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i Aref Antar Neto
José Luiz Pereira Sampaio
Nilton Lapa
Con]nnií^ a Sidney Luiz Cavallantte
Arei Antar Neto
José Luiz Pereira Sampaio
Nilton Lapa
Sidney Luiz Cavai Ia ntte

CONJUNTOS
EFUNÇÕES
Noções de Matemática

VOLUME 1

1
índice
Parte I
j^Capítulo 1 Noções de lógica
...... 11

1 1 — Introdução.......................... - 11
1,2 —Sentenças .......... 11
13 —Sentenças abertas 12
1.4 — Sentenças abertas com uma variável ... ...... 13
1 5 — Sentenças abertas com várias variáveis 13
1.6 — Equaçõesemequações. 14
1 7 —Quantificadores ........................... .. ... 16
18 — Uso implícito do quantificador universal. 17
1.9 — Conectivos 17
1.10 — Conectivo "e’. 18
1 11 — Conectivo “ou" 19
1.12 — Conectivo “não"..... ..... ................. ..... .. 19
1.13 — Conectivo'se... então. ," ....... 21
1.14 — Conectivo "se e somente se" . 22

Capítulo 2. Conjuntos 26

2.1 — Inlrodução ......................... 26


2 2 —Igualdade de conjuntos ........... 27
2 3 —O conjunto vazio ................. ...... ........ 27
2.4 —Alguns conjuntos numéricos ..... 2S
2 5 —Subconjuntos ...................... .............. 30
2,6 — Diagramas de Venn.................. ....... 32
2.7 — Conjunto universo............ ................. 35
2 8 — Interseção de conjuntos 35
2 9 —União de conjuntos 36
2 10 — Propriedades................................ ..... 37
2.11 — Diferença............................................. 38
2.12 — Complemeniar .................. . 39
2.13 — Propriedades ................... 40
2.14 — Número de elementos ......... ........ 45
2 15 — Conjuntos de conjuntos ........... ........49
2 16 — Conjunto das partes de um conjunto
2.17 — Números reais ........... ....... 51
2 18 — Intervalos .......................... 53
Exercícios Suplementares................ ..... sa

4
Parte 91
A Capítulo 3. Equações 63

3.1 —Introdução - 63
3.2 —Algumas propriedades da igualdade........................... 63
3.3 — Equações do primeira grau com uma incógnita..... . 64
3 4 — Conjunlc-verdade de sentenças abedas moleculares 66
3.5 —Propriedades................................................................. 69
3.6 —Equações do tipo a*'í: = t?.............................................. 71
3 7 —Equações literais... 72
3.8 — Sistemas de equações................................................. 74
3.9 — Sistemas de equações lineares simultâneas.............. 75
3.10— Equações do segundo grau a uma incógnita ........... ...... SO
3.11 — Equações do segundo grau: relações de Girard........ 88
3.12 — Trinômio do segundo grau: fatoração 90

X Capitulo 4 Inequaçôes 35

4.1 — Propriedades 95
4.2 —Inequaçôes do primeiro grau..... 96
4 3 —Sinais de "ax + b"........................ 101
4.4 —Sinais de "axz + bx + c"... 108
4.5 — Inequaçôes do segundo grau .... .... 112
4.6 —Propriedades............................... 120
4.7 —Módulo........................................ 124
4 8 — Equações envolvendo módulo... .... 127
4 9 — Inequaçôes envolvendo módulo 131
4.10 — Propriedades do módulo 130
Exercícios Suplementares......... 142

Parte 119
\ Capitulo 5. Relações 14l

5.1 — Coordenadas no plano...................................... 145


5.2 —Par ordenado...... . ............................................ 147
5.3 — Produto cartesiano 149
5.4 —Relações ........................................................... 155
5.5 — Processos para se representar uma relação... 158
5.6 —Alguns tipos de relações 163
5.7 —Função ....................... ...... 170

Capitulo 6 Função real de variável real 179

6 1 — Função real de variável real - generalidades .... 179


6.2 — Algumas funções usuais 186

5
índice
Parte I
^Capitulo 1 Noções de lógica 11

1 1 —Introdução. ... ............................. 11


12 —Sentenças ....... 11
1.3 —Sentenças abertas ...................................... 12
1 4 — Sentenças abertas com uma variável 13
1.5 — Sentenças abertas com várias variáveis 13
1.6 — Equações e inequações 14
1.7 — Quantificadores ..... ........ .............. 16
1 B —Uso implícito do quantificador universal 17
19 —Conectivos ........................................... 17
110 — Conectivo “e“ .......................................... 18
1.11 — Conectivo “ou" ......................... 19
1.12 — Conectivo “não" 19
1.13 — Conectivo “se. então..." 21
114 — Conectivo “se e somente se" ............... 22

Capitulo 2 Conjuntos 26

2.1 —Introdução .26


2 2 — Igualdade de conjuntos .................... .27
2 3 — O conjunto vazio ............. .27
2 4 — Alguns conjuntos numéricos 28
2 5 — Subconjuntos.................................... .30
2.6 — Diagramas de Venn ....... .32
2.7 —Conjunto universo ............ ... .35
2 8 — Interseção de conjuntos .35
2 9 —União de conjuntos .................... .... ..36
2 10— Propriedades ...... .37
2 11 — Diferença......................................... 38
2.12 — Complementar ..39
2 13 — Propriedades ..40
2 14 — Número de elementos . ..45
2 15 — Conjuntos de conjuntos 49
2 16 — Conjunto das partes de um conjunto .49
2 17 — Números reais .51
2.18 — Intervalos 53
Exercícios Suplementares .......... .59

4
Parte II
A Capítulo 3 Equações 63

3.1 —Introdução............. ...... ............................... . ............. 63


3 2 — Algumas propriedades da igualdade .... 63
3.3 — Equações do primeiro grau com uma incógnita.......... 64
3 4 — Conjunto-verdade de sentenças abertas moleculares 66
3 5 —Propriedades . ....................... ............... 69
3.6 — Equações do tipo ak - b*............................................... 71
3.7 —Equações literais............................. ............................... 72
3 8 —Sistemas de equações 74
3.9 — Sistemas de equações lineares simultâneas............... 75
3.10 — Equações do segundo grau a uma incógnita.............. 80
3 11 — Equações do segundo grau: relações de Girard........ 88
3.12 — Trinõmio do segundo grau: fatoraçõo.......................... ...... 96

X Capitulo 4 Inequações. 95

4.1 — Propriedades 95
4.2 — Inequações da primeiro grau 96
4.3 — Sinais de ‘ax + b"............................... 101
4.4 — Sinais de ‘ax2 +■ bx + c"..................... 108
4.5 — Inequações do segundo grau 112
4 6 — Propriedades...................................... 120
4.7 —Módulo................................................ 124
4 8 —Equações envolvendo módulo......... 127
4.9 —Inequações envolvendo módulo...... 131
4 10 — Propriedades do módulo.... . ___ 138
Exercidos Suplementares................ 142

Parte lll
\ Capitulo 5. Relações... ... 145

5.1 — Coordenadas no plano . 145


5.2 — Par ordenado .. 147
53 —Produto cariesiano ........... .. 149
5.4 —Relações ,. 155
5.5 — Processas para se representar uma relação
56 —Alguns tipos de relações .. 163
5.7 —Função ..170

Capitulo 6. Função real de variável real .... 179

6.1 — Função real de variável real - generalidades. 179


6.2 —Algumas funções usuais.. ............... 106

5
6 3 — Função crescente e função decrescente . 191
64 —■ Função módulo ................................................................ ...
6.5 — Transformações no gráfico de uma função ................ 201
66 —Função quadrálica ..................................................................
6 7 — Posição de um número em relação às raizes de uma equação
do 2a grau . . 227
6 8 — Outras funções elementares ............................. 233
Exercícios Suplementares ... .......... 239

Parte IV
Capitulo 7 Equações e inequações irracionais 243

7.1 — Equações irracionais............. ............ ... 243


7 2 — Resolução de uma equação irracional 244
7 3 — Equações do tipo Va = b ............... . 245
7 4 — Equações do tipo Vã •= Vb ................ 246
7 5 — Inequações irracionais ....... .. .. 250
7.6 —Inequações do tipo Vã < b ............... 254
7 7 — Inequações do tipo Vã > Vb............... 257
7.8 — Inequações do tipo Vã > b................. 258
7 9 — Expressões do tipo Ja +Vb 260
Exercícios Suplementares............ .264

Parte V
Capítulo B A álgebra das funções ........, 267

8 1 — As operações da aritmética 267


8 2 — Composição de funções 271

Capitulo 9 Tipologia das funções — função inversa 283

9.1 Função sobrejetora ................... 283


92 — Função injetora........................... 284
9.3 —Função bijetora............................ 285
9 4 — Um reconhecimento gráfico........ 286
9.5 — Função inversa............................ 292
Exercícios Suplementares. 302

6
PARTE I

Capitulo 1 — Noções de lógica


Capítulo 2 - Conjuntos
Capítulo

Noções de lógica

1.1 - INTRODUÇÃO
O objetivo deste capítulo é apresentar algumas noções de lógica,
necessárias para o bom desenvolvimento do nosso curso. Essa apresentação será
feita de modo simples e pouco rigoroso, pois um tratamento rigoroso exigiría não
um, mas vários capítulos, o que certamente não é conveniente, uma vez que o
nosso curso não pretende ser um curso de lógica e sim de matemática Além do
mais, seria pouco didático tentar esgotar o assunto para o principiante. Realmente,
parece que o melhor modo de estudar um assunto novo é fazé-lo pelo menos em
dois níveis: numa primeira abordagem, o estudo deve ser feito do modo mais
intuitivo possível e vendo, o mais rápido possível, algumas aplicações; numa
segunda abordagem, tenta-se ir mais a fundo.

1.2 - SENTENÇAS
Na linguagem natural encontramos vários tipos de sentenças: declarativas,
interrogativas, exclamativas etc. O que distingue a sentença declarativa das outras
é o fato de poder ser verdadeira ou falsa.

Exemplo
Considere as seguintes sentenças:
a) Vá tomar banho.
b) Que dia é hoje?
c) Não ponha a mão aí.
d) Todos os homens são corruptos.
e) Alguns estudantes são relaxados.
f) 4 + 3*9
g) 5 < 2
h) O Brasil não é um país da América Latina.
i) 5 + 2 =7 e 7-4 = 1

As sentenças a, b e c não são declarativas, pois não faz sentido dizer que
são verdadeiras ou falsas. As outras são declarativas.
Para nós só interessarão as sentenças declarativas e, assim, daqui em
diante, ao usarmos a palavra “sentença", entenda-se "sentença declarativa".
Os valores "verdadeiro” e "falso" são chamados valores de verdade (ou.
"valores lógicos").

9
1.3 - SENTENÇAS ABERTAS
Uma sentença aberta é uma expressão que pode ser obtida de uma
sentença, substituindo alguns (ou todos) nomes por variáveis (variáveis são letras
do alfabeto).
Consideremos por exemplo a sentença:
"José é loiro.”
Se substituirmos o nome José pela variável x obteremos a sentença aberta:
“x é loiro.”
a qual não é. obviamente, verdadeira nem falsa.
Outras exemplos de sentenças abertas:
a) x + 4 > 7
b) x-y= 15
c) x é limão de y
d) Se x é irmão de y então x é filho de z.

É importante notar que uma sentença aberta pode ter mais de uma variável.

Exercícios Resolvidos

1-1) Das sentenças abaixo, diga quais são declarativas:


a) Bom Natal!
b) João não é irmão de Antônio.
c) Você gosta de sorvete?
d) Resolva este problema

Solução:
a] Esta sentença está apenas expressando um desejo, nâc sendo, pois,
verdadeira nem falsa Assim, não é uma sentença declarativa.
b) Apôs uma investigação poderemos decidir se João ê ou no irmão de
Antônio e, portanto, poderemos classificar a sentença em verdadeira ou
falsa. Assim, esta é uma sentença declarativa.
ç) Esta sentença não poderá ser verdadeira nem falsa e. assim, não é
declarativa
d) Esta sentença também pode ser classificada em verdadeira ou falsa e,
portanto, é declarativa.

12) □as expressões abaixo, diga se são sentenças declarativas ou sentenças


abertas:
a) 4 + 6 = 11
b) x-3 = 2
c) 4 - X < 7
d) 4>9e5 + 2=1

Solução:

São declarativas: a e d
São abertas: b e c

10
Exercícios Propostos

1-3) Das sentenças abaixo, diga quais sâo declarativas:


a) 4 + e = a
b) Se 4 < 2 então 5 > 9
c) Onde estamos?
d) Não é verdade que 5 + 2=7
e) Vã embora.
f) Todos os homens são mortais.

1.4) □as expressões abaixo, diga quais são sentenças declarativas e quais são
sentenças abertas:
,2
a) x" - 5x + 6 > Q
b) 4x - 5 = 0
c) 3 + 4 = 12
d) Se x = 8 então 4 = 5
ej 4 > 1 e 7 = 4

1.4 —SENTENÇA ABERTA COM UMA VARIÁVEL

Consideremos agora uma sentença aberta de apenas uma variável.


Suponhamos que ao colocarmos o nome de um elemento no lugar da variável,
obtenhamos uma sentença verdadeira: diremos então que o elemento satisfaz a
sentença aberta
O conjunlo de todos os elementos cujos nomes poderão ser colocados no
lugar da variável será denominado conjunto-universo, a qual simbolizaremos por
U
O conjunto dos elementos de U que satisfazem a sentença aberta Será
chamado ca njunto-vertl ade (ou conjunto-solução) da sentença aberta, sendo
simbolizados por V (ou por S).

Exemplos

a) Seja a sentença aberta: x2 = 9 e U = {1; -1; 2; -2; 3; -3},


Os elementos de U que satisfazem a sentença aberta são 3 e -3, Assim,
o conjunto-verdade é:
V = {3; -3}
b) Seja a sentença aberta x2 = 9 e U = {1; 2; 3; 4; 5}
Neste caso, o único elemento de U que satisfaz a sentença dada é 3 e
assim temos:
V = {3}
Os exemplos ressaltam que o conjunto-verdade de uma sentença aberta
depende da conjunto-universo adotada.

1.5 -SENTENÇA ABERTA COM VÁRIAS VARIÁVEIS

Se a sentença aberta tiver duas variáveis, o conjunto-universo e o conjunfo-


verdade serão conjuntos de pares ordenados, sendo as variáveis substituídas em
ordem alfabética.

11
Exempla
Considere a sentença aberta:
2x * y = 10 e U = {{1, 6); {8. 1). (2; 6); (3; 5)}
Vemos que o par (1; 0) satisfaz a sentença aberta, pois substituindo x por 1
e y por 0 oblemos uma sentença verdadeira O par (0: 1) não salisfaz a sentença
aberta, pois substituindo x por 0 e y por 1 obtemos uma sentença falsa Vemos
ainda que o par (2, 6) satisfaz e o par (3; 51 não satisfaz Assim, o conjunto-
verdade é
V={(1.8); (2.6))
Se a sentença aberta tiver três variáveis, trabalharemos com trincas
ordenadas; se tiver quatro variáveis, trabalharemos com quádruplas ordenadas e
assim por diante, sempre respeitando a ordem alfabética ao efetuarmos as
substituições

1.6 - EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES


Equações sao sentenças abertas que exprimem igualdade Assim, por
exemplo, as sentenças abertas
4x - 1 = 7, 3x2 = 4x + 1, Jjc-1 = 9
são equações.
Dizemos que uma equação é uma identidade se e somente se o conjunto-
verdade é igual ao conjunto-universo, isto ê, a equação é satisfeita para todos OS
elementos do universo

Exempl os

a) Considere a equação: x + x = 2x. É óbvio que esla equação será


satisfeita para qualquer número. Dizemos então que é uma identidade.
b) A equação (x + y]2 = x2 + 2xy + y3 é uma idenlidace muito conhecida.
c) Considere a equação x' - 9 eo universo U = (0; 1; 2; 3; 4}. O conjunto-
verdade desta equação è V = (3] Como o conjunto-verdade não coincide
com o universo, então a equação não ê uma identidade (em relaçáo ao
universo dado)
d) Considere novamente a equação x2 = 9 e o universo U’ = {3; -3} Neste
caso, todos os elementos do universo satisfazem a equação Diremos
então que a equação x2 = 9 é uma identidade em relação ao universo
LT = (3; -3}.

Gs exemplos c e d, acima, ressaltam que uma equação pode ser identidade


em relação a um universo, mas pode não ser identidade em relação a outro
universo.
Inequações são sentenças abertas que exprimem desigualdade
Assim, por exemplo, as sentenças abertas abaixo são inequações:
a) x > 3 (x é maior que 3)
b) x < y (x é menor que y)
c) x +■ y í 4 (x mais y è diferente de 4J
d) x > y (x é maior ou igual a y)
ej x í y (x é menor ou igual a y)
12
Observações:
1) Consideremos as desigualdades a > b e c > d. Costuma-se dizer que
elas têm o mesmo sentido. Consideremos agora as desigualdades
a > be c < d, É costume dizer que elas têm sentidos opostos.
2) Por uma questão de "costume", lemos a desigualdade:
a>b
do seguinte modo: "a ê maior que b'. No entanto, dizer que "a > b"é a
mesma coisa que dizer que "b < a'. Assim, obviamente, podemos ler a
desigualdade:
a>b
de qualquer um dos seguintes modos:
"a é maior que b”
"b é menor que a"

Exercícios Resolvidas

15) Dé o conjunto-verdade de cada uma das sentenças abertas abaixo (em


relação ao universo indicado):
a) x — 3 = 7 U = {2, 4; S, 8, 10}
b) x-2 > 3 U = {3;4; 5; 6; 7: 0; S}
c) x= = 16 U = {2:-2; 3;-3; 4;-4}
d) x = 16 U = {2; 4; 6; 8}

Solução:
a) Dos elementos de U, o único que satisfaz a sentença aberta è 10. Assim:
V = (10).
b) V = (6, 7; S; 9}.
c) V = {4; - 4}.
d) Embora tenhamos a mesma sentença aberta do item anterior, o
canjunto-verdade neste caso será diferente do anterior, pois aqui o único
elemento de U que satisfaz é 4. Assim: V = {4}.

1.6) Dê o conjunto-verdade de cada sentença abeda (em relação ao universo


indicado):
a) x - y = 1 U = {(5; 4); [4i 5); (7; 2); (10; 9)}
b) x > y U = {{1;2); (2; 1); (5; 2)}
c) x + y > z U = {(1; 3; 2); (2; 3; 7); (4; 3; 3)}

Solução:
a) Os únicos pares ordenados que satisfazem são (5; 4) e (10: 9).
Portanto V = {(5; 4); (10; 9)}
É conveniente destacar que, neste caso, o par ordenado (5; 4) satisfaz a
sentança aberta, enquanto o par ordenado (4; 5) nâo satisfaz.

13
b) Neste caso, os pares ordenados que satisfazem são (2, 1) e {5; 2).
Portanto V = {(2, 1); (5; 2))
c) Façamos as substituições para verificarmos as trincas ordenadas que
satisfazem'
x+y>z
(1. 3, 2) 1 + 3> 2 verdade
V 3.7) 2 +3>7 falso
{4; 3. 3) 4 + 3> 3 verdade
Portanto V = {{1.3: 2); (4; 3; 3)}

Exercícios Propostos

1 Dê o conjunto-verdade de cada sentença aberta:


a) 4 + x = 9 U = {3; 5; 7. 9; 10}
b) x+ 2 >7 U = {4, 5, 6: 7; R, 9}
c) x+ 2 > 7 U = {5. 6. 7. 8)
d) x2 = 4 U = {-1. -2;-3; +1; +2; +3}

18) Dè o conjunto-verdade de cada sentença aberta:


a) x-y = 2 U = «10; 8), (5, 3), (3. 5); (2; 0)}
b) y-x = 1 U = {(B; 7); (4; 5). <1; 0); (0; 1)}
c) 2x - y > z U={(1;2; 3); (4; 2. 3). (1; 0. 1)}

1.7 - QUANTIFIC ADORES


A partir de uma sentença aberta, podemos obter uma sentença de dois
modos:
i6) substituindo as variáveis por nomes.
2°) usando os quantificadores.
Quantificadores são expressões do tipo:
"Existe um x tal que...”
"Para todo x..."

xemplo
Consideremos a sentença aberta: x + 3 = 10 Podemos substituir a variável
por nomes, obtendo sentenças como, por exemplo.
4+3 = 10, 8 + 3 = 10 etc.
Podemos, também, recorrer ao uso dos quantificadores, obtendo a sentença
"Existe um x tal que x + 3 = 10“
que obviamente é verdadeira, e a sentença
' Para todo x, x + 3 = 10”
que obviamente é falsa
Podemos usar vários quantificadores em uma mesma sentença

14
Exemplo
a) Para todo x. existe um y tal que x > y.
b) Para todo x e para todo y, x < y.
O quantificador “Para todo x..." é chamado quantificador universal e é
simbolizado por V x (costuma ser lido também: qualquer que seja x.
O quantificador "Existe um x tal que..." é chamado quantificador
existencial e ê simbolizado por 3x
Assim, a sentença "Existe um xtal que x > 7" pode ser simbolizada por.
3x. x > 7
e a sentença "Para todo x, x + 3 = 10" pode ser simbolizada por
V x, x + 3 = 1
É conveniente observar que quando dizemos: "Existe um x tal que..." não
estamos dizenoo que esse x ê único. Por exemplo, a sentença:
Existe um x tal que x > 7*
é verdadeira, embora haja mais de um número que é maior que 7,
Alguns autores representam a expressão
“Existe um único x tal que..." pelo símbolo 3x.

1,8 - USO IMPLÍCITO DO QUANTIFICADOR UNIVERSAL


Algumas vezes ocorre que o quantificador universal é omitido. Por exemplo,
é muito comum em livros de matemática encontrarmos a propriedade comutativa
da multiplicação de números reais expressa assim:
"Sendo x e y números reais, xy = yx"
quando, a rigor, deveria ser expressa assim:
"Sendo x e y números reais, Vx, Vy, xy = yx"
Desde que não haja perigo de confusão, o quantificador universal poderá
ser omitido.

1.9 - CONECTIVOS
A partir de sentenças simples (atômicas) podemos formar sentenças
compostas (moleculares) usando os conectivos. Os conectivos que
consideraremos são os seguintes:

e I ou | se ... então se e somente se nâo

Por exemplo, consideremos as seguintes sentenças simples:


"João ê loiro."
“José é inteligente."
Usando o conectivo e podemos formar a sentença molecular:
“João ê loiro e José é inteligente."
Usando o conectivo se... então..., podemos fonmar a seguinte sentença
molecular:
"Se João é loiro, então José é inteligente."

15
Consideremos agora a sentença simples:
“4 é igual a 3“
Usando o conectivo não, podemos fomnar a seguinte sentença molecular:
"4 não é igual a 3“
Nos itens seguintes analisaremos com mais detalhe cada conectivo.

1.10 - CONECTIVO "e"

O conectivo e costuma ser representado pelo símbolo a , Assim, se p


representa a sentença

“Joao é loiro"

e q representa a sentença

“José é inteligente",

a sentença composta

“Joao é loira e José é inteligente''

será representada por.


Pa q

A sentença p * q ê chamada conjunção dss sentenças peq


Considera-se que a sentença p«q será verdadeira apenas no caso em que
tanto p como q forem verdadeiras Se uma delas (ou ambas) for falsa, a sentença
pAq será considerada falsa Usando 0 símbolo V para "verdadeira" e F para
“falsa', podemos resumir o que foi dito acima através da chamada tabela-verdads:

P q Pa q
V V V
V F F
F V F
F F F

Exemplos

a) A sentença molecular "4 = 3+1 e 5 > 2" é verdadeira, pois a sentença


atômica "4 ~ 3 + 1" é verdadeira e a sentença atômica "5 > 2" também é
verdadeira.

b] Seja p a sentença 4 > 3 e q a sentença 7 < 5. A sentença p ê verdadeira


e a sentença q é falsa Assim, a sentença molecular p a q é falsa.

Observação: A "sentença" composta a < òa b * c pode ser representada


de modo mais sintético do seguinte modo: a < b < c
16
1.11 - CONECTIVO "ou"

A palavra ou na linguagem natural pode aparecer com dais sentidos


exclusivo e inciustvo.
O sentido exclusivo aparece no seguinte exemplo:
"Depois de terminadas as provas, o aluno será aprovado au será reprovado."
Neste casa, obviamenle, nãa se admite que as duas possibilidades possam
ser verdadeiras: ser aprovada e ser reprovado; uma possibilidade exclui a outra.
O sentida tnclusivo aparece no seguinte exemplo:
"O cheque será pago desde que contenha a assinatura de Jaãa ou de Antônio."
Neste caso entendemos que se o cheque contiver apenas a assinatura de
João, ele será pago Se contiver apenas a assinatura de Antônio, ele será pago
Mas, se contiver ambas as assinaturas, é óbvio que também será pago Portanto
estamos diante de um caso em qus podem ocorrer as duas possibilidades.
enquanto que no caso da "ou" exclusivo não podem ocorrer as duas
possibilidades
Como curiosidade vale a pena destacar que em latim há duas palavras
diferentes para as dois sentidas de ou:
vel para o ou inclusive e aut para o ou exclusivo
□ aqui em diante usaremos apenas o ou" inclusivo e o simbolizaremos por
V (inicial da palavra "vel").
Sendo p e q sentenças, a sentença “pv q" é chamada disjunção de p e q
A sentença "pv q" é considerada falsa apenas quando tanto "p" como “q"
são falsas. Em qualquer outra situação, "p v q" é considerada verdadeira. Isto pode
ser esquematizado através de uma tahela-verdade:

£ q pv q

V V V
V F V
F V V
F F F

Exemplos
a) A sentença: “4 + 2 = 6 ou 5 > 1" é verdadeira.
b) A sentença: “4 + 2 = 6 ou 5 > 9” ê verdadeira.
c) A sentença "6 < 2 ou 7 > 3” é verdadeira.
d) A sentença: "7 < 5 ou 3 > 8" é falsa.

Observação: A "sentença" composta "a < b v a = b" pode ser representada


por "a < b". Do mesmo modo, a > b representa "a > b v a = b".

1.12 - CONECTIVO "não"

□ ada uma sentença p, podemos formar a negação de p do seguinte modo:


"é falsa que p"
ou então: “não ê verdade que p"
ou ainda, inserindo a palavra 'não" em p.

17
Exemplo
A negação da setença
"João é loiro"
pode ser escrita
'Não ê verdade que Joao seja loiro”
ou eniâo
"É falso que Joâo seja loiro”
ou ainda: "João não ê loiro.'
A negação de p será indicada por ~p e deverá obedecer à seguinte tabela-
verdade _____
p ~P
V F
F V

Exercícios Resolvidos

1 9] Sendo p a sentença: “Os gatos têm penas" e q a sentença: "José é


estudioso", traduza para a linguagem natural as seguintes sentenças:
a)
b) -q
c) p a q
d) p v q
e) p A-q
íl -p v -q

Solução:

a) Os gatos não lêm penas


b) José não é estudioso.
c) Os gatos têm penas e José é estudioso.
d) Os gatos têm penas ou José é estudioso
e) Os gatos tém penas e José não é estudioso.
f) Os galos não têm penas ou José não é estudioso

1.10) Sendo p a sentença "José é alto“ e q a sentença: "Pedro é baixo”, simbolize


as Seguintes sentenças da linguagem natural:
a) Pedro ê baixo e José ê alio
bj Pedro é baixo ou José é alto.
c) Pedro não ê baixo
d) José é alto e Pedro não é baixo.
e) José não é alto ou Pedro não é baixo.
Solução:

a) q n p
b) q v p
c) ~q
d) P * ~q
e) -p r -q
19
1.11) Sendo p a sentença: 'João é alto' e q a sentença: João é loiro”, simbolize
as seguintes sentenças:
a) João é alto e loiro,
b) É falso que João seja alto e loiro.
e) Não é verdade que João seja alto ou loiro.
d) João ê alto, mas não ê loiro.
e) João não é alto nem loiro.

Solução:

a) pa q
b) -(pAq)
c) -(P V q)
d) pA ~q
e) -p,a ~q

Exercícios Propostos

1.12) Sendo p a sentença: “Salvador fica na Bahia" e q a sentença: “Pássaros


voam", traduza para a linguagem natural.
a) -p
b) -q
c) p a q
d) pv q
ej pv-q
f) ~p a q
g) -(pvq)
h) -(pAq)

1.13) Sendo p a sentença: “Pedro é moreno" e q a sentença: “Maria é bonita"


simbolize as sentenças:
a) Pedro ê moreno e Maria é bonita.
b) Pedro não é moreno e Maria não é bonita
c) Não é verdade que Pedro seja moreno e Maria seja bonita.
d) Maria não é bonita ou Pedro é moreno.

1.13 - CONECTIVO "se... então..."

Sejam duas sentenças p e q A sentença:


“Se p então q"
é denominada condicional e e representada por:

P =>Q
Assim, por exemplo, a sentença:
"Se João ê alto então Maria ê loira."
pode ser escrita assim:
João é alto => Maria é loira
O condicional p => q pode ser lido também de um dos seguintes modos:

19
1Ó1 p implica q
2°) p somente se q
3“) p é condição suficiente para q
4“} q é condição necessária para p

A sentença p = q sò é considerada falsa quando p é verdadeira e q é falsa


Nos outros casos é verdadeira. Assim, a tabela-verdade é.

P q p =■ q
V v v
V F F
F V V
F F V
Exemplos

a) A sentença "5 => 2 => 3 + 1 = 4" é verdadeira.


b) A sentença 12>7=>3<2é falsa
c) A sentença 5 < 2 =s 7 = 2 + 5' é verdadeira.
d) A sentença ‘ 5 < 2 =■ 1 > 3‘ é verdadeira.

1.14- CONECTIVO “se e somente se”

A sentença composta
P =>q q =>p
pode ser escrita de modo mais sintético:
poq
Esta última é chamada bicondicional e pode ser lida dos seguintes modos
1"; p se e somente se q
2o) q se e somente se p.
3") p é equivalente a q.
4o) q ê equivalente a p
5°) p é condição necessária e suficiente para q.
6°) q é condição necessária e suficiente para p

Exemplas
a) A sentença "x é par se e somente se xs é parh pode ser escrita:
x é par •=■ x2 è par

b) A sentença "A condição necessária e suficiente para que 5 > 2 é que


3 < 7" pode ser escrita:
5 > 2 » 3 < 7
A tabela-verdade de p <=> q é'

P q P q
V v V
V F F
F V F
F F V

20
isto é, para que pe>q seja verdadeira devemos ter p e q ambas verdadeiras ou
ambas falsas.

Exercícios Resolvidas

1.14) Sendo p a sentença Maria é loira", q a sentença ‘João é alto” e r a


sentença
"José é inteligente", simbolize as seguintes sentenças:
a) Se João é alto então Maria é loira.
b) José é inteligente se João é alto
c) Maria é loira implica João é alto.
d) José ê inteligente somente se Maria é loira.
e) Maria é loira é condição suficiente para que João seja alto
f) Mana é loira é condição necessária para que João seja alto
g) Maria é loira é condição necessária e suficiente para que João seja alto

Solução:

a) q => p
h) Reparemos primeiramente que esta sentença pode ser escrita assim
‘Se João é alto então José é inteligente"
Portanto seu símbolo é q = r
c) p = q
d) r=> p
e) p =>q
f) q=>p
g) P«q
115) Consideremos as sentenças p. q. r e s dadas por
(P) 4*3
(02*6
(q) 5 < 9
(s) 7 > 9
□é o valor verdadeiro ou falso às sentenças:
a) p q
b) p^-r
c) p = s
d) r =s> q
e) r =? s
0 p« q
9) P<=> r
h) s

Solução:

Confrontando com as tabelas-verdade obtemos:


a) V
b) F
c) F
21
d) V
e) V
fi V
g) f
h) v
1.16) Sendo p, q e r sentenças, determine a tabela-verdade das seguintes
sentenças moleculares'
a) ~(P" -q)
b) {p a q) v (P a r)

Solução:

a)
P q -q Pa ~-q -(Pa ~q)
V v F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

b}
p q r P^q pa r (Pa q) y (p a r)
V v V V V V
V V F V F V
V F V F V V
V F F F F F
F V V F F F
F V F F F F
F F V F F F
F F F F F F

1.17) Considere a sentença p: "Todos os coelhos usam óculos".


Qual das duas sentenças abaixo é a negação de p?
q. "Nenhum coelho usa óculos."
r: "Existe pelo menos um coelho que não usa óculos.'

Solução:

Lembremos que a negação de p obedece a tabela-verdade abaixo, isto éb


quando p é verdadeira. ~p é falsa, e quando p é falsa, -p é verdadeira

£ -P
V F
F V

22
A sentença q não é a negação de p, pois podería ocorrer de p e q serem
simultaneamente falsas. Para tanto, bastaria que houvesse, por exemplo,
apenas dois coelhos que usassem óculos. A sentença ré a negação de
p. pois ê fácil perceber que quando p fcr verdadeira, r será falsa e quando p
for falsa, r será verdadeira.

Exercícios Propostos

1.18) Consideremos as sentenças p, q, r e s dadas por:


(p) 4 = 7 -
[r) 6 > 6
(q) 3 < 2 F
(s) 7 < 9 -

Simbolize as seguintes sentenças:

a) Se 7 < 9 então 4 = 7
b) 8 > 6 se 3 < 2
c) 3 c 2 implica 7 9
d) 8 > 6 somente se 4 = 7
e) 3 < 2 ê condição necessária para que 7 < 9
f) 3 < 2 é condição suficiente para que 7 < 9
g) A condição necessária para que 4 7 ê que S > 6
h) A condição suficiente para que 3 < 2 é que 7 < 9
i) A condição necessária e suficiente para que 7 < 9 ê que 3 < 2
j) 4 ~ 7 é equivalente a 7 < 9

1.19) Sendc p, q, r e s as sentenças do exercício anterior, dê a valer verdadeiro


ou falso:
a) p =■ q
b) r => s
c) r=$p
d) r s
e) p-=.q
f) r » q
9) ~P ^>q
h) ~r => s
i) -r _■ ~q
í) “(r«q)
k) -íp^s)
D (pAq)=>(rvq)

1.20) Construa as tabelas-verdade das seguintes sentenças moleculares:


a) (pwq)v(~r)
b) (p v q) = (r Pl

1.21) Dê a negação de cada sentença:


a) Todos os marcianos usam camisola.
b) Nenhum camelo tem rabo.
c) Existe pelo menos um habitante na Lua.
23
Capitulo

Conjuntos

2.1 - INTRODUÇÃO

Para apresentamos rigorosamente o conceito de conjunto, deveriamos


recorrer a um tratamento axiomático, o que foge ao nível do nosso curso. Assim,
cortentar-nos-emas com uma idéia intuitiva e aproximada conjunto ê coleção de
objetos. Os objetos que formam um conjunto são os seus elementos De modo
qeral, os objetos que formam um conjunto podem ser de qualquer tipo: números,
países, pessoas, pontos etc
É usual representar os conjuntos por letras maiusculas e os elementos por
letras minúsculas. Se quisermos indicar que objeto a e elemento do conjunto A
escreveremos:
a e A
que podemos ler: "a pertence a A”.
Se o objeta a não é elemento de A, escrevemos:
a e A
que pode ser lido: "a não pertence a A",
Um dos modos de se representar um conjunto ê escrever os nomes de seus
elementos entre chaves. Assim, por exemplo, □ conjunto formado pelos números 3,
6 e 7 pode ser representado por:
A = {3, 6; 7]
Este modo de representar pode, em certos casos, ser usado mesmo que
haja um número elevado de elementos. Por exemplo, o conjunto dos números
inteiros que vão de 1 a 800 pode ser assim representada:
B = {1; 2; 3; 4; ...; SOO}
Em alguns casos, este medo de representação pode ser usado para
conjuntas infinitos Como exemplo, padernos representar □ conjunto de todos os
números inteiros maicres que 7:
C = {8; 9; 10; 11; ...}
Um outro modo de representar um conjunto ê dando uma sentença aberta
que seus elementos devem satisfazer. Assim, por exemplo, o conjunto dos estadas
da Brasil pode ser representada por:

A = {x | x é estada da Brasil}

que lemos: 'A é o conjunto dos x tais que x é estado da Brasil?


Note que a barra vertical" |" é lida “tal que".

25
Exemplo

Consideremos o conjunto dos números naturais: l-J == [0 1; 2; 3; e seja A 0


conjunto das números naturais menores que 6. Podemos representar o conjunto A
por:
A = {0, 1, 2, 3: 4: 5}
ou então
A = {x e x < 6}

que lemos "A é o conjunto dos x pertencentes a N, tais que x « 6."

Alguns autores usam, no lugar da barra vertical, dois pontes ou então ponto
e vírgula Assim, o conjunto:
A = {x e N| x < 6}
pode também ser representado por.
A = {x e N . x«6}ou A = {x è N , x < 6)

2.2 - IGUALDADE DE CONJUNTOS


Dizemos que os conjuntos A e B são iguais se e somente se possuem os
mesmos elementos, islo é, todo elemento de A é também elemento de B e todo
elemento de B è também elemento de A. Para indicar que A é igual a B
escrevemos.
A- B
Observe que, quando escrevemos A = B A e B são o mesmo conjunto, isto
é, A e B são nomes diferentes de um mesmo conjunto

Exemplo

a) Os conjuntos A = {3, 4 7}e B = {4; 7; 3} são iguais, pois têm os mesmos


elementos, embora estejam escritas em ardem diferente.
b) {1;5.6)={1;5; 6; 5}
Repare que neste caso os dois conjuntos têm os mesmos elementos
(embora em um deles o número 5 esteja representado duas vezes), isto
ê. os dois conjuntas têm três elementos.

2.3 - O CONJUNTO VAZIO


Vimos que podemos representar um conjunto dando uma sentença aberta
que seus elementos devem satisfazer No entanto pode ocorrer que a sentença
aberta não seja satisfeita por nenhum elemento Par exemplo:
A - {x e N|xJ = -4}
Obviamente não há nenhum número natural cujo quadrado seja negativo e
portanto o conjunto A não possui elementos. Dizemos que c conjunto A é vazio. O
simbolo do conjunto vazio ê
0

26
2.4-ALGUNS CONJUNTOS NUMÉRICOS
Neste item citaremos apenas alguns conjuntos numéricos que servirão para
OS nossos primeiros exercícios Mais adiante citaremos outros conjuntos
numéricos
a) M - (0, 1; 2; 3; }
é o conjunto dos números naturais.
b) N‘={1; 2; 3;...} = {xe h!]xr0)
De modo geral, o asterisco colocado no alto do símbolo de um conjunto
numérico indica exclusão do zero.
c) Z = {..■ -3; -2,-1, 0; 1; 2; 3; ...}
É o conjunto dos números inteiros,
d) Z = {... -3; -2, -1; 1; 2; 3;...)
e) £. = {0; 1; Z 3;...} = {x eZ|xi0}
f) Z. = { ;-3;-Z-t 0}-{xeZ|x£0}
g) < = n Z 3;...}-{^Z|x>0}
h) Z’={ -2;-1} = {xeZ|x<0}

Exercícios Resolvidos

2.1) Dado o conjunto A = {2: 6; 5; 7}, dê o valor verdadeiro (V) ou falso (F):
a) 2 e A 0) a e A e) {6; 7: 2; 5} = A
b] 6gA d) 9 é A f) {2; 6; 5; 7; 2: 5} = A
Solução:
a) V c) V e) V
b) F d) F f) V

2 2) □ ê o valor verdadeiro ou falso:


a) 4 € {2: 4; 5} d) {0} 0 g) N = 3
h) 4 £ {4} e) —S e N h) Z. = N
c) 4 = {4} f) -a 6 z i) 0 € Z-
Solução:
a) V
b) V
c) F (o elemento 4 não é a mesma coisa que o conjunto formado pelo
número 4).
d) O conjunto {0} possui um elemento que è o número zero. Portanto não é
vazio e assim a sentença é falsa.
e) f
f) V
9) F
h) V
i) V
27
2.3] Represente os seguintes conjuntos enumerando seus elementos:
a) A = {xeN|x>3}

b) B-{xeN|x<8)
c) C = {x e 1^3 < x < 8}
d) D = {x e N|4 ê x <11}
e) E = {xeZ|x>-3}
1) F = {xe^x<4}
g) G = {xeZ|-4<xs2}
h) H = {x e N]x ê par A 5 í x < 18)

Solução:
a) A = {4; 5; 6; 7;. }
b) B = (0. 1:2, 3.4: 5; 6; 7}.
c) C = {4, 5, 6, 7}
d) D = (4, 5: 6, 7; 0; 9, 10}
e) E = {-2,-1: 0. 1,2,3;...}
f) F ={. ,-2;-1;0, 1,2, 3; 4}
g) G^{-3;-2.-1,0. 1;2)
h) H = {6, B, 10; 12, 14. 16}.

24) Represente os seguintes conjuntos enumerando seus elementos:


a) A = {x e ] J|x = 2k A k e N}
b) B = {xeN|x = 2k + 1 Ake K)
c) C- {x|x ê par A 7 < X < 9}
d) D = {x xeNA9<x<5}

Solução:
a) Aqui a variável k pode ser qualquer número nalural. Portanto:
para k = 0 temos x = 2(0) = 0
para k = 1 lemos x = 2(1) = 2
para k = 2 temos x = 2(2) = 4

e assim podemos escrever: A = {0; 2, 4, 6, 0; ...),


b) Neste caso também, a variável k pode assumir qualquer valor natural.
Fazendo algumas substituições:
k = 0 => x = 2 (0) +1 =1
k = 1 => x = 2(1)+1 = 3
k=2 x = 2(2} 1 =5

Assim A = {1; 3: 5: ...}.


28
c) Neste caso, o único número par que está entre 7 e 9 é o número 8 e
portanto C = {8}.
d) Não há nenhum número natural que satisfaça a sentença aberta:
9 < x 5; portanto - 0.

Exercícios Propostos

2 5) Dê valor de V ou F;
a) 5 e {3. 4, 5; 7} i) 0 e 0
b) 7 è {3: 4, 5; 7} j) 7 e 0
c) 8 í {3; 4, 5; 7) k) - 5 e Z

d) 10 e {2; 4; 6; 8] I) -5 ê Z.

e) 5 e{5} m) - 5 e Z_

f) 5 = {5} n) 0 e Z.

g) 0 e {0} o) 0 ►- ?/
h) {0} = 0

2 6) Represente os seguintes conjuntos enumerando seus elementos:


a) A = {x e N |x < 5}

t» B = {x e N | x > 2}

c) C = {x e N12 <; x < 5}

d) D = (xeZ |-5 S X < 3}

e] E = {x|xeZ*|-3 £ x í 3)

0 F = (x:xeZ‘|x> -6}
gJ G = {x e N| x ê impar e 4 s x < S]

h) H = (x E N| x = 3k, k 6 N]
i) I = {x e N| x = 3k +1, k e N}

J) J = (x e M|x = 2k-l k e M’}


k) K = {x : x e N, 4 < x < 6}
l) L = {x: xeN, Q<X<7}

2.5 - SUBCONJUNTO
Consideremos dois conjuntos A e B Dizemos que A está contido em B se
e somente se todo elemento de A é também elemento de B. Para indicar que "A
está contido em B" escrevemos:
Ac B

29
Exemplos

a) Sendo A = {1; 2} e B - (1; 2; 3} temos AcB.


b) (3; 5; 6} c{1, 2; 3. 4; 5; 6},
c) {3: 5: 6} c (3; 5. 6}.
d) {4} cz (2; 4; 6}

Outros modos de ler A c B são

A é parte de 0
A é subconjunto de B
E contém A

Quando queremos dizer que 'A não está contido em 0" escrevemos: AcB.
Assim, por exemplo, temos:

{3; 4) a {3; 5; 7}
Podemos dizer que um conjunto está contido em si mesmo (veja exemplo c
acima).
Dizemos que A é subconjunto próprio de B [ou que "A está contido
propriamente em B") se e somente se

A c BeAi 8

Exemplos

aj Sendo A = (3: 4} e B = {1; 2; 3; 4} temos A c B e A * B Portanto


podemos dizer que A è subconjunto próprio de B.
b) Dados A = {3, 5; 6}e B = {5; 3; 6}, temos AcB e A = B, Portanto A é
subconjunto de B, mas não é subconjunto próprio de B.

Alguns autores, para indicar que AcB usam também a notação B A.


Vamos dar novamente a definição de subconjunto, de modo mais formal. Sendo A
e B conjuntos, dizemos que A está contido em B se e somente se
Vx, x e A =s x e B
Façamos A = 0. Repare que a sentença:
Vx, x e 0 =>x ê B
ê verdadeira, pois:
1’] x f 0 é sempre falsa
2“) lembrando das labelas-verdade, sabemos que uma condicional de
antecedente falso é sempre verdadeira.

Portanto, podemos dizer que 0 c B, qualquer que seja o conjunto B, isto é.


o conjunto vazio está contido em qualquer conjunto.
É importante não contundir q uso dos símbolos e e c. O primeiro serve para
indicar que um objeto é elemento de um conjunta. O segundo serve para indicar
que um conjunto está contido em úutrq conjunto.

30
2.6 - DIAGRAMAS DE VENN
Um bom modo de visualizar as relações entre os conjuntos é através dos
diagramas de Venn (John Venn, inglês, 1834 - 1923). Os conjuntos são
representados por regiões planas interiores a uma curva fechada e simples
("simples”, aqui, significa não-entrelaçada).

Exemplos
A
a) Seja A = {2; 3: 4; 5)
3 eA
7 eA .2
.3
.4 .6
.5 .7

b) Sejam A = {2; 3} e B = {1; 2: 3; 4; 5}. Neste caso A<- B e A t B

.1 B
A .4
.5
.2 .3

c) Tomemos agora A = {1; 2; 3; 4} e B = {2; 4; 6; 8}. A e B têm alge


elementos comuns (mas não todos).

A B
.1 .2 .6
.3 .4 .8

d) Sejam A = {1; 2; 3} e B = {4; 6; 8; 9). Neste caso não há elementos


comuns.

Exercícios Resolvidos

2.7) □ado A = {2; 3; 6}, dê o valor V ou F:


a) 2 e A d) {2; 6)cA g) 0 e A
b) 2 c A e) (2) e A h) 0 c A
c) {2; 6) e A f) {2} c A
31
Solução:

a] V c) F e) F g) f
b) F d) V f] V h) V

2.8) Dê o valor de V ou F:
a) {3; 5; 7} c {3; 4; 5, 8} e) 0 c (2; 3}
b] {3; 5: 7} c {3; 5; 7} f) McZ

c) {2. 3: 4, 5) =>{3: 5} g) E_c N


d) {3. 5;}c{2;3: 4; 5) h) Z t a N

Solução:

a) F c) V e) V g) f
b) V d) V f) V h) F

2 9) Dê o valor de V ou F:
a) (2, 3) ê subconjunto de {1, 2; 3; 4)
b) {2; 3} é subconjunto próprio de {1; 2; 3; 4}
c) (3; 5; 9) é subconjunto de {3; 5; 9}
d) {3; 5; 9} ê subconjunto próprio de {3; 5; 9}

Soluçaa:

a) V b) V c) V d) F

2 10) Sendo A, 0e C conjuntos quaisquer, dê a valor de V ou F;


a) AcBaBcC=sAcC
b) AcBaBcA=s>A = B
C) Ac0^A = 0

Solução:

a) V b) V c) V

2 11) Considere as seguintes sentenças:


1") Nenhum esportista é preguiçoso
2e] Carlos é advogado
311) Todos os advogados são preguiçosos.

Admilíndo que as três sentenças sãc verdadeiras, verifique qual das


sentenças a seguir ê certamente verdadeira

a) Todos os preguiçosos são advogados.


b) Algum esportista é advogado
c) Alguns advogados são esportislas.
d) Carlos não é esportista.

Solução:

32
A = conjunto dos advogados
Sejam E = conjunto dos esportistas
P = conjunto dos preguiçosos
Das premissas (premissas são as sentenças iniciais, supostas verdadeiras)
concluímos que o diagrama dos conjuntos é:

A . Carlos

a) Esta não pode ser considerada obrigatoriamente verdadeira, pois o que


sabemos é que "todos os advogados são preguiçosos'1 (isto é, A c P),
mas ninguém nos garante que todos os preguiçosos são advogados (isto
é, PcA).
b) Não há elemento comum aos conjuntos P e E. Portanto, a sentença b é
falsa.
c) Pela mesma razão anterior, a sentença c é falsa.
d) A sentença d é verdadeira.

Exercícios Propostos

2.12) Sendo A = (1; 2; 4; 6; 9), dê o valor de V ou F:


a) 4 e A i) {2; 5} c A
b) 4 c A j) {1; 2; 7}c A
c) {2; 9} e A k) N <zZ
d) {2; 9) c A l) {2; 1} é subconjunto de A
e) {4} e A m) {2; 1} é subconjunto próprio de A
f) (4}cA n) {1; 2; 4; 9; 6) é subconjunto de A
g) 0 e A o) {1; 2; 4; 9; 6} é subconjunto próprio de A
h) 0c A

2.13) Considere as seguintes premissas:


(I) Quem sabe caçar borboletas não é engraçado.
(II) Coelhos não sabem andar de bicicleta.
(III) Quem não sabe andar de bicicleta é engraçado.

Dentre as sentenças a seguir, diga qual pode ser conclusão das premissas:

a) Quem não sabe andar de bicicleta é coelho.


b) Quem sabe andar de bicicleta não é engraçado.
c) Quem não sabe caçar borboletas é engraçado.
d) Coelhos não sabem caçar borboletas.
e) As pessoas engraçadas não sabem andar de bibicleta.

2 14) Dadas as premissas:

33
(I) Todos os médicos são pobres.
(II) Artistas são chatos.
(III) Margarido é médico
(IV) Nenhum chato é pobre
Assinale entre as sentenças a seguir aquela que pode ser considerada uma
conclusão das premissas:
a) Alguns pobres são chatos.
b) Margarido não é artisla.
c) Existe pelo menos um médico que é artista.
d) Alguns artistas são pobres.

2.7-CONJUNTO UNIVERSO

De modo geral, nas aplicações da teoria dos conjuntos, todos os conjuntos


considerados são subconjuntos de um mesmo conjunto U denominado conjunto-
universo. Nos diagramas é “usual” representar o universo por um retângulo e
dentro dele os seus subconjuntos. Assim, por exemplo, sendo U = N, A - {3; 4; 5} e
B = {4; 5; 7, 9) temos:
u

È
2 - INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS

Sejam os conjuntos A e B subconjuntos de U A interseção de A e B é o


conjunto formado por todos os elementos de U, comuns a A e B. A interseção de A
e B é indicada por.
AoB
que podemos ler 'A inter B".

Exemplos

a) Dados A = {1; 2; 3; 4} e B = {2; 4; 6), os elementos comuns a A e B são


2 e 4. Assim:
A n B = {2; 4}
No diagrama a interseção está sombreada.

34
b) Sejam A = {3; 4} e B = {1; 2; 3; 4; 5}. Neste caso os elementos comuns
são 3 e 4, e portanto:
A m B = {3; 4}
Repare que, neste caso, A <= B e assim A B = A.
No diagrama a interseção está sombreada.

c) Sejam A = {3; 5} e B = {6; 8}. Aqui não há elementos comuns e então a


interseção é vazia:
A r\ B = 0
u
A .3 .6 B

.5 .8

Consideremos dois conjuntos A e B tais que A m B = 0. Neste caso dizemos


que A e B são disjuntos. É o que acontece no exemplo c acima.
De modo mais formal, podemos dar a definição de interseção de conjuntos
do seguinte modo: ________________________
Ar~iB = {xjxeA/\XsB}

2.9 - UNIÃO DE CONJUNTOS


Consideremos os conjuntos A e B, ambos subconjuntos de U. A união (ou
reunião) de A e B é o conjunto de todos os elementos de U que pertencem a pelo
menos um dos dois conjuntos. A união de A e B é indicada por:
Au B
que podemos ler: 'A união B".
De modo mais formal:______________________
AkjB = {x|x e A v X e B}

Exemplos
a) A = {1; 2; 3; 4}
B = {3; 4; 5; 6}
AuB = {1;2: 3; 4; 5; 6}

35
A união de A e B está sombreada no diagrama

b) A = {3. 5: 6)
B={1;2; 7}
A B = {1; 2; 7, 3, 5; 6)
U
.1
B
.2
.7

c) A = {3; 4)
B = {1;2;3. 4}
Au B = {3; 4; 1; 2}

2.10-PROPRIEDADES
Sejam A, B e C subconjuntos quaisquer de U. É fácil verificar as seguintes
propriedades-

I) AuA=A IV) A n 0 = 0
II) AnA=A V) AcB«AuB = B
III) Au0"A VI) AcB«AnB = A
comutativas
VII) AuE = BuA VIII) AnB = BmA
associativas
IX) (Ab B) uC - A u(B u C) X) (AnBjnC = AnjB.nC)
distributivas
XI) Au(BnC) ^(AuB)n(AuC)
XII) A n (B u C) = (An B) u(AnC)

36
2.11 - DIFERENÇA
Sejam A e B subconjuntos de U. A diferença entre A é o conjunto dos
elementos de A que não pertencem a B, isto é, é o conjunto de todos os elementos
de A com exceção dos que são comuns a A e B. A diferença entre A e B é indicada
por:
Ã-B
Temos então:
A - B = <x| x e A xüB)
Exemplos
a) A = {1; 2; 3; 4; 5}
B = {2; 4; 6; 8}
A - 8 = {1; 3; 5}
U
A
.1 B
.2 .6
.3
.4 .8
.5

b) A = {1; 2; 3; 4: 5}
B = {2; 4; 6, 8)
B - A = {6: 8}

c) A = {1: 2: 3; 4; 5}
B = {2; 5}
A - B = {1; 3; 4}

37
d) A = {2.3; 4; 5}
B = (1; 2. 3:4, 5}
A- B =0

e) A = {3; 4: 5}
B = {2; 7; 8}
A - B = {3; 4, 5) = A
B - A = {2; 7; 8} = B

É importante observar que, em geral, A - B * B - A.

2.1 2-COMPLEMENTAR

Sejam A e B subconjuntos de U tais que A c B. Neste caso, a diferença


B - A é denominada complementar de A em B e é indicada por:

Temos então:

AcBoB-A = Cg

Exemplo

Tomemos os conjuntos A = {3; 5} e B = {1; 2; 3; 4; 5} Neste caso A c B e


portanto a diferença B - A pode ser chamada de “complementar de A em B".
B-A = Cg = {1; 2; 4}

No diagrama está sombreado Cg .

Quando quisermos o complementar de A em U, podemos usar uma das


notações:

có CA =A' = A.

38
2.13 - PROPRIEDADES
Sejam A. B e C subconjuntos quaisquer de U. Valem as seguintes
propriedades:

D A -A = 0 V) 0’ = U
II) A-0 = A VI) U’ =0
III) 0-A=0 VII) A o A' = U
IV) (A’)' = A VIII) A.nA' = 0
Leis de De Morgan
IX) A-(BuC) = (A-B)n(A-C)
X) A-(BnC) = (A-B)u(A-C)
XI) (A u B)’ = A‘nB'
XII) (A r>B)' = A' B'

Observação: Augustus De Morgan (1806-1871) embora tenha nascido na índia


era de familia e formação inglesas. Juntamente com George Boole (inglês, 1815-
1864) é considerado o miciador da lógica moderna.

Exercícios Resolvidos

2 15) Dados: A = {2; 5, 7; 9; 8}, B = {7; 9; 6; 4}, C = (2; 4; 5; 6; 7; 8; 9} e D {9; 6; 0;


1), determine:
a) A r~> B d) Ao(BoD) g) cê
b) AuB e) A-B h) cBc
c) AufBnD; f) B -A
Solução:
a) {7; 9} e) {2; 5; 8}
b) (2; 5; 7; 9; 8; 6; 4} f) {6;4}
c) {2: 5; 7; 9; 8; 6} 9) {4; 6}
d) (7; 9} h) {2; 5; 8}

2.16) Nos diagramas abaixo, sombreie as regiões pedidas:


a) b)
A B A

AÍ1B A U B
d)

A - B B - A
39
Solução:

2.17) Nos diagramas abaixo, sombreie as regiões pedidas:

a) b)

(A U B) n c A n B AC
Solução:

a) Em primeiro lugar sombreamos A kj B:

Em seguida fazemos a interseção da região sombreada com C. obtendo


finalmente:

b) A operação de interseção é associativa, isto é, tanto faz obter (A n B) n C


como An(BnC). O que queremos é a região comum aos três conjuntos.
Portanto:
40
2.18) Sombreie, quando possível, as regiões pedidas:

cs c;
Solução:
a) Aqui temos Ac B; portanto existe que é dado por B - A.

b) Neste caso A <z B e portanto não existe Cg embora exista a diferença


B - A.
Q
c) Para este caso, B cr A e assim não está definido .

2 19) Sombreie as regiões pedidas:


a) b)

A' (A n B)’

Solução:
a) A' = c£ = U - A

41
u

b) Façamos pnmeiramente An B (figura a) e em seguida o complementar


de An B (figura b).

(fig. a) (fig b)

Exercícios Propostos

2.20) Dados A = {2, 4; 6; 8; 10}, B = {1; 3; 5; 7; 9}, C = {3; 4; 6}, D = {1; 5; 4: 8} e


E = {1; 2; 3: 4. 5; 6; 7; 8; 9; 10} determine:
a) BuC
b) BnC
c) Au(BnC]
d) (A n C) u D
e) Am B
f) AuCuD
g) An Cn D
h) A-C
i) C - A
j) c°
k) c<rD)
l) E-(BmC)

2.21) Sejam A e B subconjuntos de U. A diferença simétrica de A e B é indicada


por A A B e definida por:

A A B = (A- B)u (B-A)

Dados: A = {4; 6. 8; 1, 7} e B = {5; 9; 1, 8), determine A A B.

42
2.22) Dado o diagrama ao lado, sombreie as regiões pedidas:
a) AnC
b) Am B r.C
c) A - B
d) (AnB)u(Ar,C)u(BnC)
e) (BmC)-A
f) A'
g) [(A-B)^Cr

2.23) Dado o seguinte diagrama, apenas uma das sentenças abaixo é verdadeira.
Qual?
a) A' c B*
b) A1 - B' = A — B
c) A'nB'= B'
d) A' m B' = 0
e) A' lj B' = U

2.24) Sejam A, B, C, D subconjuntos quaisquer de U Dê o valor V ou F às


sentenças:
a) AcB=>AuB=A
b) AcB^AuB-B
C) AcB=.AnB = A
43
d) A<=B^>A-B=A
e) AcB^A-B-C
f) A<TB = B- A=Cg
g) Ac E A1 c B1
h) A c B => B'c A'
i) A' - B' = A - a
I) A'- B’= B - A
k) A-B = AnB'
l) (A-B) u(B-Ap(Au8)-(A 8)

2 25) Dè o valor V ou F
a) Z- N = Z.
b) Z - 11 = Z',

c) N - {0} = IV’
d) Z.nZ =0
ej C[

f) Z. Z. = {0}
g) Z. e E.são disjunlas
h) £ eZ. são disjuntos

2.14 - NÚMERO DE ELEMENTOS


□ado um conjunto finito A, indicamos o número de elementos de A por n*.
Assim, por exemplo, se A = {2: 3; 7; 9) temos: n(A) = 4
Outra notação para n (A] ê #A. Assim, no exemplo anterior temos: #A = 4.

Exemplos

a) A = (1;2;3J n(A) = 3 riA - 3


b) B = {7. 9} n(B] = 2 #B = 2
c) C = {8} n(C) = 1 =1
d) D - O n(D) = ac o

Exemplo
Sejam A = {3; 4: 5: 6; 7} e B = {S; 7; 8; 9}
Temos: A u B = {3; 4, 5.6; 7; 8; 9)
Am B = {6; 7}
Portanto: njA^Bj = 7 e n(Ar^B) = 2

44
Consideremos os conjuntos finitos A e B, ambos subconjuntos de U. É fácil
verificar (analisando o diagrama) que:

n(AuB) = n(A) + n(B) - n(An8)

Exemplo

Sejam A = {1; 2; 3; 4, 5, 6) e B = {5; 6; 7; 8; 9}


AuB = (1;2, 3; 4, 5; 6. 7; 8; 9}
A nB = {5; 6}
n(A) = 6

n(B) = 5
n(AkjB) = 9

n(Ar>B) = 2

A B
.7
.2 .5
■3 .4 .8
.6
.9

Tomemos a sentença n(AuB) = n(A) + n(B) - n(AriB).


Fazendo as substituições, temos: 9 - 6 + 5 - 2, que é obviamente
verdadeira.
Para o caso em que A B = 0 (isto é, A e B são disjuntos) temos:
n(AuB) = n(A) + n(B)

Consideremos agora os conjuntos A, B e C, todos eles subconjuntos de U. É


fácil verificar, pela análise do diagrama, que:

n(AwBuC) = n(A) + n(B) + n(C) - n(AnB) - n(AnC) - n(Br->C) + n(AriBr\C)

45
Exercícios Resolvidos

2 26) Sendo n|AuB) = 38. n(A^Bj = 12 e n(8) = 15 . calcule n(A).

Solução:

n(AuB] = n(A) + n(B) - n(Ar>B)


38 = n(A) +15-12
n(A) = 35

2.27) Em uma escola os alunos devem esludar uma lingua que pode ser o francês
ou o inglês. Se quiserem poderão estudar as duas. Sabendo que:
- hã 200 alunos estudando francês
- há 130 alunos estudando inglês.
- o lotai de alunos da escala é 300.
determine quantos alunos estudam francês e inglês.

Solução:
Sendo: 1 = conjunto dos estudantes de inglês.
F - conjunto dos estudantes de francês.
Temos: n(I) = 130, n(F) = 200, n(lvjF) = 300
n(luF) = n(l) + n(F) - n(loF)
300 = 130 + 200- n(lnF)
n(lmF) = 30

Portanto há 30 alunos estudando francês e inglês Levando em conta que o


tolal dos que estudam francês é 200. concluímos que os que estudam
apenas francês são em número de 170 {isto é, 2G0 - 30).
Lembrando que o total de estudantes de inglês è 130, concluímos que há
-100 que estudam apenas inglês.

F
30
170 100

2 28) Em uma escola, cujo tolal de alunos é 600, foi feita uma pesquisa sobre os
refrigeranles que os alunos coslumam beber Os resultados foram:
- 200 alunos bebem o refrigerante A
- 20 alunos bebem o refrigerante A e o refrigerante B
- 100 alunos náo bebem A nem B
a) Quantos bebem apenas o refrigerante A?
46
b) Quantos bebem apenas o refrigerante B?
c) Quantos bebem B?
d) Quantos bebem A ou B?

Solução:

Na maioria dos casos é mais fácil analisar problemas deste tipo através dos
diagramas e não através da fórmula. Seja U o conjunto de todos os alunos
da escola Há 100 alunos que não estão no conjunto A nem em B. Há 20
alunos que estão ao mesmo tempo em A e em B. Como o total de alunos de
A é 200, concluímos que o número de alunos que bebem apenas o
refrigerante A é: 200 - 20 = 180.
O total de alunos da escola é 600 e portanto, descontando os 100 que não estão
em A nem em B temos que n(A^B) = 500 Como o conjunto A tem 200
elementos, o número de elementos que estão apenas em B é: 500 - 200 = 300.
Portanto, podemos dar as respostas:
a) 180
b) 300
c) 320
d) 500

Exercícios Propostos

2.29) Sabendo que n(A) = 47, n(B) = 30 e n(AuB) = 60. determine:

a) n(AnB)

b) n(A-B)

c) n(B-A)

47
2 30) Sejam A, B e C conjuntos finilos. Sabe-se que n(AnBnC] = 8,
n(A/~,B) = 15. n(AnC) = 20, n(BnC) - 24, n(C) = 50. n(B) = 60
e n(AuBuC) = 129. Determine:
a) n(A)
b) n(B - A)
c} n(C-A)
d) n(A-B)

e)
f) n(AuC)

2.31) Os conjuntos A e B sSc ambos finitos e subconjuntos de U. Sabe-se que


n(A) = 30, n(B] s= 36, n(U) = 6â,n(AujB) = 50. Determine:
a) n(Ar>H)
f) n(A’)

;) n(B')
d) n(BnAj

2.32) Foi feila uma pesquisa enire 3 600 pessoas sobre os jornais que costumam
ler e q resultado foi que
1 1Q0 léem 'O Diário"
1 300 léem JO Estado"
1.500 léem "A Folha"
300 léem O Diàno" e "O Estado"
SOO léem "A Folha" e "O Esladc"
400 léem JA Folha" e "C Diário’
100 léem A Folha', "O Diário" e “O Esladc"
a) Quanlas pessoas léem apenas "O Diário?
b) Quantas pessoas léem apenas “O Estado"?
c) Quanlas pessoas léem apenas "O Estada" e “A Folha"?
d) Quantas pessoas não léem nenhum dos três jornais?
ej Quanlas pessoas léem apenas um dos três jornais?
f) Quantas pessoas lèem mais de um dos três jornais?

2 33) Em uma escola, foi feita uma pesquisa enire cs alunos para saber que
revisla costumam ler e □ resultado foi que. dos alunos consultados:
40% léem a revista Olhe"
37% léem a revisla 'Pois ê"
17% léem Olhe" e 'Pois ê"
a) Quantos porcento não leem nenhuma das duas?
b) Quanlos porcenlc leem apenas "Olhe1?
c) Quantos por cento léem apenas uma das duas revistas?

48
2.1S -CONJUNTOS DE CONJUNTOS
Pode acontecer que os elementos de um conjunto sejam também conjuntos.

Exemplo
Consideremos o conjunto: A = {{3: 4), {5: 6; 7}, {8})
Neste caso o conjunto A tem 3 elementos, que são os conjuntos:
{3: 4}, {5; 6; 7} e {8}
Portanto, podemos escrever:
{3: 4} e A
{5: 6; 7] e A
{(3l 4}, {5: 6: ?)}cA
Mas não podemos escrever
{3;4} c A; 3 e A; 8 e A

2.1 6 - CONJUNTO DAS PARTES DE UM CONJUNTO


Consideremos um conjunto finito A
Chamamos de conjunto das partes de A o conjunto cujos elementos são
todos os subconjuntos de A O conjunto das partes de A é representado por:
P(A)

Exemplo
Seja A = {2; 5}. Os subconjuntos de A são:
{2}, {5}. {2; 5} e 0
Portanto:
P(A) = {{2}, {5}. {2; 5}, 0]
Seja A um conjunto finito que possui n elementos Pode-se demonstrar (com
os recursos da Análise Combinaldria) que o número de elementos de P(A) é igual a:
2n
Assim, no exemplo acima, o conjunto A tem 2 elementos (n = 2) e portanto
P(A) tem 22 elementos, isto é. 4 elementos.
Se tomarmos o conjunto 0 = {4; 7; 9}, que possui 3 elementos (n = 3).
podemos afirmar que P(B) tem 23 elementos, isto é, 8 elementos.

Exercícios Resolvidos

2.34) Dado o conjunto: A = {{2; 6}, {3; 4; 9}, {8}}, dê o valor V ou F:


a) {2: 6} e A e) 2 e A i) {{2; 6}, [3: 4; 9}} c A
b] {2;6}cA f) 8 6 A j) {{2:6}}mA

49
c) {S} e A g) 0 c A
d) {S}cA h) 0 c A

Solução:
aj V
O conjunto {2, 6} é elemento de A: portanto podemos escrever: {2; 6) e A,
b) F
Para que {2, 6} c A fosse verdadeira, todos os elementos de {2; 6}
devenam ser também elementos de A. Mas aconlece que 2 é elemento
de (2: 6}. mas não é elemento de A, o mesmo acontecendo com o
número 6.
c) V
d) F . ele pertence a A.
ej F
f) F
g) V, o conjunto vazio está conlido em qualquer conjunto
hj F, ele esló contido, ele nao pertence.
f) V
n v
2 35) Sendo 8 - [{3 4}, {1: 2, 5}, 0] dê o valor V ou F
a) 0 c B
b) 0 e B
c) (3; 4} e B
d) {{3, 4). (1, 2: 5))cB
e) {{3, 4}, 0)c B

Solução;
a] V
b) V
cj V
d) V
e) V

2 36J Considere o conjunto A = {0}. Dê o valor V ou F:


3) 0 e A c) 0 = { 0 }
b) 0 c A d) A possui um elemento

Solução:
aj V
b) V
c) F
d) V

2 37) Seja A = {2; 3; 5}


a) Determine P(A)
bj Quantos elementos tem P(AJ?

50
Solução:

a) P(A) = {(2}. {3], {5}, {2: 3}. {2; 5}, {3; 5}, {2; 3; 5}, 0}
b) A possui 3 elementos e portanto P(Aj possui 23 elementos, isto é, 0
elementos, □ que pode ser verificado acima.

Exercícios Propostos

2 38) Sendo A = {4; 6}, {1; 3; 5), <9}} e B = {{8). (3: 6}, 0} dè o valor V ou F:
a] {4; 6} e A h) 0 cB
bl {4: 6) c A i) 0 e A
c) 4 e A j) 0 e B
d) 9 e A k) {{4: 6), {1; 3; 5]} c A
e) {9}cA l) {4, 6}} c A
f) {9} e A m) {0} c A
g) 0c A n) (0}cB

2,39) Sendo A = {1; 2; 3; 5}, determine:


a) o número de subconjuntos de A.
b) 0 número de subconjuntos próprios de A

2.17 - NÚMEROS REAIS

Além dos números naturais e dos números inteiros, devemos nos "lembrar"
agora dos números racionais e dos reais
G conjunto das números racionais é simbolizado por Çeé definida como
a
sendo ú conjunto de todas os números que podem ser escritas na forma onde a
h
e z e b 6 r,

O= Ix =£ aeS a 0e2‘)

Assim, por exemplo, sào números racionais


3 7-53
4'8' 9'1
É fácil concluir que tado número inteiro é também racional. Par exemplo, o
g
número inteiro 8 pode ser escrito como y e portanto é racional Podemos então

escrever
NcZcQ
Quanto aos números reais a definição é bem mais complicada e está além
do nivel do nossa curso. Para nós bastará lembrar que existe uma correspondência
entre 05 números reais e os pontos de uma reta:

51
A cada número real corresponde um único ponto da reta e a cada ponta da reta
corresponde um único número real.

O conjunto dos reais é simbolizado por R


—I--------- —j_ -F -I—I—I -1— I
-2 -1 0 1 3 1 77 2
2 4
Todo número racional é também real, isto é.QcR Porém há números reais
que não são racionais, são os números irracionais Como exemplos de números
irracionais podemos citar.

72, 75, z
-72. n; J4
O conjunto dos irracionais não tem símbolo especial. Podemos representá-lo
por 3- Jou então por Cs. Quando estiver convencionado que o universo é R,
poderemos representar os irracionais por Q' ou Q,
Nas exercícios, há alguns números irracionais que aparecem com bastante
frequência. Assim sendo, é interessante decorar seus valores aproximados. Esses
"asos estão relacionados no quadro abaixo.

7?’ = 1,414
75 = 1,732
75 » 2,236
n = 3.14
Ê importante também lembrar que dados dois números reais distintos, ao
representá-los na reta, o maior fica à direita do menor. Assim, per exemplo, temos:
3 1. —3 < -1. 0 > — 4, 1 > — 4.

+ -4— -b -b + 4 -b 4- ■>

-3 -2 -1 0 1 2 3 4
Para os racionais e para os reais, temos notações análogas ãs adotadas
para cs nalurais e os inteiros:
Q’ = {x e Q | X * 0} R* = (x e R | x * 0}
Q. = {x é Q | x i 0} R* = {x e R | x i 0}
Q*« = {x í Q |x> 0} R*» = {x e R | x > 0}
^_ = {x e C | x £ 0} R_ = {x e 5 | x £ 0}
Q*- = {x e Q | x < 0} = {x a R | x < 0}

Oulro fato importante a ressallar é quanto ao uso das palavras positivo e


negativo. Há duas maneiras diferentes de usar tais palavras
1) Para alguns autores, os números pos/bvos são aqueles que sâo maiores
que zero e os neçjafrvos são os menores que zero O número saro, para

52
esses autores, não é positivo nem negativo Assim, dentro desta
convenção temas:
= conjunto dos números reais positivas.
3c*_ = conjunto das números reais negativos
2] Para outros autores, a convenção ê a seguinte:
R+ = conjunto dos números reais positivos.
= conjunto dos números reais estrítamente positivos
= conjunto dos números reais negativos.
R*_ = conjunto dos números reais esfr/íamente negativos.
Portanto, para estes autores, o número zero ê ao mesmo tempo positivo
e negativo, porém não é estrítamente positivo nem estritamente negativa
Nõs adotaremos a primeira convenção, isto é, ao longo deste livro vale
R*,= conjunto dos números reais positivos.
R'.= conjunto dos números reais negativos.

2.1 8 - INTERVALOS
Há alguns subconjuntos dos números reais que recebem o nome ül
intervalo.
Intervalos Finitos

Consideremos o conjunto A = {x e S f 2 £ x £ 4), Esse conjunto pode ser


representado comc no diagrama abaixo. Diremos que o conjunto A é um intervalo
fechado de extremidades 2 e 4 e podemos representá-lo por A = j2; 4]

4- + -z- +- -> 4---- ►


0 1 2 3 4 5

Consideremos agora o conjunta B — {x e Lí | 2 < x < 4}. Podemos


representar esse conjunto na rsla, como na diagrama abaixo As meias-luas
servem para indicar que os números 2 e 4 não fazem parte do conjunto. Diremos
que o conjunto B ê um intervalo aberto de extremidades 2 e 4 e podemos
representá-lo por 0 = ]2; 4[.

+ *■
e-
0 1 2 3 4 5

Vemos então que um intervalo fechado inclui as extremidades, enquanto


que um intervala aberto rão inclui as extremidades.
Tomemos o conjunto C = (x63|2íx< 4}. Neste caso, temos 2 e C e
4 í C Podemos representar na reta o conjunto C pelo diagrama abaixo A meia-
lua indica que o número 4 não eslá incluído Diremos que o conjunto C é um
53
intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de extremidades 2 e 4 Podemos
dizer lambem que o conjunto C é um intervalo íechado-aberlo de extremidades 2 e
4 O conjunto C pode ser representado por C = [2; 4[.

■+ "S- H—►
Ü 1 2 3 4 5

Seja o conjunto D = {x e 3 | 2 < x s 4}. Temos agora um intervalo aberto à


esquertfa e fechado à direita de extremidades 2 e 4. Podemos também dizer que D
é um intervalo aberto-fechado de extremidades 2 e 4. A representação de D é
D = ]2. 4]

4- + + 4—►
0 1 2 3 4 5

xemplos

a) O conjunto A - (x e _< | -1 £ x £ 3} é um intervalo fechada de extremos


-1 e 3
A = |-1, 3]
4* -+- -------- i------------F 4—►
-2 -1 0 1 2 3 4
b) O conjunlo 8 = (x ê R | -2 < x í 1} é um intervalo aberto-fechado de
extremas —2 e 1. Podemos dizer também que é um intervalo aberta á
esquerda e fechado á direita de extremos -2 e 1
B = ]-2; 1]

—t -+ <■
4—>
-3 -2 -1 0 1 2 3

Os intervalos aberto-fechado e fechado-aberto costumam ser chamados


também de semi-abertos (ou semi-fechadosj

intervalos Infinitas
Seja a número real qualquer
Intervalos infinitos são conjuntos dos tipos:
A = [x <= R I X < a} c = {X e R | x > a}
B = (x e X| x < a} D = {x e K | x > a}
Estes conjuntos podem ser representados dos seguintes modos:
*■
-o-
a a a a
54
A = ] —=o; a] 8=1 aj C = [a: +< D = ]a; +'jc[

Em particular, podemos dizer que o conjunto dos reais é um intervalo


infinito:

R-] ; +» [

-4- + + ■>

-1 0 1
O símbolo lê-se "mais infinito" e o simbolo —'c lé-se "menos infinita",

Exemplo

O conjunto M = {x e £ | X 1 —2} ê um intervalo infinito que pode ser


representado por:
M = [—2; +sc[

-4- 4- —f- -4— 4- 4 4- ►


-5 -3 -2 -1 0 1 2

5E
Resumo

Sejam a e b números reais tais que a •= b. Temos então:

Subconjunto de Representação Notação de


Nomenclatura
na reta real intervalo
Intervaío fechado
{x £ 3 [ a £ x £ b} de extremos a e [a; b]
a b
b

[x <= 2 | a < x < b)


I -a- h
Intervalo aberto
de extremas a e
_______ b________
]a; b[

Intervalo fechado
à esquerda e
(x £ K1 a <■ x < b) I aberto à direita; [a; b[
a b
seus extremas
I sáo a e b
Intervalo aberto à
esquerda e
(x e ?.| a < x í b] a fechado à direita; ]a; b]
b
seus extremos
são a e b
{x e xè a} Intervalo infinito Ia; +M
a
{x s ?. ] x > a}
I -è- Intervalo infinito ]a; +«[
{x e 3 ] x £ a} Intervalo infinito 1“'Xi ; a]
a
[x L-.' :< < a} I Intervalo infinita a[
1 a
Observações:

1) Alguns autores, para representares intervalos [a; bf, ja, b], ]a: b[, usam,
respeciivamente, as notações:
[a: b). (a; b], (a, b)
Porém preferimos nàa usar essas nalações, pois — no caso (a; b) — pade
haver confusão com par ordenado.
2) Embora tenham pouco interesse, há alguns casos que devem ser
mencionados. Se a < b. então temos:
-------- 1-------- 1-------- ►
a b
[b: a] = {xe b sx sa) = 0
]b. a[ - {xe X | b < x < a} = 0
]a: üt | | aa < x < a} = 0
a[ - {xee R
[a; a] = {xe j?| a Sx í a} = (a)

56
Exercícios Resolvidos

2 40) Sendo A = [2; 5] e B = J3; 7[ determine:


a) AuB C) A — B
b] ArB d)

Solução:
0 1 2 3 4 5 6 7 8 S
-------- P + 4 4 -+ + -+■ 4 + 4-

R -

AUB

AÍ1B

A- B

Cí -c

a) Avj 0 = [2; 7[ = {x e R | 2 $x < 7}


b) A n B = ]3; 5] = {x e R I 3 < x £ 5}
c) A - B = (2; 3] = {x e R | 2 < x í 3}
d) c£ = ] 2[uj] 5; <«[ = {x e R | x < 2 ou x > 5}

Exercícios Propostos

2.41) Dê o valor V üu F:
a) 5 e M ■) n eZ
b) 7 e N í) ít e R

C) 7 e Z OeR

d) 7 e Q 3 _e IR
4
I) 4 ” ~

e) 7 (= R m) -3 e R_
f) Na R n) □ e R_
g) Z cz R o) 0 e R*_

h) Jí « N p) E R.
5 "

57
2 42) Determine:
a) [4: 7] u [6. 9]
b) [4: 7] h [6, 9]
c) |3, 6[ u(4: 10(
d) [-3, «[ ri (-6; 2]
e) |7;
2 43) Sejam
A = {x e 3 | -3 < x < 1} B = [-1. 2[ C = ] -2; [
4
Determine
a) [AnB n C]
b) [{A-B)v>C]
e) [(AnB)-C|
d) (BnC]
Í1 r-1 rF Jãl 3
2 44) Dados: A = V2 , B= -2; 3L_ c = , determine:
2’ 2 ' 4
a) |ArEnC]
b) [(An B)-C]

Exercícios Suplementares

I 1) Sendo U = {(0: -1); (-1; -á); (2; 3); {-2; 4)}, dé o conjunta-verdade da
sentença aberta:
3x-y = 1

I2) Construa a tabela-verdede da sentença:


~{p a q) = (p v~r)

Sendo A =
-49 f -J2
I 3] B= e C = (2;+«[, determine:
L^T —
a) A - B b) B-A c] A n B n C

1.4) Sejam A, B e C subconjuntos de U, tais que:


n(U] = 52
n(A^C) = S
n(A) = 20
n(Ar.BnC) = 3
n(B<^C) = 9
n(AuBuC) = 45
n(A/^B) = 7
n(S-A) = 15

Determine:

58
a) n(B)
b) n(C)
c) n(AuB)
d) n[U-(AkjBLjC)]

5
PARTE II

Capítulo 3 - Equações
Capítulo 4 — Inequações

6
Capítulo

3 Equações

3.1 - INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste capítulo é o estudo das equações do 1o grau e 2o
grau com uma variável e as equações que se reduzem a elas. Porém trataremos
também, de modo rápido, dos sistemas de equações com mais de uma variável.
No caso de equações, é costume chamar as variáveis de incógnitas e os
valores que satisfazem as equações, de raizes
Resolver uma equação significa determinar o seu conjunto-verdade, isto é,
o conjunto de suas raizes.
Como vimos no capitulo 1, o conjunto-verdade depende do universo
quando nada for mencionado, adotaremos U = R.

3.2 - ALGUMAS PROPRIEDADES DA IGUALDADE


___________________ Va e R
P, |a = b c=> a + m = b + m| vb e R
Vm e R
Esta propriedade nos diz que podemos somar (ou subtrair) um ?>.
número aos dois membros de uma igualdade, obtendo uma sentença equivalente
É com base nesta propriedade que podemos "passar" um termo de "um lado
para outro" de uma igualdade, desde que troquemos seu sinal.

Exemplo
Consideremos a sentença aberta: x + 5 = 7. Vamos somar aos dois
membros o número -5:
X + 5-5 = 7- 5
obtendo então:
x= 7-5
Temos, portanto:
x + 5 = 7 <z> x = 7 - 5
a=b am = bm Va e R
P2 , a b Vbe R
a=b — =—
m m Vm e R *
De acordo com esta propriedade, podemos multiplicar (ou dividir) ambos os
membros de uma igualdade por um número diferente de zero, obtendo uma
sentença equivalente.
63
Exemplo
Consideremos a sentença. 3x = 12. Vamos dividir os dois membros por 3
, 3x 12 t . 12
obtendo, — - , isto e, x = —.
j j d
Portanto:

3x - 12 » x - 4=
12
3

Exempla

Observe que a implicação: a = b =5 a (0) = b (0) é verdadeira. Porém a


implicação a (0) - b (Q) => a - b nào é verdadeira, pois poderiamos ter, por
exemplo:
7-(0)= 5-(0) => 7 = 5
verdadeira laia a

que é obviamente falsa.


Por este exemplo percebemos a necessidade de se impor m * 0 (isto é,
m e X") no enunciado da propriedade Pj.

3.3 - EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU COM UMA INCÓGNITA


“Equação do primeiro grau Com uma incógnita" é uma equação que pode ser
reduzida á forma:
ax + b = 0 (a r o)
inde: x é a incógnita.
a e b são constantes denominadas coeficientes
bé o termo independente.
A determinação do coo junto-verdade de uma equação do primeiro grau é
feila através da aplicação direta das propnedades Pi e P; vistas acima.

Exercícios Resolvidas

3.1) Resolva a equaçao: 4x + 20 = 0

Solução:
p.
* 4x = -20 p=
4x + 20 = 0 - -> X =

Portanto, o conjunto-verdade é:
V = {-5}

3 2) Resolva a equaçào: 5x - 9 = âx + 16

Solução:
p. p, 25
Sx - 9 - 8x + 16 < ■> 5x - 8x = 16 + 9 <=> —3x = 25 < X= ^3

64
Portanto:
25
V =
3

3.3) Resolva a equação: 3x - 2 = 4x + 9

Solução:
p.
3x - 2 = 4x + 9 * * 3x — 4x = 3 + 2 -x = 11* X =-11
Assim:
V = {-11}

3x 2
34) Resolva a equaçao: —— 4 = 5x + —

Solução:

O mínimo múltiplo comum (mmc) dos denominadores é 6. Vamos então


multiplicar os dois membros da igualdade por 6:

l 2 j“6
44v
r 6íír5x+
6J 5xx++ 5ri
3.i
9x - 24 = 30x + 4
Portanto:
3x , _ 2
— -4 = 5x + — <■ p. 9x-24 = 3Üx + 4<— *âx — 30x = 24 + 4 ■=>
2 3
p. 28 4
q -21x = 23* + x-
-21 3
Portanlo, o conjunto-verdade e: V J-l
l 3
3 5) Considere a equação 3x — m = 13, onde xéa incógnita. Determine o valor
de m sabendo que a raiz da equação é -4.

Solução:

Se —4 ê a raiz da equação, ao substituirmos x por—4 deveremos obter uma


sentença verdadeira:
3(—4) -m = 13
-12 - m = 13
m - -25

3.6) Resolva as equações:


a) 4x + 1 = 2(2x —3) + 7
b) 12x — 7 = 3(5x + 2) — 3x + 9

Solução:

a) 4x + 1 2(2x - 3) + 7 « 4x + 1 = 4x - S + 7 « 4x - 4x
0=0
65
Assim 4x + 1 = 2(2x — 3) + 7<=>ü = ü
Como a sentença “0 = 0" é verdadeira para qualquer valor de x (isto é, ê
independente de x), a equação fornecida será satisfeita para qualquer
valor de X. Portanto, o conjunto-verdade é igual ao universo:
V=R
e a sentença aberta 4x + 1 = 2(2x - 3) + 7 é uma identidade em R.
bj 12x - 7 = 3(5x + 2J- 3x + 9 <=■ 12x - 7 = 15x + 6 - 3x + 9 »
12x - 15x + 3x = 6 «■ 9 + 7 »0 = 22
Como a sentença "0 = 22" ê falsa (é falsa para qualquer valor de x),
então a equação fornecida não será satisfeila para nenhum valor de x.
Podemos dizer que a equação não tem solução:
V =0

Exercícios Propostos

3.7) Resolva as equações:


a) 4x — 3 = — 2x +■ 15
b) 4(x - 5) + 3x + 1 = 2(x - 2) + 15(x - 3)
. x-7 „ x-8
c) ^-——4-2 =
5 “ 10
.. x . „ -4x-1 x
dj' “3 +2~= S +2

3.aj Resolva as equações:


3x-1 2x + 5 3(2x + 1)
a) b) = 3X4- —
3 2 2 2

3.9) Considere a equação: 2x = m — 1, onde x é a incógnita. Sabendo que seu


conjunto-solução é S = {—7}, determine o valor de m.

3.4 - CONJUNTO VERDADE OE SENTENÇAS ABERTAS MOLECULARES

Seja S, uma sentença aberta cujo conjunto-verdade é V1 e seja s2 uma


outra sentença aberta de conjunto-verdade V2 . Temos então:

aj O conjunto-verdade da sentença aberta:


S, a S2
é: V = Vv^V2

b) O conjunto-verdade da sentença aberta:


S1VS,
é: V=V1ujV2

Exemplo

66
Sendo U = N, considere as sentenças abertas:
St : x > 5
S2 : x < 9

O conjunto-verdade de si é: V, = {6; 7; S; 9; 10; ...} e o conjunto-verdade de

S2 é: V2 = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8}
Consideremos agora a sentença aberta S, aS3 , isto é.

x > 5a x < 9
Seu conjunto-verdade é: V = Vj n V2 = (6; 7: fi}

Se tomarmos a sentença aberta: Sj vSj, isto é.

x > 5 v x< 9
seu conjunto-verdade será: X7 = V, uV2 = [0; 1; 2; ..} = N
O que dissemos acima para duas sentenças abertas pode ser generalizado
para três ou mais sentenças abertas, Por exemplo, consideremos as sentenças
abertas S,, S2 e S3 cujos conjuntos-verdade sào respectivamente V1t Vz e .
O conjunto-verdade da sentença aberta:
S1 a S2 A Sj

é V = V,nV2nV3

O conjunto-verdade da sentença aberta:


S, vS2 v S3

ê V=V1oV2vjV3

Exercícios Resolvidos

3.10] Sendo U = N dê os conjuntos-verdade das sentenças abertas:


a) 2x — 8 = 0 v 5x - 15 = 0 b) x<7a3x-27 = 0

Solução:

a) 2x-â-0ci>2x-8«x-4 = {4}
5x—15 = 0«5x= 15 <=s x = 3 V2 ={3}

O conjunto-verdade da sentença aberta:


2x-8 = 0v5x“15 = a

é: V-V,^V2= {3; 4]

67
b) O conjunto-verdade de x < 1 é: = {0; 1; 2. 3; 4; 5, 6} e o conjunto-
verdade de: 3x - 27 - 0 é: V2 = {9}. Assim o conjunto-verdade de

x < 7 a 3x - 27 = 0 é:
V = ^0^2= 0

3.11) Sendo U = 5, dê o conjunto-verdade da sentença aberta:


4x*1 = 5x-2ax-3*0
Solução:

4x + 1 =Sx-2cí>x = 3 V, = {3}
x-3*0=x *3 Vz = R - {3}
O conjunIo-verdade de *4x + 1 = 5x - 2 a x - 3 * 0" é:
V = V1r>V2= 0

4 3 4
3 121 Resolva a equação —-— =
x2 -1 x+1 3(x-1)

Solução:

Neste caso (há incógnita no denominador) devemos garantir que nenhum


dos denominadores se anule. Portanto, devemos ter:
x2 -1iCEX + 1iOe3(x-1)iO
Porém
|x‘ -1» 0 o x2 * 1 o x x 1 e x * -1
Sx + I^O-oxit-l
h(x-1)*0= xr1
1

Supondo então que os denominadores nêo se anulem, vamos simplificar a


equação proposta. Lembrando do produto notável:
a2 - b2 = (a + b) (a -b)

podemos escrever;
x2 - 1 - x■22 - ? = {x +
e assim constatamos que x3 - 1 é divisivel por (x + 1) e por (x - 1) Portanto,
o mmc dos denominadores é 3(x5 - 1). Agora dividimos o mmc por cada
denominador e multiplicamos c resultado obtido pelo numerador obtendo:
12 = 9(x- 1)- 4(x + 1)
Assim:
4 3 4
<=> 12 = 9(x-1)-4(x + 1) aXtIa x =* -1
x2-1~x-1 3(x-1)
Mas: 12 = 9(x- 1) - 4(x + 1) <=> x = 5
O valor 5 satisfaz todas as condições e, portanto:
V = {5}

6B
3
3.13) Resolva a equação ———
-6x + 12

Solução:
Neste caso devemos ter: x - 2 * 0 e —Bx + 12 # 0
Fx-2 *0 « x* 2
J
[—6x + 12 * 0 <=> x * 2
Assim:
7 3
« 7(-6x +12) = 3(x-2) a x * 2
x - 2 = -Sx + 12
lx*2 V1=R-{2}
[7(-6x +12) = 3(x - 2) « x = 2 V2 = {2}
O conjunto-verdade da equação proposta ê.
v= V,nV2 = 0

Exercícios Propostos

3.14) Sendo U - R dê os conjuntos-verdade das sentenças abertas:


a) 3x + 8 = 0v5x-9 = 0
b) 2x - 3 = 0 v 4x - 20 = 0 v 7x — 1 = 20
c) 3x + 7 = 6x-8aX-5*0
d) 4x + 1=Bx-19ax-3*0

3 15) Dê o conjunto-verdade da sentença aberta:


(x—4 = 0v3x-15 = üv4x—28 = 0) (x*5)

3.16) Resolva as equações:


5 , 3x —5
a) — =4-----------
X X
6 2
b)
5x X+4
7 2x + 1
c) 3 + x-5 =
x-5
2 4x + 6
d) 13-
x+2 x+2
3 1
e) x-6 2x - 4

3.5 - PROPRIEDADES
Sabemos que'

e
a-b=0oa = 0,vb=0
P3 g
•=- = 0 a—0 ab 0
b

Baseados nisso, podemos resolver equações dos lipos que aparecem a


seguir

Exercícios Resolvidos

3.17) Resolva a equação (2x - 3)(7 - 8x) 0

Solução:

{2x - 3)(7 - 8x) - 0 <=> 2x - 3 = 0 ou 7 - fix - 0


3
2x-3 = t)ox= -
2
7-8x = 0<=x-^
i 8

Portanto V = { • ZA

3 18) Resolva a equação: 2 x3 - 18x + 3x2 -27 = 0

Solução:

Em primeiro lugar fatoremos a expressão 2 x3 — 18x + 3X2 x 2 -27;


2x2 -18x + 3x2 -27 = 2x(x2 -9) + 3(x2 -9) = (x2 - 9)(2x + 3) =

= (x2 - 32)(2x + 3) = (x + 3)(x - 3)(2x + 3)


Portanto
2 x3 - 18x + 3 x2 - 27 = 0 c=> (x + 3)(x - 3)(2x + 3) = 0 <=
3
«x + 3 = 0vx-3 = 0v2x + 3 = 0«x = -3vx=3vx=-'r

í 3
V=j3:-3;~

3 19) Resolva a equação: x3 - x = 0

Solução:

x3 - x = x( x2 - 1) = x(x + 1) (x- 1)
x3-x = 0«x(x + 1)(x~1) = 0a>x=0vx+1=0vx-1 = 0«
x = 0 v x =-1v x = 1
V = (0.-1; 1}

70
5x + 20
3.20) Resolva a equaçao: 0
x2 -16
Solução;

Sx-i-20
=0 6x T 20 = 0 a x2-16 * 0
x2-16
A raiz de 5x + 20 = 0 ê —4 Porém esse valor não satisfaz a condição
x - 16 * 0 e portanto o conjunto-verdade da equação dada é:
V= 0

Exercícios Propostos

3.21) Resolva as equações.


a) x(x + 1) = 0
b) 2(-2x + 3)(4 - x)(x + 9) = 0
7x-4
c) 4x -20 = 0
4x + 12
d) =0
x2 - 9
e) x 3 - 16X = 0
f) 4x 3 + 5x2 - 4x— 5 = 0

3.22) Resolva a equação (2x + 1 )(4 - 2x)(x - n) = 0 em cada um dos universos:


a) R
b) Q
c) Z

3.6 - EQUAÇÕES DO TIPO a h = t?


Consideremos a igualdade: ak = bk onde a e b são reais ek éZ*.
Se k ê par, temos:
a* - bK <=> a - b ou a - -b
Se k é impar, temos :
ak ‘ bk «■ a = b

Exemplos
a) Consideremos a equação: x2 = 42 Temos:
x2 = 43 x = 4 ou x-4
Portanto: V = {4; —4}
b) Seja a equação, x3 = 43 Neste caso, temos:
x3 = 43« x = 4
e portanto V = {4)
71
As propriedades mencionadas acima valem também para k e Z'-, desde

que imponhamos a sOe br 0 pois devemos nos lembrar que:


1
a
a"
Exemplo

Seja a equação (4x - 12) -5=(3-x)-5


(4x - 12)‘ 5 = (3 - x)’ 5 CO 4X - 12 = 3 - X A 4x - 12 * 0 A 3 - x x 0 »
x = 3a x*3
Portanto: V = 0

Se k = 0. então c conjunto-verdade da equação aK = b* coincide com o


conjunto-universo pois qualquer número real elevado a zero é igual a 1.

Exemplo
Consideremos a equação (3x - 2)° = (4 - 3x)'o
Se U = R. teremos
V=R

Exercício Resolvido

3 23) Resolva as equações:


a) (4x-7)12 = (8 —x)12 b) (2x + 12)15 = (6x-9)ns

Solução:
a) (4x - 7)’2 = (0 — x)12 a 4x - 7 = 0 - X V 4x - 7 = -(8 - x) c=>

x= 3v x = —

21
b) (2x + 12)lS = (6x - 9)15 ca 2x + 12 = 6x - 9 o x = —
A

Exercício Proposto

3.24) Resolva as equações


a) (3x- 1),a = (4 — 5x)16 c) (3x + 2)”'1 = (x- 1)’4
b) (2x + 9)? = (7x- 1]' d) (6x-9)2= 16

3.7 - EQUAÇÕES LITERAIS

72
As vezes ocorrem equações com várias letras, onde nem todas sâo
consideradas como variáveis: algumas sào consideradas como números
(constantes) e nesse caso costumam ser chamadas de parâmetros
Ao ser dada uma equação literal, se nada for esclarecido, admite-se que as
últimas letras do alfabeto são as variáveis e as primeiras são as constantes
(parâmetros).

Exercícios Resolvidos

3.25) Resolva a equação. 2x — a = 3b

Solução:
Aqui, como nada é esclarecido, vamos admitir que x é a variável, a e b sào
constantes Porlanio, temos
3b +3
2x — a = 3b « 2x - 3b + a c=> x =
2
3b + al
Assim: V =
2 l
3 26) Resolva a equação: ax - x = 3a + 2

Solução:
Observando que ax - x = (a - 1)x, temos
ax - x = 3a + 2 (s - 1 )x = 3a + 2
Neste ponto consideraremos duas possibilidades: primeiro a - 1 *0 e depois
a-1 =0
1 “) para a - 1 r 0, temos:
3a +2
(a - 1)x = 3a + 2 => x =
a-1
_ [3a+ 2]
e V
"1 a-1 j
2Ú) para a - 1 = 0. teremos a = 1 e portanto a equação dada transforma-se
em:
Ox = 3(1) + 2
0 x =5
que obviamente não tem solução.
Portanto, a resposta do exercício deve ser:

para a -1 * 0, temos V
l a-’ í
para a -1 = 0. temos : V = 0

2
3.27) Resolva a equação ax - x = a - 1

Solução:
*? n
ax - x = a - 1 » (a - 1)x = a - 1

73
Consideremos duas possibilidades:
fl") para a -1 0, vem
, ,, s . a3--1 (a + 1)(a-1)
<=■xx==-- ------- ”------- - «y - a + 1
(a-l)x=e-1=-x =-------- <=■
a-1 a-1
2°) para a-1 =0. vem a = 1 e a equação (a -1 )x = a3 -1
transforma-se erm 0 x = 0 que obviamente é verdadeira para todo x.

Assim a resposta ê:
I para a -1 * 0. V - {a -1]
\para a-1 = 0,V = X

3 28] Resolva a equação ax - x = b - 3

Solução:

ax - x = b - 3 (a l)x = b - 3
r) para a -1 * 0, isto é, para a 1, temos:
b 3
(a - l)x = b - 3 <=> x =-------
a -1
2“] para a -1 = 0 e b-3 = 0. isto é, para a = 1 e b = 3 a equação :
(a - 1)x = b-3
transforma - se em:
Ox = 0
e por tan tc V = R
3”) para a-1 = 0eb-3*0, isto é. para a = 1 e b * 3, a equação :
(a-1)x = b-3
transforma -se em
Ox = b - 3 (com b-3#0)
que, obviamente, é uma equação impossível.
Portanto, a nossa resposta é

para a x 1. V =
íb-3l
\a-lf
para a = 1, e b # 3, V = 0
para a =1, e b = 3, V = R

Exercícios Propostos

3 29) Resolva as equações.


a) 4x - a = -x + b c) ax - x = 4a + 1
b) ax - 5 - 2x * 10 d) 3x - B = 2b + ax

74
3.8- SISTEMAS DE EQUAÇÕES
Um sistema de equações ê uma sentença aberta molecular, onde os
átomos são ligados pelos conectivos a ou v.

Exemplas
a) A sentença aberta molecular u4x — 2y = 7vX-+2y = 1" é um sistema de
equações, que costuma ser escrito também do seguinte modo:
4x-2y = 7
v
x + 2y = 1
b) A sentença aberta molecular "x2 — 3y = 9 a 4x + y = 1Ú" é um sistema dr
equações que pode também ser escrito assim:
xa-3y = 9

4x + y =10

Quando è omitido o conectivo. admite-se que ê o conectivo Assim.


exemplo, se encontrarmos o sistema
Í4xs -3y = 9
[5x + 9y = 1
admitiremos que se trata de 'Âx2 - 3y = 9 a 5x + 9y = 1"
No caso em que o conectivo é a costuma-se dizer que se trata de um
■'sistema de equações simultâneas", que é o caso que nns interessa neste livro
O estudo dos sistemas de equações em que o conectivo é v é um tanto
mais complicado e é feito com auxilio dos gráficos no nosso volume de Geometria
Analítica, desta mesma coleção.

3.9 - SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES SIMULTÂNEAS


Uma equação da forma
3lXl + 3iX? + 33*3 + ... + SflXr» = b
chams-se equação linear. Aqui, Bi, aj. aj. . . . ,aneb são números reais e Xi, x?.
X3,..., Xn são as variáveis.
Note que, numa equação linear, cada termo contêm uma incógnita elevada
ao expoente um.

Exempla
As equações "4x — 3y = 1" e "3x — 9y + 10? = 8" são equações lineares.

Contra-exemplo

75
A equação "3x2 — 9y = 2" nao é linear, pois temos a incógnita x elevada a

expoente dois A equação ” —-9y = 7" também não é linear, pois — s5 x’’e
x x x
vemos então que o expoente de x é -1
Vamos estudar, neste item, sistemas de equações simultâneas em que as
equações são lineares, Ou possam ser reduzidas a equações lineares.
De início vamos considerar casos em que as equações tém apenas duas
incógnitas.
Há vários métodos para resolver tais sistemas, porém, no momento,
veremos apenas o "método de substituição" e o "método de adição”.

Método de Substituição
Em pnmeíro lugar escolhemos uma equação e na equação escolhida
"isolamos" uma das incógnitas para em seguida substituir na outra equação.

Exemplo

2x-3y = 4
Vamos resolver o sistema
3x-2y = 11
Na primeira equação isolemos a incógnita x:
„ , 4+3y
2x- 3y 4 2x - 4 + 3y <=> x = —

4+3y .
Em seguida, na segunda equação, substituímos x por 2 ’

4 + 3y
3 — 2y = 11
2
Resolvendo esta equaçao encontramos y = 2
4+3y 4 + 3(2)
Portanto x 5
2 2
V «5; 2)}

Método da Adição
□ método da adição é mais fácil de explicar através dos exemplos.

Exemplo

x + y = 10
Consideremos o sistema:
x-y =4
Somando "membro a membro’1 obtemos:
(x + y) + (x-y) = 14
2x = 14
x=7

76
Agora, em qualquer das equações originais, substituímos x por 7 Par
exempla, vamos substituir na primeira:
x + y = 10
7 + y = 10
y=3
Assim: V - {(7, 3)}

Exemplo

2x-3y = 4
Consideremos agora o sistema:
3x-2y = 11

Vamos multiplicar todos os termos da 1 * equação por 3 e todos os termos da


2“ equação por -2:
Í6x-9y = 12
[-6x-r4y = -22
Com isso conseguimos deixar os coeficientes de x nas duas equações
iguais em módulo, porém de sinais opostos. Agora pcdemas somar 'membro a
membro".
Sx -9y-6x + 4y = 12 -22
-5y = ~10
y=2
Em seguida vamos a uma das equações originais e substituímos y por 2
Por exemplo, tomemos a 1a equação:
2x - 3y = 4
2x - 3{2) = 4
2x — 6 = 4
x = 5
V = {(5; 2))

Consideremos agora um sistema de três equações lineares com .


incógnitas. Para resolvê-lo. em primeiro iugar escolhemos uma equação e. na
equação escolhida, isclamos uma incógnita. Em seguida tomamos o valor dessa
incógnita isolada e substituímos nas outras duas equações Com isso obtemos um
nava sistema de duas equações e duas incógnitas, que pode ser resolvido par um
processo qualquer.

Exemplo

x+y-z=-4 (0
Consideremos o sistema: 2x + y + 2z = 6 0I)
3x - y + z = 8 (III)
Isolemos x na equação (I):
x*y-i = -4<=>x=-y + z- 4
Vamos agora substituir x por -y tz-4 nas duas outras equações:

77
(II) 2(—y + z-4l + y+2z = 6
(III) 3(—y + z-4)-y + z= 8
Simplificando estas duas últimas equações, obtemos o sistema:
t-y+ 4z = 14
[—4y + 4z =20
Resolvendo este último sistema obtemos y = — 2 e z = 3 Assim:
x=-y + z- 4= - (-2) + 3-4=1
Um estudo mais detalhado (inclusive com outros métodos de resolução) dos
sistemas lineares é feito no volume 4 desta coleção.

Exercícios Resolvidos

4 x - 3y = 10
3.301 Resolva q sistema por substituição.
2x + y = 9
Solução:
Isolemos y na segunda equação:
2x + y = 9o y = 9 - 2x
Substituindo na primeira equação:
4x- 3(9 — 2x) = 10
4x- 27 + 6x = 10
10x = 37

X‘ 10

„ ^<37^ „ 37 8
y = 9 - 2x = 9-2l — 1= 9-
5 5

Assim V =
37 a
5 5

4x +2y =7
3 311 Resolva o sistema 3,-6y.1 P°,BdiÇâ°

Solução:
Vamos multiplicar a 1J equação por Seal" por 2:
Í20x+10y =35
Í6x-10y =2
Somando membro a membro:
20x + lOy + 6x- 10y = 35 + 2
26x = 37
37
* 26
78
Substituindo esse valor de x na 1* equação

2y = 7
1,26 J
74 „ ..
13 1 2y = ?
17
y* = —
26

« -
Assim: ■
Íf37
——
17
< 26'26

4
-1 = 12
y x
3.32) Resolva o sistema;
8 +1= 9
x V
Solução:
4
Neste caso as equações nao sao lineares, pois, por exemplo, o termo —
pode ser escrito 4x~’ e portanto o expoente de x não é 1.
No entanto podemos fazer as seguintes mudanças de variáveis:
1 1
— = u -- = v
x y

Assim; — = 4u 5 = c5v

x y
l = fiu l = 2v
X y
e o sislema pode ser escrito:
Í4u-5v = 12
|Su + 2v = 9
23 -5
Resolvendo este último obtemos: u = e V = “4”
16
_ 1S
Assim: x = —
u “ 23
y= 1 4
v 5

V= 16 —4
23 1 5

2x + 6y = 7
3.33) Resolva o sistema:
x + 3y = 5

Solução:
Multipliquemos a segunda equação por -2:

79
x + 3y = 5 » —2x - 6y = -10
J2x + 6y = 7
|-2x - 6y = -10
Somando membro a membro, obtemos:
2x + 6y - 2x - 6y = 7 - 10
0 = — 3 (absurdo!)
Neste caso enlSc □ sistema não tem solução, é um sistema impossível’.
V= 0
2x - y = 4
3 34] Resolva o sislema
-2x + y - -4
Snluçao:

Somando membro a membro, obtemos’


2x — y — 2x+y = 4 — 4
0= 0
A sentença "0 = 0" ê sempre verdadeira. Isto significa que o sislema admite
infinitas soluções, isto è, o sistema é indeterminado. Se repararmos melhor
no sistema fornecido, vemos que, multiplicando todos os termos da primeira
equação por -1. oblemcs a segunda equação.

Exercícios Propostos

3 35) Resolva os sistemas:


3x -7y = 2 4x -11y = 2
a) b)
4x -2y = 1 3x - y = 9

3 36) Resolva as sistemas


x -r y -r z - -3 x-i-y -1
a) 2x-y+ z= -11 b) -2x + 4y + z = -24
x + 5y-z = 17 X+z =7
2x - y = 3z = 7
c) 2y +5z= 9
7z= 28

3 37) Resolva os sistemas:


5 x-r2y 3x + 2y 5x-y+ 1
2 “ 6 + 4
a) -
x „
2-y-2

3x +-1 2
b) y-2 = 3
x-y=7
80
4
x y
C)
6 .
*+-=12
x y

3.10 - EQUAÇÕES DO 2a GRAU A UMA INCÓGNITA

Definição e Fórmula

Equação do 2° grau a uma incógnita é uma equação que pode ser


reduzida a forma-
ax3 + bx + g - 0 (a * 0)

x é a incógnita
onde: a, b e c são os coeficientes
c é o termo independente

Lembrando que a * 0, vamos multiplicar ambos os membros da igualdade


por 4a:
ax2 + bx + c = 0 <= 4a2x2 + 4abx + 4ac = 0 4s’x2 + 4abx = —4ac
Somemos b2 aos dois membros:

4a2x? + 4abx = -4ac <=> 4asx2 + 4abx + b 2 = b2 - 4ac « (2ax + b)2 = b2 - 4ac
(íix-b)’
2
Supondo b — 4ac > 0, temos:

(2ax + b)2 = b2 — 4ac « 2ax + b = ±yb2 - 4ac

c= 2ax £2 -4ac
_ = —bu ±^b -b—
x = — -4ac
± -----
2a

Em resumo, temos que, para b — 4ac > 0:

ax2 + bx + c = 0<=>x =
-b± 'Jb'2! -4aç
2a
É costume chamar a expressão b3 — 4a c de discrimínanle da equação e
representá-lo pela letra grega A (lê-se "delta”).
Assim, a fórmula para resolver uma equação do 2° grau é:

x “ onde A - b2 -4ac
2a

Exemplos
a] Consideremos a equação: 6x2 + x - 1 = 0
Aqui temos:

81
x + 3y = 5 to —2x - 6y = —10
l2x + 6y = 7
[-2x- 5y = -10

Somando membro a membro, obtemos:


2x + Sy - 2x - 6y = 7 - 10
0 = -3 (absurdo!)
Neste caso então o sistema não tem solução; é um sistema impossível.

V = 0

2x - y =4
3 34) Resolva o sistema:
-2x + y = -4
Solução:

Somando membro a membro, obtemos:


2x — y — 2x + y = 4 — 4
0 = 0
A sentença "0 = 0’ é sempre verdadeira. Isto significa que o sistema admite
infinitas soluções, isto è, o sistema é In de terminada Se repararmos melhor
no sistema fornecido, vemos que, multiplicando todos os termos da primeira
equação por—1, obtemos a segunda equação.

Exercícios Propostos

3 35) Resolva os sistemas:


[3x-7y = 2 4x —11y =2
a) 1^4x + 2y - 1 b)
3x-y = 9

3.36) Resolva os sistemas:


X + y + z = -3 x+y =1
a) 2x - y + z = -11 b) -2x + 4y 4- z = —24
x + 5y-z=17 x+z= 7
<2x -y+ 3z = 7
c) •! 2y i-5z = 9
\?z = 23

3.37) Resolva os sistemas:


x + 2y 3x + 2y 5x-y +1
2 ~ 6 4
a)
= -2
3x +1 2
y-2 ’ 3
b)
x - y - 7

80
4 ?■ - a
x y
C)
5 Ê=12
x y

3.1Q - EQUAÇÕES DO 2a GRAU A UMA INCÓGNITA

Definição e Formula

Equação do 2° grau a uma incógnita é uma equação que pode ser


reduzida à forma;
■5
ax + bx + c = 0 (aí 0)

x ê a incógnita
onde: a, b e c são os coeficientes
cé o termo independente

Lembrando que a * 0, vamos multiplicar ambos os membros da igualdade


por 4a:
ax + bx + c = =5 4a2xJ + 4abx + 4ac = 0 <z> 4a2x2 + 4abx = —4ac
Somemos b7 aos dois membros:
4a’x2 + 4abx = —4ac 4a2x2 + 4abx + b 2 = b2 — 4ac <=> (2ax + b)2 = bz — 4ac
(2a«.b)J
2
Supondo b — 4ac 2 0, temos:
(2ax + b)2 = b2 - 4ac c±. 2ax + b = +\/b2 - 4ac =3

-b ± Jb2 - 4ac
» 2ax = -b ±^b2 - 4ac x =
2a
Em resumo, temos que, para b2 - 4ac > 0:

-b ± >/b2 - 4ac
ax2 + bx + c = 0«x =
2a
É costume chamar a expressão b3 4ac de discrimínante da equação e
representá-lo pela letra grega ú (lê-se "deita").
Assim, a fórmula para resolver uma equação do 2D grau é:

-b± VA
x = " 2a nde ü ■ b2 — 4ac

Exemplos
a) Consideremos a equaçao: 6x2 + x — 1 = 0
Aqui temos:

81
[a = 6
A = b3 -4ac = 12 -4(6)(-1) = li-24 = 25
=1
c = -1 Ja = J2S = 5

X =
-1±5
2a 2(6) 12

Temos aqui duas raízes que indicaremos por x' e x":


-1 + 5 4 1
x' -
12 “ 12 “ 3

x" = -1-5 -6 -1
12 12 2

b) Tomemos agora a equação 25x3 - 20x +4 = 0


a = 25
A = b! - 4ac = (-20)2 - 4(25)(4) = 400 - 400 = 0
b = -20
c =4 — >Jq — o
A 20 ±0 20 = 2
x=
2a 2(25) 50 5
O conjunto-verdade è V = -|j>

canjunio-verdade com apenas um


Neste caso (a = 0) obtivemos um conjunlo-verdade
elemento No entanto, costuma-se dizer que a equação tem duas raízes
iguais ou ainda, que a equação tem uma raiz dupla Podemos então
escrever, para este exercício:

x‘ = x"
-l
c) Seja a equaçaa 4x3 — 3x + 5 = D
a = 4
b =-3 A = h2 - 4ac = (-3)2 - 4(4)(S) = 9 - 80 = -11
c=5
Repare que A< 0 e sabemos que, no conjunto dos números reais, não
existe raiz quadrada de número negativo Portanto, neste caso, temos
V = 0

Número de Raízes

Conforme pudemos observar, dependendo de A temos três casos a


considerar;
1°) A>0 A equação possui duas raizes reais e distintas, representadas
por x' e x":
-b + JÃ -b- Vi
x' = x" =
2a 2a

82
2°) ò = 0 A equação possui duas raizes reais e iguais (uma raiz dupla):
-b
x' = X" =
2a
3fl) A < 0 A equação oào possui raizes reais, no entanto tem raízes
imaginária (que não é nosso assunto neste livro)

Equações Incompletas
Uma equação do 2° grau em que b=0ouc=0é chamada incompleta.
Assim, par exemplo, são incompletas as equações:
4x2 —3x=Q; 3x2 — 9 = O. 5x2 = 0
Para resolver uma equação incompleta podemos obviamente usar a fórmula
vista anleriormente, mas há modos mais rápidas, como veremos nos exemplos a
seguir

Exemplos
a) Consideremos a equação 4x.2 3x = 0 Colocando x em evidência.
temos.
4x2 - 3x = x(4x — 3).

Assim:
4x2 - 3x = 0 <=> X(4x -3)-0<2>x=0au4x-3 = 0’“X-0ou X = 4
4
f 3 I
Portanto. V = <0; -3
I. j

2
b) Seja agora a equação 3x - 12 = 0. Temas:
3x2 -12 = 0 <=■ 3x2 = 12 <=> x2 = 4 x-i2
Logo: V = (2; -2}

Mudança de Variável
Há algumas equações que podem ser resolvidas com uma muo^
variável

Exemplo
Consideremos a equação ** — 5x2 - 36 = 0
Fazenda x2 = t leremos xJ = t2 e portanto a equação fornecida transforma-se
em t2 - 5t - 36 = 0 Resolvendo esta última, obtemos: t‘ = —4 e t" - 9.
Como xz = t, concluímos que x = + Vt e assim:

[para t =-4 vem xJ=-4 (aqui não temos raizes reais)


Jpara t - 9 vem x2= 9 e portanto: x = ± 3

O conjunto-verdade é: V = {3; -3}

83
A equação ax; bx2 + c = 0 (a * 0) é conhecida pelo nome de equação
biquadrada

Exercicios Resolvidas

3 3B) Resolva as equações


a) 8x2 = 21 - 2x
b) (x - 3)2 = (x + 4)2 - (20x - 23)
c) (x2 — 8x + 21 )2 = 81
Solução:

a) 8x2 = :21 - 2x 8x2z + 2x — 21 = 0


a = 8
A = b3 - 4ac = 22 - 4(8)(-21) = 4 + 672 = 676
b = 2
VÃ = ^676 = 26
C = 21

x =
b±JÃ -2 ±26
2a 16
-1 + 13 12 3
x’ =
ã”"~ a “ 2

x
-1-13 B.
-14
-
-7
S ——
8 8 4
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
b) Lembrando que.
(a -b)2 = a2 - 2ab + b2
temos: {x — 3)2 = X2 — 6x + 9 e (x + 4)a = X2 + 8x + 16
Assim
(x - 3)? = (x + 4)a - (20x - 23) <= x2 - 6x + 9 = x1 + Õx + 16 - 20x + 23
<=> —6x - 8x + 2Qx = 16 + 23 - 9 6x = 30 o x = 5
V = [5}
c) (x2- 8x + 21)’ = 81 <=>x2- 8x + 21 - S v xz-8x + 21 = -9
fxs-8xt21 =9 o x2 -Bx + 12= 0 V, ={2;6}
[x2-Sx+21 - -9 » x2-8X + 30 =- 0 V2=0

V = V, Vi = (2: 6}

3 39) Resolva as equações


a) 3x2 + x = 0 c) x2 ~ x
b) 2x2 - 32 = 0 d) 5x2 + 2 = 0

Solução:
a) Nesle caso, a equação é incompleta e portanto não é necessário usar a
fórm ula
3x’ + x = 0 » x(3x 1) = 0 o x = Oou 3x + 1 = 0 <=> X = 0 QU X =

84
b) 2x2 - 32 = 0 ■— x2 - 16 = 0 « x2 = 16 o x = ± 4
V = {4; -4]

c) xa = xox2 — x = 0e* x(x -1) = 0ox*0oux-1 = 0 = x = Ooux = 1


V = {0; 1}

5x2 + 2 = 0 <=? 5xa = -2 « x2 = - |


d)
Não existe número real que elevado ao quadrado resulte negativa
Portanto, a equação proposta não tem raizes reais.

3-40) Resolva as equações:

a) x® + 7x3 - 8 = 0 b)
-1! -sf x + —1+6 = 0
xj l x)

Solução:
a) Façamos x3 = y; assim xa = v2le a equaçao
, .proposta transforma-se em
y3 + 7y — 0 = 0 Resolvendo esta última equação:
a =1
A = b' -4ac = 7a -4(1)(—8) = 49+32 =81
b -7
c -S Va - Vêí = Q

v= 2a 2

y‘ =
8
-7 9 -16
y" = -8
2 2
Lembrando que x3 = ;y temos x = Vy e portanto:

pa ra y = 1 vem x = =1
para y = -0 vem x = ?/-9 =

v = {i;-2}

b) Façamos (x +— )= y e vamos impor x * 0.


Com essa mudança de variável, a equação proposta transforma-se em
y2 — 5y + 6 = 0, equação esta que tem as raizes y‘ = 2ey" = 3.
Assim:

1n) para y = 2 temos x + — = 2


x

x + -= 2»x--2x + 1 = 0
x J-
A equaçao x — 2x + 1 = 0 apresenta duas raizes iguais:
x1 = x = 1
85
2o) para y - 3 temos x + — = 3
x
1 T
x + — = 3<=>x-3x + 1 = 0
x

As raizes de x2 — 3x + 1 = 0 sáo x* = 3 + 75 e x” = 3-75


2 2
í 3 + x/5 , 3-75
Portanto V = ^1;
l 2 ' 2

3 411 Resolva a equaçao: 8x4 + 7x3 + 5 = 0.

Solução:
Neste caso, temos x4 è 0 e x',2 > 0. Portanto, para qualquer valor de x
teremos 8x4 + 7x2í0
No entanto. 8x4 + 7xz + 5 = 0« Sx4 + 7x2 = -5.
Assim vemos que a equação proposta não tem solução real, pois para
nenhum valor real de x. a expressão 8x4 + 7x2 poderá resultar negativa:
V= 0
3 42] Resolva os sistemas’
x3 + y2 - 2x + 3y = 9 X2 +yz2 =4
al b)
2x -3y = -4 5x+ 4y = 20

Solução:
a] Isolemos x na segunda equação
-4
2x - 3y = —4 c=> 2x = 3y —4 x - —
e façamos a substituição na primeira:
(3y-4 ? 3y-4
+ yz -2 + 3y = 9 «■
< 2 ) 2
Oy2 -24y+16
+ yz -(3y-4] + 3y = 9 <=> 13y2 -24y-4 =
4
-2
Resolvendo esta última equação obtemos: y‘= 2 e -

3y-4
Lembrando que x , temos:
2
3(2]-4
para y = 2. x = =1
2

-2 3 Z? -4
13 -29
pafa y = — .x=-------
13
Assim. V = ■!(+, 2).

86
b) Isolando x na segunda equação:
5x + 4y = 20 x = 20~4y
o
Substituindo na primeira equação:
2
.20-4y ; +
+v -4
y22 - 4 e=>
« ^OO-lEOy + lfiy— + y2 = 4
1 5 J * 25
fc. 400-160y+16y3 + 25y2 =100 41y2 -160y + 300 = 0
Porém, ao calcularmos □ discriminante desta última equação, temos:
A= (-160/ - 4(41) (300) = 25600-49200 =-23600 < 0
portanto esta última equação não tem solução (no campo dos reais) e o
sistema também não tem solução:
V=0

x2 +y2 +6x-12y+ 20 = 0
3.43) Resolva o sistema
X2 + y2 -2x + 4y-20 - 0

Solução:
Vamos multiplicar a segunda equação por -1 e somar membro a mem

xs + y2 + 6x-12y + 20 = 0
-x2 -yz + 2x-4y + 20 = 0

6x-l6y + 40 = 0
A vantagem do que fizemos é que conseguimos obter uma equação do 1"
grau, o que facilita no momento de isolar uma incógnita. Vamos isolar a
incógnita x:
6x - 16y + 40 = 0 <» x - 2y + 5 - 0 « x - 2y - 5
Substituindo na 1* equação, obtemos:
(2y - 5)z + y2 + 6(2y — 5) — 12y + 20 = O
Resolvendo esta última equação, teremos: y' - 1, yr' = 3
Como x = 2y — 5, vem:
í para y = 1, x = 2(1)- 5 = -3
V = {( 3; 1); (1; 3)}
(para y = 3, X = 2(3)-5=1

3.44) Resolva a equação: (x2 - 2x + 1)2 - 5(x2 - 2x) - 41 = 0

Solução:
x2-2x + 1 = y + 1
Fazendo x2 - 2x - y. temos:
(x2 -2x + 1)2 = (y + 1),2
Com estas substituições, a equação proposta transforma-se em:

87
(y + 1)2 — 5y —41 =0
Cujas raizes são: y' = 8 e y” = —5
Lembrando que X2 — 2x = y, temos:
1°) para y - 8, x2 — 2x = B Resolvendo esta equação, obtemos:
x‘ = 4 e x" = —2
2o) para y = —5, x2 — 2x = —5. Porém esta equação não admite raizes reais.
Assim, o conjunto-verdade da equação proposta é:
V = {4; —2}

Pxercicios Propostos

3 45) Resolva as equações:


a) 4x2 + 17x- 21 = 0 d) Gx2 = 6(2x - 1) + x
b) 6x - 1 = 9x2 e) (x + I)2 = 4
c) —3x2 = x - 1 n -x2 — x - 1 = o
3.46) Resoiya as equações:
a) -x' + x = 0 d) 3x2 + 2 = 0
b) 2x2 = 50 e) 4xz = 6x
c) 4x2 -1=0

3.47) Resolva as equações:


. x2 . 9 x-2 x+5
a/ ~=' = 4x + - e)
2 2 3x -8 5x-2

b] x+- =2 f) (3x + 2)2 - 4x = -x + 4


x
c) (x + 1) <2x-3) = x2 + x + 7 g) (2x- 5)2- x = 3x - 7
5x + 1 15X + 2 x2 + 2 1 —
------ 11
d) = 20
X x-1 x3 +5 x2-2 14

j 48] Resolva as equações:


1_
a) 4xJ< — 5X2 - -1 0 x< X
4-®
b) Sx'1 + Bx2 - 1 = 0 g) x-5>/x + 6 = 0
z \2 z
x
c) x + 13x2 + 36-0 h) I X I -I +2
t 4x +1J "l 4x +1 j

d) x.6“ - 20x.3 + 27 = 0 1) (x*-x+3)2-10(x2-x)= 105


e) x6 = x3 j) 5x* + 7xe + x2 + 1 = 0

3 49) Resolva as eçjuações:


a) (2x - 5)(xq + x" - 20X2) = 0
b) 4x5 + 5X2 + 16x + 20 = 0
c) 2x5 - x* + 10x3 — 5x2 = 0
X 2-5x+6
d) =0
x2 —4
08
3 50) Resolva as equações:
a) (x2 - 3x)2 = 16 b) (3x2 + 2x)3 = 125
(Sugestões: 16 = 422. 125 - 53)

3 51) Resolva os sistemas:


x3 + y2 = 25 [x2 + y2 - 6x + 4y-12 = 0
a) d)
2x - y = 2 ] 4x — 3y + 7 - 0

2x + 3y - -16 x3 +yJ -8x + 6y +16 = 0


b) e)
xy = 8 x3 + y2 +4x -6y + 9 = 0

x2 + y2 -Sx-24y +60 = 0
c)
x3 + y2 + 2x + 6y - 40 = 0

3,11 - EQUAÇÕES DG SEGUNDO GRAU: RELAÇÕES DE GIRARD


2
□ ada a equação da segundo grau ax + bx + c 0 (a x 0), sabemos que
suas raizes são (supondo A & 0):
-b+' -b - Va
x' - e x‘ =
2a 2a '
Calculemos a soma das raizes:

-b + VÃ -b - A -b + VÃ - b - VÃ -2 b b
x + x = —— — +
2a 2a 2a 2a a
Calculemos também o produto das raízes:

ô ,
-b+ VÃw-b- VÃ (-b + VÃ)(-b- VÃ)
x‘ ■ x‘ = (
2a K 2a
2a )=
J= 4a2
(-b)2 -(VÃ )2 b2 - A b2 -(b2 -4ac) b2 - b2 + 4ac 4ac c
“ — — —

4a2 4a2 4a2 4a2 4a2 a

b
x +x =—
a
(Relações de Girard)
c
x' x"
a

Estas "relações entre os coeficientes e as raizes" foram estabelecidas por


Girard (Albert Girard, flamengo, 1590-1633) em 1629. Ele mastrou que essas
relações valem também para raízes imaginárias e estabeleceu relações entre os
coeficientes e as raizes para equações de grau superior a 2. (Este assunto é
analisado mais detalhadamente no volume 7 de nossa coleção,)

Exemplo
Consideremos a equação 6x2 - 7x + 2 - 0 onde: a = 6, b = -7 e c = 2.
2 1
Resolvendo-a, obtemos x' = — e x''= —
3 2
89
x'+ x" =‘ 3 + 2 “ 6
kl b
b -7 7 a
a 6 6
1 1
x' . x" = — - — s
3 2 3 kl c
c 2 _1 a
a 6 3

Caso em que a = 1

Consideremos a equação do segundo grau em que a = 1: x? + bx + x = 0.


Para este caso, temos:

x’+x" --- È.-b


a 1
i <■ c c
X - X = —
a -7-c
Chamemos de S a soma das raizes ePo seu produto:
S = -b e P - c
isto é: b = -S e c = P

Assim a equação pode ser escrita

I x7 Sx-iP-n

Exemplo

Consideremos o seguinte problema:


'qual é a eouação do segundo grau cujas raizes são 7 e 8?
Suponhamos inicialmente que na equação procurada tenhamos a 1.
Assim a equação pode ser escrita: x2 - Sx + P = 0.

S =7 + 8 = 15
Mas:
P=7(8] = 56
Portanto, a equação é: x3 - 15x + 56 = 0.

Obviamenle esta não é a única equação do segundo grau au]as raizes sao 7 e
8. Se multiplicarmos todos os coeficientes da equação acima por um número real
diferente de zero, obteremos outra equação do segunda grau cujas raizes são 7 e S.
Por exemplo, se multiplicarmos os coeficientes da equação por 2, obteremos a
equação 2X2 - 30x + 112 = 0, cujas raizes são 7 e 8

Exemplo

Certas equações do 2" grau em que a = 1 podem ser resolvidas "por


^ntativa" usando a forma x2 — Sx + P = Q.
Seja por exemplo a equação x2 - 4x - 12 = 0.

^mosJ

«O
S = 4 e P =-12
"Mentalmente", tentamos encontrar dois números cuja soma seja 4 e cujo
produto seja -12.
Encontramos -2 e 6. Sendo assim, o conjunto-verdade é:
V = {-2: 6}

3.12 -TRINÔMIO DO SEGUNDO GRAU: FATORAÇÃO

Tnnômio da segundo grau é uma expressão do tipo:


ax’ + bx + o
x é a variável
onde a, b e c são coeficientes (reais)
a*0
É importante não confundir “trinômio do segundo grau" com 'equação do
segundo grau", pois esta é obtida igualando a zero um trinômio do segundo grau
(ax2 + bx + c = 0).
Vamos demonstrar que o trinômio do segundo grau pode ser fatorado do
seguinte modo:
ax2 + bx + c = a(x-x’)(x-x")

□ nde x’ e x'1 sâo as raizes da equação ax2 + bx + c = 0.


Demonstração:
Consideremos o trinômio: ax2 + bx + c, onde a * 0. Suponhamos que a
equação: ax2 + bx + c = 0 tenha as raízes x' e x".

x'+xM = --
a
Temos então:
■ .i c
x ■ x =—
a

5 b c Xa-í^ c
x+—
ax2 + bx + c = a x +- =a
a a l a a

= a(x2-(x'+x ")x + x’ • x”] = a[x2 - x' x - x" x + x'*"] =


= a[x(x- x')- x"(x- x')j = a[(x -X')(X — X'1)]
c.q d
Observação:
Pode-se demonstrar que esta decomposição vaie mesmo que as raizes
sejam imaginárias.

Exemplo
Consideremos o trinômio 6x2 — 7x + 2. Igualando-o a zero obtemos a
2 -r _ 2 1
equação 6x‘ - 7x + 2 = 0, cujas raizes são: x‘ = — e x" = —.
3 2

91
a=6 2
X
3
Portanto' b = -7
c =2 x" = —
2
Assim:
axz -i- bx + c = a(x - x')(x - x11)
6x! -7x + 2 - 6^x—

Exercidas Resolvidos

3.52) Determine o valor de k na equação 3x2 - 7x + (k + 2) = 0 de modo que uma


de suas raizes seja o sextuplo da outra.

Solução:

a=3
^b = -7
x' = 6x‘'
Ic =k+2

xu
2
3
x'+ x" = --e> 6x "+x" = - »
a 3 x’ = 6x" = 6(l) = 2

X- x" = £^2(l) = *±2 »k=0

3.53) Determine o valor de p na equação 5x2 + (3p + 2)« - 9 = Q de modo que


suas raízes sejam simétricas.

Solução:

a =5
b = 3p + 2 x' = -x"
C =-9
b 3p + 2
x‘ x -x"+ x“ =
a 5

Neste caso não Foi necessário usar a relaçac x1 ■ x"


£
a

3 $4) Faiore o trinômio 2x2 — 11 x + 5

Solução:
Em primeiro lugar determinamos as raizes da equação: 2x3 - 11x + 5 = 0,
1 c
que sao — e o.

92
ax3 + bx + c = a(x - x‘)(x - x"}
a=2 . 1
* “ 2
b = -11
c=5 x" = 5

Logo: 2X2 — 11x+5 = 2| (x-5)

□ u ainda: 2x!- 11x + 5 = (2x— 1)(x — 5)

3.55) Dê uma equaçao do segundo grau cujas raízes sejam —3 e 7.

Solução:
1’ modo - Suponhamos que a equação procurada tenha a = 1
(x3 + bx + c = 0)

x' = -3 = --c±>-3+7=--»b = -4
a 1
x" = 7 x' x" = -»(-3)(7) = ^«c = -21
a 1
Portanto uma das equações do segunda grau cujas raízes são — 3 e 7 ê:
x2 - 4x -21 = Cl

2a modo - Sabemos que x' = -3e x" = 7.


Serdo ax2 + bx + c = 0 a equação procurada, temos'
ax5 + bx + c = a(x - x')(x - x") = a(x + 3)(x - 7)
Fazendo a = 1, aequaçãoé:
Çx + 3)(x — 7) = 0

Efetuando a multiplicação, obtemos: x — 4x - 21 = 0
d 2
3 56) Fatore a expressão 4x — 5x +1

Solução:
Em primeiro lugar façamos a mudança de variável: x2 = y e x4 = y2.
Assim: 4x2 - 5x2 + 1 = 4y2 - 5y + 1

As raízes da equação 4y2 - 5y * 1 = 0 são y' = -ey“ = 1


4

4f y-^|(y-D
2
Assim: 4y - Sy + 1 =

Mas como y = x2 temos:


4x4 - 5x! + 1 = 4yz- 5y + 1 = 4Í x3 - -|(x2 - 1) =
\ 4 J

93
, , ( 1
[X2-12] = 4l x + ^ x~ j(x + 1)(x — 1)

3 57) Determine o valor de k de modo que a soma dos quadrados das raizes da
equação 2x2 - 5x + k = 0 seja igual a 4
4

Solução:

í • "=É
jX +X " 2
(X-)2 4-(X")2 = J
4

(x’+x“)2 =(x')2 +(x")2 +2x'x“


25 7 . .9
» — = —+ k <=> k = -

Exercícios Propostos

3.58) Determine o valor de m na equação 5x2 - 8x + (3m - 8) = 0. de modo que


uma de suas raizes seja o triplo da outra.

3 59) Determine o valor de k na equação 2x2 — 30x + (2k — 1) = 0, de modo que a


diferença de suas raizes seja igual a 3.

3 60) Determine o valor de k na equação 5x2 - 12x + 6k + 2 = 0, de modo que:


a) uma de suas raizes seja o dobro da outra
b) suas raizes sejam simétricas
c) uma das raizes seja o inverso da outra

3.61) Considere a equação 3x2 - 7x + 1 =0. Calcule a soma dos quadrados de


suas raizes.

3 62) Dê uma equação do segundo grau que tenha como raizes:


a) 3 e 2
b) -6e 4
c) -4 e 2
d) 72 e 3

3 63) Dê uma equação do segundo grau que tenha duas raizes iguais a -5.

3 64) Fatore as expressões


a) x2 + 3x - 18
b) 2x2 + 7x- 15
c) 4x2 + 12x + 9
d) x4 - 5x2 + 4
94
e) g** - 10x? + 1
- 12
f) x4 + x3J-1?

95
Capitulo

Inequaçoes
k

4.1 - PROPRIEDADES

Quaisquer que sejam os reais


Pt a, b ex, temos:
a>b^a4-x>b-rx________
Isto significa que podemos somar (ou subtrair) um mesmo número aos dois
membros da desigualdade a > b sem alterar seu "valor de verdade".
Assim, por exemplo, a sentença verdadeira 7 > 2 continua verdadeira se
somarmos o número 5 aos dois membros: 7 + 5 > 2 + 5
Esta propriedade permite "passar" um número de um lado para outro da
desigualdade desde que troquemos o Sinal do número.

Exemplos

a) Consideremos a desigualdade x — 4 > 5. Somemos o número 4 aos dois


membros
x-4+4>5+4
x>5 + 4
Em resumo- x-4>5tox>5+4
b) Seja a desigualdade x + 2 < 7. Vamos subtrair das dois membros a
número 2:
x + 2-2 < 7 — 2
x < 7 -2
isto é x + 2 <7 ax< 7 - 2 ox < 5

a > b =? ax > bx Va e R
P= , a b Vbe5
a ib ç: ->-
X X Vx e R;
Esta propriedade nos diz que podemos multiplicar (ou dividir) os dois
membros de uma desigualdade por um número positivo, sem alterar seu valor de
verdade

Exemplos

a) A desigualdade 5 > 2 é verdadeira. Se multiplicarmos os dois membros


por 7 (por exemplo) obteremos a sentença 35 > 14, que ainda é
verdadeira.

96
b) A desigualdade 7 12 é falsa. Se multiplicarmos os dois membros pelo
número 2 obteremos a sentença 14 > 24, que ainda é falsa
3x . 12 ,
c) 3x < 12 « — < — »x<4
3 '3----------
d) —4x < 20 « 5(^1x) < 5(20) -20x < 100
■ - - 4x^20
e) 4x à 20 » — ? — ox s5
4^4

a > b » ax < bx Va e R
Pa a b vb e R
a > b » —< —
x x tfx e S:
Esta propriedade nos diz que, se multiplicarmos ou dividirmos os dois
membros da desigualdade a b por um número negativo, devemos inverter seu
sentido para manter seu "valor de verdade".

Exemplos
a) Consideremos a sentença 2 > 1, que é verdadeira.
------------ 1---------- 1---------- 1---------- 1---------- 1----------1---------- 1---------- 1---------- b *R
-6 -5 ^4 -3 -2 -1 0 1 2
Se multiplicarmos os dois membros pelo número negativo -3, devemos
inverter o sentido da desigualdade:
(—3)(2) < (—3) (1]
-6 < -3
b) 3 > ~ 1 » (—2](3) < (-2)(-1) » G < 2
c) 2<5»(-1)(2) (-1)(5)»-2>-5
.. _ 20
d) 20 >-4 » S -7 «-10 <2
-2 -2
-4x
e) ~^lx 2 20» —— £ —- » x £ -5
-2
f) -x < 20 « (-1)(-x)I > (-1)(20)« x >—20

4.2 - INEQU AÇÕES DD PRIMEIRO GRAU


Uma ineq uaç5o do primeiro grau é aquela que pode ser reduzida ã forma:
ax + b > Ó (onde a * 0)
Uma das maneiras de resolver uma inequação desse tipo è fazer uso das
propriedades da desigualdade e proceder de modo semelhante ao desenvolvido na
resolução de uma equação do primeiro grau.

Exemplo
Vamos resolver a inequação 4x — 3 > 0.
Em primeiro lugar, passamos —3 para o lado direito, baseados na
propriedade Pt:
4x-3>C»4x>3

97
Em seguida dividímos os dois membros por 4:
„ 4x 3 3
4x > 3 <=> — > — x>—
4 4 4
Portanto, o conjunto-verdade é
v. , 3
V = x e R |y > -

4- +■
0 3
4
ou usando a notação de intervalo,

Exercícios Resolvidos

4.1) Resolver as inequações


a) 3x- 12 > 0 b) -2x + 14 -= 0

Solução:
12
a) 3x 12>C—-3x >12 + ">X > — <±> x > 4

V-(xeR’x>4}=]4;+x[
b) 2x+14 < ü<=^-2x < 14<^>--2X > —— eo x > /
-2 -2
V-17~x(

4.2) Resolva as inequaçoes:


, x- 2 1-2x
a) -5x + 1 í 3x + 2 b» 3x-----— <
A 6

Solução:
_ Oy -I1 —1
-8x
a) -5x + 1 í 3x + 2 »-5x - 3x < 2 - 1 » -8x < 1 5 Tp 1
-8 -0

V= 1 I
8‘+

b) Neste caso o mmc dos denominadores é 12, Multiplicando todos os


termos por 12, temos
12(3x) - 3(x - 2) <2(1 -2x)
36x - 3x + 6 < 2 - 4x
37x<-4

98
4.3) Resolva as inequações:
3) (x-3)J>0 e) (x- 3)7 » 0
,4
b) (x-3f>ü f) (x-3)7aD
c) (x-3f I4 0 g) (x-3)7< 0
4
d) (x-3)'á0 h) (x-3)7£ 0

Solução:
a) Neste caso temos uma patência de expoente par e portanto o resultado
nunca será negativo Portanto, para que (x — 3) seja maior que zero,
basta que x - 3 seja diferente de zero.
[X-3)”>0<^x-3^0«x^3
. V = [x e K | x r 3} = Ã - {3}
b) Levando em conta a discussão no item a concluimos que a sentença
(x- 3)4 > 0 é verdadeira para qualquer valor real de x:
V-3
c) O resultado de (x - 3)4 nunca poderá ser negativo e portanto, neste
caso, temos:
V =0
d) Como (x - 3)a não podo ser negativo, temas
(x-3)4s0»x-3=0ex=3
V = {3}
e) A potência jx - 3)7 lem expoente impar e portanto o sinal de (x - 3) é o
mesmo sinal da base x - 3
Assim:
(x-3)7 >0 »x-3>0 x >3
V = ]3‘ +<x[
0 (x 2)7> 0 cx - 3 > O o x> 3
V = [3; +®[
g) (x-3)7<0«x-3<0»x<3
V = ]—=o; 3[
h) (x - 3)7 í Q » (x - 3) $ 0 <= x < 3
V = ]—oo; 3]

4.4) Dé o conjunto-solução de cada sistema de inequações


a) 2x-6 > Da 3x-27 < 0
b) 2x - 6 > 0 v 3x — 27 <0

Solução:
a) Seja S, o conjunto-solução de 2x - S > 0
2x-6>0-=2x>6^x>3 Si = ]3; +=c[
Seja Si o conjunto-solução de 3x — 27 < 0
3x - 27 < 0 « 3x < 27 o x < S Ss = ]-*?; 9(
Sendo 8 o conjunto-solução do sistema, temos:
S = Sn n&
99
s ]3; 9[ ou S = {x e H | 3 < x < 9]
3 9
Si !>-----------
s2--------- :------------- <j
S >------------------
b) Neste caso o conjunto-solução S é dado por S = Si Sj. Pelo diagrama,
percebemos facilmente que S = R.
3 J9
Si
s2
s
í
4 5) Resolva o sistema de inequações:
j-4x + 12 > 0
|2x+8>a
Solução:

Quando não é mencionado o coneclivo, vale a mesma convenção que


lixemos no caso de sistemas de equações- admitimos que se trata do
conectivo a Quando o coneclivo é a dixemos também que se irata de um
sistema de inequações simultâneas.
Seja St o conjunto-solução de -~4x + 12 > 0
-4x + 12 > 0 «-4x > -12 « x ■= 3 S, = ]-so; 3(
Seja S; o conjunto-solução de 2x + 8 > 0
2x + 8 » O o 2x > -8 x > -4 S? = }—4; cc[
Sendo S o conjunto-solução do sislema, temos: S - Si m S;
S = {x e x j -4 ■= x < 3) ou S = ]-< 3[
3
*
Si

4 6)
S2

S
h
r i
Dè o conjunto-solução da sentença aberta -3 < 5 — 2x < 9

Solução:

1° modo - Sabemos que -3 < 5 - 2x < 9 é equivalente a


-3 < 5 - 2x a 6 - 2x < 9

100
-3<-5-2xe±>2x<5-3<=>x<4 S, =] - oc;4(
5 -2x < 9 <=> -2x < 9-5 « x > -2 S, =1-2; 4
S = Si m Sz = ]-2; 4[ = {x e X | -2 < x < 4)
2° modo - Podemos trabalhar diretamente com a sentença
—3 < 5 — 2x < 9
—3<5 — 2x<9<= — 3 — 5^5 — 5 — 2x<9 —
-8 > -2x > _4_
<=s-a«-2x'í4ei>
2 -2 -2
»4>x>-2c3--2-í:X‘í4
a S = ]—2: 4[

4 7) Determine os valores de m tais que a equação:


4x2 — 5x + (2m — 1) = 0 não admita raizes reais,

Solução:

a =4
b = -5
c = 2m - 1
A = b! - 4ac = (-5)2 “ 4(4) (2m - 1) = 25 - 15 (2m - 1) = 25 - 32m + 16 =
41 - 32m
Para que a equação não admita raízes reais devemos ter A < 0.
41
A < O « 41 - 32m < 0 «=■ -32m < —41 <=> m > — .
32
Portanto, a resposta é:
41
m>—
32
2
4 8) Determine os valores m tais que a equação 4x — 5x + (2m — 1) 0 aoí
duas raizes reais e distintas.

Solução:

A = 41 - 32m
Para satisfazer a condição do problema, impomos A > 0
41
A > 0 « 41 — 32m >C~ m< --
32

4.9) Determine m de modo que a equação: 4x2 - 5x + (2m - 1) = 0 admita duas


raizes reais e iguais.

Solução:

A = 41 - 32m
Para satisfazer a condição pedida, devemos ter A 0

101
A = 0 «■ 41 - 32m - 0 m=—
32

4 10) Determine m de modo que a equaçao:


4x2 - 5x + (2m - 1) = 0 admita raizes reais:

Solução:
Neste caso não foi esclarecido se as raizes sao distintas ou iguais. Assim,
devemos ter ô > 0
41
A > 0 <=> 41 - 32m > 0 <=> m £ -—
32

Exercícios Propostos

4 11) Resolva as inequaçôes


a) x - 5 => 0 d) 3x-2 £X + 1
b) 4x - 3 < x e) 2x- 3 ■= Sx + 6
X-1 4x — 1
c) x > 2x + 1 0 5 ' 10

4 12) Resolva os sistemas:


i4x -12 <0 3x-12 > 0
a) d)
3x-18 >0 4x + 2 < 0
4x + 30 >0
—3x+12 0
b) e)
-5X +28 < 0
3x-45 <0
c) -2 < 6 - 9x < 8

4 13} Determine os valores de k na equação:


i
6x* — 7x — [3k — 1) = 0, de modo que:
a) a equação admila duas raizes reais e distintas
b) a equação admila duas raizes reais e iguais
c) a equação admita raízes reais
dj a equação não admila raizes reais

4.3 - SINAIS DE ax + b

Consideremos o binômio ax * b. onde x ê a variável, a e í* e b e R. O valor


numérico do binômio poderá ser positivo, negativo ou nulo, dependendo do valor
atribuído a x

Exemplo
Consideremos o binômio 2x - 12. Para x = 7. o binômio tem valor numérico
positivo
2x — 12 = 14 - 12 - 2
102
Para x - 3, temos 2x — 12 = 6 — 12 = -6. isto é. para x = 3, o binômio tem
valor numérico negativo
Para x = 5. temos 2x - 12 = □. isto ê. para: x = 6, o valor numérico do
binômio é igual a zero. Diremos que o número 6 é a raiz do binômio 2x - 12.
De modo geral, o número que, substituído no lugar de x, dá valor numérico
nulo ê chamada de raiz do binômio.

Exemplos
a) A raiz da binômio: 2x — 14 é 7, pais para x = 7, temos 2x — 14 = 0.
b) A raiz de — 3x — 12 é —4, pois para x = —4. lemos -3x —12=0.

Determinemos a raiz x' do binômio ax + b (onde a * 0):


ax + b = 0 « ax = -b c=> x = —
a
„ , . -b
Portanto: x = —
a
Pode-se verificar que:
1a) Para valores de x maiores de x', o sinal de ax + b é o mesmo de a.
2°) Para valores de x menores que x’, o sinal de ax + b ê contrário ao de a,
Isto pode ser resumido na seguinte tabela:

X1
c/a a m/a F)
m/a significa "o mesmo sinal de a"
onde
c/a significa "sinal contrãno ao de a"
x'
*(x)
Se a > 0, a tabela é : F
Se a <0. a tabela é ; x‘

F (x)

Exemplo
Façamos o estudo do binômio 2x - 10. Para tanto, em primeiro lugar
determinamos a raiz do binômio:
2x-10 = 0«2x=10c=x = 5
T emos:
ja = 2, ista é, a > 0

Assim a tabela de sinais é1


5
'(x)
b
Esta tabela nos informa que:
a) para x - 5. o valor numérico do binômio é igual a zero
103
b) para x < 5. o valor numérico do binômio é negativo
Cj para x > 5, □ valor numérico da binômio é positivo

Exemplo
Consideremos n binômio —3x + 12. Determinemos sua raiz:
—3x + 12 = 0 —3x = -12 <=> x = 4
Ia = -3. isto é, a < G
lx' = 4
A tabela de sinais é'
4
0
Este quadro nos informa que:
a) para x = 4, lemes -3x + 12 = 0
b) para x > 4, o valor numérico de —3x + 12 é negativo
c) para x < 4. o valor numérico de -3x + 12 ê positivo

Exempla
C estuda de sinais nos dá um outro processo para resolver inequações do
primeiro grau. Assim, por exemplo, se quisermos resolver a inequação —3x + 12 =■ D.
fazemos pnmeiramente o estudo do binômio —3x +12 (ver exemplo anterior),
4
+ tí “ *(*)
Da tabela percebemos que -3x + 12 > 0 para x < 4 e portanto o conjunlo-
soiução de -3x + 12 > 0 é S = ( x e K | x < 4). Este processo não é □ mais rápido
neste caso, mas ê essencial para resolver alguns tipos de inequações que virão
adianle
Podemos justificar os fatas mencionados acima através do teorema a seguir.

Teorema

Consideremos o binômia: ax + b, onde a <= S’ e b «= Ife. Seja x' a raiz da


binôm io.
Temas entãa:

x > x’ <=> ax + b tem o mesmo sinal de a


x < x‘ <+> ax + b tem sinal contrário ao de a

Demonstração:
Vamos dividir a demonstração em duas partes:
1J) a > 0
Lembrando que X1 =- — temos;
a

104
b
z> — & ax>-b GaxTb>0 (o mesmo sinal de a)
a
b
x < x' co x < — — a ax<-bcjax + b<0 (sinal contrário de a]
a

2a) a < 0

b
x>xcox>--o3x<-baax + b<0 (a mesmo sinal de a)
3

b
x < x' ■» x <----- ax > -b co ax b > ü (sinal contrário de a)
L a

Exercícios Resolvidos

2x-8
4.14) Resolva a inequaçao < 0 .
-3x-e

Soluça o:

Em primeiro lugar, devemos impor —3x - 6x0, isto, x * —2.


Vamos agora fazer separadamente o estudo dos sinais do numerador (N) e
do denominador (D):
N = 2x - 8 = —3x - 6
2x — 8 = 0«x = 4 -3x - 6 = O cr. x = -2
4 -2
0 + (X) 0
’(*)

Em seguida reunimos □ estudo feito dos sinais de:


N = 2x — SeD = -3x - 6 em uma única tabela, para obtermos os sinais de
N 2x-8
D “ —3x —6

x
— CO -2 4 ■>

N I
+ ll

N
D r
A tabela nos dá:
o N ,
a) para x < —2, — é negativa.

105
b) para-2<x*4, — é positiva.

N
c) para x > 4. — é negativa
' 0

As "bolinhas" servem para indicar as raizes das expressões e estamos


usando □ simbclo & para indicar que a expressão nâo está definida. Assim
N
para x 2, a expressão não está definida, pois —2 anula o
D
denominador
2x-8
Como queremos 0 o co njunto-sol ução é
-3x-5
S = {x e R | X < —2 ou x > 4)

2x-8
Se o problema pedisse para resolver a inequaçáo <: 0 , deveriamos
3x-6
acrescentar ao conjunlo-solução anterior os valores que anulam a
expressão Mas para anular a expressão devemos anular o numerador, isto
2x-8
ê. fazer x 4. Assim, o conjunto-soluçáo de £0 é:
-3x 6
S = {x t -t | x « -2 ou x > 4}

4 15) Resolva a inequaçáo (x - 5) (3x — 9} (-2x + 8) < 0

Solução:
Vamos primeiramente fazer o estuda dos sinais de cada fator:
A = x -5 B = 3x — 9 C = -2x + 8
x—5 =0ox= 5 3x-9 = 0«x = 3 -2x + 8 = 0 » x = 4
5 3 4
“ Ü + Tx) 0 ’(x)
ü Tx)
Em seguida reunimos tudo numa única tabela:

x — rXl 3 4 5 4-CG
—►

A •» +

0 +

t I
<:■
ABC

106
Queremos (x - 5) (3x - 9) (-2x + 8) < 0. isto è, A0C < 0
Portanto:
S = {x ej?|3<x<4oux>5)

X
4,16) Resolva a inequação > 3.
x-2

Solucao:
Vamos reduzir os dois termos ao mesmo denominador {□ mmc é igual a
x-2):
x 3(X-2)
x-2 x-2
Antes de continuarmos, observe que neste caso não podemos "desprezar" o
mmc x — 2. Isto porque desprezara minimo ê equivalente a multiplicar todos
os termos por x — 2 e nâo sabemos se x — 2 é positivo ou negativo e
portanto não saberemos se devemos manter ou inverter o sentido da
desigualdade. Quando o mmc é um número positivo não há problema em
"desprezã-lo” (como fizemos, por exemplo, no exercício 4 2) Assim, sempre
que em uma inequação houver denominador com variável, devemos
manter o mmc. Continuemos agora com a resolução da inequação
Supondo x - 2 0 temos:
X X 3(x-2) o _x_ 3(x-2) > 0
’ — > V* C-i*
x-2 x-2 x-2 x-2 x-2
x-3(x —2) x- 3X + 6 -2X4-5
> 0 <=> x-2“
> 0
x-2 x-2
N = -2x + 6 D = x -2
-2x+6=0<=x = 3 x —2 - 0 ~ x = 2

2 2
'd (x) 0 (x)

x
— ac 2 3

N f

N
Q
D

-2x + 6
Coma queremos >0,o conjunto-soluçâo ê:
X-2
S={xeR|2<x<3}

107
x(2x-14)
4.17) Resolva a Inequação
-3x-rl5

Solução:
Em primeiro lugar, devemos ter —3x + 15*0, isto É, x *5.
A - x B = 2x - 14 C = - 3x + 15
2x-14-0ex>x-7 -3x +1 5 = 0 <=> X = 5
0 7 1 5
4- 4- +

x — TC 0 5 7 +<z?
—►
A + +

B 6

c < I

AB

x(2x-14)
Para < 0 , devemos ter 0 < x < 5 ou x > 7
-3X-T-15
x(2x-14)
Para = O , devemos ter x = 0 ou x = 7.
-3x + 15
Assrnn. o coniunto-solução é
S = (xeS|0íx<5ouxi7)

Exercícios Propostos

4.18) Resolva as inequações


4x+16 (x-2)(2x4-6)
a) <0 c) <O
-2x +S x- 5
5
b) {X + 7){3x- 1) (4x + 2)1r0 d) <6
x-3

4 19) Resolva o sistema


f x+3 <0
->-2
|(x -1}(5 - x) > 0
x-1 1
4 20} Dê o conjunto-verdade de Oí
x-2 < 4
108
4.4 - SINAIS DE ax2 + bx + c
Consideremos o trinõmio do segunda grau aif +• bx + c. onde a, h e c sâo
reais com a = 0. O valor numérico desse trinõmio poderá ser positivo, negativo au
nulo, dependendo do valor atribuído a x. Os valores que, substituídos no lugar de x,
dão valor numérico nulo sâo as raizes do trinõmio, isto ê. as raízes do trinõmio
ax + bx + c são as raízes da equaçao ax + bx + c = 0.
Queremos fazer o estuda dos sinais de ax2 + bx + c e para lanta
procederemos como no caso do binômio ax + tr primeiro apresentaremos as
conclusões e depois faremos as demonstrações dessas conclusões.
Devemos considerar Irês casos:
1D) Suponhamos a> 0 Neste caso o irinõmio admite duas raizes reais e
distintas. x‘ e x“, e a tabela de sinais do trinõmio é:

x' x
m/a 3 da mia. (x)

Esta tabela nos diz que:


— para x situado entre as raizes (x1 < x xH), o sinal do irinõmio á
contrãrio ao de a
— para x situada fora do intervala das raizes x'oux> x"). o sinal do
trinõmio é □ mesmo de a.
2o) Suponhamos agora A = 0 Neste caso o trinõmio tem duas raizes reais e
iguais (x' = x") e a tabela de sinais é:

x'
m/a 0 m/a

Esta tabela nos informa que, para qualquer valor de x diferente da rai.
(x'), o valor numérico do trinõmio tem o mesmo sinal de a.
3°) Suponhamos A < 0 Neste caso, o trinõmio náo tem raizes reais e a
tabela de sinais ê:

*(x)
m/a

isto é, para qualquer valor de x, o valor numérico do trinõmio terá o


mesmo sinal de a.

Em resumo, temos:

x’ x"
A > 0 *(x)
m/a 0 c/a 0 m/a

x1
A = 0 *(x)
m/a 0 m/a

A <0
m/a

10S
Exemplos
a) Consideremos o trinômio x2 - 5x + 6
a = 1
b =-5 A = b2 - Aac = (-5? - 4( 1 )(6) = 1

c = 6
Neste caso A > 0 e o trinômio tem duas raízes reais e distintas:
-b± Ja 5±1
* “ 2a x' = 2 e X" = 3
2
e come a > 0, a tabela de sinais é:

2 3
0 0 *ix)
De acordo com esse quadro, temos:
— para x * 2. x2 - 5x + 6 > Ü
— para 2 < x < 3, xz — 5x + 6 < 0
— para x > 3, x2 — 5x + 6 > 0
Assim, se nos pedissem para resolvermos a in equação x2 - 5x + 6 * 0,
da riamos o seguinte conjunto-verdade
V = {xeSlx<2oiix>3)
2
Se nos pedissem para resolvermos a inequação x - 5x + 6 < 0,
danamos o seguinte conjunto-verdade:
V=(xeR|2<x<3}

,2 - 24x + 16.
b) Consideremos o trinômio 9x"
a =9 A = b2 - 4ac = (-24)2 -4(9)(1 6) = 0
b = -24 -b ■ JÃ +24 _ 4
x=
c = 16 2a “18 3

.. 4
x - x= —
Temos então- 3
a > 0

Portanto, a tabela de sinais é;


4

---------- 5--------- -.
+ ü + (X)
Vemos então que o valor numérico do trinômio é positivo para qualquer
4
valor de x diferente de — .
3
2
Se nos pedissem para resolvermos a inequação 9x - 24x + 16 > 0,
daríamos o conjunto-verdade:

v=s-{s}
110
Se nos pedissem para resolvermos a inequação 9x — 24x + 16 < 0, o
conjunto-verdade seria
V= 0
pais a tabela de sinais nas informa que o valor numérico da trinãmia
nunca sera negativo.

c) Seja o trinõmio -3xz + 2x - 5


ía = -3
ja = 2 ó = b3 - 4ac = 2Z - 4(-3) (-5) = -56

[c = -5
Temos aqui a < 0 e a * 0 Portanto, n quadro de sinais è:

* I Z 7Z ~^(x)
isto é, o tnnõmio será neqalivo para qualquer valor de x Assim.
podemos dizer que.
— o conjunto-solução ds inequação —3x2 + 2x — 5<0éS = T
- □ cpnjunto-solução da inequação —3x3 + 2x — 5 > é V - CT

Nas trés teoremas a seguir vamos justificar a que dissemos acima. Para
facilitara notação, representaremos o trinõmio ax3 + bx + c por y.

Teorema

Seja o trinõmio y = axz + bx + c, onde a, bec são reais com a r- 0 e ó > 0.


Sejam x' e x" suas raizes, com x1 < x“.
Então:
x < x' ou x > x" <=> y tem o mesmo sinal de a
x' < x < x" <=> y tem sinal contrário ao de a

Demonstração:

Lembremos que o trinõmio pode ser fatorado do seguinte modo:


y ~ ax2 + bx + c = a(x- x')(x- x")

Portanto: — = (x — x") (x-x ')


a

Suponhamos x < x’_ Neste caso teremos também: x < x" e portanto as
duas diferenças x-x' ex-x"
x x‘ X"
+ -+- -r—

serãa negativas Assim, o produto (x — x') (x - x") será positivo, o que

significa que — > 0.


0 Mas, se — * 0, podemos garantir que y e a têm o
a a
mesmo sinal.

111
Suponhamos x > x' Nesle caso lambém teremos x =■ x1 e portanto as
diferenças x - x' e x - x"
X X" X
---------------- 1-----------------I1-—
---------------- 1----------------- k-
serão ambas positivas, o que significa que o produto (x — x'J (x - x") será
y >0b portanto y e a têm o mesmo
positivo. Assim. lemos novamente
a
sinal.
Suponhamos agora x' < x < X". Nesie caso teremos x - x’ > 0 e x - x< 0.
Assim o produto (x - x'J (x - x")
x‘ x x"
■---------------------- I- + H—

será negalivo. o mesmo acontecendo com y Mas se y < 0 y e a têm


a a
sinais contrários

Teorema

Seja o trinómio y = ax2 + bx + c, com a, b ec reais, a * 0 e à = 0.


Seja x' sua raiz. Então: x =s x‘ o y tem o mesmo sinal de a.

Demonstração:

y = (*-*■) (x-n
a
Mas como x‘ = x", vem * = (X - x’)2
a
Para qualquer valor de x diferente de x‘, a expressão: (x — x')2 será positiva e

portanlo — > 0 Daí concluímos que y e a têm o mesmo sinal.

Teorema

Seja o trinómio y = ax2 + bx + c, onde a, b e c são reais, com a^OeA <0. Neste
caso y terá sempre o mesmo sinal de a.

Demonstração:

Nesle caso o trinómio não tem raizes reais e assim sendc não usaremos
y = a(x - x') (x - x").
Façamos então o seguinie:

y = ax
2 bx + c = a^x2 b
+ —x
c
=a x2 + Èx+c+_bL_ b2 )
a a a a 4a2

= a
( 2 b b2
I, Xt — x + —=•
f C
I — _ b2 1 =a x.AÍ 4ac - b2
L< a 4a 2 Ia 4a5 ) 2a J 4a2

112
r?
=a x + —f b3 - 4ac
=a
X r b- r - A
X+ 2a J 4a2 2a J 4a

Podemos então escrever: — =


b f A
a X+S 4a1
-A „
Como estamos supondo A < 0, temos —— > 0 e, como consequência. para
4a*
>2
b A
qualquer valor real de x, teremos: >0 Isto significa que y será
2a 4as a
sempre positivo e portanto y e a têm o mesmo sinal.

Observação: Conforme vimos, podemos escrever

axz + bx + c = a
bV A
(com a * 0).
K+2ÍJ ’ 4a

b ? ê chamada de forma canônica do


A expressãoa 2a J " Ãã2
trinâmio do segundo grau e será usada novamente no capitulo 6 desde livro.

4.S — INEQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU


Inequaçfies do segundo grau são inequaçfies que podem ser reduzidas a
uma das seguintes formas:
a xa + bx + c > a
ax2_±.bx ± c 4.0
a* 0
nde: xéa variável
a. b e c são constante
Para resolvermos inequaçdes do segundo grau, fazemos uso do estudo que
fizemos do binômio do segundo grau.

Exercícios Resolvidos

4.21) Resolva as inequaçôes:


a) -x2 - 4x + 12 > 0
b) ~x2 - 4x + 12 <0
c) -x2 — 4x + 12 £
d) 4x2 - 20x + 25 > 0
e) 4x2 - 20x + 25 > 0
f) 4x2 - 20x + 25 < 0
g) 4x2 ~ 2Qx + 25 < 0
h) -x2 + 3x - 7 < 0
i) -x2 + 3x - 7 > 0
j) x2 => 4

113
Soluçao:
a) Vamos, em primeiro lugar, determinar as rafzes do trinòmio y = -x2 - 4x + 12
e em seguida fazer o estudo de seu sinal:
-x2 -4x*12 = 0«x=-6oux = 2
a - -1 isto é, a < 0
Temos. x' = -6
x"=2

x' x"______ -6____________2_______


B c/a
c/a Ô
U m/a (x)
ni/a (x) - —1I- +
+ 4-
1 *(x)
m/a

Portanto o trinòmio assume valores numéricos positivos para x situado


enlre -fis2‘
V = {x e 3 | —6 < x < 2} = J—6; 2[
bj Aproveitando o estudo do item a lemos:
V - {x ê R|x<-6vx>2)
cj V = {x e 2 I x £ -6 v x £ 2J
d) y = 4x2-20x + 25
fa = 4 A = bs-4ac = (-20]2-4(4)(25) = 0
Jb = -20 . -b + Ja 20 20 5
|c =25 x
X'= 2a “ '2(4} 8 “ 2

í
Ia = 4. isto é, a > 0
Temos. •A = 0
. 5
r =2
5
£______ 2
m/a 0 m/ã
m/a (x) 7
Portanto, □ conjunto-verdade de 4X2 - 20x + 25 > 0 é
( 5
V = jxeK|x# —
e) Aproveitando o estudo do item d temos:
-{1}
V = R.
ÍJ Trata-se do mesmo trinòmio do item d Agora queremos y 0, que a
tabela de sinais diz ser impossível. Assim: V = 0.
g) É o mesma trinòmio do exercício d, o qual nunca será negativo, mas
poderá ser nulo. Assim, o conjunto-verdade de y <0é

,2
íi) y- —X + 3x - 7

114
a = -1
b—3 A = b2- 4ac = 32 — 4(—1) (-7) = 9—28 -19
c =-7
Temos então, á < 0 e a < 0.

m/a *(x) ~X)

Portanto: V = R

í) É o mesmo trinômio do exercício h, o qual será sempre negativo.


Portanto. □ conjunto-verdade de -x2 + 3x- 7 > 0 é:
V = 0
j) x2>4&x2 -4> 0
y = x2 - 4
a=1 a >0
A = b3 -4ac = 16
■ b = x'= -2
c = -4 x2-4 = 0ü>x = ±2
x" = +2

X x" —2 2
4— —t- -+■
m/a c/a + *(>)
m/a (x)
Portanto: V = {x e R | x < -2 ou x > 2}

(xz -4x + 3)(xz -4)


4.22) Resolva a inequação &0
(-x2 +6x 8j(x-5)

Solução:
Em primeiro lugar estudaremos o sinal de cada termo.

A “ x2 - 4x + 3 B = x3 - 4
x2 - 4x + 3 = 0 <-> x = 1 ou x = 3 x2-4 = 0ox = ±2
1 3 -2 2
—-———>------------------- >-------------- --------------- 1--------------
-+■
■>

+ +
C = -x2 + 6x - 8 D = x— 5
-x + 6x-fl = 0<=>x=2oux = 4 x- 5 = 0 x= 5
2 4 5
----------------- 1"— ------------ <------------------► -------------------------------- 1-
+
Repare que este termo é do 1° grau

Resumindo numa única tabela:

115
X
— ec -2 1 2 3 4 5 ■>

AJ
CO + 8
i i i

Temos então:
V”{xeKlx<-2au1áx<2ou2<x<3ou4<x<5}
Ou também
V = {x e ?< | (x s -2 1<xí3v4«x<5) x «e 2}

(x? + 10X4 25)(-1Qx + 11)


*1.23] Resolva £D
(~2x + s/Slíx2 -9)

Solução:

IIa = xa + 10x + 25 B = - 10x + 11


11
x2 + 10x + 25 = 0 X = -5 -10x +11 ~ 0 x
ÍÕ
11
-5 10
—t— —I—
+

C = -2x + J5 D = Xa - 9
Xa -• Q = o ■=■> x = ±3
/5
—2x + ^5 0 <=> x
2
'5
2 -3 3
4— * + —i-
I

Antes de reunirmos numa única tabela, observemos que:


^ = ^^ = 1,118 e ^1-H
e
2
v5 11
Portanto:----- > —
2 10
116
11 V5
X
— 50 -5 -3 10 2 3 +x

A + ó

8 <•

c +

D + ó r

AB
+ 11
<X) 00
CD T T
Portanto:
11 J5
V = {xeR|-3<x£ — v < x < 3 v x = -5}

4 24) Determine o valor de k de modo que a equação 4x2 - kx * 9 = 0 admita duas


raizes reais e distintas.

Solução:

Devemos ter A > 0


a =4
■ b = k A = (~k)2 - 4(4)(9) - k3 -144
c=9
■>

Portanto, devemos ter k - 144 > 0


Para resolvermos esta inequaçâo achamos em primeiro lugar as raízes de
k2 - 144
k2- 144 Q » k2 = 144 « k = ± 12
-12 12
--------------- >----------- -+-
(X)
Como queremos kz — 144 > 0, devemos ter:
k <■ -12 ou k > 12

4 25) Resolva a inequaçâo x4 - 13x2 + 36 < 0

Solução:

Em primeiro lugar fatoramos a expressão x4 - 13xj + 36. como vimos no


capítulo 3,
x4 - 13xz + 36 = (x2 - 4){x2 - 9)
Assim, x4 - 13x2 + 36 < 0 » (x2 - 4)(x2 - 9) < 0

117
A = X2 - 4 B = x2 - S
x2 - 4 = 0 tt X = i 2 xa-9 = 0=>x = + 3
-2 2 -3 3
-----------t-----—t— ■>
----------•— —►
+

X
— aj -3 -2 2 3 + 03
---- ►

A T >

B o +

AS
f Q +

Assim V - {x e 5 | -3 4 x<-2 v 2 * x < 3)

4.26) Resolva a inequaçao —x3 + 2xz + 9x~ 1S < 0

Solução:
-x3+ 2x2+ 9X-1S =-x2(x-2) + 9(x-2) = (x-2)(-x2 + 9)
Assim, devemos resolver a inequação (x ~ 2) (—x3 + 9) < 0

A = x-2 B = -x2 + 9
x-2= 0 qX 2 -X2 + 9= 0»x=±3
2 -3 3
----------- 1------ - ------------ i------------ f--------- >
Yx) (X)

X — 00 -3 2 3 + CÜ

A +

B + +

AB ■ >
J

S-{xeIR[ — 3'=x<2oux>3}

4 27) Determine o valor de k de moda que a sentença aberta x2 - kx + (k + 15) > 0


seja verdadeira para qualquer valor de x e R.

110
Solução:
,2
Queremos que o trinômio X - kx + (k + 15) seja sempre positivo, isto é.
queremos que tenha sempre o mesmo sinal de a (observe que a = 1).
Portanto, devemos impor A « 0.
a -1
■ b = -k A = b3 -4ac = (-k)z -4(1)(k + 15) = kz -4k -60
c = k + 15
Devemos então resolver a inequaçãa k2 — 4k — 60 * 0. As raízes de k2 — 4k - 60
são -6 e 10.
Assim, devemos ter —6 < k < 10
10
-------- —I—
+ (X)

4 26) Determine as valores de k de modo que a inequação: (k + 3)x2 + kx + 1 > 0


seja satisfeita para qualquer valor real de x (super k * -3)

Solução:

a =k+3
b =k A = bz -4ac = kz -4(k + 3) = k2 -4k -12
c =1
2
Para que o trinômio (k + 3)x + kx + 1 seja sempre positivo, devemos
a > 0 e A < 0.
ía>0<=>k + 3>0
(A <0 « kz -4k -12 <0
í O conjunto-verdade dek + 3>oéV1={kElSlk>-3}
[O conjunto-verdade de k2 -4k-l2 <0éV!={keR|-2<k<i
Sendo V o conjunto dos valores de k que nos servem, teremos: V = i
Fazendo a operação obtemos:
V = {k c. R | -2 < k < 6}

4 29) Seja: y =
(x3-4)7^7 Determine o conjunto de todos os números reais x
xz — 9
para os quais y é real,

Solução:
Para que y seja real, devemos ter -x > 0 e xz - 9 * 0. Neste caso, o vaiar
numérico da expressão x3 - 4 não importa. Sendo Vi o conjunto-verdade de
-x > 0, temos:
Vi = {x E IR I X Í 0}
Seja V2 o conjunto-verdade de: x2 - 9 * 0.
2
x - 9r0ox*3ex*-3
119
Sendo A o conjunto dos valores de x que nos servem, temos:
A = Vi ri V?
A ={x é ü j « <-3 ou-3 <Xí 0)

-3 o 3

Vi
(x)

V2 <:> <i>
v1nv2
f i

Exercícios Propostos

4 30) Resolva as inequações:


a) x2-7x^9<0 j) X2 - 4x + 6 ± 0
b) x2-7x-a<0 k) x2 - 4x + 6 0
c) x2 - 7x - 8 ’ 0 l) x2-4x+6£0
d) x2- 7x —8 > 0 m) -x2 + 5x - 6 < 0
e) x3 - 6x + 9 > 0 n) -x2 + 5x - S > 0
ÍJ x2- 6x + S > D o) x3 - 1 < 0
■J
g) x2- 6x + 9 0 p) -x £ —4x
h) x2- 6x + S < ü q) 4x2 - 7x < 1 + 5x
i) x3 - 4x + S > 0

-4 31) Resolva as inequações;


x’-3 x2-5
a) 3(2x—3)2 > 4x(2x - 9) + 43 b)
2 3 4
4 32) Resolva as inequações:
*?-6x + 5 *0 X(XZ + 4x)
a) c) < 0
x2 -7x + 12 x-1
(x - 2)(xa - x-12) (x - 3)5(x 4-2)11(xg - 3)
b) so d) £0
-3x + 6 (x2 -4x-12)’

4.33) Resolva os sistemas;

a)
x-3 x-4
>0 c)
x-5 x-8 21
2 x+3 + x-3 ”
2
x-5 x-8 x-2 x-3
b)
x+3
£ d) £0
x-3 x —1 x+3
4 34) Resolva os sistemas:

X2 - 9x + 8 < 0 -x + 2
>
a) b) 2x —7
X2-7x +1? > C
(xz - 5x + 4)(x3 - 2x -3) í C

120
4 35) Determine o valor de p de modo que a equaçao 2x2 — 2(p — 1 Jx + 5p = 0 nao
admita raizes reais.

4.36) Determine o conjunto formado por todos os valores de k de modo que a


expressão (k — 8)x.22 + (k — 1 )x — 1 seja negativa para qualquer valor de x
(suponha k * B).

4 37) Determine o conjunto de todos os valores reais de x para os quais a

expressão
(xa-4)77 resulta um número real.
Vx2 — 5x + 6

4.6 - PROPRIEDADES

Neste item lembraremos mais algumas propriedades dos números reais que
serão úteis na análise de outros tipos de equações e inequações.

P4 |a>bAb>cça >c| Va, h, ceR


Esta é a propriedade transitiva da relaçao a > b

ai b
Ps ■a + c > b-d Va, t\ c, d e R
c> d

Esta propriedade nos diz que podemos somar membro a membro


desigualdades de mesmo sentido.

Exemplo
6 >2
e =>5 + 7 >2 + 4
7> 4

a >b
P6 ac > bd Va. b, c, de R*
c >d

Esta propriedade nos diz que podemos multiplicar membro a membro


desigualdades de mesmo sentido desde que todos as membras sejam positivas (ou
alguns nulos).

Exempla
4> 3
e =>4(5) >3(2)
5> 2

P? a = b => a3 = b2 Va, beR.

121
De modo geral, a implicação a = b => a2 = b2 é verdadeira para quaisquer a
e b (mesmo negativos) Nú entanto, a implicação "a2 = b2 => a = b" só é válida para
aeb positivos ou nulos (o que é ressaltado no exemplo a seguir). Par isso a
equivalência a = b q a" = b? é válida desde que aeb pertençam a R».

Exemplo
A sentença (-3)2 = (3]’ é verdadeira, no entanto a sentença —3 = 3 é falsa
Portanto a sentença (-3)2 = 32 -3 = 3 ê falsa

Ps a = b «a1 b3| va, b e K

Neste caso não ê necessário que aeb sejam positivos (ou nulos)
De medo geral, a sentença a - b <±> ar - b"" é verdadeira para quaisquer a
e b desde que n seja ímpar. Quando n é pare diferente de zero a sentença só é
valida para a e b pertencentes a R* Assim lemos as propriedades Ps e Pw:

Para n natural e ímpar temos :


P9
a =b an = bn, Va, beR
Para n e N * e n par temos:
Pio
a = bo a" - b", Va, b e R,
Para a desigualdade, há propriedades análogas a P?, Pa, Ps e Pio, que sSo
as propriedades Pn e P12:
Para n natural e ímpar temos :
P
a > b « an > bn, Va, b e R
Para n e N * e n par temos :
P,2
a>b . an > bn, Va, b e

.-templos

a) a > b <=> a2 > b2 Va, b e R»


b) a > b « a3 > b1, Va, b e R
c) A sentença 3 > 2 é verdadeira e no entanto a sentença 3° > 2o ê falsa.
Daí a necessidade de se impor n 0 (n e N*) na propriedade Pij,

Exercícios Resolvidos

<38) Sendo aeb números reais positivos quaisquer, demonstre que:


a) a b => a" > b1-1 (n e IT)
b) a" > b" => a > b (n e N*)
c) a > b a" > b" (n e LT)

122
Solução:

a>b
a >b
a) Temos que: n desigualdades.

a >b
Pela propriedade Pe podemos multiplicar membro a membro essas
desigualdades obtendo;
a a a > b b.b
r íatnres ri íacores

isto é, a" > bn.

b) Temos, por hipótese. an > br Suponhamos, provisoriamente, que a í b.


Então:
a < b]
a <b
n desigualdades
aíbl
a" s bn
Portanto a £ b art s bn, o que vai contra a hipótese (sn > bn). Portanto,
supor a £ b nos leva a um absurdo e assim a £ b deve ser falsa Camo
consequência, a > b deve ser verdadeira.

c) Depois de demonstradas as propriedades dos itens a e b temos


imediatamente:
2 > b a" > tr

4.39) Mostre que ^ + 7? '3 + 76 -

Solução:
Os dois membros da desigualdade são positivos. Portanto:
75 + 75 < 75 + Jg <=■ <75 + 7t)z < (75 + 7ê)2
(75)2+ 27577 +(77 )2 <(7ã)z+273 76 +(76)= <>
<=> 2 + 27Í4+7 < 3+27Í8 + 6« 9 + 27Í4 <9 + 27Í8 »
« 7Í4 < Tis 14 <18
Como esta última sentença é obviamente verdadeira, também o é g primeira
sentença.

Exercícios Propostos

4 40) Sendo a, b e c números reais quaisquer, dé o valor 'verdadeiro'1 ^a’sD ■


a) a > b w ac > bc
b) a > b <=■ ac2 > bc2 (com c * O)
c) a > b => aB > bs
123
d) ae ■> b6 a > b
e) a s b ■=■ afi > b6
f) a b a8 > hs
g) a > b =;> a > b {a > 0. b > 0)
h) a > b ■= a6 > ba (a > 0, b > 0)
t) a > b => a7 > b7
j) a7 > b7 => a > b
k) a > b »a’ > b7

4 41) Considere os números reais a, b, x, y, z, tais que


a >b. x>yeb + y >z
Demonstre que a > z - x

4 421 Demonstre que 2 + Vã < 3 + V7

4 43) Sendo a e b números reais quaisquer, demonstre que:


a) a5 + b3 2ab b) a2 + b2 + c2 a ab + ac + bc

a +b
4 44) Dados dois números reais a e b, sua média aritmética é definida por
~2~
Supondo que a < b, prove que
a+b
<b a <
2
Observe que demonstrar isso é equivalente a mostrar que a média
aritmética de dois números distintos está entre eles na reta, isto é, está no
“meio".

—I—
a a + b b
2
4.45) Consideremos dois números reais a e b nao-negativos. A média geométrica
de a e b é o número m tal que m.23 = ab Portanto observamos que
m = ±Vãb. Para o caso particular em que 0 < a < b, prove que

a < Vãb < b


Note que demonstrar esse fato é equivalente a demonstrar que a média
geométrica positiva de dois números reais distintos e não-negativos está
"entre eles" na reta, isto é, está 'no meio".
-----------1-------- 1------------- 4—
0 a
3 Vab b

Obs - Alguns autores definem a média geométrica apenas por m = Vat

4.46) Consideremos dois números reais a e b nâo-nulos. Sua média harmônica é


2ab
igual a Para o caso cm que: 0 < a < b, demonstre que:
a É-b

124
2a b
a < < b
a+b
—>— 4-
0 a 2ab b
a +b
4.47) Consideremos dais números reais positivos e distintas a e b. Sejam
mA = média aritmética de a e b
mG = média geométrica positiva de a e b
mH - média harmônica de a e b

Prove que: mH < miG < mA

4.7 - MÓDULO

Definição

Consideremos um número real x. O módulo de x é um número


representado por |x| e obtida do seguinte modo:

1*) Se x ê positivo ou nulo, o seu módulo è ele mesmo.

Exemplos

a) O módulo de +5 é igual a +5, isto é, |+5| = +5


b) O módulo de 7, é igual a 7, isto é, |7| = 7
c) O módulo de 0 é igual a 0, isto é, |0| = 0

2°) Se x é negativo, o seu módulo é obtido trocando o seu sinal.

Exemplos

a) C módulo de -5 é +5, isto é, |-5| - +5


b) C módulo de —7 é +7. isto é, [—7| = +7
c) |-8| = +8
d) |+8| = j—8| = +8

Exemplos

a) Para x > 0 lemos |x| = x


b) Seja x = —3, Temos:
l*l = l"3| = +3 = -(-3) =-(x)
isto é, |x| = -x
<=) De modo geral temos: para x < 0, |x| = —x
d) Se x = 0 tanto faz dizer que |x| = x como
|x| = —x, pois +■ 0 - -0
Da definição decorre que ]x| nunca ê negativo, isto é,
Vx. |x| a 0
A definição de módulo pode ser dada de modo mais formal:
125
Sendo xeR, temos:
x > 0« | x | = x
x í 0 « | x ] = -x

O ‘ module de x" pode ser chamado também de 'valor absoluto de x".

Interpretação Geométrica
Sabemos que o número real x está associado a um ponto da reta Podemos
interpretar o módulo de x como sendo a distância do ponto que representa x ao
ponto que representa 0 número 0.

Exemplos
a) No esquema abaixo 0 número real 3 está associado ao ponto A. O
módulo de 3 e igual à distância enlre A e 0
O 3 A

—I—l- H 1----- I------ 1----- ►


-1 0 12 3 4
|3| = 3
b) No esquema abaixo, □ número real —3 está associado ao ponto B. O
modulo de -3 ê igual à distância entre B e 0
0 3 0
—i—i—l—i- 4- 4------ h -4- -+-
-4 -3 _2 -1 0 1 2 3 4

Algumas Propriedades
Sendo x e y números reais quaisquer, temos:

rí H = H M4 |x|2 = x 2

Mz kl=H Jy| Ms | xj = íl x =0
x lx[
mb V . |x|
y -R<y'0)
As propriedades acima são todas imediatas; no entanto, a propriedade Me
merece um comentário Suponhamos por exemplo x = 5. Temos:
V*’ = = J25 = 5 = |5| = | x|

Suponhamos agora x = -5:


Ú25 - 6 - |-S| - |x|

Exercícios Resolvidos

4 49} Calcule.
a) |5 - 2| 0 1-21 |5|

126
b) |2 — 5j g) |3-5| +|2—11)
c) |-2 - 5| h) 4 + 3 |2 - 9| - |—5|
d) |-2 + 5| j) |4*|5-3||
e) |2 + 5|
Solução:
a) |5-2) = |3| = 3
b) |2-5| = |-31 = 3
c) |-2 - 5| = |—7l = 7
d) |-2 + 5| = |3| = 3
e) |2 + 5| = |7| = 7
f) |-2| + |5| = 2 + 5 = 7
g) |3 — 5| + |2 - 111 = |-2| + |-g| = 2 + 9 = 11
h) 4 + 3 |2 - 91 - |—5| =4+3 |—7| - (5) = 4 + 3(7) - 5 = 4+ 21-5 = 20
I) |4 +I5-3I I =|4 +|2]| =|4+2| = 6

4 49) Dê o valor verdadeiro ou falso:


a) |4-7|=|7-4|
b) |4 + 5| = |4j + |5|
C) |(-3) + (-8)| = 1-3] + |-8|
d) |(-3) + (8)| = |-3| + |8|

e)
4
5
li
I5
f) 1(4) (5)| = |4| ■ |5|
g) x - 3 < 0 = |x — 3| = -x + 3
h) 2x + 4 Z 0 => |2x + 4| = 2x + 4
i) [Vã-^?| = s/7-7S
Solução:
a) V c) V e) v g) v í) V
b) V d) F 0 v h) V

4 50) Resolva as equaçóes:


a) |x| = 4 b) |x| =0 c) ]x[=-5

Solução:
a) Sabemos que |4| = 4 e |—4| = 4. Portanto, os valores que satisfazem a
equação |x| = 4 são 4 e —4, isto ê,
|x| = 4 <=> x - 4 ou x - —4
V = {4; -4}
b) O único número real que tem módulo igual a zero ê o próprio zero.
Portanto:
|X| = 0 X=0
V = {0}
o) C módulo de um número real não pode ser negativo e portanto a
equação |x| = —5 não tem solução.
V = <3

127
Exercícios Propostos

4 51) Calcule-
a) |7-3| d) |(-5) + 2 - (-Ô)|
b) |3-7| ej II3HI-9II
C) 4 + 6[ f) J4-71-1-121
4.52) Dê o valor "verdadeiro" ou "falso":
a) |3| = j-3|
b) (x| = f—x|, Vx s Lí
c) Se x = 3 e y = 5, então |x + y| = |xJ + |y|
d) Se x = “3 e y = 5, então |x + y| = jxj + |y|
e) Se x = -3 e y = -5, enlão |x + y| = |x| + |yj
f) Se x = +3 e y = -5, então |x + y| < |x| + |yj
g) Se x = -3 e y = 5, então |x + y| < |x| + |y|
h) 4x — 7 < 0 => |4x - 7j = 7 - 4x
Vã 9 9 J3
í) '2 -1O 1C 2

4.53) Resolva as equações:


a) fx| = 7
b)
c) jx| = 0

4.8“ EQUAÇÕES ENVOLVENDO MÓDULO


As equações envolvendo módulo são resolvidas usanoo a definição de
módulo e as propriedades a seguir

, Sejam x e y números reais quaisquer. Sendo a um número real tal que a>0,
lemos:

M7 ]x| = a x = a ou x = —3
Ma |x| - |y( x = y ou x = -y
M« ]x| = a <= x2 ~ aJ
| Mwjxj = |y|j <= x2 = yz

Para justificar Mg e Mi0 basta que lembremos da propriedade P7 do item 4.6


deste capitulo, JSto é.
a b e?a2 = bí, Va, e D?.

No caso da Mg, lembrando que |xj2 = xa e que a 2 0 temos:


|x| = a <= |x|z = a5 « x2 = a5
De modo semelhante podemos justificar M)0.

12S
Exercícios Resolvidos

4.54) Resolva a equação |x| = 7

Solução:
1° modo
|x[ = 7 <=> x = 7 ou x = -7 . . V = {7; -7}
2° modo
Aplicando a propriedade M 9, temos:
|x = 7 <=> xz = 7S «=> x2 = 49 » x = ±7 . . V {7; -7}

4.55) Resolva a equação |x - 2| = 6

Solução:
1° modo
|x - 2| = 6 ■» x - 2 = 6 ou x - 2 = -6 » x = 8 ou x = —4 . V = {8, -4}
2° modo
|x - 2| = 6 « (x - 2)2 = 62 « x2 - 4x + 4 = 36 o xz - 4x - 32 = 0
Resolvendo esta última equação, obtemos x‘ = —4 e x" = 8
Assim: V = (8; —4}
Podemos observar que o 2’ modo em geral não será muito vantajoso.

4.56) Resolva aequação |x - 3| = |4x — 1[

Solução:
T5 modo
|x - 3] = |4x - 11 «■ x - 3 = 4x - 1 ou x ~ 3 = —(4x - 1) »
<=>x — 4x=3—1 ou x- 3 = —4x + 1 «■
2 4
«> X - - — ou x =
«x=--oux=-

V= ^2. -l
3’5]

2o modo
]x-3| = [4x- 11 <=> (x-3)2 = (4x-1)2ox2~6x + 9 = 16xz-8x +■ 1 <=>
«- 15x2 —2x -8 = □
2 4
Resolvendo esta última equação, obtemos x1 = -— e x ‘ .
J 5

4.57) Resolva a equaçáo x2 - 3|x| - 20 = 0

Solução:
Notando que x2 ~ |x|z2 podemos escrever: |x|2 - 3]x| -28 = 0 Fazendo a
= !"]
mucança . de variável
'1 ' |x| = y,tl a equação fornecida transforma-se em
y2 - 3y - 28 = 0 Resolvendo esta última equação, obtemos: y' = 7 e y" = —4

129
Já que |x| = y, vem:
para y = 7. | x| = 7 e por tan to x - ±7
para y = -4, |x| = -4 (impossível)
Portanto. V - (7, -7}

4.58) Resolva a equação |3x + 9| = 1 -x

Solução:
Para que a equação tenha solução devemos ter 1 - x í 0, isto ê, x í 1.
Supondo esla condição válida temos:
|3x + 9| = 1 - x « 3x + 9 = 1 - x ou 3x + 9 = -1 + x <=>
to x = —2 ou x = —5
Tanto —2 como —5 satisfazem a condição xí1 e portanto temos:
V = {-2; -5}

4,59) Resolva a equação |2x - 1| = 5x + 3

Solução:
3
Devemos ter 5x + 3 > 0, isto é, x>-—. Supondo esta condição válida,
lemos
|2x - 11 - 5x + 3 to 2x - 1 = 5x + 3 ou 2x - 1 = -5x -3 to
4 2
« x = -- ou x = -y

2 3 4
O valor x = - y salisfaz a condição X > , pcr±m x =----- não satisfaz e
porém ir
portanto não é solução da equação. C conjunto-solução é então:

S = “ 7 |

4 60) Resolva a equação |x — 1| + |x + 6| = 13

Solução:
Façamos em primeiro lugares estudos dos sinais de x — 1 e x * 6.
A = x- 1 B = x + 6
X " 1 = 0 to x = 1 x + 6 = 0 « x = -6
1
-------------- 1------ --- ——í----
+
para x < 1 temos x-1í 0 e por tanto |x ~1| = -x +■ 1
para x 1 temos x -1 & 0 e por tan to | X -1| = X -1
para x í-5 temos x + S < 0 e por tanto |x + 6| = -x - 6
6^0
para x > -6 temos xt6í 0 e por tanto |x + 6] = x + 6
1 30
X
— <z> -6 1

X- 1

I X- 1 | —X+ 1 -X + 1 X - 1

x+ 6

|x + 6| -x-6 x + 6 x + 6

Temos então três casos a considerar:


'|x-1| = -x + 1
1°) X£-6=><
|x + 6| - -x-6
Portanto a equação |x - 11 + |x + 6| - 13 transforma-se em
—x+1—x — 6=13
-2x =18
x = -9
O valor x = -9 satisfaz a condição x £ —6, portanto é solução

|x-1| = -x +-1
2°) -6£X£1 =
|x + ô| — x + 6
Para este caso a equação transfonma-se em:
-x + 1 + x + 6 = 13
7=13 (absurdo)
Portanto, não hã solução no intervalo [-6; 1]

|x -1| = x - 1
3°) X > 1 => -
|x + 6| = x + 6

Temas então:
x — 1+x + 6 = 13
2x = 8
x= 4
O valor x = 4 satisfaz a condição x a 1 e portanto é solução
Assim, obtemos: V = {-9; 4}

4 61) Resolva a equação 4|x| -3=5

Solução:

4|x| - 3 = 5 » 4 jx| = 5 + 3 ,=> 4 ]x| = 8 « |x| = 2 «


<=> x = 2 ou x = -2
V = {2; -2}
131
Exercícios Propostos

4 62) Resolva as equações:


5 11
a) |x-8) = 9 o
b) |x2-1| = 7 g) Ix2 -4x| = |x -6|
,2
C) 3H* - 9| - 1 = 0 h) |3x-5| (4x - 1) = 0
d) 4]x- 3j = 13 l) |3 —|4x—1|| = 6
e) |5 - Xj = ]4x * 12| j) |7x— 1| + 3 = 0

4 63) Resolva as equações


a) 3x2- 10 Jx| - B = 0 b) (x - 3}2 + |x — 3| — 12 = Q

4 64) Resolva as equações:


,2
a) |3x - 1] = 6x + 2 c) |x - 6x| = 2x - 12
b) |5x + 6| “ 3x - 1

4 65) Resolva as equações;


a) |2x - 6] * )3x + 4| = 11 c) |x - 1| - |2x + 6| + 2|x - 4| = 13
b) ]x + 4j + |x + 7] = 3

4 66) Resolva o sistema


f|3x-r 4| = 2y
]|2x-l] = y

4.S- INEQUAÇÒES ENVOLVENDO MÓDULO


As inequações envolvendo módulo podem ser resolvidas com o auxilio das
propriedades a seguir:
Darlo a e R’„ temos :
]x| < a « -a < x < a
Exemplo
Consideremos a inequaçáo |x| < 2
Os valores que salisfazem essa inequaçSo estão entre —2 e 2:
|x| < 2 -2 < x < 2
------ ----------- f—ü—í—I---- H-et------ •
-3-2-10 1 2 3 (X)
Assim o conjunto-verdade de |x| < 2 é;
V = {x e R [ - 2 < x < 2} = ] -2; 2[

Dado a e temas :
Mil
|x] > a x > a ou x < -a

132
Exemplo

Seja a inequação |x| > 2. Temos:


|x| > 2 » x > 2 ou x < -2

—I------ 1—ti------ 1------ 1- ■+ 44—b +


-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
Portanto o conjunto-verdade desta inequação é:
V = {x e IR | x > 2 v x < -2) = ]—«; -2[ ]2; (

Exercícios Resolvidos

4.67} Resolva as inequações


a) |x] >3 d} |x| £ 3 g) lx} > 0 j) M í 0
k) s/x? > 4
b) |x|13 e) |x| >-3 h) |x| ■= 0
c) |x| <3 f) |x| < -3 i) |x|=>0

Solução:

a) |x| > 3 <=> x > 3 ou x < -3


----------1—i—«—■ ■ + i—f- + 4----- 14—r 4----- ►
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
V = {x eR|x>3vX<-3]
b) |x|i3 x 2 3 ou x < -3
--------- ------- 1—«—I------ 1------ 1- + 4----- *---- <-
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
V = {xeR|x23oiJxs -3}
c) |x| < 3 »-3 < x < 3
----------- ------44
H—i------ 1—i—í- 4- «—i-
-4-3-2-10 1 2 3 4
V = {xsR|-3<x< 3} = 1-3, 3[

d) ]x|<3<=>-3£X£3
--------H------K----- !----- 1---- i---- i- 4-
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3~4
V = {x eS|-3íxí3}= (-3; 3]
e) |x|>-3
Como |x| > 0, |x| > -3 será sempre verdadeira
Portanto: V = R

f) |x| < -3
Como |x| i> 0, |x| < -3 será sempre verdadeira e assim: V = 0.

133
g) Sabemos que |x| i 0. Portanto a inequaçãc |x| =■ 0 ssrá satisfeita para
qualquer x * 0
V = R-
h) |x| < 0 não è satisfeita para nenhum número real: V = 0.
i) Sabemos que ]x] í 0, Vx e R, Assim, V = R,

j) Como |xj não pode ser negativo, o único número reai que satisfaz |x| £ 0
é 0.
V = {0}

k) | x| e assim temos:

Jx2 > 4 es. |x| > 4 <=> x > 4 ou x < -4

V = {xéR|x>4vh< -4}

4 68) Resolva as inequsções:


a) |x + 3| ê S c) '(x-1)2 > 6
b) 3|x - 3| - 2 > 0

Solução:

a) |x + 3|<5<=--5sx + 3<+5<=>-8<x<2
V = {x e S | - 8 < x £ 2} = [-8. 2]

b) 3|x - 3] 2
2 > 0 » 3|x— 3| > 2 « |x - 3| >
3
2 2 11 7
■=> x - 3 =■ - ou x - 3 < ■----- x > — ou x < —
3 3 3 3
11 7
V- X G IR | X > ---- OU X < —
3 3

Resolva a inequação x2 - 5|x| + 0 >

Solução:

1° modo
Fazendo a mudança de variável |x| = y, temos: xz = ]x|J = ya. Lembrando que
|x| > 0. isto é. yzO, temos:
y2-5y-6 > 0
x3 5 |x| + 6 > 0 » e
y2 0
Vamos primeiramenle resolver y2 — 5y + 6 > 0
y2-5y + 6 = 0"=sy=2ouy = 3.
2 3
------------ ei---------------- b--------- ►
+ — +

134
Portanto: y2 — 5y + 6 > 0 o y < 2 ou y > 3
Porém, como devemos ter yàO, os valores de y que nos servem são os que
satisfazem:
Oíy<2ouy>3
0 2 3
--------------- --------------------- £
Oí|x| <2
o —
Portanto: x — 5|x| + 6 > 0l ou
| x| > 3
ÍO £ Ixl < 2 cx- |x! < 2 <=> -2 < x < 2 (St)
Mas: 4, , 11
[| x| > 3 « x > 3 ou x < —3 (SJ
—3 —2 2 3

Si > <
S2 ■c >

s,u s2 < > < >

S = {x e R I x < -3 ou -2 < x < 2 au x > 3}

2° modo

Consideremos dois casos: x :> 0 ou x£0


1D) x £
Neste caso |x| = x e a inequação pode ser escrita:
x2 - 5x * 6 > 0
x2-5x + 5>0«=xí2oux>3
2 3
- ------- ------- €+-

V, = <x e R | x > 0)
Seja:
V2 = {x e R | x < 2 ou x > 3)
Assim, um primeiro conjunto de valores que servem ê:
A = Vi n V2 = {X € 3 | 0 SX < 2 OU x> 3}

2°)x í 0
Neste caso temos |x| = — x e a inequaçáo pode ser escrita:
x2 + 5x + 6 > 0
n
X +5x + 6 > 0 <= x < -3 ou x > - 2
-3 -2
---------------- ----------------------- i»-------------- ►
+

135
V3 = {x = a | x s 0}
Sejam:
V^. = {X e ft | x < -3 ou x > -2}
Um outro conjunto de valores que nos servem é:
B - V]c Va - {x e ’i | x < -3 5U -2 < x < Cj
O conjunto-soluçâo da inequação proposta será S = A u B.
-3 -2 0 2 3

A
B >
S-AU6 <1

S = {x e X | x <-3 OU-2 < x < 2 OuX > 3)

4 70) Resolva a inequação |2x — 6|>x-4.

Solução:

Façamos duas hipóteses:


14)2x- 6 t0
2x-6>0«2x>6»xi 3
Portanto, para 2x - 6 s 0, isto é, para x S 3 temos:
|2x - 6| = 2x - S
e a inequação transforma-se em:
2x — 6 > x— 4
2x ~ x =■ 6 - 4
x> 2
2 3
*-
(x)

>
Porém, como estamos trabalhando com x > 3, temos que um primeiro
conjunto de valores que satisfazem a inequação proposta ê:
A = {x e 5 | x 13)

2i)2x-6*0
2x-6<0-=>2x<6cr>x<3
Portanto, para 2x -6 < 0, isto é, para x * 3, teremos:
|2x - 6| = -2x + 6
Assim, a inequação proposta transforma-se em:
—2x + 6 > x - 4

-2x + 6>x-4«3-3x>-10»X< y

136
Lembrando que estamos trabalhando com x c 3, lemos que um outro
conjunto de valores que satisfazem a inequaçáo é:
8 = {x g R | x < 3}
10
3 3
>

<

Assim, o conjunto-soluçâo da inequação proposta é: S -AuB = 3

3
>
A
S =R
B <

4.71) Resolva a inequaçao. |3x - 12j + |5 — x| < 12

Solução:
Façamos em primeira lugar o estudo dos sinais de |3x - 12| e |5 - xj.
3x-l2 = 0^='X = 4
5~x = 0c=>x = 5

x — "Z> 4 5

3x - 12

|3x — 12| — 3x + 12 3x - 12 3x- 12

5-x +

|5-x| 5-x 5-x -5 +x

Temes então trés regiões a considerar:

1') x í4
Para estes valores de x temos |3x — 12| = -3x + 12 e |5 - x| = 5 - x
Assim a inequaçáo proposta transforma-se em:
-3x + 12 + 5- x<12<=i-4x<-5<»x> —
4
Como estamos trabalhando com x ? 4, um primeiro conjunto de valores
que satisfazem é:

137
A = Jx € V|X > ^ln{x e R | x £ 4]
5
A = {x ê 3 | - c X í 4}
5
4 4

5-

2‘) 4 < X í 5
|3x - 12| = 3x - 12 e |5 - x| = 5 - x
3x - 12 + 5 x < 12
2x < 19
19
x< —
2
S = {x é R | 4 í x í 5)
19
4 5 2 ■*

3*) x > 5
|3x - 12| = 3x - 12
|5 -x| =-5 + x
3x - 12 -5 + x < 12
4x < 29
29
x < —
4

c— x «= R | 5 < X < —

29
5 4

<

5 29
4 4 5 4

A -i

B
C ■ -

S =A U B U C >

138
„ , 5 29 |
8 = x€ x|- <x <-
4 4 ]

Exercícios Propostos

4.72) Resolva as inequações:


a) |x|>6 e) |x| >-6
b) |x|16 f] |x|>-6
c) |x| < 6 gl W <-6
d) |x| £ 6 h) |x| S - 6

4 73) Resolva as inequações:


a) |3x- 5| > 2 g) |3x-5| < -3
b) |3x — 5| * 2 h) |3x - 5| £ -3
c) |3x-5| < 2 í) |3x - 5| » 0
d) |3x - 5| £ 2 D |3x - S| > 0
e) |3x — 5| >-3 k) |3x - 5| < 0
f) |3x — 5| 1-3 D |3x - 5] < 0

4.74) Resolva as inequações:


a) 7(*-2)!>7
b) 5 ]3x + 8| - 6 < 1
c) |2x-6|-3£0
d) |x.23- 3xj < 1ü

4 75) Resolva as inequações:


a) x2-2 [x| -24 < 0
b) |x2- 2x - 3| < 3x - 3
c) |2x - 3| + ]2x- 5| > 6

4 76) Resolva as inequações:


a) (x3- 16) ■ |x -6| > 0
b) (x2- 16) • |3x-S| ã 0
x2 -5x-6
C) íO
|x2-4|

x2 + 3x-10
d) <0
Ӓx-4|

4.10 - PROPRIEDADES DO MÓDULO

Além das propriedades jã apresentadas, há mais algumas importantes que


serão apresentadas a seguir.

Sendo x um número real qualquer


Ml3
-|x|<x£|x|

139
Exemplos

a) Seja x = + 3 Teremos -|3| £ 3 £ |3|. isto é. -3 £ 3 S 3 que é obviamente


verdadeira.
b) Seja x = -3 Teremos: —|—3| £ -3 £ |-3|, isto è, -3 £ -3 £ 3 que é
verdadeira
c) Seja X = 0 Teremos —10| £ 0 £ [0|, isto é, 0 £ ü £ 0, que é também
verdadeira

Sendo X e y números reais quaísqliei


M,4
|x+y|^M+|y|

Esla é a chamada desigualdade triangular e a razão do nome é entendida


quando se faz o estudo des números complexos (ver volume 7 desta coleção).

Exemplos
a) Se x e y são ambos negativos ou ambos positivos, vale
|x + y| = |x| + |y |
Assim, per exemplo, temos:
J4 + 7| = |4) + |7j
K—4) * (-7)| = |—4| + |-7j
b) Sex = 0 ouy = 0, teremos também |x + y| = |x] |y|. Assim, por exemplo.
|7 + 0| = |7] + |0|
l(-7) + 0| =|-7| + |0|
c) Se x e y são diferentes de zero e de sinais contrários, teremos:
|x + y| < |x| + |y|
Assim, por exemplo, temos:
1(5) * (-2)| < I5| + 1-2|
l(-7) + (3)| < |-7| + |31

Sendo xey números reais quaisquer, terras:


|x+y>M-M
|x-y|s|x|-|y|

Exercícios Resolvidos

4 77) Demonstre que é verdadeira s desigualdade triangular.

Solução:
Há vários processos de fazer essa demonstração. Um deles podería ser
verificar que a desigualdade è verdadeira para cada um dos seguintes
casos:
x >0 e y5 0
x <0 e y < 0

140
x> 0 eysO
x$0 eyíO
Porém este processo ê muito demorada e assim apresentaremos, a seguir,
3 processos mais rápidos.
1° processo
Podemos fazer 2 hipóteses a respeito dex+y:
x+y>0oux+y<0
1° caso:
x-i- y & n
x-i-yaO = |x + y| = x + y |
xí|x| e y < |y| => x-t-y £ |x|+ |y|J
=>|x+y| sjx|+ y|
2o caso: x + y < 0
i° ca^o
x + ycO=> — x-y>0 * |- x - y] £ |-x| 1—y|
Como:
|-x-y| = |x + y|
'Hj = ]x|
l-y| - Ivl
Vem:
|x + yjs M + Ivl
2°processo
-|x|éx<|x|’
■ Somando membro a membro, obtemos:
-|y|^y*|y|j
-|x| - |y[ £ X + y < |x] + |y|
ou —{|x| + |y|) á x + y í |x| + |y| (()
Observando que |x| + |y| 0, vemos que a desigualdade (!) é do tipo:
-m s k £ m (com m * 0)
e de acordo com a propriedade Mn, temos:
-m í k £ m c-i |k| £ m
Assim, concluímos que a desigualdade (I) é equivalente a:
|x + y] í |x| + |y|
3° processo
De acordo com Mia, temos
xy < |xy|
Porém |xy| = |x| |y| e assim temos xy á |x| • |y|
xy sjx| ■ Jy[ » 2xy £ 2 |x| |y| « x | x2 + y2 + 2|x| |y|
X2 + y2z + 2xy í
yz + 2xy < [x|3 + |y|2 + 2 [x||y| o (x + y)2 < (|x| + |y|)2 «
«■Ix + yl-í (|x| + jy|r

141
Neste ponto devemos nos lembrar que, de acordo com a propriedade Pis do
item 4.6, temos.
rrT2 £ n.22 o m < n (para m iC e n ^0).
Como |x + y| > O e jxj + ]y] & 0, aplicando P12 vem:
|x + y|z S (|X| + (y|)z » |X + yl s |x| + |y|

4 73) Demonstre que, |x — yj < |x — z| + |z — y|_ quaisquer que sejam os números


reais x, y e z

Solução:

x-y = (x - z) + {2 -y) => |x - y| = [(x - z) + (z - y)] •]


|(x-z) + (z~yl|£[x-z| + |z-y| |
= ]x-y|í|x~z| + [z-yi

Exercícios Propostos

4 791 Sendo x ey números reais quaisquer, demonstre que:


a) lx-y| í |x] + |y]
b) |x- y| |x| - |y|
c) |x +■ y| ?_ M - |y|

4 00) Sendo x, y e z reais quaisquer, demonstre que


|x*y + z|£|x| + |y| +|Z|.

4 01) Sendo x, y, a, b e k números reais quaisquer, demonstre que:


I* - a| < k e ]y - b| < k =s ](X + y) - (a - b)j < 2k

142
Exercícios Suplementares

11.1) Determine os valores do parâmetro a, tais que o sistema


j2x-y-a
[x-4y = a-l3
admita soluções (x' y), de modo que: x < 0 e y > 0.

II. 2) Sejam os conjuntos:


A = {x e R* | x2 — 2x - 15 £ 0}
B = {x £ R j x2 - 2 < 0}

M = {x e R | — 2 £ —£ 4}

Determine:
a) C4,
b) [(A B) - M]
c) C<pBl

II 3) Resolva a equação -72x 2 9x + 4 -y/2x3 -7x + 1 = 1 .

II 4) Resolva a equação ^2* + 3 = J5x + 8 ->/3x ■+■ 5 .

II 5) Resolva a inequação ]2x + 4| >|x-1).

II.6) Resolva o sistema:


2^1^
-- = 12
X y z
2
+ - - -6
x y z
1 2
+ - = -12
X y 2

II.7) Fatore a expressão x8 - 17x4 + 16.

II.8) Resolva a ínequação x6 - 17x4 + 16 < 0.

xB -17x'1 +16
II 9) Reserva a inequaçao <0
1-4x’

11.1 D) Sendo x1 e x" as raizes da equação 3x + 0x — 2 = 0, calcule o valor de


_1_ J_
x, + x"‘

143
PARTE in

Capítulo 5 - Relações
Capítulo 6 - Função real de variável real
14:
Capitulo

5 Relações

5.1 - COORDENADAS NO PLANO

Eixo

Eixo é uma reta orientada sobre a qual se fixou uma escala.

72 n
-2 -1 0 1 I 2 3 I 4
-+- ------- 1 + -+
O u A
I i
origem I _____ i

tI segmento de medida 1
Para se obter um eixo, marcamos sobre uma reta dois pontos, O e U, de tal
orma que o segmento OU tenha medida igual a 1.
A reta recebe, então, uma orientação: convencionamos que o sentido de O
para U é o sentido positivo; o outro sentido é o negativo
Com a origem O e o segmento unitário OU fica estabelecida uma escala
sobre a reta.

Sistema de Abscissas
Estabelecemos sobre um eixo um sistema de abscissas associando ao
ponto O o número zero e ao ponto U o número 1: então, a cada ponto P do eixo
corresponde um único número real xp e, inversamente, a cada número real xp
corresponde um único ponto P sobre o eixo.
O número real xp associado a P denomina-se abscissa de P; para
indicarmos que o ponto P tem abscissa xp, escrevemos:
P(xP)
Na figura acima, temos. 0(0), U(1), A(j2), B(-1).

146
Sistema Cartesiano Octogonal
V

X
O

Consideremos dois eixos perpendiculares Ox e Oy, para os quais a


interseção O seja a origem, e que tenham a mesma unidade de medida.
A um ponto qualquer P, do plano dos dois eixos; associamos dois números
reais pelo processo seguinte
Passamos por P retas perpendiculares aos eixos: uma delas encontra o eixo
Ox no ponto de abscissa x?, e a outra encontra o eixo Oy no ponto de abscissa yp.
Obtemos, assim, um par ordenado de números reais, (xp; yp), associado ao ponto
P, Os números x? e yp denominam-se coordenadas de P, xpéa abscissa de P e
yp è a ordenada de P
O sistema de coordenadas estabelecido por esse processo chama-se
sistema cartesiano octogonal.
Para indicarmos que o ponto P tem coordenadas (xp; yp) escrevemos;
P(xp; yp)
A figura abaixo mostra alguns pontos do plano cartesiano, cada qual com
suas coordenadas indicadas. Observe que os pontos pertencentes ao eixo Ox
possuem ordenada y = 0, enquanto que os pontos pertencentes ao eixo Oy
possuem abscissa x = 0. Na figura temos:

y+
4- — ’D

3
3 ■2-
a•--------rT------- —
I E ;_____ ri j >
-4 -3 -2 -:i 0 1 2 3 4 x
A 1 H
9......... HZ í
M

A (-4; 1) G H»; -2)


B (-2; 2) H (0; -1)
C (0; 3) l(2; -1)
D (3; 4} J (4; 0)
E (-3; 0) L (-1; -3)
F(2;1) M (4; -2)
147
Quadrantes
Os dois eixos do sistema cartesiano dividem o plano em quatro regiões,
chamadas quadrantes, numeradas conforme se vê na figura abaixo. Convenciona-
se que os pontos situados sobre os eixos não pertencem a nenhum dos
quadrantes. É fácil ver que cada quadrante estâ relacionado com os sinais das
coordenadas dos pontos Por exemplo, se um ponto estâ no primeiro quadrante.
suas coordenadas são ambas positivas, um ponto situado no quarto quadrante
apresenta aôscissa positiva e ordenada negativa
y+
II I

III IV

5.2- PAR ORDENADO

O Conceito de Par Ordenado


Admitiremos a noção de par ordenado como conceito primitivo
Dados os objetos a e b podemos, com eles, formar um novo objeto, indicado
por:
(a;b)
que se denomina par ordenado.
Diremos que no par ordenado (a; b|, a é o primeiro elemento, ou primeira
coordenada, ou primeira projeção, b é o segundo elemento, ou segunda
coordenada, ou segunda projeção.
Observe que no conceito de par ordenado a ordem é essencial; assim o par
(1; 3) é distinto do par (3, 1). No par (1:3), 1 é o primeiro elemento e 3 é o segundo
elemento, e, no par (3; 1), 3 é o primeiro elemento e 1 é o segundo elemento. O
elemento é considerado com a sua ordem; modificando-se esta, estaremos
modificando o par.

Igualdade de Pares Ordenados


Diremos que os pares ordenados {a; b) e (c: d) são iguais se e somente se
são iguais os primeiros elementos dos pares e também sào iguais os segundos
elementos dos pares, istoé:
(a,b) = (c; d) o [a = c e b = d]

Exemplos

a) (1;2) = (1;2)
b) (x; y) = (-3; 2) = (x =-3 e y = 2]
c) Se a = b. então (a; b) = (b, a)
148
d) Se a ?t b então (a; b) * (b; a); observe que os conjuntos {a: b) e {b; a}
são iguais, pois nos conjuntos a ordem dos elementos ê irrelevante
e) A um ponto P de um plano, sobre o qual fixamos um sistema cartesiano
ortogonal, associamos um par ordenado de números reais (x?; yp) cujos
elementos são as coordenadas do ponto P. Abre-se, então, a
possibilidade de representarmos graficamente um par ordenado (xp; yp);
essa representação ê o ponto P do plano cuja abscissa é xp e cuja
ordenada é yp.

Exercícios Resolvidos

5.1) Determine os números reais x e y, sabendo-se que:


a) (x + y; 2) = (4; x-y)
b) (2x; y - 2x) = (3y; 3)

Solução:
a) Da definição de igualdade entre pares ordenados temos:
fx + y = 4
)x-y = 2

Para resolvermos o sistema acima somamos e subtraímos, membro a


membro, as duas equações, obtendo-se x = 3 e y = 1.

b) Da definição de igualdade entre pares ordenados temos;


f 2x = 3y
[y-2x = 3
Somando membro a membro as duas equações do sistema obtemos:
-3 -9
y = 3y + 3 e dai: y = —; por substituição obtemos: x = —.

5 2) Os números a, b, ce d são inteiros Para bd * 0 definem-se as operações de


adição + e de multiplicação , entre pares ordenados, da seguinte forma:
(a; b) + (c; d) = (ad + bc, bd)
(a; b) ‘ (c; d) = (ao; bd)
a) Determine (2; 3) + (5; 4) e (2; 3) (5; 4)
b) Determine o intervala x sabendo-se que: (x + 2; 2) + (3; 2) = (x; 2) - (1; 2)

Solução:
a) (2; 3) + (5; 4) = (2 4 + 3 - 5; 3 4) = (23; 12)
(2; 3) ■ (5. 4}= (2 ■ 5; 3 4) = (10; 12)
b) (x + 2; 2) + (3; 2) = (x; 2) • (1; 2) <=> (2x + 4 + 6; 4) = (x; 4)
O(2x + W; 4) = (x; 4) ox = 2x + 10ox = -10

5.3) Podemos definir rigorosamente par ordenado como segue:


(a;b) = {{a);{a;b}J
Use essa definição e prove que: se (a; b) = (c; d) então; a — o e b = d.
149
Solução:
Por hipótese- (a; b) = (c; d), isto è {{a}; {a; b}} = {{c}, {c; d}}
Se a = b, o par (a; b) = {{a}} e então (c, d) = {[c), (c; d}} - {{a}}; da igualdade
dos conjuntos, que então devem ser constituídos pelos mesmos elementos,
tem-se a = b = c = d Se a * b, (a; b) e (c, d) possuem, respectiva mente,
como elementos os conjuntos {a} e {c}, que devem ser iguais: {a} - {o}, e
enião a=G Também (a; b) e [c; d) possuem, respectivamente, como
elementos os conjuntos {a. b} e (c; d}, que devem ser iguais: {a: b} = {o; d);
dai b = d (e não b = c, pois a - c e viría b - a, contra a hipótese). Então,
a= ce b-d

Exercícios Propostos

54} Delermme cs números reais x e y sabendo-se que;


4x-y;^ + J = (0;7) 3x — 1
a) b) —;3xj = (y + 2; 3^5y)
■£ M /

5 5) Os números a, b, 0 e d sáo reais. Para os pares ordenados a = (a; b) e


p = (c; d) definem-se as operações;
a + p = (a + c; b + d)
a - p = fac - bd. ad + bc)
x a = (xa; xb). para todo x, xr R
a} Determine (3; 1) + (-3; -1) e (a; b) (1; 0)
b) Determine o par ordenado a sabendo-se que 3 a + (~1; 2) = <x (1; 0)

5.6) Ulilrzando a definição do exercício 5.3 verifique que se (a; b) - (b; a) então
a = b.

5.3 - PRODUTO CARTESIANO


Consideremos os conjuntos: A = {1; 2; 3}eB = {3; 5}.
Todos os pares ordenados (x; y) onde o primeiro elemento, x, é obtido no
conjunto A e o segundo elemento, y, é obtido no conjunto B, são;
(1; 3), (1; 5). (2; 3), (2; 5), (3: 3) e (3; 5)
Podemos, então, formar um novo conjunto, cujos elementos são todos os
pares ordenados (x; y) obtidos acima; esse conjunto denomina-se produto
cartesiano de A por B e será indicado com AxB; assim;
Ax B = {(1. 3), (1; 5), (2; 3), (2; 5), (3; 3), (3; 5)}
O símbolo A« 0 deve ser lido; "A cartesiano B".

Definição
Chama-se produto cartesiano de um conjunto não-vazio A por um conjunto
não-vazio B, ao conjunto de todos os pares ordenados (x; y) com primeiro
elemento x em A e segundo elemento y em B, portanto;
| AxB = {(x;y)| xeAe y eB}~

150
Se A = 0 ou B = 0 completa-se a definição com AxB = 0.

Exemplos
a) Se A = (2; 4}e B = {3; 5; 7} os elementos do produto cartesiano de A por
B, A*B, podem ser obtidos de uma forma sistemática, conforme o
esquema abaixo, denominado "diagrama de árvore":
3 --------- *(2;3) - 3 -------- *X4;3)

2 5 *(2;5) 4 5 *(4;5)

7 Í2;7) 7 í<7)
Então:
AxB {(2; 3), (2; 5). (2. 7). (4; 3). (4; 5), (4; 7))
No esquema acima, observe que cada elemento de A gerou três pares
ordenados; como A possui 2 elementos, o número de pares ordenados
construídos é 2 ■ 3 = 6.
De um modo geral, se o conjunto A possui m elementos e o conjunto B
possui n elementos, o conjunta AxB possui m ■ n elementos; isto é:
n(AxBj =■ n(A)n(B)

b) Seja A = {a; b} e formemos A x A:


a-------- ^a;a)
a b

b -------- *^a:b) b *tb;t)


Então, Ax A = {(a; a), (a; b), (b: a), (b, b))
Indica-se: A x A = A2
O subconjunto de AxA, constituído pelos pares ordenados que tèm as
duas coordenadas iguais, denomina-se diagonal de AxA; indica-se com
óa. No exemplo acima: Aa = {(a; a); (b; b)}.

c) Consideremos A {1; 2; 3} e B = {0; 1}.


Então
AxB = {(1; 0). (1; 1), (2; 0). [2; 1). (3; 0), (3; 1)}
3> A- {(□: 1), (O; 2), (0; 3), (1; 1), (1; 2), (1; 3)}
Este exemplo mostra que, em geral, AxBí Bx A.

cf) {1;3} x 0 = 0 x{1; 3} = 0 x 0 = 0

Representação Gráfica do Produto Cartesiano


Se no plano fixarmos um sistema cartesiano ortogonal, sabemos que a todo
par(x, y) de números reais corresponde o ponto P(x; y).
Sejam, então, A e B subconjuntos de R. Os elementos de A»B são pares
ordenados de números reais e, a cada um deles, no plano, associa-se, então, um
ponto. O conjunto de todos esses pontos representa graficamente AxB; esse
conjunto de pontos é e gráfico de A* B
151
Exemplos
a) Se A - {1; 3} e B = {1; 2; 3) o gráfico de AxBéa totalidade dos pontos
(x, y). com abscissa x em A e ordenada y em B
' y

1
2
1

1
i
3
x

b) Sejam os intervalos A = [2; 4] e B = ]-2; 2).


O gráfico do conjunto A« B é o retângulo da figura excluídos os pontos
do lado inferior Mote que o produto cartesiano de A por B ê conslituido
por infinitos pares: o lado do retângulo que não está incluído no gráfico é
indicado com uma linha interrompida:

2 4 x

Exercícios Resolvidas

57) Se A = {-1; 0; 1} e B = {-2; -1}, determine:


a) AxB d) A2
b) BxA e) óa
C) (Ax B) cn (B x A)

Solução:
a) Para a construção de Ax B utiliza mo-nos do “diagrama de árvore":
-2 --------*{-1 ;-2) - -2 -------- ►(0;-2}

-1 0

-1 -1

-2

-1
152
Então:
A x 8 = {(-1; -2), (-1; -1), (0; -2), (0; -1). (1; -2). (1; -1)}
b) Analogamente, utilizamo-nos do 'diagrama de árvore":

-2 0 (-2;0) *-0 £-1;0)

1 (-2.1) ' 1 (-1;1)


Então Bx A = {(-2; -1), (-2; 0), (-2; 1). (-1; -1}. (-1; 0). (-1; 1))

c) Os pares ordenados comuns aos produtos A x B, Bx A são os elementos


do conjunto (Ax B) n(8xA); então;
(AxB)n(BxA) = {(-1;-1)}
d) O conjunto A2 = Ax A obtém-se com o “diagrama de árvore":

,-1-------- * -1-------------------------------------------------

*■ o 0 0 (0:0)

1 (-vi) 1 (0,1
(1;-D
1 o * (HO)
1 (1J)
Então: A2 = {(-1; -1). (-1; 0). (-1; 1), (0; -1). (0; 0), (0; 1). (1; -1). (1. u?,
d. D}
e) Com a notação Aa indicamos a diagonal de A * A; Aa é o subconjunto de
A2 cujos elementos são pares ordenados, onde as duas coordenadas
são iguais; então:
ía = {(-1;-1), (0; 0), (1; 1»

5 8} Se um conjunto A possui3 elementos e um conjunto B possui 6 elementos,


dé o número de elementos de cada um dos conjuntos:
a) B2 d) BxA
b) A2 e) Ae
c) A « B f) B2 — Ab

SoEução;

a) n^B2j " n(B)-n(B) = 6 6 = 36

b) n^A2) = n(A) n(A) =3-3=9

c) n(AxB) = n(A)-n(B) = 3-6 = 18


d) n(BxA) = n(B).n(A) = 63 = 18
-2. _ . . _
e) Ab é a diagonal de B2; se em B há 6 elementos, é possível construirmos
6 pares nos quais as duas coordenadas são iguais, então: nj^) - 6

153
f) B2 possuí 35 elementos e Ag possui 6 elementos; o conjunto B2 - Ag é
constituído pelos pares ordenados de B2 que nâo pertencem ã diagonal
Ab Então - AB = 36 - 6 = 30

5.9) O conjunto A2 possui 9 elementos Se: (p; q) e A2, (r; q) e A2 e p, q e r são


distintos dois a dois, determine:
a} n(A) b) A c) A2

Solução:

a) n^Azj = n(A) n(A) = [n(A)]2 ; entáo n[A2j= 9 e n(A) 3

b) Se (p. q) e Ax A então pe A e q £ A
Se (r; q) e A x A entáo r e A
Dai, como A possui 3 elementos A = {p; q; r}
c) Para a obtenção de A2 utilizamos o "diagrama de árvore";

jr p------- *-<p;pí jf p-------- "(q;p)

p *q *(p.q) q *q ~(q;q)

r *(p:0 r *(q;0

p * (rp)
r * (r;q)

r *{rr)
Então: A = {(p; p). (p; q). (p; r), (q; p). (q; q), (q; r). (r; p). (r, q), (C r)}

5.10) Dê o gráfico dos seguintes produtos:


a) {-1:0; 1} x {-2;-1}
b) ]-3; 2] x]-2. 1]
c) ?- x £,

Solução:
a) Sobre 0 eixo das abscissas representamos o conjunto {-1; 0; 1),
marcando os pontos de abscissas -1; 0 e 1; por esses pontos traçamos
retas paralelas ao eixo das ordenadas. Sobre o eixo das ordenadas,
representamos o conjunto {-2; -1}, marcando sobre ele os pontos de
abscissas -2 e -1; por esses pontos traçamos retas paralelas ao eixo
das abscissas. Estas duas paralelas encontram aquelas Uès anteriores
em 6 pontos, que constituem o gráfico do produto {-1; 0; 1}* {-2; -1}

154
y

-1 : 0 1
-1

i -2 •

b) Sobre o eixo das abscissas marcamos os pontos de abscissas -3 e 2 e


por eles traçamos retas paralelas ao eixo das ordenadas Sobre o eixo
das ordenadas marcamos os pontos -2 e 1 e por eles traçamos retas
paralelas ao eixo das abscissas. O subconjunto do plano limitado pelas
quatro relas ê o gráfico do produto ]-3; 2] * ] -2; 1], sendo que há dois
lados do retângulo cujos pontos não estão incluídos no gráfico

1
l X
-3; ~2
!

-2

c) O gráfico do produto cartesiano iS^x X-é constituído por todos os pontos


de coordenadas (x, y) para os quais x < 0 e y & ü: o conjunto desses
pontos é a umáo do II quadrante com os semi-eixos, carro parciatmente
mostra a figura.
..y

x
■*-

155
Exercícios Propostos

5.11} SeU = ,1;2;3;4. 5}.A=P;4;5}eB = {1; 2; 3} determine os seguintes


conjuntos
a) A X A e) A2 r< B'I3
b) A X B f) (A x B) (B x A)
c) B X B 9) tU « A) n (U » B)
d) B A

5 12) Para os conjuntos A = {a. b). B = {2, 3} e C - {3; 4}, verifique se:
a) A ». (B m C) = (A x B) (A x C)
b) A x (8 ri C) = (A x B) n (A x C)

5 13) Se Aé um conjunto com n elementos e B é um conjunto com m elementos,


dê o número de elementos de cada um dos conjuntos abaixo,
a) A x A b) B2 c) A x B d) A* e) B" - Ab

5.14) Para os conjuntos A e B tem-se n(A)= 3 e n(B) = 2. Sabe-se que


A nB = [2) , (3; 4) e A x B e A u B = {1; 2; 3; 4). Determine A e B.

5.15) Se A X B = B x A. o que se pode concluir para os conjuntos A e B?

5 16) Desenhe o gráfico de cada um dos produtos abaixe:


a) ]-3; 1] x Hl 1[
b) }3; +*>[ x ]-*5 , -1[
c) 3. x X-
d) {1} x (0, 6j

5.4 - RELAÇÕES

Uma Escolha

Sentenças do tipo
‘João ê mando de Maria.”
"9 ê maior que 7."
"Marcela é irmã de Luciana."
sàc comuns em nossa conversação do dia-a-dia.
Cada uma dessas sentenças (ou frases) envolve o que intuitivamente se
conhece como uma relação como Marcela e Luciana se reiacionarrrt São irmãs!
E expressões do tipo.
"é marido de"
’é maior que"
"é irmã de"
"ê divisível por“
"ê membro de"

1t>6
são classificadas como conectivos que geram relações, nós as chamaremos de
expressões conectwas
Observe que a palavra Telaçào" envolve uma correspondência ou uma
associação entre dois objetos (pessoas, números, idéias, etc. . .); essa associação
se faz a partir de uma certa propriedade possuída petos objelos relacionados. No
exemplo acima. Marcela está relacionada, associada, em correspondência com
Luciana, a partir de uma propriedade que possuem, são irmãs.
Consideremos, agora, a sentença aberta:
x é irmã de y
O par ordenado (Marcela; Luciana) satisfaz à sentença aberta, isto é. faz com
que ela seja verdadeira, quando x é substituído por Marcela, e y. por Luciana.
Entretanto, o par ordenado (João; Marra) não satisfaz ã sentença aberta quando se
faz a substituição de x por Joáo e y por Maria Analogamente, os pares ordenados
(3, 2), (4; 1), (ü; -1) satisfazem ã sentença aberta:
x é maior que y
enquanto os pares (3, 4), (-2; 1), (2, 6) não a satisfazem.
De um modo geral, consideremos sentenças abertas de duas variáveis:
x y
onde o ‘ espaço em branco" é representado por um traço, para ser preenchido por
alguma expressão conectiva.
Podemos, então, eleger um universo de pares ordenados para testar se a
sentença é verdadeira ou falsa; assim, dois conjuntos são formados: 0 conjunto
daqueles pares que satisfazem ã sentença e o conjunto daqueles pares que não a
satisfazem.
Podemos, agora, colocar uma questão de escolha: relação é a expressão
conectiva, ou o conjunto de pares ordenados que satisfazem à sentença aberta
originada por essa expressão?
Acreditamos que o conceito de relação ê mais preciso Se for defmrdo como
um conjunto de pares ordenados.
Então,

Definição
Sejam os conjuntos A e B. Uma relação £R, de A em S. ê qualquer
subconjunto do produto cartesiano A»B

Exemplos
Sejam A = (1; 2; 3} e B = {1; 2}; os subconjuntos de A » B:
tu, = {(1; 1), (1; 2), (3; 2)}
íih = {(2; 2), (3; 2)}
'«3 = ((2; 1)}
tHj = 0
'Jí; = A x B
são refações de A em B
Seja u' uma ralação de A em B. Para indicarmos que o elemento a esíá
relacionado com o elemento b através de ÍK, isto è, para indicamos que (a, b) e :K,
usaremos a notação:

157
a 91 b
que se lê a R b"ou 'a está na relação 91 com b".

Exemplo
Sejam os conjuntos A = {a; b, c}, B = {1; 2; 3} e a relação de A em 0:
91 = {(a; 1), (b; 1). (b; 3)}

Então.
(a: 1) e 'Ji e daí a 311
(b; 1) e 9t e dai a :Ra
(b: 3) e 91 e dai a 9ta

Dominio e Conjunto-imagem de uma Relaçao


Seja y| uma relação de A em B.
O conjunto 0(91) constituído por todos elementos x de A para os quais existe
y em 0 tal que (x; y) e 91 ê denominado domínio de ÍR.
O conjunto 1(91) constituído por Iodos elementos y de 0 para os quais existe
x em A tal que (x, y) e 91 é denominado conjunto-imagem de 31.
Exemplo
Na relação 91 do exemplo anterior
D('Jl) = {a; b}
l(9l) ={1.3}
ircictos Resolvidos

5.17) Sejam os conjuntos A = {-1; O; 2}, B = {x; y; z) e a relação 91 de A em B:


91 = {{-1; X). (0; y), (2, z}}
Dê o valor verdadeiro (V) ou falso (F):
a) (-1, x) ê 91 { )
b) (-1, y) e 91 ( )
c) 0 91 y ( )
d) O 91 z ( )
Solução:
a) V. pois (—1, x) ê um elemento de 91
b) F, pois (—1; y) não é eíemento de 91
c) V, pois (0; y) e yi
d) F, pois (0; z) t 91

5.1S] Sejam os conjuntos A = {1; 2; 4}, B = {-1; 0, 3} e a relação 91, de A em B:


91 = [(1;-1), (1;0). (4; 0)}
Determine: D{91) e 1(91)

Solução:

158
O domínio de D(irí>, é constituído pelas primeiras coordenadas de todos
os pares que pertencem a 'Jí:
D(yt) = {1:4}
O conjunto-imagem de iH, IÇR), ê constituído pelas segundas coordenadas
de todos os pares que pertencem a 'J1:
1(ÍH} = {-1: □}

5.19) Um conjunto A possuí 2 elementos e um conjunto B possui 3 elementos.


Quantas sào as relações de A em B?

SoEução:

Se n(A) =• 2 e n(B) = 3, então n(AxB) - n(A) n(B)= 2 3 = 6


Qualquer subconjunto do produto cartesiano A* B é uma relação de A em B
Se o conjunto A» B possui 6 elementos, o número de seus subconjuntos é
26 = 64.
Então, há 64 relações de A em B.

Exercícios Propostos

5.20) Sejam os conjuntos A = {1; 2; 3}, B = {-1; 2} e a relação *J! de A em B.


* ={(1:-D, d; 2}}
Dè o valor verdadeiro (V) ou feíso (F):
a) (1; -1) ( )
b) (1; 2) e *H ( )
c) 1 '.R 2 ( )
d) 2'1’2 í )
5 21} Sejam os conjuntos A = {x; a, b}, B = {4; 7; 1 □} e a relação tR de A eni

<i{ = {(X; 4). (x; 7), (x: 10)}


Determine: D()H) e l(tR}

5 22) Um conjunto A possui m elementos e um conjunto B possui n elementos.


Quantas são as relações de A em B?

5.5 - PROCESSOS PARA SE REPRESENTAR UMA RELAÇÃO


1°) Podemos representar uma relação enumerando os pares ordenados que
a constituem.
Jã utilizamos essa forma de representação em alguns exemplos vistos até
aqui

Exemplo
Considere os conjuntos A = {x; y} e 8 = ja; b}. A relação de A em B:
'Jt = {(x; a), (x; b}}

159
está representada por enumeração de seus elementos, os pares ordenados: (x; a)
e (x, b)
2°) Podemos representar uma relação através de um diagrama de flechas.
Assim, a relação 91 do exemplo anterior pode ser representada com:

3o) Podemos representar uma relação descrevendo o conjunto dos pares


ordenados que a constituem com auxilio da expressão conectiva que
“liga" os elementos desses pares.

Exemplos
a) Seja o conjunto A = {1; 2; 3} e a relação 91, de A em A, constituída pelos
pares (3; 1), (3; 2) e (2; 1) Note que esses pares satisfazem à sentença
aberta
x é maior que y
com (x; y) e Ax A
Então, podemos representar 'Jl com
91 = {(x; y) e A x A I x é maior que y)
Os pares que pertencem a 91 são todos aqueles para os quais a
sentença aberta x é maior que y é verdadeira para xe A e ye A.
No exemplo, a expressão conectiva é maior que pode ser substituída
pelo símbolo > Então, a equivalência entre as sentenças: (x; y) e 'Jl,
x 'Jl y e x > y é evidente. Assim:
91 = {x; y) e Ax A | x é maior que y}
91 = {x; y) e A x A | x > y}
b) A partir da expressão conectiva é divisor de e do conjunto A = {1; 2; 4},
podemos construir a relação 'Jl, de A em A:
91 = {x; y) e A x A | x é divisor de y}
Observe que:
1 é divisor de 1
1 é divisor de 2
1 é divisor de 4
2 é divisor de 4
Todos os pares (x; y) que satisfazem à sentença x é divisor de y, com x
em A e y em A, são (1; 1), (1; 2), (1; 4) e (2, 4) Note que, por exemplo,

160
(2, 1) s; pois s sentença 2 é divisor de 1 ê falsa Então, se quisermos
91, enumerando os seus elementos teremos:
= 2), (1;4). (2;4)}
4°] Sejam AeB subconjuntos de x.
Uma relação 91, de A em B, pode ser representada graficamente, como
já fizemos com o produto cartesiano de dois conjuntos.
No plano, construímos um sistema xOy de eixos ortogonais e, a cada par
(x: y) de '.U, associamos o ponto de abscissa x e de ordenada y; o
conjunto de tocos os pontos assim obtidos é a gráfica de ÍR.
Exempla

Sejam os conjuntos A = {1; 2], B = {1, 2; 3} e a relação Ji. de A em B


'J1 = {(x, y) e A * B | x = y]
Os pares (1; 1) e (2; 2) satisfazem á sentença aberta x = y e. portanto, são
os elementos de 91.
O gráfico de 'Jt é constituído por dais pantas. cujas coordenadas sãa (1; 1) e
(2; 2):
y

2
1 ........ ■■

1 2

Resumindo, nate que uma relação de A em B ê um conjunto de pares


ordenados (x; y), com x em A e y em 0
A descrição desse conjunto de pares pode ser feita através de
procedimentos diferentes: uma tabela, um gráfico, um "diagrama de flechas", uma
descrição com sentenças abertas construídas a partir de expressões conectivas
que "ligam" cs elementos dos pares.

Exercícios Resolvidas

5.23) Considere a relação '.<i, de A em B, definida pelo "diagrama de flechas"


abaixo.

0- -1
1- ■2
2 ■3
3" 4
A B
a) Represente enumerando os pares ordenados que a constituem
b} Determine D('.H) e 1(91).
161
c) Construa o gráfico de 9?.

Solução:
a) Temos 0 'i> (-1), 0 91 2, 1 91 3 e 3 9I 3, e, portanto"
:U = {(0, -1). (0; 2), (1.3), (3; 3)}
b) O domínio de 91, D('J1), ê constituído pelas primeiras coordenadas de
todos os pares que pertencem a lJl:
D(91) = (0; 1; 3)
O conjunto-imagem de 91, !(9i), é constituído pelas segundas
coordenadas de todos os pares que pertencem a flí:
1(91) = {-í; 2; 3}
c) O grafico de úi é o conjunto constituído pelos pontos de coordenadas
(0,-1), (0: 2). (1,3) e (3; 3):

1y
4-
3—1------- r
2 í í
X
4--- 1----- 1-
-1 1 2 3

5 24) Seiam os conjuntos: A = (1; 2, 3, 4; 5}, B = {1; 2. 3; 4} e a relaçao 91. de A


em B, definida por
91 = {(x, y} c A« 0 I x é o dobro de y}
a) Dê 91, enumerando os seus elementos.
b) Determine D(9i)e 1(91).
c) Dê ‘Jt, através de um ‘diagrama de flechas’1.
d) Construa o gráfico de 91

Solução:
a) Todos os pares (x: y), com x em A e y em B, para os quais a sentença
aberta x é o dobro de y, x - 2y é verdadeira sâo: (2. 1) e (4; 2); então:
« = {(2; 1), (4; 2)}
b) D(9t) = {2. 4} e 1(91) = {1; 2}

c)

162
1 1
2
2
3
3
4
5 4
'-[A B
d) O gráfico de tB é constituído por dois pontos:
..y
5-
4 ■

3-
2.....
1 x
■4----- í- -I------ F
1 2 3 4

5.25) Seja a relação SB, de R em R, definida pelo gráfico:

-y
3
2 ■

2. 1 •
X
3___ ; I------*- -4-
1 2 3

Determine D(:B) e
Solução:
Observeque os pontos (x; y) do gráfico de tu são tais que:
2
1íxí3e-<y<3. Em consequência:

D(tB)=(1;3]
’2
KtU)= |;3

Uma maneira prática para se obter D(:B) e l(ÍB) a partir do gráfico G, de ÍB, é
a seguinte: projeta-se G sobre Ox. na direção Oy: obtém-se D(tB); projeta-se
G sobre Oy, na direção Ox: obtém-se l('B). Veja a figura abaixo.

163
■R
■3

conjunlo-imagem
de ri

domínio de Si

Exercícios Propostos

5,26) Sejam 0 conjunto E = {1; 2; 3, 4; 5; 6} e a relação 91, de E em E, definida por:


’Ji = l(x, y)eE3|y =
2
a) Dê a relação 91, enumerando os seus elementos
b) Dê a relação 91, através de um "diagrama de flechas".
c) Gráfico de 91.

5 27) Considere a relação 91, de 3 em definida pelo gráfico:

|y

3------
2.......

-1 ’Z[ 4-
X

L. -11 2 3

a) □ê 91, enumerando os seus elementos


t>) Determine D(’Ji) e J(91),
c) Dê yf, através de uma sentença aberta construída a partir de uma
expressão conectiva que liga" os elementos que constituem seus pares.

5.28) Desenhe o gráfico da relação de R em R:


91 = {(x, y)eR!|1íxs3e 0 í y í 2}

5 29) Seja a relação 91, de Z em Z. definida por:


y» = {(x; y) e Z x Z | x3 + y2 = 25}

164
a) Dê a relação 'Jt por enumeração de seus elementos
b) Determine D('Ji) e í(Ji).
ú) Gráfico de 1H

5 30) Considere a conjunto A = ({1; 2; 3}. {1; 2}, 1, 2, 3} e as relações de A em A


definidas por:
o
'Jti = {(x, y) e A‘ I x e y}
ft< í = {(x; y) e A2 I x c. yj
Determine 31i e Jij por enumeração de seus elementos

5.6 - ALGUNS TIPOS DE RELAÇÕES

Propriedades das Relações

Se '.K é uma relação de A em A, diz-se simplesmente que ’.H é uma relação


sobre A
Há algumas propriedades bastante significativas para uma relação 'Jl sobre
A:
1a) tu diz-se reflexiva se e somente se para todo x em A tem-se.
(x; x) e Jt
Observe que todo elemento x de A está relacionado consigo mesmo: x Jt X.
para todo x em A
Uma relação ttl sobre um conjunto A não ê reflexiva se existir um elemento x
em A tal que (x; x) £ Jt.

Exemplos
a) Se A = {1: 2, 3: 4}. a relação de igualdade sobre A. definida por
J5 - ((x: y) e A21 x = y}
ê reflexiva
Note que tR = {(1: 1), (2. 2), (3: 3), (4; 4)}

b) Uma relação 'Jt, sobre A. reflexiva, pode possuir como elementos outros
pares além daqueles da forma (x; x),
Seja A = {1; 2. 3; 4), a relação sobre A:
'Jl = {{1; 1). (2; 2), (3; 3). (4; 4). (1; 3), (2; 3)}
ê reflexiva.
Observe que os seus elementos são todos os pares da forma (x; x).
x g A. e outros dois pares: (1; 3) e (2; 3}

c) Se A = {1; 2, 3; 4}, a relação sobre A:


= 1}, (2; 2), (4:4). (1; 3)}
náe é reflexiva pois (3; 3) Jt.
Note que se 'Ji é uma relação sobre A, reflexiva, então:
AÀA c 4?

165
onde Aa é a diagonal de A * A

2a) 1H diz-se simétrica se e somente se, quando (a. b) e 97 então (b; a) e 91.
Observe que então numa relação simétrica, se a está relacionado com b isto é,
a 4i b, então b está relacionado com a, isto é, b 41 a:
a 4t b => b 41 a
Uma relação 41 sobre um conjunto A não é simétrica se existirem a e b em A.
a * b, tais que [a, b) € 4i e (b. a) é 41.

Exemplos
a) Seja A « {1; 2; 3}. A relação sobre A.
* = {(1. 2). (2; 1). (1. 3). (3; 1)}
é simétnca, pois sempre que ocorre a tH b também ocorre b 47 a.
b) Seja A = {1; 2. 3. 4} A relação sobre A
tn = ((1; 3), (4; 2}. (2; 4). (2; 3), (3. 1)}
não é siméinca. pois (2. 3) e 41 e (3; 2) £ ÍR.

3*) 41 diz-se transitiva se e somente se, quando (a, b) e 'A e (b; c) e tn,
então (a, c) e Jt.
Observe que então, se a estã relacionado com b, isto é. a tu b, e b está
relacionado com c, isto é, b 41 c, então a está relacionado com c, isto ê, a 41 c:
(a tu b e b 41 c) => a 41 c
Uma relação 47 sobre um conjunto A não é transitiva se existirem a, b e c
em A tais que: (a, b) e 47 e (b; c) e 47, mas (a; c) £ 41

Exempios

a) Seja X o conjunto dos números reais. A relação sobre R:


41 = {(x; y) e IR2 | x < y}
é transitiva, pois se a < b e b <c então a < c

b) Seja A = {a; b, c} A relaçao sobre A;


"J< = {(a; b), (c; b), (b, a), (a; c)}
não ê transitiva, pois (c. b) e 41 e (b; a) e 41, mas (c; a) £ 'J1.

4a) 41 diz-se anti-simétrica se e somente se, quando (a; b)e 41 e (b: aj e 41


então a = b.
Observe que então, se a está relacionado com b, isto é a 41 b, e b está
relacionado com a, isto é, b 41 a, então a é igual a b;
(a 41 b e b 41 a) => a = b
Uma relação 41 sobre um conjunto A não é anti-simêtrica se existirem a e b
em A. a = b. tais que (a; b) e 41 e também (b; a) s 41.

Exemplos

166
a) Seja A um conjunto cujos elementos sao conjuntos. A relaçao sobre A:
Jt - {(x. y] e A21 x c y}
é anti-simétrica, pois [x a y e y c x) => x = y

b) Seja A = {1; 2; 3. 4). A relação sabre A:


:H = {(1; 3), {4; 2), (4; 4), (2; 4)}
nào é anfi-simétnca, pois [4, 2) e 'Jt e também (2: 4) e %

Relação de Equivalência
Uma relação 91 sobre um conjunto A chama-se relação de equivalência s?
e somente se:
1“) *H é reflexiva
2a) 'il é simétrica
3") tH é transitiva

Exemplos
a) Seja A o conjunto de todos os triângulos do plano. A relação sobre ,
91 = {(x; y) e A2 | x é semelhante a y}
è uma relação de equivalência, pois satisfaz às três condições da
definição.

b) Seja R o conjunto dos números reais A relação de igualdade sobre ?:


tn = {(x; y) e R21 x = y}
ê uma relação de equivalência, pois:
1*) para todo a em R: a = a, isto é, a íli a (reflexiva)
2“) se a = b então b = a, isto é, a 9t b => b 91 a (simétrica)
3a) se a = b e b - c então a - c, isto ê, (a 91 b e b 91 c) =r> a 91 c
(transitiva)

Relação de Ordem
Uma relação 91 sobre um conjunto A chama-se relação de ordem se e
somente se:
1’) 91 é reflexiva
2a) 91 é anti-simétrica
3S) 91 é transitiva

Exemplos

a) Seja R o conjunto dos números reais. A relação menor ou igual sobre R:


:H = í(x; y) e R3|x í yj
é uma relação de ordem, pois.
1a) para todo x em K:x £ x, isto é, x 91 x (reflexiva)

167
24) se x < y e y < x então x = y, isto é (x tf y e y tf x) => x = y (anti-
simétrica)
3a) sexáyeySz entào x í z, isto é (x tf y e y tf z) ~ x tf z
(transitiva)

b) Seja A um conjunto cujos elementos são conjuntos A relação sobre A:


tf = {(x; y) e A2 [ x c: y}
é uma relação de ordem, pois:
1') para todo x em A: x c x, isto ê, x tf x (reflexiva)
2a) se x c y e y c x então x = y, isto é (x tf y e y tf x) =? x = y (anti-
simétrica)
3") se x c y e y c z então x cz z, isto é (x ?! y e y 'tf z) x tf 2
(transiliva)

Relação Inversa
Considere os conjuntos A = {1; 2; 3], B = {1; 2; 4} e a relação de A em 0:
tf = {{1: 2). (1,4), (2; 4), (3; 4)}
Observe que D(tf) = {1, 2. 3} e l(tf) = {2; 4}
Se as coordenadas de todos os pares ordenados de tf são trocadas, uma
pela outra, obtém-se o conjunto:
{(2; 1). (4; 1), (4; 2), (4; 3)}
Esse conjunto È representado por tf-1 e denomina-se relação inversa de 91.
Observe que D(tfr'') = t(tf) = (2: 4} e I(tf-1) = D(tf) = {1; 2; 3}.
Note também que se tf ê uma relação de A em B então tf uma relação de
B em A e que se (a, b) e tf, então (b; a) e tf-1.
No exempJo abaixo podemos escrever:
tf = «x. y) e A 8 I x < y}
e também:
6 B *x
tf‘' = {(x; y) e A | y < x}
Então, a sentença y < x que define tf ~1 obtém-se da sentença x y que
define tf, trocando-se nesta as variáveis x e y, uma pela outra.
Resumindo, para toda relação tf, de A em B, existe uma relação tf
inversa de tf, de B em A, definida por
tf -{(a, b)| (b; a)etf}

Exercícios Resolvidos

5.31J Sobre conjunto K dos números reais a relação:


tf = {(x; y; r E2 |x2 = y2}
é uma relação de equivalência?

Solução:
1") para todo x real tem-se x2 = x2, isto é, x tf x: tf é reflexiva
168
2a) se x2 = y2 então y2 = x2, isto é, x 91 y => y 91 x: 91 è simétrica
3tt) se x2 = y2 e yz = z2 então x2 = zz, isto é, (x 91 y e y 91 z) => x 91 z: 91 é
transitiva.
Logo, 9i é relação de equivalência.

5 32} Seja M o conjunto dos números naturais. A relação sobre Fi


91 = {(x; y) e N2 | x é divisor de y}
é uma relação de ordem'*

Solução:
1a) para todo x natural: x é divisor de x, isto éx 91 x; 91 é reflexiva
2a) se x é divisor de y e se y é divisor de x, então x = y, isto é, (x 'Ji y e y 91 x)
=> x = y: 91 é anti-simétrica
3‘) sexé divisor de y e y é d/v/sor de z então x é divisor de z, isto è, (x 91 y e
y 91 z) => x 91 z: 91 é transitiva.
Logo, 91 é relação de ordem.

5 33) Seja 91 uma relação sobre N definida por:


91 = {(x; y) e N2 | 2x + y = 10}
Determine;
a) D £91) b) c) 91

Solução:

Note que os únicos pares, com coordenadas em N, que satisfazem à


Sentença 2x + y = 10 são: (1; B), (2; 6), (3; 4) e (4; 2). Então:
91 = [(1; S). (2. 6), (3; 4). (4; 2)}
a) D(9t) = {1; 2; 3; 4}
b) ](91) = {S; 6; 4; 2}
c) j;-1 = {(0; 1), (6, 2), (4; 3), (2; 4)} ou utilizando-nos do raciocínio do
exemplo dado ao definirmos relação inversa:
91-1 = {(x; y) e H2 | 2y + x = 10}
Note que nessa representação a sentença que define 9l”1 foi obtida da
sentença que define 91, trocando-se nesta as variáveis x e y, uma peia outra

5 34) Seja 9? uma relação sobre A. Se 91 é transitiva, prove que 91 é transitiva.

Solução:
Sejam os pares (a; b) e (b; c) de 91 ; mostremos que (a; o) e 91-1,
Se (a; b) e 9!'1 então (b; a) e 91
■91 é transitiva; então (c; a) e91
Se (b; c) e 91“’ então (c; b) e 91
Se (c, a) e 91 então (a; c) e 91“

5.35) Seja 91 uma relação de U em U. A relação 91', de U em U, definida por:

169
denomina-se relação complementar de ÍR.
Sejam U = {1;2,3)ea relação de U em U:
'Jl = {(x; y) € Ua | x = y}
Determine 'IV

Solução:
U xU = {(1, 1), (1; 2). (1; 3). (2; 1), (2; 2). (2. 3). (3; 1), (3; 2). (3: 3)}
tH = {(1; 1), (2; 2). (3, 3)}
Observe que os pares ordenados que pertencem a 'JT" são aqueles de U x Lí
que não pertencem a -Jl, então:
'Jr = {{1; 2). (1; 3). (2; 1). (2, 3). (3; 1), (3; 2)}

.xercícios Propostos

5.36) Seja E = {1: 2; 3) Considere as seguintes relações sobre E:


■’<. = {(1; 2). (3; 2), (2; 2). (2; 3)}
*2= {(1; 2). (2. 3). (1: 3)}
1). (2. 2), (2; 3), (3; 2), (3; 3)}
Jh= {(1. 2))
'J15 - E x E
Diga quais das relações acima são reflexivas
5.37) Seja E = {1; 2. 3} Considere as seguintes relações sobre E
d»i = {(1. 1). (2; 1). (2, 2), (3; 2). (2; 3}}
1)}
'Jh={(i; 2)}
‘JÍ4= {(1; 1), (3; 2), (2; 3}}
.lis = E * E
Diga quais das relações acima são simétricas.

5 30) Seja E = {1; 2; 3}. Considere as seguintes relações sobre E:


= 2), (2; 2)}
*2= {d; 2), (2; 3). (1; 3). (2; 1). (1.1)}
Jta= {(1; 2)}
'^={(1, 1)}
'Jls = E * E
Diga quais das relações acima são transitivas.

5 39} Seja E = {1; 2; 3} Considere as seguintes relações sobre E:


yti = {(1; 1). £2; 1). (2; 2), (3; 2), (2; 3)}
'Jíj={(1. 1)}
:’h= {(li 2)}
^ = {(1; 1). (2;3). (3; 2)}
'.TÍ5= E x E
Diga quais das relações são anti-simélricas.

170
5.40) Seja E o conjunto de todas as retas do plano. A relação sobre E definida
pela sentença “x é paralela a y é uma relação de equivalência?

5 41) Seja R o conjunto dos números reais. A relação sobre R:


31 = {(x; y) e I x < y}
é uma relação de ordem?

5 42) Seja 31 uma relaçao sobre N definida por:


31 = {(x; y) e Bf2 | x - y é dtvtsfve! por 3}
3T é uma relação de equivalência?

5.43) Seja 31 uma ralação de N em N definida pela sentença “x é múltiplo de y". 31


uma relação de ordem?

5.44) Seja A = {-2; -1; 0; 1; 2; 3}. Para cada uma das relações 31, sobre A,
definidas abaixo determine;
1°) 31 por enumeração de seus pares ordenados
2o) D(3l) e l(3t)
3°) 3T-1 por enumeração de seus pares
31"' através de uma sentença que "liga" as coordenadas de seus pares

a) 31 = {(x; y) e A21 y - 2x)


b) 31 = {(x, y) e A2 | x - y = 1}
c) 31 = {(x; y) e A2 I xy = 2)

5 45) 31 é uma relação de A em A;


a) Se 31 = A x A, determine R"1 e R’.
b) Se 31 = 0, determine R”1 e R1.
c) ('J1-1)-1 é igual a

5.46) Seja U = {1; 2; 3} Considere as relações sobre U:


ftli = {(x; y) s U2lx sy)
31: = {(x; y) e U? I x + y * 3}
3h = {(x, y) e U2 I x + y i 3}
Mostre que:
a) tHi vj {'Jiz 3lj) = (3h !tllz) n (31, u 31j)
b) 31 j1 n (313 M 'Jh-1) = (31,r1 n 3I2”1) uj ('Bí JTa )
e) (SHir = '.112

5.47) Seja 31 uma relação sobre U, onde U = {1; 2; 3; 4). Suponhamos que
(1; 2) e 31; então (2; 1) e 3T1. Sejam A o ponto do plano cartesiano que
corresponde ao par (1; 2) e B o ponto correspondente ao par (2; 1).
a) Q segmento AB e a bissetriz dos quadrantes Impares são
perpendiculares?

171
b) Se o segmento AB corta a bissetriz em C, o que se pode dizer dos
segmentos AC e BC ?
c) Generalize: a partir do gráfico de !R, como se obtém o gráfico de 'Jt-1?

5.48) e 'JÍ2 são relações sobre A. Se 91i e IR2 são simétricas, mostre que lJ?i o W2
é simétnca

.UNÇÃO

O Conceito de Função
Por seu caráter unificador, o conceito de função é fundamental;
praticamente, toda matemática constrói-se em torno dele.
Então, dada a sua importância, a sequência do nosso trabalho será voltada
quase integralmente para o estudo das funções elementares.
Intuitivamente, função descreve uma correspondência entre os elementos
de dois conjuntos: de uma forma mais precisa, função é um tipo especial de
relação
Vejamos alguns exemplos.
Sejam os conjuntos- A = {1; 2; 3} e B = {-2; -1; 0; 1; 2; 4} e as relações de A
em B.
«1 = {(x; y) e A X B I y = x- 1}
-R2 = {(x; y) e A X B I y = x2}
= {(x, y) e A X B | y > x}
Os "diagramas de flechas" que representam essas relações são:
'Jli «2 «3
-2 -2 -2
1 -1 1 -1 1 -1
2 -0 2 0 2 0
3 -1 3 '1 3 1
-2 2 '2
A 4 B A '4 B A B
A relação ít, apresenta uma particularidade: a todo elemento x de A
"corresponde” um e um só elemento y de B; a relação '.R1 denomina-se função de
A em B.
A relação 'Jh não é função de A em B: ao elemento 3 de A não se associa
elemento algum em B.
A relação ÍR3 não é função de A em B: ao elemento 1 de A associam-se dois
elementos em B.
Note que, para que uma relação de A em B seja uma função de A em B, a
todo elemento x de A se deve "associar" um e um só elemento em B.

172
Definição

Sejam os conjuntos A e B diferentes do conjunto vazio, e seja f uma relação de A


em B Diz-se que f é uma função de A em B se, e somente se, para toda x em A
existir em correspondência um e um só y em B tal que: (x; y) s f.

Note que uma relação f de A em 8 è uma função de A em 8 quando e


somente quando cada x de A aparece como primeira coordenada em um e
somente em um par ordenado de f,

Nomenclatura
Seja f uma função de A em B
Se x é um elemento qualquer de A, então o único y de S associado a x
denomina-se imagem de x pela função f e será indicado com a notação f(x), (lé-
se."fdex"j:
y = f(x)
O conjunto A denomina-se domínio de f, e pode ser indicado com a
notação D(f), como jã fizemos com as relações.
O conjunto B denomina-se contradominio de f, e pode ser indicado com a
notação CD(t)
O conjunto de todos os elementos de B que sãa Imagem de algum elemento
de A denomina-se conjuntc-imagem de f e pode ser indicado com a notação l(f),
como jã fizemos com as relações:
I(f) - {y e B13x, x e A e y — f(x)}

Observe que l(f) c CD(f).

Exemplos
a) Sejam os conjuntos A = {1; 2; 3} e B = {0; 1; 2; 3}. A relação f. de A em 8,
definida pelo diagrama de flechas abaixo, é uma função de A em B.

-0
1
-1
2
2
3 3
A B
D(f) = (1: 2; 3}
CD(f)-{0; 1; 2; 3}
l(f) = {□; 1}
Observe que, para que uma relaçao f de A em B seja uma função de A
em B, de todo elementa de A deve ' partir" uma flecha e uma só:

173
0
1
1
2
2
3
3
A B

A relação definida pelo diagrama acima não é função de A em B: do


elemento 3 de A não •‘parte" flecha alguma.

0
1
1
2
2
3
3
A B

A relaçao definida pelo diagrama acima não é função de A em 8: do


elemento 1 de A '‘parte" mais do que uma flecha.

b) Sejam os conjuntos A = {a; b; c} e B = {x; y. z}. A relação f, de A em B:


f = {(a: X), (b; x), (c; z)}
é uma função de A em B.
Note que cada elemento de A aparece em um e somente em um par
ordenado de f.
Nesse exemplo: D(f) = {a; b; c}, CD(f) = {x; y, z} e l(f) = {x; z}.
Por outro lado, a relação de A em B:
f = {(a; x), (a; y), (b; x), (c; z)}
não é função de A em B O elemento a de A aparece como primeira
coordenada em dois pares de f
E a relação de A em B
f = {(b; y), (c; z)}
também não é função de A em B. O elemento a de A não aparece como
primeira coordenada em nenhum par de f.

Exercícios Resolvidos

5.49) Seja A = {1; 2; 3; 4} e considere as relações sobre A:


'J1i= {(1; 2). (2; 3), (3; 4), (4; 1)}
'J»2={(1; 1). (1; 2), (1; 3), (1; 4)}
«3 = {(1; 2). (2; 2), (3; 2). (4; 2)}
'.«4= {(2; 2). (3; 3), (4; 4)}
Diga qual delas é função de A em A.

174
Solução:
Note que uma relação tR, de A em A, é uma função de A em A se, e somente
se, cada a de A aparecer como primeira coordenada em um. e somente em um,
par de 'Jí.
ÍRi é função
'Jlí não é função, pois o elemento 1 aparece como primeira coordenada em
mais do que um par.
W3 é função
'JÍ4 não ê função, pois □ elemento 1 não aparece como primeira coordenada
em par algum da relação.

5.50) Para a função f. de E em F. definida pelo diagrama de flechas:

0
1
2
2
3
3
4
4
E 5 F
Determine:
a) D(f) d) x. se f(x) = 3
b) l(f) e) x, se f(x) = 4
c) f{2)

Solução:
a) D(f) = E = {0, 1; 2; 3; 4}
Note que se uma relação aí, de E em F, è uma função f de E em F. então
D(f) = E.
b) O conjunto-imagem de f é constituído por todos os y de F que sâo
imagem de algum x de E: l(f) = {0; 3; 4}.
c} f(2) = 4; aí uma simples leitura: a "flecha que parte do número 2 dirige-se
para o número 4".
d) C elemento x de E tem imagem 3. então x = 1 ou x = 3.
e) Analogamente, x = 2.

5.51) Seja o conjunto A = [0; 1}.


a) Quantas são as relações de A em A?
b) De todas as relações de A em A. quais são funções de A em A?
c) Encontre para as funções de A em A determinadas, as respectivas
relações inversas; dessas, quais são funções de A em A?

Solução:
a) Lembre que qualquer relação de A em A é um subconjunto do produto
cartesiano A x A. O número de elementos de A « A ê na*A = 4. e o
número de seus subconjuntos ê 2” = 16. Então, o número de relações de
A em A é 15.
b) Das 16 relações de A em A, são funções de A em A;

175
fi ={(0; 0). (1; 1)}
Í2 = {(0, 1). (1; 0)}
fs = {(0; 0). (1.0)}
U = {(0; 1). (1; 1)}
C) f, ={(0; 0), (1. 1)}
h = {(1;O), (0: 1)}
f3"’ = {(0: 0), (0:1)}
fr’ = «i: 0), (1; 1)}
São funções de A em A: fi ef2

Exercícios Propostos

5.52) Sejam os conjuntos A = {-1; 0; 1; 2} e B = {-2; -1; 0; 1; 2; 4; 6}


Das relações de A em B, abaixo, quais são funções de A em B?
a) b) c)

-2 -2 -2
-1 -1 -1
0 0 0 0 0 0
1 1 1
1 2 1 * 2 1 2
2 t-> 4 2 4 2 4
6 6 6
Ã] B A B A B

5.53) Sejam os conjuntos A = {-2; -1; 0; 1; 2} e B = {0; 1; 4; 6}. Considere a


função g, de A em B:
g = {(-2; 4), (-1.1), (0; 0). (1; 1). (2; 4)}
Determine:
a) D(g) d) g(1)
b) Kg) e) x, se g(x) = 4
c) g(2) f) x, se g(x) = x

5 54) Sejam os conjuntos A = {1; 2; 3} e B = {a; b}. Dar, através de diagramas de


flechas, todas as funções de A em B.

5 55) A função f é de A em B. Sabe-se que a e A e b e B. Dizer qual afirmação


abaixo é verdadeira e qual é falsa.
a) f(a) = b d) f(a) e l(f)
b) b e I(f) e) f(a) e B
c) I(0c B

5.56) ÍK é uma relação reflexiva, de A em A. 'Jl é uma função de A em A?

Mais sobre notação


Para se indicar que f é uma função de A em B usam-se as notações:
f: A B ou A ——> B

176
Há, no entanto, outras maneiras de se representar uma função.
Sejam, por exemplo, os conjuntos A = {0; 1; 2}, B - {-1; 0; 1; 2} e a função f
de A em B:
f - {(*; y) £ A x B | y = x - 1}
A função f representada anteriormente estã conhecida de uma forma correta
e plena; sobre ela temos todas as informações necessárias para sua definição:
domínio, contradomínio e a sentença que associa a cada elemento do domínio um
único elemento no contradomínio.
Na prática, entretanto, as notações utilizadas são simplificadas, cometendo-
se mesmo certo abuso de linguagem Assim, a mesma função f definida acima
pode receber as notações:
f: x —> f(x) - x - 1. x e A
x-*x-1,xeA
x-»y=x-1,xEA
f(x) = x -1, x e A
y= x-1
Observe que nas notações acima □ contradomínio de f foi omitido e. na
última, não figura sequer o domínio. Simplificações como estas são admissíveis se
não houver possibilidade de dúvida.

Funções Iguais

As funções: f: A —> B
g: C -> D
são iguais se, e somente se, A = C, 3 - De f(x) = gÇx) para todo x em A.

Exemplo
Sejam os conjuntos A - {-1; 0; 1}, B = {0; 1; 2; 3; 4} e as funções de A em B
definidas pelas sentenças:
f(x) = x + 2
x?-4
g(x) =
x-2
As funções f e g são iguais, pois f(—1) = g(-1) = 1, f(0) = g{0) = 2 e
f(D = g(i) = 3

Exercícios Resolvidos

5.57) Seja o conjunto A = (xeZ| -1 í x £ 3}, Considere a função f. de A em Z,


definida pela sentença: f(x) = x + 1.
a) Determine f(-1), f(0) e f(5)
b) Dê a função f por enumeração de seus elementos,
c) Dê a função f através de um diagrama de flechas.
d) Determine l(f).
e) Determine x, x e A, tal que f(x) = 3.
f) Desenhe o gráfico de f.

177
Solução:
a) Na sentença f(x) = x + 1, para se obter f(-l) substituímos x por -1:
f(-1) = -1 + 1 =0; analogamente, substituindo x por zero: f(0) =0 + 1 = 1
Não existe f(5), pois 5 e A.
b) f(—1) = 0, então (-1; 0) e f
f(0) = 1, então (0. 1) ef
f( 1) = 2, então (1; 2) e f
f(2) = 3. então (2; 3) e f
f(3) = 4, então (3; 4) € f
Dai, f= {(-1:0), (0; 1), (1; 2), (2; 3), (3; 4)}

C)

-1 —► 0
1(0
0 r—► 1
1 —► 2
2 —► 3
k 3 —>
Ã] Z
d) l(f) = {0; 1; 2; 3; 4}
e) A equação proposta pergunta para qual valor de x, x e A, cuja imagem é
igual a 3; uma simples leitura nos dá x = 2.
f)
|y
4 ..... .
3 .....
2 -■?
1 ;
X
-1 1 2 3

5 58) Seja a função f, de R em R, definida pela sentença:


x, se x e Q
f(x) =
72, se xeCs

Determine:
a) f(2)

c) f(V2)
d) f(n)
e) f(0,333...)

Solução:
178
A sentença que define f afirma que todo número racional x tem para imagem
□ próprio x, f(x) = x, e que todo número irracional x tem para imagem 75 ,
f(x) = 72 .
Então:
a) 2 e t}, então f (2) = 2
J r1 I 1
b)' 7■ e Q, então fl - = —
2 (2,l 2
c) 75 ê irracional, então f( 75 ) = 75
d) n é irracional, então f(n) = 75
. _ 1 , . .
e) 0.333. . = — é racional, então f(0,33 .) = 0,33...
3

5x -4
5 59) Seja a função f de K em R definida pela sentença: f(x) =—, Qual é o

elemento do domínio de f que tem o número 8 como imagem?

Solução:

Procuramos x, x <= K, tal que sua imagem seja 8. isto é:


f(x) = 8.
Devemos então resolvera equação:
5x-4
=a
2
e dai x = 4.

5.60) As funções:
f; R R, f(x) = x + 2
x*-4
g: R - [2} ■-> R, g(x) =
x-2
são iguais?

Solução:
Não, pois D(f) * D(g).

Exercícios Propostos

5 61) Sejam o conjunto E = {x e Z | — 1 < x í 2} e a função f. de E em e Z,


definida por
-1. se-1 < x £ü
f(x) =
x, se 0 < x < 2
a) Determine f enumerando os seus elementos
b) Determine o conjunto-imagem de f.

179
c) Resolva a equação f(x) = x.
d) Faça o gráfico de f.

5.62) Seja a função f, de A {0; 1; 2} em R, definida pela sentença f(x) = x(x- 1)


(x - 2) Determine l(f)

5.63) Seja a função f. de Z em Z, definida por

1, se x é par
f(x) =
0, se x ê Impar
a) f(0)
b) f(1)
c) f(-1)
d) f(2)

5 64) Seja a função f, de R em R, definida por:


f(x) = x2 + x + 2.
Qual é o elemento do domínio de f que tem imagem igual a 2?

5 65) Sejam os conjuntos A = {1; 2; 3) e B = (0; 1; 2; 3). As funções f e g. de A em


B, definidas por;
'{*)- x
x2
g(x)=-
x
são iguais?

5 66) As funções f e g definidas por:


f: R —» R. f(x) = x

g:R’ ->R. f(x) = —


x
sâo iguais?

180
Capítulo

6 Função real de variável real

6.1 - FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL - GENERALIDADES

O Conceito

Uma função f diz-se função real de variável real se D(f) <z S. e CD(f) <_

Exemplo

A função f, de R em R, definida pela sentença aberta-


f(x) = x2
é a função real de variável real.
Observe que a imagem de qualquer elemento x do domínio R é obtida
elevando-se ao quadrado o número x. Por exemplo, se quisermos a imagem do
número 2:
f(2) = 22 = 4
De uma outra forma, para obtermos a imagem do número 2, f(2), na sentença
(fórmula): f(x) = x2, substituímos a letra x pelo número 2 e efetuamos as operações
indicadas.

Domínio e Contradominio
Vimos que, para se definir uma função f, necessitamos de dois conjuntos: o
seu dominio, o seu contradominio e, ainda, da sentença aberta (uma "fórmula",
uma ' lei") que descreve como se "associa” a cada elemento do dominio de f um
único elemento no contradominio de f.
Na prática, entretanto, tratando-se de função real de variável real, é comum
omitir-se o dominio e o contradominio, dando-se somente a sentença aberta
("fórmula”) que estabelece a correspondência entre x e f(x).
Quando isto acontecer, está convencionado o seguinte:
1o) O contradominio da função f é CD(f) = R.
2°) O dominio da função f, D(f), é o subconjunto de R, constituído por todos
os valores de x para os quais as operações indicadas na "fórmula" são
possíveis, gerando como resultado das operações um número real.

Exemplos
a) A função f definida pela sentença aberta:
f(x) = -1

181
tem para domínio o subconjunlo de R conslituído por todos os valores de
x para os quais x - 1 à 0, isto é, x i 1. Então:
D(f) (1. +«[e, CD(f) = R
b) Para a função definida por

f<*)-----
x -1
o domínio è constituído petos números reais x tais que x - 1 * 0. isto é
□ (f) = R-{1}e, CDff) = R

exercícios Resolvidos

6 1) Determine o domínio de cada uma das funções definidas pelas sentenças


abertas:
a) f(x) = x2- 1 c) f(x) = Vx’-1
1 1
t) f(x) = d) f(x) =
x2 -1 Jx2~1
Solução:
a) Para fodo x real as operações indicadas na "fórmula" são possíveis e
geram como resultado um número real: dai.
D[f) - R
b) Para que as operações indicadas na "fórmula" sejam possíveis deve-se
ler x2 - 1 * 0. isto é, x * 1 e x * -1:
D(f) = R - {■• 1; 1}
c) Para que as operações indicadas na "fórmula" sejam possíveis e para
que o resultado seja um número real deve-se ter
xa- 1 > 0
edaix í -1 oux i 1, então:
D(0 = J-oo;-1]^f1; + =o(
d) Deve-se ter: x.22 - 1 > 0 e daf:
D(f) = ]-*>; -1[ ^]1; + »[

6.2) Para a função f. definida por:

f(x) =
x-2
determine:
a) D(f)
b) KO
c) CD(f)

182
Solução:
a) Devemos ter:
(I) -(x2 - 4)2 > 0 e dal (x2 - 4)2 á 0 => x2 - 4 = 0 => (x = 2 ou x = -2)
(II) x-2 *0e daí x * 2
Para que as operações indicadas na “fórmula" sejam possíveis, o real x
deve satisfazer ã condição (I) e também á condição (II). isto ê, x deve
pertencer a (l)m (II). então
D(f) = {-2}
b) O único elemento de D(f) é —2; para se obter sua imagem, em f(x),
substituímos x por —2; daí f(—2) = 0:
l(f) = {0}
c) Por convenção
CD(f) = X

6.3) Dê o domínio da função definida por:


f(x) = 7x - 2-t-x/4 - x
Solução:
Devemos ter:
(I) x-2 > 0 e daí x > 2 X * {l)o (II)
2sxs4
(II) 4 - x > 0 e daí x £ 4
D(f) = (2; 4]

Exercícios Propostos

6.4) Determine o domínio de cada uma das funções definidas abaixo:


a) f(x) = x2 —3x + 2 c) f(x) = \/x2-3x + 2

b) f(x) =
——1----- - d) f(x)
d) f(x) =
= . 1 -
x-3x+2 vx2-3x + 2

6.5) Determine o domínio de cada uma das funções definidas pelas sentenças
abertas:

a) f(x) = c) f(x) = Vx^2.


x-2 Vx 2
b) f(x) = 7(x + 2)(x-2) d) f(x) = Jx~ 2 x-2

6.6) Determine os domínios das funções definidas por:


a) f(x) = v4 - x2 + -i-
vx
b) f(x) = x - 1 + 2V1-X + Vx2 +1
-1
C) f(x) = (x2 + x + 1)2

183
67) Determine os domimos das funções definidas por:
a) f(x) = c) f(x) = Vx1

b) f{x) = Vx d) f(x) = -Ax

6 6) Determine o dominio de cada uma das funções definidas pelas sentenças


abertas.
a) f(x) = V1 -I * I
1
b) f{x) = -7 -
VI * I - x
i
c) f(x) =
7í*i + *
,9) Para a função f definida por
f{X)=_L-7-{x2-iy
x+1
determine
a) D(f) b) l(f) c) CD(f)

6 10) Determine o domínio da função f definida por:


f{x) = -7-ax „ a 6 R,

6.11) O domínio da função real de variável real definida por:


f(x) = V-x + m
è D(f) =]-30.3].
Determine m

Gráfico de uma Função Real de Variável Real


Para se representar graficamente uma função real de variável real;
f: A —> B
procede-se de fonma análoga à representação gráfica de uma relação de A em B,
Então, fixa-se no plano um sistema de coordenadas ortogonais xOy; o
conjunto G de todos ps pontos (x; f(x)), com x em A, é □ gráfico de f.
____
G

f(x) T(x;f(x))

x X

(0
184
Observe o seguinte:
1o) Toda reta (r), vertical, que passa por um ponto de A = D(f) corta o gráfico
G em um só ponto.
Temos ai um critério para verificarmos através do gráfico se uma relação
de A em B é uma função de A em 8. basta verificarmos "se uma reta
vertical (r), conduzida pelos pontos de A, encontra o gráfico de f e o
encontra em um único ponto’.
2o) Quando se conhece o gráfico G de uma função f, o seu domínio pode ser
obtido projetando-se G sobre Ox, na direção Oy, o conjunto-imagem de f
pode ser obtido projetando-se G sobre Oy, na direção Ox:
+y
G

1(0

x
D(f)

Exercícios Resolvidos

6.12) Entre as relações f. de A = [1; 3] em S, representadas pelos gráficos abaixo,


qual é função de A em x?
a) c)
-y +y

1 3 x 1 3 x

b)
4-y

1 3 3 x
2

185
Solução;
a} É. pois toda reta vertical conduzida pelos pontos de A encontra sempre o
gráfico de f em um único ponto.
3
b) Não é, pois as retas verticais conduzidas por pontos de A, com 1 £ x £ -
2
não encontram o gráfico de f
c) Não é, pois há retas verticais conduzidas por pontos de A que encontram
o gráfico de í em mais do que um ponto

6 13) Seja a função f definida pelo gráfico abaixo*


-y
2

2 3
-1 x

-1 ■
_3
2
Determine:
a) D(f) c) x tal que f(x) = 0
b) W d) x tal que f{x) > 0

Solução:
a) Para determinarmos domínio de f projetamos o gráfico de f sobre Ox,
na direção Oy Então:
D(fJ = [-1; 3]
b) Para determinarmos o conjunto-imagem de í projetamos o gráfico de f
sobre Oy. na direção Ox. Então:
1(0= -|;1

c) Queremos determinar x, x: e D(f), tal que sua imagem seja zero;


devemos procurar os pontos onde o gráfico "encontra1' o eixo Ox a
abscissa x desse ponto é tal que a imagem de x é zero, isto é, f(x) = 0.
Em nosso exemplo, encontramos x = t.
d) Queremos determinar x, x e D(f), tal que sua imagem seja positiva',
devemos procurar os pontos para os quais o gráfico ‘ está acima11 da eixo
Ox: as abscissas x desses pontos são tais que f(x) > 0.

Em nosso exemplo, -1 < x < 1 responde ã questão proposta

186
Resumo:
y "acima de Qx'
x [ f(x) < 0

------- ►
X
'abaixo de /
Ox" / X I f(x) > 0
x | f(x) = 0

Exercícios Propostos

6.14) Seja A = [-1; 2]. Quais das relações de A em ?, representadas abaixo, são
funções de A em R?
a) b)
xy |y

j\ *
-1 2 x -1 2 X

c) d)
xy
xy

-1 ■>

■>

x
l X

6 15) Seja a função f definida pelo gráfico abaixo:


xy
2

-2 A 2 3
->

-.J
X

-3 Aí» ■

187
Determine:
a) D(f)e l(f)
b) f<—2), f(0), f(1), f(2) e f(3)
c) x tal que f(x) = 0
d) x tal que f(x) > 0

6.2 —ALGUMAS FUNÇÕES USUAIS

Função Constante

É a função de R em R, que associa a todo x real sempre um mesmo número


c, c e R; então, a sentença aberta que a define é:
f(x) = c
Seu conjunto-imagem é l(f) = {c}
O gráfico da função constante è uma reta paralela ao eixo Ox que passa
pelo ponto (0, c)
y
t(0;c)
♦>X

Seja a função de R em R, definida por f(x) = -2.


Seu conjunto-imagem é l(f) = {-2}
X y
4-y -2 -2
1 > -2
-2 -1 1 2 -1 -2
0 *x 0 -2
-1 1 -2
-2 2 -2
-2 R R

Função Identidade

É a função de R em R, que associa a cada x real o próprio x: então, a


sentença aberta que a define é:
f(x) = x |

Seu conjunto-imagem é l(f) = R.

188
O gráfico da função identidade é a reta que contém as bissetnzes dos
quadrantes impares
fy
2 x
—2 ■>
-2 y
-1 * -1 1 -2 -2
0
■>

0 -2 -1 -1 -1
1 ■>

1 1 2 x 0 0
> 1 1
2 2 -1
2 2
R R -2

Função Polinômio do 1o Grau


É a função de R em R, que associa a cada x real o número real ax + b. com
a * 0. então, a sentença aberta que a define é:
f(x) = ax+b, a^O

Se b = 0, isto é, f(x) = ax, a função diz-se linear.


O gráfico da função polinômio do 1o grau é uma reta (r) (a demonstração
encontra-se no curso de Geometria Analítica desta coleção):
(r)
x
(0; b) X
o b

X b
0
a

O conjunto-imagem da função polinômio do 1° grau é i(f) = X (projeção da


reta (r) sobre o eixo Oy).
A sentença aberta f(x) = ax + b, que define a função, denomina-se equação
da reta (r); nela, o coeficiente a denomina-se coeficiente angular de (r). e b.
coeficiente linear de (r). Note que o coeficiente linear de (r) é a ordenada do ponto
onde (r) encontra o eixo Oy.
Exemplos
a) Na função f. definida por f(x) = —2x + 1 tem-se a = —2 e b = 1.
.. y
\(0; D
l(f) = IR

(y;Q)
'X----------------
x
(r)

O coeficiente angular de (r) é a = -2; seu coeficiente linear é b = 1.


189
b) Seja a função f, itnear, definida por f(x) = 3x; o coeficiente angular da reta
(r)é a = 3 e o seu coeficiente linear é b = 0:
.> y
/l; 3}
3-----
I(f) = IR

(D/ 1 X

Exercícios Resolvidos

6 16) Chama-se função sinal de x função f, de R em R, definida por:


-1. se x < 0
f(x) = 0, se x = 0
1, se x > 1

a) Determine f(0) e f(2)


b) Gráfico de f
c) Qual é o conjunto-imagem de f?

Solução:
Observe que todo real negativo tem imagem-1, que zero tem imagem zero
e que todo real positivo tem imagem 1. então:
a) f(-2) = —1, f(0) = 0 e f(2) = 1
b)
constante
y
se x > : f(x) = 1
> 1

x
f(0) = 0
--------------- c -1
se x : f(x) = -1
constante
c) É imediato que l(f) {-1; 0; 1}.

6.17) Seja a função f. de K em R, definida por:


2, se x >
f(x)-
-x + 2, se x < 0

a) Desenhe o gráfico de f.
b) Deduza l(fj

190
Solução:

a) O gráfico de f é constituído por duas semi-retas.


1“) se xiO f é representada pela reta paralela ao eixo Ox que passa
pelo ponto (0: 2)
2a) se x < 0 f é representada pela reta y = -x + 2.

V
■:

y = 2. representa
(0; 2) f se x =» 0
x y y = -x + 2
Õ 2 representa íse x <0
2 o
■xJ2: 0)
x

b) A projeção do gráfico sobre Oy nos dá l(f) = [2; [.

6.18) O gráfico da função polinômio do 1o grau, definida pela sentença aberta


y = f(x) = ax + b é a reta que passa pelos pontos (1; 2) e (-1; 3) Determine a
e b

Solução:

O ponto (1; 2) pertence à reta e, então, fazendo x = 1 e y - 2 a sentença


y = ax + b fica satisfeita.
2 = a + b (I)
Analogamente, como (-1; 3) pertence à reta:
3 = -a + b (It)
Resolvendo o sistema constituído pelas equações (I) e (11). obtemos:
5 eb = —
a=— 1
2 2
6 19) Uma função f tem domínio A = [—1; 2] e é definida pela sentença aberta
y = f{x) = 3x - 1. Faça o gráfico de f e deduza l(f).

Solução:
(r)
y —y = 3x - 1 X y
5

[W| 2 Is
L
| D (0 = A |
-1 $
"Tt 2 x

Ap.
191
O segmento AB é o gráfico de f.
O gráfico de f projetado sobre Oy nos dá’ I(f) = [—4: 5J.

6.20) Seja f: A B uma função real de variável real. Chama-se zero de f todo x,
xe A, tal que f(x) = 0 Determine o zero da função f. de R. em R, definida por
f(x) = ax + b, a * 0.

Solução:
Note que para uma função f, se x é um zero, a sua imagem é zero, isto é,
f(x) = 0 Para determinarmos o zero da função definida por f(x) = ax + b.
a *0, resolvemos a equação f(x) = 0
â * -b
f(x) = 0=?ax+b = 0 ->x = —.
a
.ntão, o zero da função polmômio do 1a grau definida por f(x) = ax + b é
-b . , . .( b) n
x = —. isto e. f — =0
a l aj

Exercícios Propostos

6 21) Para cada uma das funções definidas pelas sentenças abertas abaixo,
determine domínio, o conjunto-imagem e esboce o gráfico’
a) f(x) - -3
b) f(x) = 0
c) f(x) = -x
d) f(x) = 3x + 2

6 22) Detenmme o ponto comum dos gráficos das funções f e g definidas


respectivamenle por f(x) = 3x -1 e g(x) = 4x + 1

6 23) Seja a função f, de E em R, definidas por:


0, se x < -1
f(x) = 1, se -1 s x < Q
2, se x i 0
a) Determine f(-2), f(-1), f(0) e f(2).
b) Desenhe □ gráfico de f.
c) Dê I(f)

6 24) Uma função f, de R em 3, é definida por


-x + 1 se x <-1
f(x) = 2, se -1 < x < 1
x +1, se x > 1
a) Desenhe o gráfico de f.
b) Deduza I[f)

192
6.25) O gráfico de uma função polinómio do 1’grau. definida pela sentença aberta
y = f(x) = ax + b é a reta da figura Determine a e b
*y
(0; D
(2; O)
x

6 26) Seja f: A —> B uma função real de variável real Chama-se ponto fixo de f a
todo x, x e A, tal que f(x) = x. Discutir, segundo os valores de m, a
existência de ponto fixo para a função de R em £ definida por f(x) = mx + 1.

6.27) Uma funçáo f tem domínio A = [-2. 1] e é definida pela sentença aberta
y = f(x) = -x + 1 Faça □ gráfico de f e deduza l(f).

6.28) Sejam as funções de K em R, definidas por:


f(x) = 4x + 2
g{x) = 2x - 1
a) Resolva a equação f(x) - 2 g(x) = 0
b) Resolva a inequação f(x) > g(x)

6.3 — FUNÇÃO CRESCENTE E FUNÇÃO DECRESCENTE


Função Crescente
Consideremos a função polinómio do 1° grau definida pela sentença aberta
f(x) = 2x + 1
Observe na tabela ou no gráfico que "aumentando-se x', aumentam'' os
correspondentes valores de y:
y
5 ....
4
/
/
3

x y = fW 2 / :
-2 -3
-1 -1
x
1 2
0 1 - -1
1 3
-2
2 5
i -3

193
Uma função com tal comportamento diz-se crescente em IR. Observe que,
no exemplo, se atribuirmos a x dois valores reais distintos xi e x2 tais que Xi < x2,
obtém-se f(Xi > < f(x2)

Uma função f, real de variável real, diz-se crescente em I, 1 cz D(f), se e


somente se, para todo Xi, x2 e I, tem-se:
X1 < X2 => f(X)j f(X2)

Uma forma equivalente para se colocar a definição acima é:

Uma função f. real de variável real, diz-se crescente em 1, I c: D(f), se e


somente se, para todo xj, x2 6 I, xi * x2, tem-se:
f(x,)-f(xz)
>0
x,-x2

Função Decrescente
Analogamente, consideremos a função polinõmio do 1o grau definida pela
sentença aberta
f(x) = - x + 1
Observe agora, na tabela ou no gráfico, que, "aumentando-se” x, "diminuem"
os correspondentes valores de y:
y

-3

■ 2
X y = f(x)
-2 3
-1 2 1 2
0 1
-2 -1 x
1 0
2 -1 -1

Uma função com tal comportamento se diz decrescente em R: Observe no


exemplo que, se atribuirmos a x dois valores reais distintos x, e x2 tais que x, < x2,
obtém-se: f(xi) > f(x2).

Uma função f, real de variável real, diz-se decrescente em I, I c D(f), se, e


somente se. para todo xi, x2 e I, tem-se:
Xi < X2 ■=■ f(x)i > f(x2)

Uma forma equivalente para se colocar a definição acima é:

194
Uma função f, real de variável real, diz-se decrescente em I, I cz D(f), se e
somente se, para todo Xi, x? e I, x-i x2. tem-se:
f(xx)-f(x2) <0
x,-x.

Exercícios Resolvidos

6.29) Verifique que a função definida par f(x) = 3x + 1 ê crescente em

Solução:
Devemos calcular f(xt) —
f(x-] -f(xz) = (3xi + 1) - (3x2 + 1) = 3(xi — x2)
E. daí, para todo xi. x2 e R, xi < x21 pode-se concluir que:
f(x1)-f(xa) = 3(x1-xz)<0

pais
xi* Mí

f(xi)-f(x2) <0
f(Xl) < f(X2)
Então. Xi < x2 =• f{xi) < f(x2), para todo Xt, x2 e , e a função é crescente em
R

6.30) Seja a função polinõmio do 1° grau, f, definida por:


f(x) - ax * b. a * 0
Verifique que se a > 0. f é crescente em X.

Solução:
Calculemos f(x-i) - f(x2):
l(Xi) - f(xz) = (axi + b) -(ax2 + b) = a (xi - xz)
E, daí, para todo x,, xj a R, xi < xj?, pode-se concluir que:
f(x1)-f(x?)= a (x, -x2) < Q
pQlitiv© negalívQ.
POU

f(x,)-f(x2) <0
f(xi) < f(x3)
Então, xi < xz => f(x>) < f(Xí), para todo Xi. x2 e R, e a função è crescente em
Rquando a >0

195
6 31) Seja a função f. definida pela sentença aberta:
1
f(x)
X
a} Dê o domimo de f
b) Verifique que f é decrescente em R.*

Solução:
a) O domimo de f ê constituído por todos os valores reais de x tais que
x#0
D(f) = X"
b) Calculemos f(Xi)-f(xj);
1 xz -X,
f(x,)-f(xj = —
x3 x,xs

E, dai, para todo x1r xj e R.', Xi < xj. pode-se concluir que:
positivo, pois
*<< "i

f{x,)-f(x2)=^^l >0
X, xz
T T
positivos, pois Xi, x? e Rt*
f(x,) - f(xz) > 0
f(xi) > f(x2)
Então, Xi < Xz f(Xl) > f(xz), e a função f é decrescente em R«’.

Exercícios Propostos

6 32) Verifique que a função definida por f(x) = -2x + 6 é decrescente em R,

6.33) Seja a função pofinõmfO do 1°grâu, f. definida por:


f(x) = ax + b, a * 0
Verifique que se a < Ü. f ê decrescente em R.

6 34) Seja a função f definida pela sentença aberta:


f{x) = -
X
Verifique que f é crescente em !R_ .

6 35) Seja a função f definida pela sentença aberta:


f(x) = x2
Verifique que f ê crescente em IR..

196
6.36) Seja a função f definida pela sentença aberta:
f(x) = (m2 - 1 )x + 3, m e R.

a) Determine m para que f seja crescente em R.


b) Determine m para que f seja decrescente em R.

6.4- FUNÇÃO MÓDULO

Definição e Propriedades

É a função de R em R que associa a cada número real x o número |x|;


então, a sentença aberta que a define é:

| f(x) - | x|
O gráfico da função módulo é constituído pela união de duas semi-retas,
como mostra a figura:
X y = f(x)
-2 2
-1 1
0 0
1 1
2 2
f(x) = -x
se x < 0 .y
1(0 = R+
2 f(x) = X
se x > 0
:1

>
-2 -1 1 2 x x, se x > 0
Ix| =■
-x, se x « 0

Seu conjunto-imagem é l(f) = R».

Exercícios Resolvidos

6.37) Considere a função f definida por


1, se-2íxí-1
f(x) | x | se -1 < x £ 1
x -1, se x > 1

197
a) Esboce o gráfico de f.
b) Determine D(f) e |(f).
c) Resolva a equação f(x) = 1

Solução:
a) Observe que
1°) se—2 í x £—1, a reta y = 1, paralela ao eixo Ox, representa a função!;
2B) se —1 «xíl.fé representada pelo gráfico de y = |x|;
3°) se x> 1, f é representada pela reta de equação: y = x-1.

Então, o gráfico:
+y
y=M
y=1 se —1 < x < 1 x
se —2 < x < -1 “ x — 1
se x > 1 y =x —1
x x y
------------ 1—/
-2 / -í i 2 x 7 0
não há / 2 1
"rompimento’1

b) A projeção do gráfico de f sobre os eixos Ox e Oy nos dá


D(f) = [-2; + «[
l(f) = R»
c) Resolver a equaçao f(x) = 1 é determinar todo x, x £ D(f), tal que a
imagem seja igual a 1; do gráfico:
S={xeHp2íxí-1vx=1vx = 2}

6 38) Construa o gráfico da função f, definida por:


f(x) = |2x|

Solução:
A definição de tnádulo de um número real nos dá:
Se 2x £ 0. isto é.xèO: |2x| = 2x e f(x) = 2x
Se 2x £ O, isto é, x £ 0: |2x| = —2x e f(x) = —2x
Então,
,, x Í2x. se xüO
f(X) = <.'
[-2x. se xíO
O gráfico de f e a união de duas semi-relas, como mostra a figura:

198
f(x) = —2x
se x < 0 f(x) = 2x
se x > 0

-1 1 X

l(f) = R»
6.39) Construa □ gráfico da função f, definida por:
f(x) = |x+1|

Solução:
A definição de módulo de um número real nos dá:
Se x + 1 > 0, isto é, se x 2 -1: |x + 11 = x + 1 e f(x) = x + 1
Se x + 1 < 0, isto é, se x < -1: [x + 1| = -(x + 1) e f(x) = -x - 1
Então,
x-s-1, se x 2 -1
f(x) =
-x-1, se xí-1
O gráfico de f é a união de duas semi-retas como mostra a figura:

f(x) = -x - 1
se x < -1
\f(x) = x + 1
- 1 se x 2 -1

*x

;-1

l(f) = R+

6.40) Construa o gráfico da função f, definida por:


f(x) = |x| + 1
Solução:
A definição de módulo de um número real nos dá:
Se x > 0; |x| = x e f(x) = x + 1
Se xí 0; |x| = -x e f(x) = -x + 1
Então,

199
x + 1, se xaO
f(x) =
-x+1, se xsO
O gráfico de f é a união de duas semi-retas como mostra a figura

4*y

f(x) = —x + f(x) - X + 1
se x í 0 se x à 0

■>

yí-1 x

1(0 = (1; + »[
6 41) Seja a função í definida pela sentença aberta:

f(x) = lil
X

a) Determine f(-2) e f(2).


b) Determine D(f).
c) Construa o gráfico de f.

Solução:
1 ~2| _ -U_i
a) f(-2) =
-2 -2
f(2).LZl.2 = 1
2 2
b) Devemos ter x*0, isto é. D(f) = R>*.
c) A definição de módulo de um número real nos dá:

íX I X
Se x > D: | x | = x e f(x) =

I x I —X
Se x < 0: j x ] = -x

Então:
1, se x? 0
f(x) =
-1. se x >0
O gráfico de f é a união de duas semi-retas paralelas ao eixo Ox, como
mostra a figura:

200
y f(X) = 1
1 >— - se x > 0

X
-1
f(X) = -1 s
se x < 0
i(f) = [-1; 1[

6.42) Construa o gráfico da função f, definida por:


f(x) = |x + 1| + |x- 1|

Solução:
Inicialmente, determinamos os valores -1 e 1 onde os números x + 1 e x - 1
"mudam" de sinal; então a tabela:

x — 00 5 1 + CO

i
|x + 1I -X-1 0 X+ 1 2 x+ 1

I X- 1 ] -X+ 1 2

-x +1 0 X— 1

f(x) - 2x 2 2 2 2x

Na tabela, observe por exemplo que, se x < -1, então x + 1 < 0 e dai
|x + 1| = —x - 1, analogamente, se x > 1 então x - 1 > 0 e daí |x - 1| = x - 1; se
x = -1 tem-se |x + 1| = 0 e |x- 1| = 2.
Também, note que f(x) é a soma de |x + 1| com |x — 1|.
Então,

-2x, se x < -1
f(x) = 2, se-1íxí1
2x, se x > 1

O gráfico de f é a união de duas semi-retas mais um segmento de reta,


como mostra a figura.
ÀY f(x) = 2x
f(x) = -2x__r\ se x > 1
sex<-1 jç-

l\z7
\ f(x) = 2
se-1 í xs 1

■’/ 1 x
\
l(f) = [2; +«[
201
Exercícios Propostos

6 43) Verifique que a função definida por f(x) = |x| è crescente em 5. e decrescente
em R_.

6 44} A função definida por f(x) = |x| possui algum ponto fixo7 Qual ê o seu /ero7

6 45) Considere a função real de variável real definida por:


, í| x se x < 2 ou x > 3
f(x)=<
[2, se 2 < x < 3

a) Determine f(-2), f(2), f

b) Esboce o gráfico de f
c) Determine D(f) e l(f)
d) Determine x tal que f(x) = 2.

6.46) Construa o gráfico de cada uma das funções definidas abaixo:


a) f(x) = 2 )x|
b) t(x) = l3x|
c) f(x) = Ix - 2|
d) f(x) - jx| - 2
Diga, em cada caso, qual é o conjunto-imagem da função.

6 47) Construa o gráfico de cada uma das funções definidas abaixo:


. .. , lx|+x . . |x-1|
a) f(x) = :—I— c)c) f(x)='
f(x) = -------- 1-x
2 x~1
b) f(x) = Lll + 1
X
Dê, em cada caso, o domínio e o conjunto-imagem da função.

6.40) Uma função f, de domínio A = [-2; 2), é definida pelo gráfico abaixo:
..y
2

-2
/N -1
1 2
X

-2
a) Determine 1(0
b) Desenhe o gráfico de uma função g, de domínio A, definida por:
g(x) = |f(x)|+f(x)

202
c) Determine l(g).
d) Resolva a equação f(x) = g(x).

6.49) Considere a função f, de R em R, definida por:


f(x) = |x- 1| + |x-4|
a) Desenhe o gráfico de f.
b) Determine i(f).

6.50) Seja a função f, real de variável real, definida por;


f(x) = -1 + |x + 1| —2 |x| + |x — 1|
a) Construa o gráfico de f.
b) Dê l(f).

6.51) Para os números reais aeb, aíb, definem-se:


mãx (a; b) = b
min (a, b) = a
Assim, por exemplo, máx (2; 3) = 3, máx (2; 2) = min (2; 2) = 2. min (2; 3) = 2.
Desenhe o gráfico da função f, de R em R, definida por
f(x) = máx. (2; |x|)
Qual é o conjunto-imagem de f?

6.5 - TRANSFORMAÇÕES NO GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO


Certas transformações (translações, reflexões,...) podem ser feitas sobre o
gráfico de uma função, possibilitando a sua construção com alguma facilidade.
Vamos examinar as transformações mais importantes.
Seja, então, a função definida pela sentença aberta y = f(x) e seja o número
real k, positivo.

I. O gráfico da função definida por y = f(x) + k pode ser obtido do gráfico da


função definida por y = f(x), fazendo este sofrer uma translação de k unidades, na
direção Oy, 'para cima".

y = f(x) + k

y = f(x)
■>

x
O gráfico da função definida por y = f(x) - k pode ser obtido do gráfico da
função definida por y = f(x), fazendo este sofrer uma translação de k unidades, na
direção Oy, "para baixo".

203
Ày
y = f(x)

y = f(x) - k

Exemplos
f(x) = I X I + 1
+y
4 f(x) = I X I

>-
X

O gráfico da função f(x) = |x| sofreu uma translação "para cima",


obtendo-se o gráfico da função f(x) = |x| + 1.
f(x) = | X I
*y

zí''l/íx) = | x | - 1
/ X

-1
O gráfico da função f(x) = |x| sofreu uma translação "para baixo",
obtendo-se o gráfico da função f(x) = |x| - 1.

II O gráfico da função definida por y = f(x + k) pode ser obtido do gráfico da


função definida por y = f(x), fazendo este sofrer uma translação de k unidades, na
direção Ox, "para a esquerda".

•y

y = f(x + k) k
y = f(x)
k
x
O gráfico da função definida por y = f(x - k) pode ser obtido do gráfico da
função definida por y = f(x), fazendo este sofrer uma translação de k unidades, na
direção Ox, "para a direita".

204
•y
k
y = f(x - k)
y = f(x)

Exemplas

•y f(x) = ix + 1 I

<■ f(x) = I X I
—X.
-1 X

O gráfico da função f(x) = |x| sofreu uma translaçao “para a esquerda",


obtendo-se o gráfico da função f(x) = |x + 1|.
"yf(x) = |x|

f(x) = I X - 1 I
1 X

O gráfico da função f(x) = |x| sofreu uma translaçao “para a direita”,


obtendo-se o gráfico da função f(x) = |x - 1|.

III. O gráfico da função definida por y = -f(x) pode ser obtido do gráfico da
função definida por y = f(x), fazendo este sofrer uma reflexão em relação ao eixo
Ox.
-y
y = f(x)
r./
v\ X

'-■iy = _f(X)

O gráfico da função definida por y = f(—x) pode ser obtido do gráfico da


função y = f(x), fazendo este sofrer uma reflexão em relação ao eixo Oy.

205
j.y

y = f(-x) y = f(x)

*-
X

Se conhecemos o gráfico da função definida por y = f(x) e quisermos o


gráfico da função definida por y = |f(x)| faz-se a “parte'' que está “abaixo'' do eixo
Ox do gráfico de y = f(x) sofrer uma reflexão em torno do eixo Ox.
y y

y = f(x) y = I f(x) 1
-------------------►
/ X X

Exemplos
Ay f(x) = | x |

í f ■*»

f(x) = - I x I
O gráfico da função f(x) = |x| sofreu uma "reflexão" em torno do eixo Ox,
obtendo-se o gráfico da função f(x) = - |x|.

x ê substituído por -x''\


y = f(-x) = —x + 1 Ay f(x) = x + 1
com x e [-1; 1] com x e [—1; 1]

-1 1 X

Para x e [-1; 1], o gráfico da função f(x) = x + 1 sofreu uma "reflexão” em


torno do eixo Oy, obtendo-se o gráfico da função f(x) = —x + 1 (esta se
obtém da primeira, substituindo-se x por-x).
|y
|y
f(x) = X
f(x) = I X I

X
X

A parte “abaixo” do eixo Ox “reflete" em torno do eixo Ox. y = f(x) => y = |f(x)|
206
Exercícios Resolvidos

6.52) Construa o gráfico da função definida por f(x) = |x - 1| + 1.

Solução:

•ky
transia çáo translaçáo
‘para a direita* 1 "para cima* 1
---------- -►x —'----- ►x
y=|x| y = | x -1 | y=|x- 1 | + 1

6.53) Seja a função f, de R em R, definida por:


-1 se x < 0
f(x) — 0, se x = 0
1, se x > 0

a) Determine o conjunto-imagem de f.
b) Desenhe o gráfico de f e deduza os gráficos das funções deJ..
y = f(x - 1) e y = f(x) + 1.

Solução:
a) Observe que todo real negativo tem imagem -1, zero tem imagem zero e
que todo real positivo tem imagem 1; dai l(f) = {-1; 0, 1}. (Veja o
exercício 6.16)
b)
f(x) = 1
4Y se x > 0 2^
/
f(0) = 0 1 ■ 1 >
-> >
x 1 X x
-1 —c
/ -1 y = f(x- 1)
y = f(x) y = f(x) + 1
f(x) = -1
se x < 0 O gráfico da y = f(x) des­ O gráfico de y - f(x)
locou-se para a direita* deslocou-se ‘para cima" de 1.
de 1.

Exercícios Propostos

6.54) Desenhe os gráficos das funções definidas abaixo:


a) f(x) = |x| i-2 c) f(x) = |x|-2
b) f(x) = |x + 2| d) f(x) = |x-2|

6 55) Desenhe os gráficos das funções definidas pelas sentenças abertas:


a) y = ||x - 2| - 1|

207
b) y = 1 — |x — 11
c) y = l-x-11 + 11

6 56) Seja a função f definida por:


Í1, se-1íxá0
f(x) =
x + 1, se 0 < x s1
a) Desenhe o gráfico de f
b) Deduza D(f) e l(f)
c) Desenhe os gráficos das funções definidas por
y = f(x) + 1; y = f(x-1); y = f(-x); y = 1 - f(x)

6.57) Considere a função f definida por:


[-1. se -1íx <0
f(x) |x, se 0 S x < 1

a) Desenhe o gráfico de f.
b) Determine: D(f) e l(f).
c) Desenhe o gráfico da função definida por: y = — f(x).
d) Resolva a equação: f(x) = x.
e) Resolva a inequação: f(x) < 1.
f) Desenhe o gráfico da função definida por: y = |f(x)|.
g) Resolva a equação: |f(x)| = 1.

6 58) Dada a função g definida por:


1, se x > 0
g(x) = 0, se x = 0
-1, se x < 0
Desenhe o gráfico da função f, definida por
f(x) = (x + 1)g(x-1)

6.59) Uma função f, de domínio E = [-1; 1] é definida pelo gráfico abaixo:


|y

-1
>
1 x

-1

Desenhe o gráfico da função definida por y = |f(-x)|.

208
6.6 - FUNÇÃO QUADRÁTICA

Definição

É a função de R em K. que associa a cada número real x □ número real:


ax,22 + bx + c, a =# 0, então. a sentença aberta que define é:

f(x) - a>:2 +bx-!-c. a*Q I


Exemplos
São quadráficas as funções definidas pelas sentenças abertas
a) f(x) = 2x2 - x + 2, onde a = 2,b = -1ec=2
b) f(x) = -x2 +■ 4, onde: a = -1,b = 0ec = 4
e) f(x) = x2 - 4x, onde a = 1, b = —4 e c = 0

Gráfico na Função Quadrática


Num sistema cartesiano ortogonal xOy, o gráfico da função quadrática é
uma parábola (a demonstração encontra-se no curso de Geometria Analítica desta
coleção).
A sentença aberta que define a função quadrática: y f(x) = ax.2 + bx + c
chama-se. então, equação da parábola (que é o gráfico da função).

Exemplos
Vamos esboçar, com auxilio de uma tabela, os gráficos das funções
quadráticas definidas pelas sentenças abertas abaixo;

a) f(x) = x2-2x-3

X y
-2 5
-1 0 3 4 X
0 -3
1
2 -3
3 0
4 5
í

209
b) f(x) = -xz - 2x
y

-3 4-2 /-1 •1 2 x
X y
-3 -3 4-2-
-2 0
-1 1 4-3
0 0
1 -3 (r)

c) f(x) = x2 - 2x + 1

“Y
(r)
/
4

3 í
X 2 2 í
x1 : >
-1 4
0 1 \VÃ
1 0 -1 y 2 3 x
2 1
3 4

d) f(x) = - x2 - 2x - 1
'Y

-2 -1 1 2
---- ;------ b- ►
^ÍT x
-2Í
x y -3
-2 -5
-1 -2
0 -1 -5
1 -2
2 -5 (r)

210
Exercícios Resolvidos

6.60) A função definida por f[x) = 2[(x + 1)2 + 4] ê da forma f(x) = ax2 + bx + c. isto
ê. ê quadrática Determine a. bec.

Solução:
Efetuando as operações indicadas, obtemos sucessiva mente
f(x) = 2(x2 + 2x + 1 + 4)
f(x) = 2x! + 4x + 10,
e dai. a = 2, b = 4 e c = 1 □.

6 61) Da função quadrática definida por f(x) = ax2 + bx + c sabe-se que f(0) = 0.
f(1) = 0 e f(2) = 2. Determine a, b e c.

Solução:

f(0) = 0 = c = 0
a+b = 0
f(1)-Q^>a + b + c = 0 =>a 1eb = -1
2a + b = 1
f(2)=2ü4at-2bTC =2
Então: a = 1, b -1 ec = 0

Exercícios Propostos

6.62) As funções abaixo sâo definidas por uma sentença aberta do tipo
f(x) = ax2 + bx + c. a x o. isto ê, sãc quadrafícas. Para cada uma delas,
determine a, b e c:
a) f(x) = -x - 1
b) f(x) = (x- 1),2S+ 1
c) f(x) = -2x (x + 3)
d) f(x) = x,22

6 63) O gráfico da função quadrática definida por: í(x) = ax2 +■ bx * c passa pelos
pontos (□; 1}, (1; -1) e (2; -5). Determine a, b e c.

6.64) Com auxilio de uma tabela, esboce os gráficos das funções definidas
abaixo
a) f(x) = 2x2
b) f(x) ~ -x2 +■ x
2
c) f(x) = -2(x - 3)'
d) f(x) = 2x2 + 1

Concavidade da Parábola
Um tratamento rigoroso de concavidade de uma curva foge dos objetivos
deste trabalho. Na parábola, a concavidade pode ser "voltada para cima", como
nos exemplos a e c, e "voltada para baixo’, como nos exemplos b e d O que
determina o ‘'sentido" dessa concavidade é o sinal do coeficiente de x2.

211
Seja a função quadrática definida por:
2
f(x) = ax + bx + c
Se a > 0. a concavidade da parábola está "voltada para cima".
Se a < 0 a concavidade da parábola está "voltada para baixo".
Ly ,y

X x

a > 0 a <0

Zeros da Função Quadrática


Sabemos que zero da função quadrática definida por.
f(x) = ax2 + bx + c
é todo valor de x para o qual f(x) = 0, isto é, todo x que tem imagem igual a zero.

f
♦ —» f(x) = 0
x

zero ou
raiz de f IR IR

No exemplo a a função quadrática possui dois zeros: —1 e 3.


No exemplo c a função quadrática possui um único zero: 1.
No exemplo d a função quadrática não possui zeros.
2 .
Os zeros da função quadrática definida por: f(x) = ax': + bx + c sao
determinados resolvendo-se a equação do 2o grau: ax':2 + bx + c = 0.
Então, sendo A = b2 - 4ac:

A > 0: a função quadrática possui dois zeros (distintos)


A = 0: a função quadrática possui um único zero
A < 0: a função quadrática não possui zeros (distintos)

Observe nos exemplos a e b que, se a função quadrática possui dois zeros


distintos, xi e Xz. o seu gráfico encontra o eixo Ox em dois pontos, cujas abscissas
são, respectivamente, Xi e xz:
A > 0 e a>0 A> 0 e a <0

\
4-y , y M

' X1 X2 x1/ x2
x x

212
Observe no exemplo c que a função quadrática possui um único zero xo A
parábola tem em comum com o eixo Ox um único ponto cuja abscissa é xo. Diz-se.
nesse caso, que a parábola langencia o eixo Ox.
A= 0 e a > 0 A=0 e a < 0
.y-l yf
xo
x x
X0

Observe no exemplo d que a função quadrática não possui zeros A


parábola não tem ponto comum com o eixo Ox
A < 0 e a >0 A <0 e a <0
y ■
|y

X
X

Exercícios Resolvidos

6.65) Determine m, m e R, para que o gráfico da função quadrática definida por:


f(x) = (m2 - 4)x2 + x + m
tenha a concavidade "voltada para cima’.

e dai: m<-2oum >2

6 66) Determine m, m e R, para que a função f. de R em R. definida por:


x -» 3x2 - 6x - m
possua dois zeros distintos.

Solução:
Para que a função f possua dois zeros distintos deve-se ter A > 0
A = (—6)2 — 4 3 (—m)
36 + 12 m > 0.
e daí a resposta: m > -3

213
6.67) Demonstre que se a função quadrãtica f(x) ~ ax2 + bx + c, asO, possui deis
zeros distintos, então a função quadrãtica f(x) = axz + bx + c + m (2ax + b)
também possui dois zeros distintos, qualquer que seja m

Solução:
Se a função f(x) = ax2 + bx + c, por hipótese, possui dois zeros distintos,
então.
b2 — 4ac >0 (í)
A sentença f(x) = ax +bx + c ♦ m (2ax + b) escreve-se:
o
f(x) = ax +• (b + 2am)x + c + mb
Então,
A = (b + 2am)2 - 4a(c + mb)
A = b2 + 4abm + 4a7m3 - 4ac — 4abm
a *= b3 - 4ac 4aím’
pasil.wo nâo-iiegabvn
por h.pctcafr t urtl
Llj quadrado

Dar, & > 0 e a tese está demonstrada

6 68) Verifique que se a* 1, a função:


f(x) = (a - 1 )xz + (a + 5)x - a
possui dois zeros distintos

Solução:
Se a # 1, a função é quadrãtica; devemos verificar que A > 0.
A = (a + 5)2 - 4(a - 1) — a
A = a2 + 10a + 25 — 4a + 4 — a
A = a2 + 5a + 29
Ora, A é um trinõmio do 2° grau, cujo discriminanfe é:
A,= 5Z—4 29 =-91
Como A» < 0, o trinõmio A = a + 5a + 29 tem, para todo a, o sinal do
coeficiente de a2, isto é, A > □ para todo a. Então, para todo a, a * 1, a
função possui dois zeros distintos

6 69) Dada a função f. de B em R, definida por:


f(x) = kx2 + x + 1
determine k para que f possua um único zero.

Solução;
Se k = 0. í ê função polinómio do Io grau e possui um único zero; -1
Se k * 0, f é função quadrãtica; então para que f possua um único zero
deve-se ter: 6 = 0
A = 1 — 4k = 0 => k = —
4
1
Dai. para que f possua um único zero deve-se ter k = 0 ou k = —
4
214
Exercícios Propostos

6.7Ü) Determine m para que o gráfico da função quadrática definida por:


f(x) = {16 -m2)x2 + 2x - 1
tenha a concavidade "voltada para baixo".

6 71) Determine, se existirem, os zeros das funções definidas por


a) f(x) = 2x.22—1 e) f(x) = x2 -4x + 3
b) f(x) = 4x.22 + x f) f(x) = x2~6x + 9
c) f(x) = x2 + 1 g) f(x) = -x2 - x - 1
d) f(x) = ~3x.2
6 72) Determine, se existirem, os pontos fixos das funções definidas por:
a) f(x) = x2 —5x + 5 c) f(x) = x2 + x + 1
b) f(x) = x2 - x + 1

6.73) Determine k para que a função quadrática definida por:


f(x) = x2 + kx + 1
admita pelo menos um zero.

6 74) Determine k para que a função quadrática:


f(x) = kx7 + 2x + 1
admita um único zero.

6.75) Determine k para que a função quadrática:


f(x) = x3 + 3kx + 9
nao admita zeros.

5.76) Discutir, segundo os valores de m, o número de pontos fixos da função de R


em R, definida por;
f(x) = mx2 + 1

6.77) Verifique que a função quadrática definida por:


. 2 2 1
f(x) =-X --X + -
a h b
possui pelo menos um zero se a e b são as medidas dos catetos de um
triângulo retângulo em que héa medida da altura relativa a hipotenusa

6.78) Sejam A = [1; 6]eas funções de A em R, f e g. definidas por:


f(x) = x2 - 4x - 5
f(x>]f(x)|

Resolva a equação: f(x) = g(x).

6.79) Seja a função real de variável real definida por:


a(x:-1) + bx
f(x) = ----- =------------- . a u
a(x2 -1)-bx
215
a) Verifique que, quaisquer que sejam a e b, existem dois valores x. com
sinais contrários, para os quais não existe f(x).
b) Resolva a equação: f(x) = 1.

Máximo e Mínimo

Seja f uma função real de variãvet real,


O número y«, y^ e l(f), diz-se valor máximo de f se e somente se:
S f(x)
para todo x e D(f)
O número ym. ym e l(f), diz-se valor minimo de f se e somente se:
y™ s f(x)
para todo x e D(f).

Teorema

Seja f uma função quadrática definida por:


f(x) = ax: + bx + c. a * 0.

-A -b
Quando a > 0, f admite um valor minimo ym = ■— em x = —
4a 2a
-A
Quando a < 0, I admite um valor máximo yM = em x =
4a

Demonstração

A sentença que define a função quadrática, escrita na forma canônica è:

f(x)= a
L
+-T-
2a,I
A
4a7
(I) (veja item 4 4)

Jbserve que, para todo x real:


2
_b_
2a
I
isto é, a expressão um quadrado perfeito, é sempre maior ou igual a

zero; o seu menor valor é zero que se dá em x =? —


2a

Observe também que o número —não depende de x: é constante.


4a

Então:
1°) Se a > 0 f(x) assumirá valor mínimo quando a diferença
r A b. =
I, b
—=■ assumir o seu menor valor, isto é, quando x=— E.
l ■ 2a J
l" 4a 2a
substituindo x por — em (t), obtém-se: y = —
2a 4a
216
2®) Se a < 0: ffx) assumirá valor máximo quando a diferença
2
_A_ -b
íx + — assumir o seu menor valor, isto, quando x = — . E,
L + 2a 4a: 2a

substituindo x por — em (I), obtém-se yM = ——


2a 4a
Nossa demonstração está completada
O valor máximo de f e o valor minimo de f denominam-se valores extremos
ou extremos de f.
Então, a função quadrática definida por
f(x) = ax5 + bx + c, a = 0

-b
assume um valor extremo em x = — .
2a
Esse valor ê minimo se a => 0 e é máximo se a < 0. Se yu ocorre. ym náo
ocorre e inversamente.

O valor extremo é dado por y^ = ——


4a

Exemplos

a) A função quadrática definida por;


f(x) = 5x2 - 50x + 39

, -b 5Ü -A —1 r _
admite um valor mínimo em x - — ---------- = -86
2a rv5ev-’«
2-5 4 5
b) A função quadrática definida por
f(xj = —4X2 * 40x-73

-40 -A ^1=27
admite um valor máximo em x — — = 5 e yM = —
2a 2 (-4) 4a 4(-4)

Vértice —Eixo de Simetria

Seja a função quadrática f, definida por:


f(x) = ax * b* *c, a #0
A
O gráfico da função f é uma parábola; o ponto ví-'È; denomina-se
! 2a' 4a
vértice da parábola
Ày

V
12a / j í-
A X
" 4? 2a * T 2a
1
i

217
A reta (r), vertical, que passa per V, é um eixo de simetria da parábola; isto
b u pertence á parábola, o ponto
significa que se o ponte A -2á’k:y

A' também pertence á parábola

Observações sobre a Gráfico da Função Quadrãtica


Seja a função quadrãtica, f, definida per:
f(x) = ax2 + bx + c, a* 0
Sempre que quisermos esboçar o gráfico de f devemos buscar as seguintes
informações:
1°) Concavidade: se a > 0 a concavidade está "voltada para cima'* e se
a « D a concavidade está “voltada para baixo".

2°) Eixo de simetria: é a reta (r) vertical, que passa pelo ponto í-Mo
< 2a )
gráfico ê simétrico em relaçao a (r).
2
3°) Zeros: resolvemos a equação ax + bx + c =
Se a > O: a parábola encontra o eixo Ox em dois pontos, (x»; 0) e (Xj; 0),
onde xj e xj são as raizes da equação.

Se A = 0 a parábola "tangencia" o eixo Ox no ponto ------ ;0 |; note que


2a )
b . .
- —é e a aunica
------ raizda
únicaraiz daequaçao.
equaçao.

Se A < 0. a parábola não tem ponto Comum com o eixo Ox.

-b.-ó
4o) Vértice: è o ponto que é 'máximo" se a < 0 e é “mínimo" se
2a' 4a
a > 0.

5’] O ponto (0. c) éo ponto de encontro da parábola com o eixo Oy.

Exemplos
a) Esboçar □ gráfico da função quadrãtica definida por. f(x) = x2 -3x + 2
Concavidade: a - 1 > 0; a concavidade está "voltada para cima".

Eixo de simetria: é a reta vertical que passa por:


2a 2 ) -4
Zeros: resolvendo x2 — 3x + 2 = 0, encontramos x-, - 1 e X; = 2; a
parábola encontra o eixo Ox nos pontos (1; 0) e (2; 0).
. —b 3 -A -1 ,/3 -11
2a 2 4a 4 12 4 )
A parábola encontra o eixo Oy no ponto (0; 2).
218
3
2

-í X

b) Esboçar o gráfico da função quadrãtica definida por: f(x) = —x2 + 2x — 1


Concavidade: a = —1 < 0; a concavidade está "voltada para baixo".

Eixo de simetria: é a reta vertical que passa por f^;0 = (1;0)


2a j
Zeros: resolvendo —xz + 2x — 1 =0, encontramos x = 1; a parábola
"tangencia” o eixo Ox no ponto (1; 0).
Vértice: — = 1 e —^ = 0 V(1; O)
e
2a 4a
A parábola encontra o eixo Oy no ponto (0; —1)

+y (r)
1
x

-1

2
c) Esboçar o gráfico da função quadrãtica definida por f(x) = x + 2x + 2
Concavidade: a = 1 > 0; a concavidade está "voltada para cima".

Eixo de simetria: é a reta vertical que passa por ' —'0 . = (-10) .
l2a“J '
,2
Zeros: a equação x + 2x + 2 = O possui A 0; função não apresenta
zeros e a parábola não encontra o eixo Ox.
-b = _< e = -<^>)
Vértice: = -1 e ---- = = 1_o V(—1,1)
2a 4a 4
A parábola encontra o eixo Oy no ponto (0; 2).

<r) j y /
2

t -1
1

219
Conjunto-lmagem
Seja f a função quadrática definida por
f(x) = ax2 + bx + c, a * 0
Para determinarmos l(f) há duas situações que devem ser consideradas:

1) a > 0 a concavidade da parábola está "voltada para cima"; a projeção do


gráfico sobre o eixo Oy nos dá:
i(f) = IyeK|y>-^l
l 4a J

**
'*
•*
X

s
1(0 x

A
4a

Note que a posição do eixo Ox é irrelevante.

2) a < 0 a concavidade da parábola está "voltada para baixo”; a projeção do


gráfico sobre o eixo Oy nos dár
f(f) = |y e IP. | y 5 ——
4a

y
__A.
4a

1(0

Exempios

a) Seja a função quadrática definida por f(x) = 2x2 — 3x + 1. A concavidade

da parábola está "voltada para cima" e

Então:
1(0 = jy eRIya-l 1
—; +co
8

220
b) Seja a função quadrática definida por f(x) = x2 - 1. A concavidade da

parábola está "voltada para baixo” e — - -1.


4a
Então:
l(f) = (y e H | y < -1} = ]-x; -1]

Um Resumo Gráfico

Para a função quadrática definida por:


f(x) = ax2 + bx + c, a « 0
podemos obter as situações seguintes para o gráfico e seu conjunto-imagem

A > 0; a > 0 A > 0; a < 0

+y _ A ty iv
4a
/ \
\
\_A í
\ 2aj _____ .*2
ÍX2 x I b x
I 2a ‘

ÍA,_A
V :: I 4a
A
i(f) = {y e IR | y > } K0 = {y e IR|y<-
4a }

A = 0; a > 0 A = 0; a < 0

-y - y

xo
— ■>

X0 j x v X

1(0 = {y e IR | y i 0} l(f) = {y e ir | y < 0}

221
A < 0; a > O A < 0; a < 0

y+

A ■

4a i b

rv
p-á-a-
X
__4_
X

4a
I

l(f) = {y e IR | y>
A I(f) = {ye IR|yS-^}
4a }

Exercícios Resolvidos

6.80) Seja a função quadrática, f, definida pon


f(x) = -x2 + mx + 1
Determine m para que f apresente um valor máximo igual a 5.

Solução:
Corno a = -1 < 0, efetivamente f admite um valor máximo. y«:
A -(nr^j^4)
- 5 =5 ms + 4 = 20 =■ m2 =16
— " 4a -4
E, então, m = 4 ou m =

6 81) Jma função quadrática ê definida por


f(x) = mx2 + 2x 4- 1. m x 0
Determine m para que ela admita um minimo em x = —1
Qual é esse valor mínimo?

Solução;
Para que a função admita um vaíor mínimo deve-se ter m > Q
(a concavidade da parábola deve estar "voltada para cima ").
Esse valor mmimo da-se em: x = ■— = =- .
2a 2m
Dai, -2m = -2 e então m = 1 (aceitável, pois m > O)

6.82) A soma de dois números reais positivos è 12. Qual é o maior valor que o
produto desses dois números pode assumir?

222
Solução:
Sejam x e 12 — x os números; se y é o produto deles:
y - x (12 - x)
y = -x2 + 12x
A sentença acima define uma função quadrática na qual a = -1 < 0: então,
ela apresenta um máximo;
-ã -144
y« - ~t~ —— = 36
4a
O máximo valor do produto y é yw = 36; ele se dã em:
x = ^=6.
2a

6.33) Seja o intercalo A - (-1; 3] e a função de A em 5 definida por


f(x) = xz - 4
Determine l(f)

Solução:
A sentença f(x) = x2 - 4 é a equação da parábola da figura abaixo; apenas
um “arco" dessa parábola é o gráfico da função dada: aquele para o qual
x e [-1; 3)
Observe que f(-1) - -3 e f(3} = 5.

,r
-y
5;;-
i ízLÜ2

2 ! ?
x

1
\! / 3

A projeção do gráfico da função sobre o eixo Oy nos dã l(f) - [—4: 5]

6.84) O gráfico da função quadrática definida pela fórmula


f(x) = ax2 + bx + c
.. y s

\
2
í
>
! x

223
2
é a parábola da figura acima Determine os sinais de a, b, c e A = b — 4ac

Solução;
A parábola tem a concavidade "voltada para cima1’, então a > 0.
O vértice da parábola é um ponto de IV quadrante, sua abscissa é positiva:

— >0 --b > 0 => b < 0


2a
O ponto (0. c) de encontro da parábola com o eixo Oy está abaixo'* da
origem: então c < 0.
A parábola encontra o eixo Ox em dois pontos, isto é, a função possui dois
zeros A = b2 - 4ac > 0

,2
6 95) A parábola de equação y = ax + bx + c passa pelo ponto (1, 6) e o seu
vértice é o ponto (—1; 2). Determine a, b e c.

Solução:
O ponto (1, S) pertence à parábola, então, sua equação fica satisfeita se
fizermos a substituição x = 1 e y = 6
a + b + c = 6 (I)
(b2 - 4ac)
V(-1.2) => = -1 e = 2. e daí;
4a
b = 2a (II)
-b2 + 4ac = 8a (III)
Substituindo (II) em (I), obtém-se:
3a + c = 6
e dai c = 6 - 3a (IV)
Substituindo (II) e (IV) em (III), obtemos:
-4a2 + 4a(6 - 3a) = 8a
-16a2 + 16a = O
ta - 0 (rejeitada pois a 0)
e dai -16a (a - 1) = 0 I..

Para a = 1, obtém-se em (II) e (IV): b = 2 e c = 3.

6.86) Desenhe o gráfico da função f definida por;


ffx) = |x2 — 4x + 3|

Solução:
Inicralmente desenhamos a parábola de equação: y = x2 - 4x + 3 e em
seguida, para obtermos o gráfico de í, fazemos a "parte" que está "abaixo”
do eixo Ox sofrer uma reflexão em torno do eixo Ox

224
>y
\

1-

-1-
W\/ \ : -Z 3 X
: y = x2 - 4x + 3

6 87) Desenhe o gráfico da função f definida por:


f(x) = (|x|-1)(x + 2)

Solução:
A definição de módulo de um número real nos dá:
Se x 2 0: |x| = x e f(x) = (x-1)(x + 2) = x2 + x- 2
Se x < 0: |x| = -x e f(x) = (-x - 1) (x + 2) = -x2- 3x - 2
Então.
x2 + x - 2, se x 2 0
f(x) =
-x2 - 3x - 2, se x < 0
Para obtermos o gráfico de f, desenhamos as parábolas de equações
y = x2 -+ x - 2 e y = -x2 - 3x - 2; da primeira tomamos o “arco” constituído
pelos pontos para os quais x 2 0, e da segunda, o “arco” constituído pelos
pontos para os quais xí 0:
->y
\
f(x) = X2 + x - 2
para x i 0
l(f) = IR

3 > : 1 1 X
2
f(x) = - x2 - 3x - 2
para x SO

/
/

:4 \

6,88) Desenhe o gráfico da função f definida por:


x4 -1
f(x) =
|x2-1|
Solução:
Observe que o domínio da função f é D(f) = R - {1; -1}
A definição de módulo de um número real nos dá:
Se x2 - 1 > 0, isto é, x < -1 ou x > 1, |x2 - 11 = x2 - 1 e
225
X4 -1 (X2 + 1)(x2
f(x) =
X2 - 1 X2 - 1
lkx=+1
Se x2 - 1 < 0, isto è, -1 < x < 1, |x2 - 11 = -(x2 - 1) e
X4 -1 (x2 +1)(x2 -1)
f(x)- = -<X2 + 1) = -X2 - 1
-(x2-1)~ -(x2-1)
Então.
x! + l, se x< -1 ou x > 1
f(x) =
-x2 -1, se -1 < x <1
O gráfico da funçáo f está na figura abaixo:

ty /k
2 ' f(x) = x? + 1
para x < -1 ou x > 1

! 1 l(G = ] -2; -1 ] U ] 2; + x [
-ií 1
X

-1
f(x) = _ x2 - 1
para -1 < x < 1
ti.
/
-2 \
/

Exercícios Propostos

6 89) Para cada uma das funções definidas abaixo, determine os valores
extremos:
a) ffx) = 3x2 — 12x + 8 d) f(x) = 2x2 + 1
b) ffx) = 2x2 + 8x - 3 e) ffx) = -x2
c) f<xj = 2x2 + 2üx + 17

6.00) Seja a função quadrática definida por:


f(x) = x2 + 2x + m
Determine m para que a função admita um valor mínimo igual a 3

6.91) Seja a função quadrática definida por:


f(x) = mx2 + 2x + 1, m * 0
Determine m para que a função admita um valor máximo em x = 1.

6 92) Seja a função f. quadrática, definida peia sentença;


f(x) = {m- 1)x2 + (ma-1)x + 2
Determine m para que f admita um valor máximo igual a f(-2).

226
6 93) A parábola de equaçao y = ax3 + bx + c passa pelos pontos (2; 3) e (-1; 6).
O seu vértice tem abscíssa x = 1. Determine a, bec.

6.94) Q gráfico de y = x2 + bx + c tem um “minimo" no ponto (1; 2). Determine b e


c.

6 95) Ache a interseção das parábolas de equações:


y = x2 + x— 2
y = -x2 + 3x + 2

6 96) A soma de dois números reais positivos é A. Quai é o maior valor que o
produto desses dois números pode assumir?

6 97) A soma de dois números reais é Ê. Determine-os sabendo-se que a soma de


seus cubos é mínima.

6 90) De todos os retângulos de mesmo perimetro, o quadrado é aquele que


possui maior área Demonstrei

6.99) Uma fábrica de televisores determina que se devem produzir x unidades em


uma semana. O custo dessa produção (em reais) ê dado poc
C(x) = Bx3 + 1100x + 1000
O dinheiro recebido na venda das x unidades (em reais) é dado por;
M(x) = 3x2 + 1700x
Quantos televisores devem ser fabricados, em uma semana, para que o
lucro seja máximo?

6.100) Seja a equação do 2ograu:


x3-rnx + m- 2 = 0
Determine m para que a soma dos quadrados de suss raízes seja mínima.

6 101} Esboçar os gráficos das funções quadrãticas definidas por:


a) f(x) - -x* -1
b) f(x) - 2xa - 3x + 1
c) f(x) = -x2 + 6x - 9
d) f(x) - 3xa + x 1- 1

6 102) Desenhe o gráfico da função definida por:


f(x) = xí-]x|-2

6,1Ü3) Desenhe o gráfico da função definida por:


f(x) - x3 - |x - 2f + 3

6 104) Desenhe o gráfico da função definida por:


f{x) = [4x2-1| - 3x

6 105) Desenhe o gráfico da função definida por:


f(x) = jx2- 1[ + x
227
Deduza o número de soluções da equaçao |x2 — 1| + x + k - 0, segundo os
valores de k.

6.105) Desenhe o gráfico da função;


f(x) = x + x 7(x-1)2

6.107) Desenhe o gráfico da função:


f(x) = ^{x2-1 - |x2 - 1|}

6 108) O gráfico da função quadrática definida por:


f(x) = ax2 - bx + c
é a parábola da figura ao lado. Dar os sinais de a, b, c, b3 - 4ac, a - b + c,
a + b + c, a - 2b * 4c.

—►
2 x
2

6 109) Seja A = (-1; 1] e considere a função de A em R definida por


f(x) - -x2 + 4. Esboce o gráfico da função e determine o seu conjunto-
imagem.

6 110) Dê o oonjunto-imagenn de cada uma das funções definidas abaixo:


a) f(x) = 1 x2 + x - 2 d) f(x) = x2 + x

b) f(x) = -x2 + 2x - 1 e) f(x) = 2X2 + 8


c) f(x) = -3x2 + X +2 f) f(x) = -x,22

6.111) Seja a função quadrática definida por:


f{x) = -X2 + x + 4m
Determine m para que i(f) = (y e R |yá 2).

6.112) Ao lado estão os gráficos das funções definidas pelas sentenças abertas;
(1) y = ax2 + 2bx + c
(2) y = íx2 + 2mx + m

228
Dar os sinais de:
a) a
b) C
9
c) b - ac
d) m2 - í'n
2
e) íb - 2mab + na'
- ■

My
(1)

■>

(2)

6.113) Determine m para que o domínio da função definida por.

f(x) = (x2 + mx + 1)2

seja R.

6.7 - POSIÇÃO DE UM NÚMERO EM RELAÇÃO ÀS RAÍZES DE UMA EQUAÇÃO


DO 2° GRAU
Seja a função quadrática f, definida por;
f(x) = ax2 + bx + c, a # 0,
e consideremos a equação do 2° grau ax2 + bx + c = 0, associada à função f.
Sejam Xi e x2, Xi í x2, as raizes dessa equação; note que x, e x2 são os
zeros de f.

Problema
Dado um número real « queremos verificar se:
1°) a < xi £ x2, isto é, se a está “à esquerda" de xf
(i. x, x2 a x,= x2
>

ou 2o) Xi < a < x2, isto é, se a está “entre" as raizes:


x1 a x2
4-

229
ou 3o) X) s x2 < a, isto é, se a está "à direita" de x?:
X, x2 o
o.

A solução do problema baseia-se nos dois teoremas que seguem

Teorema

Se a f(a) 0. então f admite dois zeros distintos, Xi < X2, e x-. ri < Xj.

Demonstração

Se fosse A £ 0 feriamos f(ce) = 0 ou f(ct) com mesmo sinal de a, isto é,


af(a} <S0, o que contraria a hipótese af(a) < 0; então i > 0 e I admite dois zeros X1
e xj, distintos Admitamos Xi < x2.
Se a estivesse "â esquerda" de Xi ou "à direita" de Xj, f(ct) teria o mesmo
sinal de a, isto é, af(ct) > 0. e também, se a fosse um zero de f leriamos af(a) = 0.
Ora. as situações acima contrariam a hipótese feita e devem ser rejeitadas Então,
por exclusão, temos
X1 < a < x2
Veja as ilustrações:

X, Q X2 /
X, a
Ha)\*7 X
X
f(a}

a > 0 a < 0
af(ct) < 0 af(a) < 0
f(Q)<0

Teorema

Se af{a) > Oe Aí 0, então f admite os zeros xi e x?. X1 £ x2, a. Kl £ X2 ou


Xi £ x2 < a.

Demonstração

Supondo A > 0, não podemos ter Xi £ 0. s x2. pois viría af[<z) £ 0, o que
contradiz a hipótese af(ct) > 0,
Supondo A = 0, não podemos ter n = xi - x?. pois viria af(ct) = 0. o que
contradiz a hipótese af(a) > 0,
Então, por exclusão, temos cí < Xi £ x2 ou Xi £ x2 < ct.
Observe que se A > 0 e af(a) > 0, a está "à esquerda" de Xi ou "à direita" de
xj. Para decidirmos qual das duas situações se verifica, devemos comparar a com

um número que esteja entre os zeros de f. Geralmente, o número utilizado é —


2a
(abscissa do vértice da parábola, ou ainda, a semi-soma dos zeros de f):

230
-b
Se a < — a está "à esquerda" de xi
2a
__b_
a 2a x2
>
-b
Se a > — : a está “à direita” de x2
2a
b
2a x2 a

Observe também que se ô = 0 e af(a) > 0, para sabermos se a está “à


esquerda" de Xi = x2 ou "ã direita” de x2 = xi, compara-se a diretamente com
-b
xi = x2 =
2a ’

Veja as ilustrações:

/
:__b_ f(a)
x, : 2a
4--------- - ——►
a

r
X. x3

\
:v
a > 0 i1 a f(a) > 0 a < 0 | a f(a) > 0
f(a) > 0 í • f(u) < 0

f(a) : b
x, ; 2a x; a ■>

x, x;
f(a) 2a

•v
a > O | a f(a) > O a < O | a f(a) > 0
f(a) > O f(u) < 0

a<â »<â
Resumo

Seja a função quadrática f, definida por:


f(x) = ax2 + bx + c. a * 0

231
Seja a um número real que deve ser comparada aos zeros de í ou às raízes
da equação do 2D grau ax3 + bx + c = 0; sejam x, e xa. Xi < Xa essas raizes. Então

Condiçoes Posição do número a


aí(a) - 0 a. é um zero de f
X1 Cl *2
af(ot) < O

-b —b
af(a) >0 e ü 3 e a <---- a 2a *2
2a
-b
af(a) >0 e D e < u. *1
2a xz a

af (a) >0eá=0ea<~ —— - x - x
a 2a ’ 2
2a

af(a) > 0 e A = 0 .e — <a 2l’x'’x=


*
cx

Exemplos
a) Comparar o número a = 1 com as raízes da equação:
x2 - 3x +■ 1 = 0
Tem-se a = 1 e f(a) = f(1) = —1 e dai af(a} c 0; então, a equação possui
duas raizes distintas e ct = 1 está "entre" essas raizes; também se diz
que "ct = 1 é interno ao intervalo das raizes”:
*1 1 *2

b) Comparar o número a - A com os zeros da função quadrática definida


por.
f(x) 2x? - 7x + 1
Tem-se a = 2 e f(a) = f(4) = 5 e daí af[n) > 0; A = 41; então a função
admite dois zeros distintos e "« - 4é externo ao intervalo dos zeros";
-b
como — = — < a = 4, a = 4 está "à direita do intervalo":
2a 4

x,
z4 xE 4

c] Comparar o número ct = -1 com as raízes da equaçao.


3x3 - 7x - 1 = 0,

232
Tem-se a = 3 e f(a) = f(-1) = 9 e dai af(a) > 0. A = 61 >0; então a
equação admite duas raizes distintas e "a = —1 é externo ao intervalo
das raizes"; como —=—>a = -Xct--1 está uà esquerda do intervalo":
2a 6
7
-1 *1 6 x,

Exercicros Resolvidos

6.114) Determine o parâmetro m para que a equação:


(2m - 1 )x2 - (3m + 2)x + m + 3 - 0
admita duas raizes x-t e Xj, tais que xt < 2 < x2.

Solução:

A condição (única) é: a((a) < 0.


Temos.
a = 2m - 1
f(u) f(2) = (2m - 1)22 - (3m + 2)2 + m + 3 = 3m -5
Então
(2m - 1) (3m - 5) < 0
1 5
e dar a resposta - < m < -

6.115) Seja a função f definida por


f(X) = (2m + 1 Jx2 - 4x - 2m + 4
Determine o número real m para que f admita os zeros Xi e x2 tais que
Xi < x2 < 1.

Solução:
As condições que se devem impor são traduzidas pelo sistema de
inequações simultâneas:

ô20 O)
af(rz) > ü (H)
^<1
OH)
2a

m(2m-3) > Q 0)
O sistema acima escreve-se: 2m +1 > 0 (II)

,2m + 1
OH)

Então, a resposta é < m < 0.

233
6.116) Mostre, sem formar o discríminante. que a equação
(x - p) (x - q) - r2 = 0. r * 0
admite duas raizes distintas.
Compare os números p e q com as raízes da equação

Solução:
A > 0 : a equação admite duas raizes
a = 1 —
af(p) < ü e dai distintas
f(p) = -r2 < 0 p estã "entre" as raizes da equação

f(q) = -r2 c 0 af[q) < 0 e. então, q está “entre" as raizes da equaçao

Exercícios Propostos

6.117) Comparar o número ct com as raízes das equações seguintes


a) x?-7x-4 = 0 e u= 1
b) 2x?-3x —25 = 0 e a = —3
c) x2 - 6x + 4 = 0 e a=6
d) 3x2 - 26x + 54 = 0 e a=3

6118) Determine o número real m para que o número 2 esteja "entre" as raizes
da equação mx2 - 2(m + 1 )x + m = 0, m * O.

6.119) Seja a equação:


x2 - 6mx + (2 - 2m + 9m2) = 0
Determine m para que suas raízes Xt e xj satisfaçam á condição: 3 < xi 5 x?.

6.120) Seja a equaçao;


x2 - mx + 2 = 0
Determine m para que suas raízes xi e x3 satisfaçam á condição.
□ < Xi £ x3 < 3.

6.121) Determine o parâmetro a para que as raizes da equação:


x +x +a = 0
Sejam maiores do que a

6.122) Compare os números —1, 1, 2 e 3 com as raízes da equação:


(x - 1 )(x - 3) - m (x + 1) (x - 2) = 0. m * 1

6.123) Considere a função quadrática definida por;


f(x) = (x - p) (x - q) + (x - q) (x - r) + (x - r) (x - p)
com p < q < r.
Deduza, sem formar o discriminaste, que a equação f(x) = G admite duas
raizes distintas. Compare os números p, q e r com as raizes da equação

234
6 124) Sejam a função quadràtica f definida por:
f(x) = ax2 + bx + c. a * D
e cs números reais a e p tais que « < [J.
Verifique que se f(n) ■ f(p) < 0. então f admite deis zeros distintos e um e
somente um dos números cr e p pertence ao intervalo das raizes.

6 125) Considere a função quadrática definida por.


f(x) = (3a-2)x2 + 2ax + 3a.
Determine a para que a equação f(x) = 0 admita uma raiz e uma
-1 e 0.
(Sugestão: exercício anterior.)

6.8 —OUTRAS FUNÇÕES ELEMENTARES


1. Função Definida pela Sentença Aberta f(x) = xJ

Consideremos a função f, de R em R, que associa a cada nún.


número xJ:

f t H -> R
f(x) = x3

A função f ê crescente em R, pois para todo real xb e todo real xj, tem-se:
Xi < Xz => X3 < Xj

O gráfico de f é mostrado na figura:

+y
x y
S
-2 -3
-1 -1
0 0
1 1
2 8
1

1 2 x
-1

i,
-8

235
A projeção do gráfico de f sobre o eixo Oy nos dá: i(f) = R.

2. Função Definida pela Sentença Aberta f(x) = -1


x

Consideremos a função d, de R* em R, que associa a cada número real x,


A 1
x = 0. o numero —:
x
f ;R’-> R
f(x) = l
X

A função é decrescente em R_*. e também é decrescente em R«*.


0 gráfico de f é uma hipérbole equilãtera (ver o curso de Geometria Analítica
desta coleção):

x y

4
-3
4
-2
-1 -1
1 1
2
3
1
4
1

-3 -2 -1
1 2 3 4

A
Projeção do gráfico de f sobre Oy nos dá: !(f) = R’.
236
3. Função Maior Inteiro

É a função f, de R em R, que associa a cada número real x o número [x] que


é o maior inteiro que não supera x:
f : R -> R
f(x) = [x]

A figura abaixo ilustra qual é a correspondência definida pela função f.

-3 -2 -1,6 -1-0,8 0 0,7 1 2 2,4 3


«■
4 >IR

>IR
-3 -2 -1 0 1 2 3

Note por exemplo que:


f(2, 4) = [2, 4] = 2
f(0, 7) = [0, 7] = 0
f(2) = [2] = 2
f(—0. 8) = [-0, 8] = -1
f(—1, 6) = [-1, 6] = -2

O gráfico da função f é o conjunto de segmentos como mostra a figura

3
?
2
-3 -2 -1
1 Í--I
—£
2 3 4 x
-2
s
-3

-3 í x < -2: f(x) = -3


-2 £ x < -1: f(x) = -2
-1 S x < 0: f(x) = -1
0 £ x < 1: f(x) = 0
1 sx < 2: f(x) = 1
2 £ x < 3: f(x) = 2
3 £ x < 4: f(x) = 3

Observe que l(f) - 1.


237
Exercícios Resolvidos

6 126) Desenhe o gráfico da função f definida por f(x) = |x3|.

Solução:
Para obtermos o gráfico da função f, desenhamos o gráfico da função
definida por y = x3 e aquela parte que se situa "abaixo" do eixo Ox sofre
uma reflexão em torno desse eixo:

l(f) = IR +

x
sobre reflexão .
em torno de Ox y = x3

6.127) Seja a função f definida pela sentença aberta:

f(x) = —
x-1
a) Determine D(f).
b) Desenhe o gráfico de f e deduza l(f).

Solução:

a) Devemos ter x - 1 * 0, isto é, D(f) = R - {1}.


b) Para se obter o gráfico de f, desenhamos o gráfico da função g
definida por g(x) = -;e, como f(x) = g(x - 1), "deslocamos" o gráfico
x
de g para a direita de 1 unidade:
-y

Í1 x

l(f) = IR'

238
6 128) Sejs a função f, de R em ix. definida por:
f(x) = x - [x]
Tal funçào denomina-se função mantissa
Desenhe o gráfico de f e deduza o seu conjunto-imagem

Solução:

0 £ x <1: [x] = 0 e f(x) = x


1 á x <2' [x] = 1 e f(x) = x -1
2 £ x <3: [x] = 2 e f(x) = x - 2

-1 s x < 0: [xj - -1 e f(x) = x + 1


-2 < x < -1: [x] = -2 e f(x) = x + 2
-3 £ X < -2 [x] - -3 e f(x) = x + 3

A projeção do gráfico de f sobre Oy nos dá: l(f) = [0; 1[

X X
q, \ T

❖ ,+
A ,.A A A 5

,'-4 ./-3 ,/-2 y-1 / 7l /2 75 A

Exercícios Propostos

6 129} Seja a função f definida por


f[x) = ax13 , a * 0
Determine a para que f seja:
a) crescente em R
b) decrescente em R

6 130) Desenhe o gráfico da função f definida por:


f(x) = | (x + 2)3 [ + 1
Determine l(f).

6.131) Desenhe o gráfico da função definida por:


f(x) = -xz ■ |x|

6.132) Seja a funçào f, de IS" em R definida pela sentença aberta:

239
f(x) = -
*
a) Demonstre que f é decrescente em R'
b) Demonstre que f ê decrescente em
c) Determine os pontos fixos de f

6 133) Com auxilio de uma tabela, esboce o gráfico da função definida por:

f(x) =
X

6 134) Desenhe r> gráfico da função definida por:


„ , 1-x
ffx) =-----
X

Nos exercícios de 6.135 a 6 139 desenhe os gráficos das funções


definidas pelas sentenças abertas

x
6.135) f(x) = -
.2.

6.136) f(x) = Hx]|

6137) f(K) = [x]2

6.138) f(x) = x + [x]

6.139) f(x} = H)H x

6.140} Resolva as equações:


a) [x] = 3
b) 4 [x]" - 36 [x] +■ 45 = 0

6141} Resolva a equação: |x| = [x]

6 142) Determine os pontos fixos da função maior inteiro

240
Exercícios Suplementares

III 1) Seja S = {x | x e 2 a 1 í xs n, n 6 £•'}. Forma-se S2 Qual é a soma dos


produtos obtidos multiplicando-se as coordenadas de cada par de S2?

nr.2) Seja íH uma relação de equivalência definida sobre A. Seja a um elemento


qualquer de A. O subconjunto de A
Cs = {x | x e A a x a}
chama-se classe de equivalência de a com relação à equivalência 'J;
Seja a relação f>1, sobre Z, definida por.
-1' = í(x. y) e Z21 x - y é divisível por 3}.
Verifique que íi? é uma relação de equivalência
Qual ê a classe de equivalência de zero com relação ã equivalência 'Ji?

IIL3) Seja « uma relação de JlJ em 11 definida por:


íl? = {(x. y) c N21 x + 3y = 12}
a) Determine 1H por enumeração dos pares ordenados que a constituem
b) Dê D(9{) e |('.G)
C) Determine <H"1.

III 4) Determine o dominio de cada uma das funções definidas por


■J(X+1)(X-r 2)
a) f(x) =
Vi * i -*
74 -X
b) f(x) =
| X-1|-1

III.5) Desenhe o gráfico da função real de variável real definida por.

ÍII.6) Desenhe o gráfico da função definida por:


f(x) = x2 - |2x — 1 f
lll.7} Seja a função quadrática definida por

f(x) -Í2x + -l(3x-2) + a


1 2/
Sabe-se que f(x) > 0, se x > - e que f(x) < 0, se x0 < x < -
2 2
Determine a e x0.

III.8) As raízes da equação:


6(m +■ 3)x2 ~ 3(m - 1 )x + 4m 0
são X, e Xz. Determinem para que Xi < 3 < x?.

241
III 9) Considere a função quadrática definida por
f(x) = m(x — 1 )(x — 2) + 2x — 3, m * 0
Determine f(1) e f(2). Concluir que a equação f(x) = 0 admite raízes distintas
qualquer que seja o parâmetro m. Compare os números 1 e 2 com as raizes
da equação f(x) = 0.

111.10) Desenhe o gráfico da função definida por:

f(x) = I x-11
(x-1) |x|

111.11) Dá-se o quadrado ABCD de lado Q (veja a figura). Dos vértices traçam-se
os segmentos iguais AM , BN,CP e DQ e os pontos M, N, P e Q unem-se
formando um quadrado Determinar med( AM) para que seja minima a área
do quadrado MNPQ.
D

M B
«.j Condição para que o domínio da função definida por:
1
f(x) = [px2+27(a->-2) p x + 2]2
seja R.

III 13) Considere a função definida por:


f(x) = x ■ [x]
Desenhe o seu gráfico para -1 Sx <2.

III 14) Seja a função f definida por:


1
f(x) =
x(x +1)
Calcule f(1) + f(2) + ... + f(100).

111.15) Desenhe o gráfico da função f definida por:


I x + 1[ - | x-1|
f(x) =
x
Determine i(f).

242
PARTE IV

Capitulo 7 — Equações e inequações irracionais


Capítulo

Equações e inequações irracionais

7.1 - EQUAÇÕES IRRACIONAIS


Equações irracionais são aquelas que apresentam variavel sob radical.
Exemplos

a) A equação Vx-3 = 2x ê irracional.


b) A equação ^2x + 1+1 = x é irracional
c) A equação (x - 2)1/S - 2x + 1 = 0 é irracional, pois (x - 2)vi - Jx - 2
Antes de passar á resolução das equações irracionais, devemos lembrar
alguns fatos importantes:

Quando escrevemos s/s estamos nos referindo ao número 3, isto é.


sfe = 3 e não podemos escrever í/9=-3. De modo geral é o que
ocorre com radicais de índice par.

Exemplos

a) í/16 = 2
b) É falso que Í/Í6 =-2
Quando trabalhamos com radicais de indice ímpar, esse problem-
aparece.

Exemplos
a) ^8=-2
b) í/8 = 2

2’) No conjunto dos números reais, nao existe raiz de índice par de.
negativo.

Exemplos
a) No conjunto dos números reais não existe J-4
b) No conjunto dos números reais não existe 81
c) í/BI = 3
d) -JÕ = 0
e) Í/Õ - D
245
3o) Quando a raiz é de índice impar, o radicando pode ser positivo, negativo
ou nulo; em qualquer caso a raiz existirá e será um número real.

Exemplos
a) - _2
b) ^^243 = -3
c) ^125 = 5
d) =0

Vamos então ressaltar que:

Sendo x um número real qualquer e k um número par positivo temos:


a) V* é real ® xiO

b) s/x > 0, para todo real xiO

7.2- RESOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO IRRACIONAL


De modo geral, o processo usado para resolver equações irracionais ê
elevar os dois membros da equação a uma potência conveniente (várias vezes, se
necessário), até eliminar os radicais Porém, quando elevamos os dois membros
da equação a um expoente par, a nova equação não é obrigatoriamente
equivalente à equação original e portanto a nova equação pode apresentar raizes
que não verificam a equação original. Este fato será melhor entendido através dos
exemplos a seguir:

Exemplo
Sabemos que a = b => a2 - b3 porém a implicação a2 = b2 => a = b não é
verdadeira para quaisquer a e b. Assim a equivalência
2 2
a = b <=> a - b
não é válida para a e b quaisquer
Conforme vímos na propriedade P? do capitulo 4, a equivalência a = b <=■
a2 = bz è válida quando a e b pertencem a 5».

Exemplo

Consideremos a equação x/2x + 5 = x + 1


Vamos elevar os dois membros ao quadrado:
2x + 5 = (x + 1)2
2x + 5 = x3 + 2x + 1
x2 - 4 = 0
x = ±2
Porém, antes de aceitarmos estas raizes, vamos fazer a verificação na
equação original:
J2X + 5 = j2(2)+5 = 3
Para x = 2
x + 1- 2-t-1 = 3
246
Portanto, para x = 2 a sentença aberta J2x + 5 - x * 1 toma-se verdadeira

72x + 5 = V2£-2) - 5 = 1
Para x = -2
x + 1 = -2 +1 - -1
Portanto, x = -1 não satisfaz a equação V2x - 5 = x + 1.
Assim o corjunto-soluçâo da equação proposta é S = {2}.
Não é necessário fazer a verificação quando elevarmos os dois membros da
equação apenas a expoentes impares, pois, de acordo com a propriedade P« do
capitulo 4. temos que para n natural e ímpar
a = b <=■ a" = b". Va s 5, tfbe R.
Exemplo

Consideremos a equação v x2 + 11x +1 - x +1


Vamos elevar os dois membros ao cubo:
x2 + 11x + 1 = (x + 1}3 (I)
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab: + b3
Lembrando que temos:
(a - b)3 - a3 - 3a 7b + 3ab2 - b3.
(x+ 1)’ = x3+ 3(x)2 (1) + 3x(1)2+ = x3 + 3X2 + 3x + 1
E, assim, a equação (I) transforma-se em:
x2 + 11x - 1 = x3 + 3x2 + 3x+ 1
x3 + 2x2 - Bx = 0
Porém'
x3 + 2X2 - 8x = 0 <=> x(x! + 2x - 0) = 0 <=
ox = Oou*z + 2x-8 = Oox = Oou>i=2oux = -4
Podemos então, em resumo, escrever
Vx2+ 11X4-1 = x +1 Xa +11x +1 = (x +1)3 » x3 + 2xJ - 8x = 0 »
<=>x = 0oux = 2oux = -4

Neste caso, como elevamos os dois membros a expoente impar, podemos


"confiar" nas raízes 0, 2 e — 4 e dizer que o conjunto-soluçào é:
S = {0;2;-4}
Em alguns casos de equações envolvendo radicais de índice par, podemos
resolver a equação sem fazer a verificação. Esses casos serão analisados a
seguir.

Consideremos uma equação irracional do tipo Vã = b. onde k e N’ e é par.


Para que a equação tenha solução, antes de tudo devemos ter a í 0 e b> 0
Supondo satisfeitas estas condições, podemos elevar os dois membros à
potência k obtendo a = bk. Porém, impor a = b", automaticamente garante a í 0
{pois k é par). Assim, em resumo, podemos estabelecer:

247
Para k e ]<” e par:
k
=b a = bk bàO

i
Consideremos novamente a equação vista no penúltimo exemplo:
V2x + 5 = x +1
TçrTios enlâo:
V2x-5 = x + 1 <= 2x + 5 = (x + 1)? x +1 > 0
2
Resolvendo a equação 2x + 5 = (x + 1) obtemos as raízes; x' = -2 e x" = 2.
No entanto, apenas a raiz x" = 2 satisfaz à condição x + 1 i O Portanto, o conjunto-
soluçáo é
S = {2}

7.4 - EQUAÇÕES DO TIPO


k
a = Vb
k,
Consideremos uma equação do tipo Va = kVb onde k e N*eé par Para a
equação ter solução, devemos ter a í Oe b2 0 Supondo estas condições válidas
devemos ter arnda a = b. Assim temos.

| Va = Vb <=> a = b aèO k eN* képar


ou então
Vb-"a = bAbz.P] ken* képar

Exemplo

Consideremos a equação: Vx2 + 4x-í-3 = Vx +1.


Temos Vx2 + 4x + 3 = Vx + 1 <=>x2-i-4x-i-3 = x + ,íaX4-15Q
Resolvendo a equação x2 + 4x + 3 = x + 1 obtemos as raizes x' = -2 e
x" ■ -1. Dessas duas raízes apenas x" = -1 satisfaz à condição x * 1 0, Portanto:
S = {-1}

Exercícios Resolvidos

7.1) Resolva as equações:


a) Vx2-16=0 b) (x2 — 3x —4).Vx3-9 - 0

Solução:
a) Vx2 -16 -0<=x2-16=Oc>x = +4
V = {4, - 4}

248
b) (x5 -3x-4)7xz-9 = 0«(x2 -3x-4 = O v x,22 - 9 = O) /-9>0
A equação x2 - 3x - 4 = 0 tem raízes -1 e 4
A equação x3 -9 = 0 tem raízes 3 e - 3
Antes de aceitar estas raizes devemos ver se satisfazem a condição
x2 — 9 s 0. Fazendo a verificação observamos que a única que não
satisfaz é —1.
Assim:
V = (4, 3; -3}

7 2) Resolva as equações,
a) ^3x + 4-4 b) 7x + 6+2x=9

Solução:
a) 73 x + 4 = 4 ■=> 3x + 4 = 43 « 3x = 60 <=> x = 20
V = {20}
b) 1’rnado
7x + 6 +2x = 9 <=y 7x-í-6 = 9—2x
Elevando ao quadrado os dois membros desta úllima equação obtemos:
x + 6 = (9-2x)!

25
que resolvida nos dá as raizes 3 e
4
Façamos a verificação;
VxT+6 = 9-2x
x = 3J
73^6 =9-2(3) (verdade)

7x 4-6=9 — 2x
25
x=v J25 c o
J— + 6 = 9 - 2|
V 4
25
——
4
(falso)

25
Portanto, — não convém e assim; V = {3]
4
2° modo
7x4-6 = 9 - 2x « (x + 6) = (9 - 2x)2 9 - 2x > 0
EZ
Resolvendo a equação x + 6 = (9 - 2x)2 obtemos as raizes 3 e — .
4
Destas, apenas número 3 satisfaz à condição 9 - 2x í 0 Assim:
V = {3}

7.3) Resolva as equações:


a) \/x + 23 - 7x +16 = 1 b) V2x + 3 + V3x + 4 = <5x + 9

249
Solução:
a) Para que as raizes sejam reais, temos as seguintes condições
x + 23 2 0
(D x + 1620
Supondo estas condições válidas, antes de elevar ao quadrado é
preferível deixar um radical de cada lado (quando possível):
Jx+23 - Vx + 16 = 1 ■» + 23 = 1 + 7* +16
Elevando ao quadrado os dois membros:
(Vx + 23)2 = (1 +Jx + 16)2
x + 23 = 1 + 27x+Tb + X + 16
Jx +16 = 3 » x + 16 - 3a » x = -7
O número -7 satisfaz ãs condições (I) e fazendo a verificação na
equação original, verificamos que —7 é raiz.
V = {-7]

b) Devemos ter;
2x + 3 2 0
(D 3X+4SÜ
5x + 9 > 0

■ upondo válidas estas condições, temos:


(-JZx. + 3 + -J3x + 4 )2 = (-J5x + 9 )?
2x + 3 + 2V2x + 3 V3x + 4+3x + 4í=5x+9
7(2x-r 3){3x + 4) = 1
(2x +3)(3x +4) = 1
6xz -r 17x + 11 = 0
11
Esta última equação lem raízes: -1 e ——
Destes dois números, apenas —1 satisfaz ãs condições (I)
Fazendo a substituição, observamos que -1 satisfaz ã equação original:
V = {-1}

6 1_______
74) Resolva a equação: =3
x -1 + Vx -4 x -1 - 7x^-4
Solução:
Antes de tudo, vamos impor:
x-1 2 0
(I)
x-4i0

250
2
Supondo estas condições válidas, e lembrando que: (a + b) (a - b) = a - b*.
vamos tomar para denominador comum o produto:
(Vx-1 + Tx - 4 )(Vx-1 - Vx - 4) = (x -1)- (x-4) = 3
Multiplicando todos os termos pelo denominador comum, temos
6(Vx -i - 7x^4) +1( Jx^í + Tx^4) = 3(3)
6Tx-1 -6>/x-4 + 7x-1 + Vx-4 = 9
7-/x-í-ôVx-4 = 9
7jx-1 = 9 + 5>/x-4
Elevando ao quadrado:
49(x -1) - 81 + 25(X - 4) - SOXSVx^T)
49X-49 = 81 + 25x-100-*-SüTx-4
24x-30 = 90 JÍT-4
4x-5 = 15jx-4
Elevando novamente ao quadrado:
16x2-40x + 25 = 225(x- 4)
16x2-40x + 25 = 225x-9ÜO
16x2- 265x + 925 = 0
ó = 2652 - 4(16){925) = 11025
(Ti =105)
I , 185
265±105 X " 16
X
32
(x“= 5
As duas raizes satisfazem ãs condições (I)

Portanto V =

Exercícios Propostos

7.5) Resolva as equações


a) 7x2 + x-20 =0 c) V3x-12x + Jx2 -16 = 0

b) Tx2 + 7x = 0

7.6) Resolva as equações:


a) J7x + 14 = x + 2 c) -j2x-7 - -Jx-4 - 1
b) Vx+1 = j2x + 1 d) V5x + 21 - 2 = Jx + 13

i 2x h-3x 13
7.7) Resolva a equação:
2x 6

251
f 2x .'l-3x
(Sugestão: faça J-—— -ye^
2x v>
7 8) Resolva as equações:
1 + 1 _ _1 b) 7^-1 +2 = 2
a) 1-rV6“K +1-y/6-X

7.9) Resolva as equações:


a) V252 + + 39 =4 b) \/x2 -1 = x -1

7.5 - INEQUAÇÕES IRRACIONAIS


Inequações irracionais são inequações em que a variável aparece sob
radical. De modo geral, para resolver uma mequação irracional, a idéia é elevar os
dois membros a uma potência conveniente para ‘eliminar" os radicais. No entanto,
neste momento, devemos nos lembrar das propriedades Pu & Pi? vistas no item
4 6 do capitulo 4:
Pu: Para n e N e ímpar, a > b <=> an > br quaisquer que sejam os reais a e
b
n
P-i?: Para n e l'i' e par, a > b & a' > bn quaisquer que sejam a e b
pertencentes a R*

Em outras palavras, quando elevamos os dois membros de uma


desigualdade do tipo a > b a um expoente ímpar, a nova desigualdade é
equivalente á original; no entanto, se elevarmos a expoente par (não-nulo), a
desigualdade só é válida seaeb pertencerem a R*.
Assim, quando o radical for de índice impar, podemos elevar os dois
membros ao expoente impar em questão e com certeza a nova desigualdade será
equivalente ã anterior A dificuldade aparece, portanto, nas inequações envolvendo
radicais de índice par. São estes casos que necessitarão uma análise mais
detalhada. Porém, antes de analisá-los, veremos alguns casos que não exigem
nenhum método especial.

Exercícios Resolvidos

7.10) Resolva as inequações:


a) 7x?-5x + 4 > 0 e) ^x2 -5X + 4 > 0

b) 7*2 - 5x + 4 > 0 f) ?/x2-5x+4 5 0

C) 7x2 - 5x + 4 < 0 g) í/x2 -5x + 4 < □

d) Vx2 - 5x + 4 £ 0 h) x/x2 - 5x + 4 < 0

252
Solução:
■a
a) Para a existência da raiz devemos ten x — 5x + 4 > 0. Lembrando que
para todo a e R», -fa 2 0, lemos:

Vx2 - 5x + 4 >0<ox2-5x + 4>0

1 4
-------------- 1------------- 1-----

O trinômio apresenta raízes 1 e 4.


Assim, temos V = (x e R I x < 1 oux> 4}
b) V*2 - 5x+ 4 2 0 = x2 - 5x+4 > 0 <=■ x < 1 ou x > 4
V = {x e R I x £ 1 oir x 2 4}
c} A expressão 7x2-5x + 4 nunca poderá ser negativa. Assim, V = 0.
d) Como a expressão Vx2 - 5x + 4 não pode ser negativa, a sentença

i/x!-5x+4£0 só è verdadeira se x2 — 5x + 4 = 0. Assim:


V= {1; 4}
e) Como neste caso o indice da raiz é ímpar, temos:
^x2 -5x + 4 > 0 o x2 ~5x+4 >0
V = [x £= R l x < 1 ou x > 4}
f) \/x2 - 5x + 4 > 0 » x:2-5x + 420
V = {X 6 R I X £ 1 OU X 2 4}
g) \/x2 - 5x + 4 < 0 <=> x2-5x +4 < 0 <ü 1 < x < 4
V = {xeRll<x<4}
h) \lx2 -5x + 4 <0«x2-5x-4í Üo1<x<4
V = {x e R I 1 £ x £ 4}

7.11] Resolva as inequações;


a) V(xTi?>3
b) Vx2-6x + 9<2

Solução:
a) Lembrando que, para todo a e R, Vã2 - [ a |, temos: J(x “ 1)2 = I x "11
Assim:
,/(x-1)2 > 3 <=| x -11> 3 x~ 1 > 3 ou x -1 < 3 cr> x>4ou x <-2
V = (x e R I x > 4 ou x « -2}

b) x2 - 6x + 9 = (x - 3)2
Portanto 7x2 - 6x + 9 = >J(x - 3)2 = | x - 31. Então :

253
Vx2 -6x + 9 <2<=s|x-3|<2w-2<x-3<2<=>1<x<5
V = {x e K I 1< x < 5}

/ + 3y"4
7 12) Resolva a inequação:
Vx’ -3x-10

Solução:
A expressão Jx2 — 3x—10 resulta um número real desde que x2 - 3x - 10 0.
Por outro lado, satisfeita esta condição, teremos í/x2 — 3x -10 à 0.
Mas como o radical aparece no denominador, devemos ter
Vx2 -3x-10 >0.
Temos então:
x2-^3x-4
>0«x^3x-0 0e x2 +3x-10 > 0.
Vxz -3x-10

Seja S, o conjunto- solução de x2 + 3x -4 > 0.


x2+3x-4 = 0í=>x = 4 ou x = -1
S, = (xeR | x<-1 ou x 2 4}

-1 4
+

Seja S? o conjunto - solução de x2 - 3x —10 > 0.


x2 - 3x -10 = 0 -» x - 5 ou x = -2
S, = {x e R | x < -2 ou x > 5)

-2 5
—h *
+
-2 -1 4 5

Si

s2 <

s = s,n s2
O conjunto-soiução da inequação proposta éS = Si nSz
S = {x e R | x < -2 ou x > 5}

.2
7.13) Resolva a inequaçãc: x + 7x~3<3x + 10 + Vx-3
254
Solução:

Para que a expressão Vx-3 exista (dentro dos reais) devemos impor
x - 3 £ 0; desde que exista, a inequaçâo proposta será equivalente a
x2 £ 3x + 10:
xz + >/x-3 £ 3X+10+ Jx-3 cox3£3x + 10ax-3^Ü

Seja S, o conjunto-soluçâo de x2 s 3x +10


x2 £ 3x + 10 co x2 -3x-10 íSO
x' - 3x -10 =0 co x - -2 ou x - 5
St = {x e R | -2 £ x £ 5}

-2 5
4-

Seja Sj o conjunto-soluçâo de x-3 iü.


x-3 5 0 - x S 3
S2 = {x e 3? | x i 3}
-2 3 5

Si

s2
s — S-] n Sj

Assim, o conjunto-soluçâo da inequaçâo será S = Si mS2


S = {x e R | 3 S x S 5}

7 14) Resolva a inequação: x-2 < Vx3 -2x,

Solução:
Como neste caso o índice do radical é impar, temos:
x-2 < >/x3 -2x co (x-2)3 < x3 -2x co x3 -6x2 +12x-0 < x3 -2x co
co -6x3 +14X-S <0 co -3x2 +7x-4 < 0

-3x’ + 7x - 4 = 0 co x — 1 ou x = —
3
4
1 3
+-

Como queremos -3x2 + 7x -4 < 0, o conjunto-soluçâo è:

255
s= xe^lx<1oux>
3J

Exercícios Propostos

7 15) Resolva as inequações:

a) 7x^4 > 0 e) ^/x -~4 > □


b) Jx -4 St 0 f) S/x-4 iO
c) Vx- 4 <0 9) ^x-4 <0
^'x’^4 < 0
d) v/x -4 < 0 h)

7 16) Resolva as inequações:


a) 7<X-5)S b) V-4x2-12x + 9 < 9

7 17) Resolva as inequações:


a) jzS-x1 +x2 i 5x-S + ^25-x 2
b) x/35-x2 (xs-4x-21)<0
x5 -4x-21
c) £0
\/36 - x2

7.1 S) Resolva as inequações:


a) ^/x-0 > 2
b) ^/7x-9 <5

C) 2x +1 > sfex3 + 4x +11

7.6 - INEQUAÇÕES DO TIPO <3 < b

Consideremos uma inequaçao do tipo Vã<b. Para a existência da raiz


devemos impor: a 0. Por outro lado sabemos que 7ã i 0 (desde que a ã □) e
portanto b deve ser positivo. Temos então:

a < b2
e
a < b a £ 0
e
b > 0

Temos também:

256
a í b’
e
a>
e
b>0

Exercícios Resolvidos

7 19) Resolva as inequações:


a) ^x2+ 3x <2 c) Vsx2 -X-11 s x -1
b) ^2x2 -x-11 <x-1

Solução:
a) Aqui temos 2 > Q e portanto:
x2 + 3x < 22
x:-3x <2o
x2 + 3x aO
Seja Si o conjunto-soluçâo de x2 + 3x <22
x2 + 3x < 22 » x2 + 3x - 4 <0
x2 +3x - 4 =0 <=> x = -4 ou x=1
Sn = {x e R | -4 < x < 1}
1

Seja Sz 0 conjunto - solução de x2 + 3x > 0


x2 + 3x = 0 <=> x = 0 ou x = -3
S2 = {xe R| x<-3 ou x>0}
-3 0

-3 0 1

Si ► ■:

s2
s — s*i n Sj

O conjunto-soluçâo da inequação proposta è S = Si r-> S2


S = {x e R |-4 < xí-3 ou 0 íx < 1}
257
b)

2x?-x-11 < (x-1)2

72x2 - K —1 1 < X-1 <=> 2x2 -x-11 2: 0

x -1 > 0

Seja S, o conjunto - solução de 2x2 — x —11 < (x -1)2


Resolvendo esta inequação obtemos:
S, = {x e R | —4 < x < 3}

Seja â2 o conjunto-solução de 2x2 — x — 11 2: □.


Resolvendo esta inequação, obtemos :

S2 = Ò
f
... e ... |, x
_ R .. s
1-709
J ----------- ou
i + 7ãsl
a ----- - ------>
OU X 2
l 4 4 J
Seja Sa o conjunto - solução de x -1 > O
x-1>0»x>1
Sj = {x e R | x > 1}

1 -V89 1 +> 89
4 1 4 3

Sn -

S2

s3
s - Sj n Sj n S3

1 + 7fi9
S = ^xrR| Sx < 3
4

c)
2x2 -x -11 £(X -1)2(S,J

72 x2 -x -11 í x-1 « 2xz - x -11 2:0 (SJ

x -1 5 0 (S3)

258
S, = {x e R | -4 x 3}
f «_
S2 = J X € IR I X £ —
V09 OU X £ 1 + 7bs
l 4 4

S3 {x € R I X 5 1]
í 1 + JSQ
S — S, nS3 n S3 = ^XeR| SXÍ3
4

Exercícios Propostos

7.20) Resolva as inequaçoes:


a) >/x2 ~7x<2^2 b) Ve > \'x? - x

7.21) Resolva as inequaç&es:


a) ^2x2 -2x - 20 < x - 2 b) 2x- x-

7.7 - IN EQUAÇÕES DO TIPO \/ã > >/b

Aqui devemos ter a 0. 0, b > 0 e a > b. Assim:

a>b
a > b A
bkO

Do mesmo modo temos:

aíb
Va ;>Vb" < A
b>0

Exercícios Resolvidos

7 22) Resolva as inequações:


a) -J3x -1 > Vx + 10 b) V4x + 1 > >7-x + 5

Solução:
3x-1 > x + 10 (SJ
a) V3X-1 > VV+ÍO <=>
x + 10 £ 0 (Ss)
11
3x-1>x + 10»x>---
’ ’= 2 S,= xeR|x>yj
x + 10 £ 0 <=> x £ -10 Sj = {x e R| x £ -10}

259
O canjunlo-soluçâc S da inequaçãc proposta é dado por: S = Si r\ Sz
„ , 111
s= x e R l x > —|

4x+1>-X+5 (SJ
b) >/4x -1 > V— x + 5 c=>
-x + 5 5 0 (S2)
. „ r 4
4x + 1>-x+5<=>x> — s, = 4.
5, +<O
r
-x + 5i0oxs5 S? = ]-^5]

S — S, S2 =

Exercício Proposto

7.231 Resolva as inequações:


a) j3"+8 > 75x-1 c) Jx2 +3x > a/8+ 1 Dx

b) Vx-7 > J-x + 3 d) Vx-8 < V4x-1

7.8 - INEQUAÇÕES DO TIPO Va > b

Neste caso, em primeiro lugar, devemos ter a 5 0. Satisfeita esta condição,


Vã 0. Assim, se por exemplo b for negativo, a inequação estará automaticamente
satisfeita. Se b > 0, leremos a > b2 Em resumo:

f a > bz e b> 0
a > b ou
l.a > 0 e b <0

r a > bz e b> 0
a < ou
ka&0 e b <0

Exercícipg Resolvidos

7-24) Resolva as inequações:


a) 7x - 3 > -5 b) Vx-3 > 0 c) Vx- 3 > 4

260
Solução:

a) Desde que \jx-3 seja real, leremos >/x-3 50 e portanto, desde que
Vx-3 seja real, a sentença aberta ~jx-3>-5 será verdadeira.
Portanto:
<7x-3 > -5 o x-3 i 0 ox 53 V = {x e 3 j x 3}

b) Vx-3>0=?x-3>0 = x>3 V = {x e R | x > 3}


c) Jx-3 > 4 » x-3 >47 « x >19 V = [x e R | x > 19}

7.25) Resolva a inequação \j2x2 -8x -17 > x-2.

Solução:
2xz-8x-17 >(x-2}2 e x-2>0 {SJ
V2x2 -8x-17 > x - 2 « OU

2x2-8x-1750 e x —2<0 (SJ


Seja V3 o conjunto -verdade de 2xz - 8x -11 > (x - 2)1
Fazendo os cálculos, obtemos: V, = (x e Fi [ x < -3 ou x > 7}
Seja V2 o conjunto-verdade de x-2 £ 0. Temos: Vz - {x e x > 2}
Seja V3 o conjunto - verdade de 2xz - 8x -17 > 0. Obtemos:
„ I rs i ^4-5^2 4 + 5V2]
ouxxi
V3 = jx e R | x í---- ------ ou í}
l 2 4 J
Sendo V4 o conjunto - verdade de x -2 < 0 temos : V4 = {x e R | x < 2}

S, = Vi n V? = (x e R | x > 7}

s. = v3 V4 =|xe R|x£ 4~f^l


1 J
O conjunto-solução S é dado pon
4-5^2
S = S;IljSz = <x e R|x ou x > 7
2

Exercícios Propostos

7 26) Resolva as inequaçôes:


a) Vx2 -4x > -3
b) -A 2 -4x > D
c) Vx2 -4x > 2^3

261
7.27) Resolva as inequações:
a) J2x5 + 9x-1 > x + 3
b) Jbx + 19 > x + 2

7.9 - EXPRESSÕES DO TIPO 7a ± b

Sendo a e b dois números racionais tais que b > 0. consideremos a


expressão:

7a + 7b
□nde a + 7b >0.
Em certos casos pode-se fazer a transformação:
7a + 7b — 7r + 7s
onde r e s são números racionais positivos.
Analogamente, dada a expressão 7a - 7b, com a - 7t > 0, em certos casas

pode-se fazer a transformação 7a - 7b = -Jr - Js com r e s racionais positivos


Antes de estudar o caso geral, vejamos alguns exemplos

Exemplas
Consideremos a expressão 7^+721 e suponhamos que existam dois
números racionais positivos r e s, tais que:
76+721 = 7r s
7$ -r 72*1 - 7r + 7s «■ 5 + 721 = (7r + 7s 7
<=>5 + 72Í = r 4- 2 7F7s + s<=>5 + 721 = r + s + 2/rs »
<=. 5 + 721 =. r + s + 74rs
Para que esta última igualdade seja válida, devemos ter:

r+s = 5 r+s=5
ou 21
4rs = 21 rs" 4
Lembrando das relações de Girard para uma equação do segundo grau (ver
capitulo 3, item 3.11) concluímos que r e s devem ser raízes da seguinte equação:
xJ -5x+^ = 0
A
7 3
Esta última equação tem raizes: — e —
2 2
Portanto, temos;
7 3
r=— e s =—
2 2

262
3 7
ou então r = —es = -,o que dá no mesmo.
Assim:

Consideremos agora a possibilidade da transformação, no caso geral.

7a + 7b — 7r + 7s
7a + 7b = 7r + 7s <=> a + 7b = r + 2-s/r 7s + s <=>
<=>a+7b=r+s + 74rs c. a = r + s e 4rs - b <=>
b
or + s = aers = -
4
Então, os valores de r e s devem ser as raizes da equação do segundo
grau.
2 b „
x -ax + — =0
4
O discriminante desta equação é:

4=a’-“00= a2 - b
e as raízes serão das por:
a± vâ a ±7a2 -b
x=
2 2
r ...................
Portanto, .. x 9j - ax
para que as raízes da equação
b
r. + —
4 = 0 sejam racionais, é
D

necessário que 7a2 -b seja racional. Suponhamos então que c = Va2 -b seja
racional Temos;
a± c
x =------
2
a+c a -c
Assim: r =------ e s ----------
2 2
e portanto:

yjs + s/b — a+c la-c


2 +V 2
Em resumo:

Sejam a e b racionais, tais que


b>0ea + 7b>0.
Desde que c = 7a2 -b seja racional, temos:

a+c a-c
7a + 7b = 2 + ’ 2

263
De modo análogo, concluímos que:

Sejam a e b racionais, com


b>0ea-7b>0,
Desde que c = Va2 -b seja racional, temos:

a+c Ia -c
7a- b =
\~2~ "\~2~

É importante então observar que a transformação não é passível se Va2 -b


não for racional

Exercícios Resolvidos

7 28) Transforme V6 + TTl na soma 7r + 7s onde r e s são racionais.

Solução:
Poderiamos fazer essa transformação como no primeiro exemplo deste
item No entanto vamos fazer uso da fórmula deduzida.
a—c , / 2
7ã + V 2
'-------. onde c = Va -b
2

temos: e c = 7az - b = 736-11 = 5


b = 11
Como 5 é racional, a transformação é possível:

7.29) Determine os números racionais x e y tais que:

78 + 761 = 7x + 7y
Solução:
ía = 8
temos.' e c = 7a2 - b = 764-61 = 73
[b = 61
Como 73 não é racional, a transformação não é possível.

7.30) Determine os números racionais x e y tais que:

77-2TÍÕ = 7x - 7y
Solução:
Temos 27lÕ = 74(10) = 740 e assim: 77-2TlO = 77-740

temos:
a 7 e c = 7a2 -b = 749-40 = 79 = 3
b = 40

264
- 2>/t 0 = T? — Vío =
V 2

7 31) Determine os números racionais x e y tais que


7?+ 5^2 = x + y
Solução:
Neste caso temos radical de indice 3 e portanto não vale a fórmula.
Supondo então y > 0r temos;
^77?/2 -x + ^y<=>7+572 = (x+7yl3e=
«7 + 5^ = x3 + 3x2V7 + 3xTy?+^T =

« 7 + 5 J2 = x3 + 3x27y + 3xy +y<jy »

x3 + 3xy = 7
cs 7 + 572 = {x’ + 3xy) + (3x3 + y)7y » 3xz + y = 5
y=2
Resolvendo este sisterria obtemos y = 2 e x = 1
Assim
^7 + 5^2 = 1+72

Exercícios Propostos

7.32) Determine os números racionais x e y tais que as igualdades abaixo sejam


verdadeiras.
a) ^9 + TÍ7 = 7x + 7y d) Js-7Í5 = 7x - 7y

b) 7s + 7s0 = 7x + 7^ e)
V 4
c) 7? + 27b = Vx + Vy f) ■Js- J2 = >fx - 7y
7.33) Efetue, se possível, a transformação:
^26+15^3 = a+7b

onde a e b são racionais.

265
Exercícios Suplementares

x+2 r a
IV 1) Resolva a equação ---7x = 4
Tx-1

IV 2) Resolva a equação: 7l - 7x4 - x2 =x —1

IV.3) Resolva e discuta a equação: 7x2 - mx = x + m

IV.4) Resolva a inequação: 7<2x-3)(x + 1) < x-1

IV.5) Resolva a inequação. 7x + 6 -7x + 1 > 72x-5

IV 6) Resolva a inequação: x + 2 < Vx3+8

IV 7) Discuta, segundo os valores de a e de b, o número de raizes da equação.


x + 7a2 - x2 - b; a > 0 e b > 0

x+1 x+3
IV 8) Resolva a inequação:-------- .—— < 0
x-A 1—x

IV.9) Resolva a inequação: 7x - 97x +18 i 0

IV. 10) Resolva a inequação: (1 + x)7x2 + 1 > x2 -1

x-1
IV 11) Resolva a inequação: . Ix - — - . 11 - — > ——-
V x V x X

IV. 12) Considerem-se os números:


xd = 74 - \/l 0 + 275
x2 = 74 + 710 + 275
Calcule x? + Xj e x,•x2. Deduza o valor de X1 + X2.

IV. 13) Verifique que 730-1276 = 372 - 273.

IV.14) Sendo a e b números racionais positivos, não quadrados perfeitos, com


a * b. mostre que os números s = 7ã + 7b e d = 7ã - 7b são irracionais.
Aplicação: Sendo A e B números racionais positivos, B não quadrado
perfeito, que relação deve existir entre A e B para que se possa ter dois
números racionais x e y tais que:
7a + 7B = x + 7y ?
Calcule então x e y.
Simplifique: 731+1275

266
PARTE V
Capítulo 8 - A álgebra das funções
Capítulo 9 - Tipologia das funções
- Função inversa
Capitulo

ITI A álgebra das funções

8.1 - AS OPERAÇÕES DA ARITMÉTICA


Sejam as funções f e g reais e de variável reai.
A tabela abaixo define quatro novas funções, obtidas a partir das funçõt.

Nome da Sentença aberta que a |


Notaçao Domínio Contradominio
função define

soma f+g m D(g) (f + g)(x) = f(x) + g[x)

diferença f-g D(f)n D(g) R (f-g)(x) = f(x)-g(x)

produto f' 9 D(0 n D(g) R (f gXx) = f(x) g(x)

D(í) D(g)
quociente
f
com R ín
9
g(x) # 0
laJ
Exemplos
a) Sejam as funções f e g definidas por enumeração dos pares que as
constituem;
f = {(1;-1),(2; 2).(3; 2),(6; 7)}
g ={(1;2). (2; 0),(3;4),(9; 12). (20; 3)}
Observe que D(f) = {1; 2, 3; 6} e D(g) = {1; 2. 3; 9. 20} e que
D(f)nD(g) = {1;2; 3}.
A funçáo soma f + g tem domínio D(f) m D(g) = {1; 2; 3}, contradominio R

(f*g)(D = f(i) + g(l) = -i + 2 = 1


(f + g)(2) = f(2) + g(2)= 2 + 0 = 2
(f + g) (3) = f(3) + g(3) 2 + 4= 6
Então;
f + 9 ={(1; 1). <2; 2), (3; 6)}
A função diferença f - g e a função produto f ■ g também têm domínio
D(f) m D(g) = (1; 2; 3} , tem contradominio R e
f^g = {(1;-3), (2; 2), (3:-2)}
f g = {(1; —2), (2; Q), (3; 8)]

269
Observe que. por exemplo
(f-g)(2) =f(2)-g(2) = 2-0=2
(f. g)(2) = f(2j g(2) = 2 0 = 0
A função quoctènle — tem dominio conslituídc pelos elementos x que
9
pertencem ao conjunto D(f) m Dfg) tais que g(x) * 0; como g(2) = □, tem-
se

D
f
9
- {1; 3} e - =
9 '4 ■H
Note que =
f0) -1 1
- e
f(3)
í 1(3) = -^ 2 2
g(i) 2 2 9j <,g(3) 4 2

b) Sejam as funções f e g definidas pelas sentenças abertas


f(x) = x2
g(x) = Vx

Então, Dff) = K, Dfg) = R.e 0|f)n Dfg) = K,


Dai, as funções f + g. f - g e f - g têm domínio R. e sâo definidas,
respectivamente, por
(f+g)(x)=xí + 7x
{f-gHx) = xí-^
(f g)(x)^x? Ví

, função quociente — lem domínio:


9

(x | x e D(f)mDfg) Ag(x) * 0); então, = ES;, e;


X2

s/x

Exercícios Resolvidos

0 1) Sejam as funções íeg definidas, respectivamente, por:


ffx) = Vx-2
g(x) = ^5- x

a) Determine Dff) e Dfg).


b) Determine os domínios das funções f + g, f-g, í-ge-,
9
c) Dê as sentenças abertas que definem cada uma dessas funções.

270
Solução:

a) D(f) - [2; +«[ e D(g) = ]- «; 5]


b) Como D(f) rs D(g) = [2; 5] tem-se.
D(f + g) = D(f — g) = D(f g) = D(f) rs D(g) = (2; 5]
Todo elemento x que pertence ao domínio de - é tal que:
g
x e D(f) □íg) e g(x) - o
fj
Então, D = 12; 5[
gj
c) (f + g) (x) = f(x) +■ g(x) = 7x-2 +-75-x
(f - g) (x) = f(x) - g(x) = Jx~2 -75-x
(f g){x)=f(x) g(xj = Vx-2 ■ 75-x
Vx-2
IgJ rg(x) 75 - x

a.2) Sejam as funções de R em R, f e g, definidas peias sentenças abertas:


f(x) = |x|
1, se x > 0
g(x) = 0, se x - 0
-1, se x < 0

Para as funções f+g, f-g, fge —:


g
a) determine os domínios.
b) dê as sentenças abertas que a definem.
c) desenhe os gráficos.

Solução:

a) Observe gue D(f) = Dfg) = 3c e então:


D(f + g) - D(f-g) = D(í g) = □(Or'D(g) = 3

{x | X Í D(f)D(g) A g(x) ■* 0], corro g(0) = 0 tem-se

DÍí] =
x. se x > 0
b) Como ]x| = 0, se x = 0 vem:
-x, se x < 0
x + 1, se x > O
(f + g)(x) = f(x)-r g(x} = □, se x = 0
-x-1 se x <0
271
x -1, se x > 0
(f - g)(x) = f(x)~g(x) = 0, se x = 0
-x + 1, se x < 0
x 1 = x, se x > 0
(f g)(x) = f(x) g(x) = 0 0 = 0, se x = 0 = ou seja, (f g)(x) = x
(—x)• (—1) = x, se x < 0
x
- = x, se x > 0
f(x) [|j(x) = x. x* o
= ou seja,
kgj g(x) -x
— = x, se x < 0

c)
. y #y

X x
-1 \ Z 1

-1 f+g -1 f-g

ay

x
>

f
f*g g

Exercícios Propostos

8.3) Sejam as funções f e g definidas por enumeração dos pares que as


constituem:
f={(0; 1). (1.2), (2; 3), (3; 4), (4: 5)}
g = {(1;2). (2; 3), (3; 0). (6; -1)}
Determine as funções f + g. f- g, f g e
9
272
8.4) Sejam as funções f e g definidas pelos "diagramas de flechas-':

> 4 -1
0 5 0
0
1 6 1
1
2 2
3
3 3
f 9

Determine, através de "diagramas de flechas' as funções f+g. f-g, f ge


£
g

8.5) Sejam as funções f e g, reais e de variável real, definidas por:


f(x) = x
g(x) = x2 - 1

Para as funções: f + g, f — g, g — f, g f, - e -.determine


f g
a) o domínio de cada uma delas
b) a sentença aberta que define cada uma delas

8.6) Sejam as funções de R em R definidas por:


f(x) = |x| (função módulo)
g(x) = [x] (função maior inteiro)

a) Obtenha os domínios das funções f g, f - g, f g e e as sentenças


g
abertas que definem cada uma delas.
b) Desenhe os gráficos das funções f + g e f g, para x e [—2: 2[

8.2 - COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES

Basicamente, a idéia da composição de funções é a de uma reação em


cadeia", em que as funções ■‘atuam" uma após a outra.

Exemplos
a) É comum, em nosso dia-a-dia, vermos raciocínios como o seguinte: "o
Imposto de Renda (IR) pago por um cidadão é ‘função’ do seu salãno; o
salário é função' do número de horas que ele trabalha Diz-se. então,
que o IR pago pelo cidadão é 'função' do número de horas que ele
trabalha"
Raciocinemos mais claramente nesse exemplo.
Imagine que o cidadão A receba 50 reais por hora de trabalho.
Podemos considerar a ‘‘função":
S(t) = 50t (1)
273
que determina, em reais, o salário S do cidadão A quando ele trabalha
um certo número t de horas
Imagine que a Receita Federal adote a seguinte "fórmula" para obter o IR
a pagar, a partir do salário s:
IR(s)= ^(s —300) (2)
6
Se o cidadão A trabalha 60 horas, qual é o IR devido"7
Inictalmente calculemos o seu salário (fórmula (1 ))■
s(60) = 50 ■ 60 = 3000 (em reais)
Em seguida, a partir do salário (3000 reais), calculemos o imposto s
pagar (fórmula (2))

I R(3000) = - (3000 - 300) = 450 (em reais)


6
Observe que o IR a pagar ê "função" das horas que o cidadão A
trabalhou, para calculá-io, iniciatmenle "aplicamos" a função s ao número
60; em seguida, ao resultado obtido, 3000, "aplicamos" a função IR,
obtendo então o imposto devido.
Podemos sintetizar o cálculo, delerminando uma única "função" (formula)
que dá o imposto devido pele cidadão A conhecencc-se o número de
horas que ele trabalhou
1
IR(s) = —(s - 300)
6
1
IR[s(t)J = ~[s(t)-300)
o

IR[s(t)] = -(50t-300)
6
,c, o IR ê "função" das horas oe trabalho, dada pela "fórmula":
IR(t) = - (50t - 300) (3)
6
Então, para as 60 horas que o cidadão A trabalhou, o IR devido pode ser
calculado fazendo t = 60 na "fórmula" (3):
IR(60)
2 (50 60 - 300) 450 (em reais)
6

b) Sejam as funções f e g definidas, respectivamente, pelas sentenças


abertas:
f(x) = 9x
g(x) = Vx
Note que D(f) = R e D(g) = {x e R | x i 0).
Se X 3: 0, então f(x) = 9x é não-negativo, isto é, f(x) > 0; logo, f(x)
pertence ao domínio de g Temos então:
g[f(x>] . <x) = 7ãx = 3Vx
A sentença aberta;
g|f(x)l 3jx

274
define uma nova função, que se denomina composta de g com f, e que
se representa com g °f (lê-se: “g bola f ).
Observe que o dominio de f é ã, mas elementos desse domínio são
excluídos para se obter o domínio de g - f: se x ê negativo então f(x) é
negativo e não existiría g[f(x)] =
Resumindo, o dominio de g ° f é constituído por todo x do dominio de f
tai que f(x) está no domínio de g.
No nosso exemplo, D(g °f) - (x e 3 | x? 0)

Definição

Dadas as funções g e f, g ° f é uma função que se diz composta de g com


f, definida por

| (g->f)(x)=g[f(xji

O domínio de g ° f é:

D(g o f) = {x I x 6 D(f) A f(x) e D(g»~|

Adotaremos CD(g ° f) = CD(g)

CD(f) I(g n

CD(g) = CD(g f)

D(g 3 f)
D(f) D(g)

Exemplo

Sejam os conjuntos U = {x e ri| Osxs 10},


A = {0; 2; 4; 6; 8; 10} e 8 = {2; 4; 6; 8; 10}. Consideremos as funções g e f
definidas por:
g:8-*U
g(x) = lx-1

275
f: A -♦ U
f(x) = lx + 4

u 5
2- 5 6
6- 0 7
-—9 1

gfeW
10- 8
3
0- >
4 -
84 i(g°f)
D(g ^f)
A ;b}XV
w/
w ----- >— u
f: A-^ U g: B -> U
f(x) = ± x + 4 g(x) = ^x- 1

g ° f: {0; 4; 8} —> U
1 1 1
(g o f) (X) = g[f(x)J =5 X + 4] - 1 x + 1

Para se obter a função g f note que o conjunto: l(f) o D(g) não pode ser
vazio
O domínio de g ° f é um subconjunto do domínio de f, constituído pelos
elementos cujas imagens (dadas por f) pertencem ao domínio de g. No exemplo,
observe que:
I(f) = {4; 5; 6; 7; 8; 9)
D(g) = {2; 4; 6; 8, 10}
l(f) r> D(g) = {4; 6; 8}
D(g o f) = {0; 4; 8}

l(g°f) = {1;2; 3}
CD(g ° f) = CD(g) = U (convenção)
Note, uma vez mais, que os elementos do domínio de g o f são aqueles
cujas imagens, dadas por f, pertencem ao conjunto: J(f) D(g); e, para que exista
g - f. deve-se ter: l(f) m D(g) * 0.

Observações

Não confunda a notação g ° f com a notaçao g • f; note também que a grafia


g ° f está "às avessas”: a primeira função que se aplica é f e a segunda é g.

276
Dadas as funções g e f. pode-se pensar em duas funções compostas, g ' f e
f0 g, para as quais se tem, respectivarnente:
(g 0 f)W = g[f(x)]
(f°g)(x) = f[g(x)j
A composição de funções não é uma operação comutativa:
g 0 f * f0 g

Uma Representação Esquemática

Podemos ilustrar, com o esquema da figura abaixo todo o processo para se


construir a função g ° f, composta de f com g:

g f

entra f(x) sai


I glf(x)j = (g f) (x)
f g
x

rejeita rejeita
x e D(f) f(x) £ D(g)

Exercícios Resolvidos

8.7) Sejam as funções f e g definidas pelos pares que as constituem


f = {(1;2), (2;5). (3:6), (4; 0)}
g = {(2; 4). (5; 7), (6; 8). (-1;-3))
Obtenha a função g c f.
Solução:

Calculamos: (g°f)(l) = g[f(i)] = g(2) = 4


(g°f)(2) = g[f(2)] = g(5) = 7
(g ° f) (3) = g[f(3)] = g(6) = 8

Note que 4 s D(g ° f), pois f(4) = 0 r? D(g).


Então:
g°f={(1;4), (2; 7). (3; 8)}

-3

277
Observe que: D(f) = {12. 3: 4}
l(f) = {2; 5. 6; 0}
D(gí = {2; 5. 6, -1}
l(f) m D(g) = {2; 5; 6} * 0
]{g) ={4: Z, B; 3}
D(g°f) = {1;2; 3}
|(g cfj = 7 8}

■ 8) Sejam as funções f e g definidas por:


x? -4
f(x} =
x-1
gíx)
2
X

a} Determine D(f) e D(g).


b) Determine D(g ° f).
c) Dê a sentença aberta que define g ° f.

Soíução:
a) Para o domínio da função f, deve-se ler x r 1
D(f) = R — {1}. e, para o domínio da função g, deve-se ter x * 0

D(g) = R".
b) D(f) = {x e R | x * 1} e D(g) = {x e R ] x * □}
D(g = f) = {x e R l:x e D(f):
D(f) a ffxfê D[g);}
ixz-4
D(g f) ~ {x e R I x r 1 ! A
Lk-i_ * OJ k

D(9'-í) = (X eRl x> 1 . 2 xx-2}


c) Se x x 1. x / 2 e x ?■--2
(g^fKx) = g[f(x)] = -^- 1 x-1
x* -4 x? -4
x-1
x-1
(9*0(x) = ^4

) Sejam as funções f e g definidas por:


f(x) = /x
g(x)= xa

Para as funções g"f ef°g, determine;


a) o domínio
b) a sentença aberta que define cada uma delas.

2?s
Solução:
Note que D(f) = R« = {x e R |x > 0} e D(g) = R
a) D(gof) = {xeR|)teD(f); a f(x) e D(g )■}
D(g 0 f) = {x e R I ix à 0 a ix3e i-satisfeita para todo x
D(g ° f) = {x e R I x s 0} = R.
D(g u f) = {X 6 R l[x e D('g)j a jg(x) e D(fji}
D(g o f) = {x e R Iix e !?__ j; a >o0 . i }
a.x33.^

A inequação x,33 > 0 nos dá x 5 0, e daí:


D(f ° g) {x e R | x > 0) = R.
b) (g 0 f) (x) = g[f(x)J = [f(x)]3 = (Ví )3
(g o f) (x) = ( Vx )'.3■
(fog) (x) = f[g(x)] = Vg(xj = Vx3
X3
(f°g) (x) =

Note que para todo X 2? 0 tem-se (Vx) = Vx3 ; então uuiuu

D(g o f) = D(f o g), e como por convenção CD(g f) = CD(f g) tem-se


g ° f= fog

8 10) Sejam as funções reais e de variável real definidas por:


x, se x < 1
f(x) = g(x) = x2
2, se x > 1
a) Determine (g ° f) (1) e (f° g) (2).
b) Determine (g o f) (x) e (f o g) (x).

Solução:
a) (g°f)(1) = g[f(1)] = g(1) = 12 = 1
(fog) (2) = f[g(2)] = f(4) = 2
|2 | x2, se Xí1
b) (g°f)(x) = g[f(x)) = [f(x)]'
l4, se x > 1
(f°g) (x) = f[g{x)] =
íg(x), se g(x) í ij x2, sex2 í x2, se -1 < x í 1
|2, seg(x)>1 j 2, se x2 > 1 2, se x < -1 ou x > 1
Então:
, ... . fx2, se x s 1
(g°f)(x)=<
[4, se x > 1

279
x2, se ~1sxs1
(f-g)(x)
2, se -1 < x < 1
8 11) Se f(x) ~ x + 2, determine a sentença aberta que define uma função g tal que
(f'Jg) (x) = x.

Solução:
(f °g) (k) = flg(x)] = glx) + 2
Como g(x) + 2 = x, tem-se g(x) = x - 2.

8.12) Dadas as funções definidas por f(x) = 3x. g(x) = (x - 1)2 e h(x) = x + 2,
determine [(h c f) “g) (2)

Solução:
[(h-f)c g] (2) = h { f [@J }

(2) = h{3}^'
[(h o f) g) (2) = 5

6.13) Sejam f e g funções definidas por f(x) = 5x - 3 e g(x) = 2x + k. Determine k


para que f "g = g -'f

Solução;
Note que f g e g ° f são funções de H em R, pois f e g o são Então, para
que f° g = g □ f deve-se ter (f o g) (x) = (g ° f) (x):
(f °g) (x) = f[g(x)] = 5g(x) -3 = 5(2x + k) -3 = 10xi+ 5k - 3 :
(g o t) (X) = = 2f{x) + k = 2(5x - 3) + k = 10x L&.t.lí-.J
3
Então, deve-se ter: 5k-3=—6 + ke daí k = —.
4

X —1
8.14) Se f(x) = —- determine: f {f [f(x)]}
x
Solução:
Começamos calculando f [f(x)]z
X^-1
Kx)-i_ X____ X -1-x
f = x -1 X -1 x -1
f(x)
X
Agora,
’1 -1
_ f(f(x)]-1 _ X-1 -1-X + 1
------------------- X
(fíf£x))
x^i
280
Então: f {f [f(x)j} = x

8.15) Determine; f(x) se f(x + 1) = x2 - 3x + 2.

Solução:
Fazendo x + 1 = y, e daí x = y - 1, tem-se;

I f(y)=(y-D2-3(y-1)+2
f(y) = y2 - 5y + 6 (1)
I Em (1), substituindo-se y por x:
I
f(x) = x2 - 5x + 6

Seja f uma função real de varíável real, de domínio A, para a qual: se


x e A, então -x e A.
Se para todo x de A se tem f(-x) = f(x), f diz-se PAR.
Se para todo x de A se tem f(-x) = —f(x), f diz-se ÍMPAR.

8.16) Para as funções, de R em R, definidas pelas sentenças abaixo, diga qual é


par e qual é ímpar;
a) f(x) = x2
b) f(x) = x3
c) f(x) = x2 + X

Solução:
a) f(-x) = (-x),22 = x2 = f(x); par
4-y
f(x) = X2

J(-x) f(x) y
à\ A ,x
-X x
Note que o gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo Oy.

b) f(-x) = (-x)3 = -x3 = —f(x): ímpar

281
yj.
I f(x) = X1

f(x)
-X X

7
x
f(-x) = -f(x)

Note que o gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação ã origem


do sistema cartesiano.
f(x): não ê par
C) f(~X) = í-x/ + (-X) = X3 -X {* —f(x) = —X3 — X : não é impar

Essa função não se classifica segundo o critério par ou ímpar

Exercícios Propostos

8 17) Sejam as funções f e g definidas pelos pares que as constituem


f={1; 2), (2; 1), (3; 4), (4; 6)}
g = {(2; 4), (3; 5), (5; 6)}
Determine a funçãog °f,

6 18) Sejam as funções f e g definidas por:


,2
f<x) = {x- iy
g(x) = 2x + 1
Calou ie:
a) C)

7
b) (g°fH2) d) (g°g) --
2

Nos exercícios de 8.19 a 8 24 as sentenças abertas definem as funções f e g;


determine em cada caso:
a) o domínio da função f
b) o domínio da função g
c) o domínio da função g°f
d) a sentença aberta que define g ° f
e) o domínio da função f ° g
f) a sentença aberta que define f D g

,2
8.19) f(x) - (x - 1) e g(x) = x + 1

282
8 20) f(x) = x2 e g(x) = Jx

8.21) f(x)-Vx2-1 e g(x) = <Jx2 +1

8 22) f(x)=1-2 e g(x) = -^ 1


x rx + 1

8.23) f(x) = í/x-1 e g(x) =—


x
8.24) f(x) = x2 e g(x) - x'2
8.25) Sejam as funções reais e de variável real
-x, se x £ 1
fW = g(x) = 2x
x, se x > 1

a) Determine (g °f) {0), (f= g) (4), (f ° f) (-1) e(gog) (3).


b) Determine (g Q f) (x) e (f ° g) (x).

8 26) Se f(x) = 2x - 3 e f [g(x)J = x, determine g(x).

8.27} Considere as funções f e g definidas por g(x) = |x| e f(x) = x + 2,


a) Determine (f ° g) (x).
b) Desenhe o gráfico da função f°g.
c) Resolva a inequação (f0 g) (x) < 6.

8.28) Suponha que as funções f e g sâo definidas por:


f(x) = ax + b
g(x) = cx + d
Qual é a condição para que f o g = g Q f?

1-x
8 29) Sejaf(x) - ------- . Calcule f {f [f(x)j}.
1+ X

8.30) Dadas as funções definidas por f(x) = —. g(x) = -x e h(x) = x2, calcule

f{g(h(-2)]}.

8.31) Para a função f, de R em Si, definida por f(x) = 3x:


a) determine x se f(x:) = f(2x + 3).
b) verifique se f(3x + 4) = 3f(x) + 4.

8 32) Se f(x) = ^ + 36 g(x) = (f° f) (x), determine g(2).

283
x-1
8 33) Se f(x) = *— e f íízlL -x. determine x.
x+1 kx + U

8 34) Se f(x) = 2x + 3, calcule:


f
n
a) f(0) e)
kXJ
1
b) f(-x) f)
f(x)
f(x + h)-f(x)
=) f(X + 1) g)
h
d) f(x)+1
x
8 35) Determine: f(x) se f j------ = x2.
x+1

8 36) Sejam as funções f e g. de N em N, definidas por:


2x, se x é ímpar
f(x) =
x +1, se x é par
, x íx + 1, se x é impar
g(x) = - ,
2x + 1, se x e par

a) Determine (g Q f) (5), f íg(2)) e (f ° f) (3).


b) Determine (g uf) (x)

8 37) Para as funções, de R em R, definidas pelas sentenças abaixo, diga qual é


par e qual d Impar.
a) f(x) = [x|
.3
b) f(x) = 3x - x
x2+1
c) f(x) =

8 30) Uma função f, de R em Rh é ímpar. Determine f(0).

8.39) Verifique que h ’ (f0 g) = (h o f) ° g para:

f: x xz
g; x —> x

8 40) I, g eh são funções de R em R. Demonstre que:


(f + g)o h = f oh + g

8.41) f.g e h são funções de E em E. Demonstre que:


(h 0 g) = h ° (g ° í)

284
285
Capítulo

Tipologia das funções


9 - Função inversa

.1 - Função Sobrejetora

Definição
Seja f uma função de A em B; f diz-se sobrejetora se e somente se t(f) = B,
isto é
| f é sobrejetora cx. T(f) = CD(f)

f é sobrejetora:
em cada elemento de B = CD(f) ‘chega pelo menos uma flecha”.
Note que se f é sobrejetora, para todo elemento y de B existe ao menos um
elemento x de A tal que f(x) = y, isto é, todo y de B é imagem de "pelo menos um" x
de A
Quando a função f, de A em B, é sobrejetora, a equação f(x) = y admite para
todo y e B pelo menos uma solução.

Exemplo
A função f, de R em R-., definida por f(x) = x2 é sobrejetora, pois para todo
y, y e R», existe ao menos um x real, x = ±7y, tal que f(x) = y.
Note que o contradomlnio de f é dado: R*; o conjunto-imagem de f obtém-se
projetando o gráfico de f sobre o eixo Oy: í(f) = R,.
Então, CD(f) = J(f) = R» e fé sobrejetora, por definição.

286
CD(f) = l(f) = IR+‘ *
'*
'* f(x) = X2
X *
5 X
5 X

■>

9.2 - FUNÇÀO INJETORA


Seja f uma função de A em B; f diz-se injetora se e somente se quaisquer
que sejam os elementos x, e xj em A, se Xi * x? tem-se: f(xj * f(xj).
f é injetora <=> (Vx,, x1 e A; Vx2, x2 e A : x, * x2 => f(x,) * f(x2) j

Note que se f é injetora, um elemento y de B não é necessariamente


imagem de algum elemento x de A, mas, se o for, é imagem de um único x de A
Quando a função f, de A em B, é injetora, a equação f(x) = y admite no
máximo uma solução para todo y e B.

f é injetora:
em cada elemento de B = CD(f) "chega no máximo uma flecha

Exemplo
A função f, de R* em R, definida por f(x) = — é injetora.

f(x) = x

Note que y = 0 nâo é imagem de nenhum elemento x de D(f) = R* e que


todo y e R, y * 0, é imagem de um único x de D(f) = R*.

287
Quaisquer que sejam Xi e xj em R*. tem-se'
1 1
X, * X; ---- -
X, x2
l(M.) * f(x2)

9.3 - FUNÇÃO BIJETORA

Definição
Seja f uma função de A em B; f diz-se bijetora se e somente se f é
sobrejetora e é injetora
f é bijetora (f é sobrejetora e f é injetora) |

Note que se f é bijetora. para todo elemento y de B extste um e um só


elemento x de A tal que f(x) = y, isto é, todo y de B é imagem de um e um só x de
A.

I(f)

f é bijetora:
em cada elemento de B = CD(f) “chega uma e uma só flecha".
Quando a função f, de A em B, é bijetora, a equação f(x) = y admite para
todo y e B uma e uma sõ solução.

Exemplo
2
A função f, de R em R, definida por f(x) = x é bijetora, pois para todo
y e R = CD(f) existe um e um só x de A, x = ^/y, tal que:
f(x) = y
Note que f é sobrejetora e é injetora.
f(x) = x3

288
9.4 - UM RECONHECIMENTO GRÁFICO
Seja f uma função real de variável real;
f: A-»B
Podemos verificar graficamente se fé sebrejetora ou injetora ou bijetora, da
seguinte forma:
Traçamos retas paralelas ao eixo Ox pelos pontos (0; y} com y e B; então:
1°) Se essas retas encontram o gráfico de f em "pelo menos um" ponto, f é
sobrejetora.
y

CD(f)= l(f)

MS
-...r5*
x
D(f)

2") Se essas relas encontram o gráfico de f "no máximo" em um ponto (hã


retas que nào o encontram, mas aquelas que encontram o fazem em um
único ponto) a função é injetora.

fy
CD(f)
3
-

X
D(f)

3’} Se essas retas encontram o gráfica de f em um e um sõ ponto, a função


è bijetora.

CD(f) = l(f)

3 +
3 r
í
x
D(f)

289
Exercícios Resolvidos

9 1) As funções abaixo estão definidas através de "diagramas de flechas"; diga


qual é sobrejetora, qual é injetora e qual é bijetora:

a) b) c) d)

1
2
-
^•°\ /1 l / 2
0
1
1 * > -1
2- > -2 1
-1
•2
3 I ’2 3 2 3*- > -3 2 •3
4 | -3 M 4 - 4- -4 •4
5 5r '•õ ^5

A [A B A B

Solução:
a) não é sobrejetora: nos elementos 2 e 3 de B não chegam flechas;
observe que l(f) * CD(f); não é injetora: nos elementos 0 e 1 de B
chegam mais do que uma flecha; não é bijetora;
b) é sobrejetora l(f) = CD(f); não é injetora: nos elementos 0 e 1 de B
chegam mais do que uma flecha; não é bijetora;
c) é sobrejetora: l(f) = CD(f); é injetora: em cada elemento de B chega uma
única flecha, é bijetora;
d) não é sobrejetora: nos elementos 2, 3 e 4 de B não chegam flechas, isto
é, l(f) * CD(f); é injetora nos elementos 1 e 5 de B, onde chegam
flechas, elas são únicas; não é bijetora.

9.2) As funções abaixo, definidas pelos gráficos, têm domínio A = [1; 4] e


contradominio A = [1; 4], Diga qual é sobrejetora, qual é injetora e qual é
bijetora:
a) b)
•^y y
4- - 4

1- 1
■>
>
1 4 X 1 4 x

c) d)
>y
4 4

1 1
■+ >
1 4 X 1 4 x

290
Sotução:
Quando conhecemos o gráfico de uma função f e queremos decidir se ela é
sobrejetora ou injetora ou bijetora, traçamos relas paralelas ao eixo Ox pelos
pontos (0; y) com y e CD(f):
a) é bijetora; as retas encontram o gráfico em um e um só ponto; note que a
função é sobrejetora e também é injetora;
b) é injetora; as retas encontram o gráfico no máximo em um ponto; não é
sobrejetora e portanto não é bijetora;
C) não se classifica: não é sobrejetora, não é injetora e não é bijetora;
d) é sobrejetora, as retas encontram o gráfico em um ou mais do que um
ponto; não é injetora e portanto não é bijetora.

9.3) Seja a função f definida por


íf; R -+ R
|/(x) = x|x|
Verifique que f é bijetora.

Solução:
Vamos demonstrar que a equação:
x |x| = y (i)
qualquer que seja y de R = CD(í). admite uma e uma só soiução.
Se y í 0, tem-se:
2
x =y
x|x| = y « A «x= y
xiO
Se y <: 0, tem-se:
2
x = -y
x]x| = y « <=> x = ->J-y
x £0

Portanto, a equação (I) admite, qualquer que seja o real y, solução única:
x = Jy se y í Q,x = -^-y se y £ 0

Para a obtenção do gráfico da função f note que:


Se x > 0: |x| = x e f(x) = x!
2
Se x < 0: |x| = -x e f(x)
Então:
x3, se xíO
f(x) =
-x2, se x <. 0

291
y f(x) = x’
\ SBXiO

sexsO

f é bijetora: toda reta paralela ao eixo Ox


que passa por (0, y) com y e R corta o gráfico em um e só um ponto.

9 4) Considere a função f, de Z em Z, definida por


x
se x e par
f(x) =
x+1 . .
, se x e impar

Verifique se fé sobrejetora ou injetora ou bijetora.

Solução:

A função é sobrejetora, pois todo a e Z = CD(f) é imagem de pelo menos um


elemento de Z = D(f): esse elemento é 2a (par).
A função não é injetora, pois elementos do domínio da forma 2n e 2n - 1
tém mesma imagem: f(2n) = f(2n - 1) = n.
A função não é bijetora.

9.5) Seja a função f, de R em B, definida por


f(x) = x2 - 2x + 4
Determine B para que f seja sobrejetora.

Solução:
Para que f seja sobrejetora deve-se ter l(f) = CD(f); então:
B = 1(0
= /yeIi<|yi^l
I(f)
l 4a J
1(0 - {y g R | y 2 3} = [3; +=o(
Daí: B = [3; +<»[

9 6) Seja o conjunto A = {x e R | x < x0}. Considere a função f, de A em R,


definida por.
f(x) = x2- 6x + 8
Determine o maior valor de Xo para que f seja injetora.

292
Solução:

I /
Í3 /
x
:v

Note que CD(f) = R; para que f seja injetora, retas paralelas ao eixo Ox que
passam por (0; y), y e R = CD(f), devem encontrar o gráfico "no máximo’ em
um ponto.
Para que isso aconteça, o maior valor de xo é x0 = ^ = 3.

9.7) Sejam f e g funções de E em E. Mostre que se f e g são injetoras. a função


g ° f é injetora.

Solução:
Sejam Xi e X2 dois elementos quaisquer de E.
f é injetora: xi * x2 => f(xi) * f(xa)
g é injetora: f(xi) * f(xa) => g[f(xi)] * g[f(x2)]
Portanto:
xi * x2 => (g ° f)(xi) * (g ° f)(x2)
isto é, g o f é injetora.

Exercícios Propostos

9 8) As funções abaixo estão definidas através de "diagramas de flechas'. Diga


qual é sobrejetora ou injetora ou bijetora:

a) b) c)

1 2 / 1 0
1
/ 2
2
2-— 4 1 2 3
3 4
3 6 2 3
\ 4 5
4 8 \ 5 6
A B A B A B

293
99) As funções abaixo, de A em B, são definidas pelos gráficos Diga qual é
sobrejetora ou injetora ou bijetora.
a) b) c)
+y - l'y
B

\ r 1
|7
X X
3—r
A A^ A
X
B

9 10) Para as funções definidas abaixo, diga qual é sobrejetora ou injetora ou


bijelora
a) f: R -» 3., f(x) = fx|
b) f'R-> 5., f(x) = [x|
c) f: R* -► R”. f(x) = 1
x
d) f. R -> R, f(x) = -x2 + 4

e) f: R -> a», f(x) _ IXHX


2
f) f: R -> Z, f(x) = fx]
(Sugestão: raciocine graficamente )

9.11) Seja a função f definida por:

-{1} -* R

3x + 5
f(x) =
4x -3
Verifique que f não é sobrejetora
(Sugestão: número de soluções da equação
3x + 5
= y)
4x -3

9.12) Seja a função f, de Z em Zr definida por:


x
... se x e par
í(x) = p
0. se x é impar
A função f é sobrejetora? injetora?

9 13) Seja a função f, de R** em R/. definida por:

f(x)=x2 + 4
x

Calcule f , f(1) e f(2). A função é injetora?


V2J
294
9 14) Seja a função f, de X em R, definida por:

2x-3
f(x) =
x2 +1
Resolva as equações f(x) = 1 e f<x) = - 1; conclua que f não é injetora e não
é sobrejetora.

9 15) Seja a função f, de R em B, definida por:


f(x) = - x2 + 2x - 1
Determine B para que f seja sobrejetora

9.16) Seja o conjunto A = {x e R | x > x0}. Considere a função f. de A em R,


definida por:
f(x) = x2 - 6x + 8
Determine o menor valor de xo para que f seja injetora.

9.17) Sejam os conjuntos A e B tais que nA = p e ob = q, e seja f uma função de A


em B. Qual condição p e q devem satisfazer para que f seja sobrejetora?
Injetora? Bijetora7

9.18) Quantas são as funções sobrejetoras de A = {1: 2; 3} em B = {1; 2}?

9 19) Quantas são as funções injetoras de A = {1: 2} em B = {1; 2; 3}?

9.20) Quantas são as funções bijetoras de A - {1; 2; 3} em B = {1, 2; 3p

9.21) Sejam f e g funções de E em E. Mostre que se f e g são sobrejetoras. a


função g Q f é sobrejetora.

9.5-FUNÇÃO INVERSA

O Conceito
Sejam os conjuntos A = {1;2; 3}e B = (a; b; c) e as relações de A en
«i = {<1; a), (2; a), (3; b)}

1 ■>
a
2 b
3 c

A B

295
•Jl2={(1. a). (1;b), (2. c)}

1 * a
2 b
3 c

A B

'J?3= {d. a). (2 b), (3; c)}

1 a
2
3 ,E b
c

Bj
Observe que as relações JHi e 'Jh são funções de A em B, a relação ítz não é.
Para cada uma das relações dadas podemos construir a sua relação
inversa, de B em A:
'Jli”’ = {(a; 1), (a. 2), (b; 3)}

a ■>

1
b 2
c 3

B A
'J12-1 = {(a; 1), (b; 1), (c; 2)}

a >

b
c

B A
:U3-, = {(a. 1). (b; 2). (c; 3)}

a
b 2
c +■

296
Observe que a relação $1, é função de A em B, mas a relação 9N não é
função de B em A (por quê?) A relação uh não é função de A em 0 e a relação
ÍHi' não é função de B em A
Entretanto, a relação Í13 ê função de A em B e a relação inversa 'Jh-’,
também, é função de B em A. Observe que tHa é função bijetora de A em B; e isto
significa que para todo y e B existe um e um só x e A tal que (y; x) e isto é,
'Ji/1 é função de B em A.
Note também que = ](t>í3) e l{'Jt3-’) = Dí-Cs)

Teorema

Seja f uma função de A em B; a relação inversa f é uma função de B em A se e


somente se ê uma função bijetora.

Demonstração:
1e) Vamos demonstrar que se f-1 é uma função de 8 em A então fé bijetora.
Seja y um elemento qualquer de B: então existe x e A tal que (y; x) e f
pois f"1 é função, e dai (x, y) e f, isto ê, f é sobrejetora.
Sejam Xi e x2 dois elementos quaisquer de A. tais que xi * xz. Note que se
f(Xi) = f(xz) = y vrria t,“,1] = x, e f^j = xz contra a hipótese de que fé função, então
Xi * x2 f(Xi} * f(xz), isto é. f é injelora.
Logo fé bijetora,
2°) Vamos demonstrar que se f é bijetora, enlão fê função de B em A.
Para todo y em B existe um elemento x em A tal que (x: y) e f. pois f ê
sobrejetora. Então para todo y em B: (y; x) e f-1, isto ê, todo y de B lem imagem x
em A, dada por f-1.
Supondo que um elemento y e B tenha as imagens xi e xz em A. dadas por
f . teremos: (y; x,) e f1 e (y; x2) e f'1 e dai (x^ y) e f e (x?; y) e f, então xi = xz.
pois fé injetora.
Concluímos então que todo y de B possui uma e uma só imagem em A,
dada por f-1 isto é, f-1 é função de B em A.

Definição

Seja f uma função bijetora de A em B, e seja f-1 sua relação inversa. O teorema
anterior mostra que í -1 é uma função de B em A e que se denomina função
Inversa de f. |

Oiz-se que uma função é invertível se existe f isto ê. se f é bijetora

Exemplo
Sejam os conjuntos A = {-1; 0; 1}, B = (-3; 0, 3} e a função f, de A em B
f= (0: 0), (1;3)}

297
-3
0
3

BJ
Note que f é bijetora. então f é invertível, isto é, existe f1. O domínio de f é
B e o seu contradominio é A.
Os pares ordenados que pertencem a f-1 são obtidos dos pares ordenados
que pertencem a f trocando-se, nestes, as coordenadas uma pela outra
(-1; -3) e f então (-3; -1) e f*1
(0, 0) e f então (0, 0) e f-1
(1; 3) e f então (3; 1) e f-1

f {(-3; —1), (0; 0), (3, 1)}

-3 -1
0 0
3 1

B A
Observações: Seja f uma função bijetora de A em B.
1o) Se (x; y) e f então (y; x) e f e inversamente: note então a equivalência
para as sentenças abertas:
y = f(x) c=> x - f-1(y)
2°) D(f -1) = l(f) e l(f ”1) = D(f), note também que pois l(f) = CD(f), pois é
bijetora.
3°) Observe que a função f é também bijetora e que:
(f-’> -1 = f

A Sentença que Define a Função Inversa


Seja f uma função bijetora de A em B e seja y = f(x) a sentença aberta que a
define.
Da equivalência:
y = f(x) <=> x = f (y)
concluímos que a função inversa, f”1, de B em A, é definida pela sentença aberta
x = r’(y):
f = {(x, y) e A x B | y = f(x)}
r1 = {(y; x) e B x A | x = f-1(y)}
Então, dada a sentença aberta que define a função f:
y = f(x)
298
para obtermos a sentença aberta que define a função inversa f erpressamos r
"em função" de y:
x = f"’(y)

Por exemplo, seja a função bijetora:

|y = «x) = x’

A função inversa, f-1, è função de R em R.


Para obtermos a sentença aberta que define f . partimos da sentença
aberta que define f.
y = x3
expressando x “em função" de y:

Então, a sentença aberta que define a função f é:


x= f"'(y) = X
f = {(y. x) e R x R | x = Vx }

Como é comum representarmos a primeira coordenada de um par ordenado


com a letra x e a segunda coordenada com a letra y, na sentença aberta x = .
que define f1, fazemos uma troca de letras: x pory e y por x; então:
f-1 = {(x, y) e R x R | y = ^ }

Um Resumo
Dada a sentença aberta:
Y = f(x)
que define a função bijetora f, se quisermos a sentença aberta que define a tu.
F1, procedemos da seguinte maneira:
1° passo: na sentença y = f(x), isola-se x no primeiro membro.
2° passo: troca-se a letra x pela letra y e a letra y pela letra x.

Uma Propriedade Geométrica


Seja f uma função bijetora, real e de variável real
Se (a. b) e f, então (b: a) e F1.
Num sistema ortogonal xOy, os pontos de coordenadas (a; b) e (b; a) são
simétricos em relação ã bissetriz dos quadrantes impares.
^b; a)ef-’/“

! X
b —4 ™..»‘T(a: b) e f
zí =
a X

299
Aplicando o raciocínio para todos os pares que pertencem a f, podemos
concluir que

Os gráficos da função f e sua função inversa f são simétricos à bissetriz dos


quadrantes impares.

Exemplo
ff :R R
Seja a função bijetora |f(K)=X3

ír1 r^k
A função inversa cfe f e: ■{
[ffx) = ?/x
Os gráficos de f e de f’ eslão na figura abaixo:
y+ f: y = x3
8 ....... x(2; 6) Xbíssetriz

*—-fy =
______ -8 !(8; 2)

(-8. -2) í -1 2 8 x
-2

(-2;-8) -8

Exercícios Resolvidos

9 22) Seja a função f, de E* em Èt' definida por:

f(x) = -
x
Verifique que f é bijetora e determine f1,

Solução:
1
f é sobrejetora, pois todo y e R* = CD(fj é imagem de um x = - e 13' = □{f).
y
I é injetora, pois para todo x1( x? de IR* = D(f> iem-se:
1 1
X, * X,
x, xs
•(>,! * W
Enlãc, f é bijetora.
A senlença que define f” obtém-se da seguinte forma:
300
1° passo: isola-se x na sentença aberta que define f:
1
y
X
xy = 1
1
x - -
y
2o passo: “trocam-se" as letras xey:
1
y=-
X

r ; X' -> a’
Então
r’(x) = -

Note que f = f

9.23) Seja a função f definida por

R-
l2|
x+2
f(x) =
2x - 3
Verifique que f é bijetora e determine f-1

Solução:
Para verificarmos que f è bijetora vamos mostrar que para todo y,

, a equação:

-y
2x-3
í3
admite uma e uma sõ solução x.xetí- -

Para
xi-: —- ax
=y« - 3) c=- x(l-2y) = -2-3y » x =
X + 2 = y(2x -3) (i)

Observe, então, que de (I) podemos concluir que para todo y, y « ^.existe

f 3]
em correspondência unn eumsóx, xe j-». Concluímos que f è bijetora.

A sentença aderia que define f obtém-se de (I), trocando-se as letras x e y:


,-i, - 3x-t-2
f (x=--------
2x-1

301
Então:

9 24) Seja a função f definida por:


íf : R„ -> R„
|f(x)=x2

Verifique que f é bijetora e determine f~1.

Solução:
Para verificarmos que f é bijetora vamos mostrar que para todo y,
y e K- = CD(f), a equação:
x2= y
admite uma e uma só solução x, x e R» = D(f).
Para x > 0, a equação nos dá x = Jy, e como y iO, a solução existe e é
única.
Então, f é bijetora.
A função inversa de f é definida por:
íf':R, -> R,
V”(x) = 7x
f(x) = x2
■ y

■>

9.25) A funçã0 f. çje 3 em definida por;

f(x) = x ■ |x|
é bijetOra Determine f1. (Veja 0 exercício 9.3.)

Solução;

Para V è 0 tem-se: y = f(x) = x |x| o x = f"(y) = /y .


Para y s 0 tem-se. y = f(x) = x |x| « x = f'(y) = - 7- y
302
A troca das letras x e y nos dá:
C': Lí -»R
Vx, se x ? 0
r'(x) =
—se x <0

9 26) Seja f uma função bijetora de E em E. Demonstre que:


f-1of=Ie e fQf-1 —lg
onde 1e é a função identidade de domínio E, isto é:
ÍIe:E->E
|jE(x) = x
Solução:

As funções compostas f °f e f °f são de E em E; além disso:


(f °f) (x) = f1( f(x)J = f-1(y) = x
(fof-,)(y) = f[f-,(y)] = f(x) = y
Ficam demonstradas as igualdades.

Exercidos Propostos

9 27) Seja a função polinòmio do 1o grau:


íf :R-*E
^f(x) = ax + b. a * ü

Verifique que f é bijetora Determine f" .

9.23) Para a função polinomial do 1° grau:


|f :R->R
|f(x) = ax + b. aí 0
determine a e b para que f = f-1.

9.29) Verifique se cada uma das funções definidas abaixo é bijetora: em caso
positivo, determine a função inversa:
(f: R. -> Rt Jf: a.{y e R.| y 2-1}
a) d)
[f(x) = x: -1

’f; R-{1}-4 R-{2} f: x ->x-(1}


b) 2x + 2 e)
f(x) f(x) = 1--
x-1 X

íf: R -> R
c) íf(x) = x’ + 1

303
9.30) Considere a função f, de R em R, definida por:
f(x) = 2x - 5
a) Determine f ,
b) Calcule (f (x) e f [f(x)J

9.31) Uma função bijetora de R em R é definida por:


x2 -1, se x % 0
í(x)
x -1, se x < 0
Determine f

9.32) Sejam as funções bijetoras f e g, de R em R, definidas por:


f(x) = 2x - 1
g(x) = 4x +■ 3
Verifique que (g °f) =f °g-’-

9.33) Seja a função f, bijetora, de A = R - {5} em B = R - {m} definida por

2x + 1
f(x)
x-3
petermine m sabendo-se que a sentença aberta que define a função f é:

f-i(x) = 5?S±l
x-m

j.34} Seja a função definida pefa sentença aberta


ax + b
f(x) —, a 3 + bc v ü
cx - a
Determine f ’(x).
,2
Por que a condição a" + bc 0 é imposta?

9.35) Seja função f, de R em R, definida por:


f(x) = 2x+ 1 + |x- 1|
a) Desenhe o gráfico de f.
b) Deduía se f ê bijetora.
c) Em caso positivo dè f-1.

304
Exercícios Suplementares

V.1) Sejam f e g funções de R em R, crescentes em x Verifique que a função


f + g é crescente em R.

V.2) A função f, bijelora, de R em R, ê crescente em R. Verifique que f é


crescente em R.

V 3) Se as funções:
f E -> F
g: F —> E
são tais que g ° f = Ie, então fé injetora eg é sobrejetora

V4| Uma função f. de E em F, é bijelora se e somente se existe uma função g,


de F em E, tal que:
gof = IE e f°g = lF, e g = f

V.5) Sejam as funções bijetoras:


f E-»F
g- F —* G
Mostre que (g ° f) = f °g -

V.6) Um função f. de R em R, é tal que para todo a. a e R, e toda b. b e x, tem-


se’
f(a * b) f(a) + f(b)
a) Determine f{0).
b) Verifique que f é impar.
c) Se f( 1) = k, determine f(n). n

V.7) Uma função f, de Sem Z, é la que para todo a. a e x. e todo b. b e <, tem-
se:
f(a + b) = f(a) f(b)
O conjunto-imagem de f é l(f} = {-1; 1}.
a) Determine f(0).
b) Verifique que f é par.
c) Se k e Z verifique que
f(2k) = 1
f(l)=-1
f(2k+ 1) = -1

V 8) Uma função f, de Ü? em R, é tal que:


f(x + 5) = f(x)
f(-x) = -f(x)

'Ü)'1
305
16 29
Determine f ,f(12) + f(—7)
3 3

V9) Seja a função real e de variável real definida por

f(«) = ^V2íx+!x-2P
a) Determine D[f)
b) Faça o gráfico de f.
e) Determine !(f).

V 10) As funções f e g satisfazem às condições


f(x) - 2x + 1
gf2x - 1) = f[x - 1)
Determine g(x).

V 11) Uma função f. de .< em S, está assim definida;


1) Vx. x 6 [0; 21, f(x) ~ x3
2) íé par
3) f(x + 4) = f(x), Vx, x e R

a) Dê a sentença aberta que define f para x e [- 2; 2).


b) Gráfico de f se x s [-6; 6]
c) Resolva a equação f(x) = 1.
d) Determine l(f).

306
307
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Capitulo 1

1 3) a. b, d. f

1.4) declarativas’ c; e
abertas' a, b; d

17) a) V = {5} c) V = {6; 7: 8}


b) V = (6, 7; 8; 9} d) V = [2, -2}

1.8) a) V = [(10; 8), (5; 3), (2; 0)}


b) V = {(4; 5), (0; 1)}
c) V = {(4, 2; 3). (1:0; 1)}

112) a) Salvador não fica na Bahia.


b) Pássaros não voam
c) Salvador fica na Bahia e pássaros voam.
d) Salvador fica na Bahia ou pássaros voam.
?) Salvador fica na Bahia ou pássaros não voam.
Salvador não fica na Bahia e pássaros voam.
Não ê verdade que Salvador fique na Bahia ou pássaros voem.
) Não è verdade que Salvador fique na Bahia e pássaros voem

a) p a q c) ~(p/.q)
b) -p a ~q d) -q v p

1.18) a) s wD f) q ■--■>£
b) q =? r 9) P =”■
C) q =5 s h) s = q
d) r^>p i) soq
e) s => q j) P »s

1 19) a) V d) V g) f í) v
b) V e) V h) V k) V
o) F f) F i) V l) V

1.20) a)

P q r ~r Pa q [p a q) v (~r)
V v V F V V
V v F V V V
V F V F F F
V F F V F V
F V V F F F
F V F V F V
F F V F F F
F F F V F V
308
b)

£ q r pyq r a p (P v q) => (r a p)
V v V v V V
V v F V F F
V F V V V V
V F F V F F
F V V V F F
F V F V F F
F F V F F V
F F F F F V

1.21) a) Há pelo menos um marciano que não usa camisola.


b) Há pelo menos um camelo que tem rabo.
c) Não há habitantes na Lua.

Capítulo 2

2.5) a) V d) F g) v j) F m) »
b) F e) V h) F k) V n) V
c) V f) F i) F l) F o) F

2.6) a) {0; 1; 2; 3; 4} g) {5; 7}


b) {2; 3; 4...} h) {0; 3; 6; 9;...}
c) {2; 3; 4} i) {1.4, 7; 10...}
d) {-5;-4;-3;-2;-1; 0; 1;2) j) {1; 3: 5; 7...}
e) {-3;-2,-1; 1;2; 3} k) {5}
f) {-5;-4;-3;-2;-1; 0} l) {0} gabarito correto e revisado O

2.12) a) V d) V g) f í) v m) V
b) F e) F h) V k) F n) V
c) F f) V i) F D V o) F

213) Sejam:
E = conjunto das pessoas engraçadas
C = conjunto dos coelhos
A = conjunto das pessoas que sabem caçar borboletas
D = conjunto das pessoas que não sabem andar de bicicleta

O diagrama dos conjuntos é:

Assim, a resposta é d.

309
2.14) b

2.20) a) {1; 3; 5; 7, 9; 4; 6} g) {4}


b) {3} h) {2; 8; 10}
c) {2; 3:4; 6. 8; 10} i) {3}
d) {1;5, 4; 8; 6} j) {2. 3; 6; 7; 9, 10}
e) 0 k) {2; 3; 4; 6, 7; 8; 9; 10}
f) {2. 4; 6; 8; 10, 3; 1;5} l) {1, 2; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10}

2 21) {4, 6; 7; 5; 9}

2.22)
a) b)

c) d)

e) 0
U

9)

310
2.23) c

2 24) a) F d) F g} F j) V
b) V e) V h) V k) V
C) V f) V ') F 0 V
2.25) a) F c) V e) V g) f
b) V d) F f) V h) V

2.29) a) 17 b) 30 c) 13

2 30) a) 70 c) 30 e} 7
b) 45 d) 55 f) 100
2.31) a) 16 c) 32
b) 38 d) 20

2.32) a) 500 c) 400 e) 1800


b) 600 d) soo f) 1000
2 33) a) 40 b) 23 c) 43

2.38) a) V d) F g) v í) V m) F
b) F e) F h) V k) V n) V
c) F í) V i) F l) V

2.39) a) 16 b) 15

2.41) a) V e) V i) F m) V
b) V f) V j) F n) V
c) V 9) F k) v o) F
d) V h) F D V P) F

2.42) a) [4; 9] d) [-3:2]


b) [6; 7] e) ]9;11(
c) [4. 6L

2.43) a) -1; 1[ G) 0

b) d)
-4
2.44) a) 1- 2" b)
3. Jã
2' 4 4‘ 2

Capitule 3

3.7} a) S = {3} c) S = {2}

311
b) S = {3] d)

3.8) a) S = 0 b) S-R

3 9) -13

3.14) a) V = (v^)
c) V = 0
l 0 J
í3 I
b) V = {-5;3
V= -.5:3 d) V = [10}

3.15) V = {4; 7}

3.16) a) V 0 d) v=0
6
b) V = {6} e) V=
5
c) V = {9}

3.21) a) V={0,-1} d) V = 0
3
b) V = J-9, 4; - e) V = {0; 4; —4}
2
4 5
c) V f) V = -i-—;1;-1
7 l 4’

3 22) a) V
"H *n
1
1
2
c) V = {2}

b) V=J--;2
2

3 24) a) V=
rs 31
c) V =
3 _J
lã’ 2/ 2’ 4
d) V = ^.51
b) V = {2}
| S 6j

a +b Se - í43 +
* 1, V ■la-1j
3.29) a) V= c)
Se a = 1.V = 0

312
Se a * 3, V
Se a *2. V = 1^-1
b) ]a-2j d) Se a = 3 e b se -4. V = 0
Sb a = 2, V = 0 Se a = 3 e b - -4. V = R

3.35) a) V=
11. -5 (97. 30]]
b) V =
34’ 34 \29’ 29 Jf

3 36) a) V = {(^2;3;-4)}
b) V={(5,-4.2)}
21
c) V= 11; 4
4 ‘ 2

3.37) a) V = «2;3)} c)
\28' 8 Jj
7.70
b) V=
11' 11

3.45) a) V= 1; -
21 jj d) V =
3. 2
2’ 3

b) e) V = {1;-3}

c) V=
1 + x/Í3. -1-VÍ3
f) V=0
6 6

3 46) a) V = {0; 1} d) V=0


3
b) V = {5; -5} e) V= 0;X
2

c)1 w f1
V = ^~
(2 2]

... 1.111
3 47) a) V=-H;9} e) V = U; —
l 2J
b) V = {1} fj v = {O;-i)
c) v = {1 + VTí; 1-VTi} 9) V = {2;4}
j_l
d) V = h) V = {4; -4}
13 í

3.48) a)
f 1
V = ]l;-1;—
1 1 P/2 . ->/2. 21
f) V =<—
l 2 2 [ 2~’ 2’2'2

313
g) V = {9; 21}

í-2 -1
c) V = 0
h) V = í-:T
d) V = {3 1} i) V=(-3;4}
e) V = {0; 1} j) V = 0

5
3.49) a) V *= 0, 2,-2;~
2
c) V
í°3
5
b) V = -k d) V = {3}
4

3.50) a) V={-1;4} b) V = A^l


í /-7 -24
3 51) a) S d) S = (H; 1)}

b) S = -6; — ;(-2;-4) e) S = 0
■sJ J
c) S ={4; 2;); (-2.4)}

52
3.50)
15

109
3 59)
2

11
3 60) a) — b) impossível
15 Cí i
43
361)
V
3.62) a) x2-5x+6 = 0 c) 3x2-5x-2-0
b) x2 + 2x - 24 = 0 d) x2 —(3 + V2 )x + 3 J2 = 0

3.63) x2 + 10x + 25 = 0

3 64) a) (x- 3)(x + 6) d) (x + 1)(x-1)(x + 2)(x-2)


b) (2x — 3)(x + 5) e) (x + 1)(x- 1)(3x + 1)(3x- 1)
c) (2x + 3)2 f) (x2 +4)(x+ 75 )(x - Vã )

314
Capítulo 4
r 31
3
4.11) a) V = {x e R | x > 5} d) V = -lxeR|xs-
l 2j
b) V = {x e R | x <1} e) V={x 6 R [ x > -3)

c) V = (x e R | x $ -1} f) V = {x e Rjx >—


22

4.12) a) V = ]-6; 3( d) V = 0
. .. 128
b) V = R e) V = —; +oc
5
-2 8|
c) V =
9 ’ 9

. . -25 -25
4.13) a) k > — c) k i ——
72 72
.k =-----
“25 -25
D d) k< —
72 72
f
51>
4.18) a) V = «j x «= R| x <^4 □u x > —
k 2J
' i i 1 1
b) V = -!x€R)-7^ xs—vxi-
l 2 3
c) V = {xeR|xs-3 2 < x < 5}
231
d) V=!xeR|x<3vX>—
l 6I
4 19) V = ]1; 2[

2
4.20) V = p; 1)
3'

4.30) a) V = {x e R [ -1 < x < 8} j) V=R


b) V=(x e R | -1 i x 5 8} k) V-0
c) V = (x e R | x < -1 v k > 8} l) V=0
d) V = {x € R | x í -1 v x £8} rn) V — {x e 3 | x < 2 v x >3}
e) V = R-3 n) V = (x e R 1 2 < x <3}
f) V=R o) V = (-1; +1]
g) V = 0 p) V=[0;4]
3-JÍÕ 3+Tio
h) V={3) q) V =
2 2
i) V= R
315
4 31) a) V = {x e 5 [ x < -2 v x > 2] b) V = (-2:2)

4 32) a) V = (xeR|xí1 v3<x<4vx>5}


b) V = {xeR|“3£xs4AX^2}
c) V = (x r 5 [ 4 < x < 1 a x > 3}
d) V={x€R|-73^xê73v3éx<6}

4 33} a) V {x e 2 | x < -4 v 1 - Ti < x < 1 + TTi }


b) V = {x e 5 | —3 < x < 3 v x > 13}

c) V J x e íi-■[ x < -3* v —31r:: 3<


S x < 3 vxa9
l
t y 9
d) V = Jxea|-3<x<1vxs-
l 5

4.34) a) V = {x Ê S I 1 < x £ 3 V 4 < x < 8}


7’
b) V = 3: -
2

4.35) 6 - ^35 'P 5 + 735

4 36) -1 - 4 7? < k -1 + 4 72

4 37) {xe3|0íX<2vX>3)

4 40) a) F d) F g) V j) V
b) V e) F h) V k) V
c) V 0 V i) V

a>b
4.41) x>y =±>a + x + b + y>b + y + z = a + x>z«a>z-x
b+ y > z

4.42} 72 + 78 <73 + 7? «(72 + 78)2 (Tã 4- 7?)2»


«-2 + 27273 + 8 <3 + 2737?+ 7 í> Tis < 721 c
«16 < 21
Como 16 < 21 è verdadeira, o mesmo se dá com a sentença inicial.

4 43) a) a2 + b2 > 2ab « a2 - 2ab + b2 5 0 « 0 (a - b}2 à 0


Como a sentença (a - b)2 í 0 é verdadeira, o mesmo se dá com a
sentença originai.
b) Usando o resultado do item anterior temos:

316
a2 +b2 2 2ab
as +cJ i 2ac => a2 + b! + a2 + c5 + bs +c! > 2ab + 2ac + 2bc
b2 + c2 2 2bc

2a2 + 2b2 + 2c2 2 2(ab + ac + bc) => a2 + b2 + c2 2 ab +ac-bc

a<bc=a + a<a + b<=>2a<a + bcoa<


2 a+b .
4 44) => a < -—■ < b
a +b 2
a<b»a + b<b + bcoa + b<2bco------ < b
2

4.45) Como a e b são positivos e a «= b temos:


a<boaa<baoa2<ab»a< Tãb => a < yãb < b
a <o o ab<b: o '/ab < b

4.46) Sendo 0 < a < b temos:


a < —— co a(a + b) < 2ab co a! +ab < 2ab co a2 < ab <= a <b
a+b
(I)
2ab
Como a < b é verdade, a <------ também é verdade,
a+b
2-a— < b co 2ab < b(a +b) o 2ab < ab + b2 co ab < b2 <=> a < b
a+b
(I!) 2ab
Como a <b é verdade,------ <b também é verdade,
a +b
□e (I) e (II) temos:
2ab .
a <------ < D
a+b

4.47) Sendo a >0,b>0ea*b temas:


2a b 4a2b2 4ab
------ < , 'ab co < ab co < 1 o 4ab < (a + b)2 o
a+b A
(a + b)J (a + b)2

(D co 4ab < a2 + 2ab+b2 o0<a’-2ab+h! »0<(a-b)2


Como 0 < (a -b)2 ê verdade, —— < Vãb também ê.
a +b

vãb < co 2i,/ab < a + b co 4ab < (a + b)2 co

(II? co 4ab < a2 + 2ab + b2 co 0 <a2 -2ab + b2 =o0 <(a-b),2


a+b , ,
Como 0 < (a-b)2 é verdade,\/ãb <------ também é
2
a+b
fie (I) e (II) vem: < ab
a+b * ~2~

317
4,51) a) 4 c) 2 e) 6
b) 4 d) 5 f) -9

4.52} a) V d) F g) V
b) V e) V h) V
c) V f) V •) V

4 53) a) V = {7;-7) b) V=0 c) V = {0}

4.62} a) V = (17; -1} f) V = {2; -2}


3+733 3 - J33 I
b) V = {2^2 -2 v/2 ) g) V=p;3;
2 ’ 2 J
X x/ I7 131 1- zl Ê
c) V = ; —> h) V =
13 6 J 2'2'3
25. -11
d) V =
T‘ 4 J
i) V=|-2;j}
-7. -17
e) V = f) V=0
5 ' 3

4 63) a) V ={4, -1} b) V = {0; 6}

4.64) a) V =

b) V = 0
c) V = {6}

. ..
4 65) a) V =b; —
í. -91
l 5 J
b) V = <'x e R | -7 < X S —4}
c) V = {28;-2}

-2 ri
4.66} a) V =J{6; 11); —
7 ‘ 7

4 72} a) V - {x e3|x>6vx< —6} e) V= R


[ x J 6 v x < -6}
b) V = (K e R [xi f) V = R
c) V = {x e R | —6 < x < 6} g) V=0
d) V = (x e R | -6 í x < 6) h) V=0

7
4.73} a) V= X£ RI X X<1
3
(
b) V = -í x Ê R | X 2 y X£1

318
7
C) V - < x e R] 1 < x < ■—

3
7
d) V= xeR|1íxs
3
e) V = R
f) V = R
g) V = 0
h) V = 0

1 v’e-HJ
j) V=R
k) V = 0

< '--i:
D V= -

4.74) a) V = {x e 1R|x<"5vx>9}
-47 -11T
b) V =
15 ’ TI
c) V _ Í2'
n 2i2j
d) V = [-2; 5]

4.75) a) V = J-4; 4[
b) V = ]2; 5[
f 1 7y
c) V=Jx&R|x< — v x £ —
l 2 2

4.76) a) eR|x<—4v4<x<6vx>6}
b) V = {x e R|xêMvxí4vx=2)
c) V = {x £R|~1£xí6ax^2}
d) V = {x e R j -5 í x < 2 x *-2}

|x-y|^|x+(-y)|
4.79) a)
Por M14 temos|x + (-y)| £ |x| +|-y|
lx-yHxH-y|- lx-yl5lxl+|y|
|x] = |y-(y-x)[
|X|£jy;+|y-x]
b) |y-(y-x)|<|y| + |y-x|
- iy-x|>|x|-|y!=>|x-y[^[x|^;y]

c) |x + y[ = ]x - y)| |x| — |-y| W-|y| |x + y| |x[-|y|

319
4.80)
|x + y + z| = |(x + y) + z|
|x + y + z| £ |x +
|(x + y) + z| s|x + y|+|2|
f|x + y + z[s]x + y| + |z|
l l*-vN*Hy|
|x + y + z| < |x| + |y| + |z|

4 81) |(x + y)-(a + b)j = |x + y~a-b| = |(x-a) + (y-b)[s|x-a| + |y-b|


|(x+y)-(a + b)|s|x-a| + |y-b[
|x-a|<k
________ |y ~ k
|(x+y) - (a + b)] £ 2k

Capitulo 5

, 42 168
54) a) x - — e y ■ b) x = 11 e y = 8
11 11

5.5) a) (0; 0), (a, b) b) tx = 1:-1


2
5.6) Da hipótese: {{a}; {a; b}} = {{b}r {b; a}}, como {a; b} = {b; a} segue-se que
{a} = (b) e daí a - b, se {a} = ]b; a} também a = b.

5 11) a) {(3, 3), (3; 4). (3; 5), (4; 3), (4; 4), (4; 5), (5; 3). (5; 4), (5; 5)}
b) {(3; 1). (3; 2), (3; 3), (4; 1), [4; 2), (4; 3), (5; 1), (5; 2), (5; 3)}
c) {(1; 1). (1:2), (1; 3), (2; 1), (2; 2), (2; 3). (3; 1). (3; 2). (3: 3)}
d) «1; 3). (1, 4), (1; 5). (2; 3). (2; 4). (2; 5). (3; 3), (3: 4), {3; 5)}
e) {(3; 3)}
0 (d: 3), (1; 4). (1; 5), (2; 3), {2: 4), (2; 5), (3; 1), (3; 2), (3; 3). (3: 4). (3; 5).
(4; 1). (4. 2). (4; 3), (5; 1), (5; 2), (5; 3)}
g) {(1:3), (2. 3), (3; 3). {4. 3). (5, 3)}
2
5.13) a) n
b) jti
2
c) n m
d) n
e) mi2 - rn

5.14) A = {1;2; 3}, B = {2; 4}

320
5.161 a) b)
♦y , iY
1
x 3 x

■i.......
-1
-1
d
c) dl
+y
incluídos 6
* J x
x

5.20) a) F c) V
b) V d) F
5.21) D('Jt) = {k}, I(’JÍ) = B
5.22) 2"1 "

5 26) a) ((2; 1), (4: 2), (6; 3)}


b)
1 1
2 2
3 3
4 4
5 5
6 6
E E
c)
■y

6
4
2 -r H X

5 27) a) ((-1;-1), (0; 0), (1; 1), (2; 2), (3; 3)}
b) D('J?) = (-1; 0; 1; 2; 3) = 1(J3>
c) 9l - {(x; y) e 2Z | x = y a - 1 íxí3A-1íyí3}
321
5.28)
■P
2

x
1 3

5.29) a) {(5; 0). (3. 4), (4; 3). (0; 5), (-3; 4), (-4; 3), (0; 5), (-4. -3). (-3; —4), (0; -5),
(3. -4). (4; -3)}
b) Df;)í) = {-5; -4, -3; 0, 3; 4, 5} = í(ítl)
c) É o conjunto constituído por 12 pontos sobre uma circunferência de
cenlro na origem e raio 5.

5.30) üTi = {(1; {1, 2}). (2; {1. 2}), (1; {1; 2; 3}), (2; (1; 2; 3}). (3; {1; 2; 3})}
!lh = {[{1; 2), [1, 2J); ({1. 2); {1; 2.3)); ({1; 2; 3); {1; 2; 3})}

5.36) iJheWj

5.37) «2, ili^e líís

5 38) Sh, :>i4e !US

5 39)

5 40) sim

5.41) nâo (x < x é falso)

5 42) sim

5.43) sim

5.44) a) 1°) üt = {(-1;-2). (0; 0), (1; 2)}


2°) D(tw) = {-1; O; 1}; l(«) = (-2; 0; 2}
3°) a?-1 = {(-2;-1). ÍO;O), (2; 1)}
?!"’ = {(x. y) e A3 | x = 2y)

b) 1°) 'Ji = {{-1;-2). (0;-1). (1; 0), (2; 1), (3; 2)}
2o) DOO = {-1; 0. 1; 2. 3); l(:H) = {-2; -1; 0; 1; 2}
3°) 9T1 = {(-2. -1). í-1; 0). (0; 1), (1; 2). (2; 3)}
i>? ’ = {(x; y) e A21 y = 2x)

c) 1°) K = {(-2;-1), (-1;-2), (1;2), (2; 1)}


2’) D(;ií) = {-2;-1; 1; 2} = l(Dl)
34) ílí"1 = 'J!

5 45) a) ;>? - A x A E !l|'= 0

322
b) 9C1 - 0 e 9f = A x A
c) 91

5.47)
.y
A
2 “’i\Çz bissetriz

1 B

x
1 ’
2
a) sim
b) med( AC ) = med(BC )
c) O gráfico de 91’’ é simétrico ao gráfico de 9t com relação à bissetriz:

-y .bissetriz
IR-’

5.48) Devemos provar que se (a; b) e 9li uj 9l2 então (b; a) e 91, <j 9i2
Se (a; b) e 9?i u 9h então (a; b) e 9<> ou (a; b) e 9t2 e como e 9li e 9<2 são
simétricas: (b, a) e 9?i ou (b, a) e 912 e dai (b; a) e 9ti u 9l2.

5.52) a e c

5.53) a) A
b) {0; 1; 4}
c) 4
d) 1
e) -2; 2
f) 0; 1

5.54)

b
3
A

323
1 a

2
b b
3
A B A B

1 a

2
b
3
A B

Em nosso curso de Análise Combinatória está demonstrado que se um


conjunto A possui m elementos e um conjunto B possui p elementos, o
número de funções de A em 8 é dado por pm

5.55) a) F b) F c) V d) V
e) V

5.56) sim; todo x de A tem imagem x.

5 61) a) {(-1;-1), (0;-1), (1; 1), (2; 2)}


b) {-1. 1; 2}
c) {-1; 1:2)
d)

2
1 x
-1 >
2

5.62) {0}

5.63) a) 1 b) 0 c) 0 d) 1

5.64) 0, -1

5.65) sim

5 66) não

324
Capítulo 6

6.4) a) R c) {x e R | x < 1 ou x > 2}


b) R - {1, 2} d) {x e R | x < 1 ou x > 2}

6.5) a) {x e R | x s -2 ou x > 2} c) {x e R | x > 2}


b) (x e R | x í -2 ou x2 2} d) {x € R | x S 2}

6.6) a) {x ie R | -2 s: x < 2 a x * 0}
b) {1}
c) R

6.7) a) K, b) R c) R d) {0}

6.8) a) {x e R | -1 í x < 1}
b) r:
c) R'
1
6.9) a) {1} b) c) R (convenção)
2

6.10) a' = 0; D(f) = R; a > 0: D(f) = R_; a < 0, D(f) = R.

6.11) m = 3

6.14) aed

6.15) a) D(f) = [-2; 3]; l{f) = [-3; 2] c) H; 1;3)


b) -2; 2; 0; -3; 0 d) [-2;-1[u]1-.3l

6.21) a) b) D(f) = R, l(f) = {0}


O gráfico é o eixo Ox
x

-3

D(f) = R. l(f) = {-3}


c) d)
y
y+
2

45' X 4 x

D(f) = l(f) = R D(f) = l(f) = R


325
5.22}

6 23} a) O; 1; 2; 2
b)

2
1
x

c) i[f) = (0, 1. ?}

6.24) a)
4y

2
•J X

-1 1

J(f) = (2; +«(

1
6 25) a) a=-- e b=1
2
-1
6.26) m = 1: não há ponto fixo; m * 1; o ponto fixo é x =
m “1
6 27)
ÀY

;.3

«1
x
—2

3
6 28) a) 0 b) —; +co
2

5.35) a) m < -1 ou m > 1 b) -1 < m ■= 1

6 44) Para que f(x) = x deve-se ter x iO: sâo seus pontos-fixos
O zero da função é x = O.

6 45) a) 2. 2; 2; n

32S
b)

3
2
jI x
2 3

c) D(f) = R - {3}; I(f) = R.


d) {x e R | x - -2 ou 2 < x < 3}

6.46) a) b)
+y

w
-1

I(f) = R.
i
x
1

l(f) = R.
x

c) d)
.y

2
-2

l(f) = R. i(f) = 1-2; +4

327
6 47) a) b)
i.y iy

x < -X

x £ 0. f(x) = x x > 0: f(x) = 2


x < 0: f(x) = 0 x < 0: f(x) = 0
D(f) = R, l(f) = R. D(f) = R"; l(f) = {0; 2}

x > 1; f(x) = x
x < 1; f(x) = -x
D(f) = R - {1}; l(f) = )-1, +M

6 48) a) (-2; 2] c) l(g) = [0; 2]

b) d) [-2; 0]
*y

x
-2 -1 2

f(x) i 0; g(x) = f(x)


f(x) < 0; g(x) = 0
328
6.49) a)
.y

X
1 4

b) I(f) = [3; +w[

6.50) a)

X -co 0 1 +co

f(x) 2x + 1 1 -2x + 1 -1
• *

•y

1
X
-1/
-i
b) I(f) = [-1; 1]

6.51)
iy

-2 2

l(f) = [2; +«[


desenhe y = 2 e y = ]x| e considere a curva que está "por cima".

329
6.54) a)
AY

45°

c)

-2

6.55) a)
AY

c)

6.56) a)

-1 1
330
b) D(f) = (-1: 1]
l(f) = [1. 2]
c)
y ..y

3
y = f(x-i)
2
2
1
x
y = f(x}t1
1 2
x
1

y
-y
2 y = 1 -f(x)
y = f(~x) 1 X

1
X

6.57) a)
♦y

-1 X
1
I <

b) D(f)=(-1;1[
I(f) = [0; 1[ u {-1}
C)
y

<1
1 X

331
d) [0; 1[ o {-1}
e) S = D(f)
f)

J.
X

-1 1

g) S = [—1; 0[

6 58)
^y
Ay

x
1
21 x
-1
1
■>

y = g(x-1) -2
-1
y= x + 1 y = -x -1
y = f(x)
X > 1 f(x) = X + 1
x = 1: f(x) = 0
x < 1 f(x) = -x - 1

6.59)
*y

X
-1 1

6.62) a) a =-1, b = 0, c =-1


b) a = 1, b = —2. c - 2
c) a = -2, b = -6, c = 0
d) a=1,b = c = 0

6.63) -1; -1; 1

332
6 64) a) b)
■y ..y

C) d)
#y +y
3 x

1
x

6.70) m < -4 ou m > 4

. 72
6.71) a)' ± — e) 1 e 3
2’

b)
b) 0;--J
0;-- f) 3
4
c) não há zeros g) não há zeros
d) 0

6.72) a) 1 e 5
b) 1
c) não há ponto fixo

6.73) k á-2 ou k 2

6.74) k = 0 ou k = 1

6.75) -3 < k < 3

6.76) m = 0: 1 ponto fixo x 1


1
m = — : 1 ponto fixo x = 2

m< : não há ponto fixo

m > -: 2 ponto fixos


4
333
6 77)
b

a \h

(sugestão: calcule ó e use a relação Va2 + b2 • h = a ■ b)

d.78) Note que. |f(x) = f(x), se f(x) JOe dai S = [5; 6]

6 79) b) b *0: S = (0)


b = 0: S = R — {1; —1}

6 89) a) em x = 2, ym =-4 d) em x = 0, ym = 1
b) em x = 2, yM = 5 e) em x = 0, yM = 0
c) em x = -5, ym = -33

6.90) m = 4

6 91) m = -1

-b
6.92) (sugestão: — =-2 em m - 1 < 0) m =
2a

6.93) a = 1,b=-2ec = 3

6 94) b = -2 e c = 3
6.95) (2; 4) e (-1; 2)

A2
6 96) T

6 97) x = y = 4

699) 100

6.100) m = 1

6.101) a) b)
iy -y
X

_1
8

334
C)

x
-►

12 X
>
-9 1
i "6

6.102)

6.103)
y
(1197
12 4 y

3
4 : x
—►
1 2
2
6.104)
y

: \1 1 1 i
/ j~4 2 / X

\i /1
/ 2

335
6.105)
|y

y = -k

5
4
x
/ .1

k < - -: 2 soluções; k = — : 3 soluções; - — < k < -1: 4 soluções


4 4 4
k = - 1. 3 soluções; -1 < k < 1: 2 soluções; k = 1: 1 solução
k > 1 nenhuma solução

6.106) Note que. ^/(x -1)2 = |x -1|


|y

x
1

6 107)
+y

-1 1

-1

b 7
6 108) a > 0; xv = — => b > 0; c < 0; b - 4ac >0;a-b + c>0 (faça x = 1 e note
2a
que f(1) > 0); a + b + c > 0; a - 2b + 4c = 0

6.109)

3
\ x
1 2V’

1(0 = (3; 4]
336
6.110) a)

b) R.
5
—. + C0
L 2 i
I
{ d)
M
e) [8; +co[
25'
c) -□0; — f) R_
12

7_
6.111)
16

6.112) a > 0; f < 0, b2 - ac < 0; m2 - ín > 0; íb2 - 2mab + na2 > 0

6.113) -2 < m < 2

6.117) a) Xi < 1 < X2 c) X1 < x2 < 6


b) xi < x2 < 3 d) 3 < xi < x2

6.118) O<m <4

11
6.119) m> —
9
11
6.120) 2^2 < m < —
9
6.121) a < -2

6.122) m < 0, -1 < Xí < 1 < 2 < x2 < 3


0 < m < 1: -1 <1 <xi<2<3<x2
1 < m, xi < -1 < 1 < x2 < 2 < 3

6.123) p < Xi < q < x2 < r


aJ>0
6.124) f(a) f(P) <0 ■»a2f(a)f(P) < 0 => [af(cx)l [af(p)J < 0...

6.125) 0< a < -


2
6.129) a) a > 0 b) a < 0

6.130)
+y

1
X
-2

337
6.131)
*y

x
>

6 132) c) ±1

6 133)
lfy

1- x 1 .
6.134) Note que:----- = —1
x x
4.y

6.135)
fy

2 <

-2
1
■6-
2
i
4
-i-----►
6
< -1
-2

6.136) Desenhe o gráfico de y = [x] e faça uma reflexão em torno de Ox da parte


do gráfico que está abaixo de Ox.

338
6.137)
y

T
!

—:---- ?-
-3 -2 H x

6.138)
5*y
4
3
2
-2-11 x
.12 3
-2
-3

6.139)
Ay =x

ÍX

-3 3 X

6.140) a) [3; 4[ b) 0
6.141) N

339
6 142) todos os inteiros são pontos fixos

Capitulo 7

7 5) a) V = (-5, 4} b) V = [0;-7) c) v = {4]

7 6) a) V = {5; -2} c) V - (4, 8}


b) V={0;4} d) V = {3}

7 7) V
135 15J

7.9) a) V-{3) b) V={1>

7 9} a) V = {5; -5} b) V = {0; 1; 3}

7 15) a) V - ]4; +-} e) V= ]4; +«{


b) V = [4, +=c[ f) V= [4; +«?[
c) V = © g) V= )- «>. 4[
d) V = {4} h) V= ]- 4]

7 16) a) V = {x e R | xí-1 vxí 11}


5. 11’
b) V = -
2‘ 2

7 17) a) V-(xéR|-5<xs2 3 í x í 5}
b) V = [-3; 6]
c) V = [—3, 5[
5
7.18) a) V = ]40; +»[ C) V = JxeR|x<-1vx> —
6

b) V = -®; —-
<1
7.20) a) V = {x e3|-1<x£0v7<x<S)
b) V = {x e R | -2 < x í 0 v 1 í x < 3]

f 1 + 741
7.21) a) V = Jx€R| íx<4
2
b) Vr (x e S | x >2}

1 9 c) V = ]8 +«[
7.23) a) V = xeR^áx^

b) V = 0 d) V = [3;+w[

340
7.26) a) V = (x e R |x$O vx>4}
b) V = (xeR|x<0vx>4)
c) V = {x e R | x < -2 v x > 6}

í 9-^89
7.27) a) V = 4xeR|xs vx > 2
l 4

b) V = '-™;5
6

17 1 15 e y =1-
7.32) a) x = — e y = — d) x = —
2 2 2 2
b) x = 5 e y = 4 e) não é possível
c) x = 6 e y = 1 f) não é possível

7.33) a = 2 e b = 3

Capitulo 8

8.3) f + g = {(1; 4). (2; 6), (3; 4)}


f-g = {(1; 0), (2; 0). (3; 4)}
f g = {(1;4), (2; 9). (3; 0))

- = (1:1). (2; 1)}


g
8.4)

-1 3 -1 -3
0 4 0 4
1 5 1 5

f+ g f-g f • g

Adotamos por definição CD = R.


,2
8.5) D(f + g) = R (f + g) (x) = x + xz-1
D(f-g) = R (f — g) (x) = x — x2 — 1

D(f ■ g) = R (f g) (x) = x (x2 -1)

DÍ-| = R-{1; -1} (f V . xX


- (X) = -J—:
IgJ {gj xz-1

( f}
8.6) a) D(f + g) = D(f-g) = D(f • g) = R; D - = R-[0; 1[
IgJ
341
(f * g) M + (xj; (f - g) (x) = |xj - [xj;
(f g} = |x| -mÍ-Iíx) = L
IsJ [X
b)
y +y

3
2 2
1 X
-2 -_1 /' -2 -1 ^-4-
2 -11 2
‘‘-2 -2

8.17) {(1; 4)}

8 18) a) 4 c) 1
b) 19 d) -11

,2
8 19) a) R d) (x — ir+1
b) R e) R
c) R f) x2

8 20) a) R d) M
b) R. e) R.
.2
c) R 0
8.21) a) {x e R|xí-1 vx> 1} d) |x|
b) R e) R
c) {x e R | x S -1 vxí1) f) Ix|

X
8 22) a) R’ d)
2x-1
b) R —{—1} e) R-{-1}

c) R* - 0 -x

1
8.23) a) {x e R | x > 1} d)

342
b) R* e) ]0; 1]

c) {x 6 K ] X >D 0

8.24) a) R d) x^
b) R* e) R*
c) R* f) xJ

8.25) a) 0; 8;-1; 12
1
-2x, x < -
-2x, se x < 1 2
b) g[f(x)] = f(g(x)] =
2x, se x > 1 1
2x, x > -
2
x+3
8.26)
2
8 27) a) |x| +2
b)
|y
6
x
■>

c) H;4[

8.28) (a - 1) d = b(c — 1)

1 —x
8.29)
1+ x

8.30)
2
4

8.31) a) 3 ou -1 b) f(3x + 4) # 3f(x) + 4

8.32) 52

8.33) 1
3x + 2
8.34) a) 3 e)
x
1
b) ~2x + 3 f)
2x + 3
c) 2x + 5 g) 2
343
d) 2x + 4

5.35) í(x)—

8 35) a) 11; 10; 12


2x + t se x é impar
b)
2x + 3, se x é par

8.37) a) par
b) ímpar
c) par

6.3Sí zero

8 41) Seja x e E; façamos f(x) = y, g(y) = z e h(z) = w


[(h O 9) o f] (x) = (h O g) (f(x)) = (h o g) (y) = h[g(y)] = h(z) = w
(h o (g o f)] (X) = h[(g o f) (x)] = h {g [f(x)j} = ti [g(y)j = h(z) = w

apítulo 9

98) a) não se classifica


b) sobre e não in
c) in e não sobre

9.9) a) não se classifica


b) in e não sobre
c) bijetora

9.10) a) não se classifica d) não se classifica


b) sobre e não in e) sobre e não in
c) bijetora f) sobre e não in
3
9.11) y = — não é imagem de nenhum x.
4

9.12) Não é Ínjetora: 0 é imagem de infinitos valores de x. fé sobrejetora. pois


para todo y e CD(f) existe x = 2y, tal que f(x) = y.

9.13) f . = f(2) = (não é ínjetora); f(1) = 2

9.14) não existe x | f(x) = 1; existem 2 valores de x. tal que f(x) = -1

9 15) K.

9 16) 3

344
9.17) p i q, p < q, p = q

9.18) 6
9.19) 6
9.20) 6

9.21) Como g é sobrejetora, para todo z e E existe y e E | g(y) = z; como f é


sobrejetora. para todo y e E existe x e E tal que f(x) = y.
Logo, para todo z e E existe x e E, tal que: z = g(y) = g[f(x)] = (g f)(x).

9.27) f :R->R;f 1(x) = -x--


a a

9 28) (a = 1 e b = 0) ou (a = -1 e b qualquer)

9.29) a) ’(x) = -Vx


X :• 2
b) f"1: R-{2} —> R-{1}; f"'(x) =
x-2
c) r’(x)= Vx-1
d) f1:{x<=R|xi -1} -»l<; f’(x) = VxTÍ
1
e) f :R-{1}-»R‘; f1(x) =
x-1

1
9.30) a) f1: R -> R; f-1(x) = —
x-1
b) x e x

•Jx + 1, se x 2 -1
9.31) f 1:R->R;f-'(x) =
x + 1, se x <-1

9.33) m = 2

9.34) f-1(x) = f(x); para que f seja bijetora.

9.35) a)
b) Retas encontram o gráfico
de f em um e somente um
3 ponto, portanto a função é
bijetora

,x
-2 1

345
<5 Jr

346
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES

Parte I

1.1) V = {(0;-1);

12)
p q r -r Paq -(P* q) p v -r ~(p q}^(pv -r)
V V V F V F V V
V V F V V F V V
V F V F F V V V
V F F V F V V V
F V V F F V F F
F V F V F V V V
F F V F F V F F
F F F V F V V V

49. 72
13) a) “ 10' 3

b) [t*[
a) 0

M) a) 22 c) 35
b) 24 d) 7

Parte II

13
II 1) a) a <
3

II 2) a) (x &R|-5sx<0oii5<xí7}
b) 0
c) (x e R | -5 £ x < 0 ou 72 sx S?)

II.3) S ={0}

3
II.4) S =
2

II.5) S = (xe K|x<-5ou x>~1)

347
1. 1. -1
116)
4* S* 3

11.7) (x + 1)(x— 1)(x2 + 1}(x2 + 4)(x + 2)(x — 2)

II.8) V = {xeB4|-2<x<1 1 < K < 2}

-1 1
II 9) xe5|x£-2v-l£x < — v — <xí1vxí2
2 2

11.10) 4

Parte lll

n(n + 1)V
III 1)
2

lll. 2) Co = {x | x e Z a x 91 0) = (x | x € 2 a x - 0 é divisível par 3} = {... -6, -3, 0,


3. 6}

lll 3) a) ■!? = {(9. 1). (6, 2). {3; 3)}


b) D(«) = {9; 6, 3}; l('Jt) = (1; 2; 3}
c) 'Jl 1 ={(1;9),(2.6), (3; 3)}

1114) a) {x í R[xí-2ou-1 íx<0}


b) ]—=. ü[^lO. 2(o]2, 4[

ltl.5)
..y

-1 x
+-

4
/_ 1
-2 '
/

348
III 6)
•y

_1_
4 X

7TÍ

3
III.7) a=- e
4

171
III.8) - —- < m < -3
49

1119) f(1) = -1 e f(2) = 1 (veja ex 6.112)


m < 0: 1 < Xi < 2 < x2
m > 0: xi < 1 < x2 < 2

111.10)
•y
1
x
1

'”11)
T
111.12) p = O ou (p > 0 e -2 s a < 0)

111.13)
My
2 -

x
■>

-1 f 2

III 14) Note que f(x) = - ——; faça x = t 2, 3 100 e some:


x x+1 101

349
III 15)
Ay
2

X
>
-1 1

1(0 = ]0; 2]

Parte IV

IV 1) S = {4}

IV 2)

IV.3) m < 0; S = 0
m = 0. S = R,
m
m > 0. S =
T
3 TÍ7-1
IV.4) S=(xeR.|-SX<
2 2

5
IV 5) S = xe x|-<x<3
2

IV.6) S = {x e R | -2 < x < 0}

IV 7) Se a < b < a 72 : 2 raízes


Se b < a: 1 raiz

IV.8) S = {x e R | -1 < x < 0}

IV.9) S = {xeR|0<x<81 ouxi 1296}

IV 10) S = {x e R | x >-1}

350
(
IV 11) S = jxeR|1<x< 1+75 OU X >
2

IV 12) B; 75-1. 75 + 1

s-d a -b
IV 14) — =7i e ~~2 “ fb esd = a-b; se s é racional, enião d----- — é
2 s
racional e 7ã =------ ê racional: absurda! Etc
2
A2 - B deve ser um quadrada perfeito, 373 + 2

Parte V

V 3) Sejam xi e X2 dois elementos quaisquer de Ee suponhamos que f{x,) =


como g Q f = íe temos:
xi = Ie(xü= (g °í) (x,) = gjffxij] = (g c D (X?) = Ie(x?) = X?
o que mostra que f é injetora.
Se x é um elemento qualquer de E, então y - f(x) pertence a F e temos:
x = Ie(x) - (g o f) (x) = g[f(x)] = g(y] e daí g é sobrejetora

V.4) Seja f uma função bijetora; então F1 ê uma função de F em £ e o ex 9.26


mostra que se escolhermos g = F1 tem-se g ' f = lg e f g x tf.
Reciprocamente, suponhamos que a função g satisfaça: g ' f = Ie e f g -
e mostremos que f ê bijetora. Se g ° f = 1e. então í é ínjelora (ex. V 3) e
f^ g = lg, então f é sobrejetora (ex V 3).

V.5) Do exercício anlerior, basta mostrar que:


(g Qf)*(Ft<’g’’) = Ig
e: (F1« g-1) o (g v f) = |Ê
Temos: F1 °f= Ig, f°r1 = If. g' ° g = íF e g * g - Jc
EntãoUF^g-^ofgof)3 [tf1
ccmLiijInndide (eit â *1]

= ff’ 0 (9 °g)]üf = [f^iFpf = r'°f- Ie etc.

V.6) a) 0 b) nk

V.7) f(0) = 1

V.8) 1; -1; 0

V.S) a) M

351
b)
I y

1
X
■>

c) í(í) = [1;M

v 10) 9M = C
3
V il) a) f(x) = |xJ|
b)

odao:
-6 -5 -4-3-2-1 1 2 3 4 5 6
x
>

c) S = (x € Z | x ê impar}
d) [0; 8]

352
A Editora VestSeller tem o prazer de reeditar a Coleção Noções
de Matemática, uma obra prima composta por 8 volumes, que
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