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Regulação do crescimento e

desenvolvimento vegetal:

Fatores externos
de controle

LCE SLC0622- Biologia 3


2016
Tropismo
Resposta de crescimento envolvendo a curvatura de uma
parte da planta em resposta à um estímulo externo e
orientado por ele.

em direção ao estímulo → positivo


contra → negativo

fototropismo → estímulo luminoso.


Fototropismo
Fototropismo
escuro
escuro luz
Luz

40U AIA 30U 10U


40U AIA
Luz AIA AIA

Luz no comprimento de onda de


400 a 500 nm é mais efetiva na
indução da migração hormonal

20U 20U 20U 20U


AIA AIA AIA AIA Pigmento medeia o efeito
Tropismos
Gravitropismo → resposta à gravidade
•  Influência da auxina (redistribuição do hormônio) e citocinina (no ápice
da raiz)
•  Como ocorre a percepção da gravidade?
relacionada com a sedimentação de amiloplastos, dentro de céls.
específicas do caule (bainha que circunda os feixes vasculares) e
raízes (na coifa).

Mutantes de Arabidopsis que não produzem amiloplastos


não exibem crescimento caulinar gravitrópico.
Gravitropismo
Amiloplastos na coifa da raiz
Tropismos
.gmotropismo [thigma (gr.), toque]
→ respondem ao contato com um objeto.

Exemplo: gavinhas
Heliotropismo ou rastreamento solar

•  folhas e flores movendo-se diuturnamente;


•  Diferente do fototropismo dos caules, esse movimento não
resulta em crescimento assimétrico;
•  Na maioria, esses movimentos envolvem os pulvinos das
folhas/folíolos.
No caso do girassol, o pedúnculo é quem “gira”
Movimentos násticos

movimentos estimulados,
mas cuja direção independe
da origem

Ex. movimentos nictinásticos


(Nyktos, noite; nastic, fechado)
Movimentação das folhas p/
cima e p/ baixo em resposta
a ritmos diários de claro e
escuro.
Tigmonas.smo ou seismonas.smo



Tigmonastismo

Mimosa pudica Dionea muscipula


Efeitos da LUZ sobre o
desenvolvimento vegetal

Fator ambiental + importante


Fotossíntese
Morfogênese
FOTOPERIODISMO

Resposta biológica a uma modificação nas


proporções de luz/escuro num ciclo diário
de 24 horas.
O fotoperiodismo na floração

plantas de dias curtos


(horas de luz/dia menor
que um limite crítico)

plantas de dias longos


(horas de luz/dia maior que um limite crítico)

plantas indiferentes (neutras)


Plantas de Dias Curtos

8h 16h

16h 8h
Plantas de Dias Longos

8h 16h

16h 8h
Planta de dia curto

8h

Planta de dia longo

8h

A planta monitora o comprimento do período escuro para


“medir” o período de luz.
Como é feita a percepção do fotoperíodo?

através do fitocromo.

pigmento sensível às transições de luz e escuro
Fitocromo

Fitocromo é formado por 2 subunidades proteicas com um


Cromóforo ligado a cada subunidade
Pode existir sob duas formas interconversíveis:
P660 (Fv) absorve vermelho curto (λ=660 nm)
P730 (Fve) absorve vermelho extremo (longo)
Luz vermelha (660 nm)
ou branca
Síntese a partir Fv Fve Forma ativa
de precursores
Luz vermelha-
extrema (730 nm)

escuro

A fotoconversão da forma do fitocromo Fv a Fve é


induzida por luz vermelha (V). A eficiência máx. é de 85%;

A reversão de Fve a Fv é induzida por luz
vermelha-extrema (VE) e também pelo escuro.
A eficiência máx. é de 97%


Foto-isomerização entre os anéis C e D do cromóforo.


A absorção do vermelho por Fv, resulta na mudança do anel D da forma cis
(ina.va) para forma trans (a.va) caracterís.ca do Fve.

A proteína ligada ao cromóforo também sofre mudança conformacional.
Fve é a forma ativa do pigmento

Promove a floração nas plantas de dias
longos e a inibe nas plantas de dias
curtos.
Plantas de dias curtos

8h 16h

FVe – inibidor, fica inativo

Plantas de dias longos


16h 8h

FVe – ativo, estimula a floração


Es#olamento
ausência de
clorofila, folhas
pequenas

caule + longo que o


normal

ápice caulinar em
forma de gancho
Planta normal
estiolada
Plantas Es#oladas

Quem é o “culpado”??

Fv Fve
↓ escuro
estiolamento desenvolvimento

normal
Dormência
Capacidade de repouso na taxa de
crescimento em períodos de estresse.

condição especial de repouso

gemas ou um embriões dormentes só podem ser


“ativados” por certos fatores ambientais.
A dormência pode ser quebrada

ü Estratificação: tratamento sob baixas T oC .

ü Escarificação: abrasão mecânica ou química

ü Uso de giberelina
Dormência nas sementes

sobrevive por longo tempo na


condição de dormência, permitindo
sua existência durante muitos
anos, décadas e até séculos sob
condições favoráveis.

Nelumbo nucifera
(lótus em turfeira):
2000 anos
Dormência nas sementes

Lupinus articus
Depois de congelada ~10000 anos, germinou
FOTOBLASTISMO

É o efeito da luz na germinação

Fotoblásticas positivas : sementes que germinam


estimuladas pela luz

Fotoblásticas negativas: não germinam sob a luz

Neutras ou indiferentes: a luz não influi na germinação

o acúmulo de Fve inibe ou estimula a germinação


nas sementes fotoblásticas

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