Paula; MARTINS, Naiara Camila. O aluno desmotivado. Atividade 1 da disciplina: Aluno
universitário: o aluno jovem e o aluno no contexto acadêmico, do curso de especialização em docência do ensino superior — Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, 2017
“o alfabetizando já está motivado…para escrever seu pensamento.”
(Paulo Freire, 2013, p.19)
O trabalho tem como propósito apresentar situações problemáticas na prática
docente. Diversos podem ser os enfrentamentos de um professor em sala de aula com seu aluno. A Professora Joyce Pernigotti, em sua disciplina “Aluno universitário: o aluno jovem e o aluno no contexto acadêmico”, nos exemplifica alguns desses problemas tais como alunos ora desmotivados, ora atrasados para aulas, ora ausentes e que ainda pedem abonos por faltas. O ensinar traz diversos obstáculos a serem superados e aqui, pretendemos discorrer a acerca deste fato.
Num primeiro momento, refletindo a respeito de alunos desmotivados, ou talvez,
com interesses alheios àqueles que o docente entrega, pode-se discutir o risco que corre a programação a ser desenvolvida com os estudantes, de não atender as exigências que o mercado de trabalho vem impondo aos alunos, futuros profissionais daquele contexto. Sem querer, de modo algum, desmerecer o conhecimento pedagógico que o professor deve possuir para passar o conhecimento, citamos Cunha e Leite (1996).
“O professor é valorizado principalmente pelo êxito que alcança no exercício de sua
atividade como profissional liberal. Entre os indicadores desse estado estão a localização de seu consultório/escritório, a classe social e o poder aquisitivo de seus clientes, os casos “importantes” em que obteve sucesso no encaminhamento, os congressos de que participa, devidamente divulgados para o público, e a relação afetiva que tem com os estudantes que, na maioria das vezes, já foram rigidamente selecionados pelo sistema educacional.” (CUNHA & LEITE, 1996, p. 123)
De acordo com Masetto (1988, p. 229) o professor deve desempenhar um papel de
orientador de atividade, que não só permita o aluno aprender, mas que seja elemento motivador e incentivador do desenvolvimento de seus alunos. Este professor deve estar atento aos progressos de seus alunos. O que ocorre, talvez, nesse ponto é que, certas disciplinas são obrigatórias, independentemente da área em que o aluno vai atuar, assim, o professor se vê diante de um grupo heterogêneo quanto aos seus interesses. Paulo Freire (2011, p. 204) acrescenta que, aquele que tem o que dizer em sala de aula, tem o dever de motivar, de desafiar aquele que escuta, “no sentido de que, quem escuta diga, fale, responda”. O grande educador concebe intolerável o direito que o educador se dá de autoritário, de apropriar-se de uma verdade da qual não se possa discorrer a respeito. Bibliografia
CUNHA, M. & LEITE, D. Decisões pedagógicas e estruturas de poder na universidade. Campinas:
Papirus, 1996. In MASETTO, M. (org.) Docência na Universidade. São Paulo, Papirus Editora, 2002. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 2011. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2013. MASETTO, Marcos T. (1988). “Cursos de metodologia do ensino superior: Abordagem crítica”, Revista da Faculdade de Educação, USP, v. 14, n. 2 (julho-dezembro), pp. 225-234.”