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Flexao Vigas
Flexao Vigas
FLEXÃO DE VIGAS
11.1 - Simbologia
g Referencial geral
l Referencial local
x Coordenada cartesiana
u Campo de deslocamentos
θ Ângulo
G Centro de gravidade
ε Extensão
σ Tensão normal
S Superfície
N Esforço axial
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Flexão de Vigas - Álvaro F. M. Azevedo
M Momento flector
k Curvatura
g
3
l l
3 2
l
1
j
i
g
2
g
1 i< j
O eixo l1 do referencial local coincide com o eixo da barra e está orientado do nó i para
o nó j, correspondendo i e j à numeração global dos nós da malha. Os eixos l2 e l3 são os
eixos principais centrais de inércia da secção transversal. Apesar de a secção ser
variável, considera-se que a localização destes eixos é constante ao longo da barra. A
transformação dos deslocamentos generalizados e das forças generalizadas entre os
referenciais l e g encontra-se descrita nos Capítulos 2 e 3.
No estudo que se segue, apenas é considerado o referencial l, que passa a ser designado
por x. Supõe-se também que todas as acções estão contidas no plano (x1, x3), sendo os
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Flexão de Vigas - Álvaro F. M. Azevedo
x3
u3
G x2
x3 θ
u3 ( x1 )
x1 u1
tan θ ≅ θ (1)
θ ( x1 ) =
d u3
(2)
d x1
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Flexão de Vigas - Álvaro F. M. Azevedo
u3 θ B B'
x3 θ
B'
x3 O' O O' uO1 ( x1 )
u1 ( x1 , x3 )
A'
A A'
u3 ( x1 )
B
O
A x1 u1
Admite-se que uma secção plana se mantém plana após a deformação. Admite-se
também que uma secção perpendicular ao eixo da barra mantém esta característica após
a deformação. O ponto O apresenta coordenada nula segundo x3. O deslocamento do
ponto O segundo x1 é designado uO1 e depende apenas de x1. O deslocamento de um
ponto genérico da secção transversal segundo x1 depende de x1 e de x3 e é definido pela
seguinte expressão
u1 ( x1 , x3 ) = uO1 ( x1 ) − x3 θ ( x1 ) (3)
ou
u1 = uO1 − x3 θ (4)
ε1 =
∂ u1
=
∂
(uO1 − x3 θ ) = d uO1 − x3 d θ (5)
∂ x1 ∂ x1 d x1 d x1
d uO1 d 2u3
ε1 = − x3 (6)
d x1 d x12
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d uO1 dθ
σ 1 = E ε1 = E − E x3 (7)
d x1 d x1
d uO1 d 2u3
σ1 = E − E x3 (8)
d x1 d x12
d uO1 dθ
N = ∫ S
σ1 d S = ∫ S
E
d x1
− E x3
d x
d S
1
(9)
d uO1 dθ
M = ∫ S
σ 1 x3 d S = ∫ S
E
d x1
− E x3 x3 d S
d x1
(10)
Considera-se que um momento flector é positivo quando provoca tracções nas fibras
que têm coordenada x3 positiva (ver a Figura 11.4).
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Flexão de Vigas - Álvaro F. M. Azevedo
Momento flector
positivo
Esforço axial
positivo
M
N
x1
d uO1 dθ
N =E
d x1 ∫ S
dS − E
d x1 ∫ S
x3 d S (11)
d uO1 dθ
M =E
d x1 ∫ S
x3 d S − E
d x1 ∫ S
x32 d S (12)
Uma vez que os eixos x2 e x3 são principais centrais de inércia, o seguinte momento
estático é nulo
∫ S
x3 d S = 0 (13)
A= ∫
S
dS (14)
I = ∫S
x32 d S (15)
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d uO1
N = EA (16)
d x1
dθ
M = −E I (17)
d x1
d uO1
εo = (18)
d x1
N = E A εo (19)
d 2u3
M = −E I (20)
d x12
d 2u3
k = (21)
d x12
resulta
M = −E I k (22)
ou
M
k = − (23)
EI
Na Figura 11.2, todos os pontos da linha que representa o eixo da barra deformada
apresentam ordenada positiva (u3 > 0), primeira derivada positiva ( d u3 d x1 > 0 ) e
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segunda derivada também positiva ( d 2u3 d x12 > 0 ). Atendendo à definição do sentido
positivo do momento flector (ver a Figura 11.4), verifica-se que um momento flector
positivo provoca uma curvatura negativa. Esta questão encontra-se expressa na
equação (23), em que E e I são sempre positivos.
d uo N
= (24)
d x1 EA
dθ M
= − (25)
d x1 EI
N M
σ1 = E + E x3 (26)
EA EI
resultando
N M
σ1 = + x3 (27)
A I
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BIBLIOGRAFIA
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