Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO

A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ROSANGELA CALDEIRA SOARES AMORIM

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA II –
ENSINO FUNDAMENTAL I

Sumaré
2021
ROSANGELA CALDEIRA SOARES AMORIM

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA II –
ENSINO FUNDAMENTAL I

Relatório apresentado à Anhanguera - Uniderp,


como requisito parcial para o aproveitamento
da disciplina de Estágio Curricular em
Pedagogia – Ensino Fundamental do curso de
Pedagogia.
Tutor a Distância : Maria Cláudia T.L. da Costa
Tutor Presencial: Daniele Priscila França

Sumaré
2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
1 A INTERDISCIPLINARIDADE COMO UM MOVIMENTO ARTICULADOR NO
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM..............................................................4
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).........................................................6
3 A ATUAÇÃO DO PROFESSOR REGENTE E SUA INTERRELAÇÃO COM A
EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA......................................................8
4 TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC (MEIO
AMBIENTE, ECONOMIA, SAÚDE, CIDADANIA, CIVISMO,
MULTICULTURALISMO E CIÊNCIA E TECNOLOGIA)......................................10
5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS...............12
6 PLANOS DE AULAS.............................................................................................14
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................18
REFERÊNCIAS...........................................................................................................19
3

INTRODUÇÃO

O presente relatório vem relatar experiências durante as atividades propostas


pela disciplina Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Tem –se conhecimento que é de suma importância o período de estágio na
formação de qualquer profissional não somente de professores.
Para muitos estudantes de Pedagogia, o Estágio Supervisionado significa o
primeiro contato com um de seus futuros campos de atuação. É um momento de
aprendizagem em que o estagiário integra seu conhecimento e completa o processo
formal de ensino na articulação entre teoria e prática nas instituições estagiadas.
Para a concretização do estágio, é preciso observar e participar ativamente do
cotidiano escolar.
No decorrer do Estágio Supervisionado, podem-se elaborar novas
experiências, enfrentar desafios e descobrir a realidade do que é ser um professor e
de como lidar com situações adversas no meio profissional, e a partir disso
conseguir analisar e reformular principais aspectos, entendimentos e alcançar a
superação, já que:
o estágio possibilita uma aproximação da realidade da sala de aula e da
escola, sendo que esta leva a uma reflexão teórica sobre a prática, sobre
tudo o que observamos e vivenciamos durante a mesma, propiciando ao
aluno a oportunidade de aproximar-se da realidade a qual atua ou,

futuramente, atuará. (CABRAL; ANGELO, 2010, p.2).


Assim sendo, podemos afirmar que a prática do Estágio favorece a
descoberta, sendo um processo dinâmico de aprendizagens em diferentes áreas de
atuação no campo profissional, dentro de situações reais de forma que o acadêmico
possa conhecer, compreender e aplicar, na realidade escolhida, a união da teoria
com a prática. Por ser um elo entre todas as disciplinas do curso que englobam os
núcleos temáticos da formação básica do conhecimento didático-pedagógico,
conhecimento sobre a cultura do movimento, tem por finalidade inserir o estagiário
na realidade viva do mercado de trabalho, possibilitando consolidar sua
profissionalização.
4

1 A INTERDISCIPLINARIDADE COMO UM MOVIMENTO ARTICULADOR NO


PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Este artigo aborda a discussão sobre a temática da interdisciplinaridade


tratada por dois grandes enfoques: o epistemológico e o pedagógico. Podemos ver
também as diferenças entre eles. Enquanto que na epistemologia, tenta descobrir
como o conhecimento é adquirido pelas pessoas a partir dos princípios da crença,
verdade e justificativa, pela perspectiva pedagógica, discutem-se questões de
natureza curricular, de ensino e de aprendizagem escolar. A interdisciplinaridade
como enfoque teórico metodológico, conforme pressupõe Gadotti (2004), surge na
segunda metade do século passado, em contraste à fragmentação e ao caráter de
especialização do conhecimento causada pela epistemologia de tendências
positivas com raízes no empirismo, pelo naturalismo e o mecanicismo da
modernidade. No Brasil, o conceito de interdisciplinaridade chegou, inicialmente,
através do estudo da obra de Georges Gusdorf e, posteriormente, de Piaget.
A interdisciplinaridade é vista por Piaget sob o ângulo da epistemologia,
enquanto Gusdorf a vê através da antropologia. A interdisciplinaridade para Japiassu
(1976) é um processo em que há interatividade mútua, em que todas as disciplinas
que participam do processo devem influenciar e ser influenciadas umas pelas outras.
Por meio desse processo seria possível restabelecer a unidade do conhecimento,
religando as fronteiras. O autor considera que, mais do que um conceito teórico, a
interdisciplinaridade se impõe como prática e como ação, superando a dicotomia
entre a pesquisa teórica e a pesquisa aplicada, também entre conhecimento e
prática. Interdisciplinaridade é um movimento importante entre o ensinar e aprender.
A escola, como lugar de aprendizagem, produção e reconstrução de conhecimento,
cada vez mais precisará acompanhar as transformações da ciência contemporânea,
adotar e simultaneamente apoiar as exigências interdisciplinares que hoje participam
da construção de novos conhecimentos. Vivemos em um mundo hiperconectado,
cujas barreiras geográficas foram praticamente extintas pela tecnologia, então não
se concebe mais na educação um projeto pedagógico que segmenta disciplinas e
restringe a construção do conhecimento às suas respectivas áreas. Desse modo, a
interdisciplinaridade em sala de aula é um dos principais elementos para ampliação
da interação e aplicação prática dos conteúdos aprendidos. Embora a temática da
interdisciplinaridade esteja em debate tanto nas agências formadoras quanto nas
5

escolas, sobretudo nas discussões sobre projeto político-pedagógico, os desafios


que orienta a prática dos educadores ainda são enormes. Para Luck (2001, p. 68) “o
estabelecimento de um trabalho de sentido interdisciplinar provoca, como toda ação
a que não se está habituado, sobrecarga de trabalho, certo medo de errar, de perder
privilégios e direitos estabelecidos”. A orientação para o enfoque interdisciplinar na
prática pedagógica implica romper hábitos e acomodações, implica buscar algo novo
e desconhecido. É certamente um grande desafio.
A interdisciplinaridade busca responder à necessidade de superação da visão
fragmentada nos processos de produção e socialização do conhecimento. Trata-se
de um movimento que caminha para novas formas de organização do conhecimento
ou para um novo sistema de sua produção, difusão e transferência. Para que
aconteça a interdisciplinaridade, o professor precisa tornar-se um profissional com
visão integrada da realidade, compreender que um entendimento mais profundo de
sua área de formação não é suficiente para dar conta de todo o processo de ensino.
Ele precisa apropriar-se também das múltiplas relações conceituais que sua área de
formação estabelece com as outras ciências. A interdisciplinaridade é uma temática
que é compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se
propõe um tema com abordagens em diferentes disciplinas. É compreender,
entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-se
para transpor algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades e ultrapassar o
pensar fragmentado. Podemos perceber até aqui que a interdisciplinaridade tanto
em sua dimensão epistemológica quanto pedagógica, está apoiada por princípios
teóricos formulados por autores que analisam de forma crítica o modelo positivista
das ciências e buscam resgatar o caráter de totalidade do conhecimento. A
interdisciplinaridade, é uma forma de reorganizar os ambientes para a
aprendizagem. Portanto, é um movimento importante de articulação entre o ensinar
e o aprender. Compreendida como formulação teórica e assumida enquanto atitude,
tem a potencialidade de auxiliar educadores e as escolas na ressignificação do
trabalho pedagógico em termos de currículo, de métodos, de conteúdos e de
avaliação.
6

2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

O PPP (Projeto Político Pedagógico ) se constitui numa ferramenta de


planejamento e avaliação que a escola e todos os membros da equipe gestora e
pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. Esse planejamento precisa
abordar os problemas e as questões enfrentadas pela comunidade escolar,
apresentando soluções que atendam às necessidades dos setores envolvidos.
O PPP deve estar inserido no contexto escolar, e é nele que estarão definidos
o currículo, a maneira de avaliar e outras questões. É necessário que a instituição
tenha um projeto bem elaborado e pensado de acordo com a realidade de seus
educandos, envolvendo a gestão, docentes, discentes e a comunidade local.

O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente


escolar?
O projeto político-pedagógico (PPP) é um documento no qual estão
registradas as ações e projetos que uma determinada comunidade escolar busca
para seu ano letivo, e é elaborado auxiliados de forma política e pedagógica por
professores, coordenação escolar, alunos e familiares. Vale lembrar que o projeto
deve ser feito e colocado em prática, pois muitas das vezes é engavetado, ao
contrário, é um instrumento de trabalho que indica uma direção a seguir, por ter
planos de ensino e atividades diversificadas. É importante porque é uma proposta de
trabalho para a escola e o compromisso que esta assume com a diversidade cultural
vivida nos dias atuais. A sua construção deve conter os temas como: missão,
público-alvo, indicativos sobre aprendizado, relação com as famílias, recursos,
diretrizes pedagógicas e plano de ação.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que
define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar
na educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu
currículo a partir desse documento. Com base na leitura que você realizou,
como as competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o
PPP?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) possui dez competências gerais,
que englobam habilidades, conhecimentos, atitudes e valores que visam a promoção
do desenvolvimento dos alunos em todas as dimensões (social, física, intelectual,
7

cultural e emocional).Em concordância ao que propõe a BNCC, a proposta educativa


deve nortear o que define as aprendizagens que os alunos têm direito de adquirir,
observando a revisão do Currículo Escolar. Mas, para o aluno ser capaz de exercer
plenamente todas elas, não bastam práticas em sala de aula. Elas demandam a
incorporação de mudanças nos vários âmbitos da escola. Gestores, formação de
professores, processos de avaliação e o próprio projeto político-pedagógico (PPP)
são pontos que deverão ser repensados para que tudo esteja alinhado com os
princípios da BNCC.
A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino e
de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos
pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou
do PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação?
Da Educação Infantil ao 1º Ano do Ensino Fundamental: A avaliação
considerará o desempenho da criança, a capacidade em solucionar problemas,
diagnósticos dos avanços e dificuldades, características inerentes ao processo de
aprendizagem. Ela se baseará em dois pressupostos: Observação atenta e criteriosa
sobre as manifestações de cada criança; Reflexão sobre o significado dessas
manifestações de acordo com o desenvolvimento do(a) educando(a). Não haverá
avaliação quantitativa para efeitos de promoção ou reprovação.
Do 2º Ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio: Ela se guiará em:
Observação, registro e reflexão acerca do pensamento e da ação do educando; uso
de vários instrumentos de avaliação sintonizados com os objetivos do grupo;
consideração do processo de aprendizagem. O Ano Letivo é dividido em 3 etapas,
somando-se um total de 100 pontos. Em cada etapa os instrumentos avaliativos
serão divididos em dois grupos: AI – Avaliação Individual e AC – Avaliação Coletiva.
Tanto para as AI, quanto para as AC, os instrumentos e os procedimentos poderão
ser: observação, teatro, visita orientada (relatório), atividade de livro e/ou caderno,
pesquisa de campo, auto avaliação, pesquisa bibliográfica, trabalho, elaboração de
jornais e revistas, tarefa de casa, avaliação oral, avaliação com consulta,
performance artística, portfólio e outros.
8

3 A ATUAÇÃO DO PROFESSOR REGENTE E SUA INTERRELAÇÃO COM A


EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA
A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a
serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da
atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das
regulamentações apresentadas na BNCC?
Para que o novo conhecimento chegue ao aluno, será necessária uma nova
forma de ensinar. A BNCC não mexe só no conteúdo. Ela também pede um novo
professor em sala de aula. O documento propõe uma transformação na atuação do
educador: sai de cena o detentor único do saber e entra o mediador, o tutor, que
mostra caminhos, orienta e auxilia, mas deixa o aluno trilhar o seu caminho na
construção do conhecimento.
Nesse sentido, as escolas terão o desafio de construir um currículo que
contemple não apenas as aprendizagens apontadas como essenciais, mas que
também trabalhe aspectos relevantes do contexto do aluno. Da mesma forma que a
BNCC gera desafios para as escolas, ela também cria a oportunidade de revisão do
currículo e adoção de estratégias diferenciadas.
De que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o professor tendo como
referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta
Curricular..
A Equipe Pedagógica é um órgão responsável pela coordenação, implantação
e implementação da Proposta Pedagógica da instituição escolar. Ela é composta
pelo supervisor de ensino, orientador educacional, corpo docente e responsável pela
biblioteca escolar. Ao contrário do que se pensa, a equipe pedagógica também
auxilia no planejamento das aulas de todas as disciplinas para que esse
direcionamento seja útil e que os conteúdos sejam orientados a um objetivo comum
a todas as matérias.
Para elaborar o Plano de Trabalho Docente, é necessário que o professor
tenha domínio dos conteúdos e clareza dos objetivos a serem alcançados. Ele
também deve planejar encaminhamentos didático-metodológicos adequados ao
perfil da turma e à natureza do conteúdo. Essa ação é realizada em conjunto com a
equipe pedagógica. Sendo assim, o coordenador pedagógico e os professores são
mutuamente beneficiados quando trabalham juntos.
9

A importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a


qualidade dos processos educativos no contexto escolar

O diretor de uma escola é aquele que cuida da organização de toda a


instituição de ensino, ele administra a escola e é responsável por cuidar dos
funcionários. O diretor está sempre de olho nas melhorias que podem ser feitas e
nas maneiras de concretizar as metas e os objetivos traçados no planejamento.
A função do coordenador é entender as mais diversas metodologias de
ensino, de forma que pode auxiliar os docentes com os processos em sala de aula.
Direção e coordenação são essenciais dentro de uma escola e o
entrosamento entre eles é fundamental para o bom andamento da rotina das
instituições de ensino.
O ponto fundamental da relação entre direção e coordenação é que exista
entre as partes uma relação de confiança e parceria. O coordenador precisa
reconhecer no diretor uma figura de liderança apta a conduzir a escola nas esferas
administrativas e pedagógicas e o diretor, por sua vez, precisa oferecer ao
coordenador a autonomia e o poder de decisão necessários para que ele realize as
suas atividades de maneira mais estratégica.
Além disso, é preciso que a agenda de ambos preveja encontros periódicos
para discutir o bom andamento do planejamento pedagógico da instituição, bem
como para replanejar, sempre que necessário.
10

4 TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC (MEIO AMBIENTE,


ECONOMIA, SAÚDE, CIDADANIA, CIVISMO, MULTICULTURALISMO E
CIÊNCIA E TECNOLOGIA).
Como podemos entender o termo Transversalidade?
Termo que, na educação, é entendido como uma forma de organizar o
trabalho didático na qual alguns temas são integrados nas áreas convencionais de
forma a estarem presentes em todas elas. O conceito de transversalidade surgiu no
contexto dos movimentos de renovação pedagógica, quando os teóricos
conceberam que é necessário redefinir o que se entende por aprendizagem e
repensar também os conteúdos que se ensinam aos alunos.
A partir da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de
1996, foram definidos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que, por sua vez,
orientam para a aplicação da transversalidade. No âmbito dos PCNs, a
transversalidade diz respeito à possibilidade de se estabelecer, na prática educativa,
uma relação entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender
sobre a realidade) e as questões da vida real e de sua transformação (aprender na
realidade e da realidade). Não se trata de trabalhá-los paralelamente, mas de trazer
para os conteúdos e para a metodologia da área a perspectiva dos temas. Dessa
forma, os PCNs sugerem alguns “temas transversais” que correspondem a questões
importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana: Ética, Saúde,
Meio Ambiente, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural.
Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?
Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e
à cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade
contemporânea. A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a
orientação sexual e a pluralidade cultural não são disciplinas autônomas, mas temas
que permeiam todas as áreas do conhecimento, e estão sendo intensamente vividos
pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em
seu cotidiano. Denominados temas transversais, cada um destes tópicos tem como
objetivo estimular nos jovens a reflexão sobre a realidade na qual eles estão
inseridos, para que eles sejam capazes de compreendê-la e transformá-la para
melhor.
Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no seu
curso de graduação?
11

• Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade);


• Orientação Sexual (corpo: matriz da sexualidade, relações de gênero,
prevenções das doenças sexualmente transmissíveis);
• Meio Ambiente (os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e
conservação ambiental);
• Saúde (autocuidado, vida coletiva);
• Pluralidade Cultural (pluralidade cultural e a vida das crianças no Brasil,
constituição da pluralidade cultural no Brasil, o ser humano como agente social e
produtor de cultura, pluralidade cultural e cidadania).
O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos
TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.
• Problematização da realidade e das situações de aprendizagem,
• Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão
sistêmica,
• Integração das habilidades e competências curriculares à resolução de
problemas,
• Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento como
uma construção coletiva.
A transversalidade possibilita ao professor desenvolver o trabalho com uma
abordagem mais dinâmica e menos formalista. Mesmo que os temas transversais
não constituam algo novo e revolucionário, eles contribuem para uma transformação
no modo de ser dos educandos, nas mudanças de valores ou padrões de conduta
no grupo envolvido e até mesmo uma transformação nos educadores que terão
oportunidade de ultrapassar os limites das salas de aula assumindo uma
responsabilidade maior com a formação dos educandos enquanto cidadãos críticos
e reflexivos.
12

5 METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS

O modelo mais conhecido e praticado nas instituições de ensino é aquele em


que o aluno acompanha a matéria lecionada pelo professor por meio de aulas
expositivas, com aplicação de avaliações e trabalhos. Esse método é conhecido
como passivo, pois nele o docente é o protagonista da educação.
Já na metodologia ativa, o aluno é personagem principal e o maior
responsável pelo processo de aprendizado. O principal objetivo deste modelo de
ensino é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa,
a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o estudante esteja no
centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável
pela construção de conhecimento.
São muitos os benefícios ao trazer as metodologias ativas para dentro da sala
de aula. Um dos principais é a transformação na forma de conceber o aprendizado,
ao proporcionar que o aluno pense de maneira diferente (fora da caixa) e resolva
problemas conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas.
Antes de se pensar em introduzir as metodologias ativas na sala de aula, o
professor precisa estar suficientemente preparado para desenvolvê-las com seus
alunos e tirar o máximo proveito delas.
É preciso que as novas tecnologias sejam vistas como mais uma ferramenta
de auxilio ao processo de educação, como dinamizadora do processo de ensino e
como melhoria da aprendizagem. Precisamos perceber que a simples utilização de
um ou outro equipamento tecnológico não pressupõe um trabalho educativo
pedagógico.
Para que os recursos tecnológicos façam parte da vida escolar é preciso que
alunos e professores o utilizem de forma correta, e um componente fundamental é a
formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato
incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato
marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira
definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores,
que usem todo o potencial dessas tecnologias.
Para nossa aula, vamos utilizar a gamificação como processo de ensino e
aprendizagem. Vemos que a gamificação não é somente jogos de computador ou
tablets, mas também engajar os alunos em atividades interativas.
13

Uma forma de introduzir a gamificação é com o ranking de presenças para


que no final do mês, o aluno possa escolher o filme a ser visto pela turma. Também
se criar jogos de tabuleiro ou adaptar esses jogos com objetivo didático.

Resolução da situação problema:


Já se tem o conhecimento que a escola não tem muitos recursos financeiros,
então proponho uma Ação Entre Amigos, o prêmio pode ser uma cafeteira, uma
bicicleta. Com o valor arrecado deste carnê poderá se investir em uma televisão
Smart para que se possa utilizar a internet através dela, para se passar vídeos para
as crianças.
Para diminuir também a evasão e constante falta dos alunos, pode-se criar
uma gincana de presença em que o aluno que tiver menos falta no mês, poderá
escolher um filme infantil a ser passado no fim do mês e a turma poderá assisti-lo na
sala com a TV Smart e assim também a professora poderá tratar e trabalhar com o
tema do desenho na sala de aula posteriormente, assim também o ensino será mais
divertido a todas os alunos.
14

6 PLANOS DE AULAS

PLANO DE AULA 1

Disciplina: Ciências
Série: 4º Ano Ensino Fundamental
Identificação
Estagiário(a): Rosangela Caldeira Soares Amorim

Tema: Movimentos da Terra


Conteúdo: Artes- desenho e confecção de um mural
Ciências - Terra e o Universo
• Relacionar os movimentos da terra ao dia e a noite;
• Reconhecer e compreender os movimentos de rotação e
translação, além do entendimento para saber diferenciá-los .
Objetivos:
• Compreender o sistema solar ;
• Descobrir quanto tempo a Terra demora para dar uma volta
completa ao redor dela mesma, porque temos as estações do ano
e os anos bissextos
• Iniciar a aula com o tópico : se os alunos sabem porque quando
aqui no Brasil é dia, no Japão é noite;
• Assistir o desenho “O Show da Luna: SOL VAI, NOITE VEM!. Em
Metodologia:
que a personagem Luna e seu irmão Júpiter com seu animal de
estimação Cláudio fazem diversas descobertas no ramo da ciência.
No desenho em questão, Luna observa maravilhada o pôr do sol,
e se pergunta: Pra onde o sol vai quando a noite vem? Luna
convida Júpiter e Cláudio, para fazer de conta que são foguetes
espaciais, numa incrível aventura à procura do sol. Lá eles não só
encontram o grande astro, mas conhecem a Terra e seu
movimento de rotação, descobrindo assim a verdadeira origem do
dia e da noite.
• Reproduzir também o vídeo disponível no youtube: Rotação e
Translação da Terra - Os Movimentos do Planeta Terra. No vídeo
explica-se sobre os movimentos da Terra e sobre as estações do
ano e porque temos os anos bissextos de 4 em 4 anos.
• Após os vídeos, fazer uma pequena experiência com os alunos:
15

Com uma lanterna, o professor iluminará o globo terrestre , isto


mostra o que acontece com a Terra na Rotação. Voltando parte de
nosso planeta (representado pelo globo) para o Sol, a outra parte
ficará no escuro. O professor pode discutir esse fato, mostrando
que esse movimento é rápido, mas a Terra é bastante grande e por
isso que não percebemos o movimento, a não ser com o decorrer
das horas.
• Em seguida, mostrar o movimento da Terra em redor do sol. Com
o globo, movimente-o em torno da lanterna – que representa a
radiação solar – estabelecendo nessa trajetória quatro pontos de
referência . Pergunte aos alunos qual movimento da Terra está
sendo simulado. Espera-se que eles reconheçam que se trata do
movimento do planeta ao redor do Sol e o associem à translação.
• Distribuir entre os alunos atividade já impressa com questões
sobre a aula.
• Dividir a turma em grupos de até 3 alunos e pedir que eles façam
em sulfite um desenho sobre o aprenderam. Explicando que a
professora depois irá juntar os desenhos e fazer um mural com o
tema: Os movimentos da Terra.
- globo terrestre
- vídeo desenho O show da Luna
Recursos: - lanterna ou luminária
- atividade impressa
- sulfite
- lápis de cor, canetinhas
Avaliação: A avaliação será feita através de observação e registro das falas
dos alunos sobre o que aprenderam sobre os movimentos da terra.
Também será avaliado as respostas das questões impressas e os
desenhos para o mural.
Referências: Desenho infantil O Show da Luna: Sol vai, noite vem! disponível
em : https://www.youtube.com/watch?v=nnbCMqnvvy8 Episódio
Completo 24 | Primeira Temporada
Vídeo infantil Rotação e Translação da Terra - Os Movimentos do
Planeta Terra - Smile and Learn - Português disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=TUy6SC2MRig

PLANO DE AULA 2
16

Disciplina: Matemática
Série: 4º Ano Ensino Fundamental
Identificação
Estagiário(a): Rosangela Caldeira Soares Amorim

Tema: Matemática
Conteúdo: Frações
• Identificar e nomear os termos de uma fração;
• Representar graficamente as frações unitárias
• Compreender a fração como parte da divisão presentes em várias
Objetivos:
situações do dia-a-dia.
• Apresentar aos alunos o vídeo do youtube: Ensinando Frações
(infantil) Canal Professora Blogueirinha
• Após o vídeo, a professora explica para os alunos, sobre
Metodologia:
numerador e denominador, mostrando figuras com a
representação e mostrando como se lê uma fração, para facilitar a
visualização utiliza figuras explicando oralmente, e colocando sua
respectiva fração na lousa.
• A seguir, a professora poderá usar exemplos prático de como
usamos as frações no dia-a-dia: quando compramos uma pizza e
pedimos metade de um sabor e metade de outra, ou o quanto
comemos de uma pizza, em receitas que usamos ½ ou ¾ de
ingredientes (fazer um desenho no copo mostrando as partes),
lendo uma matéria que envolva representação de fração. Nestes
exercícios o professor poderá usar o disco de frações que poderá
ser confeccionado pelo professor com folha de EVA.
• Distribuir entre os alunos atividade já impressa com exercícios
sobre frações
• Ao final, o professor poderá dividir a turma em grupos de três a
quatro alunos e na sala de informática eles jogarão jogos on line
sobre frações. No site wordwall.net há vários jogos que poderá ser
usado para testar o conhecimento dos alunos. Exemplos:
Estudando frações Estouro de balão, Jogo Fração 4º ano Abra a
caixa, Jogo da fração 1 - 4º ano CNSD, FRAÇÃO Questionário,
FRAÇÃO.
Recursos: - copo ou xícara
- canetinha
17

- disco de fração
- atividade impressa
- computadores
- televisão
Avaliação: A avaliação será feita através de observação e registro das falas
dos alunos sobre o que aprenderam. Também será avaliado as
respostas das questões impressas e o desempenho no jogo online.
Referências: Desenho infantil Ensinando Frações ( infantil ) disponível em :
https://www.youtube.com/watch?v=4OTuvoFvAC0
Jogos on line disponível em https://wordwall.net/pt-
br/community/jogo-de-multiplica%C3%A7%C3%A3o-4%C2%BA-
ano
18

1 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado é de vital importância para que o estudante ou


recém-formado possa ter contato com a prática de tudo aquilo que aprendeu na
teoria. Pode-se dizer que o estágio é uma oportunidade de formação contínua, um
momento de atualização da prática pedagógica do profissional docente. Devido a
esse momento sem precedentes que estamos vivenciando, não nos permitindo ir a
campo neste estágio que se refere a Educação Infantil, porém podemos neste
trabalho conhecer um pouco sobre o Projeto Politico Pedagógico e sua importância
para a comunidade escolar, tanto também sobre a transversalidade.
Os conhecimentos aqui vivenciados me fez refletir sobre a minha formação e
atuação enquanto futura profissional da educação. O tipo de profissional a ser,
como melhorar a atuação juntamente com as crianças, principalmente, no que se
refere ao processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil e que cidadãos
queremos formar.

.
19

REFERÊNCIAS
CABRAL, V.L.A; ANGELO, C.B. Reflexões sobre a Importância do Estágio
Supervisionado na Prática Docente. Pernambuco, nov. 2010.
GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
JAPIASSU, H. (1976). Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro,
Imago
LUCK, Heloísa. Pedagogia da interdisciplinaridade. Fundamentos teórico-
metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2001.

Você também pode gostar