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FACULDADE REPUBLICANA

Introdução ao Direito

Aluno: Elpídio de Lima Amanajás

1) Pense em diferentes normas. Só o direito é, em sua opinião, é um


domínio normativo?
Só o direito não tem dominação total do ser humano. Somos cercados por leis
que estão fora do nosso ordenamento jurídico. Estas leis se chamam Leis da
natureza humana, onde moldam o pensamento e o comportamento humano.

2) O que há de comum nas normas?


A norma jurídica, assim como todos os modelos jurídicos, não pode ser interpretada
com abstração dos fatos, valores que condicionam o seu advento, nem dos fatos e
valores supervenientes, assim como na totalidade do ordenamento jurídico em que ela
se insere, o que torna superados os esquemas lógicos tradicionais de compreensão do
Direito, a norma deve ter sempre retirada de si o seu máximo de conteúdo legal
(REALE, 1986).

3) Só existe norma jurídica quando existir um texto que a explicite?


Princípio constitucional da legalidade: Direito fundamental previsto no inciso
XXXIX da Constituição Federal Brasileira que garante que nenhum cidadão seja
acusado de crime caso não haja previsão deste ato como sendo criminoso na
legislação. Ou seja, não há crime sem lei que o defina.

4) Quais os caracteres distintivos da norma jurídica de acordo com


Ihering?
Quando Ihering define a norma jurídica como imperativo abstraio para o agir
humano, tese típica da ideologia liberal do século XIX, estreitamente ligada à ideia de
que as normas jurídicas se confundem com normas legais. A ideologia aí é que a norma
nunca poderia ter conteúdo concreto, o que ensejaria os odiosos privilégios que a teoria
jurídica do século passado queria combater. Ou as leis são gerais ou são eticamente
ilegítimas, não são leis, não constituem o direito.
Hoje em dia, a distinção entre lei e norma é muito importante. Enquanto a
tendência do século XIX é identificar as duas coisas, no século XX a lei passa a ser vista
como um conjunto de normas e esse conjunto de normas pode conter normas abstratas e
gerais, mas também normas individuais e concretas. A norma emanada de uma
autoridade de trânsito, ordenando parar, não seria considerada uma norma jurídica, no
século XIX, no máximo seria o produto de uma dedução na cabeça do guarda, era um
trabalho da razão. Essa ideologia foi abandonada no século XX. Em primeiro lugar,
porque se reconhece hoje que as normas jurídicas não são apenas abstratas, existem
normas concretas: obviamente, a sentença do juiz é uma norma concreta, e é jurídica.
Segundo, porque a própria noção de lei como norma necessariamente geral e abstrata foi
superada, há muitos exemplos de leis que têm às vezes um único endereçado, ou leis
que têm um conteúdo extremamente particular, não são genéricas, não são, portanto
imperativos abstratos do jeito que Ihering quer.

5) Qual a diferença entre Direito e moral?


A moral é algo individual, interno. Pertence a uma conduta individual da pessoa,
sendo consciente ou inconsciente ao seu íntimo. Enquanto o direito representa
uma alteridade, uma relação jurídica. Uma norma, uma maneira de agir dotada
de sanção e coerção, projetando-se externamente.

6) Apresente e explique os três enfoques pelos quais o autor classifica as


normas?
1- A norma jurídica, não pode ser interpretada com abstração dos fatos, valores que
condicionam o seu advento, nem dos fatos e valores supervenientes, assim como
na totalidade do ordenamento jurídico em que ela se insere, o que torna
superados os esquemas lógicos tradicionais de compreensão do Direito, a norma
deve ter sempre retirada de si o seu máximo de conteúdo legal.
2- A norma é o resultado colhido pelo legislador dos anseios da sociedade, da
realidade social em um caso concreto. Os valores sociais são interpretados pelo
legislador, que em seguida o formaliza. A norma é o resultado da interpretação.
3- As normas são preceitos que tutelam situações individuais, subjetivas de vantagem
ou vinculo entre as partes em um determinado conflito, ou seja, por um lado
pessoas ou entidades, que têm a faculdade de realizar certos interesses por um
ato próprio, subjetivo.

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