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i) A Union Castle Mail S. Co. Ldt.; ii) A British Índia steam S. Co., Ltd.; iii) A
Deutsche Ost-Afrika-Linie; e, iv) A Holland Afrika Lijn.
Quanto ao sector fluvial, embora Moçambique tenha cerca de 13.000 km² de águas
interiores (INE, 2010) e estudos indiquem a navegabilidade de grande parte dos seus
rios, prestando-se como vias de comunicação, a sua utilização de uma forma ordenada e
sob o controlo das autoridades, desde o período da colonização, é pouco significativa.
Este aspecto poderá também estar relacionado com o facto dos mesmos não serem
navegáveis em todas as suas extensões, assim como (com algumas excepções) em todos
os períodos do ano.
Dos principais rios que atravessam o país, nomeadamente o Zambeze, Rovuma, Lúrio,
Messalo, Licungo, Save, Búzi e Maputo (INE, 2010a: 9), apenas o Zambeze e o
Incomati comportavam navegação importante com regularidade quase perfeita Os
restantes eram aproveitados “por meios e formas nem sempre adequadas, de uma forma
improvisa.
Transporte Ferroviário
Aliás, um outro exemplo que sustenta esta posição, deve-se ao facto de, por exemplo,
em 1958 e 1959, nos dois principais sistemas ferroviários de Moçambique
administradas pelo Estado, nomeadamente Beira e Lourenço Marques, as tarifas
cobradas aos passageiros e mercadorias internas fossem mais elevadas quando
comparadas com as mercadorias e passageiros em trânsito, o que demonstra que não
constituíam meio de desenvolvimento da economia interna de Moçambique. Por
exemplo, passageiro que pretendesse deslocar-se da cidade da Beira à Vila Pery, a 200
km de distância, na linha da Beira pagava um preço superior em relação ao passageiro
que fosse a primeira localidade da Rodésia do Sul, Mutare, dezenas de quilómetros
adiante; “a solução encontrada por muitos passageiros é comparar um bilhete para a
Rodésia e desembarcar em Vila Pery. Mas se os passageiros são descobertos os
inspectores fá-los-ão pagar a diferença de preço pelo percurso que não fizeram”
Transporte Aéreo
Transporte Rodoviário
Os seus bairros periféricos eram os segregados, habitados pela população negra que
se dirigia aos centros urbanos a procura de emprego, para além de que o planeamento
destes bairros era incipiente ou inexistente, predominando a ocupação espontânea e
anárquica, sendo escassas ou inexistentes as infra-estruturas urbanas.
Assim, em muitas regiões, incluindo as atravessadas por grandes rios, o único meio de
transporte é a canoa tradicional que, muitas vezes, principalmente quando se observa
mau tempo, não é recomendável a sua utilização e estas regiões ficam praticamente
isoladas.
Sector aeroportuário
Importa entretanto sublinhar que, desde o ano 2010, por razões de segurança, as
companhias aéreas moçambicanas estão inclusas na lista negra da UE, o que se traduz
na sua proibição em aterrarem nos aeroportos europeus. Também as tarifas domesticas
não são acessíveis ao bolso do cidadão qualquer, isso é por falta de concorrência de
outras companhias.
Sector rodoviário
No sector rodoviário, vários projectos foram levados a cabo e outros estão em execução,
com o fim de, não apenas a melhoria das circulação rodoviária interna, mas também
resultantes das exigências regionais no trânsito de matérias primas dos países do
hinterland.
Por outro lado, os investimentos nas estradas concentram-se nos itinerários em que se
localiza a demanda de trânsito, em detrimento da potenciação de uma rede mais
homogénea. Consequentemente, os mesmos, não põem em causa o modelo vigente em
Moçambique desde o período da colonização. Isto é, não põem em causa as formas de
produção e consumo, as estruturas de poder, em suma, o modelo económico e de
exploração.
O sector do transporte de passageiros, no global, tem sido um dos menos favorecidos na
recepção de projectos de IDE o que aumenta ainda mais as dificuldades enfrentadas
pelo mesmo.
Aliás, um bom sistema de transporte colectivo é aquele que permite concluir a jornada
entre a residência e o trabalho, escola, entre outras necessidades e é apropriado para o
aumento do rendimento das cidades e das pessoas. Baixos rendimentos e altos custos,
não servem como exemplo de um bom sistema de transporte colectivo.
Diferentemente de outros sectores que têm a pressão de melhorar o seu produto dada a
concorrência de outros mercados mais exigentes com a questão da qualidade, por
exemplo as normas de produção internacionais (ISO126), o mesmo não se observa no
sector do transporte colectivo em Moçambique. Os operadores, não procuram
implantar-se solidamente no mercado; não procuram ir sempre ao encontro com as suas
necessidades. Não têm a consciência de que a conquista de quota de mercado no sector
do transporte colectivo é muito difícil, dado que é um mercado fortemente concorrencial
e onde estão instaladas outras empresas.
Note-se que em Moçambique, em 2005, o Governo introduziu o selo Made in
Mozambique, no âmbito da campanha de promoção da produção, comercialização,
consumo e exportação de bens e serviços produzidos no país, como forma de assinalar a
origem, facilitar a venda interna e exportações para mercados mais exigentes, dar mais
visibilidade e distinguir os produtos e serviços nacionais dos importados; sendo
elegíveis na obtenção deste selo empresas nacionais e estrangeiras que cumpram
obrigações fiscais, seguros sociais, que tenham um quadro laboral aceitável e produzam
produtos/serviços de qualidade. No entanto, com excepção da LAM, nenhum operador
de transporte de passageiros tem um Certificado de Garantia de Qualidade até o
presente.
Pode-se dizer que os operadores não têm conseguido alcançar os elementos qualitativos
pelo facto de não disporem de uma estratégia de diferenciação procurando a prestação
dum serviço excelente – que não vai se consolidando ao longo dos anos e que não se
baseia num conhecimento cada vez maior do negócio, nem resultante da experiência
acumulada.