modelo de inversor
R11015TL da Fimer. Desse modo, será possível analisar as capacidades desses inverso-
res de conseguirem continuar conectados à rede ao serem submetidos aos curtos e qual
desse modelos apresenta uma capacidade mais rápida de retorno do sistema ao regime
permanente.

4.1 SIMULAÇÃO PARA CURTO DE 10MS

Para esse cenário, foram realizadas 7 simulações. Uma para um curto-circuito na


Barra 9 com duração de 10ms para o sistema com 100% de geração síncrona. Três si-
mulações para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 10ms para o sistema com
geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW utilizando o modelo de inversor
LV5 da GE. Além disso, foram realizadas mais três simulações, agora com o modelo de
inversor R11015TL da Fimer, para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 10ms
para o sistema com geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW.
Para o curto de 10ms e em um sistema composto somente por geração síncrona (linha
verde dos gráficos), é visível nas figuras 4.1 e 4.2 que a inércia desse sistema, maior do
que com UFV, impacta de maneira direta no tempo de estabilização (10 segundos para
geração síncrona). Quanto maior a inércia do sistema menor o tempo de recuperação do
mesmo, ou seja, mais rápida é a estabilização. Ainda em relação às figuras 4.1 e 4.2, entre
os diferentes modelos de inversores, o modelo da Fimer (linha amarela dos gráficos) apre-
sentou uma melhor capacidade de recuperação com um menor tempo de estabilização (11
segundos para o modelo da Fimer) do que o modelo da GE (linha vermelha) que demorou
33 segundos para chegar na estabilidade. Além disso, para esses 3 casos, não houve ne-

41
FIG. 4.1: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração síncrona e geração
fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.2: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração síncrona e
geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

42
cessidade de atuação do ERAC, já que não ocorreu uma variação da frequência no tempo
suficiente para existir a necessidade de um alívio de carga em função de reestabelecer o
regime permanente mediante ao curto de 10ms.

FIG. 4.3: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração fotovoltaica de 60


MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

Para o curto de 10ms e num sistema composto por geração UFV de 60 MW, é vi-
sível nas figuras 4.3 e 4.4 que o modelo Fimer (linha amarela) apresentou uma melhor
performance do que o modelo GE (linha vermelha tracejada), reestabelecendo o regime
permanente num período de tempo muito menor, 12 segundos para o modelo da Fimer e
46 segundos para o modelo da GE. Além disso, é possível verificar no gráfico que tanto a
frequência quanto a potência injetada na barra 14 reestabeleceram valores diferentes dos
valores anteriores ao curto na Barra 9 quando utilizado o modelo da GE de inversor. Isso
decorre do fato que houve a atuação do ERAC para esse caso, conforme apresentado no
apêndice 2. O ERAC atuou para o primeiro estágio, aliviando carga do sistema o que
resultou num aumento da frequência do sistema. Isso decorre de um desbalanceamento
carga-geração em que o sistema estava operando, antes do curto, para um regime perma-
nente de 60 Hz e, no momento em que ocorre uma diminuição da carga do sistema (alívio
de carga de 37 MW), as máquinas continuaram injetando a mesma potência no sistema o
que gerou uma aceleração das máquinas em função do alívio dessa carga. Desse modo, o

43
FIG. 4.4: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração fotovoltaica de
60 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

sistema estabeleceu um novo regime permanente com uma frequência de 60,3 Hz, maior
do que a do estado inicial. O relatório no apêndice 11 mostra que não houve atuação do
ERAC para o modelo da Fimer. Isso demonstra que o inversor da GE é mais sensível
a transitórios eletromecânicos do que o modelo da Fimer, tendo um maior impacto na
estabilidade eletromecânica do sistema do que o inversor da GE.
Ao aumentar ainda mais a porcentagem de geração fotovoltaica no sistema de potên-
cia submetido à um curto de 10ms, o sistema fica ainda mais suscetível a variações na
frequência transitória. A partir das figuras 4.5 e 4.6 é visível que o modelo de inversor
da Fimer (linha amarela) apresentou um comportamento muito mais controlado do que
o modelo da GE (linha vermelha). A figura 4.6 mostra um comportamento oscilatório
na potência ativa injetada na barra 14 para o modelo da GE. Além disso, a figura 4.3
apresenta uma constância na frequência de regime permanente, para o modelo da Fimer,
igual à frequência de regime permanente anterior ao curto. Por outro lado, a frequência de
regime permanente para o modelo da GE é oscilante em torno de 60,10 Hz. Isso decorre
do fato que o ERAC atuou para esse sistema. Segundo o apêndice 3, para essa simulação,
o ERAC atuou até o estágio 2, aliviando 74 MW de carga. Para o modelo da Fimer,
segundo o apêndice 12, não houve atuação do ERAC. Além disso, o comportamento os-

44
FIG. 4.5: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração fotovoltaica de 80
MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.6: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 10ms. Geração fotovoltaica de
80 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

45
cilante de geração da usina diminuiu o seu poder de geração que resultou num aumento
da frequência estacionária menor do que para o caso em que o ERAC atuou somente no
estágio 1, aliviando 34 MW.

4.2 SIMULAÇÃO PARA CURTO DE 50MS

Para esse cenário, foram realizadas 7 simulações. Uma para um curto-circuito na


Barra 9 com duração de 50ms para o sistema com 100% de geração síncrona. Três si-
mulações para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 50ms para o sistema com
geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW utilizando o modelo de inversor
LV5 da GE. Além disso, foram realizadas mais três simulações, agora com o modelo de
inversor R11015TL da Fimer, para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 50ms
para o sistema com geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW.

FIG. 4.7: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração síncrona e geração
fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

Para o curto de 50ms e num sistema composto somente por geração (linha verde cheia
dos gráficos) síncrona, é visível nas figuras 4.7 e 4.8 que maior a desse sistema, maior do
que com UFV, impacta de maneira direta no tempo de estabilização (10 segundos para
geração síncrona), assim como no caso anterior para o curto de 10ms. Porém, à medida

46
FIG. 4.8: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração síncrona e
geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

que ocorre um aumento no tempo de ocorrência do transitório eletromecânico, maior o


excursionamento de frequência independente do tipo de geração presente no sistema de
potência. Além disso, ainda é verificado que, quanto maior a inércia do sistema, menor
o tempo de estabilização do mesmo. Ainda em relação às figuras 4.7 e 4.8, entre os
diferentes modelos de inversores, o modelo da Fimer (linha amarela tracejada do gráfico)
apresentou uma melhor capacidade de recuperação com um menor tempo de estabilização
(11 segundos para o modelo da Fimer) do que o modelo da GE (linha vermelha tracejada
com dois pontos) que demorou 33 segundos para a estabilização. Além disso, para esses
3 casos, não houve necessidade de atuação do ERAC, já que não ocorreu uma variação
da frequência no tempo suficiente para existir a necessidade de um alívio de carga em
função de reestabelecer o regime permanente mediante ao curto de 50ms. Para nenhum
dos dois casos, segundo os apêndices 4 e 13, não houve atuação do ERAC para nenhuma
das simulações.
Para o curto de 50ms e em um sistema composto por geração UFV de 60 MW, é
visível nas figuras 4.9 e 4.10 que o modelo Fimer (linha amarela) novamente apresentou
uma melhor performance do que o modelo GE (linha vermelha tracejada), reestabelecendo
o regime permanente num período de tempo muito menor, 12 segundos para o modelo

47
FIG. 4.9: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica de 60
MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.10: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica
de 60 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

48
da Fimer e 46 segundos para o modelo da GE. Além disso, é possível verificar no gráfico
que tanto a frequência quanto a potência injetada na barra 14 reestabeleceram valores
diferentes dos valores anteriores ao curto na Barra 9 quando utilizado o modelo da GE
de inversor. Nesse caso também ocorreu a atuação do ERAC, conforme apresentado no
apêndice 5. Para o modelo da Fimer, não houve atuação do ERAC segundo o relatório
do apêndice 14.

FIG. 4.11: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica de 80


MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

Do mesmo modo que foi realizado no curto de 10ms, ao aumentar ainda mais a por-
centagem de geração fotovoltaica no sistema de potência submetido à um curto de 50ms,
o sistema fica ainda mais suscetível à variações na frequência transitória. A partir das
figuras 4.11 e 4.12 é visível que o modelo de inversor da Fimer (linha amarela) apresentou
um comportamento muito mais controlado do que o modelo da GE (linha vermelha). A
figura 4.12 mostra um comportamento oscilatório na potência ativa injetada na barra 14
para o modelo da GE. Além disso, a figura 4.9 apresenta uma constância na frequência
de regime permanente, para o modelo da Fimer, igual à frequência de regime permanente
anterior ao curto. Por outro lado, a frequência de regime permanente para o modelo
da GE é oscilante em torno de 60,10 Hz. Isso decorre do fato que o ERAC atuou para
esse sistema. Segundo o apêndice 6, para essa simulação, o ERAC atuou até o estágio 2,

49
FIG. 4.12: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica
de 80 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

aliviando 74 MW de carga. Além disso, o comportamento oscilante de geração da usina


diminuiu o seu poder de geração, resultou num aumento da frequência estacionária, menor
do que para o caso em que o ERAC atuou somente no estágio 1, ao aliviar apenas 34 MW.
Para o modelo de inversor da Fimer, não houve atuação do ERAC segundo o relatório da
simulação apresentado no apêndice 15.

4.3 SIMULAÇÃO PARA CURTO DE 100MS

Para esse cenário, foram realizadas 7 simulações. Uma para um curto-circuito na


Barra 9 com duração de 100ms para o sistema com 100% de geração síncrona. Três
simulações para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 100ms para o sistema com
geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW utilizando o modelo de inversor LV5
da GE. Além disso, foram realizadas mais três simulações, agora com o modelo de inversor
R11015TL da Fimer, para um curto-circuito na Barra 9 com duração de 100ms para o
sistema com geração fotovoltaica na Barra 14 de 40, 60 e 80 MW.
Com o objetivo de verificar o comportamento do sistema para uma situação ainda
mais extrema, para o curto de 100ms e num sistema composto somente por geração (linha
verde cheia dos gráficos) síncrona, é visível nas figuras 4.13 e 4.14 que a inércia desse

50
FIG. 4.13: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração síncrona e geração
fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.14: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração síncrona e
geração fotovoltaica de 40 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

51
sistema, maior do que com UFV, impacta de maneira direta no tempo de numa menor
variação na frequência do sistema para o regime transitório. Analisando os resultados
apresentados no apêndice 7 para essa simulação, o ERAC atuou, até o estágio 1, para a
geração fotovoltaica utilizando o modelo GE, mas houve um efeito diferente, a frequência
do sistema diminuiu com o corte de cargas. Isso decorre de um mecanismo de controle
do modelo do CDU da UFV utilizada para a simulação no ANATEM, em que a UFV
foi cortada do sistema, deixando de injetar 40 MW na barra 14. O corte de UFVs é
previsto para transitórios eletromecânicos extremos e busca proteger a integridade física
tanto da usina quando do sistema de potência. Desse modo, o corte de 37 MW de carga
realizado pelo ERAC e a saída de 40 MW de geração, para o sistema, resultaram um
aumento líquido de carga de 3 MW, ocorrendo uma desaceleração do sistema que estava
trabalhando para uma carga menor em uma frequência estacionária de 60 Hz. Assim,
ao aumentar a carga líquida do sistema, a frequência estacionária do sistema diminui, no
caso, para 59,99 Hz.

FIG. 4.15: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração fotovoltaica de


60 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

Para o curto de 100ms num sistema composto por geração UFV de 60 MW é visível,
nas figuras 4.15 e 4.16 que o modelo Fimer (linha amarela) novamente apresentou uma
melhor performance do que o modelo GE (linha vermelha tracejada), reestabelecendo o

52
FIG. 4.16: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração fotovoltaica
de 60 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

regime permanente num período de tempo muito menor, 15 segundos para o modelo da
Fimer e 46 segundos para o modelo da GE. Porém, para este caso, houve novamente o
corte da UFV com o modelo da GE. Segundo o apêndice 8, o ERAC atuou até o estágio
2, removendo 74 MW. Neste caso, a frequência de regime permanente do sistema deveria
aumentar consideravelmente, mas o corte da usina que estava gerando 60 MW resultou
uma redução líquida de carga de apenas 14 MW para o sistema. Desse modo, houve um
aumento na frequência de regime estacionário de 60 HZ, para 60,13 Hz. Para o inversor
da Fimer não houve atuação do ERAC segundo o relatório apresentado no apêndice 17.
Do mesmo modo que foi realizado para os curtos de 10ms e 50ms, ao aumentar ainda
mais a porcentagem de geração fotovoltaica no sistema de potência submetido à um curto
de 100ms, o sistema fica ainda mais suscetível à variações na frequência transitória. A
partir das figuras 4.17 e 4.18 é visível que o modelo de inversor da Fimer (linha amarela)
apresentou um comportamento muito mais controlado do que o modelo da GE (linha
vermelha). A figura 4.12 o comportamento de injeção de potência ativa na barra 14 e
as etapas de atuação do ERAC para o modelo da GE. Segundo o relatório apresentado
no apêndice 9 o ERAC atuou até o estágio 3 aliviando 111 MW de carga do sistema.
Além disso, ocorreu novamente uma variação na frequência extrema para esse modelo

53
FIG. 4.17: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração fotovoltaica de
80 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.18: Potência ativa na Barra 14 mediante a curto de 100ms. Geração fotovoltaica
de 80 MW para os dois modelos de inversores.
Fonte: Autoria Própria

54
que ocorreu o corte da UFV do sistema de modo que a variação líquida para o sistema
foi a redução de 31 MW de carga. Desse modo, ocorreu a variação da frequência de
regime permanente de 60 Hz, antes do curto, para 60,28 Hz após a eliminação do mesmo.
Para o modelo de inversor da Fimer, não houve atuação do ERAC segundo o relatório da
simulação apresentado no apêndice 18.

4.4 MUDANÇAS NOS MODOS DE OPERAÇÃO DAS UFVS

Como demonstrado nas análises feitas sobre a estabilidade da frequência dos modelos
de inversores estudados, foi verificado que o modelo GE apresenta uma instabilidade maior
que o modelo Fimer. Buscando aprimorar o modelo que apresentou menor estabilidade
ao sistema quando exposto a ocorrência de uma falta (no caso, um curto circuito), foram
realizadas algumas mudanças no modo de operação desse modelo, no caso o GE. Para isso
foram feitas algumas alterações no arquivo "UFV SIN PAR 2023.dat"do PROGRAMA
ANATEM - VERSAO 11.04.00 (ABR/18), referente ao Conjunto Floresta - Mossoró 230
kV.(ONS, 2018)
Antes de explicar sobre as mudanças realizadas, é necessário explicar brevemente cada
tipo de modo de operação presento no modelo GE. Na tabela 4.1 estão relacionados os
modos de operação que podem ser modificados.

TAB. 4.1: Modos de operação no modelo de inversor GE


Modo de Operação Flag Funcionalidade
FFlag 0 modo de operação com potência constante
FFlag 1 modo de operação com controle da frequência
PFAFL 0 modo de operação com injeção constante de potência
reativa (sem controle do fator de potência)
PFAFL 1 modo de operação com fator de potência constante
VARFL 0 modo de operação com injeção constante de potência
reativa (sem controle da tensão)
VARFL 1 modo de operação com controle de tensão remoto
Type 0 modo de operação com potência reativa
Type 1 modo de operação sem potência reativa
Fonte: (ONS, 2018)

A escolha do novo modo de operação do modelo GE foi feita da seguinte forma:


foi testado cada mudança do modo de operação que poderia melhorar a estabilidade do
sistema e o desempenho do inverso. Como há 04 (quatro) modos de operação conhecidos,
foi levantado e verificado modificações em: um modo de operação, isoladamente, dois
modos de operação de forma simultânea, três modos de operação de forma simultânea,

55
e em quatro modos, também de forma concorrente. Isso resultou em 15 combinações de
teste realizados. Cabe ressaltar também que os testes realizados foram todos para curtos
circuitos de 50ms, na barra 9.

FIG. 4.19: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica de 40


MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

Em um sistema disposto com geração UFV de 40 MW, foi analisado e se verificou que
o melhor modo de operação para o modelo GE, nesse caso particular, é quando ocorre o
controle da frequência, ou seja, quando tempos o modo "FFLAG"em 1. Portanto, realiza-
mos a modificação da "FFLAG"de 0 para 1. Como é visível na figura 4.19, foi observado
que as modificações não converteram-se em grandes ganhos ao sistema, apresentando ta-
canha diferença. Cabe lembrar que, com as dadas especificações de teste, o ERAC não
precisou ser acionado em nenhum dos casos, e os sistemas conseguiram se reestabelecer
por si só. Isso faz sentido quando é analisada a figura 4.20, pois verifica-se que a Potên-
cia Ativa de cada modelo apesar de sofrer uma queda rápida durante o curto circuito, o
mesmo se reestabelece de forma natural e idêntica ao momento pré-falta.
Já em um sistema composto por geração UFV de 60 MW, foi analisado e escolhido a
melhor alteração do modo de operação para o modelo GE, nesse caso particular, é quando
ocorre o controle da frequência, ou seja, quando tempos o modo "FFlag"em 1. Portanto,
realizamos a modificação da "FFlag"de 0 para 1. Ao visualizar as figuras 4.21 e 4.22, foi

56
FIG. 4.20: Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica
de 40 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

verificado que a mudança promoveu ganhos consideráveis de estabilidade ao sistema. Pois


antes, o modelo GE (linha vermelha) não conseguia estabilizar-se e era necessário o ERAC
atuar e aliviar cargas, por isso a frequência ficava acima de 60Hz. Já com a modificação
no modo de operação "Fflag"(linha azul) para o modelo GE, verifica-se uma estabilidade
muito superior. Além disso, os resultados revelaram que o modelo Fimer (linha amarela)
continua sendo muito resiliente.
No sistema composto por geração UFV de 80 MW, foi analisado as 15 combinações
de alteração no modo de operação do arquivo base .dat e o modelo que apresentou a
melhor performance ao modelo GE, nesse caso particular, foi uma combinação de duas
modificações. Primeiro é a mudança de utilização do “VARFL” de 0 para 1, que significa
um controle de tensão remota e não mais injeção constante de Potência Reativa como
era anteriormente. E a segunda é modificação do “Type” de 1 para 0, o que significa ter
potência reativa no sistema. Os resultados encontrados foram: apesar da oscilação na
frequência ter sido menor, neste novo modo de operação, o modelo GE continua apre-
sentando queda na UFV e alterações na sua frequência final. A partir da figura 4.21,
verifica-se que o modelo GE apresentou melhoras, porém ainda tem uma performance
muito aquém, comparativamente ao modelo Fimer. Analisando ainda a figura 4.22, pode-

57
FIG. 4.21: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica de 60
MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.22: Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica
de 60 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

58
FIG. 4.23: Frequência na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica de 80
MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

FIG. 4.24: Potência Ativa na Barra 14 mediante a curto de 50ms. Geração fotovoltaica
de 80 MW para os modelos GE e FIMER, alterando o Modo de Operacao do Modelo GE.
Fonte: Autoria Própria

59
se concluir que o ERAC atuou duas vezes tanto no modelo GE padrão (sem alterações
nos modos de operação) quanto no modelo GE alterado. Isso fica claro ao verificar que a
Potência na Barra 14 reduziu, o que significa que o ERAC retirou cargas a fim de ajudar
o sistema a continuar sua operação. Em compensação, o modelo Fimer não precisou da
atuação do ERAC, e praticamente passou sem problemas pela falta proposta.

60
5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

5.1 CONCLUSÃO

O crescimento das usinas fotovoltaicas no SIN já está ocorrendo e o foco para garantir
a operação contínua deste sistema é necessário a partir dos novos desafios de operação
concebidos pela geração fotovoltaica de energia. O fato de tais usinas fotovoltaicas não
contribuírem para a inércia do sistema de potência torna o sistema mais suscetível a
problemas de estabilidade.
Muitas das usinas utilizadas no SIN são compostas por inversores dos fabricantes
da italiana Fimer e da norte-americana GE. Assim, é necessária a análise do impacto
na operação do sistema devido aos diferentes inversores. Foi verificada uma operação
complexa do sistema ao utilizar o inversor LV5 da GE. Por outro lado, mesmo em um
cenário de grande geração proveniente das usinas solares, o modelo de inversor R11015TL
da Fimer apresentou uma maior robustez ao ser submetido às mesmas simulações. Desse
modo, a diferença entre modelos de inversores afeta diretamente na operação do SIN de
forma que a escolha do modelo deve ser realizada respeitando às limitações do equipamento
e o objetivo fim que ele deverá ser utilizado. Dependendo da importância da carga e da
severidade do transitório eletromecânico, o modelo do inversor impacta diretamente nas
medidas tomadas pelo operador ao realizar a retomada do sistema às condições normais
de operação e as consequências que serão geradas.
Além disso, os modos de operação dos modelos das usinas fotovoltaicas atuam de
forma a facilitar a operação do sistema e garantir a segurança do mesmo. Dependendo da
potência instalada da UFV, diferentes modos de operação são utilizados em função dessa
capacidade de geração.
Portanto, ainda que as usinas fotovoltaicas estejam cada vez mais presentes no SIN
com o objetivo de minimizar o impacto ambiental causado pela geração de energia, esse
tipo de geração apresenta desafios para a operação do sistema. Além disso, o Brasil apre-
senta uma geração relevante de energia proveniente de fontes renováveis, com prevalência
da hidrelétrica. Com o objetivo de aumentar ainda mais a geração limpa de energia,
torna-se necessário o estudo sobre o impacto de fontes alternativas de geração de forma
que a operação do sistema não seja comprometida e garantir a continuidade de serviço de

61
fornecimento de energia que todos dependem para viver.

5.2 TRABALHOS FUTUROS

Como uma etapa futura deste trabalho, sugere-se a tentativa de maximizar essa aná-
lise para um espectro ainda maior dos inversores provenientes no mercado. Para realizar
essa análise, o inversor deverá ser modelado no ANATEM para a realização dessas simu-
lações e verificação das características de operação para diferentes modelos de inversores.
Para essas simulações, sugere-se não apenas variar a potência gerada pela usina e o tipo
de transitório eletromecânico, mas também os modos de operação para cada tipo de in-
versor com o objetivo de verificar qual o melhor modo de operação para uma determinada
potência gerada e facilitar a operação do sistema para o respectivo modelo de inversor.
Desta forma, o problema do impacto das usinas fotovoltaicas na operação do SIN será
minimizado.

62
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Electricity Final Consumption By Sector, Brazil 1990-2017. [S.l.: s.n.], 2020.


(Relatório Técnico).

Sobre o ONS. O que é o SIN?. [S.l.: s.n.], 2020. 1 p. (Relatório Técnico).

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IEEE Power Engineering Society, 2003.

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studies. Paris, França: Task Force C4/C6/, 2018. 29 p. (Relatório Técnico, ISBN
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comparativa entre brasil e alemanha. IBEAS – Instituto Brasileiro de Estudos
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63
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Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. Disponí-
vel em: <http://www.pee.ufrj.br/index.php/pt/producao-academica/dissertacoes-
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64
VIANELLO, R.; ALVES, A. Meteorologia Básica e Aplicações. [S.l.]: Editora UFV,
2000.

VILLALVA, M. G. Energia Solar Fotovoltaica. [S.l.]: Saraiva Educação SA, 1983.

65
7 APÊNDICES

66
APÊNDICE 1: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

67
APÊNDICE 2: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.5400s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.6400s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 1.7400s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

68
APÊNDICE 3: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.3500s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.4500s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 1.5500s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar
T= 2.2650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.00 Hz
T= 2.4650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.00 Hz T= 2.5650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

69
APÊNDICE 4: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

70
APÊNDICE 5: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.8200s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.9200s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 2.0200s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

71
APÊNDICE 6: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.4000s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.5000s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 1.6000s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar
T= 2.3200s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.00 Hz
T= 2.5200s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.00 Hz T= 2.6200s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

72
APÊNDICE 7: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.8950s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.9950s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 2.0950s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

73
APÊNDICE 8: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.6100s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.7100s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 1.8100s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar
T= 2.3950s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.00 Hz
T= 2.5950s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.00 Hz T= 2.6950s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

74
APÊNDICE 9: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA GE

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66
T= 1.4700s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.50 Hz
T= 1.5700s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.50 Hz T= 1.6700s ERAC 1 - ESTÁGIO 1 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar
T= 1.8650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 em operação por frequência absoluta. Frequência
de ajuste - 59.00 Hz
T= 2.0650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 59.00 Hz T= 2.1050s ERAC 1 - ESTÁGIO 3 em operação por
frequência absoluta. Frequência de ajuste - 58.80 Hz
T= 2.1650s ERAC 1 - ESTÁGIO 2 - Alívio de 10.0% da carga. Carga nominal total
cortada = 37.0MW 3.9Mvar
T= 2.5050s ERAC 1 - ESTÁGIO 3 - Comando para abertura do disjuntor. Atuação
por frequência absoluta - 58.80 Hz T= 2.6050s ERAC 1 - ESTÁGIO 3 - Alívio de 10.0%
da carga. Carga nominal total cortada = 37.0MW 3.9Mvar

75
APÊNDICE 10: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

76
APÊNDICE 11: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

77
APÊNDICE 12: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 10MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0100s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

78
APÊNDICE 13: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

79
APÊNDICE 14: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

80
APÊNDICE 15: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 50MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.0500s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

81
APÊNDICE 16: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 40 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-40MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

82
APÊNDICE 17: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 60 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-60MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

83
APÊNDICE 18: RELATÓRIO ANATEM SIMULAÇÃO DE CURTO DE 100MS COM
GERAÇÃO FOTOVOLTAICA DE 80 MW UTILIZANDO O MODELO DE
INVERSOR DA FIMER

CEPEL - CENTRO DE PESQUISAS DE ENERGIA ELÉTRICA - ANATEM -


V11.04.01
Sistema Exemplo - 14 Barras-80MW * Sistema teste 14 barras - caso com modelos
CDU *
RELATÓRIO DE MENSAGENS DA SIMULAÇÃO - TEMPO = 50.00 SEG
******* SIMULAÇÃO DO INSTANTE T= 0.0s ATÉ O INSTANTE T= 50.00s
*******
T= 1.0000s APCB - Aplicou curto-circuito na barra 9 BARRA09—66
T= 1.1000s RMCB - Removeu curto-circuito da barra 9 BARRA09—66

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