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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

O cumprimento de sentença está fundamentado nos art. 513º e 538º do


Novo Código de Processo Civil (CPC/2015). O cumprimento de sentença é uma das
fases do processo civil que atende o título de execução judicial. É o procedimento que
efetiva a decisão do juiz feita quando finaliza o processo de conhecimento. O que se
alcança ao termino de um processo civil, é a sentença judicial e, o procedimento
seguinte a ser adotado é chamado de cumprimento de sentença. Para que o
cumprimento de sentença seja colocado em prática é necessário que seja atendido
alguns requisitos e etapas para sua execução.
O cumprimento de sentença é o procedimento que materializa a decisão
feito pelo juiz ao termino do processo de conhecimento, onde é realizada a execução
da sentença proferida. Um dos entendimentos mais comuns sobre o cumprimento de
sentença, é conhecido como o procedimento jurídico que tem como objetivo
concretizar o que foi decidido pelo juiz, dando fim à fase de conhecimento e dando
início à fase de execução do processo.
Para a realização do cumprimento de sentença existem alguns requisitos
que precisam ser preenchidos: um dos requisitos a ser observado é se há a existência
de um título executivo judicial, qual é representado por meio de uma decisão ou
sentença de um juiz durante a fase de conhecimento. Esses títulos encontram-se
listados no artigo 515 do Código Processual Civil, do inciso I ao XI. A existência de
uma obrigação certa, líquida e exigível é o segundo requisito para o cumprimento de
sentença. A obrigação certa é a necessidade de se ter certeza da existência da
obrigação, de identificar o devedor e a data para o cumprimento; necessita de
liquidez, ter valores exatos para o conhecimento do devedor; e, deve ser exigível, não
ser sujeita a uma condição suspensiva. O preenchimento desses requisitos atesta o
trânsito em julgado da sentença do processo de conhecimento.
É necessário que sejam seguidas algumas etapas para o pedido de
cumprimento de sentença, iniciando quando a sentença transitada em julgado e em
caso de o credor não cumprir com a obrigação voluntariamente, cabe o pedido de
cumprimento de sentença. Ele não ocorre por iniciativa do juiz. O primeiro passo
para o autor é protocolar um requerimento em que conste o título de execução
judicial e o demonstrativo de pagamento atualizado com juros e correção monetária.
Feito isso, o juiz intima o devedor na pessoa do advogado constituído nos autos. E se
advogado tiver renunciado, a intimação será pessoal e enviada para o endereço da
última atualização do processo. Nesta etapa está a grande vantagem daquela
mudança de 2005. Antes, o devedor tinha que ser citado, procedimento mais
demorado que uma intimação. Intimado, o devedor terá 15 dias para realizar o
pagamento espontâneo. Hoje, há uma divergência doutrinária se são 15 dias úteis ou
corridos; fica a cargo do juiz explicitar. Caso o pagamento seja efetuado, o credor será
considerado satisfeito e o processo, extinto. Passados os 15 dias, se o credor não
pagar, sofrerá multa de 10% e cobrança de 10% dos honorários advocatícios.
O fim dos 15 dias também é o marco para que se peça a penhora dos
bens, a fim de garantir a quitação da dívida. A partir deles também passa a valer o
prazo para o credor oferecer impugnação ao cumprimento. Essa impugnação não tem
efeito suspensivo, uma vez que a sentença já transitou em julgado. Mas serve para
que ele possa se defender de possíveis irregularidades na penhora dos bens ou
contestar o valor da dívida.
O cumprimento de sentença tem como requisito que a sentença esteja
transitada em julgado, ou seja, que exista um título executivo judicial e uma
obrigação certa, líquida e exigível.

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