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Partida compensadora

A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob cargas


de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave estrela-
triângulo é inadequada. A norma prevê a utilização desta chave para motores, cuja
potência seja maior ou igual a 15 CV. Esta chave reduz a corrente de arranque, evitando
sobrecarregar a linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado suficiente
para a partida.

A tensão na chave compensadora é reduzida através de um autotransformador trifásico


que possui geralmente taps de 50%, 65 % e 80% da tensão nominal.

Durante a partida alimenta-se com a tensão nominal o primário do autotransformador


trifásico conectado em estrela e do seu secundário é retirada à alimentação para o
circuito do estator do motor.

A passagem para o regime permanente faz-se desligando o autotransformador do


circuito e conectando diretamente a rede de alimentação o motor trifásico.

Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência elevada,


acionando cargas com alto índice de atrito, tais como, como acionadores de
compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas helicoidais e axiais
(poço artesiano), britadores, calandros, máquinas acionadas por correias, etc.

Partida direta
Partida direta é o método de acionamento de motores de corrente alternada, na qual o
motor é conectado diretamente a rede elétrica. Ou seja, ela se dá quando aplicamos a
tensão nominal sobre os enrolamentos do estator do motor, de maneira direta.

Neste tipo de partida, a corrente de pico (Ip) pode variar de 4 a 12 vezes a corrente
nominal do motor, sendo a forma mais simples de partir um motor. Comumente, a
vantagem principal é o custo, pois não é necessário nenhum outro dispostivo de suporte
que auxilie a suavizar as amplitudes de corrente durante a partida.

Há inúmeras desvantagens com relação a outros métodos de partida, como por exemplo,
um transiente de corrente e torque durante a partida. A corrente variando entre 4 e 12
vezes a nominal, obriga o projetista do sistema elétrico a superdimensionar o sistema de
alimentação, disjuntores, fusíveis, que fazem parte do circuito de elétrico que alimenta o
motor. Dependendo dos valores de pico de corrente, a tensão do sistema pode sofrer
quedas. O Transiente de torque, faz com que os componentes mecânicos associados ao
eixo do motor, sofram desgaste prematuro. A situação piora à medida que a potência
elétrica do motor aumenta. Métodos alternativos que suavizam a partida direta, podem
ser obtidos com contatores e temporizadores (partida Estrela-Triângulo),
autotransformadores ou sistemas eletrônicos como os Soft Starters.

Soft-starter
Soft-Starter é um dispositivo eletrônico composto de pontes de tiristores (SCRs na
configuração antiparalelo) acionadas por uma placa eletrônica, a fim de controlar a
tensão de partida de motores de corrente alternada trifásicos. Seu uso é comum em
bombas centrífugas, ventiladores e motores de elevada potência cuja aplicação não exija
a variação de velocidade.

A soft-starter controla a tensão sobre o motor através do circuito de potência ,


constituído por seis SCRs, variando o ângulo de disparo dos mesmos e
consequentemente variando a tensão eficaz aplicada ao motor. Assim, pode-se controlar
a corrente de partida do motor, proporcionando uma "partida suave" (soft start em
inglês), de forma a não provocar quedas de tensão elétrica bruscas na rede de
alimentação, como ocorre em partidas diretas.

Costumam usar a tecnologia chamada by-pass a qual, após o motor partir e receber toda
a tensão da rede, liga-se um contator que substitui os módulos de tiristores, evitando
sobreaquecimento dos mesmos.

Conversor de frequência
Os conversores de frequência, também conhecidos como inversores de frequência,
são dispositivos eletrônicos que convertem a tensão da rede alternada senoidal, em
tensão contínua e finalmente convertem esta última, em uma tensão de amplitude e
frequência variáveis.

A denominação Inversor ou Conversor é bastante controversa, sendo que alguns


fabricantes utilizam Inversor e outros Conversor. Inerentemente ao projeto básico de um
Conversor de Frequência, teremos na entrada o bloco retificador, o circuito
intermediário composto de um banco de capacitores eletrolíticos e circuitos de filtragem
de alta frequência e finalmente o bloco inversor, ou seja, o inversor na verdade é um
bloco composto de transistores IGBT, dentro do conversor. Na indústria entretanto,
ambos os termos são imediatamente reconhecidos, fazendo alusão ao equipamento
eletrônico de potência que controla a velocidade ou torque de motores elétricos.

Eles são usados em motores elétricos de indução trifásicos para substituir os rústicos
sistemas de variação de velocidades mecânicos, tais como polias e variadores
hidráulicos, bem como os custosos motores de corrente contínua pelo conjunto motor
assíncrono e inversor, mais barato, de manutenção mais simples e reposição profusa.
Os conversores de frequência costumam também atuar como dispositivos de proteção
para os mais variados problemas de rede elétrica que se pode ocorrer, como
desbalanceamento entre fases, sobrecarga, queda de tensão, etc.

Normalmente, os conversores são montados em painéis elétricos, sendo um dispositivo


utilizado em larga escala na automação industrial. Podem trabalhar em interfaces com
computadores, centrais de comando, e conduzir, simultaneamente, dezenas de motores,
dependendo do porte e tecnologia do dispositivo.

Os conversores costumam ser dimensionados mais precisamente, pela corrente do


motor. O dimensionamento pela potência do motor pode também ser feita, entretanto, a
corrente é a principal grandeza elétrica limitante no dimensionamento. Importante
também notar outros aspectos da aplicação, durante o dimensionamento, como por
exemplo, demanda de torque (constante ou quadrático), precisão de controle, partidas e
frenagens bruscas ou em intervalos curtos ou muito longos, regime de trabalho, e outros
aspectos particulares de cada aplicação. Dentre os diversos fabricantes deste produto,
temos uma vasta coleção de catálogos e normas, que devem sempre ser consultados.

Quando o acionamento elétrico não exige variação da velocidade do motor, querendo-se


apenas uma partida mais suave, de forma que limite-se a corrente de partida evitando
assim quedas de tensão da rede de alimentação, costuma-se utilizar soft-starters.

Os conversores de frequência tem uma vasta aplicação na indústria de máquinas e


processos em geral. Com a capacidade inerente de variar a velocidade de motores
elétricos trifásicos de Corrente Alternada, permitem a aos projetistas, desenvolver
máquinas que sem os mesmos, seriam praticamente impossíveis de serem fabricadas.

Os conversores de frequência de última geração, não somente controlam a velocidade


do eixo de motores elétricos trifásicos de corrente alternada, como também, controlam
outros parâmetros inerentes ao motor elétrico, sendo que um deles, é o controle de
Torque.

Através da funcionalidade que os microprocessadores trouxeram, os conversores de


frequência hoje são dotados de poderosas CPUs ou placas de controle
microprocessadas, que possibilitam uma infindável variedade de métodos de controle,
expandindo e flexibilizando o uso dos mesmos. Cada fabricante consegue implementar
sua própria estratégia de controle, de modo a obter domínio total sobre o
comportamento do eixo do motor elétrico, permitindo em muitos casos que motores
elétricos trifásicos de corrente alternada, substituírem servo motores em muitas
aplicações. Os benefícios são diversos, como redução no custo de desenvolvimento,
custo dos sistemas de acionamento, custo de manutenção.

Muitos conversores hoje, são dotados de opcionais que permitem implementar técnicas
de controle de movimento, manipulação de vários eixos de acionamento,
Posicionamento e Sincronismo de Velocidade ou Sincronismo de Posição.

Modernas técnicas de chaveamento da forma de onda de tensão e também da frequência


aplicada sobre o estator do motor elétrico, permitem o controle com excelente precisão,
sobre o eixo do motor. Uma das técnicas mais conhecidas é o PWM ou "Pulse Width
Modulation". Tais técnicas são sempre aliadas ao modelamento matemático preciso do
motor elétrico. Os conversores de última geração, fazem medições precisas e
estimativas dos parâmetros elétricos do motor, de modo a obter os dados necessários
para o modelamento e consequente controle preciso do motor.

Os Conversores de Frequência, por serem dispositivos dotados comumente de uma


ponte retificadora trifásica a diodos, ou seja, trata-se de cargas não lineares, geram
harmônicas. Os fabricantes de conversores de frequência disponibilizam filtros de
harmônicas, alguns já integrados ao produto, outros opcionais. Existem várias técnicas
para filtragem de harmônicas, que vão desde as mais simples e menos custosas, como
indutores na barra DC ou indutores nas entradas do conversor, antes da ponte
retificadora, passando pelos retificadores de 12 ou 18 diodos ou pulsos, utilizando
transformadores defasadores até chegar aos filtros ativos ou retificadores a IGBT, para
diminuição ou até mesmo eliminação das harmônicas tanto de corrente quanto de tensão
elétrica.

Partida Estrela Triângulo


8.1  Análise

Chave de partida com tensão reduzida, que consiste em ligar o motor inicialmente na
configuração estrela, porém  alimentado com a tensão de ligação triângulo. Após a
aceleração até próximo da rotação nominal, comuta-se para a configuração triângulo.

Aplicação:
Partida de máquinas em vazio (sem carga).

Vantagens:
Redução  da corrente de partida em aproximadamente 33% de seu valor para partida
direta;

Desvantagens:
Redução do conjugado de partida para aproximadamente 33% de seu valor de partida
direta

Requisitos do motor:
Deve possuir 6 terminais;
A segunda tensão deve ser 1,73 (   3 ) vezes maior do que a primeira (Ex.: 220/380,
380/660).

8.7  Tempo de Partida (aceleração)

Partida direta  5s
Partida estrela-triângulo  10s
Partida compensadora -15s

Estes tempos foram considerados em função de dados práticos e também respeitando-se


o tempo máximo de rotor bloqueado dos motores. É importante dizer que o tempo de
partida varia conforme a carga.
Ocasionalmente , quando o tempo de aceleração for superior aos mencionados acima,
deverá ser feita uma melhor análise do motor, da rede de alimentação e da carga
acionada.

8.8 EXEMPLO DE COMO APLICAR AS TABELAS :

Determinar os componentes necessários para Partida Estrela Triângulo  de um Motor


Trifásico 15 CV / 220  V
IV polos - 60 Hz
Temos duas alternativas

1º) Escolher o Sistema ( F + C(K1) + C(K2) + C(K3) + RT ), ou seja fusível, contator e


relé térmico

a) Tomando como base a tabela 24 pág 53 temos que:

Contator        K1 = K2 = C6
Contator        K3 = C4
Relé Térmico        RT20
Fusível        F9
Disjuntor Motor    DM24

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