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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA

JOSÉ ANEGER DE SOUZA SOBRINHO

TRAJE MATRIMONIAL: UMA PROPOSTA NA CONCEPÇÃO


ESTÉTICA DO VESTIDO DE NOIVA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA
2016
JOSÉ ANEGER DE SOUZA SOBRINHO

TRAJE MATRIMONIAL: UMA PROPOSTA NA CONCEPÇÃO


ESTÉTICA DO VESTIDO DE NOIVA

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação


apresentado à disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso II, do Curso Superior de
Tecnologia em Design de Moda da UTFPR –
Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Câmpus Apucarana, como requisito parcial para
obtenção do título de Tecnólogo.

Orientador: Prof. Celso Tetsuro Suono

APUCARANA
2016
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Apucarana
CODEM – Coordenação do Curso Superior de
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

Tecnologia em Design de Moda

TERMO DE APROVAÇÃO
Título do Trabalho de Conclusão de Curso Nº 206
Traje matrimonial: uma proposta na concepção estética do vestido de noiva
por

JOSÉ ANEGER DE SOUZA SOBRINHO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado aos vinte e quatro dias do mês de
junho do ano de dois mil e dezesseis, às vinte e uma horas, como requisito parcial para a
obtenção do título de Tecnólogo em Design de Moda, linha de pesquisa Processo de
Desenvolvimento de Produto, do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda da
UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O candidato foi arguido pela banca
examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a banca
examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________________________________
PROFESSOR(A) CELSO TETSURO SUONO – ORIENTADOR(A)

______________________________________________________________
PROFESSOR(A) GISELY ANDRESSA PIRES – EXAMINADOR(A)

______________________________________________________________
PROFESSOR(A) MARÍLIA GABRIELA DUARTE SÊGA – EXAMINADOR(A)

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”.


RESUMO

SOBRINHO, José Aneger de Souza. Traje matrimonial: uma proposta na concepção


estética do vestido de noiva. 2016. 208 f. Monografia (Trabalho de Conclusão de
Curso II) – Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda, Universidade
Tecnológica Federal do Paraná. Apucarana, 2016.

O casamento é um dos momentos mais importantes na vida das pessoas,


principalmente para as mulheres. Tão importante quanto a noiva, o traje matrimonial
desempenha papel fundamental na cerimônia de casamento, representando sonhos
e desejos para uma nova fase. Algumas mulheres conseguem se diferenciar pela
originalidade e ousadia na escolha do vestido, já que possuem condições de pagar
por isso. Por outro lado, a maioria acaba tendo que comprar as opções de modelos
que as empresas especializadas nesse segmento oferecem. Dessa maneira, a
escolha do traje matrimonial fica limitada à estética tradicional presente no mercado,
configurada basicamente por vestidos de estruturas únicas com corpetes ajustados,
saias em sua maioria volumosas ou ajustadas até certo ponto do corpo, mas ainda
sim com volumes excessivos, não dando muitas possibilidades para as noivas em
inovar nas estruturas dos modelos. Devido a esse fato, esse trabalho tem por
objetivo o desenvolvimento de uma coleção de trajes matrimoniais com uma
proposta estética diferenciada, com peças articuláveis que ofereçam liberdade para
a noiva personalizar a composição de seu vestido de casamento. Para tanto, o
estudo propõe a adoção de uma estrutura pouco convencional na produção de trajes
matrimoniais – o corset – para concepção de uma peça-chave mais elaborada – o
corset de noiva – possibilitando assim que as mulheres consigam fazer composições
mais exclusivas e personalizadas de vestidos com outras peças complementares e
que estejam de acordo com os seus desejos.

Palavras-chave: Casamento. Vestido de Noiva. Corset.


ABSTRACT

SOBRINHO, José Aneger de Souza. Marriage costume: a proposal in the aesthetic


design of the wedding dress. 2016 208 f. Monograph (Work Completion of Course II)
- Course of Technology in Fashion Design, Technological University Federal of
Parana. Apucarana, 2016.

Marriage is one of the most important moments in people's lives, especially for
women. As important as the bride, the marriage costume plays a key role in the
wedding ceremony, representing dreams and desires into a new phase. Some
women are able to differentiate the originality and daring in dress choice, as they
have conditions to pay for it. On the other hand, most end up having to buy the model
options that firms specializing in this segment offer. Thus, the choice of marital
costume is limited to the traditional appearance on the market, set up primarily of
dresses of unique structures with fitted bodices, skirts mostly bulky or adjusted to a
certain point of the body, but still with excessive volumes, giving many possibilities for
brides to innovate in the structures of the models. Due to this fact, this study aims to
develop a collection of costumes marriage with a different aesthetic proposal,
articulated parts that offer freedom for the bride customize the composition of her
wedding dress. To this end, the study proposes the adoption of an unconventional
structure in the production of matrimonial suits - the corset - to design a more
elaborate piece key - the bridal corset - thus enabling women are able to do most
exclusive compositions and customized dresses with other complementary parts and
they are according to your wishes.

Keywords: Marriage. Wedding Dress. Corset.


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – TRAJE MATRIMONIAL DA ROMA ANTIGA ......................................... 24


FIGURA 2 – TRAJE MATRIMONIAL DA IDADE MÉDIA........................................... 25
FIGURA 3 – TRAJE MATRIMONIAL DA ALTA IDADE MÉDIA................................. 25
FIGURA 4 – TRAJE MATRIMONIAL DO RENASCIMENTO..................................... 26
FIGURA 5 – TRAJES PARA CERIMÔNIAS RELIGIOSAS DA SEGUNDA FASE DO
RENASCIMENTO .............................................................................................. 27
FIGURA 6 – TRAJE MATRIMONIAL DO PERÍODO ROCOCÓ ................................ 27
FIGURA 7 – VESTIDO DE NOIVA DA RAINHA MARY STUART, DA ESCÓCIA ..... 28
FIGURA 8 – VESTIDO DE NOIVA DA RAINHA MARIA DE MÉDICI, DA FRANÇA . 29
FIGURA 9 – CASAMENTO DA RAINHA VITÓRIA COM O PRÍNCIPE ALBERT...... 30
FIGURA 10 – ESTÉTICA DO VESTIDO DE NOIVA DA RAINHA VITÓRIA ............. 32
FIGURA 11 – VESTIDO DE NOIVA DA PRINCESA DIANA, DA INGLATERRA ...... 33
FIGURA 12 – VESTIDO DE NOIVA DA PRINCESA KATE MIDDLETON
(INGLATERRA) .................................................................................................. 33
FIGURA 13 – VESTIDO DE NOIVA DA TOP MODEL BRITÂNICA KATE MOSS .... 35
FIGURA 14 – VESTIDO DE NOIVA DA ATRIZ NORTE-AMERICANA ANGELINA
JOLIE ................................................................................................................. 35
FIGURA 15 – VESTIDO DE NOIVA DA ATRIZ E CANTORA NORTE-AMERICANA
HILARY DUFF .................................................................................................... 36
FIGURA 16 – VESTIDO DE NOIVA DA TOP MODEL ESPANHOLA ANJA RUBIK . 37
FIGURA 17 – VESTIDO DE NOIVA DA ATRIZ E MODELO INGLESA KEIRA
KNIGHTLEY ....................................................................................................... 38
FIGURA 18 – VESTIDO DE NOIVA DA MODELO NORTE-AMERICANA KENDRA
SPEARS............................................................................................................. 38
FIGURA 19 – VESTIDO DE NOIVA DA MODELO BRASILEIRA ANA CLÁUDIA
MICHELS ........................................................................................................... 39
FIGURA 20 – VESTIDO DE NOIVA DA ATRIZ NORTE-AMERICANA KALEY
CUOCO .............................................................................................................. 40
FIGURA 21 – VESTIDO DE NOIVA DA CANTORA CANADENSE AVRIL LAVIGNE
........................................................................................................................... 40
FIGURA 22 – RAINHA MARIA DE MÉDICI (ESQUERDA) E RAINHA ELIZABETH I
(DIREITA)........................................................................................................... 42
FIGURA 23 – MODELOS DO CORSET INGLÊS DO SÉCULO XVIII ....................... 43
FIGURA 24 – MODELO DO CORSET FRANCÊS DO SÉCULO XVIII ..................... 44
FIGURA 25 – REPRESENTAÇÃO DA ESTÉTICA DA SILHUETA “VESPA” ............ 45
FIGURA 26 – SILHUETA EM “S” CARACTERÍSTICA DO PERÍODO DA BELLE
ÉPOQUE ............................................................................................................ 45
FIGURA 27 – RETORNO DO CORSET, COM A ESTÉTICA NEW LOOK DE
CHRISTIAN DIOR .............................................................................................. 46
FIGURA 28 – MODELO DE CORSET OVERBUST E OVERBUST-BOJO ............... 48
FIGURA 29 – MODELO DE CORSET MIDBUST ..................................................... 49
FIGURA 30 – MODELO DE CORSET UNDERBUST ............................................... 49
FIGURA 31 – MODELO DE CORSET WAIST CINCHER ......................................... 50
FIGURA 32 – MODELO DE CORSETS INTEGRADOS ........................................... 50
FIGURA 33 – LOGOMARCA..................................................................................... 69
FIGURA 34 – SIMULAÇÃO EXTERNA DO PRÉDIO ................................................ 72
FIGURA 35 – CAPA (PARA PEDIDOS SOB MEDIDA) ............................................ 74
FIGURA 36 – CAIXA (PEDIDOS EM ATACADO) ..................................................... 75
FIGURA 37 – PUBLICO ALVO.................................................................................. 76
FIGURA 38 – TIPOS DE SHAPES............................................................................ 81
FIGURA 39 - PAINEL SEMÂNTICO .......................................................................... 83
FIGURA 40: LOOK 1 ................................................................................................. 87
FIGURA 41: LOOK 2 ................................................................................................. 88
FIGURA 42: LOOK 3 ................................................................................................. 89
FIGURA 43: LOOK 4 ................................................................................................. 90
FIGURA 44: LOOK 5 ................................................................................................. 91
FIGURA 45: LOOK 6 ................................................................................................. 92
FIGURA 46: LOOK 7 ................................................................................................. 93
FIGURA 47: LOOK 8 ................................................................................................. 94
FIGURA 48: LOOK 9 ................................................................................................. 95
FIGURA 49: LOOK 10 ............................................................................................... 96
FIGURA 50: LOOK 11 ............................................................................................... 97
FIGURA 51: LOOK 12 ............................................................................................... 98
FIGURA 52: LOOK 13 ............................................................................................... 99
FIGURA 53: LOOK 14 ............................................................................................. 100
FIGURA 54: LOOK 15 ............................................................................................. 101
FIGURA 55:LOOK 16 .............................................................................................. 102
FIGURA 56: LOOK 17 ............................................................................................. 103
FIGURA 57: LOOK 18 ............................................................................................. 104
FIGURA 58: LOOK 19 ............................................................................................. 105
FIGURA 59: LOOK 20 ............................................................................................. 106
FIGURA 60: LOOK 21 ............................................................................................. 107
FIGURA 61: LOOK 22 ............................................................................................. 108
FIGURA 62: LOOK 23 ............................................................................................. 109
FIGURA 63: LOOK 24 ............................................................................................. 110
FIGURA 64: LOOK 25 ............................................................................................. 111
FIGURA 65 - FICHA TÉCNICA CORSET 1 (FOLHA1) ........................................... 124
FIGURA 66 - FICHA TÉCNICA CORSET 1 (FOLHA 2) .......................................... 125
FIGURA 67 - FICHA TÉCNICA CORSET 1 (FOLHA 3) .......................................... 126
FIGURA 68 - FICHA TÉCNICA SAIA 1 (FOLHA 1) ................................................. 127
FIGURA 69 - FICHA TÉCNICA SAIA 1 (FOLHA 2) ................................................. 128
FIGURA 70 - FICHA TÉCNICA SAIA 1 (FOLHA 3) ................................................. 129
FIGURA 71 - FICHA TÉCNICA SAIA 1 (FOLHA 4) ................................................. 130
FIGURA 72 - FICHA TÉCNICA CORSET 2 (FOLHA 1) .......................................... 131
FIGURA 73 - FICHA TÉCNICA CORSET 2 (FOLHA 2) .......................................... 132
FIGURA 74 - FICHA TÉCNICA CORSET 2 (FOLHA 3) .......................................... 133
FIGURA 75 - FICHA TÉCNICA CORSET 2 (FOLHA 4) .......................................... 134
FIGURA 76- FICHA TÉCNICA SAIA 2 (FOLHA 1) .................................................. 135
FIGURA 77 - FICHA TÉCNICA SAIA 2 (FOLGA 2)................................................. 136
FIGURA 78 - FICHA TÉCNICA SAIA 2 (FOLHA 3) ................................................. 137
FIGURA 79 - FICHA TÉCNICA SAIA 2 (FOLHA 4) ................................................. 138
FIGURA 80 - FICHA TÉCNICA CORSET 3 (FOLHA 1) .......................................... 139
FIGURA 81 - FICHA TÉCNICA CORSET 3 (FOLHA 2) .......................................... 140
FIGURA 82 - FICHA TÉCNICA CORSET 3 (FOLHA 3) .......................................... 141
FIGURA 83 - FICHA TÉCNICA SAIA 3 (FOLHA 1) ................................................. 142
FIGURA 84 - FICHA TÉCNICA SAIA 3 (FOLHA 2) ................................................. 143
FIGURA 85 - FICHA TÉCNICA SAIA 3 (FOLHA 3) ................................................. 144
FIGURA 86 - FICHA TÉCNICA SAIA 3 (FOLHA 4) ................................................. 145
FIGURA 87 - FICHA TÉCNICA CORSET 4 (FOLHA 1) .......................................... 146
FIGURA 88 - FICHA TÉCNICA CORSET 4 (FOLHA 2) .......................................... 147
FIGURA 89 - FICHA TÉCNICA CORSET 4 (FOLHA 3) .......................................... 148
FIGURA 90 - FICHA TÉCNICA CORSET 4 (FOLHA 4) .......................................... 149
FIGURA 91 - FICHA TÉCNICA SAIA 4 (FOLHA 1) ................................................. 150
FIGURA 92 - FICHA TÉCNICA SAIA 4 (FOLHA 2) ................................................. 151
FIGURA 93 - FICHA TÉCNICA SAIA 4 (FOLHA 3) ................................................. 152
FIGURA 94 - FICHA TÉCNICA SAIA 4 (FOLHA 4) ................................................. 153
FIGURA 95 - FICHA TÉCNICA CORSET 5 (FOLHA 1) .......................................... 154
FIGURA 96 - FICHA TÉCNICA CORSET 5 (FOLHA 2) .......................................... 155
FIGURA 97 - FICHA TÉCNICA CORSET 5 (FOLHA 3) .......................................... 156
FIGURA 98 - FICHA TÉCNICA CORSET 5 (FOLHA 4) .......................................... 157
FIGURA 99 - FICHA TÉCNICA SAIA 5 (FOLHA 1) ................................................. 158
FIGURA 100 - FICHA TÉCNICA SAIA 5 (FOLHA 2) ............................................... 159
FIGURA 101 - FICHA TÉCNICA SAIA 5 (FOLHA 3) ............................................... 160
FIGURA 102 - FICHA TÉCNICA SAIA 5 (FOLHA 4) ............................................... 161
FIGURA 103 - FICHA TÉCNICA CORSET 6 (FOLHA 1) ........................................ 162
FIGURA 104 - FICHA TÉCNICA CORSET 6 (FOLHA 2) ........................................ 163
FIGURA 105 - FICHA TÉCNICA CORSET 6 (FOLHA 3) ........................................ 164
FIGURA 106 - FICHA TÉCNICA CORSET 6 (FOLHA 4) ........................................ 165
FIGURA 107 - FICHA TÉCNICA SAIA 6 (FOLHA 1) ............................................... 166
FIGURA 108 - FICHA TÉCNICA SAIA 6 (FOLHA 2) ............................................... 167
FIGURA 109 - FICHA TÉCNICA SAIA 6 (FOLHA 3) ............................................... 168
FIGURA 110 - FICHA TÉCNICA SAIA 6 (FOLHA 4) ............................................... 169
FIGURA 111 - FICHA TÉCNICA CORSET 7 (FOLHA 1) ........................................ 170
FIGURA 112 - FICHA TÉCNICA CORSET 7 (FOLHA 2) ........................................ 171
FIGURA 113 - FICHA TÉCNICA CORSET 7 (FOLHA 3) ........................................ 172
FIGURA 114 - FICHA TÉCNICA SAIA 7 (FOLHA 1) ............................................... 173
FIGURA 115 - FICHA TÉCNICA SAIA 7 (FOLHA 2) ............................................... 174
FIGURA 116 - FICHA TÉCNICA SAIA 7 (FOLHA 3) ............................................... 175
FIGURA 117 - FICHA TÉCNICA SAIA 7 (FOLHA 4) ............................................... 176
FIGURA 118 - PRANCHA RÍGIDA 01 (FRENTE) ................................................... 177
FIGURA 119 - PRANCHA RÍGIDA 01 (COSTAS) ................................................... 177
FIGURA 120 - PRANCHA RÍGIDA 02 (FRENTE) ................................................... 178
FIGURA 121 - PRANCHA RÍGIDA 02 (COATAS) ................................................... 178
FIGURA 122 - PRANCHA RÍGIDA 03 (FRENTE) ................................................... 179
FIGURA 123 - PRANCHA RÍGIDA 03 (COSTAS) ................................................... 179
FIGURA 124 - PRANCHA RÍGIDA 04 (FRENTE) ................................................... 180
FIGURA 125 - PRANCHA RÍGIDA 03 (COSTAS) ................................................... 180
FIGURA 126 - PRANCHA RÍGIDA 05 (FRENTE) ................................................... 181
FIGURA 127 - PRANCHA RÍGIDA 05 (COATAS) ................................................... 181
FIGURA 128 - PRANCHA RÍGIDA 06 (FRENTE) ................................................... 182
FIGURA 129 - PRANCHA RÍGIDA 06 (COATAS) ................................................... 182
FIGURA 130 - PRANCHA RÍGIDA 07 (FRENTE) ................................................... 183
FIGURA 131 - PRANCHA RÍGIDA 07 (COATAS) ................................................... 183
FIGURA 132 - LOOK CONFECCIONADO 01 ......................................................... 184
FIGURA 133 - LOOK CONFECCIONADO 02 ......................................................... 184
FIGURA 134 - LOOK CONFECCIONADO 03 ......................................................... 185
FIGURA 135 - LOOK CONFECCIONADO 04 ......................................................... 185
FIGURA 136 - LOOK CONFECCIONADO 05 ......................................................... 186
FIGURA 137 - LOOK CONFECCIONADO 06 ......................................................... 186
FIGURA 138 - LOOK CONFECCIONADO 07 ......................................................... 187
FIGURA 139 - PAGINA INICIAL DO SITE ANEGER COUTURE............................ 188
FIGURA 140 - PAGINA INICIAL DO SITE ANEGER COUTURE (2) ...................... 188
FIGURA 141 - PAGINA INICIAL DO SITE ANEGER COUTURE (3) ...................... 189
FIGURA 142 - PAGINA INICIAL DO SITE ANEGER COUTURE (4) ...................... 189
FIGURA 143 - PAGINA INICIAL DO SITE ANEGER COUTURE (5) ...................... 190
FIGURA 144 - PAGINA COLEÇÃO DO SITE ANEGER COUTURE....................... 190
FIGURA 145 - PAGINA TENDÊNCIAS MUNDIAIS DO SITE ANEGER COUTURE
......................................................................................................................... 191
FIGURA 146 - PAGINA SOBRE NÓS DO SITE ANEGER COUTURE ................... 191
FIGURA 147 - PAGINA SOBRE NÓS DO SITE ANEGER COUTURE (2) ............. 192
FIGURA 148 - PAGINA SOBRE NÓS DO SITE ANEGER COUTURE (3) ............. 192
FIGURA 149 - CAPA DO CATALOGO .................................................................... 193
FIGURA 150 - CONTRA CAPA DO CATALOGO.................................................... 193
FIGURA 151 - VISÃO DO CATALOGO ABERTO FOTOS...................................... 194
FIGURA 152 - VISÃO DO CATALOGO ABERTO FOTOS (2) ................................ 194
FIGURA 153 - VISÃO DO CATALOGO ABERTO FOTOS (3) ................................ 194
FIGURA 154 - VISÃO DO CATALOGO ABERTO FOTOS (4) ................................ 195
FIGURA 155 - VISÃO DO CATALOGO ABERTO FOTOS (5) ................................ 195
FIGURA 156 - MAQUIGEM E CABELO .................................................................. 196
FIGURA 157 - SEQUÊNCIA DE ENTRADA PARA O DESFILE ............................. 198
LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – DIFERENÇAS ENTRE CORPETE E CORSET ....................................43


TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DO PORTE DAS EMPRESAS ................................65
TABELA 3 - MACROTENDÊNCIAS 2016..................................................................75
TABELA 4 - MICROTENDÊNCIAS 2016...................................................................75
TABELA 5 - MIX DA COLEÇÃO.................................................................................79
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.............................................................................. 14
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 14
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15
1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15
1.4 HIPÓTESE .......................................................................................................... 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 18
2.1 O CASAMENTO NA SOCIEDADE ...................................................................... 18
2.2 O PAPEL DA MULHER NA VIDA MATRIMONIAL .............................................. 21
2.3 EVOLUÇÃO E SIMBOLOGIA DO TRAJE DE NOIVA ......................................... 23
2.4 VESTIDOS DE NOIVA DE CELEBRIDADES...................................................... 34
2.5 O CORSET NA MODA ........................................................................................ 41
2.6 DIFERENÇAS ENTRE CORPETE E CORSET................................................... 47
2.7 TIPOS DE CORSET ............................................................................................ 48
3 METODOLOGIA..................................................................................................... 51
3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 51
3.2 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS .................................................... 52
3.3 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO......................................................... 54
3.4 ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA ..................................................................... 54
3.5 PESQUISA DE OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE ............................................... 55
3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................... 57
4.1. EMPRESA .......................................................................................................... 67
4.1.1. Nome da empresa ........................................................................................... 67
4.1.2 Porte ................................................................................................................. 67
4.1.3 Marca ............................................................................................................... 68
4.1.4 Conceito da Marca ........................................................................................... 69
4.1.5 Segmento ......................................................................................................... 70
4.1.6 Distribuição....................................................................................................... 70
4.1.7 Concorrentes (Diretos e Indiretos) ................................................................... 70
4.1.8 Sistemas de Vendas......................................................................................... 71
4.1.9 Pontos de Vendas ............................................................................................ 71
4.1.10 Preços Praticados .......................................................................................... 72
4.1.11 Promoção ....................................................................................................... 73
4.1.12 Propaganda e Marketing ................................................................................ 73
4.1.13 Planejamento Visual e Embalagem ................................................................ 73
4.2 PÚBLICO ALVO .................................................................................................. 76
4.2.1 Perfil da Consumidora ...................................................................................... 76
4.3 PESQUISA DE TENDÊNCIAS ............................................................................ 77
4.3.1 Macrotendências (Socioculturais) .................................................................... 77
4.3.2 Microtendências (Estéticas) ............................................................................. 78
4.4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ................................................................ 78
4.4.1 Delimitação Projetual........................................................................................ 78
4.4.2 Especificações do Projeto ................................................................................ 79
4.4.2.1 Conceito da coleção ...................................................................................... 79
4.4.2.2 Nome da coleção .......................................................................................... 79
4.4.2.3 Referência da coleção ................................................................................... 79
4.4.2.4 Cores ............................................................................................................. 80
4.4.2.5 Materiais ........................................................................................................ 80
4.4.2.6 Formas e estruturas (shapes) ....................................................................... 81
4.4.2.7 Tecnologias ................................................................................................... 81
4.4.2.8 Mix da coleção .............................................................................................. 82
4.5 PAINEL SEMÂNTICO ......................................................................................... 83
4.6 CARTELA DE CORES ........................................................................................ 84
4.7 CARTELA DE MATERIAIS.................................................................................. 85
4.8 CARTELA DE AVIAMENTOS ............................................................................. 86
4.9 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: CROQUIS ...................................................... 87
4.10 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DAS ALTERNATIVAS ........................ 112
4.11 FICHAS TÉCNICAS DOS LOOKS CONFECCIONADOS ............................... 124
4.12 PRANCHAS VISUAIS DOS LOOKS CONFECCIONADOS ............................ 177
4.13 LOOKS CONFECCIONADOS ......................................................................... 184
5 DOSSIÊ ELETRÔNICO (SITE) ............................................................................ 188
6 PLANEJAMENTO DO CATÁLOGO ..................................................................... 193
7 PLANEJAMENTO DO DESFILE .......................................................................... 196
7.1 MEKE-UP e HAIR ............................................................................................. 196
7.2 TRILHA SONORA ............................................................................................. 197
7.3 SEQUENCIA DO DESFILE ............................................................................... 197
CONCIDERAÇOES FINAIS .................................................................................... 199
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 200
APENDICES............................................................................................................ 205
13

1 INTRODUÇÃO

O casamento é um dos momentos mais esperados na vida de muitas


pessoas. O fortalecimento dos laços com a alma gêmea cria novas expectativas
para um futuro promissor. A realização do casamento envolve uma série de
tradições que vêm carregadas com seus respectivos significados.
De acordo com Marisol (2012), o fato da noiva usar um buquê no dia
do seu casamento protege-a do mau agouro e dos olhares de inveja de outras
mulheres. Já o ritual da noiva de jogar o buquê para as mulheres solteiras serve
para que elas tenham sorte para arrumar maridos. Assim como os convidados
lançarem arroz sobre os noivos na porta da igreja após a cerimônia religiosa
representa, segundo a tradição chinesa, fartura e fertilidade para a nova família que
se constitui.
Da mesma forma que esses atos trazem significados representativos, o
uso de alguns complementos pela noiva junto ao vestido também são importantes.
Marisol (2012) explica que o uso da grinalda tem por função distinguir a noiva dos
demais convidados, sendo que o seu formato simboliza uma rainha e seu status de
poder e riqueza. O destaque do véu junto a esse acessório complementa ainda mais
o caráter nobre do traje matrimonial, uma vez que a popularização do uso do véu no
casamento foi instituída pela rainha Vitória, da Inglaterra.
Se o uso de complementos como buquê, véu e grinalda são
fundamentais para a noiva, imagine então o valor que ela dá para a escolha do seu
vestido de casamento. Essa importância na escolha do traje matrimonial pode ser
dimensionada na vontade que toda mulher tem de querer se sentir única e especial
no dia do seu casamento, diferenciando-se de todas as outras.
Obviamente, esse desejo em se ter um vestido de noiva exclusivo e
que atenda os seus anseios estabelece uma busca em vários ateliês e lojas
especializadas no segmento de roupas de festas, que oferecem como opção vários
tipos de modelos. Contudo, mesmo com essa diversidade de escolha, o visual dos
vestidos de noiva encontrados no mercado ainda mantém características de uma
estética tradicional, pautada em estruturas únicas de vestidos compostos por
corpetes justos com decotes na linha princesa ou coração, saias amplas em
diversas camadas que são bastante vistas. Mesmo nos trajes mais novos, embora
14

alguns ateliês apresentem modelos levemente ajustados até o quadril ou até os


joelhos, as mangas por sua vez já não são muito utilizadas nos modelos atuais, mas
quando se fazem presentes vem com uma roupagem mais atualizada feitas de tules
com aplicações de renda e pedrarias dependendo do modelo.
Uma vez que atualmente a maioria das mulheres possui por hábito
buscar sempre por inovações no que se refere aos produtos de moda oferecidos no
mercado, é imprescindível levantar também algumas reflexões quanto à intervenção
na estética tradicional do vestido de noiva que perdura até hoje, propondo novas
configurações que estruturem um traje matrimonial com uma estética inovadora e
que vá de encontro com às expectativas no casamento da mulher contemporânea.

1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Como desenvolver uma proposta estética do traje matrimonial que seja


diferenciada dos modelos existentes no mercado, com a possibilidade de produção
em escala para serem comercializados em outros estabelecimentos especializados
em roupas para casamentos e, ao mesmo tempo, mantenham os valores de
exclusividade que as mulheres desejam?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma coleção de vestuários matrimonial que visa o


desenvolvimento de peças que possam ser articuladas independentemente, de
modo que elas ofereçam maior flexibilidade para as mulheres comporem os seus
vestidos de casamento, atendam os desejos de exclusividade das noivas e que
ofereçam como inovação a possibilidade da produção dos modelos em série para a
comercialização para outros estabelecimentos que pertençam ao segmento em
questão.
15

1.2.2 Objetivos Específicos

- Fazer revisão de literatura sobre o traje de noiva e apresentar a sua


importância no contexto matrimonial para a sociedade.
- Trazer como proposta o uso de uma estrutura pouco utilizada na
confecção do traje de noiva pelas empresas existentes no mercado – o corset –
agregando valores que simbolizem o romantismo e a delicadeza do casamento e
desvinculando o forte apelo sedutor característico nesse tipo de peça.
- Aplicar pesquisa de campo junto ao público alvo para identificar os
anseios das mulheres no que se refere ao traje matrimonial e que colaborem na
criação de uma estética diferenciada para o vestido de casamento.
- Desenvolver experimentações por meio das técnicas de modelagens
plana e tridimensional para a construção da estrutura do corset de noiva.
- Criar uma marca de trajes matrimoniais em que as peças possam ser
produzidas em uma escala maior para serem distribuídas e comercializadas em
estabelecimentos do segmento de festas que se interessem pelos modelos.

1.3 JUSTIFICATIVA

A demanda de produtos e serviços direcionados para o setor


matrimonial cresce a cada ano. Esse crescimento pode ser comprovado não só em
território nacional, mas também em outros países. Segundo dados da Abrafesta –
Associação dos Profissionais, Serviços para Casamentos e Eventos Sociais (2011),
nos últimos anos o setor de casamentos movimentou em torno de 8 a 10 bilhões de
reais por ano no Brasil e de 100 bilhões de dólares anualmente nos Estados Unidos.
De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (2010), houve um aumento de 35% nos casamentos em dez anos no
Brasil, com 960 mil registros de casamentos no pais só em 2008, e de 990 mil em
2010.
16

Diante desse setor que movimenta bilhões de reais no mercado,


encontra-se a indústria da moda, que produz os tão sonhados vestidos de noiva
para as mulheres. Atualmente, existem diversas opções de modelos e valores para
atender as noivas conforme as suas condições financeiras. Por outro lado, adquirir
um vestido de noiva exige um investimento financeiro considerado alto.
Para se ter uma ideia, em geral um vestido de noiva no modelo mais
simples – com poucos detalhes de rendas e pedrarias – pode chegar a custar cerca
de R$ 2.000,00, enquanto que os modelos mais sofisticados – confeccionados com
tecidos nobres e bordados suntuosos – chegam a atingir valores acima de R$
25.000,00.
Devido ao alto investimento no aluguel ou compra de um vestido de
noiva, muitas mulheres consideram de extrema importância a escolha por modelos
que sejam mais diferenciados. Apesar de alguns ateliês oferecerem opções de
serviços mais exclusivos em que as clientes têm a liberdade de solicitar aos estilistas
a maneira como elas desejam que seus vestidos sejam feitos, o que se percebe
ainda é que a maioria das empresas opta por estruturas de modelagens
convencionais, normalmente compostas por corpetes com decotes no estilo
“coração”, mangas em tules bordados de renda em diversos comprimentos e saias
em sua maioria volumosas ou levemente ajustadas até o quadril ou até os joelhos.
A maioria dos ateliês que produzem vestidos de noivas não são
exclusivamente especializados somente nessa categoria de produto, tendo em vista
que a demanda no mercado acaba por direcionar uma procura maior por roupas
para o segmento de festas, voltadas para aniversariantes, formandas, debutantes,
madrinhas, etc. Isso implica que as opções de modelos de vestidos de noiva
oferecidos nos ateliês acabam sendo vinculados a um visual tradicional, o que,
consequentemente, reflete na falta de inovação na estética dos trajes matrimoniais.
Considerando esse panorama, a proposta na criação de uma marca
voltada exclusivamente para vestidos de noiva se justifica devido ao aspecto de que
muitas mulheres desejam adquirir peças que não só atendam suas expectativas
para o casamento, mas também promovam a incorporação de uma estética
inovadora e diferenciada em relação ao que, normalmente, se encontra no mercado.
17

1.4 HIPÓTESE

Geralmente, os trajes matrimoniais ao serem concebidos são


confeccionados como uma única estrutura definida por meio de um vestido. Na
maioria das vezes, a criação do traje por esse processo oferece à noiva certa
exclusividade, o que atende grande parte dos seus anseios, já que o casamento se
torna um dos momentos mais importantes de sua vida.
Por outro lado, a estética dos modelos oferecidos no mercado ainda
mantém características pouco inovadoras, já que atualmente as mulheres optam
pelo aluguel do traje ao invés da compra. Dessa forma, as empresas condicionam e,
em alguns casos, chegam a influenciar suas clientes a escolherem e adquirirem
estruturas de vestidos convencionais, com elementos e conformações de décadas
passadas, tais como corpete ajustado com decote na linha ”princesa” ou “coração”,
mangas volumosas e saias amplas em várias camadas.
Considerando esse panorama, esse estudo parte do pressuposto de
que a articulação de partes independentes no traje matrimonial – proposta com o
uso de uma estrutura pouco convencional para o traje de casamento (corset) como
peça norteadora utilizada junto a outras peças complementares – possibilitaria a
criação de uma estética inovadora para o vestido de noiva dentro do mercado,
atendendo assim aos novos anseios da mulher globalizada.
18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O CASAMENTO NA SOCIEDADE

O conceito de casamento hoje é bem diferente na época da


Antiguidade. Segundo Araújo (2002), antigamente quem decidia com quem os filhos
iriam se casar eram os pais, pois o casamento não se consagrava como um
relacionamento amoroso, mas sim, apenas como negócio entre famílias, ou seja, um
contrato que dois indivíduos faziam não para o prazer, mas para o bem comum de
seus entes queridos.
Já na Idade Média a visão de amor não tinha nenhum sentido. Os
únicos motivos para que duas pessoas se casassem era o dinheiro, o status ou
algum tipo de título como de nobre ou burguês.
De acordo com Araújo (2002), uma aliança bem-sucedida para o
“amor” era firmada pela procriação na geração de herdeiros. Escolha e paixão não
pesavam nessas decisões e a sexualidade para a reprodução era parte da aliança
firmada. Caso a mulher não gerasse filhos ao seu marido, o casamento era desfeito
e a esposa era devolvida à família com desonra. O adultério por parte da mulher
também tinha consequências bem piores.

A fecundidade era indispensável ao casamento, assim como a fidelidade


absoluta da mulher, de modo que o adultério feminino implicava o abandono
ou mesmo a morte da esposa transgressora. (ARAÚJO, 2002).

Tempos depois, em meados do século V, o Cristianismo apareceu com


seus ideais sobre o casamento, como a pregação da castidade e os celibatos, tendo
como principal finalidade pregar junto ao homem o seu direito de entrar no reino dos
céus. Com isso surgiram algumas mudanças dentro dos rituais do casamento.
Segundo Vainfas (1986 apud ARAÚJO, 2002), no início a benção do
casal na noite de núpcias era feita na porta do quarto. Com o tempo essas bênçãos
passaram a ser feitas dentro do quarto à beira do leito nupcial, sendo esses os
preceitos que o Cristianismo trouxe para o relacionamento.
Mas foi somente no século XII que a igreja teve o real controle sobre o
casamento. Segundo Araújo (2002), embora fosse sacramentado em meados do
19

século XVIII – quando o casamento se tornou o sacramento do matrimônio – a


normatização da moral cristã se estabeleceu para tornar o sacramento do
matrimônio monogâmico e indissolúvel.
A partir de então, o ritual eclesiástico transferiu a cerimônia matrimonial
da casa – seu local tradicional – para a igreja. Com isso, a cerimônia do casamento
passou a ser conduzida por um padre, que era membro do clero.
Mas embora as leis da igreja tenham perdurado por séculos, um fato
na história fez com que algumas regras dentro do matrimônio mudassem, como por
exemplo, o poder se casar por amor. O casamento por amor – que anos antes era
uma coisa expressamente inconcebível – passou a ser algo normal perante os
jovens adultos da época. Assim, o casamento pela troca de favores ou como união
para que a proteção do sangue nobre se permanecesse intacta deixou de existir e o
casamento por amor-paixão passou a ser bem visto perante a sociedade.

A valorização do amor individual, presente na ideologia burguesa,


estabelece o casamento por amor, amor-paixão, com predomínio do
erotismo na relação conjugal. Esse novo ideal de casamento impõe aos
esposos que se amem ou que pareçam se amar e que tenham expectativas
a respeito do amor e da felicidade no matrimônio. (ARAÚJO, 2002).

Durante a Revolução Francesa essa mudança na filosofia do


casamento se espalhou e o clero começou a perder parte de seu espaço, com os
novos ideais da burguesia – classe em ascensão da época – que veio com novos
ideais em relação aos modos de vida pessoal, social e familiar.
Por outro lado, com esse novo ideal sendo estipulado, algumas
armadilhas para os novos casais foram surgindo. Segundo Araújo (2002), uma delas
foi que, na medida em que se acentuaram as idealizações, consequentemente, “os
conflitos resultaram em desilusão pelo não-atendimento das expectativas esperadas
por ambas as partes do casal”.
Conforme Araújo (2002), a partir do século XVIII, quando o amor
romântico se tornou o ideal de casamento, o erotismo expulsou a reserva tradicional,
mas introduziu outro aspecto importante: colocou à prova a duração do casamento,
seguindo então a separação dos casais.

O divórcio então, coloca-se como uma possibilidade, não como forma de


reparar o erro, mas como a sanção normal de um sentimento que não pode
nem deve durar, e que deve dar lugar ao seguinte. (ARAÚJO, 2002).
20

Partindo dos princípios do relacionamento pós-Revolução, observa-se


que as relações na modernidade não são muito diferentes. Em geral, nos dias atuais
os jovens adultos não são mais forçados a se relacionarem com pessoas escolhidas
pelas suas famílias. Ao contrário, a maioria deles possui a autonomia de escolher
por si só sua alma gêmea com quem deseja passar os dias de sua vida.
Grande parte dos relacionamentos de hoje é baseada na busca do
amor-paixão. Em contrapartida, um dos grandes desafios dos novos casais é manter
a “chama” do amor acesa até o fim de seus dias ao lado da mesma pessoa.
Mesmo sendo uniões estabelecidas dentro da ótica de interesses
familiares, nos relacionamentos antigos o amor conjugal – que nascia da
convivência com a pessoa dia após dia – se tornava algo forte e duradouro. Já nos
relacionamentos modernos constituídos na base do amor-paixão, a maioria deles se
extingue na mesma velocidade em que se constituem, fazendo com que o divórcio
se torne o destino inevitável para muitos casais.

As mudanças que vêm acontecendo no amor, no casamento e na


sexualidade ao longo da modernidade resultaram em transformações
radicais na intimidade e na vida pessoal dos indivíduos. Nesse processo, a
chamada revolução sexual e a emancipação feminina tiveram um papel
fundamental. (ARAÚJO, 2002).

Nos casamentos dos dias atuais é possível perceber dois tipos de


sexualidade: a “sexualidade plástica” e o “amor romântico”. Segundo Araújo (2001),
a sexualidade plástica é uma sexualidade descentralizada, liberta das necessidades
de procriação. Tem como origem a tendência à redução da família, iniciada no final
do século XVIII, e desenvolveu-se mais tarde com a difusão do método de
contracepção modernizado e das novas tecnologias utilizadas para a reprodução, ou
seja, é um tipo de relacionamento que antes mesmo de começar já se tem um fim
predestinado.
Em contrapartida, o amor romântico tem como pauta o compromisso, a
confiança e a intimidade do casal. Isso “implica em desenvolver uma história
compartilhada em que cada um deve proporcionar ao outro, por palavras e atos,
algum tipo de garantia de que o relacionamento deve ser mantido por um período
indefinido”. (ARAÚJO, 2002).
Dentro da relação atual de amor romântico o papel da mulher não é
algo que fica centrado em ser somente a mãe dona-de-casa. Pelo contrário, ela
21

ganha independência e espaço, com a divisão de responsabilidades e tarefas junto


ao marido.
De acordo com Araújo (2002), no contexto brasileiro – principalmente
entre os segmentos médios urbanos mais intelectualizados – o casamento
tradicional regido pela dominação masculina vem dando lugar a outra forma de
casamento, em que a mulher reivindica igualdade e há uma constante negociação
no relacionamento.
Nos casamentos modernos, a amizade e o companheirismo se
colocam como peças fundamentais para que o relacionamento perdure, mas para
que esses dois quesitos estejam dentro da relação do casal tem que haver antes de
tudo a intimidade. Segundo Giddens (1993), “a intimidade é acima de tudo uma
questão de comunicação pessoal, com os outros e consigo mesmo, em um contexto
de igualdade interpessoal”.
Para Araújo (2002), a construção de relações amorosas, afetivas e
sexuais mais democráticas e igualitárias na evolução do casamento é uma conquista
de homens e mulheres, que lutaram para ter o direito de escolher o seu parceiro ou
parceira sem a intervenção dos pais ou familiares.

Tal conquista tem permitido o surgimento de outras formas de


relacionamento amoroso, tanto no contexto heterossexual quanto fora dele.
Vivemos hoje no signo da pluralidade. O casamento formal, heterossexual
com fins de constituição da família, continua sendo uma referência e um
valor importante, mas convive com outras formas de relacionamento
conjugal como as uniões consensuais, os casamentos sem filhos.
(ARAÚJO, 2002).

2.2 O PAPEL DA MULHER NA VIDA MATRIMONIAL

O casamento na sociedade ainda é visto como uma constituição da


família, composta pelas figuras paterna, materna e os filhos. Mas dentro da
sociedade moderna tem se encontrado duas visões em relação ao casamento e as
obrigações dentro dele de ambas as partes envolvidas.
Segundo Carvalho e Paiva (2010, p. 232), “a mulher, em sua história
teve um papel submisso e não questionador”. Com base nisso, uma das visões de
relacionamento a ser abordada é a conservadora, que vem com o ideal de relação
matrimonial dos primórdios da existência humana.
22

Essa relação conservadora é composta pelo fato de que as obrigações


da mulher se resumem em cuidar das tarefas domésticas, ou seja, lavar, passar e
cozinhar. Além dessas tarefas a mulher ainda deve cuidar da educação e criação
dos filhos sem a ajuda do cônjuge e, por fim, dar atenção ao esposo fazendo tudo
que o mesmo precisar. Esse panorama se enquadra no relacionamento mais
conservador, com a visão de uma esposa que não precise trabalhar, sendo
dependente financeiramente do seu marido.
Já o outro ponto de vista é a visão moderna de relacionamento, com a
mulher trabalhando fora e cuidando das tarefas domésticas com a ajuda do cônjuge.
Nesse ponto de vista a mulher tem sua independência, assim como o homem, no
mercado de trabalho e na relação matrimonial. Com a divisão de tarefas – que surge
“a partir de movimentos feministas e das diferentes configurações da sociedade” – a
mulher adquire novos direitos dentro do casamento. (CARVALHO; PAIVA, 2010, p.
232).

A mulher hoje está de fato mais independente, ela possui um universo


próprio e possibilidade de escolha. Foi possível notar essa posição nas
entrevistadas. Mesmo as mulheres mais velhas, que foram submissas ao
marido e priorizavam os cuidados com a casa e os filhos [...], foram capazes
de reconhecer um movimento diferenciado nas mulheres mais jovens.
(CARVALHO; PAIVA, 2010, p. 232 e 233).

De acordo com Carvalho e Paiva (2010, p. 233), para as mulheres mais


jovens, o casamento é visto como algo que tanto elas quanto os cônjuges devem ter
participação no que diz respeito à divisão de tarefas e responsabilidades, como a de
criar os filhos e administrar os afazeres domésticos.
Para Carvalho e Paiva (2010, p. 233), “a mulher hoje é independente
do homem devido a sua entrada no mercado de trabalho e de sua independência
adquirida ao longo do tempo”. Essa independência influencia também na questão da
maternidade e de querer ou não ter filhos.
Em certos casos, nos relacionamentos atuais – ao contrário do que
muitos pensam – a maternidade não é vista como algo obrigatório dentro do
casamento para algumas mulheres.
Essa realidade é demonstrada diante de uma pesquisa desenvolvida
por Carvalho e Paiva (2010), em uma abordagem com duas mulheres da mesma
faixa etária, com opiniões diferentes em relação à maternidade.
23

Nessa abordagem, uma delas explica que ser mãe não faz parte de
seus planos, porém revela sofrer muita pressão por parte dos familiares e das
pessoas que a cercam, já que todos consideram que uma mulher bem casada na
idade dela deveria ter vontade de ser mãe. Contudo, a mesma afirma que se
dependesse dela, envelheceria somente ao lado do marido – que tem vontade de ter
filhos – mas nunca a pressionou em relação a isso por respeitar sua vontade.
Já a outra mulher abordada na investigação colocou o seu forte desejo
de ser mãe, mas ponderou que ainda não se sentia preparada para encarar a
maternidade pelo fato de não se sentir madura o suficiente para assumir as
responsabilidades sozinhas ou de dividi-las com seu parceiro.
Independente dos resultados desse estudo, Carvalho e Paiva (2010)
explicam que as mulheres ainda têm muitas divergências quanto ao seu papel
dentro do casamento, já que mesmo nos dias atuais, a visão da mulher submissa,
dona-de-casa e que cuida dos filhos ainda é uma realidade muito comum dentro da
sociedade.
É provável que isso ainda aconteça devido ao aspecto da mulher e de
suas atitudes continuar entrelaçado com a herança do passado, em que o papel
submisso da mulher dentro do casamento fora transmitido de geração para geração,
prevalecendo assim esse conceito até os dias de hoje.
Embora se tenha ainda a visão primitiva da mulher dentro do
casamento, não se pode deixar de considerar os novos interesses e configurações
que surgem nos meios familiares. Segundo Carvalho e Paiva (2010), esse fenômeno
constituído dentro do casamento contemporâneo demonstra a transição dos velhos
costumes com a introdução de novos, fazendo com que a mulher ganhe uma nova
identidade dentro do meio familiar.

2.3 EVOLUÇÃO E SIMBOLOGIA DO TRAJE DE NOIVA

El traje de noiva no sólo representa el vestido excepcional, sino también el


acontecimiento más especial em la vida de uma mujer, del que me gusta
tomar parte. (REVISTA !HOLA 2009 apud MITIDIERI e GARBELOTTO,
2010, p. 8).
24

Assim como toda história tem seu personagem principal, o ritual do


casamento também tem. Na cerimônia matrimonial a noiva é, sem sombra de
dúvida, o foco das atenções. Embora se tenha a presença do noivo, dos pais, dos
padrinhos e dos convidados, a “estrela” mais esperada da festa é a noiva, assim
como o seu vestido, uma vez que há grande expectativa em torno desse traje.
De acordo com Corrêa (2014), “as roupas usadas pelas noivas na hora
do “sim” contam, ao longo dos anos, um pouco da história do mundo, de maneira
bem peculiar”. Embora nos dias de hoje o vestido branco seja um dos maiores
símbolos no casamento, a representação do seu significado nem sempre foi assim
em períodos passados.
No período medieval, para os povos greco-romanos o simbolismo do
traje matrimonial não estava relacionado à cor do traje, nem ao seu formato e nem à
pureza da mulher. O simbolismo estava representado nos adornos de cabeça, que
trazia o sinal de consagração aos deuses e aos heróis da época, dando o direito à
mulher de usar uma coroa de folhas de louro para demonstrar seu valor intelectual.
Conforme Corrêa (2014), na Roma Antiga, no século VIII a.C., a mulher
fazia uso de uma túnica branca e flammeum (véu de linho bem fino) para formar o
figurino no dia do seu casamento (Figura 1).

Figura 1 – Traje matrimonial da Roma Antiga


Fonte: Observatório Feminino (2015).

Na Idade Média, entre os séculos V e XV, os vestidos passaram a ser


adornados com muitos bordados para traduzir a riqueza da família das noivas
25

(Figura 2). A cor vermelha era comum na cerimônia pois representava a capacidade
da mulher de gerar sangue novo entre as famílias unidas. (CORRÊA, 2014).

Figura 2 – Traje matrimonial da Idade Média


Fonte: Observatório Feminino (2015).

Já no período da Alta Idade Média, a cor verde era a preferida entre as


noivas burguesas que buscavam pela fertilidade (Figura 3). As mulheres ainda
tinham como hábito desfilar com o ventre saliente para exibir o desejo de procriação.
(CORRÊA, 2014).

Figura 3 – Traje matrimonial da Alta Idade Média


Fonte: Observatório Feminino (2015).
26

No período do Renascimento, materiais como o veludo e o brocado


entram em cena (Figura 4). “As cores do brasão da família do noivo eram
destacadas nos vestidos das mulheres e a tiara na cabeça era tradição entre o final
do século XIV e o início do século XVII”. (CORRÊA, 2014).

Figura 4 – Traje matrimonial do Renascimento


Fonte: Observatório Feminino (2015).

Durante a segunda fase do Renascimento, a cor preta era a


protagonista das cerimônias religiosas, inclusive nos casamentos (Figura 5). Foi
também nesse período que surgiram os primeiros trajes brancos, considerado como
sinônimo de elegância pelas mulheres da época. (CORRÊA, 2014).
No período do Renascimento, a maioria dos casamentos eram
arranjados, o que refletia na união como negócios entre famílias da realeza, com a
finalidade de manter o sangue puro ou proteger a fortuna. Assim, o vestido de noiva
nada mais era que um traje para mostrar à família do pretendente o quanto rica a
noiva era e o quanto ela herdaria de sua família
27

Figura 5 – Trajes para cerimônias religiosas da segunda fase do Renascimento


Fonte: Observatório Feminino (2015).

No período Rococó, os vestidos de noiva passaram a ser


confeccionados com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias e babados de renda
(Figura 6). A presença dos tons pastéis em conjunto com a cor branca era a
tendência trazida pelo movimento estético que florescia na Europa entre o início e o
fim do século XVIII. (CORRÊA, 2014).

Figura 6 – Traje matrimonial do período Rococó


Fonte: Observatório Feminino (2015)
28

Os suntuosos vestidos de noiva passaram a ser incorporados nos


casamentos entre famílias burguesas. Sendo confeccionados a partir de tecidos
finos e caros, o vestido após o casamento poderia ser usado como moeda de troca
para trazer mais fortuna à família.

O vestido de noiva, o símbolo maior do casamento, surgiu com a função


especifica de apresentar para a comunidade as posses da família da noiva.
Os tecidos então usados na confecção do traje da noiva eram muito
preciosos e tão caros que funcionavam como uma espécie de moeda de
troca. Paralelamente ao ouro, as roupas assim confeccionadas podiam ser
penhoradas como as joias. (MITIDIERI, 2009, p. 2).

De acordo com o site Larissa Crivellari (2015), não existe muito


consenso entre os historiadores quanto o assunto trata da origem do vestido branco.
Alguns registros indicam que a rainha Mary Stuart, da Escócia, teria sido a primeira
mulher a usar a cor branca no século XVI (Figura 7). Uma das explicações para a
escolha da rainha é que ela teria feito uma homenagem à família Guise, de sua mãe,
que tinha a cor branca no brasão.

Figura 7 – Vestido de noiva da rainha Mary Stuart, da Escócia


Fonte: Larissa Crivellari (2015).

Por outro lado, de acordo com o site Larissa Crivellari (2015), outros
historiadores contestam essa versão, afirmando que a primeira mulher a se casar
29

com um vestido branco teria sido a rainha Maria de Médici, da França, no século
XVII. Natural da Itália, a rainha teria usado uma vestimenta branca, com detalhes
dourados e com decote quadrado, causando na época grande polêmica dentro da
corte francesa (Figura 8).

O primeiro registro de uma noiva vestida de branco foi Maria de Médici ao


se casar com Henrique IV, herdeiro da coroa francesa, em 5 de outubro de
1600. Maria de Médici, princesa italiana, mesmo sendo católica não
comungava da estética religiosa espanhola, e assim se mostrou vestida de
noiva, em brocado branco como prova da exuberância das cortes italianas
(MITIDIERI, 2009, p. 2).

Figura 8 – Vestido de noiva da rainha Maria de Médici, da França


Fonte: Larissa Crivellari (2015)

Segundo o site Larissa Crivellari (2015), a polêmica causada pela


rainha Maria de Médici durante o seu casamento devia-se ao fato de que apesar
dela ser de tradição de família católica, a mesma teria se rebelado contra a estética
religiosa da época que indicava o uso de cores escuras – geralmente preto – e trajes
fechados até o pescoço para as cerimônias matrimoniais. Por outro lado,
Michelangelo atribuiu a presença do branco no vestido da rainha devido à pureza da
moça, já que Maria de Médici tinha apenas 14 anos no momento em que se casou.
Apesar da relação da pureza da rainha Maria de Médici ser atribuída no
uso da cor branca no vestido de casamento, a maioria dos relatos entre os
historiadores prefere explicar o simbolismo da origem da cor branca no traje
matrimonial devido ao amor romântico da rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX.
30

De acordo com o site Larissa Crivellari (2015), essa explicação pode


ser dada devido ao fato dela ter sido uma das primeiras nobres a se casar por amor.
Por ser uma mulher, a rainha provocou grande polêmica na época, já que teria sido
ela a pedir a mão do marido – o príncipe Albert – em casamento. Após a morte de
seu esposo, a rainha Vitória passou a usar somente o preto em suas roupas, razão a
qual essa cor ficou associada à Era Vitoriana.
Durante o seu casamento em 1840, a rainha Vitória selou seus votos
matrimoniais com o príncipe Albert trajada em vestido e véu totalmente brancos e
sem a coroa real, fato que era inédito na época entre os nobres. No lugar da coroa,
a rainha usou uma grinalda adornada com flores de laranjeiras (Figura 9).

Figura 9 – Casamento da rainha Vitória com o príncipe Albert


Fonte: História da Moda (2015).

De acordo com o site História da Moda (2015), a escolha da cor branca


pela rainha Vitória se deu por dois motivos. O primeiro deles era que o branco não
seria uma cor comum usada para os casamentos da época, sendo que ela teria
optado por essa escolha para fugir do padrão. Já o segundo motivo teria sido por
razões políticas, uma vez que diversos artesãos estavam ficando sem emprego
devido ao desenvolvimento industrial. Dessa forma, a rainha convocou diversos
31

artesãos que ficaram trabalhando por meses para a fabricação dos tecidos e das
rendas do seu vestido de casamento.
Segundo Mitidieri e Garbelotto (2010, p. 7), foi no casamento da rainha
Vitória com o príncipe Albert que “foi registrado o primeiro vestido de noiva branco
como o vemos hoje, carregando consigo a associação com a pureza e com o
romantismo, visto que essa era a primeira noiva da realeza a casar-se
declaradamente por amor”.
A partir daí, o vestido de noiva ganhou simbolismos e significados, com
as representações do celibato, da pureza, do amor e do romantismo. Segundo o site
Larissa Crivellari (2015), anos depois, o papa Pio IX decretou que todas as noivas
deveriam usar trajes claros para demonstrar sua castidade.
Embora o vestido da rainha Vitória não tenha sido o primeiro traje
matrimonial branco a ser usado no ritual do casamento ao longo da história, sua
importância alcança um nível imensurável para as mulheres do mundo moderno, já
que ele é considerado o primeiro traje a trazer toda a simbologia que o vestido de
noiva representa no casamento para a sociedade.
Além da cor branca, outros elementos foram lançados na época como
moda pela rainha Vitória com valores que simbolizam o casamento até os dias de
hoje. Dois desses elementos são considerados como acessórios indispensáveis na
complementação do traje matrimonial, que são o véu e o buquê de flores, que foram
instituídos pela rainha Vitória no seu casamento.
Outra questão importante que deve ser observada é que a estética do
vestido de noiva usado pela rainha Vitória tornou-se tão significativa ao longo das
décadas que até hoje é possível notar a utilização de elementos e características de
seu vestido nos trajes matrimoniais de casamentos de épocas mais recentes (Figura
10).
32

Figura 10 – Estética do vestido de noiva da rainha Vitória


Fonte: História da Moda (2015).

Essa estética pode ser referenciada como o visual “noiva-princesa”,


caracterizada com a materialização de um vestido ricamente adornado com rendas e
bordados e composto, basicamente, por corpete ajustado, saia volumosa e véu.
Mesmo com toda a evolução no uso de cores e de formas na
transformação do traje matrimonial por várias décadas desde o período do
Renascimento, a presença da estética “noiva-princesa” instituída pela rainha Vitória
sempre retorna em cena.
Prova disso é a sua ascensão na década de 1980, no casamento da
princesa Diana com o príncipe Charles, na Inglaterra, durante cerimônia realizada
em julho de 1981, com a presença de aproximadamente 3.500 convidados.
De acordo com Arica (2008), o casamento de Charles e Diana teve
transmissão ao vivo para quase um bilhão de pessoas. O vestido de noiva da
princesa – que virou objeto de desejo de milhões de mulheres após o casamento
real – havia sido criado pela dupla de estilistas ingleses David e Elizabeth Emanuel.
Atualmente, réplicas do traje são leiloadas na internet por até US$ 150.000,00. O
vestido consumiu cerca de 40 metros de seda, sendo bordado com dez mil pérolas.
Só para confeccionar o véu foi preciso quase oito metros de tecido (Figura 11).
33

Figura 11 – Vestido de noiva da princesa Diana, da Inglaterra


Fonte: Globo.com (2015).

Anos mais tarde, em abril de 2011, a tradição do glamour real


ostentada por Daina surgiu novamente na união de seu filho primogênito – príncipe
William – com a inglesa Kate Middleton. Mais uma vez o vestido usado pela nova
princesa – e que fora desenhado pela estilista Sarah Burton, diretora de criação da
grife Alexander MacQueen – surgia imponente aos olhos de pessoas do mundo
inteiro como um verdadeiro vestido digno das princesas dos contos de fadas.
Confeccionado com rendas francesas elaboradas à mão por artesãos
da Escola Real de Costura, o traje era composto por um corpete justo com decote
em “V” e mangas compridas associado à saia volumosa com cauda de
aproximadamente três metros de comprimento (Figura 12).

Figura 12 – Vestido de noiva da princesa Kate Middleton (Inglaterra)


Fonte: Edgel com Estilo (2015).
34

Conforme se observa, mesmo depois de tantos anos a estética “noiva-


princesa” lançada pela rainha Vitória em seu casamento durante o Renascimento
ainda é uma das preferidas entre as mulheres.
Por outro lado, quando se trata de inovação, algumas noivas buscam
em optar por modelos mais diferenciados, que de alguma forma transmitam a
identidade de suas personalidades no momento considerado como o mais especial
de suas vidas. E quando se trata de celebridades, essa vontade de vestir um vestido
totalmente diferente do que já foi visto antes torna-se um fator incontestável para
brilhar e chamar a atenção da mídia e do grande público.

2.4 VESTIDOS DE NOIVA DE CELEBRIDADES

De uns tempos para cá a busca por inovação sempre foi muito


crescente. Dentro do mercado matrimonial isso não é muito diferente, em especial
quando se trata da roupa, pois as mulheres sempre buscam por algo mais exclusivo,
ou seja, por um vestido que ainda ninguém tenha visto nos casamentos.
Algumas mulheres consideradas como mais ousadas se aventuram a
usar modelos fora dos padrões convencionais do matrimônio. E quando se trata de
celebridades, o uso de um vestido de noiva mais diferente acaba virando notícia nos
diversos canais da mídia.
Em uma retrospectiva dos casamentos de famosos no site Edgel com
Estilo, Queiroz (2015) apresenta a diversidade no estilo dos trajes de algumas das
principais personalidades do mundo. A começar pela top model britânica Kate Moss,
que casou com um vestido na linha retrô criado pelo seu amigo pessoal, o estilista
John Galliano. O traje confeccionado com seda ganhou uma camada de tule toda
salpicada em cristais. Na altura dos quadris, delicados bordados enfeitavam a parte
mais transparente do vestido e na barra, penas de pavão – que ficavam mais
douradas na medida que se aproximavam do chão – foram aplicadas, realçando
ainda mais a beleza do traje (Figura 13).
35

Figura 13 – Vestido de noiva da top model britânica Kate Moss


Fonte: Edgel com Estilo (2015).

No caso da atriz norte-americana Angelina Jolie, ela resolveu investir


na originalidade, usando um vestido assinado por Luigi Massi da grife Versace. O
casamento da atriz com o ator Brad Pitt foi realizado na capela do Castelo Miraval,
na vila francesa de Correns. A estrela de Hollywood ostentou ainda mais a sua
beleza usando um vestido decorado com desenhos feitos pelos filhos do casal
(Figura 14).

Figura 14 – Vestido de noiva da atriz norte-americana Angelina Jolie


Fonte: Edgel com Estilo (2015).
36

Outra atriz que resolveu ousar no estilo do traje foi a atriz e cantora
norte-americana Hilary Duff. Mesmo com o anúncio de sua separação logo após o
seu casamento com o jogador de hóquei Mike Comrie, ela não deixou de ostentar o
seu desejo de casar em um vestido feito sob medida pela estilista Vera Wang. O
modelo na linha sereia com cauda bem volumosa era ajustado ao corpo e foi
realçado ainda mais com a bela produção na maquiagem e no cabelo (Figura 15).

Figura 15 – Vestido de noiva da atriz e cantora norte-americana Hilary Duff


Fonte: Edgel com Estilo (2015).

Outras celebridades preferem apostar mais na irreverência de suas


personalidades no momento de celebrar o matrimônio. Foi o que aconteceu com a
top model espanhola Anja Rubik, que se casou na Espanha com o modelo Sasha
Knezevic. Para quebrar paradigmas, a modelo optou por um vestido curto na linha
mullet, assinado por Peter Dundas, designer da grife Emilio Pucci (Figura 16).
37

Figura 16 – Vestido de noiva da top model espanhola Anja Rubik


Fonte: Edgel com Estilo (2015).

Outra celebridade que também resolveu investir no comprimento curto


do traje foi a atriz e modelo inglesa Keira Knightley. Mesmo em uma pequena
cerimônia com a presença de apenas onze amigos na cidade de Mazan, no sul da
França, a atriz não deixou de cuidar da sua elegância. Vestida em um traje curto
com jaqueta de tweed da grife Chanel, sapatilhas baixas e óculos ray-ban da marca
Wayfare, a atriz esbanjou estilo durante a oficialização de sua união com o músico
James Righton da banda The Klaxons (Figura 17).
38

Figura 17 – Vestido de noiva da atriz e modelo inglesa Keira Knightley


Fonte: L’Officiel Brasil (2015).

Enquanto algumas celebridades abusam no comprimento moderno de


seus vestidos, outras preferem investir em trajes mais exóticos com sua união junto
a um membro da realeza. Foi o caso da modelo norte-americana Kendra Spears.
Em seu casamento com o príncipe Rahim, realizado em Genebra, na Suíca, a
modelo usou um sári todo bordado com fios de ouro da marca Manay Gangwani
Couture. Mesmo fora dos padrões tradicionais do Ocidente, a elegância do traje
conquistou o gosto de muitas mulheres no mundo inteiro (Figura 18).

Figura 18 – Vestido de noiva da modelo norte-americana Kendra Spears


Fonte: Edgel com Estilo (2015).
39

No Brasil, a modelo Ana Cláudia Michels também apostou em um


modelo diferenciado de vestido de noiva no seu casamento com o advogado
Augusto de Arruda Botelho. Feito sob medida pelo estilista Riccardo Tisci, o traje
nupcial da modelo trazia em seu conjunto uma estética romântica característica da
década de 1920 (Figura 19).

Figura 19 – Vestido de noiva da modelo brasileira Ana Cláudia Michels


Fonte: Way Model Management (2015).

Enquanto algumas mulheres investem nas formas e estruturas


diferenciadas dos trajes, outras celebridades preferem ousar nas cores de seus
vestidos. É o caso da atriz norte-americana Kaley Cuoco, estrela da série The Bing
Bang Theory. Para quebrar o tradicional uso da cor branca, a atriz usou um vestido
tomara-que-caia na cor rosa em plena noite de réveillon em seu casamento com o
jogador de tênis Ryan Sweeting (Figura 20).
40

Figura 20 – Vestido de noiva da atriz norte-americana Kaley Cuoco


Fonte: Edgel com Estilo (2015).

Já a cantora canadense Avril Lavigne surpreendeu a todos os


convidados usando um vestido preto em seu segundo casamento com o cantor
Chad Kroeger. Assinado pela estilista Monique Lhuillier, o vestido tomara-que-caia
com saia e véu de tule foi acompanhado por um buquê de flores igualmente na cor
negra, com uma fabulosa tiara de joias brilhantes adornada sobre os cabelos soltos
da estrela do rock. No jantar à luz de velas até o bolo de casamento era negro,
originalmente decorado com rosas pretas e vermelhas (Figura 21).

Figura 21 – Vestido de noiva da cantora canadense Avril Lavigne


Fonte: Capricho (2015) / Mundo das Tribos (2015).
41

A variedade na concepção das formas e a ousadia no uso de cores


apresentadas pelos vestidos de noiva das celebridades demonstra claramente a
vontade das mulheres em buscarem por modelos cada vez diferenciados dos
tradicionais vestidos existentes no mercado.
Por outro lado, o privilégio em se usar um vestido exclusivo e fora dos
padrões convencionais ainda é uma realidade restrita para poucas noivas, como as
celebridades famosas ou as mulheres pertencentes às famílias de alto poder
aquisitivo.
Mesmo com a aquisição de trajes assinados por designers renomados,
a maioria das roupas matrimoniais das celebridades ainda segue o mesmo conceito
de concepção do “vestido inteiro” característico dos vestuários de casamento
comercializados pela maioria das empresas do segmento.
Considerando que a proposta desse estudo visa o desenvolvimento de
peças que possam ser articuladas independentemente, de modo que elas ofereçam
maior flexibilidade para as mulheres comporem os seus vestidos de casamento, a
possibilidade no uso de uma peça-chave pouco convencional – no caso, o corset –
apresenta-se como potencial possibilidade para busca da elaboração do conceito de
uma estética inovadora e pouco utilizada pelas empresas no mercado na concepção
dos trajes matrimoniais.

2.5 O CORSET NA MODA

O corset é uma peça que aparece e desaparece inúmeras vezes na história


do vestuário feminino. O objetivo principal do corset é o de modificar a
silhueta, transformando quem o usa na mulher "ideal": seios fartos com
cintura marcada. (MONTEIRO; DANTAS, 2009, p. 1).

Desde a sua criação até a atualidade, o corset – também denominado


como espartilho – teve várias versões, com o uso de formatos e materiais diferentes
na sua construção. Mesmo sendo considerada uma peça desconfortável para alguns
estudiosos, o uso dessa peça vem de longa data e o fascínio entre as mulheres
permanece presente até os dias de hoje.
42

Conforme Serrão (2013), inicialmente o corset era utilizado como roupa


de baixo no vestuário feminino. Sendo denominado também como corpete, a peça
era produzida sem as rígidas barbatanas, tendo a função de dar sustentação e
proteção ao busto para as mulheres antes do século XVI. A estrutura do corset mais
rígido conhecida hoje começou a fazer parte da indumentária feminina após o século
XVI, com a invenção de uma estrutura diferenciada.
A mulher percursora no uso do corset foi Maria de Médici. Rainha
consorte da França e segunda esposa do rei Henrique IV, Maria de Médici foi uma
monarca de personalidade forte que tinha suas vestes sempre muito adornadas.
Além dela, outra mulher que fazia uso do corset era a rainha Elizabeth I, filha de
Henrique VIII, que tinha em sua indumentária a presença da estrutura rígida do
espartilho (Figura 22).

Figura 22 – Rainha Maria de Médici (esquerda) e rainha Elizabeth I (direita).


Fonte: Wikimédia (2015).

Os primeiros corsets tinham o decote mais fechado com enchimentos


na parte frontal para proteger o busto da mulher. Apresentavam também uma
amarração nas costas, com a finalidade de modelar e marcar bem a cintura,
deixando o busto mais alto e avantajado. (SERRÃO, 2013).
Já os modelos que surgiram após a segunda metade do século XVI
apresentavam decotes mais baixos, deixando o busto mais à mostra. Na parte
43

inferior defronte à peça havia uma ponta, que podia ter vários comprimentos
diferentes. (SERRÃO, 2013).
O corset veio para extinguir de vez o uso do corpete – uma peça que
era utilizada como roupa intima – apresentando amarrações dianteira e traseira para
se ajustar melhor ao corpo e marcar ainda mais a cintura da mulher. Em sua
estrutura era utilizado dois revestimentos em tecido, cumprindo o papel de proteção
do seio e marcação da silhueta. (SERRÃO, 2013).
Durante o século XVIII surgiu o modelo inglês de corset ou espartilho.
Estruturalmente esse modelo não apresentava muitas mudanças em relação ao
último corset antigo. Sua principal diferença era a de que ao invés de duas
amarrações – uma frontal e outra traseira – a peça possuía somente a amarração
traseira e os materiais usados para o seu revestimento eram tecidos mais nobres e
belos (Figura 23). (SERRÃO, 2013).

Figura 23 – Modelos do corset inglês do século XVIII


Fonte: Espartilhos do Século XVIII (2015).

No século XVIII surgiu também o modelo francês do corset. Assim


como o corset inventado pelos ingleses, a peça apresentava apenas uma alteração
na sua concepção, ou seja, ao contrário do modelo inglês, o corset francês tinha a
amarração na parte dianteira, mantendo as mesmas características de construção
do outro modelo, sendo fabricado com tecidos belos e nobres (Figura 24).
(SERRÃO, 2013).
44

Figura 24 – Modelo do corset francês do século XVIII


Fonte: Espartilho (2015).

No século XIX houve uma mudança no comportamento da mulher em


relação ao uso do corset, o que provocou o abandono na utilização da peça no dia a
dia.

O espartilho tornou-se uma peça praticamente abolida da indumentária


durante o período de revolução que sucederam com o fim do reinado de
Maria Antonieta e Luís XVI (França). A Europa passava por um período de 5
grandes transformações no campo ideológico e político, fatores que
influenciaram diretamente nos trajes antes marcados por excessos e luxo. A
simplicidade era uma característica marcante da moda império, em que a
cintura antes amplamente marcada deu lugar a uma silhueta delicada e
fluida. (SERRÃO, 2013, p. 4 e 5).

Durante esse período as mulheres ficaram libertas da estrutura rígida e


comprimida do corset. Porém, isso foi algo que não durou muito tempo, pois pouco a
pouco as mulheres resgatavam novamente a manutenção da silhueta marcada do
corpo.
Segundo Serrão (2013), foi na Era Vitoriana que o uso do corset
tornou-se algo indispensável no vestuário das mulheres da época, trazendo o
padrão de beleza da silhueta “vespa”, caracterizada pela cintura extremamente fina
e bem demarcada (Figura 25).
45

Figura 25 – Representação da estética da silhueta “vespa”


Fonte: Gibson Girls (2015).

Com a Belle Époque, um novo padrão de silhueta emergia entre as


mulheres. Denominado como silhueta em “S”, esse novo padrão lançava o busto das
mulheres para frente e o quadril para trás, deixando a cintura mais reta (Figura 26).
Assim as mulheres podiam ser mais ativas, ficando menos debilitadas por causa da
compressão que o modelo antigo do corset provocava no abdômen. (SERRÃO,
2013).

Figura 26 – Silhueta em “S” característica do período da Belle Époque


Fonte: WordPress (2015).
46

Novamente com o decorrer dos anos, o corset deixou de ser utilizado


pelas mulheres, mas da mesma forma que em épocas passadas, a sua estética foi
resgatada no período do pós-guerra em criações de renomados estilistas.

O espartilho fora deixado de lado pela moda por um longo período, mas o
mesmo retornou com a ascensão do New Look de Christian Dior, em 1947,
com características da moda do século XIX, que continham cinturas
apertadas, grandes chapéus e saias amplas, com estas referências em
suas criações ganham espaço no guarda-roupa feminino com o Tailleur
“Bar” e consequentemente o espartilho cumpria mais uma vez a sua função
para com esta nova silhueta que exigia uma cintura ao estilo vespa.
(SERRÃO, 2013, p. 6).

Dessa maneira, o corset ganhou novamente destaque em mais um


período histórico. Mesmo não sendo a peça-chave do guarda-roupa da mulher do
pós-guerra, o retorno de seu uso com a proclamação do visual New Look tornou-se
indiscutível entre as mulheres, o que estabeleceu o resgate da feminilidade e da
delicadeza da cintura fina apresentadas nas criações de Christian Dior (Figura 27).

Figura 27 – Retorno do corset, com a estética New Look de Christian Dior


Fonte: Christine Jeanney (2015).
47

2.6 DIFERENÇAS ENTRE CORPETE E CORSET

Conforme mencionado anteriormente, o conceito da estrutura do corset


nos dias atuais surgiu no século XVI com a evolução do corpete. A principal
característica que diferencia os dois modelos é que o corset foi concebido para ser
usado na parte externa como uma peça à mostra, enquanto que o corpete era
utilizado como uma peça íntima da vestimenta da mulher na época, ficando
escondida por baixo das roupas.
No que se refere ao contexto construtivo, o corpete é uma peça mais
simples e não tão rígida, que tem como função realçar o corpo feminino, dando
destaque principal na aparência das curvas naturais da mulher.
Já o corset possui a função de modelar a silhueta, com a compressão
do corpo para demarcar a cintura a fim de realçar uma beleza denominada como
“ideal” para a maioria das pessoas. Confeccionado com materiais mais rígidos e com
técnicas que dão maior sustentação aos tecidos por meio de barbatanas, a peça
busca realçar o volume do busto, deixando-o mais elevado e farto, e demarcando a
cintura de modo que ela fique mais fina e atraente, com o jogo do quadril para a
parte de trás para promover a postura ereta e imponente do corpo da mulher.
Na tabela 1, Monteiro e Dantas (2009, p 3) também apresentam a
descrição de algumas das principais características que diferenciam uma peça da
outra.

Tabela 1 – Diferenças entre Corpete e Corset


Peça Forma Material Aparência
- Pode ser confundido com
- Tecido. uma blusa tomara-que-
- Cadarço ou fita e às caia.
Corpete Maleável e leve vezes barbatanas (e - Apenas ajusta-se ao
geralmente plásticas). corpo, mostrando suas
- Ilhoses. curvas naturais, mas não o
molda, não o modifica.
- Barbatanas de baleia, de
madeira, de metal ou de
aço inox.
Estruturada, rígida e - Marca bem a silhueta e
Corset - Busk de aço inox.
pesada modela bem o corpo.
- Várias camadas de tecido.
- Fitas ou cadarços.
- Ilhoses.
Fonte: Monteiro e Dantas (2009, p. 3).
48

2.7 TIPOS DE CORSET

Assim como qualquer peça dentro da moda, o corset possui suas


variações de modelos. Segundo Monteiro e Dantas (2009), o corset tem separações
por “categorias” que são deparadas de acordo com o seu design/modelo, levando
em consideração a função que será exercida pela peça.
Dentre as diversas categorias de modelos de corset encontradas no
mercado existem os modelos Overbust e Overbust-Bojo. Esses modelos sobrepõem
o busto da mulher, deixando-o mais modelado. Esse tipo de corset modela também
a cintura e a parte superior do quadril da mulher (Figura 28).

Figura 28 – Modelo de corset Overbust e Overbust-Bojo


Fonte: Corsets (2015) / Black Cat Corsets (2015).

Já o modelo Midbust começa na altura dos mamilos e faz com que os


seios sejam comprimidos na parte inferior, ressaltando a parte superior do busto e
projetando-o para cima. Essa peça apresenta uma saliência na parte frontal, que
pode ser arredondada ou com o formato de uma leve ponta. Assim como o Overbust
e o Overbust-Bojo, o corset Midbust também modela a cintura, acabando um pouco
acima da curva do quadril (Figura 29).
49

Figura 29 – Modelo de corset Midbust


Fonte: Media Tumblr (2015).

Um outro modelo de corset é o Underbust, que tem como finalidade


somente a compressão para modelar e afinar a cintura. Ao contrário das categorias
de modelos anteriores, esse tipo de corset não modela os seios e nem o quadril.
Sua estrutura é delimitada a partir da linha abaixo do busto com término no início da
curva do quadril (Figura 30).

Figura 30 – Modelo de corset Underbust


Fonte: UOL Moda (2015).
50

O modelo Waist Cincher é bem semelhante à estrutura do corset


Underbust. A única diferença entre eles está na área de compressão da peça. No
caso do corset Waist Cincher, esse modelo comprime somente a cintura e nada
mais – saindo logo abaixo do busto e finalizando ao fim da curvatura da cintura
antes de começar o quadril (Figura 31).

Figura 31 – Modelo de corset Waist Cincher


Fonte: Absolute Corsets (2015).

A última categoria dos modelos de corset a ser apresentada trata-se


dos Corsets Integrados (Figura 32). Este modelo pode ter a estrutura de qualquer
um dos modelos de corset citados anteriormente. Entretanto, o que o diferencia dos
demais é o fato dele sempre estar integrado ou unido a uma outra estrutura de
vestuário ou parte dela, como mangas, calça, saia e outros tipos de peças.

Figura 32 – Modelo de corsets Integrados


Fonte: Atraente Corset Underwear (2015).
51

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

Conforme Vergara (2003, p. 11), a metodologia científica constitui em


um "processo permanente de busca da verdade, de sinalização sistemática de erros
e correções, predominantemente racional". Dessa forma, ao buscar a racionalidade
do conhecimento científico o pesquisador procura analisar, da forma mais neutra
possível, os detalhes dos processos que se propôs a estudar.
Vergara (2003) aponta que cada processo a ser estudado pressupõe
um tipo de pesquisa que permitirá ao pesquisador extrair a maior quantidade de
dados possível para sua análise.
Do ponto de vista de sua natureza, as pesquisas podem ser
classificadas como básica ou aplicada. Cervo e Bervian (1996) definem que na
pesquisa básica o investigador tem como meta satisfazer a necessidade intelectual
do conhecimento. Já no caso da pesquisa aplicada, Boente e Braga (2004, p. 12)
consideram que ela é uma “pesquisa desenvolvida com o objetivo imediato de
resolver um problema”, pois sua finalidade é prática e sua intenção é a resolução de
um problema.
Quanto à abordagem do problema de estudo, ela pode contextualizada
dentro de dois enfoques denominados como quantitativo e qualitativo. De acordo
com Sampieri, Collado e Lucio (2013, p. 29), ao contrário da abordagem quantitativa
– que tem como características a medição de fenômenos, com a utilização de
métodos estatísticos e a análise de causa-efeito – a abordagem qualitativa é
determinada pelo processo indutivo, em que os fenômenos são explorados com
profundidade, basicamente conduzidos em ambientes naturais, com os significados
extraídos dos dados coletados e não se fundamentando exclusivamente nos
princípios estatísticos de análise.
No que se refere à sua finalidade, a pesquisa científica pode ter um
caráter exploratório. Para Gil (2006, p. 43), a pesquisa exploratória tem como
principal finalidade “desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em
vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para
52

estudos posteriores”. Segundo o autor, “de todos os tipos de pesquisas, estas são
as que apresentam menor rigidez no planejamento”.

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar


visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de
pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco
explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e
operacionalizáveis. (GIL, 2006, p. 43).

Gil (2006, p. 64 e 66) também aponta sobre a importância no


delineamento do estudo científico. Segundo o autor, “o delineamento refere-se ao
planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla, envolvendo tanto a sua
diagramação quanto a previsão de análise e interpretação dos dados”. Para ele “o
experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica”.

Essencialmente, o delineamento experimental consiste em determinar um


objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-
lo e definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável
produz no objeto. (GIL, 2006, p. 66).

Considerando todas essas diretrizes, esse trabalho se caracteriza


como uma pesquisa de natureza aplicada, de raciocínio indutivo, com abordagem
qualitativa, tendo como finalidade o caráter exploratório de estudo e com um
delineamento experimental durante o processo.

3.2 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

De acordo com Gil (2006, p. 110), a observação pode ser aceita como
técnica de coleta de dados em pesquisas de cunho científico.

A observação constitui elemento fundamental para a pesquisa. Desde a


formulação do problema, passando pela construção de hipóteses, coleta,
análise e interpretação dos dados, a observação desempenha papel
imprescindível no processo de pesquisa. É, todavia, na fase de coleta de
dados que o seu papel se torna mais evidente. A observação é sempre
utilizada nessa etapa, conjugada a outras técnicas ou utilizada de forma
exclusiva. Por ser utilizada, exclusivamente, para a obtenção de dados em
muitas pesquisas, e por estar presente também em outros momentos da
pesquisa, a observação chega mesmo a ser considerada como método de
investigação. (GIL, 2006, p. 110).
53

Segundo Gil (2006, p. 110), adotar a observação como técnica de


coleta de dados pode ser sistematizada de três maneiras classificadas como
observação simples, observação sistemática e observação participante.

A observação participante pode assumir duas formas distintas: (a) natural,


quando o observador pertence à mesma comunidade ou grupo que
investiga; e (b) artificial, quando o observador se integra ao grupo com o
objetivo de realizar uma investigação. (GIL, 2006, p. 113).

No caso do presente estudo, considerando a complexidade de


construção na estrutura de vestuário escolhida como fator diferencial para a
concepção de uma nova estética para o traje matrimonial – o corset – foi necessário
fazer uma abordagem junto aos profissionais de ateliês para observar o processo de
construção dessa estrutura em um primeiro momento da investigação.
Para uma outra fase da pesquisa, um grupo de pessoas que se
enquadrarem dentro das características do público alvo dessa investigação foi
abordado, tendo como estratégia o uso do questionário como instrumento de coleta
de dados.
Segundo Marconi e Lakatos (2007), a observação direta apresenta
como técnica a aplicação de questionário, em que se pode obter informações
relevantes para a validação ou não de hipóteses apresentadas e se os objetivos
estipulados poderão ser concretizados.
Gil (2006, p. 128) define o questionário como uma técnica de
investigação composta por um número de questões, que tem por objetivo levantar o
conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas e
situações vivenciadas dos participantes em um levantamento em campo. O autor
também reforça sobre a importância na estruturação de um questionário,
considerando que:

Construir um questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos da


pesquisa em questões específicas. As respostas a essas questões é que
irão proporcionar os dados requeridos para testar as hipóteses ou
esclarecer o problema da pesquisa. As questões constituem, pois, o
elemento fundamental do questionário. (GIL, 2006, p. 129).

Dessa maneira, a elaboração das perguntas do questionário desse


estudo tomou como base referencial dados levantados na revisão de literatura. O
questionário de múltipla escolha foi constituído por 10 (dez) perguntas em linguagem
54

clara e objetiva, que foi aplicado via online junto ao grupo delimitado como público
alvo desse trabalho.

3.3 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

Em toda pesquisa é imprescindível que se estabeleça a delimitação do


corpo de estudo para que as variáveis possam ser administradas. Considerando que
a abordagem dessa pesquisa parte de um princípio de análise qualitativa, o número
de pessoas a serem abordadas não necessariamente implica na constituição de
uma quantidade grande de indivíduos, uma vez que se considera que as opiniões
apontadas por um grupo menor com características bem determinadas possam ser
replicadas para mais pessoas.
Dessa forma, a delimitação do objeto de estudo desse trabalho se
constituíram em um grupo de 100 mulheres, na faixa etária entre 25 a 32 anos,
pertencentes à classe B, com domicílio em cidades da região norte do Paraná, como
Apucarana, Arapongas, Cambé, Ibiporã, Londrina, Maringá, Rolândia, além de
outras.

3.4 ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA

A estruturação do presente trabalho foi sistematizada com as seguintes


etapas:
1ª etapa – pesquisa bibliográfica, com o levantamento de dados sobre
o tema escolhido em fontes de consulta como livros, artigos, periódicos científicos,
revistas, jornais, sites, etc;
2ª etapa – pesquisa de observação participante, com a investigação do
processo de construção do corset em ateliê especializado na confecção de roupas
sob medida;
3ª etapa – pesquisa de campo, com a aplicação do questionário via
online junto às pessoas identificadas como público alvo determinado nesse estudo.
55

4ª etapa – pesquisa experimental, com o desenvolvimento de testes


por meio das técnicas da modelagem plana e da modelagem tridimensional
(moulage) para a elaboração das estruturas de corsets que foram utilizadas na
composição dos vestidos de noiva da coleção desse trabalho.
5ª etapa – registro documental, com a descrição de todas as fases de
elaboração e desenvolvimento dessa pesquisa por meio de monografia acadêmica.

3.5 PESQUISA DE OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE

Conforme Gil (2006, p. 113), “a observação participante, ou observação


ativa, consiste na participação real do conhecimento na vida da comunidade, do
grupo ou de uma situação determinada”.

Neste caso, o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de
um membro do grupo. Daí por que se pode definir observação participante
como a técnica pela qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a
partir do interior dele mesmo. (GIL, 2006, p. 113).

Considerando a importância da busca de informações que


subsidiassem o entendimento e a compreensão na construção do corset – estrutura
de vestuário a ser explorada na fase experimental desse estudo – foi adotada como
estratégia a pesquisa de observação participante, em que o autor do presente
trabalho realizou o acompanhamento na fabricação de um corset junto a
profissionais de um ateliê localizado na cidade de Londrina, Estado do Paraná.
No que se refere à técnica construtiva dessa peça, praticamente todos
os modelos possuem o mesmo processo de construção, com variação apenas na
quantidade e no tipo de matéria-prima utilizada para a confecção da peça.
Basicamente, o início para confecção de um corset parte
primeiramente da modelagem, que pode ser desenvolvida tanto pelo processo plano
(modelagem plana) como na técnica tridimensional (moulage).
Após desenvolvida todas as partes da modelagem, o próximo passo é
efetivar o corte das matérias-primas, como os tecidos que serão utilizados para as
camadas internas e externas da peça e as entretelas como as do tipo termocolantes
56

ou de materiais mais rígidos como entretelas cavalinho, ambas associadas


posteriormente aos tecidos.
Após o corte de todos os materiais, as entretelas termocolantes são
fixadas nos tecidos com a finalidade de torná-los mais rígidos e firmes. Em seguida,
essas partes preparadas são costuradas com as entretelas cavalinho em uma
máquina overloque, deixando assim as partes do espartilho prontas para serem
unificadas.
Com a preparação de todas as partes já finalizada, a próxima etapa é
começar a união delas para dar forma ao espartilho. Após a junção de todas as
partes, é recomendado que se passe a peça com ferro para abrir as costuras das
laterais, com a finalidade de promover um melhor acomodamento da peça junto ao
corpo.
Em seguida são executadas as canaletas por onde serão colocadas as
barbatanas, podendo elas ser de metal ou plástico. Com a finalização dessa fase, é
feita a união do tecido que ficará em contato direto com a pele junto ao tecido que
ficará à mostra, efetuando assim o acabamento superior e das extremidades do
corset. Nessa etapa, somente a parte inferior da peça fica aberta para que se possa
introduzir posteriormente as barbatanas.
Com as barbatanas colocadas, a parte inferior do corset é fechada,
fazendo em seguida o acabamento em viés normalmente com o mesmo tecido
utilizado em toda a peça.
Após o fechamento total da peça, o próximo passo é aplicar os ilhoses,
que podem ser da mesma cor do tecido ou em tons diferentes. Junto aos ilhoses são
passadas duas fitas, uma no sentido de baixo para cima e outra no sentido inverso
de cima para baixo, ambas se encontrando no centro das costas ou na frente, na
linha do teto central da altura do busto.
57

3.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados da coleta de dados do levantamento de campo foram


organizados por meio de gráficos – visualmente apresentados em forma de pizza e
coluna – que demonstram os percentuais das intenções de respostas concedidas
pelas participantes da investigação.
Esses gráficos são apresentados seguidos de um texto com breve
análise dos resultados, considerando como essas informações podem contribuir nos
aspectos referentes ao direcionamento mercadológico e ao desenvolvimento do
projeto da coleção.

1- Qual o meio que você costume consultar mais para


buscar inspiraçoes na escolha de um vestido de noiva
2%0%

12% 0%

86%

Revista Catálogo Internet Opinoão dos familiares e das amigas Outros

Gráfico 1 – Dados coletados na pesquisa de campo – (1ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 1ª pergunta: De acordo com os dados apresentados no


gráfico 1, para as entrevistadas o meio de pesquisa mais utilizado para se manterem
atualizadas em relação aos modelos de vestidos é a internet (85,5%). Logo atrás
vem a consulta em revistas (11,8%) do segmento de vestidos de noivas. A opinião
de familiares e amigos (2,6%) aparece em último lugar.
A partir desses dados, a marca irá optar pela construção de um site a
fim de trazer as novidades do ateliê para as clientes de uma forma mais confortável
58

e prática, tornando assim a escolha da peça mais fácil, sem ela precisar sair de casa
e ficar horas olhando modelos que não as agradem. O site terá as novidades do
universo matrimonial, e até mesmo contatos de pessoas que possam ajudar a
preparar o evento mais esperado do casal.
O catálogo impresso será de uso interno do ateliê, para as noivas que
gostam de ter um contato mais próximo, e queiram ir até o estabelecimento para
efetuar sua escolha pessoalmente.

2- Você acredita que as tendências de moda irão lhe


influenciar na escolha do seu vestido de noiva?
4%

34%

62%

Sim Não Não tenho opinião sobre o assunto

Gráfico 2 – Dados coletados na pesquisa de campo – (2ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 2ª pergunta: Grande parte das entrevistadas admitiram que


as tendências de moda irão ajudar na escolha do traje (61,8%). Embora 34,2%
revelaram que as tendências não vão influenciar na sua escolha. Temos ainda as
mulheres que apresentaram não ter opinião em relação ao assunto (3,9%).
Em relação a isso, a marca irá optar por mostrar modelos de acordo
com as tendências de moda, mas dando a liberdade para a noiva decidir criar seu
próprio modelo de vestido com o auxílio de um estilista do estabelecimento. O
atendimento com o estilista ocorrerá somente com horário previamente marcado e
somente no estabelecimento.
Será apresentada também uma aba com as tendências de outras
partes do mundo no site, para as noivas que gostam de modelos inspirados em
59

modelos de vestidos diferenciados ou, até mesmo, com inspirações em estilistas


com renome dentro e fora do país.

3- Qual o valor médio que você estaria disposta a gastar


na compra de um vestido de noiva?
8% 9%

13%

35%

35%

Até R$ 1.000,00 Entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00


Entre R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00 Entre R$ 5.000,00 e R$ 8.000,00
Acima de R$ 8.000,00

Gráfico 3 – Dados coletados na pesquisa de campo – (3ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 3ª pergunta: A terceira questão traz o valor médio que as


entrevistadas pretendem gastar com o seu vestido. 35,5% delas pretendem atingir a
média de R$3.000,00 a R$5.000,00 no traje. Logo atrás temos 34,2% das
entrevistadas que têm a pretensão de investir de R$1.000,00 a R$3.000,00 em seu
traje. 13,2% pretendem investir de R$5.000,00 a R$8.000,00 em seu traje. 9,2%
estariam dispostas a investir até R$1.000,00 e temos 7,9% das entrevistadas que
gastariam acima de R$8.000,00.
Dentro desses resultados os preços a serem praticados irão variar de
R$950,00 em corsets e saias mais básicos, sem muitos detalhes, a R$10.500,00 em
peças mais elaboradas e com detalhes como aplicações de rendas e pedrarias feitas
manualmente.
60

Gráfico 4 – Dados coletados na pesquisa de campo – (4ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 4ª pergunta: Quando questionado se os modelos ofertados


no mercado iriam de encontro com as expectativas das entrevistadas, 50% delas
assinalaram que não, 44,7% que sim e apenas 5,3% não têm opinião sobre o
assunto.
Como o posicionamento da marca decidiu trazer modelos que saiam
dos padrões ofertados no mercado, trazendo novidades em formas, caimentos e
detalhes em peças diferenciadas, ainda sim haverá alguns modelos convencionais
para aquelas mulheres que preferem os trajes na linha tradicional.
61

5- Você acha que as opções de modelos de vestidos de


noiva oferecidos no mercado poderiam ser mais
diversificadas?
2%
5%

93%

Sim Não Não tenho opinião sobre o assunto

Gráfico 5 – Dados coletados na pesquisa de campo – (5ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 5ª pergunta: Quando questionadas se os modelos ofertados


no mercado poderiam ser em sua maioria mais diferenciados, as entrevistadas foram
quase que unânimes em dizer que os modelos poderiam, sim, ser mais
diferenciados (92,1%). Apenas 2,6% das entrevistadas dIscordaram achando que os
modelos já ofertados são suficientes para elas, enquanto que 5,3% não
apresentaram opinião em relação ao assunto.
Com base nesses resultados, a marca optará por fazer modelos que
saiam do comum, apresentando no mercado modelos com um diferencial nas peças
para melhor atender as mulheres que buscam por inovação nos trajes para
casamento.
62

Gráfico 6 – Dados coletados na pesquisa de campo – (6ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Analise da 6ª pergunta: Foi questionado se as mulheres usariam um


vestido de noiva com uma cor sem ser a branca. 43,4% delas disseram achar a ideia
interessante, mas que ainda não trocariam o tradicional branco para usar um vestido
com cor. Já 31,6% das entrevistadas acharam a ideia bem original e se a cor lhes
agradasse elas usariam um vestido com uma cor que não fosse o branco em seu
casamento. Embora algumas mulheres achem a ideia de cores diferentes no vestido
interessante ou original, 22,4% das entrevistadas afirmaram que em hipótese
alguma usariam um vestido que não fosse branco em seu casamento. Somente
2,6% das entrevistadas não demonstraram ter uma opinião formada em relação ao
assunto.
Considerando essas respostas, o ateliê irá optar em trazer em sua
coleção alguns modelos que trabalhem com outras cores, podendo ser em alguns
detalhes na peça ou até mesmo a peça inteira, porém a maior parte dos modelos
serão trabalhados na cor branca.
63

7- Que tipo de acabamento você mais aprecia para


serem aplicados em um vestido de noiva?
100

80
80
60
55
40 45
40
20 30

5
0
Bordados com pedrarias Bordados com linhas
Bordados mistos - pedrarias e linhas Aplicação com rendas naturais
Aplicação com rendas bordadas Outos

Gráfico 7 – Dados coletados na pesquisa de campo – (7ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Analise da 7ª pergunta: O acabamento de um vestido de noiva é uma


das partes mais importantes de todo o vestido, pois ele é quem traz toda a
delicadeza à peça, deixando-a mais desejável aos olhares das noivas. O tipo de
acabamento mais escolhido pelas participantes da pesquisa foi o de aplicação de
rendas bordadas (77%), que dentro do mercado é um tipo de acabamento muito
utilizado por dar um ar mais sofisticado e delicado à peça. Bordados mistos de
pedrarias e linhas (58%) foi o segundo acabamento mais escolhido. Essa técnica é
feita manualmente e deixa a peça com um ar vintage, pois foi uma técnica muito
utilizada nos vestidos do século IX. As pedrarias (45%) aparecem também como
opção muito bem cotada, pois os bordados com pedras deixam a peça com um ar
moderno e sofisticado, sendo muito usado pelas noivas mais modernas e
inovadoras. A aplicação de rendas naturais (40%) é uma técnica bem mais antiga e
que possui um custo mais elevado. Outra técnica que já não é muito aplicada é o
bordado com linhas (30%). Essa é uma técnica que foi muito utilizada no século IX e
início do X. Nos dias atuais não é muito utilizada por levar muito tempo para ser feita
e também ter um custo mais elevado.
64

8- Qual a sua opinião em relação ao comprimento do


vestido de noiva
3%
9%

22%

57%

9%

Eu só usaria um vestido de noiva com comprimento longo até o chão

Eu prefiro usar um vestido de noiva longo, mas se o modelo me agradar, não impotaria em usar
um vestido com comprimento menor, desde que fosse abaixo dos joelhos
Eu prefiro usar um vestido de noiva longo, mas se o modelo me agradar, não impotaria em usar
um vestido com comprimento menor, independente se ele esteja abaixo ou acima dos joelhos
Eu sempre tive vontade de vasar com um vestido curto e vou fazer isso no meu casamento

Gráfico 8 – Dados coletados na pesquisa de campo – (8ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 8° pergunta: Em relação ao comprimento do traje, a maioria


das entrevistadas demostraram preferência por usar um modelo mais longo até o
chão (56,6%). Contudo, boa parcela delas colocou a possibilidade de se casarem
com um vestido mais curto, sendo ele acima ou abaixo dos joelhos.
Levando em consideração esses resultados, o ateliê apresentará uma
coleção com algumas opções de peças com comprimentos de saias mais curtas,
mas com a maioria dos modelos constituídos por saias mais longas ou até o
65

chão.

9- Considerando que o investimento na compra de um vestido de


noiva acaba sendo alto, ao invés da estrutura de um vestido único,
você acha interessante a ideia de uma marca oferecer peças
separadas que possam ser combinadas de acordo com o seu gosto
para

7%

25%

68%

Sim Não Não tenho opinião sobro o assunto

Gráfico 9 – Dados coletados na pesquisa de campo – (9ª pergunta).


Fonte: Do autor(2016).

Análise da 9ª pergunta: Considerando o alto investimento que muitas


vezes é feito em um vestido de noiva, foi questionado para as entrevistadas se elas
casariam com um vestido com partes independentes, com peças que pudessem ser
desmembradas para serem utilizadas com outras peças do guarda-roupa em
ocasiões diferentes. 67,1% das entrevistadas acharam a possibilidade válida,
concordando em usar um traje desmembrável em sua cerimônia de casamento. Já
25% das entrevistadas afirmaram que não gostariam de uma peça desse tipo,
preferindo mais os modelos convencionais e 7,9% apontou não ter opinião sobre o
assunto.
66

10- Quais as estruturas de vestido de noiva


que mais lhe agrada?
100

80
80
60

53
40

20
24
20 20
5
0

Vestidos bem amplos e armados


Vestidos levemente amplos com volume
Vestidos mais retos e fluidos
Vestidos totalmente ajustados
Vestidos ajustados com volume na parte inferior
Outros

Gráfico 10 – Dados coletados na pesquisa de campo – (10ª pergunta).


Fonte: Do autor (2016).

Análise da 10ª pergunta: Foram apresentadas às entrevistadas


algumas estruturas de vestidos matrimoniais e o mais escolhido entre elas foi a
estrutura de vestido levemente amplo com volume (80%). Essa estrutura vem
ajustada até a linha do quadril e começa a abrir com uma saia em formato “A”,
fazendo um volume na parte inferior da peça. A segunda estrutura mais escolhida foi
a do vestido mais reto e fluido (55%). Essa estrutura segue um shape mais ajustado
ao corpo e a saia desce reta a partir da linha do quadril sem fazer volume. A
estrutura do vestido conhecida como “sereia” (23%), que é o vestido ajustado ao
corpo e com um volume a partir da linha do meio da coxa, foi a terceira opção mais
escolhida entre elas. Os vestidos mais amplos e volumosos (15%) não tiveram uma
aceitação tão grande já que o modelo está caindo em desuso no mercado. Os mais
retos e ajustados (10%) ao corpo tiveram uma rejeição grande, sendo os menos
cotados entre as noivas para o cerimonial.
A partir desses resultados a coleção a ser desenvolvida terá modelos
que apresentarão volumes não muito amplos e modelos mais retos a fim de o gosto
agradar das possíveis clientes da marca.
67

4. DIRECIONAMENTO MERCADOLÓGICO

4.1. EMPRESA

4.1.1. Nome da empresa

O ateliê denomina-se Aneger Couture by José Aneger, de razão social


José Aneger confecção Ltda.

4.1.2 Porte

O SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Pequenas e Micro


empresas (2014); apresenta enquadramentos no que se diz respeito à classificação
dos tipos de empresas ativas em todo o território nacional.

Tabela 2: Classificação do porte das empresas


Tipo de Empresa Discrição
Sociedade Limitada Tem por objetivo o exercício de atividade própria
de empresário sujeito ao registro,
independentemente de seu objeto.
Empresário Individual Exerce em nome próprio atividade empresarial.
Micro Empreendedor Pessoas que trabalham por conta própria e se
Individual legaliza.
Empresa de Porte Empreendimento com faturamento bruto anual
Pequeno (EPP) entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões.
Pequenas Empresas Empresas do sistema Simples (amparada pela
do Simples Nacional LC 123/2006).

Fonte: Site do SEBRAE (2014).

Conforme o SEBRAE (2014), o número de colaboradores que exercem


atividades dentro da empresa, também interfere na hora de agregar o porte à
mesma.
Dentro dessa classificação, é denominada dentro do setor industrial
como microempresa, as empresas que tém até 19 (dezenove) funcionários. As
68

pequenas empresas são as que têm dentro de seu quadro de colaboradores, de 20


(vinte) a 99 (noventa e nove) funcionários.
Ainda de acordo com SEBRAE (2014), para que uma empresa se
denomine de médio porte, dentro de seu quadro de colaboradores deve conter de
100 (cem) a 499 (quatrocentos e noventa e nove) funcionários. No caso de
empresas com o quadro de colaboradores acima de 500 (quinhentos) funcionários, é
denominada empresa de grande porte.
A empresa ficará situada na cidade de Londrina, ao norte do Estado do
Paraná. O ateliê Aneger Couture by José Aneger, se enquadrará como uma
empresa de pequeno porte, por apresentar um quadro de 40 (quarenta)
colaboradores.

4.1.3 Marca

O ateliê Aneger Couture by José Aneger, vem com a proposta de trazer


ao mercado um novo conceito de vestidos de noivas, apresentando em suas
coleções modelos diversificados e diferenciados, para o mercado matrimonial. O
ateliê trará também a opção de venda em escala de espartilhos a serem
encomendados por outros estabelecimentos dentro ou fora do segmento de trajes
para casamentos.
A logomarca (figura 33) criada para a marca apresenta uma tipografia
manuscrita, considerando que a empresa traz uma proposta na aplicação de
trabalhos manuais na concepção de seus modelos. A fonte utilizada na criação da
logomarca foi a ShimesTwo_PERSONAL, por trazer uma tipografia que se adequa à
proposta apresentada.
69

Figura 33 – Logomarca.
Fonte: Do Autor (2016)

4.1.4 Conceito da Marca

O ateliê Aneger Couture by José Aneger vem para atuar no segmento


matrimonial, com a finalidade de atender mulheres que buscam o seu vestido de
casamento, e também muitas empresas, que buscam peças exclusivas e
diferenciadas das que se encontram no mercado atual.
A marca traz como conceito uma proposta de vestuário direcionado às
noivas, apresentando modelos que chamem sua atenção e que esteja de acordo
com seus desejos, realizando assim o seu sonho de usar um vestido exclusivo no
dia de seu matrimônio. A empresa tem como pretensão, apresentar estruturas de
vestidos tradicionais, mas também estruturas independentes, trazendo assim um
versatilidade às peças, podendo ser combinadas com outras peças do vestuário da
cliente, que podem ser usada em outras ocasiões.
A marca traz também a opção para as outras marcas realizarem de
realizar encomendas de estruturas de espartilhos para serem comercializados em
seus estabelecimentos ou lojas.
O ateliê tem como pretensão apresentar ao mercado produtos que
atendam as necessidades das clientes, trazendo tendências para o segmento
matrimonial de dentro e fora do território nacional, mantendo atualizado seu público
com informações.
70

4.1.5 Segmento

O ateliê trabalhará com o público feminino e terá como segmento o


wedding wear e o classic wear, com uma linha de produtos que trazem toda a
elegância e sofisticação que uma noiva deseja, sem deixar os desejos da mesma de
lado.
As peças serão direcionadas para as mulheres que estão à procura de
seu vestido matrimonial.

4.1.6 Distribuição

A distribuição das peças será feita com a comercialização somente no


interior da loja física do ateliê, em que a cliente ira fazer o pedido do produto,
conferindo de todo o processo de confecção e finalização da peça através de
provas.
A entrega dos produtos sob medida será efetuada com um veiculo da
empresa, com um funcionário contratado e registrado na empresa, no local
previamente estipulado pela cliente.
No caso dos pedidos dos espartilhos em larga escala efetuados por
outras empresas ou marcas, as entregas serão feitas através da retirada do produto
no prédio físico do ateliê em questão e feito envio por meio de transportadoras.

4.1.7 Concorrentes (Diretos e Indiretos)

Tratando-se de concorrentes diretos do ateliê Aneger Couture by José


Aneger, os ateliês encontrados que atuam na mesma região em que o ateliê em
questão irá atuar são os seguintes Eliana Sanini Alta Costura, Margareth Carmona,
Sergio Gavioli, Junior Ferrari e Maisa Noivas, que são ateliês que trabalham
exclusivamente com noivas na cidade de Londrina-PR.
Os concorrentes indiretos são os ateliês que trabalham com noivas,
mas não exclusivamente só com esse tipo de produto. Essas empresas também
trabalham com a moda festa em geral, que são marcas como Velluc by Lucilene
Matos, Antonelli Noivas e Festas e Santa Setta localizados na cidade de Londrina-
PR.
71

4.1.8 Sistemas de Vendas

O ateliê Aneger Couture by José Aneger terá como sistema de vendas


somente o sistema direto, que se caracteriza o cliente indo até a loja física fazendo o
pedido e a retirada do produto final.

4.1.9 Pontos de Vendas

O ateliê Aneger Couture by José Aneger terá como ponto de venda


uma loja localizada na cidade de Londrina no norte do Estado do Paraná, em que se
concentrará todos os processos de confecção das peças a serem encomendadas.
A cidade de Londrina foi escolhida, por ser um polo em que se tem
várias feiras destinadas ao segmento matrimonial. O ateliê estará sempre expondo
seus trajes com a finalidade de chamar a atenção das mulheres que buscam o traje
dos sonhos.
O prédio trará um ar mais moderno na arquitetura , com detalhes
rústicos no exterior (figura 34). No interior trará um ar mais clássico e elegante, com
alguns modelos expostos em manequins.
72

Figura 34 – Simulação externa do prédio


Fonte: Adaptado de Tudo Construção (2015).

4.1.10 Preços Praticados

Foi utilizado como parâmetro de avaliação e construção dos preços a


serem praticados no ateliê a pesquisa que foi realizada com as possíveis clientes da
marca em questão. A partir disso foi visto qual o valor que elas estavam dispostas a
gastar em seus vestidos matrimoniais.
Os valores das peças a serem comercializadas dentro do ateliê Aneger
Couture by José Aneger irão variar entre R$1.000,00 a R$1.500,00 para os modelos
mais básicos e com poucos detalhes, e de R$7.000,00 a R$9.000,00 para os
modelos com mais detalhes. Os preços irão depender também do tipo de
complemento e detalhes que a noiva desejar aumentar na peça.
O ateliê Aneger Coutrure br José Aneger trabalhará somente com a
venda de peças matrimoniais. Não haverá aluguel, pois o objetivo é que a noiva faça
o pedido da peça e fique com a ela, evitando o estoque de traje de aluguel na loja.
73

4.1.11 Promoção

A marca Aneger Couture by José Aneger fará promoções no mês de


Maio, que é caracterizado como mês das noivas, em que serão apresentados
descontos de 20% a 50%.
O ateliê fará próximo ao lançamento de sua nova coleção, uma
promoção com os modelos das coleções antigas, com descontos de 40% até 70%. E
para todas as compras com pagamentos efetuados à vista, em dinheiro ou no cartão
de débito, a cliente terá um desconto de 10% em sua compra.

4.1.12 Propaganda e Marketing

Como forma de inserir o nome do ateliê no mercado a marca terá como


foco os eventos destinados ao segmento matrimonial com um estande de exposição
e vendas, em que terá um funcionário registrado da empresa para atender as
clientes que se identificarem com a proposta da marca.
Será lançado também uma página on-line em que terão as principais
informações da marca como, catálogo on-line das coleções lançadas, quem somos,
uma página que trará todas as tendências para o segmento matrimonial, um fale
conosco para tirar dúvidas e também os contatos da empresa e endereço do ateliê.
Será elaborado também um catálogo impresso para ser distribuído nos
eventos em que o ateliê participar. Haverá também propaganda em revistas de
noivas a fim de levar o nome do ateliê para outras cidades e regiões.

4.1.13 Planejamento Visual e Embalagem

O ateliê Aneger Couture by José Aneger, trabalhará com duas opções


de embalagens em sua loja. Uma delas será destinada as noivas que farão compras
de peças sob medida, sendo uma capa com um cabide que poderá ser
personalizado ou não, dependendo do pedido da noiva (figura 35). A capa será
confeccionada com algodão cru em sua parte traseira e na parte frontal será de um
plástico transparente com a logomarca estampada na lateral esquerda. A capa será
fechada por um zíper central, com acabamento em viés do mesmo tecido da parte
traseira.
74

A onde a embalagem será uma caixa (figura 36) usada para as


empresas que fizerem pedidos de espartilhos por atacado. Essa embalagem será
confeccionada em papelão resinado branco com a logomarca estampada na tampa
e na parte frontal da caixa em tinta fosca. As dimensões das caixas serão de acordo
com o tamanho do pedido realizado pelas empresas com o mínimo de dez
espartilhos por pedido.

Figura 35 – Capa (para pedidos sob medida)


Fonte: Do autor (2016)
75

Figura 36 – Caixa (pedidos em atacado)


Fonte: Do autor (2016)
76

4.2 PÚBLICO ALVO

Figura 37 – Publico Alvo


Fonte: M/Trends (2016).

4.2.1 Perfil da Consumidora

Mulheres na faixa etária entre 25 e 32 anos, pertencentes à classe B e


que estejam à procura de seu vestido de noiva. Vaidosas e independentes que se
preocupam com a aparência, estando sempre pronta para os desafios. Procuram um
vestuário sofisticado e elegante para o seu momento mais especial, que é o dia do
seu casamento.
Seu dia a dia é dedicar-se ao trabalho, podendo ele ser dentro e fora
de casa. Têm o habito de fazer atividades físicas como corrida, caminhada, bicicleta
e em alguns casos praticam algum tipo de luta. Para manter a boa forma e a saúde
de seu corpo e mente.
São mulheres que estão antenadas nas tendências de moda e prezam
pela qualidade e conforto em todo o seu vestuário na hora de uma compra. Mulheres
decididas e que sabem o que as tornara belas e elegantes para todos os desafios do
dia.
Apreciam assuntos relacionados à cultura, como artes, teatro, cinema e
uma boa música, sem deixar de lado também assuntos como política e economia.
77

Suas atividades nas horas de lazer envolvem ler, relaxar ouvindo um


boa música, estar acompanhada de seu futuro esposo e sair com os amigos e
familiares para lugares como bares, pub, casa de amigos ou parentes e pequenas
viagens de fim de semana.

4.3 PESQUISA DE TENDÊNCIAS

4.3.1 Macrotendências (Socioculturais)

A WGSN (Word Global Style Network) lançou uma prévia com as


macrotendências de comportamento e de consumo que estarão presente em 2016.

Quadro 4: Macrotendências 2016.


Macrotendência Descrição
É um manifesto contra a rotina acelerada, uma reação à exaustão
tecnológica que a maioria das pessoas vivem. Tem a ver com um
momento de reflexão, introspecção, de voltar e procurar entender os
Elemental
significados olhando para dentro de si. A tendência pede por mais
tranquilidade e observação. Captar a sensibilidade poética das coisas é o
grande ideal deste movimento.
O futuro chegou, o que era fantástico virou realidade. Contemporâneo e
com uma dose de drama. No Remaster há a certeza de que o que era
fantasia pode virar realidade, há um apetite extremo por experiências
Remaster
inusitadas. A nova visão do futuro, caminhos únicos para sintonizar o
antigo e o novo, vislumbrando um mundo que conecta o passado e futuro.
Cobrar-se menos e divertir-se mais, é a corrente dessa macro trend que
tem como proposta trazer o absurdo, o lúdico e o surreal para o dia a dia.
Brincar surge como uma necessidade para desacelerar a mente e aliviar a
Offbeat
sobrecarga de informação que contribui para o stress. O incomum e o
entretenimento começam a integrar elementos da rotina através do espírito
aventureiro do design.
Fonte: Adaptado do site WGSN (2015)
78

4.3.2 Microtendências (Estéticas)

Ainda de acordo com a WGSN, as microtendências a serem


apresentadas nas coleções de inverno 2016 são:

Quadro 5: Microtendências 2016.


Microtendência Descrição
Veio do Couture para o famoso Ready To Wear. Ele contém um senso
nostálgico e de referências históricas, remetendo muito aos estilos do início
New
do século passado.
Romanticism
Seu mood feminino trabalha com silhuetas delicadas, detalhes específicos
como recortes, golas, bordados, e a abundância de tecidos leves, às vezes
drapeados ou em babados.
Trabalha a construção feminina, de formas angulares simples e
complexidade arquitetural, faz a exploração simples de shapes inovadores,
Simplexity
criando formas inusitadas através de recortes dinâmicos, sobreposições e
drapeados. Alguns exemplos são o salto quadrado e o bico fino dos sapatos.
Fonte: Adaptado do site WGSN (2015)

4.4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

4.4.1 Delimitação Projetual

De acordo com Löbach (2001, p. 55), os produtos de design podem ser


classificados, basicamente, em três tipos de categorias, cuja as funções se
subdividem em valores “práticos”, “estéticos” e “simbólicos”.
Dentro da proposta para o desenvolvimento do projeto de coleção de
vestuários com foco em noivas, que é estabelecida nesse estudo, a delimitação
projetual contempla os valores estético-simbólicos.
As funções estético-simbólicas a serem apresentadas nesse trabalho
serão:
- A utilização de shapes variados, com a finalidade de realçar as curvas
do corpo da mulher deixando-a com a cintura mais afinada, ressaltando seu busto e
quadril e os delineando, além de deixar o corpo feminino mais ereto.
79

- A aplicação de rendas e bordados nas peças, com a finalidade de


valorizar o vestuário e oferecer um visual mais delicado e elegante.
- Uso de matérias-primas e cores dentro das últimas tendências de
moda, tendo também a preocupação de se pensar em peças direcionadas às noivas
no mercado de moda.

4.4.2 Especificações do Projeto

4.4.2.1 Conceito da coleção

O conceito da coleção 2016 do Aneger Couture by José Aneger é o


poder delicado e sensível que a mulher é capaz de transpor aos olhos de todos.
Essa capacidade se materializa nas formas delicadas de sua silhueta e
a feminilidade envolvente nas cores que traz a coleção.
O ar feminino dos bordados e rendas, as delicadas aplicações trazem
para a coleção a elegância e a exuberância que enaltece o sonho de cada mulher
que deseja um laço familiar.

4.4.2.2 Nome da coleção

O nome da coleção a ser apresentada pelo ateliê Aneger Couture by


José Aneger, para o ano de 2016 se denomina “Belle Femme”, trazendo o
significado de bela mulher.
O nome Belle Femme traz com sigo todo o desejo de como a mulher
quer estar no seu grande dia. Partindo desse desejo que a coleção 2016 virá com
toda a determinação deixar as mulheres belas e formosas no seu grande dia.

4.4.2.3 Referência da coleção

Serão produzidas com delicadeza e a sensibilidade da mulher as


formas da natureza, que é a inspiração para a coleção Belle Femme 2016.
Nos espartilhos haverá a sensação da rigidez da madeira, com o toque
delicado de uma orquídea, grandes saias trarão a leveza e a delicadeza das
80

borboletas, enquanto que outras terão a sutileza de um lírio ao desabrochar em uma


manhã de domingo.
Os detalhes nas peças serão inspirados nas mais singelas
particularidades que a natureza nos apresente. Os bordados trarão o sutil brilho de
uma gota de orvalho assim que amanhece o dia. As rendas trarão o toque delicado
de uma rosa branca e nas aplicações haverá delicadas pérolas ao centro de flores
de tecido como o desabrochar de uma bela violeta branca com suaves nuances de
cor.
Assim, pode-se traduzir a coleção Belle Femme 2016 como a
representação da feminilidade da natureza que há em toda mulher contemporânea.

4.4.2.4 Cores

A coleção Belle Femme traz em sua cartela de cores, as cores mais


tradicionais do segmento de noiva. A coleção traz a delicadeza e a sensualidade do
branco, como os tecidos mais rígidos como nos mais leves.
Com um toque mais moderno e sensível a coleção traz tons puxado
para o bege mais suave e elegante.

4.4.2.5 Materiais

Dentre os materiais estão os diversos tipos de cetim, sendo eles o


cetim light – que apresenta um toque mais leve e delicado; o cetim duchesse – com
uma gramatura mais firme e um leve brilho em sua superfície; cetim de noiva – que
apresenta uma gramatura mais elevada que dará sustentação e forma ao espartilho.
Além desses haverá também o voal – que trará para a coleção um
movimento mais leve; o jaquard – que aparecerá reforçando a presênça da
referencia da coleção, com seus arabescos e flores que só poderão ser vistos contra
a luz.
Para trazer um toque mais rústico mas sem perder a delicadeza de
toda a coleção, o gripir 100% algodão trará a exuberância juntamente com os
bordados de pedrarias que por sua vez irá trazer o seu delicado brilho nas peças.
81

4.4.2.6 Formas e estruturas (shapes)

A coleção Belle Femme apostará no estilo clean e clássico, em


conformidade com detalhes na linha moderna e sofisticada.
A marca trabalhará com shapes de corpos femininos variados, como o
ampulheta, triangulo invertido, pera, reto e oval, buscando sempre realçar a silhueta,
busto e quadril, mostrando assim a feminilidade da mulher.

Figura 38 – Tipos de shapes


Fonte: Adaptado de Coquetel Fashion (2016).

4.4.2.7 Tecnologias

As tecnologias a serem utilizadas no interior do ateliê Aneger Couture


by José Aneger para a produção das peças da coleção se consistirá nas máquinas
industriais que normalmente se tem nos estabelecimentos de confecção, que são as
máquinas retas, overloque e a prensa.
No processo de criação e desenvolvimento da coleção serão utilizados
softwares gráficos como o Corel Draw e o Illustrator, para os desenvolvimentos dos
desenhos e das fichas técnicas.
82

Dentro do campo da modelagem, o ateliê utilizará a modelagem plana


– feita no papel – e também a modelagem tridimensional – feita no manequim de
moulage – para a confecção de suas peças.

4.4.2.8 Mix da coleção

Tabela6: Mix da coleção.


Coleção Belle Femme
Produto Básico Fashion Vanguarda Total
Corset 7 6 7 20
Saia 5 0 0 5
25
Fonte: Do autor (2016)
83

4.5 PAINEL SEMÂNTICO

Figura 39 - Painel Semântico


Fonte: Adaptado de Borboleta Brilhante (2016)
84

4.6 CARTELA DE CORES


85

4.7 CARTELA DE MATERIAIS


86

4.8 CARTELA DE AVIAMENTOS


87

4.9 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS: CROQUIS

Figura 40: Look 1


Fonte: Do autor (2016)
88

Figura 41: Look 2


Fonte: Do autor (2016)
89

Figura 42: Look 3


Fonte: Do autor (2016)
90

Figura 43: Look 4


Fonte: Do autor (2016)
91

Figura 44: Look 5


Fonte: Do autor (2016)
92

Figura 45: Look 6


Fonte: Do autor
93

Figura 46: Look 7


Fonte: Do autor
94

Figura 47: Look 8


Fonte: Do autor
95

Figura 48: Look 9


Fonte: Do autor
96

Figura 49: Look 10


Fonte: Do autor
97

Figura 50: Look 11


Fonte: Do autor
98

Figura 51: Look 12


Fonte: Do autor
99

Figura 52: Look 13


Fonte: Do autor
100

Figura 53: Look 14


Fonte: Do autor
101

Figura 54: Look 15


Fonte: Do autor
102

Figura 55:Look 16
Fonte: Do autor
103

Figura 56: Look 17


Fonte: Do autor
104

Figura 57: Look 18


Fonte: Do autor
105

Figura 58: Look 19


Fonte: Do autor
106

Figura 59: Look 20


Fonte: Do autor
107

Figura 60: Look 21


Fonte: Do autor
108

Figura 61: Look 22


Fonte: Do autor
109

Figura 62: Look 23


Fonte: Do autor
110

Figura 63: Look 24


Fonte: Do autor
111

Figura 64: Look 25


Fonte: Do autor
112

4.10 ANÁLISE E SELEÇÃO JUSTIFICADA DAS ALTERNATIVAS

Look 01

Corset confeccionado no cetim bucol, com aplicação de renda até os


ombros, com uma saia saindo da cintura em comprimento longo com uma leve
cauda na parte traseira.
113

Look 2

Corset confeccionado no cetim duchesse, com bordado de pedras em


arabescos, saia forrada com cetim charmuse com dois godês de voal com calda.
114

Look 03

Corset confeccionado no cetim bucol, com aplicação de renda nos


ombros e na base do corset, com uma saia saindo da cintura em comprimento
longo com uma leve cauda na parte traseira de cetim com strech e forrada com
cetim charmuse.
115

Look 04

Corset confeccionado no jaquard com aplicação de paetê e cristais,


saia com forro de cetim strech e 5 godês de voal sendo 2 com calda.
116

Look 05

Corset confeccionado no cetim bucol com aplicação de flores


tridimensionais com uma perola ao centro de cada flor, saia forrada com cetim bucol
com uma camada de voal formando ondas na lateral.
117

Look 06

Corcet confeccionado no cetim bucol com bordados nas laterais em


arabescos, saia sereia no cetim bucol forrada com cetim strech.
118

Look 07

Corset confeccionado no cetim duchese, com aplicações de rendas


nas laterais e na parte superior da peça indo até o pescoço. Bordado também nas
laterais com canutilhos formando um xadrez, saia também no cetim duchese com
forro de cetim strech.
119

Look 08

Corset confeccionado no cetim duchese, com aplicações de rendas nas


laterais e costas. Bordado também nas laterais e costas com canutilhos formando
um xadrez, saia também no cetim duchese com forro de cetim strech.
120

Look 09

Corset confeccionado no cetim bucol, com aplicações de drapeados no


voal. Saia reta cetim duchese com forro de cetim strech.
121

Look 10

Corset confeccionado no cetim bucol, com aplicações de renda no decote


ombro a ombro e faixa de voal na parte inferior da peça. Saia reta cetim bucol com
forro de cetim strech.
122

Look 11

Corset confeccionado no cetim bucol, com decote até o pé do pescoço e


cinto com laço Chanel. Saia godê com forro de cetim strech.
123

Look 12

Corset confeccionado no cetim bucol com recorte pespontado na frente da


peça e com aplicação de renta nos ombros e nas costas formando uma moldura.
Saia evaze com forro de cetim strech.
124

4.11 FICHAS TÉCNICAS DOS LOOKS CONFECCIONADOS

Figura 65 - Ficha Técnica corset 1 (folha1)


Fonte: Do autor (2016)
125

Figura 66 - Ficha Técnica corset 1 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
126

Figura 67 - Ficha Técnica corset 1 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
127

Figura 68 - Ficha Técnica saia 1 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
128

Figura 69 - Ficha Técnica saia 1 (folha 2)


Fonte: do autor (2016)
129

Figura 70 - Ficha Técnica saia 1 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
130

Figura 71 - Ficha Técnica saia 1 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
131

Figura 72 - Ficha Técnica corset 2 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
132

Figura 73 - Ficha Técnica corset 2 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
133

Figura 74 - Ficha Técnica corset 2 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
134

Figura 75 - Ficha Técnica corset 2 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
135

Figura 76- Ficha Técnica saia 2 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
136

Figura 77 - Ficha Técnica saia 2 (folga 2)


Fonte: Do autor (2016)
137

Figura 78 - Ficha Técnica saia 2 (folha 3)


Fonte: Do autor
138

Figura 79 - Ficha Técnica saia 2 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
139

Figura 80 - Ficha Técnica corset 3 (folha 1)


Fonte: Do autor
140

Figura 81 - Ficha Técnica corset 3 (folha 2)


Onte Do autor (2016)
141

Figura 82 - Ficha Técnica corset 3 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
142

Figura 83 - Ficha Técnica saia 3 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
143

Figura 84 - Ficha Técnica saia 3 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
144

Figura 85 - Ficha Técnica saia 3 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
145

Figura 86 - Ficha Técnica saia 3 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
146

Figura 87 - Ficha Técnica corset 4 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
147

Figura 88 - Ficha Técnica corset 4 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
148

Figura 89 - Ficha Técnica corset 4 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
149

Figura 90 - Ficha Técnica corset 4 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
150

Figura 91 - Ficha Técnica saia 4 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
151

Figura 92 - Ficha Técnica saia 4 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
152

Figura 93 - Ficha Técnica saia 4 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
153

Figura 94 - Ficha Técnica saia 4 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
154

Figura 95 - Ficha Técnica corset 5 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
155

Figura 96 - Ficha Técnica corset 5 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
156

Figura 97 - Ficha Técnica corset 5 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
157

Figura 98 - Ficha Técnica corset 5 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
158

Figura 99 - Ficha Técnica saia 5 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
159

Figura 100 - Ficha Técnica saia 5 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
160

Figura 101 - Ficha Técnica saia 5 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
161

Figura 102 - Ficha Técnica saia 5 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
162

Figura 103 - Ficha Técnica corset 6 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
163

Figura 104 - Ficha Técnica corset 6 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
164

Figura 105 - Ficha Técnica corset 6 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
165

Figura 106 - Ficha Técnica corset 6 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
166

Figura 107 - Ficha Técnica saia 6 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
167

Figura 108 - Ficha Técnica saia 6 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
168

Figura 109 - Ficha Técnica saia 6 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
169

Figura 110 - Ficha Técnica saia 6 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
170

Figura 111 - Ficha Técnica corset 7 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
171

Figura 112 - Ficha Técnica corset 7 (folha 2)


Fonte: Do autor ( 2016)
172

Figura 113 - Ficha Técnica corset 7 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
173

Figura 114 - Ficha Técnica saia 7 (folha 1)


Fonte: Do autor (2016)
174

Figura 115 - Ficha Técnica saia 7 (folha 2)


Fonte: Do autor (2016)
175

Figura 116 - Ficha Técnica saia 7 (folha 3)


Fonte: Do autor (2016)
176

Figura 117 - Ficha Técnica saia 7 (folha 4)


Fonte: Do autor (2016)
177

4.12 PRANCHAS VISUAIS DOS LOOKS CONFECCIONADOS

Figura 118 - Prancha rígida 01 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 119 - Prancha rígida 01 (costas)


Fonte: Do autor (2016)
178

Figura 120 - Prancha rígida 02 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 121 - Prancha rígida 02 (coatas)


Fonte: Do autor (2016)
179

Figura 122 - Prancha rígida 03 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 123 - Prancha rígida 03 (costas)


Fonte: Do autor (2016)
180

Figura 124 - Prancha rígida 04 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 125 - Prancha rígida 03 (costas)


Fonte: Do autor (2016)
181

Figura 126 - Prancha rígida 05 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 127 - Prancha rígida 05 (coatas)


Fonte: Do autor (2019)
182

Figura 128 - Prancha rígida 06 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 129 - Prancha rígida 06 (coatas)


Fonte: Do autor (2016)
183

Figura 130 - Prancha rígida 07 (frente)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 131 - Prancha rígida 07 (coatas)


Fonte: Do autor (2016)
184

4.13 LOOKS CONFECCIONADOS

Figura 132 - Look confeccionado 01


Fonte: Do autor (2016)

Figura 133 - Look confeccionado 02


Fonte: Do autor (2016)
185

Figura 134 - Look confeccionado 03


Fonte: Do autor (2016)

Figura 135 - Look confeccionado 04


Fonte: Do autor (2016)
186

Figura 136 - Look confeccionado 05


Fonte: Do autor (2016)

Figura 137 - Look confeccionado 06


Fonte: Do autor (2016)
187

Figura 138 - Look confeccionado 07


Fonte: Do autor (2016)
188

5 DOSSIÊ ELETRÔNICO (SITE)

A página inicial contêm blocos em que trará acesso a todas as outras


páginas do site. Ao fim da página terá o agende seu horário para atendimento.

Figura 139 - Pagina inicial do Site Aneger Couture


Fonte: Do autor (2016)

Figura 140 - Pagina inicial do Site Aneger Couture (2)


Fonte: Do autor (2016)
189

Figura 141 - Pagina inicial do Site Aneger Couture (3)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 142 - Pagina inicial do Site Aneger Couture (4)


Fonte: Do autor (2016)
190

Figura 143 - Pagina inicial do Site Aneger Couture (5)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 144 - Pagina Coleção do Site Aneger Couture


Fonte: Do autor (2016)
191

Figura 145 - Pagina Tendências Mundiais do Site Aneger Couture


Fonte: Do autor (2016)

Figura 146 - Pagina Sobre Nós do Site Aneger Couture


Fonte: Do autor (2016)
192

Figura 147 - Pagina Sobre Nós do Site Aneger Couture (2)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 148 - Pagina Sobre Nós do Site Aneger Couture (3)


Fonte: Do autor (2016)
193

6 PLANEJAMENTO DO CATÁLOGO

A capa de folha de papel craft com gramatura 120g, com a logo da


marca com as páginas unidas por uma amarração que ficara aparente. A segunda
folha será no papel gramatura 120g fosca, em que apresentará o nome da coleção e
o ano de lançamento. Nas páginas restantes terão as fotos da coleção.

Figura 149 - Capa do catalogo


Fonte: Do autor (2016)

Figura 150 - Contra capa do catalogo


Fonte: Do autor (2016)
194

Figura 151 - visão do catalogo aberto fotos


Fonte: Do autor (2016)

Figura 152 - Visão do catalogo aberto fotos (2)


Fonte: Do autor (2016)

Figura 153 - Visão do catalogo aberto fotos (3)


Fonte: Do autor (2016)
195

Figura 154 - Visão do catalogo aberto fotos (4)


Fonte: Do autor(2016)

Figura 155 - Visão do catalogo aberto fotos (5)


Fonte Do autor (2016)
196

7 PLANEJAMENTO DO DESFILE

7.1 MEKE-UP e HAIR

As modelos, conforme o conceito da coleção, estarão maquiadas com


uma maquiagem básica e suave, com apena a boca com uma cor mais forte, com a
finalidade de valorizar as roupas a serem apresentadas.
Os cabelos estarão com coques que irão variar de altura e formato, e
todas as modelos estarão com um adereço de cabelo.

Figura 156 - Maquigem e Cabelo


Fonte: Do autor (2016)
197

7.2 TRILHA SONORA

A trilha a ser usada para o desfile será uma trilha com uma batida mais
lenta e calma. Irá ser uma sequência de duas músicas. A primeira música a dar
inicio ao desfile será a musica Lullabies, da cantora Yuna. A primeira modelo entrará
aos 20 segundos da música dando inicio ao desfile. A segunda música a ser tocada
já com as modelos desfilando será Photograph, do cantor Ed Sheeran, que também
traz uma batida lenta e calma.

7.3 SEQUÊNCIA DO DESFILE

Corset com renda de gola careca e saia em evazê, corset com bordado
assimétrico e saia de voal com cauda, corset ombro a ombro com aplicação de
renda e saia de cetim strech, corset de jaquard e saia de voal com cauda, corset
com aplicação de flores 3D e saia com detalhes no voal, corset com bordados nas
laterais e saia sereia com cauda, corset com aplicação de renda até o pescoço e
bordados laterais e saia sereia com pregas.
198

1 2 3

4 5 6

7
Figura 157 - Sequência de entrada para o desfile
199

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo desse trabalho foi possível observar importância do traje


matrimonial para as mulheres. Uma vez que poucas marcas no mercado trazem
constantemente novidades para o segmento, e tenham a preocupação de saber o
que a sua cliente realmente gostaria de usar no dia de seu casamento, isso
demonstra um forte nicho de mercado que pode ser explorado.
As pesquisas acadêmicas ajudaram também a encontrar uma forma de
o tão sonhado traje se adequar ao gosto da cliente como também trabalhar dentro
do Trabalho de Conclusão de Curso a possível ideia de se produzir tais peças de
forma que sejam independentes para que a noiva possa usar seu traje com outras
peças do vestuário e em outras ocasiões, além do dia do seu casamento.
A partir das pesquisas acadêmicas foi possível materializar a teoria em
uma coleção de vestuários matrimoniais, que na medida do possível buscam
introduzir valores estéticos e funcionais que possam atender as necessidades do
púbico estudado.
200

REFERÊNCIAS

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205

APENDICES
206

QUESTIONÁRIO PARA PÚBLICO ALVO

Idade Renda Média Mensal

1. Qual o meio que você costuma consultar mais para buscar inspirações na escolha de um
vestido de noiva?
( ) Revistas ( ) Catálogos ( ) Internet ( ) Opinião dos familiares e das amigas
( ) Outros: _______________

2. Você acredita que as tendências de moda irão lhe influenciar na escolha do seu vestido
de noiva?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião sobre o assunto

3. Qual o valor médio que você estaria disposta a gastar na compra de um vestido de noiva?
( ) Até R$ 1.000,00 ( ) Entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00
( ) Entre R$ 3.000,00 e R$ 5.000,00 ( ) Entre R$ 5.000,00 e R$ 8.000,00
( ) Acima de R$ 8.000,00

4. Você considera que os modelos de vestidos de noiva oferecidos pelos ateliês ou lojas
especializadas vão de encontro com as suas necessidades?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião sobre o assunto

5. Você acha que as opções de modelos de vestidos de noiva oferecidos no mercado


poderiam ser mais diversificadas?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião sobre o assunto

6. Qual a sua opinião quanto ao uso de cores nos vestidos de noiva?

Obs.: As imagens são meramente ilustrativas

( ) Acho bem interessante, porém não usaria um vestido com cor para me casar
( ) Acho muito original, e se o tom me agradar, usaria um vestido com cor sem problemas
( ) Acho extremamente estranho, jamais usaria um vestido com cor no meu casamento
( ) Não tenho opinião sobre o assunto.
207

7. Que tipo de acabamentos você mais aprecia para serem aplicados em um vestido de
noiva? (Pode assinalar mais de uma alternativa)

( ) Bordados com pedrarias ( ) Bordados com linhas

( ) Bordados mistos – pedrarias e linhas ( ) Aplicações com rendas naturais

( ) Outros: _______________

( ) Aplicações com rendas bordadas Obs.: As imagens são meramente ilustrativas

8. Qual a sua opinião em relação ao comprimento do vestido de noiva?


Obs.: As imagens são meramente ilustrativas
208

( ) Eu só usaria um vestido de noiva com o comprimento longo até o chão


( ) Eu prefiro usar um vestido de noiva longo, mas se o modelo me agradar, não importaria
em usar um vestido com comprimento menor, desde que fosse abaixo dos joelhos
( ) Eu prefiro usar um vestido de noiva longo, mas se o modelo me agradar, não importaria
em usar um vestido com comprimento menor, independente se ele esteja abaixo ou acima
dos joelhos
( ) Eu sempre tive vontade de casar com um vestido curto e vou fazer isso no meu
casamento
( ) Não tenho opinião sobre o assunto

9. Considerando que o investimento na compra de um vestido de noiva acaba sendo alto, ao


invés da estrutura de um vestido único, você acha interessante a ideia de uma marca
oferecer peças separadas que possam ser combinadas de acordo com o seu gosto para a
composição do seu vestido de noiva e que, posteriormente após o seu casamento, haja a
possibilidade dessas peças serem usadas com outros vestuários do seu guarda-roupa para
você aproveitar mais o uso do seu traje matrimonial?

Obs.: As imagens são meramente ilustrativas

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião sobre o assunto


209

10.Quais as estruturas de vestido de noiva que mais lhe agrada?


(Pode assinalar mais de uma alternativa)

( ) Vestidos bem amplos e armados ( ) Vestidos levemente amplos com volume

( ) Vestidos mais retos e fluídos ( ) Vestidos totalmente ajustados

( ) Outros: _______________

( ) Vestidos ajustados com volume Obs.: As imagens são meramente ilustrativas


na parte inferior

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