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ACKEL BARBOSA, Antonio; DALLAGNOL ZANLUCHI, Jeferson; GIOVANAZ, Letícia

Paula; MARTINS, Naiara Camila. O aluno desmotivado. Atividade 1 da disciplina: Aluno


universitário: o aluno jovem e o aluno no contexto acadêmico, do curso de especialização em
docência do ensino superior — Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS,
2017

“o alfabetizando já está motivado…para escrever seu pensamento.”


(Paulo Freire, 2013, p.19)

O trabalho tem como propósito apresentar situações problemáticas na prática


docente. Diversos podem ser os enfrentamentos de um professor em sala de aula com seu aluno. A
Professora Joyce Pernigotti, em sua disciplina “Aluno universitário: o aluno jovem e o aluno no
contexto acadêmico”, nos exemplifica alguns desses problemas tais como alunos ora desmotivados,
ora atrasados para aulas, ora ausentes e que ainda pedem abonos por faltas. O ensinar traz diversos
obstáculos a serem superados e aqui, pretendemos discorrer a acerca deste fato.

Num primeiro momento, refletindo a respeito de alunos desmotivados, ou talvez,


com interesses alheios àqueles que o docente entrega, pode-se discutir o risco que corre a
programação a ser desenvolvida com os estudantes, de não atender as exigências que o mercado de
trabalho vem impondo aos alunos, futuros profissionais daquele contexto. Sem querer, de modo
algum, desmerecer o conhecimento pedagógico que o professor deve possuir para passar o
conhecimento, citamos Cunha e Leite (1996).

“O professor é valorizado principalmente pelo êxito que alcança no exercício de sua


atividade como profissional liberal. Entre os indicadores desse estado estão a
localização de seu consultório/escritório, a classe social e o poder aquisitivo de seus
clientes, os casos “importantes” em que obteve sucesso no encaminhamento, os
congressos de que participa, devidamente divulgados para o público, e a relação
afetiva que tem com os estudantes que, na maioria das vezes, já foram rigidamente
selecionados pelo sistema educacional.” (CUNHA & LEITE, 1996, p. 123)

De acordo com Masetto (1988, p. 229) o professor deve desempenhar um papel de


orientador de atividade, que não só permita o aluno aprender, mas que seja elemento motivador e
incentivador do desenvolvimento de seus alunos. Este professor deve estar atento aos progressos de
seus alunos. O que ocorre, talvez, nesse ponto é que, certas disciplinas são obrigatórias,
independentemente da área em que o aluno vai atuar, assim, o professor se vê diante de um grupo
heterogêneo quanto aos seus interesses.
Paulo Freire (2011, p. 204) acrescenta que, aquele que tem o que dizer em sala de aula,
tem o dever de motivar, de desafiar aquele que escuta, “no sentido de que, quem escuta diga, fale,
responda”. O grande educador concebe intolerável o direito que o educador se dá de autoritário, de
apropriar-se de uma verdade da qual não se possa discorrer a respeito.
Bibliografia

CUNHA, M. & LEITE, D. Decisões pedagógicas e estruturas de poder na universidade. Campinas:


Papirus, 1996. In MASETTO, M. (org.) Docência na Universidade. São Paulo, Papirus Editora,
2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e
Terra, 2011.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2013.
MASETTO, Marcos T. (1988). “Cursos de metodologia do ensino superior: Abordagem crítica”,
Revista da Faculdade de Educação, USP, v. 14, n. 2 (julho-dezembro), pp. 225-234.”

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