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Autoria
Fabiana Pinto de Almeida Bizarria - bianapsq@hotmail.com
Outro (FLF) - Outra (Faculdade Luciano Feijão)
Outro (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública) - Outra (Universidade Federal do Piauí)
Resumo
Com objetivo de compreender representações sociais a partir da análise de enunciação de
cinco mulheres líderes rurais moradoras de um assentamento localizado em Estado do
Nordeste sobre inteligência emocional e liderança, a pesquisa apreendeu o continente dos
discursos mediante análise sintática das estruturas das palavras obtidas com auxílio do
software Iramuteq, que resultou em cinco clusters: (i) Interações, relações empáticas
(outros-liderados), (ii) a Escola, a professora e a liderança feminina, (iii) Desafios da
liderança, da mulher líder e a comunidade, (iv) Liderança e altruísmo, expectativas e
motivações ativadas, (v) Habilidades (sociais e emocionais e a auto-motivação da liderança
feminina. Das discussões destaca-se a representação da liderança feminina por meio das
interações sociais empáticas, facilitadas pela condição materna. Das múltiplas tarefas, a
relação com a docência e com a escola possui espaço importante de representação, também
associado ao medo e a insegurança em relação ao poder. Desafios confirmam que, em
comunidade, a vida coletiva exige da liderança: confiança, articulação e diálogo para que os
valores mobilizem senso de coletividade, o que se apresenta complexo em cultura de troca
de favores. Por fim, afirma-se, com as representações sociais atribuídas, relevância da
liderança plural na perspectiva da liderança feminina comunitária.
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Resumo
Com objetivo de compreender representações sociais a partir da análise de enunciação de cinco
mulheres líderes rurais moradoras de um assentamento localizado em Estado do Nordeste sobre
inteligência emocional e liderança, a pesquisa apreendeu o continente dos discursos mediante
análise sintática das estruturas das palavras obtidas com auxílio do software Iramuteq, que
resultou em cinco clusters: (i) Interações, relações empáticas (outros-liderados), (ii) a Escola,
a professora e a liderança feminina, (iii) Desafios da liderança, da mulher líder e a comunidade,
(iv) Liderança e altruísmo, expectativas e motivações ativadas, (v) Habilidades (sociais e
emocionais e a auto-motivação da liderança feminina. Das discussões destaca-se a
representação da liderança feminina por meio das interações sociais empáticas, facilitadas pela
condição materna. Das múltiplas tarefas, a relação com a docência e com a escola possui espaço
importante de representação, também associado ao medo e a insegurança em relação ao poder.
Desafios confirmam que, em comunidade, a vida coletiva exige da liderança: confiança,
articulação e diálogo para que os valores mobilizem senso de coletividade, o que se apresenta
complexo em cultura de troca de favores. Por fim, afirma-se, com as representações sociais
atribuídas, relevância da liderança plural na perspectiva da liderança feminina comunitária.
1 Introdução
Estudos sobre liderança têm passado por mudanças importantes. Mesmo que ainda seja
considerado em terno de influência, objetivos e metas e eficácia (Bateman & Snell, 1998), têm-
se discutido sobre aspectos transformacionais dessa influência (Sun & Henderson).
Leituras voltadas à coletividade por meio da liderança coletiva (Müller &Van Esch,
2020) ou distribuída (Fitzsimons, James, & Denyer, 2011), bem como ênfase na espiritualidade
(Krishnakumar, Houghton, Neck, & Ellison, 2014; Chen, Jiang, Zhang, & Chu, 2019), da
responsabilidade ante à liderança, face ao contexto organizacional, social e político (Esquierdo-
Leal & Houmanfar, 2021) ou, ainda, a ideia de liderança ética (Fine, 2009), estão avançando.
Concepções, agora, no plural (Contractor, Church, Carson, Dorothy & Keegan, 2012; Denis,
Langley, & Sergi, 2012), convocam análises sobre caminhos da teorização da liderança em
novas perspectivas de progresso, organizações e sociedade (Mattaini & Aspholm, 2016).
Estudos sobre gênero também tem caracterizado o campo de pesquisa sobre liderança,
(Latu, Mast, Lammers, & Bombari, 2013; Tomazela, 2018), em análises sobre características
da liderança feminina, como, por exemplo, generosidade, harmonia, boa comunicação,
capacidade de liderar de forma cooperativa, participativa, menos centrada em si mesma (líder),
facilidade de negociação e resolução de problemas, posto que são atribuídas as mulheres,
motivação, entusiasmo e visão mais ampla (Noor, Isa & Nor, 2021), bem como sensibilidade e
empatia, o que favorece as relações colaborativas (Fine, 2009).
A participação da mulher no mercado de trabalho em posições gerenciais também situa
a discussão da liderança feminina (Dillon & Voena, 2018), embora o avanço dessa participação
possa ser percebido como ameaça para homens, questão a ser considerada em termos de
políticas e programas que visem o empoderamento feminino (Morgan & Buice, 2013). Este,
compreendido como um processo em que a mulher acessa e controla recursos e que envolve a
conscientização da capacidade frente à tomada de decisões (Tajeddini, Ratten & Denisa, 2017).
Fazem parte desta discussão a preocupação com o bem-estar das mulheres em contexto de
segregação ocupacional de gênero, bem como desigualdades de renda (Zhang, 2018).
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Por outro lado, em países desenvolvidos, liderança exercida por mulheres são
consideradas a partir do mundo corporativo (managemet), como, por exemplo, diretorias,
gerências em bancos (Hoobler, Masterson, Nkomo, & Michel, 2018). Em relação aos países em
desenvolvimento, por sua vez, tem-se a liderança feminina no contexto das comunidades rurais,
serviços públicos (Dhatt, Theobald, Buzuzi, Ros, Vong, Muraya, Molyneux, Hawkins,
Gonzalez-Beiras, Ronsin, Lichtenstein, Wilkins, Thompson, Davis, & Jackson, 2017), bem
como experiências de empreendedorismo familiar em pequenas e médias empresas que
suscitam experiências diferenciadas e que evidenciam o papel da mulher para a governança
local (Strøm, D’Espallier & Mersland, 2014; Evans, Flores, & Larson, 2019).
Na perspectiva do desenvolvimento sustentável, ainda, pesquisas consideram a questões
relacionadas à exclusão social, em que a igualdade de gênero é enfatizada (Warburton, 2018;
Kusnandar, Brazier, & van Kooten, 2019), participação comunitária, empoderamento,
autogestão (Ghai & Vivian, 2014). Com isso, a experiência de liderança feminina em contexto
comunitário sugere processos de socialização dos papéis de gênero, nas representações da
identidade de liderança ou filosofia do estilo de liderança (Eagly, & Chin, 2010).
Debates sobre a perspectiva da igualdade e dos direitos sociais e humanos, ainda,
revelam diferenças históricas relacionadas ao exercício da liderança por homens e mulheres, o
que demonstra desafios para as mulheres (Rodrigues & Silva, 2015; Tomazela, 2018), em
função da maternidade e do cuidado com os filhos (Washington, 2008, Fernández, 2013),
normas sociais estigmatizadas (Beaman, Chattopadhyay, Duflo, Pande, & Topalova, 2009;
Beaman, Duflo, Pande, & Topalova, 2012; Ferrara, Chong, & Duryea, 2012), que levam a
críticas sobre desobediência e submissão, negligência da família (Lupton & Woodhams, 2006),
ou atribuição de estereótipos pejorativos como “mulher de ferro” (Xiao-tian, 1992). Estas
questões estão sendo debatidas no sentido do enfrentamento no campo educacional, como
demostra o estudo de Dhar, Jain, & Jayachandran (2018).
Por certo, as resistências podem ter efeitos severos para as mulheres, como diminuição
da percepção de autoeficácia e da capacidade de decisão, participação e civismo (Razavi, 1992;
Gottlieb, 2016). Para superação dos desafios, políticas que visem desenvolver o
empoderamento incluindo habilidades empreendedoras têm sido consideradas no sentido de
facilitar a liderança feminina (Noor, Isa & Nor, 2021), o que tem sido evidenciado a partir de
experiências de desenvolvimento sustentável na Colômbia e de agricultura sustentável no
Uruguai (Oliver, 2016). Políticas, ainda, podem contribuir com uma percepção positiva dos
homens em relação às mulheres, como citam Barrios, Prowse e Vargas (2020), favorecendo o
desenvolvimento de cultura com menor resistências à liderança feminina.
Face ao exposto, o debate sobre liderança feminina, portanto, perpassa por variadas
dimensões de análise, desde a participação no mercado de trabalho, repercussão no âmbito da
vida em comunidades, resistências relacionadas à igualdade de gênero com questões culturais
e políticas, bem como a significados atribuídos à figura feminina em relação ao
desenvolvimento sustentável. Tal debate vai ao encontro do que Oliver (2016) apresenta sobre
a dificuldade das mulheres exercerem maior participação social fora de casa em função do
trabalho doméstico, e, ainda, do fato de a liderança masculina em contextos comunitários ainda
ser tendência (Born, Ranehill & Sandberg, 2018).
Pode-se supor, pois, variações em torno da representação social da liderança feminina,
em função dos variados papéis sociais assumidos (Tomazela, 2018). Para compreender estas
representações considera-se a abordagem construcionista, que situa entendimento sobre a
construção social destas representações por partes das pessoas, por meio das interações sociais,
dos valores, das crenças e das opiniões, que, pelos discursos, são objetificadas, ou seja,
conduzidas para o mundo dos significados que ajudam a entender e explicar o mundo
(Czarniawska, 2003). Para tanto, recorre-se à Teoria das Representações Sociais, com suporte
em Moscovici (2005, 2012).
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A pesquisa, portanto, objetiva compreender a interação com seu meio social, e como as
Rrepresentações sociais são criadas a partir da identidade traduzida na construção discursiva da
liderança e da inteligência emocional com suporte em enunciados de mulheres líderes rurais
moradoras de um assentamento localizado em Estado do Nordeste.
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3 Metodologia
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Com análise por cluster dos segmentos de textos das palavras mais significativas de
cada grupo, que, nesta pesquisa, compreende a análise lógica dos arranjos do discurso,foi
possível apreender os enunciados e destes situar as condições de produção e conteúdo dos
discursos que foram analisados por meio da definição de categorias e subcategorias, entendendo
estas como “[...] termos carregados de significados, por meio dos quais a realidade é pensada
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5 Considerações Finais
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