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MARÍLIA LINGUAGENS 27/06/2021

FERREIRA
HABILIDADE: H15 – Estabelecer relações entre o texto literário e o momento
de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.

CONTEÚDO 1
MODERNISMO NO BRASIL
GERAÇÃO DE 30
• ESTADO NOVO – GETÚLIO VARGAS E SEU GOVERNO
DITATORIAL.

• LATIFÚNDIOS, REFORMA AGRÁRIA, SECA NO


NORDESTE.

• 2ª GUERRA MUNDIAL E AS IDEOLOGIAS


TOTALITÁRIAS: NAZISMO, FASCISMO, FRANQUISMO E
SALAZARISMO. Cândido Portinari: Vaqueiro do Nordeste, 1943
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QUESTÃO 1
A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pêlo caíra-lhe em vários pontos, as
costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de
moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços dificultavam-lhe a comida e a bebida.
Por isso Fabiano imaginara que ela estivesse com um princípio de hidrofobia e amarrara-lhe no
pescoço um rosário de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a pior, roçava-se
nas estacas do curral ou metia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas
murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa nas base, cheia de moscas, semelhante a uma
cauda de cascavel.
Então Fabiano resolveu matá-la. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, limpou-a com o
saca-trapo e fez tenção de carregá-la bem para a cachorra não sofrer muito.
Sinhá Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que advinhavam
desgraça e não se cansavam de repetir a mesma pergunta:
- Vão bulir com a Baleia?
Tinham visto o chumbeiro e o polvarinho, os modos de Fabiano afligiam-nos, davam-lhes a
suspeita de que Baleia corria perigo.
Vidas Secas, de Graciliano Ramos.
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01. O estilo lacônico, sintético, e a linguagem enxuta, marcada por um
regionalismo autêntico e social, fazem de Graciliano Ramos um legítimo
representante do (a)

a) Neorrealismo da Segunda Fase do Modernismo.


b) Realismo cientificista da segunda metade do século XIX.
c) Neonaturalismo marcado pelo determinismo e pela idealização das
personagens.
d) Geração Condoreira, abolicionista e republicana, da poesia romântica.
e) Parnasianismo, como se vê pelo rebuscamento vocabular e pelo apuro formal.

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HABILIDADE:H16 – Relacionar informações sobre concepções artísticas e
procedimentos de construção do texto literário.

CONTEÚDO 2
MODERNISMO NO BRASIL
GERAÇÃO DE 22
• A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 FOI O
MARCO INICIAL DA ESTÉTICA MODERNA NO BRASIL.
• REPRESENTOU UMA RUPTURA COM OS PADRÕES
ARTÍSTICOS TRADICIONAIS.
• A SEMANA REUNIU APRESENTAÇÕES DIVERSAS E
CHOCOU POR ESTAR AVESSA AO TRADICIONALISMO
VIGENTE, ESTABELECENDO ASSIM, NOVOS
PARADIGMAS DE ARTE.
• TINHAM O INTUITO APRESENTAR UMA ESTÉTICA
INOVADORA, PAUTADA NAS VANGUARDAS
ARTÍSTICAS EUROPEIAS .
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QUESTÃO 2

Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
[...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974)

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02. “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento
modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e
propostas que representam o pensamento estético predominante na
época. Nesse poema, o eu lírico

a) propõe o retorno ao lirismo do movimento clássico.


b) critica o lirismo louco do movimento modernista.
c) critica todo e qualquer lirismo na literatura.
d) propõe o retorno do movimento romântico.
e) propõe a criação de um novo lirismo.

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HABILIDADE:H17 – Reconhecer a presença de valores sociais e humanos
atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.

CONTEÚDO 3
PÓS-MODERNISMO

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QUESTÃO 3
Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir…


Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede. 10
03. Representante da literatura contemporânea, a poesia de Cora Coralina demonstra
que a escrita é capaz de dialogar com valores sociais e humanos capazes de

a) mostrar a vida como uma trajetória uníssona e previsível.


b) apresentar o cotidiano como um espaço de desvalorização das memórias das
gerações passadas.
c) refletir sobre a capacidade do humano de se reconstruir.
d) impedir o poeta de ressemantizar as palavras que a vida de oferece.
e) ratificar que a vida é um palco de hipocrisias resultantes do jogo de máscaras
sociais.

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GABARITO OFICIAL

1 – LETRA A
2 – LETRA E
3 – LETRA C

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✓Mestranda em Educação pelo PPGED/UFPI
✓Graduada em Letras-Português pela UFPI(PI)
✓Pós-Graduada em Literatura Brasileira pela
UESPI(PI)
✓Professora de Linguagens, Literatura e Redação
das redes pública (Seduc-PI, APPM-PI e TCE-PI) e
privada (Sistema CEV) em Teresina (PI)
✓Professora de EaD pelo Canal Educação (PI)

marliafmv marilia.ferreira.716 mariliafmv@gmail.com


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