Ao promover a glamourização do cigarro através dos meios de comunicação de
massa, a indústria tabagista movimentou cerca de bilhões no século XX. Embora anos seguintes, devido a criação de políticas públicas, tenha ocorrido uma redução ao consumo, o tabagismo é uma realidade muito presente, que traz malefícios imensuráveis, principalmente no bem-estar da população. Sendo assim, é de fundamental importância a discussão acerca dos impactos do tabagismo na saúde das pessoas. É relevante abordar, primeiramente, que a iniciação do consumo de tabaco ocorre normalmente entre o período da adolescência, devido aos adolescentes, nessa fase serem mais vulneráveis às estratégias da indústria tabagista nas publicidades, por sentirem a necessidade de experimentar novas sensações e buscarem aceitação e espaço no mundo adulto. Como consequência, adquirem o vício ainda na juventude, aumentando o tempo de exposição do organismo ao cigarro e com isso, ampliando também o risco do desenvolvimento de inúmeras doenças. Ademais, o tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, cujos malefícios não atingem somente aos fumantes, segundo Organização Mundial da Saúde o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo que mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. Além disso, o vício do tabagismo gera também problemas físicos, psicológicos e até mesmo financeiro. Diante do exposto, medidas são necessárias para amenizar essa problemática. O Ministério da Saúde mediante parcerias com grandes mídias e o Ministério da Educação devem promover campanhas publicitárias mais eficazes de conscientização, a fim de apontar os fatores de risco do consumo do tabaco e apresentar medidas de prevenção à dependência. Feito isso, será possível a redução a prevalência de fumantes e consequentemente a mortalidade pelas inúmeras doenças relacionadas ao tabaco.