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D r.

Jam es D o b so n

!U U n ,y ^

Ç^j/morp a r a t o d a a

C o m o C o n s t r u ir u m
C asam e n to D u r ad o u r o
:Êm mkf..
M L :z

Isto Está ao Seu Alcance !

beleza de um conto de fadas está no seu final feliz!


Este é o sonho de toda moça e a esperança de todo
jovem casal... que o amor nunca acabe.

Em uma sociedade divorcista, cheia de casamentos frustrados,


homens e mulheres têm, cada vez mais, dificuldades em
permanecer firmes. Contudo, a esperança continua. Um
Amor Para Toda a Vida, livro do Dr. James Dobson, que
obteve o mais alto prêmio literário nos Estados Unidos,
continua ajudando os casais a descobrir e a aplicar os
princípios divinos para um casamento de sucesso.

Se você noivou recentemente, tem poucos dias de casado ou


já beira o décimo aniversário de casamento, descobrirá neste
livro as orientações que ajudarão seu casamento resistir à
prova do tempo.

A realidade pode ser muito mais poderosa que os contos de


fadas. Embora o casamento nem sempre seja um mar de
rosas, Deus pode ajudá-lo a cultivar o amor duradouro, aquele
amor que dura para toda a vida!

A lg u n s so n h o s, d e fato ,

SE TORNAM REALIDADE.
Dr. James Dobson é, sem dúvida, a
maior autoridade norte-americana
sobre famílià. Em seu livro “Um Amor
Para Toda a Vida” ele aborda uma
variedade de temas como: preparação
para o casamento, as diferenças entre
o homem e a mulher, vida espiritual,
compromisso, comunicação, finanças,
relacionamento sexual, etc.
Dobson enfatiza a importância de se
construir um relacionamento conjugal
baseado na Rocha Eterna, que é Jesus
Cristo, e em Sua Palavra, a Bíblia,
como única forma de enfrentar as
tempestades que surgirem na vida
conjugal.
Em minha biblioteca pessoal possuo
todas as obras do Dr. Dobson. Ele é
um profeta dos dias atuais, no qual se
refere à família.
Recomendo, portanto, a leitura de
“Um Amor Para Toda a Vida”, sua mais
recente publicação, que certamente
desafiará e enriquecerá sua vida e seu
relacionamento conjugal.
Se você está com a data de casamento
marcada, pensando em casar com seu
atual namorado ou vivendo os
primeiros anos de vida matrimonial,
seria bom responder algumas perguntas
francas e diretas: Quando for escrita a
história de sua família, o que constará
nos registros? Você vai cultivar um
casamento íntimo ou caminhará pela
vida, em direção a um processo de
divórcio, com as terríveis conseqüências
de divisão de bens, batalhas pela
custódia dos filhos, e sonhos desfeitos?
Como você vai resolver suas diferenças
com seu futuro cônjuge?

Este livro tem como enfoque primordial


os princípios e conceitos que o ajudarão
a colocar um escudo sobre o casamento,
equipando-o para que dure toda a vida.
Algumas dessas informações vêm de
casais que têm experimentado um
matrimônio feliz por trinta, quarenta
ou cinqüenta anos e por isso
conquistaram o direito de nos
aconselhar e ajudar. Examinaremos
também as principais armadilhas que
costumam minar um relacionamento,
oferecendo conselhos sobre como
evitá-las. Finalmente, é claro,
confiaremos nos princípios endossados
pelo próprio Criador das famílias.

Você poderá construir um relaciona­


mento estável, que resistirá às dificul­
dades comuns ao casamento nos dias
de hoje. Ainda vale à pena sonhar em
ser feliz por toda a vida com a pessoa
que você ama.

Jam es Dobson épsicólogo e conselheiro


fam iliar há mais de 25 anos, além de
fim dador da Focus on the Family, uma
organização que se dedica ao apoio e
preservação de lares e famílias por todo
o mundo.
p a r a
or
t o d a a

tép id a
fecw - áu a CA>laA<y)íC6çã(> ■v-ali-oi-a* n a
ccmoe^yçuo- e

c/ ú a cã o - cleá-íe I m w o .
Dr. James Dobson
UM AM OR PARA TODA A VIDA!
1987, 1993 por Jam es C . Dobson
Im presso o rigin alm en te nos Estados U nidos por M u ltn o m ah Books
Sisters, O regon
T ítu lo O rigin al no inglês: Love For a Lifetim e

Tradução de:
Pr. João A. de Souza Filho
Revisão de:
Eliseu e Irene Pereira, Flávia de A breu Lam ounier
C orreção de:
Luciana M o tta C unh a de O liveira
D iagram ação de:
H enrique N ogueira
C ap a de:
M arcos L im a <

Todos os direitos reservados à E ditora A tos Ltda. N en h u m a p arte deste livro


poderá ser reproduzida, arqu iv ad a ou tran sm itid a por qu alq uer m eio —eletrônico,
m ecânico, fotocópia, etc - sem a devida perm issão dos editores, podendo ser usada
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Para qu alq uer inform ação, escreva para:


E ditora Atos Ltda.
C aixa Postal, 40 2
3 0 .1 6 1 -9 7 0 - Belo H orizonte - M C
Televendas: 0 8 0 0 -3 1 5 5 8 0
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à á fo m ^ ie á J a tle á d a , vû / a .
[gum tempo atrás, passando
rapidamente pelos canais de nossa
televisão, fiquei olhando momenta­
neamente um sh ow de auditório
com brin cadeiras entre jovens
recém-casados. Foi a pior coisa que
fiz. O apresentador, maliciosamente,
apresentou uma série de perguntas bobas a um grupo de mulheres insossas
cujos maridos “estavam atrás do palco, trancados numa cabine à prova de
som.” O desafio era fazer com que as mulheres adivinhassem a resposta dos
maridos e as perguntas eram mais ou menos assim:

“Onde foi que seu marido viu você totalmente nua pela primeira vez?”

“Se você algum dia se separasse do seu marido, ou vice-versa, qual dos
amigos dele seria o primeiro a lhe dar uma cantada?”

“Como você descreveria a primeira vez que você e seu marido fizeram
amor usando estes termos apresentados na televisão: Estréia, reprise,
cancelado?”

“Qual seria o último lugar onde, se pudesse, você faria amor?”

Sem hesitar elas gritavam respostas francas a estas e outras perguntas


íntimas. Achei que não deveria estar assistindo àquilo e, de fato, pessoas de
9
gerações passadas ficariam enrubescidas e pasmas diante de tanta franqueza.
Mas o apresentador era ousado e perguntou o seguinte àquelas mulheres:
“Que tipo de inseto o seu marido lembra a você na hora de fazer amor?”
Se você acha que esta foi uma pergunta ridícula, imagine a resposta dada
por uma daquelas participantes. Ela respondeu: “Um urso.” Quando seu
marido descobriu que sua mulher não sabia a diferença entre um inseto e
um mamífero, bateu-lhe na cabeça com seu cartão de respostas, ao que ela
exclamou: “Oh! Eu não sabia!”

Alguns minutos depois foram os homens que tiveram a oportunidade


de humilhar suas esposas. Eles aproveitaram! Entre algumas das questões
cujo objetivo era o de provocar hostilidade entre os sexos, eles tinham que
completar a frase: “Você não sabe o que é feio até ver o (a )....................................
de minha mulher.” As esposas chegavam a se contorcer enquanto seus
maridos se divertiam e se contorciam de tanto rir, à medida que descreviam
as deficiências anatômicas de suas esposas para milhões de telespectadores.
Que humor revoltante! Durante todo o programa, homens e mulheres
batiam com os cartões de respostas na cabeça uns dos outros, dizendo:
“Burro!” Não agüentei mais assistir ao programa.

Dizem que os programas de televisão refletem os valores amplamente


aceitos pela sociedade a qual ela se propõe servir. Nesse caso, se isto for
verdade, que Deus nos ajude! As respostas impulsivas dos recém-casados
mostraram o quanto eram imaturos, egoístas, hostis, vulneráveis e quão
inadequados se sentiam. Esses são os ingredientes principais da instabilidade
no casamento e, com muita freqüência, do próprio divórcio. Um exército
de ex-maridos e de ex-esposas desiludidos podem confirmar amplamente
esse fato.

De cada dez casamentos realizados nos Estados Unidos, cinco


terminarão em discórdia e divórcio. Isto é uma tragédia... mas já pensou o
que acontece com os outros cinco casamentos? Será que todos navegam
por águas tranqüilas? É difícil acreditar! O psicólogo clínico Neil Warren,
que participou de meu programa radiofônico Focus on the Fam ily (De Valor
Para a Família)-, diz que os cinco casais restantes permanecerão juntos pelo
resto da vida, vivendo em diferentes níveis de desarmonia conjugal. Ele
citou a pesquisa feita pelo Dr. John Cuber, cujas descobertas foram
publicadas no livro The InsignificantA m ericans (Americanos de Expressão).
Cuber descobriu que alguns casais permanecerão juntos por causa dos
filhos, enquanto outros apenas suportarão um ao outro, num casamento
apático e sem sentido. E difícil acreditar, mas apenas um ou dois entre dez
casamentos conseguirão chegar ao que se pode chamar de “intimidade”
no relacionamento.

Quando usa a expressão intim idade, Neil Warren está se referindo


ao vínculo místico de amizade, compromisso e entendimento, que é um
desafio a qualquer tipo de explicação. Isso ocorre quando um homem e
uma mulher, sendo seres completamente diferentes um do outro, são
fundidos numa só unidade, a qual a Bíblia chama de “uma só carne.”
Estou convencido de que o espírito humano almeja esse tipo de amor
incondicional e quando não o consegue experimenta algo como uma “fome
de alma.” Estou também certo de que a maioria dos casais alm eja encontrar
essa intimidade no casamento, mas, de alguma forma, não a alcança.

Se vocês estão com a data de casamento marcada ou vivendo os


primeiros anos de vida matrimonial, quero fazer-lhes algumas perguntas
francas e diretas: Quando for escrita a história de sua família, o que constará
nos registros? Vocês cultivarão um casamento íntimo ou caminharão pela
vida, em direção a um processo de divórcio, com as terríveis conseqüências
de divisão de bens, batalhas pela custódia dos filhos e sonhos desfeitos?
Como vocês resolverão as diferenças? Felizmente vocês não são meras vítimas
passivas de um drama em desenvolvimento da vida em comum. Vocês
p o d erã o construir um relacionamento estável, que resistirá às tempestades
da vida. Tudo que é necessário é desejar fazê-lo ... e um pouco de ajuda e
aconselhamento.

Q^tiãmldacíe-,,,
o utnm/o- múlie-o cie trmmae/e,
cor<t/?ms<p e euíè-n^me-M/b-.
Este livro foi escrito para fornecer a orientação necessária e é dirigido
especificamente a adultos solteiros, noivos e àqueles casais que ainda não
celebraram o décimo aniversário de casamento. Ele tem como enfoque
primordial os princípios e conceitos que ajudarão a colocar um escudo
sobre o casamento, equipando-o para que dure toda a vida. Algumas dessas
informações vêm de casais que têm experimentado um matrimônio feliz
por trinta, quarenta ou cinqüenta anos. Eles conquistaram o direito de
nos advertir. Examinaremos tam bém as principais arm adilhas que
costumam minar um relacionamento, oferecendo conselhos sobre como
evitá-las. Finalmente, é claro, confiaremos nos princípios endossados pelo
próprio Criador das famílias. Estou plenamente certo de que, dentre todos,
este é o melhor conselho.

Já podemos começar, não é mesmo? A melhor época de lançar o


fundamento de um casamento sólido é nos primeiros anos de vida conjugal.
Para começar, espero que você esqueça tudo o que tem visto nos vídeoshows
para recém-casados. A menos, é claro, que você queira nos contar sobre a
última vez em que, se pudesse, teria batido na cabeça de seu cônjuge com
uma frigideira. Saiam da frente, apresentadores de TV. Eu também sei
fazer perguntas bobas!
c le u rn .

s
e

/m a m X ew c/ A o a I w m c d ie w to ti

{ w U eti d e c a A a w . . .
'o o n o ui/ a'/ K & WjfO/.m
’ o cie 'u a

aquela história de um jovem


que estava apaixonado por uma
linda moça. Antes de pedi-la em
casamento, ele a levou à sua casa para
que sua mãe a conhecesse. A mãe
do rapaz não gostou da m oça,
recusando-se a abençoar a união dos
dois. Isso aconteceu três outras vezes; sua mae nunca aprovava o tipo de
moça que ele escolhia, deixando o rapaz irritado. Por fim, já desesperado, ele
encontrou uma garota que era incrivelmente parecida com sua mãe. Eram
parecidos no andar, no falar, até na aparência. É claro qu e m inha m ae vai
aprovar a escolha, pensou o rapaz. Com grande expectativa, ele levou essa
nova amiga para que sua mãe conhecesse... e, é claro, seu p a i a odiou!

Este jovem, por certo, tinha um grande problema a ser resolvido;


mas ele não é o único na história. Encontrar a pessoa certa que deverá ser
amada para sempre é o maior desafio da vida. Quando você encontra uma
pessoa saudável, leal, madura, disciplinada, inteligente, motivada, casta,
gentil, atraente, piedosa e desprovida de egoísmo, você já estará cansado
demais para se preocupar. Além do mais, en con tra r a Srta. Maravilha ou o
Sr. Bonitão é apenas metade da tarefa, já que fazer tal pessoa interessar-se
por v o cê é outra história.

As dificuldades em identificar e atrair o companheiro certo são


ilustradas de forma gráfica pelas estatísticas atuais de lares desfeitos. No
momento em que escrevo, as estatísticas dizem que há 1,2 milhões de
divórcios nos Estados Unidos por ano. Que tragédia! A média de duração
desses lares' arruinados é de sete anos, e ainda por cima a metade deles se
desintegra nos três primeiros anos de casamento. Como isso pode acontecer?
Nenhum desses casais previu os conflitos e as dores que os dominaram tão
rapidamente. Eles ficaram chocados... surpresos... espantados. No altar
prometeram fidelidade eterna um ao outro sem imaginar que estavam
cometendo o maior engano de suas vidas. Há anos venho me perguntando
por que ocorre essa colisão com a realidade e como ela poderia ser evitada.

Parte do problema é que muitos jovens se casam sem jamais terem


tido um modelo referencial sadio quando eram pequenos, nos primeiros
anos de sua formação. O ra, se 50 por cento das fam ílias estão se
desintegrando, isso significa que metade dos jovens em idade de casar viram
apenas conflitos e desilusões nos lares onde foram criados. Sofreram com a
apatia e ouviram o silêncio profundo entre seus pais. Não é de admirar
que os recém-casados enfrentem os primeiros anos de-vida conjugal sob
gemidos e desespero.

Alguns optam por não se casar por causa de seu ceticismo em relação
à duração da própria vida conjugal. Até suas músicas e cânticos refletem
esse pessimismo vago. Observe as palavras de uma antiga música popular
escrita por Carly Simon e Jacob Brackman, intitulada T hafs The Way I ’v e
Always H eard It S hould B e (E assim que sempre ouvi que deveria ser). A
letra é devastadora. De fato ela diz: “É impossível obter intimidade no
casamento, e nossa vida a dois será solitária, sem sentido e estéril. Mas se é
isto o que você quer... nós nos casaremos.” Leia a letra você mesmo:

M eu p a i se senta na sala com a luz apagada.


Vê-se apenas o brilho do cigarro aceso.
Entro na sala. Ele p a rece avesso...
A ndando na p o n ta dos p és passo p ela p o rta do quarto
O nde m in ha m ãe lê suas revistas.
O uço-a suspirando em doces sonhos
M as eu esqueci com o sonhar.
Você diz q u e é hora d e nos unirm os
C riando nossa p róp ria fa m ília , v ocê e eu;
Bem , é assim qu e sem pre o u vi diz er q u e d everia ser:
Você q u er se casar; vam os nos casar, então.

Os m eus am igos da escola estão todos casados.


M oram em casas d e p á tio flo r id o e grama, verde,
Eles têm seus dias d e silêncio.
N oites d e choro, alvoradas d e dor.
Seus filh o s os odeiam p o r aquilo qu e não são,
O deiam a si m esm os p o r aquilo q u e são;
M esm o assim, riem e bebem
Tapando as feridas, escondendo as cicatrizes.

Você diz que é hora de nos unirm os


criando nossa p róp ria fa m ília , v o cê e eu .
Bem , é assim qu e sem pre ou vi dizer qu e d everia ser:
Você q u er se casar; vam os nos casar, então.

Você diz qu e p od em os m an ter a cham a acesa


Baby, tudo o qu e eu sei é o q u e vejo.
Os casais se agarram a unhadas
A fundando-se nos escom bros do am or;
Você diz que vam os p a ira r com o dois passarinhos no ar
M as v o cê logo irá m e engaiolar
Ja m a is ap ren derei a ser eu m esm o em p rim eiro lugar.

Está bem. Está na hora d e nos unirm os


C riando nossa p róp ria fa m ília , v o cê e eu...
Bem , é assim que sem pre ou vi dizer qu e d everia ser:
Você qu er se casar; vam os nos casar, então.
Vamos nos casar. 1

Discordo energicamente da mensagem desta triste canção ! Não é


verdade que os maridos e esposas estejam destinados a ferir e rejeitar uns
aos outros, que já não se podem forjar bons casamentos - A família é um
projeto de Deus e ele não erra! Ele viu a solidão que assolava a vida de
Adão no Éden e disse: “Não é bom.” É por isso que ele lhe deu uma
esposa que participasse dos seus pensamentos e sentisse o seu toque humano.
O casamento é um conceito maravilhoso quando funciona como planejado,
e é aqui que reside o problema. Caímos em certos padrões comportamentais
que enfraquecem os vínculos conjugais, interferindo nos relacionamentos
duradouros .

Entre esses costumes destrutivos está a tendência dos jovens de se


casarem com pessoas virtualmente estranhas. Sim, eu sei que um casal
típico conversa horas a fio durante o período de namoro, achando que
conhecem bem um ao outro. Entretanto, o namoro serve mais para
guardar segredos do que para revelá-los. Todo namorado mostra apenas o
seu lado bom, procurando esconder os fatos embaraçosos, seus hábitos,
costumes, suas falhas e temperamentos. Conseqüentemente, todo noivo e
noiva sobem ao altar com uma suposta ordem de assuntos em que cada
um imagina como deverá viver e comportar-se depois do casamento. Sérios
conflitos surgem apenas algumas semanas depois, quando descobrem que
diferem radicalm ente um do outro em assuntos que cada um deles
considera não-negociável. Está montado o palco das desavenças no qual
começa a haver todo tipo de discussões e sentimentos feridos que não
ocorreram durante o namoro.

<Sr(a. Q / fd aranii/ ia
au- a Ó/}'-.
é a/ienaô m e (ade d a fa w fíz .

Por essa razão creio firmemente em aconselhamento pré-matrimonial.


Cada casal de noivos, até mesmo aqueles que se acham perfeitos um para o
outro, deveriam participar pelo menos de seis sessões de aconselhamento
com alguém habilitado para preparar as pessoas para o casamento. O
principal propósito desses encontros é o de identificar as suposições de
cada um e trabalhar as áreas de conflitos em potencial. As perguntas a
seguir abordam alguns dos temas que deveriam ser avaliados e discutidos
na presença de um bom conselheiro ou pastor:
. Onde vocês irão morar depois de casados?
. A esposa irá trabalhar? Por quanto tempo?
• Vocês já planejaram ter filhos? Quantos? Quando? Em qual
intervalo de tempo?
• A esposa vai voltar a trabalhar fora depois que vierem os filhos?
Quanto tempo depois?
• Como vocês disciplinarão, alimentarão e ensinarão os filhos?
• Qual igreja irão freqüentar?
. Existem diferenças teológicas a serem tratadas ?
. De que maneira cada um de vocês desempenhará o seu papel?
• Como vocês reagirão com seus respectivos sogros e sogras e demais
parentes?
• Onde comemorarão o Natal e o Ano Novo?
• Como irão decidir as questões financeiras?
• Quem assinará os cheques?
. O que vocês pensam sobre compras a crédito?
• Vocês financiarão a compra de um carro, ou pedirão dinheiro
emprestado para fazê-lo? Quanto tempo irão demorar para comprar o
carro? Qual a marca?
• Qual o limite de carícias ou de relacionamento sexual antes de casar?
. Se os amigos do noivo diferem dos amigos da noiva, como acertar
esses relacionamentos?
• Quais as maiores preocupações que você tem em relação um ao
outro ?
• O que vocês esperam um do outro?

A lista de perguntas importantes não tem fim e são muitas as surpresas


quando cada tópico é discutido. Alguns casais de repente descobrem
grandes problem as que não viriam à superfície se não fosse pelo
aconselhamento e concordam em adiar ou cancelar o dia do casamento.
Outros conseguem resolver os conflitos e continuam com os planos de
casamento com muito mais confiança. Todos se beneficiam desse esforço.

Alguém disse: “A chave do casamento feliz é manter os olhos bem


abertos antes de casar e quase fechados depois.” Concordo.
Normam Wright, autor e conselheiro famoso, é talvez o mestre do
aconselhamento pré-matrimonial, tendo escrito e falado amplamente sobre
o assunto. Ele abordou os seus pontos de vista durante uma entrevista
concedida há alguns anos atrás em um de meus programas de rádio e fez
várias observações muito importantes.

1. Os n o iv o s n ã o d ev em a n u n cia r q u e vã o se ca sa r o u m a r ca r a d a ta
a té terem p a rticip a d o d e p e lo m en os m eta d e das sessões d e a con selh a m en to.
Caso surjam problemas e conflitos insolúveis entre eles, poderão seguir
cada um o seu próprio caminho sem muitas conseqüências.

2. Os n o ivo s p r ecisa m p e n s a r nas im p lica çõ es d e suas d ecisõ es co m


resp eito aos filh o s. Por exemplo, quando um deles expressa o desejo de ter
três filhos, um a cada três anos, precisam saber que não ficarão sozinhos
em casa nos próximos vinte e seis anos ou mais desde o nascimento do
primeiro filho! Os casais ficam assustados quando ouvem esse fato! Eles,
então, decidem conversar sobre o que fazer para m anter um bom
relacionamento durante os anos em que têm de criar os filhos. E isto faz
bem ao casamento!

3- E m u ito co m u m h a v er in co m p a tib ilid a d e esp iritu a l e n tr e casais.


Eles podem fazer parte de uma congregação com a mesma crença e fé,
mas um dos cônjuges é im aturo, enquanto o outro am adureceu
espiritualmente há mais tempo. Num caso assim, eles devem orar juntos
em silêncio por três ou quatro minutos diariamente e depois cada um orar
em voz alta expressando seus sentimentos.

Depois de casados, W right aconselha que todas as manhas eles


perguntem um ao outro: “Sobre o que devo orar por você neste dia?” No
fim do dia eles são instruídos a fazer perguntas sobre as questões levantadas
pela manhã, orando novamente juntos. Esta é uma boa maneira de evitar
o estresse em qualquer relacionamento!

4. Uma f o n t e d e co n flito m u ito co m u m en tre os casais é q u a n d o um


d eles ou a m b os co n tin u a m d ep en d en d o dos pais. Esse problema ocorre
mais provavelmente quando um dos cônjuges não foi acostumado a viver
longe de casa. Nesses casos, procedimentos adicionais devem ser tomados
para diminuir a dependência. Devem mudar-se para longe dali, permitindo
que a pessoa cozinhe sua própria comida, lave suas roupas e exercite
independência em outras áreas da vida. A superproteção por parte dos
pais pode ser um destruidor do casamento se não for reconhecida e tratada
adequadamente

5. Muitos pais se comprometem empagar as sessões de aconselhamento


como uma forma depresentear osfilhos no casamento. Acho que essa é uma
excelente idéia e talvez seja uma das maiores contribuições que os pais
farão para prolongar os casamentos na geração seguinte.

O ponto central deste capítulo foi ajudar os noivos a começarem


seu relacionamento conjugal com o pé direito! O aconselhamento pré-
matrimonial é uma maneira excelente de começar. Sem a ajuda e o esforço
necessários para vencer as barreiras do entendimento, a lua- de-mel poderá
ser igual a decidir o seu destino no par ou ímpar.

Há um caminho melhor!

' That’s the Way I’ve Always Heard It Should Be (È assim que semçre oitvidizet
que deveria ser), Simon, G.iriy t BnK'kman. Jacob. Warner Brothers Music, Inc. Direitos:
reservados. Usado cojtj permisslO:,
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o u sí< Â id o 4 J Z 4 n en fo co ^ m

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o x i< > ..

eá co / A a 4 fe a m

ù x jla a , v id a ,/
oA C & á á ú la de d a (~^fC t<Jude

o capítulo anterior eu escrevi que


“caímos num padrão compor-
tamental que enfraquece os vínculos
conjugais interferindo nos relaciona­
mentos duradouros.” O maior exemplo
desta agressão à instituição do casamento
foi a revolução sexual que invadiu a maneira
de pensar na década de sessenta. E, é claro, não gostei nada disso! Nós que extraímos
das Escrituras os valores de vida, ficamos horrorizados e perplexos quando os valores
morais de quatro mil anos de história foram sumariamente jogados na lata do lixo.
A represa que continha a grande reserva de energia sexual cedeu repentinamente,
liberando uma avalanche de promiscuidade nos ribeiros de cada indivíduo. Os
mestres e líderes religiosos que deveriam orientar os jovens sobre o assunto usaram
sua autoridade para endossar o sexo pré-matrimonial, as relações extraconjugais, o
estilo de vida homossexual e tudo de sórdido que duas ou quatro ou vinte pessoas
poderiam fazer em conjunto.

Ainda guardo em minhas pastas de arquivo um artigo da revista Times


de 13 de dezembro de 1971, no qual quatro grandes igrejas americanas
anunciaram sua nova posição sobre o sexo fora do casamento. Depois de
cuidadosa análise, eles concluíram que o mandamento, “não adulterarás”
queria dizer apenas “possivelmente” e que o sexo foi planejado para ser
desfrutado por duas pessoas de qualquer sexo desde que se amem e que
redunde num “relacionamento significativo.” Afinal, as pessoas tinham
sido “lib erad as” de sua escravidão “se x u al.” M ilhõ es de pessoas
comemoraram o anúncio debaixo dos lençóis.

A gora, quase trin ta anos depois, vim o-nos envolvidos num a


avalanche epidêmica de trinta e oito doenças sexualmente transmissíveis
com microorganismos devastadores aparecendo a cada ano. O câncer
cervical em mulheres jovens vem aumentando consideravelmente. A
epidemia da Aids literalmente ameaça toda raça humana e 50 milhões de
americanos sofrem de herpes genital. Provavelmente eles sofrerão com
isto o resto de suas vidas. As revistas e filmes pornográficos são tão agressivos
que causam náusea naqueles que os vêem pela primeira vez. Milhões de
meninas estão dando à luz ainda no início de sua puberdade. São feitos
anualmente mais de um milhão e meio de abortos somente nos Estados
Unidos. E o pior de tudo: a fam ília foi profundam ente ferida... e
possivelmente jamais se recupere.

{ cm télóa-
fe-i.feyofeunda/íneAbte,ferida.:.
&
fioW 'veím e-nk j& m aüi ia- -xecufem .

Esse é o pomposo resultado de nossa experiência com a liberação sexual.


Até mesmo as pessoas que vivem fora dos círculos cristãos admitem que a
revolução sexual foi o desastre mais im placável que a hum anidade
experimentou. Agora, admite-se que a abstinência sexual antes do casamento
e a vida de fidelidade eterna eram idéias bem razoáveis. Vários sociólogos
estão redescobrindo os benefícios da restrição sexual, como se tivessem
descoberto algo inteiramente novo. Outros não querem admitir que há
valores morais imutáveis em jogo aqui e reagem procurando maneiras de
continuar com a promiscuidade sem deixar-se ferir por ela. Recomendam o
“sexo seguro” aos aventureiros na esperança de que os preservativos irão
protegê-los da devastação da doença . A tragédia, entretanto, é inevitável.
Não existe o cham ado “sexo seguro ” da m esm a fo rm a que não existe p eca d o
seguro! Quando uma pessoa escolhe viver em direta contradição às leis de
Deus, não há lugar seguro onde possa se esconder.

Quero fazer uma pergunta àqueles que recomendam o uso de


preservativos (camisinhas) como maneira segura de evitar a Aids. Se você
soubesse que a pessoa com a qual você está envolvido sexualmente estivesse
morrendo de Aids, você confiaria numa camada fina de borracha para
protegê-lo do contágio? Você trocaria o suor e a saliva com a pessoa infectada
com o vírus? Duvido muito. Falando apenas das implicações resultantes de
uma relação sexual, a margem de falha no uso de camisinhas quando
utilizadas para o seu fim, isto é, prevenir a gravidez, é de dez por cento. E
você sabe quão mais freqüentemente elas se rasgam ou desintegram quando
os homossexuais as utilizam em relações sexuais anais, relacionamento sexual
totalmente contrário à natureza? E quem sabe? De uma coisa tenho certeza:
as conseqüências do pecado são inevitáveis e estamos destinados a sofrer
quando desafiamos estes mandamentos básicos. O salário do pecado é a
morte... ainda! E sempre será. Com ou sem camisinhas!

O que estou recomendando aos meus leitores solteiros é: NÃO VÁ


PARA A CAMA, A MENOS QUE VÁ SOZINHO! A virgindade não é
apenas a única maneira de se manter longe das doenças, é também o melhor
fundamento para um casamento feliz. Foi assim que o Criador planejou e
ninguém apresentou ainda um plano que aperfeiçoasse e melhorasse o dele.
Somos seres sexuais, tanto física quanto psicologicamente. Nossa própria
identidade (“quem sou eu?”), começa com a designação sexual e as
implicações entre masculinidade e feminilidade. Cada aspecto da vida é
influenciado virtualmente por esse fundamento biológico. Como negar as
forças hormonais reprodutivas que moldam a maneira como pensamos e
agimos? Analisando esse aspecto natural e suas implicações, até mesmo um
ateu deveria reconhecer os perigos da revolução sexual e as mudanças que
ela prognosticou. Todo comportamento que exceda esses limites naturais,
por certo trará conseqüências inimagináveis à estabilidade da família. Como
manter a expectativa em se preservar as relações simbióticas entre homem e
mulher quando as leis que governam o nosso comportamento sexual foram
viradas do avesso? A desintegração da família foi, portanto, inevitável!
Deixe-me explicar por que a abstinência sexual é tão importante antes
do casamento e como se relaciona ao processo da união conjugal. Para
tanto, vou recordar o que apresentei em um dos meus livros Love M ust Be
Tough (O A mor tem q u e Ser Firm e), no qual discuto as pesquisas feitas pelo
Dr. Desmond M orris.1 Estas colocações foram escritas e cedidas pelo meu
bom amigo, o Dr. Donald Joy, a quem sou profundamente grato por me
haver chamado a atenção sobre elas. Considero o conceito da liga conjugal
como um dos entendimentos mais vitais apresentados, quando se trata do
tem a de casam entos que perd uram por toda a vid a. L eia-os
cuidadosamente, por favor.

Quando falo de liga, falo sobre a aliança emocional que prende um


homem e uma mulher por toda a vida e os torna intensamente valiosos um
para o outro. É aquela singularidade que destaca duas pessoas que se amam
de todos os outros casais existentes na face da terra. E o dom do
companheirismo concedido por Deus àqueles que experimentam o laço
da união.

M as como ocorre essa liga e por que ela não existe em tantos
relacionamentos? Essa liga, dizem os doutores Joy e Morris, parece acontecer
somente entre aqueles que, durante o namoro, noivado e nos primeiros
anos de casados, passaram calma e sistematicamente por doze etapas
importantes. Estas etapas representam uma progressão do conhecimento
físico íntimo que resulta em um compromisso sério e permanente.

1. O lho no corp o. Uma olhadela pode revelar muito a respeito de


uma pessoa: sexo, altura, perfil físico, idade, personalidade e nível social. A
importância dada a esse critério determinará se irão ou não se sentir atraídos
um pelo outro.

2. O lho n o olho. Quando duas pessoas que não se conhecem trocam


olhares, a reação natural é afastar o olhar para qualquer outra coisa,
sentindo-se geralmente embaraçados. Se-voltarem a olhar um para o outro,
poderão sorrir, demonstrando que poderão querer conhecer-se melhor.
3. Voz a voz. Conversam inicialmente coisas bem triviais e perguntam
coisas, como: “Qual é o seu nome?”, ou “Qual a sua profissão?”. Durante
este longo período os dois aprendem m uita coisa sobre o outro, suas
opiniões, passatempos, atividades, hábitos, hobbieso. gostos. Quando sentem
que são compatíveis, tornam-se bons amigos.

4. M ão na m ão. O primeiro contato físico entre um casal geralmente


ocorre em uma ocasião pouco romântica, quando o homem ajuda a moça
a descer uma escada ou a vencer um obstáculo enquanto caminham juntos.
Nesse nível, qualquer deles pode afastar-se do relacionam ento sem,
necessariamente, rejeitar um ao outro. Entretanto, se continuarem a andar
de mãos dadas, por certo demonstrarão e evidenciarão que estão a fim de
continuar o relacionamento amoroso.

5- M ã os em v o lta d o om b ro. Este abraço de afeição ainda não os


compromete. É uma posição “amistosa” em que homem e mulher estão
apenas um ao lado do outro. Eles estão mais preocupados com o mundo
diante deles do que um com o outro. Esse tipo de contato “mão no ombro,”
revela um relacionamento mais íntimo do que uma boa amizade, mas não
necessariamente namoro de fato.

6. M ãos em volta da cintura. Duas pessoas do mesmo sexo não fazem


isso normalmente, por isso tal atitude é claramente romântica. A essa altura,
um casal é íntimo o bastante para compartilhar seus segredos ou conversar
de forma íntima um com o outro. Contudo, ao caminharem lado a lado
abraçados pela cintura, ainda estão olhando para frente.

7. F a ce a f a c e . Nesse nível de contato, os nam orados olham


demoradamente um nos olhos do outro e trocam abraços e beijos. Se
nenhuma das etapas anteriores foram puladas, o homem e a mulher
conseguirão desenvolver, pelas experiências obtidas, um código especial
de linguagem que os capacitará a ter uma profunda comunhão quase sem
palavras. Ê nesse ponto que o desejo sexual se torna uma parte importante
do relacionamento.
8. M ão n a cabeça. Este é um prolongamento do estágio anterior. O rapaz
e a moça trocam carinho ou tocam levemente com a cabeça um no outro enquanto
conversam ou se beijam. Em nossa cultura é muito raro uma pessoa tocar a
cabeça da outra, a menos que estejam apaixonadas ou que sejam membros da
mesma família. Essa é uma demonstração de proximidade emocional.

9-12. As etapas finais. Os últimos quatro estágios são claramente sexuais e


íntimos. São eles: 9) carícias pelo corpo; 10) beijos no seio; 11) toques abaixo da
cintura; e 12) as relações sexuais. Está claro que os estágios finais desse tipo de
contato físico devem ser reservados para o casamento já que são sexualmente
progressivos e intensamente particulares na vida a dois.

O que Joy e Morris estão querendo dizer é que se um homem e uma


mulher quiserem ter um relacionamento completo, em seu pleno potencial, a
intimidade deve acontecer de forma lenta e gradual. Quando duas pessoas se
amam profundamente e se comprometem para toda a vida, desenvolvem um
bom nível de entendimento entre si que ninguém mais poderia compreender.
Elas partilham de lembranças memoráveis desconhecidas do resto do mundo.
E aqui que surge, em grande medida, o sentimento de singularidade um para
o outro. Além do mais, o fator principal é que eles deram esses passos em
seqüência. Quando os estágios mais avançados são alcançados prematuramente,
tais como beijos apaixonados já no primeiro encontro ou as relações sexuais
antes do casamento, algo precioso se perde no relacionamento. Em vez disso,
o namoro deve ser nutrido em caminhadas descontraídas, conversas e “segredos
de amor” que estabelecerão o alicerce de uma intimidade mútua. Podemos
perceber, então, como o ambiente atual de perversão sexual e promiscuidade
enfraquece a instituição do casamento minando a estabilidade da família.

CÇ'/in tim id a d e
d em íe-><- íe n ta e yra d t/a d j íe -você yaiá&tt
adcaneaw o- âea-fi/eno-fw -fenci-al.

Antes de encerrarmos essa tentativa de entender compromissos


mútuos, deixe-me explicar que tais conceitos não são aplicáveis-apenas a
experiências de namoro. Os casamentos de maior sucesso são aqueles em
que marido e mulher, diariamente, caminham pelos doze estágios em suas
vidas. A arte de tocar, conversar, andar de mãos dadas, olhando
profundamente nos olhos um do outro, falando de coisas corriqueiras do
passado, são coisas tão importantes para os casais de meia idade como para
os impetuosos jovens de vinte anos de idade.

De fato, a melhor maneira de revigorar uma vida sexual tediosa é


caminhar pelos doze estágios do namoro regularmente e com grande
intensidade! Ao invés disso, quando a relação sexual é experimentada,
sem esses estágios de intimidade que deveriam ocorrer nos dias anteriores,
é comum a mulher sentir-se “usada e abusada.” Àqueles que já estão
casados e se arrependem de não terem andado na ordem desses estágios
necessários para o compromisso mútuo ou de terem saltado alguns deles,
nunca é tarde para recomeçar tudo de novo. Não conheço outra maneira
melhor de aproximação entre duas pessoas que se amam.

Concluindo, podemos oferecer sete recomendações que contribuirão


para um casamento duradouro:

1. N ão ap resse o tem p o d o n a m o ro d ep ois d e d esco b rir q u e en co n tro u


o b em -a m a d o. Frank Sinatra disse numa de suas canções: “Vá devagar,
enchendo a vida de beleza, fazendo todas as paradas ao longo do caminho.”
E preciso pelo menos todo um ano para que o processo de liga aconteça, e,
em alguns casos, o tempo pode ser mais longo ainda.

2. D ecid a p e la esco lh a d e seu co m p a n h eir o co m o r a çã o e m u ito


cu id a d o... sem a g ir p o r im p u lsos ou p recip ita d a m en te. Você está fazendo
uma jogada para a vida inteira. Use cada grama de inteligência e discrição
que você tem à sua disposição e deixe a decisão final para que o Senhor
faça a vontade dele. Ele o guiará se você não correr na frente dEle.

3. C am in h e p e lo s p r im eir o s n o v e está gios d a in tim id a d e, u m d e ca d a


vez, n a o rd em q u e lh e fo r a m apresentados.
4. N ão a v a n ce p a r a os está gios 10-12 a n tes d o ca sa m en to. C h egu e ao
leito n u p cia l, v ir g e m ! Se já é tarde para preservar sua virgindade, comece
uma vida de abstinência ainda hoje... e não se afaste disso até que esteja
casado.

5. P r o cu re se ca sa r co m u m a p essoa virgem . Essa pureza mútua dá


um sentido todo especial ao sexo no casamento. Nenhum outro ser humano
invadiu o mundo secreto que vocês compartilham, pois vocês se reservaram
para o amor e prazer exclusivos um do outro. Seguindo esse plano bíblico,
resguardarão o sistema reprodutivo de vocês dos novos vírus, bactérias e
fungos norm alm ente transm itidos através da relação sexual. E fato
comprovado que quando uma pessoa tem relações sexuais com uma pessoa
promíscua, ela estará fazendo sexo com cada pessoa que aquele indivíduo,
seja homem ou mulher, teve nos últimos dez anos! A virgindade antes do
casamento é a maneira mais saudável de se viver toda a vida.

6. S eja f i e l ao seu co m p a n h eiro co n ju g a l p a r a tod a a vida. Nunca


abra excessões!

7. C on tin u e segu in d o os estágios d e liga d u ra n te tod o o seu ca sam en to,


u su fru in d o as m a ra vilh a s d a v id a co n ju g a l p le n a d e in tim id a d e.

Posso ouvir nossos oponentes gritarem: “Isto é ridículo; esta não é


mais a realidade do mundo de hoje.” Talvez, mas alguém nos ouvirá. Alguns
o entenderão. Alguns sobreviverão. E enquanto a epidem ia da Aids
continua a matar nossos amigos e colegas, esses conselhos, no passar dos
anos, terão cada vez mais sentido. E por que nao? A idéia foi de Deus, em
primeiro lugar!
Agora, mais do que nunca, é uma necessidade!

1 Morris, Desmond. Intimate Behavior. Nova Iorque: Random House, 1971.


Utilizado com permissão.
< Se u w u i á m v te

c iv n m w íc la j

a / m od a e fw w e/ e,

é /p& m m A z iâ ftw m r fA te /

< p te e/ o s o cleá e^ e^ M (x z ^ fv e^ U e.
inha esposa e eu temos sido
grandemente abençoados com
um relacionamento maravilho-
Ela é, literalmente, minha
’ melhor amiga, e prefiro passar
uma noite com ela do que
com qualquer outra pessoa da
terra. Mas também temos nossas particularidades e às vezes lutamos por causa
de nossas diferenças: Nosso maior conflito já dura mais de trinta e poucos anos
sem qualquer solução à vista. O problema é que temos mecanismos diferentes
de aquecimento interno. Sou de sangue quente e se me fosse dado escolher,
viveria num clima siberiano. Shirley tem gelo em suas veias e chega a tremer de
frio até mesmo nos ensolarados dias da Califórnia. Ela decidiu se vamos ser
uma só carne, temos que suar cântaros de água. Ela ajusta o termostato de
nossa casa, deixando a temperatura ambiente ao redor dos trinta graus. Todas
as bactérias da casa pulam de alegria e se reproduzem aos milhares. Em poucos
minutos começo a suar e abro portas e janelas à procura de ar fresco. Este
cabo-de-guerra ridículo começou em nossa lua-de-mel e só terminará quando
um de nós morrer. De fato, cheguei a pensar que somente a morte poderia
solucionar esse problema entre nós.

O que me chama atenção é que há muitos casais que enfrentam o


mesmo problema. Também há chefes e secretárias que ficam brigando
ao redor do termostato do escritório. O bviam ente essa questão de
temperatura é um ponto comum de tensão no relacionamento marido e
mulher. Por quê? Porque a mulher, de forma geral, trabalha com um nível
de metabolismo mais baixo que o do homem. Esta é apenas uma das
incontáveis diferenças psicológicas e em ocionais entre os sexos. É
importante entender o comportamento diferencial que existe entre o
homem e a mulher se quisermos viver uma vida de harmonia plena. O
livro de Gênesis diz que Deus fez dois sexos e não apenas um, e determinou
que cada um funcionasse de maneira diferente. Observe cuidadosamente
a anatomia de um homem e de uma mulher e verá que fomos feitos para
nos “encaixarmos” um no outro. Isto nao é verdadeiro apenas no contexto
sexual, mas psicológico também. Eva, sendo capaz para preencher as
necessidades de Adão, foi-lhe oferecida como “ajudadora.” Que lástima
querer negar tal singularidade numa tentativa de tornar a família uma
coisa homogênea! Simplesmente não dá certo!

Vejamos, portanto, algumas das diferenças entre a masculinidade e a


feminilidade. Quem sabe, depois de examinarmos cuidadosamente essas
diferenças poderemos obter uma apreciação maior da maneira singular e
maravilhosa como fomos criados. O falecido Dr. Paul Popenoe, fundador
do Instituto Americano para Relações Familiares de Los Angeles, escreveu
um artigo resumindo as diferenças psicológicas entre os sexos. Pode ser de
grande ajuda transcrever aqui algumas das citações desse artigo intitulado
“As mulheres sao diferentes?”

Uma das coisas m enos aceitáveis do m ovim en to d e liberação fem in in a e


d e todos os m ovim en tos sem elhantes é a tentativa de m in im izar as diferenças
en tre os sexos. A m aior ênfase d e seus debates, ou, m ais precisam en te, d e suas
assertivas, é qu e tais diferenças, qu ando existem, sao apenas o residtado das
diferen ças na edu ca ção e na escolaridade , portan to, não são básicas. J á que

36

3P
m uitas das diferen ças, a té m esm o aquelas associadas com a ed u ca çã o e a
escolaridade, vêm sendo m antidas p o r um m ilhão d e anos ou m ais, seria
realm en te su rpreen d en te se, a esta altura, não estivessem enraizadas na cidtura.
A realidade, porém , é qu e os sexos têm tantas e m arcantes diferenças, tanto
an atôm icas quanto psicológicas, qu e ja m a is se m odificarão. É um erro ignorar
esta verd a d e tentando fa z e r com qu e as diferenças desapareçam em diálogos e
con ferên cia s.

Tome p o r ex em plo a d iferen ça n o tá v el e m arcante, d e u m a fu n çã o


fe m in in a , a m en stru a çã o , q u e ce r ta m e n te n ã o é fr u t o d e cu ltu r a ou
treinam ento. D a vid Levy descobriu q u e a inten sidade do instinto m atern al
fem in in o , o seu sentim en to m aterno, está direta m en te associado com a duração
do p erío d o m en strual e com a q u antidade do flu x o naqueles dias. As m udanças
freq ü en tes na a tivid a d e d e suas glâ n d u la s d e secreções in tern a s p rod u z em
tam bém d iferen ças m arcantes em seu com portam ento. Em qualq uer gru p o d e
m ulheres com ida de d e gera r filh os, p elo m enos 18% vão estar m enstruadas .
Contra esta percen ta gem , as autópsias realizadas em m ulheres qu e suicidaram
m ostram qu e 40%, 50% e a té 60% estavam m enstruadas qu ando tiraram
suas vidas.

A D ra. C a th erin e D a lton em The Prem enstrual Syndrom e (A


S in drom e P ré-M enstrual), sintetiza m uitos dos estudos realizados sobre as
transform ações do com portam ento hum ano, m ostrando qu e gra n d e p a rte dos
crim es com etidos p o r m ulheres (63%) num estudo fe it o na Inglaterra e 84%o
n u m estu d o f e i t o na F ra n ça ) n ã o o co r r em em q u a lq u e r tem p o, m as
p r in c ip a lm e n te d en tro d o p e r ío d o p r é-m en str u a l, ao la d o d e su icíd io s,
acidentes, d eclín io na q u alidade dos deveres escolares, d eclín io nos testes d e
in teligên cia, na p ercep çã o visual, e na rapidez d e reação. Ela ca lcu la que
som en te nos Estados Unidos a ausência d e p essoa l fem in in o no trabalho p o r
causa da m enstruação dá um p reju íz o d e cerca de cin co bilhões d e dólares ao
ano e acrescenta que os acidentes, ausência no em prego e brigas dom ésticas são
apenas um a p a rte das repercussões sociais que afetam todo m undo. Poderia se
escrever um livro discu tin do as outras diferenças biológicas en tre os sexos que
são d e gra n d e im p ortâ n cia d e um je ito ou d e outro na vid a d iá ria e q u e
certa m en te não resultam d e diferenças na educação, treinam en to e atitudes
sociais com respeito aos sexos.
A qui estão algum as das diferenças:

1. O hom em e a m ulher são diferentes em cada célula d e seu corpo. Essas


d iferen ças na com binação dos crom ossom as são a causa básica da defin içã o
da m asculinidade ou fem in ilid a d e.

2. Talvez devid o a esta diferença d e crom ossom a as m ulheres têm uma.


constituição física m uito mais cheia d e vitalidade. Ela geralm ente vive três ou
quatro anos mais que o hom em nos Estados Unidos.

3- Os sexos diferem no m etabolism o basal, * N,T sendo qu e o da m ulher


gera lm en te é m ais baixo que o do hom em .

4. O h om em e a m ulher diferem tam bém fisica m en te na estrutura óssea,


sendo qu e as m ulheres têm um a cabeça menor, rosto m ais largo, queixo mais
acentuado, p ern a s mais curtas e um q u a d ril maior. O in d ica d or da m ão de
vima m u lh er é g era lm en te m a ior q u e o d ed o m éd io; no h om em a co n tece
exatam ente o contrário. Os dentes do m enino duram m ais qu e os dentes da
m en in a.

5- A m u lh er tem o estôm ago, os rins, o fíg a d o e o a p ên d ice m aiores qu e


os do hom em , mas os pulm ões, menores.

6. No que diz respeito às fu n çõ es orgânicas, as m ulheres possuem várias


qu e estão ausentes aos hom ens: elas m enstruam , engravidam e am am entam .
Tais fu n çõ es in flu en cia m no com portam ento e nas em oções. Ela tem horm ônios
diferentes dos do hom em e em m aior núm ero. Uma m esm a glâ n d u la se com porta
d e m aneira d iferen te em am bos os sexos: assim, a tireóide da m u lher é m aior e
m ais ativa. Ela au m enta d e prop orçã o durante a gra vid ez e tam bém du rante
o p erío d o m en stru a l deixando a m u lh er mais su scetível ao bócio. ** Por outro
lado, a m esm a tireó id e p r o v ê à m u lh er um a m a ior resistên cia con tra os
resfriados, um a p ele m ais m acia, m enos p êlos p elo corpo e um a cam ada m ais
fin a d e gord u ra subcutânea, elem entos m uito im portantes no con ceito d e beleza
p esso a l. N a m u lh e r a tir e ó id e c o n t r ib u i p a r a q u e seja m a is in s tá v e l
em ocion alm en te, p o is ela ri e chora com mais fa cilid a d e qu e o hom em .
7. O san gue d e um a m u lh er con tém m ais água (20% m enos células
verm elhas). Sendo qu e esses elem entos são a fo n te d e suprim ento d e oxigênio
p a ra as células do corpo; ela se cansa com mais fa cilid a d e e é m ais in clin ada a
desm aios. A viab ilid ad e con stitu cion al da m u lh er é, portan to, um ã questão
d e du ração do esforço. Q tiando as fá b rica s da Inglaterra, sob con d ições d e
guerra, aum entaram a carga d e trabalho d e dez p a ra doze horas diárias, os
a cid en tes d e trabalho com as m ulheres aum entaram em 150%, enquanto que
os hom ens tiveram in cid ên cia zero!

8. Os hom ens têm 50%) m ais fo r ç a bruta q u e as m ulheres.

9. O coração das m ulheres bate mais acelerad am en te qu e o dos hom ens


nu m a p rop orçã o d e 80 batidas p a ra as m ulheres e 72 p a ra os hom ens. A
pressão san güínea (dez p on tos abaixo da do h om em ) varia a cada m inuto,
m as ela tem m enos tendên cia d e s o f e r d e pressão alta, p elo m enos a té depois
da m enopausa.

(§' fioni<í-m, e a -ntuiÂe/y iõ » ///<■:,


em, cada, <■<'■///a <de-i4u <<■/'/<<■■

10. Sua ca p a cid a d e v ita l ou p o d e r d e respira ção é m ais baixa na


p rop orçã o d e 7 p o r 10.

11. Ela su p orta tem p era tu ras m ais altas q u e o h om em j á q u e seu


m etabolism o d im in u i m ais vagarosam ente. 1

Além dessas diferenças fisiológicas, ambos os sexos são abençoados


com uma série de características emocionais singulares. Deve partir do
marido sábio e dedicado a disposição de entender as necessidades
psicológicas da esposa e supri-las. Este, na realidade, é o tema de meu
livro; O Q ue a Esposa Gostaria q u e Seus M aridos S oubessem ? Sem querer
elogiar a mim mesmo, recomendo que todo jovem marido leia este livro,
se desejar compreender a singularidade de sua esposa e como suas
necessidades pessoais estão relacionadas a atitudes de alegria e de
depressão no casamento.
Resumindo, na mulher o amor está ligado à auto-estima. Para o
homem, entretanto, as experiências românticas com sua esposa são calorosas,
agradáveis e memoráveis, mas não necessárias. Para a mulher, entretanto, o
romantismo é como a própria vida. Sua confiança, suas reações sexuais e seu
entusiasmo pela vida estão diretamente relacionados àqueles momentos de
ternura, quando sente-se profundamente amada e apreciada pelo seu homem.
É por isso que as flores, os cartões e os chocolates são mais significativos para
ela do que para ele. Esta é a razão pela qual ela procura afastá-lo da frente da
televisão e da leitura dos jornais e revistas, e não o contrário. É por isso que o
aniversário de seu casamento é tão importante para ela; dia que jamais esquece
por toda a vida. E que ele não esqueça desse dia, senão... Essa necessidade
que ela tem do romance não é nenhum truque tampouco uma peculiaridade
de sua esposa, como muitos pensam. Elas foram criadas assim, e se algum
leitor masculino ficou um tanto confuso com o que acabei de descrever,
deveria correr até a livraria ou biblioteca mais próxima para comprar o livro
que acabei de mencionar! O livro “O Q ue a Esposa G ostaria q u e Seus
M a rid o s S ou b essem ?” já vendeu mais de dois milhões de cópias até o
momento. Desse total, 1.999.999 foram comprados por mulheres e deixados
propositalmente sobre o travesseiro do marido para que ele visse antes de se
deitar. O exemplar restante caiu nas mãos de um marido gentil cuja esposa
mandou que ele o comprasse.

Os homens também precisam entender que as mulheres se preocupam


com a casa e tudo em relação a ela mais que eles. Não sei se sua esposa ou
noiva tem esse instinto de querer construir o ninho; no entanto, tenho
observado que é uma tendência fem inina o fato de as mulheres se
preocuparem com os detalhes da casa onde vão residir. Temos de admitir,
contudo, que nem toda mulher mantém uma casa lim pa e arrumada.
Conheço algumas esposas bem relaxadas com a casa; acho que suas mães
tinham medo do caminhão de lixo quando estavam grávidas delas. Mesmo
nesses casos, geralmente existe nesse tipo de pessoa uma preocupação com
o lar e com o que nele acontece. Os m aridos, m uitas vezes, não
compreendem a importância dessa tendência nas esposas.

M inha esposa Shirley e eu reconhecemos que tínhamos perspectivas


diferentes há alguns anos atrás, quando adquirimos uma churrasqueira
para o nosso quintal. Contratamos um pedreiro para erguê-la e saímos de
casa. Quando regressamos, ambos observamos que a churrasqueira estava
uns 20 centím etros mais alta que o norm al. Nossas reações foram
completamente diferentes!

Eu disse: “E verdade. O pedreiro errou. A churrasqueira ficou um


pouco alta. A propósito, o que temos para o jantar ?”

Shirley reagiu mais enfaticamente, comentando: “Não vou agüentar


ficar olhando todo o dia para essa geringonça no quintal.”

Eu poderia viver o resto da vida sem jamais pensar na churrasqueira


outra vez, mas para Shirley era algo muito importante. Por quê? Porque
temos diferentes perspectivas do lar. Por isso chamamos o pedreiro para
que a reconstruísse 20 centímetros mais baixa. Sempre recomendo aos
maridos para que ouçam a opinião das esposas em questões como estas,
mas também recomendo às mulheres que reflitam um pouco sobre as
opiniões do marido!

S -n e iwda-níianfie fytmaó-ülo- ■
Je o 'ipriado'}'fitsAm e QS-ícfãõ- ilow M * é fatâm e.-itift- :
Aome-m íuaA coite/ciâ.

Há uma necessidade masculina que me vem à mente que as esposas


deveriam atentar. Ela reflete o que os homens mais querem em suas casas.
Há alguns anos atrás foi feita uma pesquisa para descobrir o que os homens
mais almejam em seus lares e o que mais esperam de suas esposas. Os
resultados foram surpreendentes. Os homens não suspiravam por móveis
caros, garagens superequipadas ou gabinetes particulares nos quais
pudessem trabalhar. Tudo o que queriam enquanto estivessem em casa era
tranqüilidade. A competitividade é tão feroz no trabalho moderno e o
estresse em agradar o patrão e sobreviver profissionalmente é tão grande
que o lar precisa ser um porto para onde o marido possa retornar e
encontrar descanso. Uma mulher sábia tentará fazer com que seu lar seja o
lugar ideal onde seu marido sinta prazer em estar.
4 I
É claro que hoje muitas mulheres também trabalham fora, e assim,
seus maridos não são os únicos que precisam de tranqüilidade. Esse é o
maior problema quando os dois têm de trabalhar fora para prover o sustento
da família. Uma mãe solteira enfrenta problemas ainda maiores. Sei que a
solução desses problem as não é fácil e estou convencido de que
instabilidade emocional ou mesmo doenças físicas podem ocorrer na
ausência de “lares seguros.” Criar uma atmosfera que supra essa necessidade
deve ser prioridade, independendentemente da estrutura familiar.

Bem, acho que escrevi o suficiente a respeito das diferenças sexuais.


Não somente tentei dizer que o homem e a mulher são sexualmente
diferentes... algo que qualquer idiota pode perceber... mas também dizer
que Deus é o Autor dessas diferenças e que, portanto, deveríamos valorizá-
las. Ê essa particularidade individual que traz vitalidade e renovo ao
relacionamento. Que enfadonho seria se os sexos fossem iguais, como
tentam nos dizer as feministas radicais em nossos dias. Que redundância
teria sido para o Criador colocar Adão a dormir e criar um outro homem
de suas costelas! Não! Ele tirou das costelas de Adão uma m u lh er e a trouxe
a Adão. Ao homem, ele capacitou com muita agressividade e robustez;
enquanto a mulher foi contemplada com, ternura e delicadeza. Depois,
uniu-os fazendo com que cada um preenchesse as necessidades do outro.
E no relacionamento marido e mulher ele simbolizou a união mística entre
o crente e o próprio Cristo! Que conceito incrível!

Quero dizer aos maridos e esposas que celebrem essa singularidade


aprendam a chegar a um meio termo quando a m asculinidade e a
feminilidade entrarem em choque. Ou, como um anônimo francês disse
certa vez, “Vive la différence!” Este homem deve ter sido um marido muito
feliz!

I ‘ Energiamínimadespendidaparamanterfunçõesvitaiscomorespiração, circulação,
1 tono muscular, temperatura corporal, atividade glandular, etc. (NT)
s ' Comumenre chamado de “papo” no Brasil. (NT)
i 1Popenow, Paul. Are Woman Really Dijferenfi. Family Life v. 3 1 fevereiro de 1971.
! Usado com permissão.
c o s n A Û w d -ù i a  e^ b a á c o w b /
m )4 ó o
(á fa in d a M tem á oú d o

om o objetivo de reunir as melhores experiências


de casais bem sucedidos como marido e esposa,
reunimos um grupo deles para participarem de
um estudo informal. Mais de seiscentas pessoas
se reuniram para falar francamente aos jovens
iniciantes no m atrim ônio sobre os conceitos e
métodos que funcionaram em seus lares. Os casais fizeram
recomendações e comentários que foram cuidadosamente analisados e
comparados uns com os outros. Os conselhos que deram não são novos,
mas representam um grande começo. Para que se comece qualquer coisa,
uma pessoa precisa colocar os fu n d a m en tos, a base sobre a qual todas as
demais etapas da construção serão edificadas. Com isso em vista, nosso
painel de seiscentos casais apresentou três recomendações que foram
experimentadas e testadas, conselhos que todo cristão comprometido
concorda plenamente.

/.

U m L a r C e n t r a d o e m C r is t o

O p ain el su geria em prim eiro lu g ar aos jovens casais que


estabelecessem e mantivessem um lar centrado em Cristo. Tudo o que for
construído a partir daí tem de repousar sobre esta base. Um jovem casal
45
profundam ente compromissado com Jesus Cristo leva um a enorme
vantagem sobre outra família que não tenha a mesma dimensão espiritual.

Uma vida de oração significativa é essencial para que o lar permaneça


centrado em Cristo. E claro que algumas pessoas oram como quem consulta
o horóscopo na tentativa de manipular o invisível “poder do alto” que age
ao seu redor. Um de meus amigos, humoristicamente, admite que todo
dia quando se dirige ao trabalho faz uma oração no carro, antes de passar
em frente da confeitaria. Ele é louco por sonhos e sabe que não é saudável
comer os sonhos gordurosos açucaradas de que tanto gosta. Por isso, ele
ora pedindo permissão a Deus para satisfazer seu desejo de cada dia.

Ele ora assim: “Se é da tua vontade, Senhor, que eu coma um sonho
esta manhã, que eu encontre uma vaga de estacionamento no quarteirão
da confeitaria.” Se não encontra uma vaga para o carro, ele dá outra volta
pelo quarteirão, orando de novo.

^/•m a v id a cie- o m eã o AÍ<jpnijtcafírna. 4


esí&ncwl/i&im (jrcw a /ar
/w rm ca teca cen tra d a &m. tpristo.

Shirley e eu levamos um pouco mais a sério nossa vida de oração.


Devo confessar que essa comunicação entre o homem e Deus tem sido o
fator de estabilidade nesses mais de trinta anos de casados. Quando tudo
vai bem, nas horas difíceis, em momentos de ansiedade e em momentos de
louvor, compartilhamos juntos o privilégio maravilhoso de conversar com
o nosso Pai celestial. Que conceito! Não precisamos reservar horário na
agenda dele, nem precisam os conversar antes com subordinados
carrancudos ou mesmo subornar seus secretários para conversar com ele.
Sempre que nos prostramos ele está ali, disponível, ouvindo-nos. Alguns
dos melhores momentos de minha vida ocorreram nesses momentos
silenciosos com Deus.
Jam ais esquecerei o dia, alguns anos atrás quando nossa filha
aprendeu a dirigir. Ela fez um curso na auto- escola, obteve sua licença de
motorista, e finalmente chegou o dia de dirigir sozinha o carro da família.
Fiquei tão preocupado que se fosse medir meus temores em termos gráficos
não teria papel para expressar o que sentia. Você também terá as mesmas
preocupações quando entregar as chaves de seu carro ao seu filho de dezoito
anos que não sabe muito e nem tem experiência de direção. Shirley e eu
ficamos no portão da casa, tremendo, enquanto Dance, dirigindo nosso
carro, dobrou a esquina. Entramos na casa, dizendo: “Bem, o Senhor o
deu, o Senhor o tomou.” Felizmente, Dance voltou em alguns minutos e
de forma firme e segura estacionou o carro na entrada da garagem. Nenhum
som é tão agradável aos ouvidos de um pai, quanto o barulho do carro
entrando pelo pátio!

Foi por esse tempo que minha esposa e eu decidimos que deveríamos
orar por nossos filhos no fim de cada dia. Não somente sabíamos dos riscos
de um acidente automobilístico, mas também de tantos outros perigos
que corríamos vivendo numa cidade como Los Angeles, onde morávamos
naquela época. Aquele pedaço de mundo é conhecido por estar cheio de
gente estranha, bizarra, obscura e simplesmente doida, e por isso todas as
noites estávamos de joelhos pedindo a Deus que guardasse os nossos
adolescentes a quem tanto amávamos.

Certa noite estávamos tão cansados que caímos desmaiados na cama


sem fazer a nossa oração costumeira. Estávamos quase dormindo quando a
voz de Shirley rompeu o silêncio da noite. “Jim”, disse minha esposa, “não
oramos por nossos filhos hoje. Você não acha que deveríamos nos levantar
e orar'

Devo admitir que não foi fácil tirar meus 1.90m da cama àquela
hora da noite. Mesmo assim, ajoelhamo-nos e oramos por nossos filhos,
entregando-os mais uma vez nas mãos de nosso Senhor.

Ficamos sabendo depois que nossa filha Dance e um a am iga


compraram hambúrgueres e refrigerantes. Depois, pararam o carro num
lugar calmo das montanhas e saboreando o lanche quando uma viatura
policial apareceu iluminando com sua lanterna as imediações. E claro que
andava à procura de alguém, e continuou sua busca pelas redondezas.

Não demorou muito e as duas ouviram um barulho surdo debaixo


do carro. Elas se entreolharam preocupadas quando o carro sacudiu.
Paralisadas pelo medo viram quando um homem surgiu de debaixo do
carro tentando abrir a porta do passageiro. Seus cabelos longos e
desgrenhados mostravam que ele andava pelas ruas há muito tempo. O
homem tentou abrir a porta do carro, mas graças a Deus estava fechada.
Diane ligou o carro e saiu em disparada.

Mais tarde, quando checamos a hora do incidente, percebemos que


Shirley e eu estávamos orando naquele exato momento quando ela corria
perigo. Nossas orações foram atendidas, nossa filha e sua amiga estavam
em segurança!

N unca é exagero afirm ar que a oração é uma necessidade na


edificação da vida familiar. E claro que a oração não deve ser usada apenas
como escudo diante de situações de perigo. Um relacionamento pessoal
com o Senhor Jesus Cristo é a pedra angular do casamento, concedendo
sentido e propósito a todas as dimensões da vida. Essa capacidade de
prostrar-se em oração no começo ou no fim do dia dá ao casal a possibilidade
de expressar as frustrações e preocupações que de outra forma não são
expressas. Do outro lado da linha está um Pai amoroso que promete ouvir
e responder nossas orações. Nessa época quando vemos as famílias se
desintegrando por todos os lados, não podemos tentar edificá-la apenas
com nossos próprios esforços.

As pessoas que vivem sem compartilhar uma fé comum geralmente


se colocam numa situação vulnerável. Uma mulher escreveu-me a seguinte
carta depois que o marido a abandonou:

Q uerido Dr. D obson:

M eu m arido m e abandonou depois d e quinze anos d e vida conjugal.


Tínham os um bom relacionam ento físico, em ocion al e intelectual. Mas
algo estava faltando... não tínham os qualquer laço espiritual entre nós.
48
Por fa vor, fa le aos casais jo v en s qu e sem Cristo sem pre haverá um
gra n d e vazio em suas vidas a dois. Um bom casam ento tem qu e ser
fu n d a m e n ta d o em C risto p a r a q u e se ex p e r im e n tem u m a m o r
duradouro, p a z e alegria.

D esde qu e m eu m arido m e aban don ou venho tentando reconstruir


o m eu relacionam en to com Deus. Agora estou andando fir m e na m inha
jo rn a d a com o Senhor, m as estou sozinha.

S in ceram en te,

Quanta verdade nesta carta tão triste! O casal que depende das
Escrituras como solução para resolver os problemas da vida tem notável
vantagem sobre a família que não tem fé. As Escrituras que eles amam é o
texto mais incrível do mundo, pois foi escrito por trinta e nove autores que
falavam três idiomas diferentes e viveram num espaço de cerca de mil e
quinhentos anos! Que milagre é a obra desses inspirados escritores! Duas
ou três pessoas que testemunhassem no mesmo dia um roubo de banco
poderiam descrever de forma diferente o que viram. A percepção humana
é sempre incompleta e falha. Mesmo assim, os trinta e nove autores que
contribuíram para escrever os textos sagrados, muitos sem nunca terem se
encontrado em toda a vida, prepararam sessenta e seis livros separados
entre si que se encaixam perfeitamente em continuidade e simetria. O
Antigo Testamento faz uma única declaração: “Jesus virá” e o Novo
Testamento declara: “Jesus está aqui!”

Q j V i m ç á <■ e .r < ( a firm a r


;< jpw ao-racãa, 4 u m a ?teceiJidade ita eelrflcaçõe

Ao lermos as Sagradas Escrituras, abre-se uma janela que nos dá acesso


à mente do Pai. Que coisa incrível! O Criador, que começou tudo do
nada, criando lindas montanhas, ribeiros, nuvens, vales e graciosos bebês,
escolheu-nos para desfrutarmos intimamente da vida familiar. O casamento
e a paternidade foram idéias dEle e Ele nos mostra em Sua palavra como
viver em paz e harmonia. Temas como finanças e desejos sexuais são
discutidos nas Escrituras, e cada ensino tem o endosso particular do Rei
do Universo. Por que deveríamos abandonar a melhor fonte de recursos?

Finalmente, um estilo cristão de viver dá estabilidade ao casamento,


já que seus princípios e valores produzem harmonia. Quando colocado
em prática, o ensino cristão enfatiza o compartilhar com o próximo, a
autodisciplina, a obediência aos mandamentos divinos, a conformidade às
leis dos homems e o amor e a fidelidade entre marido e mulher. E um
escudo que protege contra o vício do álcool, da pornografia, jogos de azar,
do materialismo e de outros comportamentos que podem causar danos ao
relacionamento. Acaso, é de se admirar que um relacionamento centrado
em Cristo seja o primeiro passo para um casamento feliz?

Alexander Soljenitsin, o grande dissidente soviético, escreveu certa


vez: “Se eu tivesse de identificar rapidamente a característica principal do
século vinte, seria incapaz de encontrar qualquer coisa mais precisa do que
simplesmente repetir: O homem se esqueceu de Deus.”

Não permita que isto ocorra em seu lar. E bem possível que juntos
vocês se ajoelharam no dia da cerimônia de casamento e oraram a Deus.
Voltem a esta fonte de recursos diariamente para encontrarem força e
estabilidade.

2.
Um a m o r c o m p r o m is s a d o

A segunda sugestão dada por nosso grupo de seiscentos casais


“especialistas” indica a volta a um conceito antigo. Focalizava o amor
compromissado que se fortaleceu protegendo as mentes da tempestade
da vida. Há muito poucas certezas que nos tocam a todos durante nossa
existência mortal, e uma delas é a inevitável certeza de que haveremos de
experimentar dureza e dificuldades em algum ponto de nossa jornada.
50
Ninguém sai ileso. A vida testará severamente cada um de nós, se não
durante nossa juventude, então quando formos mais velhos, através de
acontecimentos que nos envolverão. Jesus falou desta inevitável ocasião
quando disse aos seus discípulos: “No mundo passais por aflições; mas tende
bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16:33)

O Dr.Richard Selzer é um médico cirurgião que escreveu dois livros


muito conhecidos sobre seus pacientes, intitulado M ortal Lessons (Lições
Mortais) e L etters to a Young D octor (Cartas a um Jovem Médico). No
primeiro ele descreve as terríveis experiências de “horror” que invadem,
cedo ou tarde, a vida de uma pessoa. Quando jovens, diz ele, somos
protegidos contra experiências da mesma forma que o organismo se protege
das infeções bacteriológicas. Os organismos microscópicos estão ao nosso
redor, mas as defesas de nosso corpo os mantêm afastados... pelo menos
por um bom tempo. Semelhantemente, andamos em meio a um mundo
de horror todos os dias como se estivéssemos cercados de uma membrana
impenetrável de proteção. Podemos viver até mesmo despercebidos de que
existam possibilidades de perigos enquanto somos jovens cheios de saúde.
Um dia, entretanto, a membrana se rasga sem qualquer aviso e o horror
invade as nossas vidas. Até aquele momento, a desgraça batia somente na
casa do vizinho... acontecia só com os outros... e não conosco. O rompimento
da membrana pode ter um efeito devastador, especialmente àquelas pessoas
que nunca experimentaram “o bom ânimo” de Jesus no meio da tribulação.

Depois de trabalhar por mais de catorze anos no Hospital de Clínicas


de uma universidade, vi maridos e esposas angustiados enfrentando seus
temores, quando o horror começou a penetrar pela membrana de proteção.
Comumente os relacionamentos conjugais estremecem pelos novos estresses
que invadem suas vidas. Pais que geram um filho com problemas mentais,
por exemplo, freqüentemente culpam um ao outro pela tragédia que têm
de enfrentar. Ao invés de se agarrarem um ao outro em amor e afirmação
mútua, acrescentam tristeza sobre tristeza, atacando-se mutuamente. Nao
posso condená-los pelo fracasso humano, mas tenho pena deles. Um
ingrediente básico perdeu-se no relacionamento do casal, permanecendo
irreconhecido até que a membrana se rompeu. Este componente essencial
é chamado com prom isso .
Anos atrás ouvi o falecido Dr. Francis Shaeffer falar sobre esse tema.
Ele descreveu as pontes construídas na Europa pelo exército romano nos
dois primeiros séculos da era crista. Elas permanecem inalteradas apesar
da qualidade lim itada dos tijolos e das estruturas que fazem parte da
construção. Por que permanecem firmes nesta era de modernidade com
tantos caminhões e tráfego pesado? Elas permanecem intactas porque são
usadas apenas para a travessia de pedestres. Se uma carreta muito pessada
passar por cima delas, as estruturas históricas ruirão em meio a uma nuvem
de poeira e entulhos.

Q u alq uer casam ento em que os cônjuges não tiverem um a


determinação ferrenha de permanecerem juntos a qualquer custo, será
como aquelas pontes romanas. Parecem seguras e poderão continuar em
pé... até que sejam colocadas sob intensa pressão. Aí, então, a camada
protetora rompe-se e o alicerce desaba. Parece-me que a maioria dos novos
casamentos hoje, como aqueles que disputavam o show pela televisão, está
numa das provas posição incrivelmente vulnerável. São relacionamentos
construídos sem qualquer reforço, que não suportarão o peso que terão
nos dias futuros. Eles não têm a determinação de sobreviverem juntos nos
dias vindouros.

Ao enfatizar a im portância de um comprometimento de amor,


contudo, o painel apresentado por aqueles seiscentos casais não se referia
apenas às grandes tragédias da vida, mas também às frustrações diárias
que gastam e rompem os relacionamentos. Estas pequenas irritações que
se acumulam com o tempo podem ser mais perniciosas ao casamento do
que as catástrofes que desabam sobre nossas vidas. É claro, há ocasiões
em todo bom casamento em que marido e mulher não gostam mais um
do outro, pensam que nunca mais voltarão a gostar de seu companheiro
ou da companheira outra vez. Assim são as emoções: elas se esvaziam
ocasionalmente como um pneu de automóvel que passa em cima de um
prego, e andar com um pneu vazio é uma experiência bem desagradável
para aqueles que estão dentro do carro.
Um anúncio que apareceu no jornal Rocky M ountains N ews prova o
que estou dizendo:
N e g ó c io d a C h in a .
Troco uma esposa problemática que não cozinha
Nem vai as compras, por um ingresso para
o Super Bowl. 2
Não aceito devoluções!
Chame o Jim, 762-1000
Urgente!

Jim disse que não estava brincando embora todos soubessem que ele
é um sujeito brincalhão e explicou que a idéia lhe ocorreu um dia após a
semi final do campeonato de futebol, quando caiu uma nevasca sobre a
cidade de Denver.

“Ela não quis ir fazer compras,” disse-nos ele. “Ela se recusava a sair
com a desculpa de que as ruas estavam escorregadias por causa da neve. E
me obrigou a ir sozinho. Depois de passar por isso várias vezes, pensei se eu
tivesse conseguido o ingresso nem voltaria pra casa!

Perguntaram a Sharon, que estava casada com ele havia dezoito anos,
o que ela achou daquele anúncio.

“Ele assinou sua sentença de morte!” respondeu.

A última vez que lhes telefonamos para ver como andavam as coisas,
descobrimos que eles haviam resolvido suas desavenças e continuavam
casados e felizes. Mas esta história tem uma mensagem a todos os recém-
casados. Não pense que vocês viverão um relacionamento tranqüilo. Haverá
ocasiões em que terão conflitos e desentendimentos. Além disso enfrentarão
tempos de mornidão emocional, ocasiões improdutivas em que ficarão
bocejando um para o outro. E como dizem, isso faz parte da vida!
O que você fará quando as tormentas inesperadas da vida se abaterem
sobre sua casa ou quando os vendavais rasgarem as velas, quebrando o
mastro de seu barco? Você fará as malas e voltará para a casa da mamãe?
Vai bater o pé, chorar e retroceder? Ou você agüentará firme, por causa
53
de seu compromisso? Estas perguntas têm de ser respondidas agora, antes
que Satanás coloque corda de desânimo em volta de seu pescoço. Aperte
os dentes e cerre os punhos. Nada, a não ser a morte, pode interpor-se
entre vocês dois. N ada!

E é essa determinação que está faltando em muitos relacionamentos


conjugais hoje. Li, há alguns anos atrás, sobre uma cerimônia de casamento
em Nova Iorque, em que os noivos se comprometeram a “ficar juntos
enquanto o amor durar.” Duvido que aquele casamento tenha durado muito.
Os sentimentos de amor são muito efêmeros e não conseguem manter um
casal por muito tempo. Os sentimentos de amor vêm e vão. Por isso nosso
grupo de seiscentos casais foi irredutível nesse ponto. Eles viveram o tempo
suficiente para saber que um compromisso matrimonial fraco inevitavelmente
terminará em divórcio.

A lg uém e sc r e v e u :

O casam ento não é um a terra encantada d e rom ances, m as v o cê p o d erá


criar um oásis d e am or no m eio d e um m undo cru el e in sen sível e agu en tar o
tranco.

O utra pe sso a d is s e :

N ão ex iste p e r fe içã o . Você p r ecisa en fren ta r os p r im e ir o s a n os d e


ca sa m en to co m u m a lice n ça d e a p ren d iz q u e lh e p e r m ita tra b a lh a r as
incom patibilidades. É um esforço contínuo.

Esses pontos de vista não nos parecem muito românticos, não é


mesmo? Acontece que eles estão cheios da sabedoria da experiência. Duas
pessoas não são compatíveis somente por se amarem e professarem a fé
cristã. Muitos jovens acham que o brilho e as flores que caracterizaram o
seu namoro durarão para sempre. Jamais creia nisso! E ingenuidade pensar
que dois seres com personalidades fortes se encaixem como as engrenagens
de uma máquina. Até mesmo as engrenagens, com seus múltiplos dentes
com cantos afiados, são primeiramente ajustadas ou esmeriladas antes de
trabalharem em perfeita harmonia.

Esse processo de ajuste geralmente ocorre nos dois primeiros anos


de casados e o fundamento de tudo o que virá a seguir é colocado durante
esses meses críticos. Na realidade, durante esse período, existe uma dramática
disputa pela posição de liderança no relacionamento. Quem vai liderar?
Quem vai seguir? Quem decide de que forma se gastará o dinheiro? Na
hora da discórdia, quem leva a melhor? No começo existe sempre uma luta
em que os casais medem forças, e as primeiras decisões que um casal toma
num casamento determinarão os passos que serão dados no futuro.

Eis aí o perigo! Citando o Senhor Jesus, Abraão Lincoln disse: “Uma


casa d ivid id a não pode su b sistir.” Se duas pessoas entrarem num
relacionamento conjugal predispostos para briga e nos dois primeiros anos,
sem alicerce, irá desmoronar. O apóstolo Paulo nos deu a perspectiva divina
dos relacionamentos humanos, não apenas nos relacionamentos conjugais
mas em todas as dimensões da vida. Ele escreveu: “N ada façais por
partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os
outros superiores a si mesmos.” (Fp 2.3)

Este versículo contém muito mais sabedoria do que todos os livros


de aconselhamento matrimonial do mundo. Se todos o obedecessem, o
divórcio seria eliminado dos catálogos da vida humana.

A terceira recomendação de nosso painel de seiscentos casais é um


elemento básico em qualquer casamento de sucesso. Trata-se da comunicação
entre marido e mulher. Este é um tópico que vem recebendo amplo debate
por parte de líderes especializados em casamentos, por isso falarei dele
resu m id am en te. Q uero ap resen tar alguns pensam entos sobre a

55
comunicação entre cônjuges que geralmente são deixados de lado. Creio
que serão de grande ajuda a todos os jovens casais.

Em primeiro lugar, devemos entender que o homem e a mulher


possuem outras diferenças que não foram mencionadas anteriormente. As
pesquisas indicam que as meninas são agraciadas com maior habilidade
de comunicação do que os meninos, talento que dura toda a vida! Trocando
em miúdos, ela fala mais que ele. Na idade adulta, ela consegue expressar
os seus sentimentos e pensamentos muito melhor que o marido e irrita-se
facilmente com o silêncio dele. Deus pode dotá-la com a capacidade de
falar 50 mil palavras por dia e o seu esposo com apenas 25 mil palavras.
Ele volta do trabalho tendo falado 24.975 palavras e m urm ura uns
grunhidos desordenados quando está em casa. Ele se senta na frente da
televisão querendo ver o jogo da quarta-feira à noite e a esposa ainda tem
25 mil palavras para falar.

Erma Bombeck reclamou dessa tendência dos homens afundarem-se


no sofá vidrados no noticiário esportivo enquanto suas esposas estão ávidas
por companheirismo. Ela propôs a criação de uma nova lei chamada “Lei de
Bombeck”, onde, de acordo com sua sugestão um homem que assistisse 168
mil jogos numa única temporada fosse declarado legalmente morto. Todas
as mulheres que são a favor desta lei digam “sim!”

A complexidade da personalidade humana garante exceções a cada


generalização. Contudo, todo conselheiro matrimonial bem informado sabe
que uma das maiores reclamações das mulheres é a incapacidade ou a falta
de disposição dos maridos em se abrir, revelando seus sentimentos à suas
esposas. Isto quase pode ser formado corno um princípio absoluto: Mostre-
me um marido quieto e reservado e eu lhe mostrarei uma esposa frustrada.
Ela quer saber o que ele pensa e o que se passa no seu trabalho; quer sua
opinião sobre os filhos e especialmente como ele se sente a respeito dela. O
marido, em contraste, acha que, a respeito de algumas coisas, o melhor mesmo
é nada dizer. E uma luta clássica.

O paradoxo é que, às vezes, uma mulher altam ente emotiva e


comunicativa é atraída pelo homem forte e silencioso. Ele parecia tão seguro
e “controlado” antes de se casarem. Ela admirava sua natureza calma e
frieza diante das crises. Então eles se casaram e ela não demorou muito
para descobrir o outro lado dessa sua força: ele não conversava! E então ela
rangeu os dentes nos quarenta anos seguintes porque seu marido não podia
lhe dar o que ela mais queria. Ele não conversava, nasceu para ser quieto!

Paul Simon escreveu uma canção intitulada “Sou uma Rocha”, na


qual expressa os sentimentos de um introvertido silencioso. A música fala
de uma pessoa que foi ferida, recolhendo-se interiormente em busca de
proteção. Ao ler essa letra, imagine os problemas de comunicação que um
marido assim e sua pobre esposa experimentariam no casamento!

E inverno.
Um daqueles dias escuros d e dezem bro,
e eu esto u só,
olhando p ela ja n ela
p a ra a rua lá em baixo
en volta num m anto silencioso d e n eve recém -caida

Sou um a rocha.
Sou um a ilha.

C onstrui muros,
forta lez a fu n d a e poderosa,
qu e n in gu ém p o d e penetrar.
Não p recisa d e am izade.
A am izade causa dor.
D esprezo seu riso e seu amor.

Sou um a rocha.
Sou um a ilha.

Não fa le d e am or;
Bem , j á ou vi esta pa la vra tantas vezes
qu e ela a d orm eceu em m inha m em ória...
P or isso, não quero despertar o sono
dos sentim en tos q u e m orreram .
Se nu nca tivesse am ado, ja m a is teria chorado.

Sou um a rocha
Sou um a iiha.

Tenho os m eus livros


e m inhas poesias com o p roteçã o;
estou p rotegid o p o r m inha couraça.
E scondido em m eu quarto
Seguro em m eu iitero.
A n in gu ém toco e ningu ém m e toca...

Sou um a rocha
Sou um a ilha.

E um a rocha não sen te dor;


e um a ilha nunca chora... 1

Infelizmente as esposas e os filhos das rochas e ilhas sentem dor e


choram! Mas qual a solução para os problemas de comunicação no lar?
Como os demais, a solução vem pelo compromisso. Um homem tem uma
clara responsabilidade de “promover a felicidade a mulher que tomou.”
(Dt 24.5) Ele não pode alegar uma “rocha” e que nunca mais vulnerável
outra vez. Ele tem de se esforçar para abrir o seu coração e compartilhar
seus mais profundos sentimentos com sua esposa. E necessário que ambos
gastem tempo em conversas significativas. Caminhar juntos, sair para
almoçar fora e andar de bicicletas num sábado de m anhã são boas
oportunidades para o diálogo que mantêm vivo o amor. A comunicação é
p o ssív el até mesmo em famílias em que o marido é introvertido e a mulher
extrovertida. Nesses casos, eu creio, a maior responsabilidade pelo
compromisso é do esposo.
Por outro lado, as mulheres devem aceitar o fato de que alguns homens
não podem ser o que elas querem que eles sejam. Já falei dessa necessidade
que as mulheres têm de aceitar essa realidade no livro: O que a Esposa
Gostaria que Seus Maridos Soubessem?

58

h
Algumas das mulheres que leram esse livro estão casadas com homens
que nunca entenderão as necessidades femininas descritas anteriormente.
A estrutura emocional deles não permite que compreendam os sentimentos
e as frustrações dos outros, especialmente os do sexo oposto. São homens
que jamais lerão um livro como esse e ficariam chateados se tivessem de ler
algo assim. Nunca lhes foi pedido “dar” e nem sabem o que é dar! Que
tipo de reação pode-se esperar de suas esposas? O que você faria se seu
marido não tivesse a sabedoria de ser o que você espera que ele seja?

Meu conselho é que você mude o que possa ser mudado, explique o
que pode ser entendido, ensine o que pode ser aprendido, corrija o que
pode ser melhorado, resolva o que pode ser consertado e negocie tudo
quanto esteja aberto ao ajuste entre ambos. Construa o melhor casamento
possível a partir da matéria-prima de dois seres humanos imperfeitos, cada
um com sua personalidade singular. Mas, apesar das arestas ásperas que
nunca poderão ser polidas e das faltas que nunca deixarão de existir, procure
desenvolver a melhor perspectiva possível e determine em sua mente aceitar
a realidade exatamente como ela é. O primeiro princípio da saúde mental
é aceitar aquilo que não pode ser mudado. Você ficaria louco tentando
resolver as circunstâncias adversas que estão fora de seu controle. Você
pode agüentar firme ou ser um covarde. A depressão é, muitas vezes, prova
de rendição emocional.

A lg uém e sc r e v e u :

A vida não p o d e m e oferecer alegria e paz.


Eu é q u e devo procurá-las.
A vida apenas m e con ced e o tem po e o espaço;
E m eu d ev er preenchê-los.

Você pode aceitar o fato de que seu esposo nunca preencherá todas
as suas necessidades e desejos? Raramente um ser humano satisfaz todos os
anseios e expectativas do íntimo do outro. Obviamente que essa moeda
tem dois lados: você também não é a mulher perfeita que ele tanto esperava.
Ele não está totalmente equipado para resolver todas as suas necessidades
emocionais, da mesma forma que você não consegue preencher todos os
seus sonhos sexuais vinte e quatro horas por dia. Ambos têm de lidar com
as fraquezas, faltas, irritações, cansaço e ocasionais “dores de cabeça”
noturnas. Um bom casamento não é aquele em que reina a perfeição, e
sim um relacionamento no qual uma perspectiva saudável supera uma
multidão de questões “não resolvidas.” Felizmente Shirley, minha esposa,
adotou essa atitude para comigo.

Tenho uma preocupação especial com as mães de crianças pequenas


que escolhem ficar em casa em tempo integral. Se ela olhar para seu
marido como o único com quem pode conversar, e como alguém que satisfaz
todas as suas necessidades emocionais, o casamento deles pode cair por
terra. Ele retorna para casa no fim do dia exausto à procura de um pouco
de “tranqüilidade,” como falamos anteriormente. Em vez disso, ele encontra
uma esposa ávida por atenção e apoio. Ao perceber que ele nada tem a
oferecer, se entristece. Ela fica deprimida ou irada (ou ambos), e ele não
sabe de que maneira poderá ajudá-la. Entendo essa necessidade feminina
e tenho tentado expressá-la para os homens. Indiscutivelmente, a total
dependência da mulher em relação ao homem coloca uma grande pressão
sobre o relacionamento conjugal. E às vezes ele se rompe devido à tensão.

O que fazer, então? Uma mulher com suas necessidades emocionais


normais não pode simplesmente ignorá-las. Elas exigem satisfação. Num
caso assim, costumo recomendar às mulheres que procurem suprir o que
seus esposos não lhes dão, cultivando amizades femininas significativas. E
muito importante para a saúde mental fazer amizades com outras mulheres,
falando de coração a coração, estudando as Escrituras e compartilhando
técnicas e maneiras práticas de criar filhos. Todas essas cousas podem servital
para saúde mental. Sem esse apoio adicional, a solidão e a baixa auto-estima
podem se acumular, a sufocar o casamento.

Essa questão de companhia feminina é uma solução tão óbvia que


alguém poderá perguntar se vale a pena mencionar. Infelizmente não é
tão fácil conseguir isso. Atualmente a mulher precisa procurar com­
panheirismo. Nos últimos anos temos testemunhado um esgotamento dos
relacionamentos entre as mulheres. Há cem anos atrás, esposas e mães não
tinham de procurar amizades femininas. Isto era normal em nossa cultura.
As mulheres moíam juntas o grão no pilão, lavavam suas roupas em grupos
à beira de rios e juntas trabalhavam nas obras de caridade da igreja. Quando
os bebês nasciam, a nova mamãe era visitada pelas tias, irmãs, vizinhas e
mulheres da igreja que vinham ajudá-la a trocar fraldas, alimentar e cuidar
do bebê. Havia um sistema automático de apoio feminino que tornava o
trabalho das mulheres mais fácil. A falta desse tipo de relacionamento
traduz-se rapidamente em conflitos conjugais e podem levar ao divórcio.

Às jovens esposas que estão lendo estas palavras, peço-lh es, p o r favor,
qu e não deixem este cenário a con tecer com vocês. Procure investir tempo em
amizades femininas, ainda que você viva demasiadamente ocupada. Resista
à tentação de se proteger dentro das quatro paredes de sua casa esperando
que seu marido seja tudo para você. Procure envolver-se juntamente com
toda a sua família numa congregação que atenda às suas necessidades e
pregue a Palavra de Deus. Lembre-se de que está cercada por um sem-
número de mulheres que têm os mesmos sentimentos e problemas que
você. Encontre-se com elas. Protejam-se mutuamente. Ofereça-lhes seus
préstimos, e nesse processo você aumentará sua auto-estima. Se você estiver
alegre, o seu casamento irá florescer. Parece uma solução simplista, mas é
assim que fomos feitos. Fomos criados para amar a Deus e amar também
uns aos outros. Privar-se de qualquer um a dessas funções pode ser
devastador.

2 N.T. Decisão de furebtíí americano.;


! i Am a Rock, 1965 Stmon, Paul. Direitos reservados:, l 's.itlc>com pcrmissím.
y m j ^ )ew & .
cho bastante interessante que Jesus,
que disse tantas coisas importantes e
através de Quem o universo foi criado,
falou mais sobre dinheiro do que sobre
qualquer outro assunto. Não só falou
repetidamente sobre ele, mas a maior
parte de suas declarações incluía advertência
sobre esse assunto. Ele teve um encontro dramático com um jovem rico. Ele
contou parábolas perturbadoras sobre Lázaro e o homem rico e sobre o rico
louco. Ele disse, “Porque, onde está o teu tesouro, ali também estará o teu
coração” (Mateus 6:21), e, “Não só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4:4) E, finalmente, Ele fez
uma pergunta que ecoou através dos tempos: “Pois, que aproveitará o homem
se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16:26)
Vinte séculos se passaram e ainda temos de lidar com esta questão
eterna. Durante todos estes anos que se passaram fica claro por que Jesus
enfatizou tanto os perigos do dinheiro. O homem o cobiçou, matou por
causa dele, morreu por causa dele e foi para o inferno por causa dele. O
dinheiro se colocou entre os melhores amigos e rebaixou o orgulhoso e
poderoso. E, ah, destroçou milhões de casamentos! O materialismo e as
dívidas devastaram mais famílias mais do que, talvez, qualquer outro fator,
e, acredite em mim, ele pode destruir seu casamento também.
Os homens e as mulheres tendem a ter diferentes sistemas de valores
que causam discussões a respeito de dinheiro. Meu pai, por exemplo, era
um caçador que não se importava em usar três caixas de balas para
espingarda numa só tarde de lazer. Mas se minha mãe gastasse a mesma
quantia em dinheiro em algo “inútil”, como um descascador de batatas,
ele acharia isso um desperdício. Claro que ela gostava tanto de fazer compras
quanto ele de caçar. Eles simplesmente viam as coisas de formas diferentes.
Em larga escala, a divergência pode produzir discussões catastróficas a
respeito de como usar os recursos limitados que temos.

éttfa e.a êá m ifo:

Curiosamente, aquelas pessoas que possuem recursos financeiros


ilimitados não estão isentos de problemas.
Um dos homens mais ricos do mundo, J. Paul Getty, possuía um
patrimônio que excedia a $ 4 bilhões de dólares em valor líquido. Veja o
que ele escreveu em sua autobiografia, e que foi citado no jornal Los A ngeles
Times, em 9 de janeiro de 1981.
“Nunca tive inveja... salvo pela inveja que sentia das pessoas
que possuíam a habilidade de fazer um casamento funcionar e
perseveravam com alegria. Esta é uma arte que nunca dominei.
M inha experiência: cinco casamentos e cinco divórcios. Em resumo,
cinco fracassos.”
O artigo continua:
“Ele denomina as lembranças de seu relacionamento com seus
cinco filhos de “dolorosas.” A maior parte de sua dor perpetuou-se
com seu dinheiro. O seu filho mais querido, Timothy, uma criança
frágil nascida quando Getty tinha cinqüenta e três anos, morreu em
1958 aos doze anos de idade, de complicações cirúrgicas após uma
vida de enfermidade longe do pai, que estava sempre em viagens de
negócios.
O utros m em bros da fa m ília G etty tam bém sofreram
circunstâncias trágicas. Um neto, J. Paul Getty III, foi seqüestrado
por um resgate de $ 2.9 milhões de dólares. Quando Getty se recusou
a pagar, os seqüestradores prenderam o menino durante cinco meses
e cortaram fora sua orelha direita. O filho mais velho de Getty
aparentemente cometeu suicídio em circunstâncias muito estranhas.
Outro filho, Gordon Paul Getty, parece levar um a existência
torturante. Ele era ridicularizado em cartas escritas por seu pai e era
o filho mais rejeitado. Outras situações tristes acompanharam outros
membros de sua desafortunada família.”
Muitos de nós não teremos de nos preocupar em administrar um
patrimônio do tamanho do de J. Paul Getty. Mas, independentemente de
nossa posição fin an ceira, há princípios m onetários que devemos
compreender e aplicar se quisermos proteger nossa família. Por causa da
natureza delicada desse assunto, buscaremos o conselho de um perito. A
seguir, leremos uma versão editada de um entrevista com Larry Burkett no
programa de rádio Focus on the Family. Larry é o presidente da Christian
Financial Concepts (Conceitos Financeiros Cristãos) e devotou sua vida a
ajudar famílias a viver com os recursos que possuem. Creio que o conselho
a seguir será especialmente útil aos casais mais jovens que estão definindo
seus hábitos financeiros para a vida toda. Agora é a hora de tomarmos
posse desses princípios fundamentais.

DOBSON: Larry, baseado em sua ex p eriên cia co m o co n selh eiro


fin a n ceiro , q u a l é o conselho m ais im p orta n te q u e p o d er ia d a r aos jo v e n s
casais sobre a adm inistração d e seu d in h eiro?

BURKETT: Sem dúvida, o primeiro conselho que dou é a respeito


do crédito e o seu potencial de destruir uma família. Como sempre enfatizo,
o crédito em si não é problema, mas o seu uso indevido é uma grande
ameaça ao bem-estar do lar. Nesse contexto, sempre digo aos casais para
colocarem um aviso em seus cartões de crédito: “Perigo! —Mexa com
cuidado!”
O crédito é algo muito acessível em nossa sociedade atual; ele pode
ser usado em qualquer tipo de gasto. É uma tentação para as famílias que
querem comprar coisas com cujo preço não podem arcar. Quando fazem
isso, elas não evitam o pagamento, mas somente o atrasam, ameaçando a
segurança financeira no futuro.

DOBSON: D escreva com o esse processo acontece. Como um jo v e m casal


ca i em p rob lem as sérios d e créd ito?
67
BURKETT: M uitos dos casais endividados que aconselhamos
iniciaram sua ruína financeira muito cedo no casamento. Enquanto ainda
ouvem o barulho dos sinos de casamento tocando no ouvido, começam a
fazer empréstimos para comprar carros, refrigeradores e lava-louças que
não podem pagar. Após dois anos de casamento, são esmagados pelos
pagamentos e decidem saldar as dívidas com um único empréstimo. Essa
manobra os ajuda a sobreviver àquele momento, mas na verdade somente
adiam o inevitável. Não mudam seus hábitos de compra e continuam a
usar o crédito como meio de lidar com emergências e para adquirir itens
desnecessários. Não demora muito e suas prestações ficam pesadas demais,
só que desta vez a dívida principal é bem maior. Isso leva a sentimentos de
desânimo e culpa, que os faz começar a discutir e culpar um ao outro por
seus problemas. Quando a situação chega a esse ponto, a falência e o divórcio
são o destino mais provável.

DOBSON: Esse tipo d e situação é co m u m ?

BURKETT: Infelizmente ela é bastante freqüente. Os estudos


indicam que aproximadamente 80 por cento dos casais que buscam o
divórcio apontam como centro de seus desentendimentos o dinheiro.

DOBSON: C om o p o d em evita r qu e as fin a n ça s e o casam ento deles


caiam p o r terra?

BURKETT: O dinheiro é a melhor área de com unicação no


casamento ou a pior. No início do casamento, um casal precisa lidar com
questões como: Quem irá fazer o balanço dos cheques dados? Quantas
vezes iremos jantar fora? Que tipo de carro compraremos? Como iremos
pagá-lo? Como usaremos os cartões de crédito?
Se um marido e uma mulher não conseguem ter uma conversa
significativa e chegar a um acordo sobre tais questões, provavelmente não
conseguem conversar a respeito de nenhuma outra área tão vital para um
relacionamento saudável. Por isso recomendo que todo casal se sente e
desenvolva um orçamento familiar. Não é uma idéia popular, mas creio
que muitas pessoas já tiveram péssimas experiências com orçamentos porque
não compreenderam o seu conceito. Há, de forma geral, três razões para
os casais falharem nessa área: p rim eiro , alguns homens pensam que o
orçamento é uma arma que podem usar para atacar os hábitos de compras
da esposa. Como resultado, ele se torna uma fonte de constante disputas e
brigas; segundo, algumas pessoas estabelecem um orçamento tão fora da
realidade que inevitavelmente acaba na lata do lixo; fin a lm en te, muitas
famílias tentam corrigir três anos de maus hábitos em três meses. Ficam
desiludidos com o processo do orçamento porque não obtiveram sucesso
imediato.

m y.as£oá- e íh n 04-

DOBSON: Q ual seria a defin içã o adequada d e orça m en to?

BURKETT: Um orçamento não é mais do que um planejamento de


despesas. Ele não limita nossos gastos, apenas os define. Ele se resume nesta
afirmação: “Temos uma certa renda, e é desta forma que iremos lidar com
ela.” Se um marido e uma mulher concordam com um plano básico e
aprendem a valorizar os bens um do outro, creio que começaram também
a ter uma melhora nas outras áreas de comunicação.

DOBSON: Como eles com eça ria m a d esen volver um esb oço p a ra o
p la n eja m en to dos gastos?

BURKETT: Aconselharia um orçamento anual. Um orçamento


fam iliar adequado não é um planejamento de gastos mensais: é um
planejamento anual.

DOBSON: Quais são as p rin cip a is categorias qu e p recisa m considerar,


e quais as p orcen ta gen s alocadas a cada um a destas áreas?

BURKETT: Preciso explicar que as porcentagens que sugiro são


apenas orientação. Primeiro, devem planejar os 10 por cento da renda
bruta para o dízimo da igreja local. E devem saber que o governo tirará 15
por cento de imposto de renda. Agora analisemos a quantia restante e
vamos dividi-la em algumas categorias com as respectivas porcentagens.

HABITAÇÃO 36% SEGURO 5%


Imposto predial Vida
Taxas de serviço público Saúde
Aluguel/Prestação da casa Hospitalar
Consertos

ALIMENTAÇÃO 22% VESTUÁRIO 5%

AUTO M ÓVEL 16% LAZER 8%


Prestação do carro Recreação
Combustível Férias
Consertos

VÁRIOS 8%

Obviamente, essas categorias e porcentagens variam de acordo com as


prioridades e preferências de cada família. Mas esta é uma boa forma de começar.

DOBSON; Explique com o tais quantias serão esp ecifica m en te usadas


nessas categorias. Você p o d e da r um exemplo?

BURKETT: Se você recebe o salário dividido em duas partes a cada


mês, recomendo que aloque a quantia para os gastos com lazer, convertendo-
a em dinheiro vivo e coloque esse dinheiro num envelope escrito “lazer”. Dessa
forma, quando você for a um restaurante, festa, ou cinema, use o dinheiro
desse envelope. A chave do orçamento é parar de gastar naquela área específica
assim que o envelope estiver vazio. Esta é a única forma de fazê-lo funcionar.

D O BSO N : Q ua n d o ob serv o essas p o r cen ta g en s, ten h o a certez a


d e q u e as p essoa s ch ega rã o à co n clu sã o d e q u e p r ecisa r ã o d e ou tra fo n t e
d e r e n d a p a r a isso d a r cer to . M a n d a r a esp osa tr a b a lh a r r e s o lv e o
p r o b le m a ?

BURKETT: Infelizmente, se a motivação for cobrir os gastos extras, o


emprego da mulher somente acelerará o dilema. Ela vai gerar uma renda
maior, que dará ao casal maior oportunidade de pegar empréstimos, e isso os
levará a uma dívida maior, contribuindo para um círculo vicioso, porque ela
será forçada a trabalhar para ajudar a fazer os pagamentos dos empréstimos.

DOBSON: Você não está sugerindo qu e as esposas recém -casadas nunca


deveria m p rocu ra r um em prego form a l, está?

BURKETT: Certamente que não. Não creio que a Bíblia proíba as


mulheres de trabalharem fora, somente as desencoraja. Apenas estou
sugerindo que todo casal jovem na idade de ter filhos evite depender da
renda da mulher. Eles devem aprender a viver com o salário do marido. Se
a mulher quer trabalhar, esse salário deve ser economizado, se possível. Se
comprometem-se a viver com o salário dela também, e ela fica doente ou
grávida, a pressão da necessidade da sua renda pode levá-los ao crédito,
conforme descrevemos anteriormente. Repito —a segunda renda não é o
problema. São as dívidas e os maus hábitos nos gastos que criam o problema.

DOBSON: Você nota algum a diferen ça en tre hom ens e m ulheres em


relação à a titu d e sobre o dinheiro?

BURKETT: Você poderá se surpreender, Dr. Dobson, mas na minha


experiência descobri que quem gasta mais dinheiro não são as mulheres,
conforme fui levado a crer. Por causa do impulso, uma mulher comprará
roupas ou comida demais. Por causa desse mesmo impulso, seu marido
poderá comprar um barco, carro ou avião.

DOBSON; Este é certa m en te um novo m odo d e p en sa r! N ão é verda de


q u e as m tãheres gera lm en te controlam os bens da fa m ília ?

BURKETT: Isso pode ser verdade, mas a maioria das famílias com
problemas financeiros chega a essa condição por causa do gasto impulsivo
do marido. Em geral, as mulheres são bem mais cuidadosas com o dinheiro
do que os homens. Elas tendem a ser mais preocupadas com a segurança
da família e possuem um medo inerente das dívidas. Por essa razão, sempre
enfatizo a importância da comunicação e do equilíbrio no relacionamento
do casal e das atitudes relativas ao dinheiro. M arido e mulher devem
concordar a respeito do orçamento. É um plano cooperativo. Deus quer
que marido e esposa sejam “uma só carne” (Gênesis 2:24). Esse princípio
deve certamente ser aplicado à área financeira.

f^2)iJÍcil?ne-nfe nos fotwawemoà


cfananciMos ou ecj.oütas yuando eítm noi- ooufiadoá
e-m- dònúlúi o f/ue tem ei com, os (xtfooá.

DOBSON; Q uem d ev e fa z er a con tabilida de da fa m ília ?

BURKETT: Partindo do princípio que o casal já concordou com


um planejamento de gastos, eu sugeriria que a esposa fosse responsável
pela contabilidade. Ela é tipicamente mais disciplinada e mais motivada a
fazer o orçamento funcionar. Isso não significa que o marido ceda sua
liderança na área de decisões financeiras. A pessoa que faz a contabilidade
simplesmente registra os gastos que já foram predeterminados.

DOBSON: Você concorda qu e a m aior responsabilidade das fin a n ça s


da fa m ília está nas m ãos do hom em ?

BURKETT: Assim como em outras áreas, o marido é designado pela


Bíblia como o líder da casa. Ele prestará contas a Deus do bem-estar de
sua família. Eu sempre aconselho que ele tenha uma atitude direta nas
finanças da casa se um problema surgir.

DOBSON: Q ue tipo d e seguro é adequado a um a fa m ília qu e luta


fin a n ceir a m en te?

BURKETT: Há duas perguntas fundamentais que precisam ser


consideradas em relação ao seguro. Primeira: Q uanto é necessário? O seguro
deve ser usado somente para as necessidades familiares, nunca como fonte
de renda. Muitos casais caem no erro de usar as apólices como investimento,
mas esses planos oferecem pouco retorno como investimento (talvez nem
consigam acompanhar a inflação) e só servem aos interesses da companhia
de seguro. O seguro deve providenciar renda suficiente para manter o
padrão de vida previamente sustentado pela pessoa com o maior salário da
casa antes de sua morte.
A segunda pergunta é: O quanto p o d em o s ga sta r? Como mencionei
em nosso conversa sobre orçamentos, um bom limite para essa despesa é
de aproximadamente 5 por cento da renda líquida. Para a maioria das
famílias, isso significa que o seguro mais simplificado é a única opção.

DOBSON: Se o seguro não é o m elh or investim ento, q u a l seria?

BURKETT: Devo iniciar meu posicionamento com o seguinte axioma:


“Se você quer meu conselho sobre investimentos, não siga o meu conselho.”
Sei o que funciona para mim, mas isso não significa necessariamente que
funcionará para outra pessoa. Entretanto, quero dizer que uma família
comum deve investir em coisas que possuam valor real —itens que sejam
bens materiais. Assim, o melhor investimento que um casal pode fazer é em
sua casa própria. O segundo melhor investimento é um imóvel para alugar.
Se eles tiverem dinheiro extra , é claro, querem usá-lo para comprar uma
casa, reformá-la e alugá-la. O valor de um imóvel vai subir mais rápido do
que qualquer outra coisa e possui um valor real. Todos precisam de um lugar
para morar, independentemente do que acontece na economia. Segundo,
permaneça numa área que você conheça. Não faça um investimento numa
área que você desconheça. Dificilmente vejo um médico ganhar dinheiro
fora da medicina. A maioria dos médicos ganha dinheiro na medicina e
depois perde tudo numa granja, sítio e poços de petróleo.

DOBSON: Gosto m u ito desta sua p ersp ectiv a , Larry, p o r q u e ela


representa verdades bíblicas qu e são relevan tes p a ra o casam ento. Você nos
deu m uito sobre o qu e pensar. Se pu desse resum ir todos os seus conselhos em
p o u ca s palavras o que diria?

BURKETT: Deixe-me concluir repetindo três palavras simples: Não


faça dívidas. Se um casal jovem não conseguir se lembrar de nada que
falei e guardar esse único conceito, pode assegurar-lhe que o futuro
financeiro de sua família não será fonte de problema.
Como consideração final sobre os comentários de Larry Burkett,
gostaria de enfatizar o princípio bíblico do dízimo. Aprendi a dar um décimo
de minha renda à igreja quando era aluno da pré-escola. Minha avó costumava
me dar um dólar de vez em quando e ela sempre me instruía a dar dez
centavos na igreja no domingo de manhã. Tenho dado meu dízimo daquela
época até hoje. Sempre vi meu pai contribuindo de seus recursos limitados
não só com igreja, mas com qualquer pessoa que esteve com necessidade.
Meu pai era muito sensível aos que tinham fome. Ele era um evangelista
que viajava para muitos lugares para encontros de avivamento. Viajar custava
caro, e ele nunca tinha mais dinheiro do que era absolutamente necessário. Um
dos problemas era como as igrejas pagavam as pessoas que tinham um ministério
naquela época. Os pastores recebiam um salário, mas os evangelistas recebiam
somente quando trabalhavam. Dessa forma, a renda de meu pai cessava
abruptamente durante o feriado de Ação de Graças, Natal, férias de verão ou
qualquer outra época de descanso para ele. Talvez por isso é que estávamos sempre
em maus lençóis quando ele estava em casa. Mas isso não impediu meu pai de
contribuir.
Lembro-me do meu pai indo pregar numa pequenina igreja e voltando
para casa dez dias depois. Minha mãe o cumprimentava afetuosamente e
perguntava como tinha sido o avivamento. Ele sempre se animava com esse
assunto. Eventualmente, em momentos como esse, ela perguntava-lhe como tinha
sido a oferta. As mulheres têm um jeito de se preocuparem com coisas desse tipo.
“Quanto lhe pagaram?” - ela perguntava.
Ainda consigo imaginar o rosto do meu pai sorrindo e olhando para
o chão. “A h...” ele gaguejava. Minha mãe dava um passo atrás e o olhava
nos olhos.
“Oh, entendi,” ela dizia. “Você deu o dinheiro para alguém, não
foi?”
“M yrt,” ele dizia, “o pastor daquela igreja está numa situação difícil.
Os filhos dele são tão necessitados. Partiu meu coração. Os sapatos deles
estão furados e um deles vai para a escola no frio da manhã sem um casaco.
Senti que deveria dar os meus 50 dólares para eles.”
M inha bondosa mãe olhava intensamente para ele por um minuto e
depois sorria. “Claro, se Deus mandou você fazer isso, por mim tudo bem.”
Então, alguns dias depois o inevitável acontecia: a família Dobson
ficava completamente sem dinheiro. Não havia reservas para nos sustentar.
Essa era a ocasião em que meu pai nos reunia no quarto para orar. Lembro-
me desse dia como se fosse ontem. Ele orava primeiro.
“Oh, Senhor, prometeste que se fôssemos fiéis a Ti e a Teu povo em
nossa abundância, não esquecerias nossa família na necessidade. Tentamos
ser generosos com aquilo que nos deste e agora precisamos de Tua ajuda.”
Um impressionado garoto de dez anos chamado Jim m y (Dr. Dobson)
observava e ouvia com bastante atenção naquele dia. O q u e a con tecerá ?
Ele imaginava. Será qu e D eus ou viu nossa oração?
No dia seguinte, um inesperado cheque de 1.200 dólares chegava
pelo correio. Sinceramente! Era como acontecia, não somente esta vez, mas
muitas vezes. Vi o Senhor compensar a generosidade de meu pai passo a
passo. Não, Deus nunca nos fez ricos, mas minha fé cresceu vertiginosamente.
Aprendi que não podemos ser mais generosos do que Deus!
M eu pai continuou a dar generosamente durante sua meia-idade e
nos seus sessenta anos. Eu me preocupava como ele e mamãe iriam fazer
com a aposentadoria, porque só conseguiram economizar um pouquinho
de dinheiro. Se o papai ganhasse muito dinheiro no futuro, ele daria para
alguém. Ficava imaginando como exatamente eles viveriam com a ninharia
que pagavam aos obreiros de nossa denominação. (Quando minha mãe
ficou viúva, ela recebia somente 80,50 dólares por mês, depois de meu pai
ter passado quarenta e quatro anos na igreja). E uma vergonha como
tratamos financeiramente os obreiros aposentados e suas viúvas.
Um dia meu pai estava na cama e minha mãe estava se vestindo. Ela
se virou para olhá-lo e ele estava chorando.

“Qual o problema?” - ela perguntou.


“O Senhor acabou de falar comigo,” ele respondeu.
“Você quer falar a respeito?” - ela o incentivou.
“Ele me falou algo sobre você.” Papai disse.

Ela então pediu que ele falasse o que o Senhor lhe havia dito.
Meu pai disse: “Foi uma experiência estranha. Eu estava deitado
aqui pensando sobre muitas coisas. Não estava orando e nem pensando
em você quando o Senhor me falou: ‘Vou cuidar de M yrtle’.”

78
Nenhum dos dois compreendeu a mensagem, mas simplesmente a
arquivaram na gaveta das coisas incompreensíveis. Mas, cinco dias mais tarde,
meu pai teve um ataque do coração fulminante e três meses depois ele faleceu.
Aos sessenta anos, esse bondoso homem que me deu seu nome, foi se encontrar
com Cristo, a Quem ele amou e serviu durante todos aqueles anos.
Eu estava felicíssimo de testemunhar o modo como Deus cumpriu Sua
promessa de cuidar de minha mãe. Mesmo quando ela estava sofrendo de
estágio avançado da doença de Parkinson e necessitava de cuidados constantes
a preços astronômicos, Deus providenciou tudo. A pequena herança que o
papai deixou para a esposa multiplicou-se nos anos após sua morte. Era
suficiente para pagar tudo de que ela precisava, incluindo o maravilhoso e
amoroso cuidado médico. Deus estava com ela de uma forma ou de outra,
gentilmente a segurando em Seus braços, até que Ele a levou para casa. No
final, meu pai nunca chegou perto de ultrapassar a generosidade de Deus.

(/ rr/S j/fff
do seu- din/i-ei/m . Q/M aí, -twcê e
eu/w-ecàamoá- dcw-.

Deixe-me persuadi-lo a dar generosamente não só para sua igreja, mas


também para os necessitados a quem Deus coloca em seu caminho. Não há
melhor forma de colocar as coisas materiais e o dinheiro na perspectiva correta.
Dificilmente nos tornaremos egoístas ou gananciosos quando estamos ocupados
demais dividindo o que possuímos com os outros. Veja, Deus não precisa de seu
dinheiro. Ele poderia sustentar Seu ministério com um único leilão de gado (Ele
possui todo o gado do mundo). Mas você e eu precisamos dar! Aqueles que
compreendem e agem de acordo com esse princípio bíblico descobrirão que Ele
é fiel “para abrir as portas do céu e derramar bênçãos sem medida.” (Ml 3:10) E
não se esqueça da maior de todas as bênçãos: as crianças impressionáveis de
cabelos encaracolados que estão a seus pés estão observando tudo e um dia levarão
essas boas novas às outras crianças! Este pode ser seu maior legado nesta terra.
ow da, d e dow òoa

d o ùxÿi& e d o m x i^ld o e d o <XMWiAa

Ÿ ^ e o le d em xym úm fów-

^u o m co m eéa .
tOMCOA (S ec
eo co

impossível dizer a um jovem casal tudo o que eles


precisam saber a respeito do relacionamento sexual de
forma tão resumida, por isso nem tentarei fazê-lo. Ao
contrário, recomendo aos casais que procurem saber
tudo sobre o sexo antes da lua-de-mel. O Dr. Ed Wheat
tem uma série de fitas intituladas B efore the W eddingN ight
(Antes da Noite de Núpcias), que podem ser adquiridas
nas livrarias cristãs. É um material que pode ser ouvido pelos noivos e depois
discutido por eles. Ao contrário do que o título sugere, o material também
pode ser utilizado por aqueles que já são casados.

Vamos nos deter apenas em dois pontos muito importantes, conceitos


básicos que poderão ajudar a eliminar a ansiedade e os conflitos entre os
noivos.

1. N ão fi q u e su rp reso se a rela çã o sex u a l é m en os in ten sa d o q u e se


esp era d u ra n te a lu a - d e-m el. Os jovens que se mantêm virgens até a noite
de núpcias poderão ter uma expectativa muito maior do que a realidade.
Os que já tiveram relações sexuais poderão ter algum desapontamento.
Como o desejo sexual é maior quando se anseia pelo fruto proibido do que
quando o sexo é obrigatório, como no caso da lua-de-mel, os momentos de
sexo feitos de forma furtiva no passado podem ter superado a experiência
matrimonial em intensidade e prazer.
Cada casal é diferente, claro, e não se pode generalizar as experiências.
Contudo, é bastante comum ocorrem problemas sexuais (esfriamento
sexual, pelo menos) no início da vida conjugal. A transformação de “não
farás” para “farás regularmente e com muita paixão,” não é tão fácil para
algumas pessoas. Demora algum tempo até que uma forma de pensar ceda
à outra. Em segundo lugar, a relação sexual dos seres humanos é um processo
mental altamente complexo. Nos animais, a cópula é apenas uma questão
de hormônios e de oportunidade. Nas pessoas, contudo, a disposição, o
ambiente, o senso de privacidade, os aromas, a imagem, a atitude do
parceiro e a própria modéstia, tudo isto faz parte do jogo. Por isso você não
deve ficar surpreso nem desapontado se as coisas não derem certo na
primeira noite... ou mesmo durante o primeiro mês.

& 'sexo fw de- excitante- e tio-n-o-


m e-tí/w de/w /s </e 3 0 ou- bO <Mies de máct/me-néo-,
/>< /:>os cê>}j.(i<jfes m u d a esta^yuo- afi-^eM-d^ado-
co-m-o- a^m-dcoK u-m ao ca /t o-

Erma Bombeck chega ao ponto de recomendar uma lua-de-mel


separada para maridos e mulheres. Isso é loucura, é claro, mas as primeiras
duas semanas de vida conjugal podem produzir algumas experiências
hilariantes. A melhor história de lua-de-mel que ouvi até hoje aconteceu
com uns amigos nossos. Depois de um luxuoso casamento, eles foram para
um hotel e se hospedaram em uma suíte nupcial. O jovem recém-casado
entrou no banheiro para tomar uma ducha refrescante enquanto a jovem
esposa aguardava sua entrada triunfante no quarto. Enquanto ele estava
tomando banho, ela notou que haviam colocado uma grande garrafa de
champanhe sobre a mesinha do apartamento, com um cartão de felicitação
do hotel. A noiva nunca havia ingerido bebida alcoólica em toda a vida, mas
então se lembrou de que seu médico havia recomendado um pequeno cálice
de vinho para relaxar na noite de núpcias. “Por que não?” pensou! Ela encheu
uma taça borbulhante de champanhe e gostou. Encheu mais outra, e tomou.
Continuou a beber aquela bebida doce até quase esvaziar a garrafa! O
noivo saiu do banheiro cheio de expectativa e encontrou sua noiva rindo
sem parar com aqueles olhos turvos e completamente bêbada.. Perfumado
com a melhor loção pós-barba, ele sai do banheiro e encontra sua esposa
cheirando a bebida. Ela começou a passar mal e a vomitar, até mesmo o
bolo do casamento, por várias horas. Aquilo, é claro, esfriou os ânimos do
noivo consideravelmente. Ele ficou ali sentado ao lado dela durante toda a
noite e ajudou-a a vestir-se quando a manhã chegou. Afinal, tinham que
pegar um avião para o Havaí e a jovem esposa estava em péssimas condições
de viajar. Ela ainda estava bêbada e foi levada cam baleando para o
aeroporto. Ficou assim durante uns dois dias. A estas alturas o noivo já
havia esquecido o que fora fazer. Esse simpático casal está casado há mais
de vinte e dois anos e ela nunca mais bebeu uma taça de champanhe. Eles
poderão afirmar-se você perguntar, que lua-de-mel é sinônimo de encrenca.

Se a sua lua-de-mel também foi uma comédia trágica, anime-se! As


coisas vão melhorar. Você aprenderá. O fantástico é que o sexo pode ser
excitante e novo mesmo depois de trinta ou quarenta anos de casamento,
pois os cônjuges ainda estarão aprendendo como agradar um ao outro. É
só não entrar em pânico quando as coisas não acontecerem como a gente
pensava. Q uando os medos e fracassos ocorrem logo no início do
relacionamento conjugal, podem bloquear a reação sexual para evitar uma
dolorosa crise emocional. Isso não precisa acontecer desde que os noivos
partam para a noite de núpcias com expectativas normais. Lembrem-se:
vocês têm toda a vida para desfrutar plenamente um do outro. Nao exija
muito logo no começo... e fique longe do champanhe.

2. O h o m em e a m u lh er têm d iferen ça s sign ifica tiv a s em seu a p etite


sex u a l e tais d iferen ça s d ev em ser co m p reen d id a s p o r am bos. Para o homem,
o ato sexual é mais fisiológico do que para a mulher. Isso quer dizer que ele
se sente estimulado mais facilmente pelo que vê e normalmente fica excitado
mais rapidamente do que ela. Em poucos instantes, a idéia de relação sexual
entra em sua mente e quatro ou cinco minutos depois pode terminar a
relação e dormir em seguida. Ela fica acordada, triste, lamentando a rapidez
do ato. Uma mulher chegou a me dizer que sua vida sexual com o marido
parecia com um daqueles filmes do cinema mudo...Eles nunca trocaram
uma palavra sequer. O filme poderia ser chamado de “Romance de
Pedra.”

(râJejifrmenfoí yuc mna mttiAer hm


je.w eom a marido- ião-, u a ‘rea/ic/ctde^
itté-ft re-cfnée- (/o re/trciojm m r/iJo 7'omãn/ico-

O marido e a esposa devem entender que ela não funciona assim.


Em primeiro lugar, os sentimentos que uma mulher tem a respeito do sexo
com o marido são, na realidade, um subproduto do relacionamento
romântico de ambos naquele momento. Se ela se sente próxima do marido,
am ada e protegida por ele, então é mais fácil desejá-lo fisicamente.
Simplesmente olhar o corpo dele não é o mais importante para a mulher.
Sim, ela tem interesse na aparência dele, mas a onda de paixão vem não
por causa de um olhar furtivo, mas pela qualidade da interação existente
entre eles. A paixão pelo marido vem do toque e da ternura que ele
demonstra por ela.

As diferenças entre os sexos foram estudadas cientificam ente e


comprovadas na prática. Há alguns anos, a colunista Ann Landers recebeu
o seguinte desafio de uma leitora:

Q uerida A nn Landers:

M uitas vezes, sin to -m e ten ta da a lh e escrever expressando um


p o n to d e vista d iferen te quando não con cord o com as cartas qu e chegam
a té você. N unca tive tanta von ta de d e expressar o qu e sinto com o agora.

N ão posso descan sar en q u a n to não resp on d er ao h om em q u e


qu eria fa z er um im plante d e pênis. Ele disse qu e a an siedade em não
p o d e r com pletar o ato sexual com a m u lh er qu e ele am a o estava deixando
louco, p o is ele sabia qu e ela estava se sentindo fu s tr a d a e insatisfeita.
Tenho apenas um a pa la vra p a ra ele. B esteira! Isso não passa d e
seu ego fa la n do. Ele é m esm o egoísta. Ele ignora com p leta m en te as fu n çõ es
em ocionais e física s d e um a mulher. Se v ocê p ergu n ta r a cem m ulheres o
q u e elas m ais go sta m no ato sexual, n o v en ta e o ito d ela s d iria m :
“S im plesm ente m e abrace e seja carinhoso. Esqueça o ato sexual. ”

Se vo cê não crê nisso, p o r qu e não fa z um a pesquisa in tera tiva ?


Você tem m uitos leitores e as pessoas lhe dizem coisas qu e n u n ca diriam
a n in gu ém mais. Você estaria disposta a p ergu n ta r sobre esse assunto às
m iãh eres?

Sua f i e l leitora d e longa data, no O regon

ANN RESPO ND EU :

Q u e r id a F ie l :

“Aceito o desafio! Estou pedindo às mulheres que leiam meus


artigos e que me enviem um cartão postal ou uma carta respondendo
à seguinte pergunta: Você ficaria satisfeita sentindo-se ternamente
abraçada e tratada cordialmente a ponto de esquecer “o ato sexual?”
Responda SIM ou NÂO e apenas acrescente se você tem mais ou
menos de 40 anos. Não é necessário se identificar.”

Alguns meses mais tarde, Ann publicou as conclusões da pesquisa


em sua coluna.

“Bem, meus leitores, até o dia de hoje recebi mais de noventa mil cartas e
outras ainda continuam chegando. Há tantas cartas em meu escritório que
parece ter passado um furacão por aqui. Tivemos de pedir ajuda extra a alguns
funcionários. Eles estão fazendo horas extras e trabalhando nos fins de semana,
mas mesmo assim os malotes se multiplicam como coelhos. A única vez que
recebemos tantas cartas foi quando pedi que vocês recortassem a coluna escrita,
assinassem e a enviassem ao Presidente Reagan. Aquela coluna foi sobre a guerra
nuclear. Essa pesquisa sobre sexo teve mais resposta que os pedidos de bolo
83
de carne, da torta de limão e a pesquisa que perguntava aos pais: “Se você
tivesse que começar tudo de novo, você teria filhos?” (Setenta por cento
disseram que não)

Ainda bem que a maioria das que responderam enviaram um cartão


postal, mas, um número surpreendente de mulheres se sentiram impelidas
a escrever cartas. Algumas escreveram três ou quatro páginas falando de
como se sentiam sobre o assunto.

Creio que o grande interesse por esta pesquisa mostra o que se passa
por trás das portas fechadas dos quartos de casal do mundo todo. Lembrem-
se de que minha coluna de jornal é publicada no Canadá, na Europa, em
Tóquio, Hong Kong, Bangkok, na cidade do México e em muitas cidades
ao redor do globo. E as cartas vieram de toda parte. Isso mostra como
anda a comunicação e a satisfação (ou a falta dela) num grande número de
casais que mantêm relações sexuais, casados ou não.

Vocês acham que eu fiquei surpresa com o resultado da pesquisa?


Sim, mas não muito. Lu já imaginava o que ia acontecer, mas jamais
imaginei que noventa mil mulheres seriam impelidas a se expressar sobre
um assunto tão íntimo. Jamais imaginei também que tantas mulheres
falariam tão ardentemente sobre suas vidas sexuais.

Para mim, a maior revelação é o que a pesquisa mostra sobre os


homens como parceiros. Claramente, há problemas no paraíso.

Amanhã mostrarei os resultados e o resumo de algumas cartas. A


coluna do jornal de amanhã, tenho certeza, será assunto para as conversas
nos bares, restaurantes, barbearias, salões de beleza e aulas de sociologia
por um bom tempo!

No dia seguinte ela divulgou os resultados da pesquisa. Veja o que


ela descobriu:

Mais de noventa mil mulheres enviaram suas respostas. Setenta e dois


por cento delas responderam “sim”: elas ficariam mais satisfeitas ao serem
abraçadas e tratadas com carinho por seus maridos do que com o ato sexual.
Destes setenta e dois por cento, quarenta por cento tem menos de quarenta
anos de idade. Este foi o aspecto mais surpreendente da pesquisa.

Muitas das mulheres que responderam “não” disseram que precisavam


do clímax sexual para acalmar as tensões físicas. Outras responderam que
desejavam o máximo de prazer; qualquer coisa menos que isso faria com
que se sentissem exploradas e usadas.

Uma mulher de 32 anos de Atlanta, disse assim: “Ele insiste em ficar


satisfeito e por que eu também não poderia?”

C olum bus, Ohio. Tenho menos de 40 anos e gostaria de ouvir palavras


românticas, sentir um pouco de ternura e calor humano. O resto é chato
e cansativo. Tenho certeza de que o ato sexual foi projetado apenas para o
prazer do homem.

A chorage, Alaska. Tenho menos de 40. Para ser exata, 26 anos. Quero
ter três filhos, por isso é claro que preciso mais do que diálogo. Depois que
tiver minha família, ficarei feliz em dormir num quarto separado. O sexo,
para mim, nãõ significa nada.

W estport, C on n ecticu t. Digo sim. Meu marido é diabético e não


fazemos sexo há dez anos. Teria votado pelo sim, mesmo vinte anos atrás.
Ele nunca se importou em me satisfazer quando estava bem de saúde. Sua
doença foi uma bênção para mim!

Kansas City. Tenho 55 anos e voto sim. A melhor parte são as carícias,
os carinhos e as palavras ternas que acompanham o momento. M eu
primeiro marido costumava violentar-me cinco vezes por semana. Se um
estranho tivesse me tratado daquela maneira, eu o teria colocado na cadeia.

C hicago. Eu não quero nem palavras de carinho nem o ato. Meu marido
ficou impotente há dez anos por causa do álcool. A única palavra que gostaria
de ouvir dele é “adeus”, mas o vagabundo não me abandona.
H elena, M on ta n a . Não. Tenho 32 anos. Dizer que as carícias e as
palavras ternas são suficientes é como se contentar o cheiro do pão assado
e ignorar a nutrição que oferece. Quem pensa diferente deve estar louca!

Texarkana. Sim. Sem o abraço terno, o ato é animalesco. Durante


anos, odiei o sexo e me senti usada. Fiquei aliviada quando meu marido
morreu. M eu companheiro atual toma pílulas para o coração que o
deixaram impotente. Ser abraçada e acariciada é como estar no céu!

W ashington, D. C. Sim. Sim, um milhão de vezes, sim! Como gostaria


de ouvir palavras de carinho. Seria o suficiente. Meu companheiro nunca
diz uma palavra. Se eu disser alguma coisa, ele fala: “Fique quieta! Você
está estragando tudo!”

Eureka. Tenho 62 anos e voto pelo não. Se meu marido já estivesse


velho para ter relações sexuais, eu me contentaria em ser abraçada como
no namoro. Mas, enquanto ele puder fazer tremer as paredes e acordar os
vizinhos do andar de baixo, eu quero desfrutar ativamente do ato sexual. E
vou querer bis sempre que for possível.1

Você teria imaginado que setenta e dois por cento das mulheres
entrevistadas preferem o carinho, a ternura e um abraço fraterno ao ato
sexual? Sim, eu poderia tê-lo imaginado, depois de entrevistar mais de dez
mil mulheres! A coisa toda que a mulher, freqüentemente, se resume em
sexo para obter um pouco de intimidade, e o homem oferece a intimidade
para fazer sexo. Creia-me: essa diferença tem grandes implicações. Um
homem pode brincar de amor na cama mesmo depois de ter discutido
toda a noite com sua esposa. De alguma forma, esta até pode ser até mais
estimulante para ele “conquistar” sua esposa, que se envolveu numa disputa
verbal com ele. Mas ela se sente usada quando pratica o sexo sob tais
circunstâncias com seu marido quase como uma prostituta. Essa diferença
vem produzindo um milhão de confrontos irados entre maridos e esposas
que realmente não compreendem as frustrações um do outro. Já que as
mulheres são mais românticas, o homem que deseja ter um relacionamento
sexual excitante com sua esposa deve lhe dar muita atenção nas demais 23
horas e meia do dia. Ele deve elogiá-la, trazer-lhe flores e mostrar-lhe
carinho. Estes são os ingredientes de uma genuína paixão. O autor Kevin
86
Leman vai mais longe. Ele disse que o melhor dos afrodisíacos é o marido
levar o lixo da casa para a rua. E eu concordo.

Se um homem deseja aproveitar ao máximo a dimensão física do


casamento, ele deve procurar preencher as necessidades m entais da esposa
tanto quanto as necessidades de seu corpo. Estas coisas não podem ser
separadas. Por outro lado, a mulher deve apresentar-se o mais atraente
possível ao seu marido. Esqueça os rolos de cabelo, os cremes de máscara
facial e os pijamas de flanela. Ele foi criado para ver e ela criada para sentir
o toque do amor. Se cada um deixar de lado o seu egoísmo, poderá
aprender a excitar o outro. As diferenças entre eles é que tornam o jogo
interessante.

Concluindo, o melhor do sexo é quando os dois “esquecem o mundo,”


excitando um ao outro com paixão e sem inibições. Geralmente isto é o
que acontece quando cada um se sente respeitado pelo outro e quando o
ato sexual é apenas um instrumento para a expressão do amor. E é assim
que o sexo deve ser. Quando não há ternura nem afeição, a emoção
momentânea da relação sexual se torna em desgostos e aborrecimentos.
Cede lugar a repulsa e enfado de forma crítica. Pergunte aos freqüentadores
dos bares noturnos que dormem com uma pessoa diferente a cada noite.
Eles ou elas lhe dirão que não há satisfação real em fazer sexo com um
estranho. Qualquer cachorro vira-lata pode fazer isso. O desafio está em
alcançar uma união sexual monogâmica, amorosa, carinhosa, romântica,
mutuam ente satisfatória. Depois que você descobrir a fórmula dessa
experiência, poderá repeti-la por toda a vida.

Este deve ser o seu alvo... mas não espere que tudo isto aconteça
durante a sua lua-de-mel.

1 Da coluna de jornal áeArin Landers. Los Angeles Times Syndicate. Usado com
o

4- m x iM x Á z r tn w U o A d a â 0 â

fé h fi co ^ m o

d o m x z / i^ n < > .
1 csá u<
4 áaâá-MU)â ao

Iguns anos atrás saí era férias com toda


minha família e nossa parte final foi
Washington, capital dos Estados Unidos.
Alguém me disse que haveria uma
palestra a respeito da família na Casa
Branca naquele dia e, no último minuto,
decidi participar. Como eu não fazia parte da lista
dos convidados, demorei mais de dez minutos para ser autorizado pelos seguranças
da Casa Branca e consegui entrar na sala de reuniões no exato momento em que
anunciavam a primeira palestra. Sentei-me na fileira logo atrás de minha amiga
Lalani Watt, esposa do então Secretário do Interior, James Watt.

Lalani me cumprimentou, dizendo: “Acho que eles não trataram


como você merece.”

Respondi-lhe: “Por que não? O que você quer dizer?”

Ela retrucou: “Eles não lhe deram tempo suficiente.”

“Tempo?”, indaguei. “Mas tempo para quê?”

“Ué, tempo para falar,” disse-me ela. “Você não sabia que você faz
parte do programa de hoje?”
Naquele exato momento um ajudante da Casa Branca bateu no meu
ombro, perguntando-me se poderia acompanhar-me até a plataforma.
Parece-me que os coordenadores da conferência ficaram sabendo que eu
estaria ali, mas não me avisaram que eu seria um dos palestrantes! Fiquei
chocado ali na plataforma, olhando aqueles duzentos profissionais que
aguardavam uma palavra de sabedoria de minha parte. Olhei para os meus
pés e vi que minhas meias eram marrons e não combinavam com meu
terno azul; eram as únicas roupas limpas na mala ao final das longas férias.

Não sei se deram importância ao que falei naquele dia. Tenho dúvida
se captei a atenção da audiência, mas, com certeza, o pessoal em serviço da
Casa Branca captou a minha! Em apenas quatro segundos, sai de um estado
de letargia e sonolência para um estado de atenção total! Felizmente para
os participantes, havia outros palestrantes no programa do dia e um deles
falou coisas que jamais esquecerei.

Refiro-me ao Dr. Armand Nicholi, psiquiatra da Faculdade de


M e d ic in a da U n iv ersid ad e de H arvard e do H o sp ital G eral de
Massachusetts. Ele abordou o tema da paternidade e especialmente como
ela afeta a saúde mental dos filhos. Gostaria que todos os pais tivessem
ouvido suas observações citando as últimas pesquisas sobre as conseqüências
do divórcio e da desintegração da família.

De acordo com o Dr. Nicholi, é fato reconhecido na medicina que o


desenvolvimento emocional dos filhos está diretamente ligado à existência
de uma interação contínua, calorosa, edificante, constante tanto com o
pai como com a mãe. Qualquer coisa que interfira no relacionamento vital
pode trazer conseqüências permanentes para a criança. Uma pesquisa
famosa revelou que noventa por cento das crianças de pais divorciados
com qualquer dos pais sofrem um estado agudo de choque quando ocorre
a separação, incluindo uma profunda tristeza e medos irracionais.
Cinqüenta por cento disseram que sofriam de rejeição e de sentimentos de
abandono e, de fato, metade dos pais não mais visitavam os filhos três
anos após o divórcio. Um terço dos meninos e meninas temiam ser
abandonados pelo pai ou pela mãe com o qual passaram a morar, o que
92
para os pesquisadores indicava ser um quadro “alarmante.” E o que é mais
significativo ainda: trinta e sete por cento das crianças sentiam-se mais
infelizes e insatisfeitas cinco anos após o divórcio do que nos primeiros
dezoito meses da separação. Em outras palavras, o tem po não cu rou suas

Em resumo, o Dr. Nicholi disse que a solidão que o divórcio traz


para as crianças é tão intensa que a dor que elas sentem não pode ser descrita
ou sequer imaginada.

Todos sabemos que o divórcio vem sendo visto nas últimas três décadas
como uma forma de modismo para resolver os problemas conjugais. Livros
como C reative D ivorce descrevem o divórcio como o começo de uma nova
vida que é “o melhor que pode acontecer” para toda a família. Mas isto é
uma mentira! O divórcio traz resultados devastadores não apenas para os
filhos, mas também para os pais feridos e revoltados! As mulheres pagam o
m aio r preço mesmo quando são elas que decidem rom per o
relacionamento.

Ç & Jio/icteo. y.t/fí o di-uévcm foax, as


o - ! « / t r a i <' /ãv f/ t/ vju a y u e » d < :r eá a

senfem - n ã -a fm d v íw de&cr-ita f. . J
a tem fto- n ã o eu * a iu m fê m d m .

Deixe-me explicar. Sempre existiram e existirão homens irresponsáveis,


infiéis às suas esposas ou que abandonaram os seus lares e esta é a causa de milhões
de lares destroçados. Mas em minha geração o casamento começou a se
desintegrar por outras razões. As mulheres, encorajadas pela nova liberdade social
e pela segurança financeira estão mais dispostas a se divorciarem. Costumo
aconselhar mulheres frustradas, que estavam determinadas a obter o divórcio
não porque seus maridos eram infiéis ou irresponsáveis, mas porque estava faltando
o amor romântico em seus relacionamentos. Essas mulheres expressam sua ira e
ressentimento em relação aos maridos que não estavam dispostos ou eram
incapazes de preencher suas necessidades emocionais básicas.
Eu não pretendo minimizar a angustiante “fome profunda” que as
mulheres descrevem tão freqüentemente, mas quero dizer que o divórcio
não é a resposta! Aqueles que buscam essa “solução” muitas vezes pulam da
frigideira no fogo!

Este é o ponto central do livro escrito por Monte Vanton, M arriage:


G rounds f o r D ivo rce (Casamento: Razões do Divórcio). Sua esposa se
divorciou dele e a experiência o deixou profundamente amargurado,
contudo a análise que ele faz do rompimento do laço conjugal é profunda
e provocativa. A seguir apresento alguns trechos de sua tese. Veja se concorda
ou não com sua perspectiva, levando em conta que Vanton não escreve de
um ponto de vista cristão.

“O fim de um casamento é como uma pequena morte, mas para


algumas esposas a liberdade é como a vida após a morte. Ela se sente
jovem outra vez, não recebe ordens de ninguém, ninguém exige nada dela
e nem a critica. Não precisa mais cozinhar, chega de escravidão. E ali, fora
do portão, ela encontra as luzes coloridas da cidade, as conversas alegres e
descontraídas, amigos cordiais e calorosos, flertes e aventuras. Palm Springs,
Las Vegas, lá vou eu!

Um espírito livre outra vez! Oh! Que mundo maravilhoso pela frente!
Não precisa mais discutir, reclamar, nem ficar pedindo dinheiro. Daqui em
diante terei o meu dinheiro para sempre! Você conhece um bom advogado?

Nos primeiros meses as coisas parecem melhorar. A atmosfera da


casa fica agradável, pois toda a hostilidade tem fim. Já que há anos a esposa
vem enfrentando um cabo-de-guerra emocional em casa desenvolvendo
as tarefas de mulher, esposa e líder, a separação traz um alívio temporário.
Mas somente temporário.

Qual a principal preocupação da mulher recém-divorciada? Profissão,


filhos, viagens, artes, política, amigos? Nada disso! Ela se preocupa com os
homens! De onde vêm esses homens? Como são eles? O que querem? O
que fizeram ultimamente?

A esperança é maravilhosa, mas a fantasia pode ser catastrófica. Muitas


mulheres divorciadas ou casadas considerando o divórcio têm. certeza de
que em algum lugar do mundo encontrarão um homem com todas as
qualidades de seu marido e sem nenhum de seus defeitos. Com isto em
mente, as divorciadas começam a grande busca.

E claro que o marido deve ter tido algo de bom, do contrário ela não
teria se casado com ele. O fato de conhecer bem o marido e considerando
que o novo interessado é ainda uma incógnita, dá ao marido uma larga
vantagem sobre o novo interessado. E bem possível que o novo homem
tenha os mesmos defeitos ou até mais defeitos que o anterior, já que vive na
mesma cultura, com os mesmos costumes e valores. Além disso, com qual
parâmetro esta mulher poderá julgar claramente? Como sabe que não
cairá nos mesmos erros?

Ela está com uma série de problemas. No primeiro casamento, ela


estava disposta e confiante, mas agora ela está mais reservada, descrente,
de olho vivo!

Na escolha do novo companheiro ela deve levar em consideração o


fato de que ele, possivelmente, não vai querer cuidar dos filhos de outro
homem; ela pode ter certeza de que ele será um bom pai para eles? E mesmo
que o novo homem seja um sujeito gentil, sempre haverá a chance de as
crianças colocarem em risco sua felicidade matrimonial, fazendo com que
ele se lembre continuamente de que os filhos não são seus.

E de onde vem esse homem dos sonhos?

As divorciadas geralmente têm entre 28 e 39 anos quando fazem


uma nova tentativa.

Há basicamente duas categorias de homens nesse grupo etário: o


divorciado e aquele que nunca se casou. A mulher divorciada procura
evitar este último já que ele pode ser um problemão. Imagine a mãe ou a
memória dela presente em toda sua vida. Possivelmente é um mulherengo
ou um feliz sedutor, ou, quem sabe, não se interessa muito por mulher. De
qualquer maneira, a probabilidade não é muito boa. Resta apenas o homem
que já foi casado. Por que a esposa dele o abandonou? Pode ser uma aposta
tão má quanto o próprio ex-marido!
95
Bem, o campo vai-se estreitando e a escolha fica aí pelos 35 e 40 anos
de idade, por isso, tomemos como possibilidade o fato de ele já ter sido casado.
Como deve ser a aparência dele? Bem, já que estamos trocando de marido,
ele deverá ser um cara de boa aparência. Alto? Claro! Viril? E claro! Já não
afirmamos tantas vezes que um dos problemas dos maridos é a indiferença
com o sexo? Bem, na realidade ele deveria se parecer um pouco com Cary
Grant, ter uma voz bonita e macia, de bom papo, amigo de todo mundo,
rom ântico, decidido, terno, poético, apaixonado e, acim a de tudo,
compreensivo. E não deveria ter mãe!

Ele deve ser um homem rico, com uma profissão atraente, não um
fabricante de roupas de malhas ou um leiloeiro. Quem sabe, um escritor,
diplomata ou apenas um milionário. “Afinal, quero que meus filhos tenham
do bom e do melhor. Por que mudar se não posso melhorar? E ele deveria
me amar totalmente sem nunca fazer exigências nem ser possessivo. Este
novo homem não pode ficar criticando a maneira como eu cuido da casa.
Ele nunca deve estar cansado, preocupado nem discutir sobre dinheiro. Ele
deveria me levar para passeios nos fins de semana e a bons restaurantes no
almoço de domingo. Deveríamos viajar bastante e ele estaria sempre
interessado, completamente interessado em mim!”

Existem milhões de m ulheres solteiras, casadas e divorciadas


procurando esse tipo de herói, e ele nunca foi encontrado. Mas as mulheres
continuam a procurá-lo por toda a parte.

Ele só existe nos CDs de sucesso, num filme de cinema, na novela da


televisão ou na imaginação das mulheres.

Esqueça os sonhos que levam você a procurar um homem com


dinheiro, charme, profissão, masculinidade e firmeza, pois as possibilidades
de você acabar com um homem magricela, falido, careca, petulante e
insincero são muito grandes.

O homem, de repente se torna um rei! Todas as mulheres correm


atrás dele. Ele está em alta; nunca foi tão paparicado e vai continuar a
seduzir. Casamento? Isto estragaria o romance. Ele nada precisa fazer, afinal,
ele é o homem!
A chance de conquistar o homem ideal é de uma em um milhão!
Senhoras, por acaso já pensaram na postura do homem descomprometido?
A última coisa que ele quer é se casar! Para ele, repentinamente, o mundo se
tornou uma ostra e, depois de anos de matrimônio, monotonia e miséria,
com seu ego arrasado, e sua masculinidade desafiada, ele se vê livre e o mundo
é dos homens! Diariamente a cobiça das mulheres o lembra de que ele é um
herói! Por que desistiria daquela vidinha? Além disso ele é astuto e experiente.
Aprendeu a duras penas!

Ele não vai cair no laço tão facilmente. As promessas de bons jantares
todos os dias e a imagem sedutora de uma m ulher apaixonada, e a
perspectiva de noites fogosas ao lado da televisão, não o fisgam mais. Como
um velho salmão em águas cheias de pescadores, ele sente o cheiro do
anzol a um quilômetro de distância.

QÁ& o-ftew m ita, (jrae* afiodáiíòlòclacle « 4


<//'/vv/v/Y en fo e e m i-eus/lenó-cmt-entod-, Q/^íesmo -um-
■momemíoá c/e^a-m  á- o
dviíóswú} -não- é a ioiuoão.

O ex-marido sabe que este momento de triunfo pode terminar


repentinamente quando ele disser o “sim!” Ele também sabe que a balança
da lei sempre se inclina a favor das mulheres e sabe que há milhares de
advogados prontos para ajudar a “jovem senhora” depois que ela decide
deixar o marido e usufruir de seus bens. Por que ele cairia em um laço
assim?

O que ele quer, então? E simples, muito simples! Um encontro


ocasional, o devido respeito e cama; nada de compromisso! E ao levá-la
para a cama ele ainda acha que está fazendo um grande serviço à mulher!
Oh, ele se faz de rogado; é um cara duro! E claro que você não precisa ir
para a cama com ele. Se ele a conquistar, pode ser que espere três ou quatro
encontros e se você não for para a cama com ele, desaparece! Assim, você
97
cede e vai para a cama com ele; afinal, você é um ser humano e ele é um
bom camarada! Depois que a conquista, ele assume uma atitude defensiva.
As demonstrações de afeição que você tiver para com ele são considerados
como sinais de alerta,’ e ele comeca
j a se afastar lentamente.

Assim, a vida segue agradavelmente para esse homem. Ele tem o


seu emprego, seus amigos, apartamento, férias, jogos e, naturalmente,
suas mulheres, todas amorosas, não fazendo muitas exigências, nem sendo
possessivas, sempre dizendo que amante maravilhoso ele é, e ainda há
tantas mulheres lá fora que ele ainda não encontrou. Que perspectiva
empolgante!

Você dirá: “Que cara louco! Ele não sabe que está perdendo um
lindo lar, uma família, uma esposa amorosa, permanência, segurança, onde
ambos edificam algo em conjunto.” Mas ele sabe o que está perdendo. Ele
já teve uma família e trabalhou duro para tê-la. E tudo ficou com sua
esposa. Ele tinha uma família e amava os filhos. Todos ficaram com ela.
Tranqüilidade? Os advogados de sua esposa conseguiram arrancá-lo de
seu lar. Segurança? Ontem sentia-se seguro, mas hoje não resta nada. Tudo
o que ele construiu com sua esposa, ela e o advogado dividiram entre eles.
“Dona divorciada”, você acabou de criar mais uma falha em manter seu
marido, e outra mulher facilitou esta falha.

Os homens reclamam das leis injustas do divórcio, das desculpas


esfarrapadas que as mulheres usam para obter o divórcio, das propriedades
adquiridas com tanto esforço que têm de ser repartidas, da pensão que
terão de pagar por toda a vida, e dizem: tudo é muito parcial. E com o
dinheiro do ex-marido que ela paga o jantar para o seu novo namorado. E
um outro ex-marido paga o jantar que você come com a ex-mulher dele.
Pelo menos aqui existe um pouco de equilíbrio.

Para atender essa mudança de hábitos sociais, algumas mulheres


inteligentes criaram um clube no qual as divorciadas podem freqüentar
sozinhas em busca de algum divertimento e em busca de homens! E o
“Clube das Descasadas.” Como existem tão poucos lugares onde as
divorciadas podem encontrar homens, o “Clube das descasadas” patrocina
bailes. As divorciadas procedem: elas aguardam com m uita expectativa
esse tipo de festa, vestem-se maravilhosamente bem e partem para suas
grandes aventuras.

Eu nunca estive, nos currais de venda de gado em chicago, mas já


estive nesses bailes de divorciados. São festas alucinantes e assustadoras como
um leilão de escravos! A sedução das mulheres desvanece enquanto sorriem,
gesticulam, fazem pose desfilando diante dos homens. Homens fortes
empalidecem diante da cena!

H á uma virada de rumo nas negociações e o homem está sendo


desesperadamente caçado. Mas ele não quer ser caçado, e, sim, caçar! Há
algo de assustador em ser caçado por uma mulher; ser caçado por milhares
delas é ainda mais assustador!

Certa ocasião assisti a um filme intitulado T he Gay D ivo rcée (A


D ivorciada alegre) que apresentava uma mulher divorciada, linda e
charmosa, vivendo as aventuras empolgantes e delirantes enquanto vivia
de aventuras em aventuras. Admirada e lisonjeada por um batalhão de
trouxas e invejada por pobres irmãs casadas, ela se tornou um símbolo da
feminilidade norte-americana; um símbolo desejado tão aguardado estado
de liberdade. Mas era apenas um filme; apenas ficção e fantasia, porém
nossa mentalidade de Cinderela persiste.

A maioria das divorciadas fica em casa à noite e quando o telefone


toca é um alívio. Os pais não ajudam muito e tudo o que dizem é que você
está ficando cada vez mais velha e solitária.

Seus amigos casados não se sentem muito à vontade ao seu lado,


tem endo que você os considere condescendentes. E ventualm ente
desaparecem sem nada comunicar. Você tem os filhos e é responsável por
tudo em casa. Responsabilidade dupla! As outras divorciadas falam a sua
linguagem, mas você odeia isso! Nas férias a notícia de que você é divorciada
se espalha e imediatamente as pessoas começam a formar uma imagem de
você. As mulheres casadas acham que você vive uma vida solta e que
representa um grande perigo, por isso agarram seus maridos, protegendo-
os. Por outro lado, os homens ficam surpresos se você não vai para a cama
com eles no primeiro encontro. Você perdeu sua cidadania, seu skitusl Você é
livre, e fica em casa! Noite após noite, à medida que as horas passam lentamente,
a solidão aumenta com o medo. Você perde sua autoconfiança e na quietude de
seu apartamento um fantasma entra e a toma pela mao. Você se pergunta se
ainda sabe conversar e se ainda tem humor. Começa a se sentir desprezada, sem
qualquer atrativo pessoal.

Se você se detiver por muito tempo em tal solidão, as imagens mentais


que você vem ocultando todos esses anos, gradualmente, tomam conta de
você e a dominam totalmente. Você, então, corre ao telefone e começa a
chamar os amigos. Lutando para manter o tom de voz natural e sem nada
ter a dizer, você pergunta: “Quais são as novidades?” Quando suas amigas
nao atendem ao telefone, você liga apreensiva para alguns amigos homens,
esperando que eles não estejam se divertindo com outras mulheres. Tentando
parecer descontraída e torcendo para que sua voz não demonstre ansiedade,
você pergunta: “Quais são as novidades? Faz tanto tempo que não ouço
nada de você. Você andou viajando ultimamente? Claro, precisamos nos
encontrar para conversar.” Talvez eu me saísse melhor se tivesse ido para a
cama com ele da última vez. Ele me pareceu tão frio.

Um encontro traz alívio, mas a solidão de ontem é o prenúncio dos


temores de amanhã.

Milhares de mulheres sabem do que estou falando e, mesmo assim, é


bem possível que estejam prestes a pedir divórcio, engrossando, amanha,
a fileira das divorciadas.

Quando o controle de natalidade passou a ser aceito de forma normal


pela sociedade, as mulheres espertas passaram a se valer dessa simples
técnica. A necessidade justificava o uso. Não haveria também a necessidade
de controlar o divórcio? Por que evitar apenas os filhos? Por que tanta
precaução em evitar filhos e tão pouca precaução em evitar o divórcio?1

Quer você concorde ou não com a análise perturbadora de Vanton (e


eu acho que ele está muito certo a respeito da desilusão que as mulheres
enfrentam e que ele subestima as experiências sérias e dolorosas que os homens
também enfrentam), o meu conselho aos jovens casais continua de pé: jamais
permita que a possibilidade de um divórcio ocupe seus pensamentos. Até mesmo
na hora dos grandes conflitos e desânimo, o divórcio não é a solução. Ele
apenas coloca um novo pacote de tristeza em lugar do que ficou para trás.
Proteja o seu relacionamento de qualquer desgaste como se estivesse defendendo
a própria vida. Claro, os dois podem fazer isso juntos! Vocês não apenas podem
sobreviver, mas podem manter o amor vivo, se priorizarem o seu sistema de
valores.

A verdade é que a sociedade em que vivemos luta ativamente contra


a estabilidade conjugal. Há perigos por todos os lados e precisamos nos
defender com todas as nossas forças. Realmente, acho que, a esta altura,
seria bom identificar os principais assassinos da vida conjugal. Qualquer
um dos males citados a seguir pode reduzir seu relacionamento a pedaços
se você lhes der lugar em sua vida.

1. Excesso d e com p rom issos e exaustão física . Cuidado com esse perigo.
Ele é especialmente perigoso para casais jovens que estão iniciando sua
carreira profissional ou algum curso. Não tente freqüentar a universidade,
trabalhar em tempo integral, ter um filho, cuidar de criança pequena,
construir uma casa e abrir um negócio ao mesmo tempo. Isso pode parecer
ridículo, mas muitos jovens casais fazem exatamente assim e depois se
perguntam por que o seu casamento está ruindo. Por que não ruiria?
Quando conseguem estar juntos, estão emocional e fisicamente cansados!
É perigoso também ser um esposo muito ocupado enquanto a esposa fica
em casa ocupada com uma criança em idade pré-escolar. Sua solidão é tão
profunda que a deixa descontente e depressiva, e todos sabemos o fim
disto. Vocês têm que dedicar tempo um ao outro se quiserem manter vivo
o amor e o casamento.
2. Gastos excessivos e conflitos sobre como o dinheiro deve ser gasto. Já
afirmamos antes: compre à vista os produtos de consumo, ou não compre!
Nunca gaste com casa ou carro mais do que permite o seu orçamento,
ficando sem dinheiro para irem a um restaurante, viagens rápidas, babás
etc. Administre o seu orçamento com a sabedoria de Salomão.
3. Egoísmo. Só há dois tipos de pessoas no mundo: os que dão e os
que recebem . Q uando duas pessoas que sabem dar se casam , o
relacionamento é maravilhoso. Mas, quando uma pessoa que é doadora se
casa com uma que é receptora, os conflitos passam a fazer parte da ordem
do dia. Se duas pessoas que só sabem receber se casam, elas se devoram
uma à outra em seis semanas. Resumindo, o egoísmo corrói qualquer
casamento, em qualquer lugar.

4. Interferência dos sogros. Se um dos cônjuges, homem ou mulher,


não estiver plenamente independente dos pais, é melhor não morar perto
deles. Algumas mães (e pais) têm dificuldade em dar autonomia aos filhos,
por isso, viver próximo delas, é garantia de problemas.

5. Expectativas não realistas. Alguns se casam na expectativa de que


tudo será um mar de rosas, com caminhadas românticas em meio a ruelas
cheias de flores, achando que a vida será sempre repleta de alegria. A
conselheira matrimonial Jean Lush admite, e eu concordo, que esta ilusão
romântica faz parte da cultura da mulher americana que sempre espera
mais do que o marido pode lhe dar. O desapontamento resultante pode
ser uma armadilha emocional. Viva dentro de uma expectativa alinhada
com a realidade.

^ c f m o r cle w àew ICv&e e


fi/cn-o- de con^aatoctr.

6. Invasores do espaço. É difícil explicar ou entender como age este


assassino em tão poucas linhas, mas vou tentar. Quando falo em invasores
do espaço, não estou me referindo a alienígenas vindos de Marte. Pelo
contrário, minha preocupação diz respeito aos invasores que destroem a
102
privacidade do casal, sufocando rapidamente e destruindo a atração entre
eles. Um deles é o ciúme. Outro, é a auto-estima inadequada que leva o
cônjuge inseguro a destruir o território do outro. O amor d ev e que ser
livre e pleno de confiança. (Para maiores informações leia meu livro O
amor tem que ser firme).
7. A lcoolism o e uso d e drogas. Esses elementos não apenas matam o
casamento, mas também as pessoas. Evite-os como se evita uma praga.

8. P orn ogra fia , jo g o s d e azar e ou tros vícios. Todos devem saber que
a personalidade hum ana é cheia de falhas. O ser humano tem uma
tendência de se viciar em comportamentos destrutivos, especialmente
quando é jovem. Numa fase inicial, as pessoas pensam que podem brincar
com tentações, como a pornografia ou com jogos de azar sem nada lhes
acontecer. De fato, muitos conseguem se afastar de tudo isto sem seqüelas.
Em alguns casos a fraqueza e a vulnerabilidade serão descobertas quando
já é tarde demais. Então, tornam-se viciados em alguma coisa que despedaça
os elos da família. Alguns leitores podem pensar que este é um aviso bobo
e puritano, mas o que digo é fruto de vinte anos de estudo com pessoas
que arruinaram suas vidas. O problema começa quando elas experimentam
um mal desconhecido que, definitivamente, leva à morte... ou à morte do
casamento.

Pessoalmente nunca me permiti nem mesmo experimentar certos


vícios, sabendo que não ficaria viciado em coisa alguma, a menos que eles
encontrassem lugar em minha vida. Por exemplo, Shirley e eu já fomos a
Las Vegas e nunca colocamos uma moeda nas máquinas caça-níqueis,
embora todo hóspede tenha direito a dois pacotes de moedas junto com
as reservas do hotel. Eu me recusei a usá-las pela mesma razão que o gerente
do hotel as ofereceu: ele sabe que os jogos de azar insignificantes são a
porta aberta para os grandes salões e para o vício do jogo. Só que eu não
entrei no jogo dele. Da mesma forma, Shirley e eu somos abstêmios em
relação ao álcool. Eu sei que muitas pessoas tomam um copo de vinho em
suas refeições; esta é uma questão pessoal. Mas nem nós nem nossos filhos
teremos qualquer problema com bebida alcoólica, se tivermos uma posição
absolutista em relação ao álcool. Naturalmente, não estou recomendando
que todos tenham a mesma posição que nós, mas quero afirmar que haveria
menos divórcio se algumas pessoas agissem também assim.
Gomo membro da Comissão sobre Pornografia da Procuradoria-Geral,
pude ouvir o testemunho de muitas pessoas que achavam que poderiam
reanim ar sua vida sexual com m aterial obsceno. Elas rapidam ente
descobriram que aquilo em que se inspiravam tornou-se insípido e até mesmo
cansativo. Assim, eles partiam logo para materiais mais explícitos e ainda
mais obscenos. Então, desciam pelas encostas de um abismo utilizando
material cada vez mais ofensivos. Para algumas pessoas, nem todas é claro,
isto se tornou uma obsessão que lhes enchia o mundo irreal cheio de
perversidade e doenças. Desejavam ardentemente ter sexo com animais,
abusar de crianças, urinar e defecar, praticar o sadomasoquismo durante o
sexo mutilar órgãos genitais e incesto. E como chegaram a tal ponto? A porta
foi aberta silenciosamente e um monstro saiu com toda violência. Isto é o
que eu quero dizer: As restrições e os mandamentos das Escrituras têm como
objetivo proteger-nos do mal. E difícil crer nisso quando somos jovens, mas
“o salário do pecado é a morte.” (Rm 6.23) Se conservarmos nossa vida
limpa e não nos permitirmos brincar com o mal, os vícios que têm arrasado
a humanidade nunca nos atingirão. E uma idéia muito antiga. E eu ainda
acredito nela.

9. Frustração sexual, solidão, baixa auto-estima e a ‘‘grama mais verde”


da infidelidade conjugal. Esta é uma combinação mortal!

10. Fracasso nos negócios. Afeta especialmente os homens. A inquietação


com seus fracassos financeiros, algumas vezes é sublimada em forma de ira
contra a própria família.

Sfytoásjia o 3eu-
de cf.iw/yue-it d e i^ a iíe como- s-e- ei-tív&sâ-e
defend& nda a fa é fw ia 'vida,.

11. Sucesso financeiro. Ser bem-sucedido nos negócios é quase tão


arriscado como fracassar nele. O sábio escritor dos Provérbios disse: “Não
me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me o pão que me for necessário.”
(Pv 30.8) Edward Fitzgerald disse a mesma coisa em outras palavras: “Uma
das páginas mais tristes registradas pelos anjos é o registro das pessoas que
foram arruinadas pelo sucesso.” E verdade! As pessoas que lucram com
facilidade tornam-se embevecidas pelo poder, querendo cada vez mais
riquezas! Nesse processo esquecem que têm esposas e filhos.

12. C asar ced o dem ais. As moças que se casam entre catorze e dezessete
anos de idade são duas vezes mais propensas ao divórcio do que aquelas
que se casam entre dezoito ou dezenove anos de idade. As moças que se
casam entre dezoito e dezenove anos têm uma vez e meia mais chance de
se divorciarem do que aquelas que se casam com mais de vinte anos de
idade. As pressões da adolescência e a tensão de um casamento prematuro
não combinam muito bem. Primeiro termine a adolescência e só depois
entre no casamento.

Esses são os assassinos sanguinários mais freqüentes do casamento,


mas na realidade a lista pode ser interminável. Tudo que uma erva daninha
precisa para crescer é uma rachadura em sua calçada. Se desejam superar
as estatísticas e manter um casamento íntimo e duradouro, vocês terão de
trabalhar e agir com seriedade. O curso natural dos acontecimentos tende
a afastá-los um do outro e não aproximá-los.

Deixe-me colocar o assunto de outra maneira. Não muito longe do


lugar onde nasci, passa o poderoso rio Mississipi, serpenteando pelo interior
do país. É um belo rio, mas tem uma vontade própria muito forte. A uns
cem quilômetros de Baton Rouge, na Lousiana, o governo vem travando
uma dura batalha tentando impedir que o rio mude seu curso para uma
descida mais curta e íngreme para o Golfo do México. Se deixarem o
Mississipi fazer o que quiser, ele provocará catástrofes nas cidades e fazendas
por onde passar. Toda a topografia do sul do estado de Lousiana seria
modificada. Os portos de Nova Orleans e de Baton Rouge deixariam de
existir. A cidade de Morgan C ity seria inundada e cairia no esquecimento.
Os engenheiros calculam que bilhões de dólares em propriedades seriam
perdidos, se essa batalha fosse perdida.

Em certo sentido, a batalha para salvar as famílias é semelhante. Se


não houver um considerável esforço e gasto de dinheiro, o rio subirá pelos
barrancos e toda a terra produtiva será inundada. Assim é o mundo onde
vivemos. Como dissemos no primeiro capítulo, somente um ou dois
casamentos entre dez alcançarão a intimidade tão desejada.

Quero repetir as perguntas feitas anteriorm ente: Como vocês


superarão as estatísticas? Como construirão um relacionamento sólido até
que a morte os separe? O que vocês farão para se incluirem entre os poucos
casais que colecionem uma vida inteira de lembranças e experiências felizes?
Até mesmo depois de cinqüenta ou sessenta anos, eles ainda encontram
encorajamento e compreensão um no outro. Seus filhos cresceram num
ambiente estável e amoroso e não têm feridas ou lembranças amargas que
precisem ser curadas. Seus netos não precisam ouvir coisas como: “A vovó
e o vovô não estão mais vivendo juntos”. Só o amor prevalece. Foi assim
que Deus planejou e ainda é possível alcançá-lo. Mas não há tempo a
perder. Coloque reforços nas margens do rio, reforce os diques. Traga as
dragas e afunde o leito do rio. Mantenha a correnteza firme no seu curso.
Somente esta determinação e este esforço preservarão o primeiro amor, e
há muito pouco na vida que possa competir com esta prioridade. Se você
não concorda, leia todo o livro de novo. Você não entendeu alguma coisa
de importância vital!

| 1Vanton, Monte. Marringc Groimdsfordivorce(As razões para o divórcio). Novalorque:


L_y‘ctor‘aPress. uma divisão de Simon &$huster>1977).Citado com permissão.
106
y& vôj

c o n f a - m a < x m u> ew a

Vovô, conte-me como era antigamente.


As vezes acho que o mundo pirou, vovô.
Leve-me de volta ao passado
Quando a fronteira entre o certo e o errado _
não era tão nebulosa.

E verdade que as pessoas se amavam para sempre,


ternas e meigas sentadas uma ao lado da outra?
Que mantinham a palavra sem voltar atrás
e que a pura verdade diziam de frente?

E verdade que as famílias oravam


E que os pais nunca abandonavam a casa?
Vovô, conte-me sobre os bons dias passados.

Vovô, tudo muda rapidamente.


Dizemos que é o progresso, mas eu não sei.
Vovô, volte às imagens do passado
e pinte-me um quadro de como tudo era belo.

É verdade que as pessoas se amavam para sempre


ternas e meigas sentadas uma ao lado da outra?
Que mantinham a palavra sem voltar atrás
E que nunca esqueciam do voto prometido?

E verdade que as famílias oravam


E que os pais nunca abandonavam a casa?
Vovô fale-me dos dias antigos
dos belos-e lindos dias do passado.1
m agosto de 1977, eu e minha fam ília viajamos para
Kansas City, no Estado de Missouri, para uma breve
visita aos meus pais. Tivemos a oportunidade de gozar
de um tempo de alegria e recordações com toda a
família, mas chegou a hora de voltar. Enquanto íamos
para o aeroporto, onde nos despediríamos, pedi ao meu
pai que orasse por nós. Jamais esquecerei as palavras que ele
orou a Deus a nosso favor. Ele concluiu sua oração mais ou menos assim:

Senhor, qu erem os te a gra d ecer p e la a legria e a m iz a d e q u e


ju n to s p a rtilh a m o s n este d ia ; q u e tem p o p r ecio so nos d este ju n t o
com Jim , S hirley e seus filh o s. Pai celestial, estam os b em cien tes d e
q u e a a legria q u e h o je sentim os épassageira, p o is nossas vidas n em
sem p re serão seguras e estáveis. Q uando as m u d a n ça s in ev itá v eis
ocorrerem , todos serem os a feta d o sp o r elas e, é claro, a Ti da rem os
a h on ra e a g ló ria p o r toda a legria e ca lo r h u m a n os q u e vim os
sen tin d o nesses dias. T ivem os m ais d o q u e m erecía m os tod o este
tem p o ju n to s e q u erem os a g ra d ecer-te p o r teu am or. A m ém.

Nós nos abraçam os e nos despedim os no aeroporto, e assim


embarcamos de volta para casa. Uma semana mais tarde meu pai colocou
a mão no peito e pediu à minha mãe que chamasse o médico. No dia 4 de
dezembro daquele ano ele partiu para estar com o Senhor. Algum tempo
mais tarde m inha mãe juntou-se a ele no céu. Como a vida muda
rapidamente!

Hoje, anos depois, aquela oração de meu pai ainda encontra eco em
meu coração. Há uma filosofia de vida naquela idéia simples que ele quis
expressar: “Obrigado, Senhor, por tudo o que temos...coisas que sabemos
que não podemos guardar.” G ostaria que todo casal recém-casado
entendesse este incrível conceito. Se apenas entendêssemos a brevidade do
nosso tempo aqui, então a maioria de nossas irritações e frustrações, que
nos separam um do outro, poderia ser vista como insignificante e trivial. A
vida que temos para viver é tão curta e breve que não deveria ser
contaminada pelas discussões gratuitas, recheadas de palavras iradas. Se
apenas compreendêssemos a brevidade da vida, nosso maior desejo seria
agradar a Deus e servir uns aos outros. Contudo, a ilusão de que tudo é
permanente aqui na terra nos leva a lutar pelo poder e dinheiro e exigir o
melhor para nós mesmos.

fto-r tiido- o- yae- tvm oj-... co-tíaá y a e íaé-e/fnM-


<fU<>n ã o /todewiai yua/ rdar.

Um amigo muito querido abandonou sua esposa e filhos para casar-


se com uma mulher divorciada recentemente. Ambos estavam na casa dos
cinqüenta. Quando fiquei sabendo, pus-me a pensar assim: Amigos, p o r
q u e vocês fiz era m isto? Vocês não sabem q u e um dia, vocês dois terão d e
apresentar-se d ia n te do Senhor? Q ual a explicação q u e vocês vão d a r p ela s
ferid a s e p e la rejeição im posta aos seus entes queridos? E um p r eço m uito alto
p a ra ser p a go p o r um a aventu ra tão passageira!

Quero dirigir uma palavra àqueles jovens que estao para começar
uma vida de casados: espero que vocês tenham atitudes que se harmonizem
com a perspectiva da eternidade. Não se preocupem com cada minucioso
detalhe que separa vocês de seus entes queridos. Afinal, disse Salomão,
I 10
tudo é vaidade! Você já tentou se lembrar de uma discussão que teve com
um amigo ou algum membro da família há seis meses atrás? E difícil lembrar
de cada detalhe até mesmo uma semana depois. A fúria intensiva de um
momento é a memória nebulosa de um outro. Traga a vida na rédea frouxa
mantenha-se livre dos pecados praticados voluntariamente. Esta é a chave
da felicidade.

Um p e n s a m e n t o final

Quero concluir este tema com uma ilustração dos meus dias da
universidade. No prim eiro ano, participei de uma corrida de m il e
quinhentos metros com cerca de vinte atletas. Eu estava em boa forma e
fiquei em segundo lugar, perdendo apenas para um aluno do último ano
que raramente perdia a corrida. Ele se formou naquele ano e a vaga de
atleta ficou comigo. Infelizmente, no segundo ano eu descobri as garotas e
acabei relaxando nos exercícios. Nem imaginava que meu corpo não estava
preparado para a corrid a. E ntrei na raia cheio de exp ectativa e
determinação. Quando ouvi o tiro da largada, saí em disparada e na
primeira curva deixei todo mundo para trás. Sentia-me muito bem. Quando
entrei na segunda curva, comecei a ficar ofegante e os retardatários
começaram a se aproximar. Ao completar a primeira volta, comecei a sentir
falta de ar e parecia que meu pulmão estava para estourar. Aqueles a quem
eu vencera com facilidade no ano anterior ultrapassavam-me por todos os
lados e eu só pensava numa coisa: aban don e a corrida antes q u e seu p u lm ã o
estoure! Trôpego e cansado joguei-me na grama verde ao lado da pista,
transpirando de suor, fracasso e vergonha. Levantei a cabeça e vi minha
namorada deixando o estádio de cabeça baixa. Que momento difícil para
um ex-orgulhoso atleta universitário!

Felizmente, aprendi uma valiosa lição na pista aquele dia. Entendi


que os grandes começos não são tão importantes como a maneira como
alguém termina a comida. Todos nós já vimos homens e mulheres que
galgam rapidamente o topo do mundo e depois desabam em desonra e
ruína. Temos de entender que a vida é uma maratona e não apenas uma
corrida 100 metros rasos. Temos de continuar e continuar, e a pressão
para desistir aumenta a cada momento.
É isso o que Paulo quis dizer sobre a vida cristã, quando afirmou:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.6)
Paulo estava afirmando que havia atravessado a linha de chegada sem ceder
às pressões de desistir.

A vida de casado é também uma grande maratona. Não é su ficien te


ter um bom com eço p a ra um casam ento duradouro. Você vai precisar de
muita determinação para continuar, mesmo que todas as células de seu
corpo gritem por sombra e água fresca. Somente assim você chegará ao
fim. Mas continue firme. Shirley e eu estaremos esperando por vocês na
linha de chegada.

Felizes bodas... de papel... de prata... de ouro... ou de diamante!

j 1 “Grandpa, TellMe 'Boutthe GoodOldDays" (Vovô conte-me sobre os dias antigos),


I cantado por Wynorina e Naomi Judd. Hal Leonard Publishers. Iodos os direitos reservados.
1 Usado com permissão.
Sob/te o (A uto/t

James C. Dobson, é fundador e presidente


da Focus on the F am ily (Valor p a ra a Fam ília),
um a organização sem fins lucrativos, que
apresenta programas de rádio em mais de duas
mil emissoras espalhadas pelos Estados Unidos.
P
Durante catorze anos ele trabalhou como
médico e professor no setor de pediatria do •} ■ ' ' ,*
h o sp ital da F aculdade de M e d ic in a da ;
U n iversid ad e do Sul da C a lifó rn ia e por -- •
dezessete anos na equipe de atendentes do •' ‘ >
Hospital Infantil de Los Angeles, uma divisão ... ... . ‘
da Child Development and Medical Genetics.
Ele obteve seu Phd na Universidade do Sul da Califórnia e vários títulos
hororíficos na Pepperdine University, Franciscan Univesity, Seattle Pacific
University, Asbury Theological Seminary e M id America Nazarene College.

O Dr. Dobson escreveu muitos livros best-sellers sobre família, como


H ide or Seek (Esconde-Esconde), The S trong W illed C hild ( Ouse disciplinar),
S traight Talk ( Conversa Franca) e L ove M ust be Though (O A mor tern que
ser F irm e)...

O Dr. James Dobson também esteve envolvido em atividades do


governo por mais de dez anos. Ele trabalhou nas equipes que resumiram
as Conferências da Casa Branca sobre a Família e recebeu uma comenda
especial do Presidente Jimmy Carter em 1989. Foi indicado pelo Presidente
R onald Reagan para a Comissão de Justiça Juvenil e Prevenção da
Delinqüência do Conselho Nacional entre 1982 e 1984. Entre 1984 e
1992, ele foi convidado regularmente à Casa Branca para consultas com
os presidentes Ronald Reagan e George Bush e seus ministros, para falar
sobre questões familiares.

Ele serviu também como capelão da Força-tarefa do Exército dos


Estados Unidos para assuntos familiares e foi indicado pelo Procurador-
Geral da República, Edwin Mees, para a Comissão sobre Pornografia
entre 1985 e 1986. Na primavera de 1987, ele foi indicado para o
Conselho sobre Desaparecimento de Crianças e Exploração Infantil da
Procuradoria-Geral.

O Dr. Dobson é casado com Shirley há mais de trinta anos e é pai de


dois filhos. Atualmente eles residem na cidade de Colorado Springs, no
Colorado.
T odos os a n o s D eu s n o s p r o p o r c io n a a
a le g r ia d e co m e m o r a r m o s d u r a n te u m d ia in te ir o
a d a ta d e n osso ca sa m en to .
A es te d ia c h a m a m o s d e a n iv e r s á r io d e ca sa m en to .
S eja e le o p r i m e i r o a n iv e r s á r io o u o q ü in q u a g ésim o ,
q u er o en c o r a já -lo s a f a z e r d esta d a ta u m
a c o n t e c i m e n t o m e m o r á v e l.
C om u m p o u q u in h o d e p la n e ja m en to e im a gin a çã o,
vocês p o d er ã o ex p erim en ta r u m dia, u m a n o ite
o u u m f i m d e sem a n a d o q u a l ja m a is se esquecerão.
É v erd a d e q u e a lgu n s d e nós som os m en os cr ia tiv o s q u e outros.
P en sa n d o nisto, i n c l u í a lg u m a s id éia s p a r a
e s tim u la r su a c r ia tiv id a d e e p la n e ja m e n to .
Vocês f i c a r ã o su rp reso s co m os g r a n d e s d iv id e n d o s q u e este
p e q u e n o in v e s tim e n to tra z a o m a is im p o r ta n t e
r e la c io n a m e n to d e su a vid a .

Dr. James Dobson


A palavra-chave aqui é m em orável. Procure algumas oportunidades
de fugir do cotidiano e da rotina diária por algumas horas ou por alguns
dias. Um bom local e algumas atividades diferentes farão com que vocês
fujam do trivial, tecendo laços que ficarão para sempre guardados em sua
memória.

Procurem um hotel ou pousada onde sirvam um excelente café


da manhã em sua própria cidade ou em alguma
cidade próxima.

Procurem alojar-se numa cabana num parque nacional ou


lugares amenos nas montanhas.

3.
Esqueçam as viagens aéreas e vão de trem para alguma
cidade turística por uma ou duas noites.

Se vocês moram no interior, passem um fim de semana na


cidade grande e desfrutem as luzes da cidade. Se vocês
moram na cidade, gastem um fim de semana no campo e
desfrutem as estrelas na noite escura!

5.
Façam uma caminhada por alguma trilha panorâmica.
Procurem variar de programa. Façam alguma coisa inesquecível,
coisas que vocês nunca fizeram antes para rir à vontade! Andem
a cavalo, de barco, trem, explorem cavernas, voem de balão,
andem de buggy nas areias da praia, jantem e depois vão ao
cinema, andem nas bicicletas pedaladas a dois... e que mais?
Usem a criatividade!

7.
Procurem fazer o circuito do namoro. Visitem os mesmos
lugares que vocês costumavam freqüentar durante os dias em
que eram namorados, como restaurantes, cinemas, e aquele
banco da pracinha onde vocês dois
costumavam se sentar...
As qualidades fundamentais aqui são positivo, não am ea çad or e vam os
esperar. Esta é uma noite de prazer, para ser aproveitada ao máximo.
Mantenham-se longe de assuntos que aumentem a pressão sangüínea,
argumentos ríspidos do passado, que mexam em feridas antigas, que
revivam ou que levantem a poeira de más recordações. O objetivo aqui é
desfrutar da companhia um do outro, fazendo com que o relacionamento
flua de forma positiva e esperançosa.

t
9
Quais as coisas que vocês gostariam de desenvolver
no relacionamento conjugal no próximo ano? Citem duas ou
três delas.

<LJfX
9
Quais os três maiores objetivos que vocês gostariam de
realizar este ano?

y
Numa escala de 1 a 10, onde vocês estão
em sua vida espiritual?
De que forma poderíamos encorajar um ao
outro na vida espiritual?

y
Quais as três lições que Deus lhe
ensinou nos últimos anos?
Quais as amizades que gostaríamos de cultivar
como casal?

Cite uma coisa que eu poderia fazer com mais freqüência


para servir você durante este ano?

O que nós dois poderíamos fazer para encorajar outro casal


espiritual, financeira e emocionalmente
durante o próximo ano?

Como cada um de nós pode encontrar tempo para


comunicar um com o outro, dia a dia, semana a semana?

Ao refletirmos sobre o ano que passou...


Qual a experiência mais inesquecível que você teve?
Qual a mais divertida? E qual a mais tola?
Qual o livro de que você mais gostou e por quê?

A sua família costumava manter algumas “tradições” quando


você era criança?
Quais as “tradições” favoritas?
Que tipos de costumes familiares e de tradições poderíamos
criar?
O que de novo você aprendeu sobre mim? E sobre você
mesmo?

Você está contente com os compromissos assumidos durante


este último ano? Se pudesse mudar,
o que você mudaria?

y
Se você pudesse visitar cinco países ou cinco cidades no
mundo todo (e tivesse dinheiro para gastar a vontade), quais
seriam esses países e cidades? E por
que você quer visitá-los?

9
O que você sempre desejou saber fazer...
Você acha que é tarde demais para aprender?

Não deixem que o prazer termine no fim deste dia! Peguem o


calendário (ou a folhinha da parede) e marquem três fins de semana especiais
durante o próximo ano. Acertem as datas, lugares, arrum em com
antecedência alguém para tomar conta dos filhos, se necessário.

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