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FÍSICA IV
2021
1. Introdução
2. Fundamentação Teórica
Redes Cristalinas.
𝛼 = (1/𝜌)(𝑑𝜌/𝑑𝑇)
Entretanto, a interação entre dois átomos faz com que cada um desses níveis sejam
duplicados. A partir disso, a interação de X átomos estabelece uma rede cristalina, onde
cada nível de um átomo isolado da estrutura seja desdobrado em X níveis, formando então
uma banda de energia, separados por bandas proibidas em que nenhum elétron pode
ocupar.
As bandas de energia possuem alguns eletro-volts de largura. Como X pode ser da ordem
de 1024, os níveis no interior de uma banda estão muito próximos e a banda pode ser
considerada praticamente contínuas pelo fato de ocorrer superposição das funções de
ondas dos elétrons de cada átomo isolado. Contudo, as bandas de menor energia são mais
estreitas por estarem mais próximas do núcleo atômico e sofrerem uma pequena
superposição com as funções de onda dos elétrons correspondentes dos átomos adjacente.
A condutividade elétrica está diretamente relacionada com existência de elétrons livres
presentes nas últimas camadas dos átomos que compõe cada material. Basicamente,
quanto mais distantes do núcleo do átomo estiver o elétron, menor será a interação do
elétron com o núcleo do átomo, e portanto, melhor será a condutividade elétrica do
material. A partir disso, é possível classificar os materiais como isolante, condutor e
semicondutor. 7
Nos materiais condutores, a camada de valência é composta, por no máximo três
elétrons, pois estes necessitam de pouca energia para deixar sua orbita. Já os materiais
isolantes possuem entre 5 e 8 elétrons, sendo estes mais difíceis de se movimentarem ou
deixar sua orbita na estrutura atômica. Na intermediária, os materiais semicondutores
possuem 4 elétrons na camada de valência, ficando a resistência desses elétrons entre a
resistência dos elétrons dos materiais condutores e isolantes, por isso são denominados
semicondutores.8
2.1. Isolantes
Os materiais sólidos são formados por redes cristalinas que provocam o desdobramento
dos níveis de energia de um átomo isolado, formando as bandas de energia. Entretanto, nos
materiais sólidos isolantes, a última banda de energia contendo elétron é totalmente
preenchida por elétrons, o que impossibilita a mudança de nível pelos elétrons do material.
Contudo, mesmo havendo uma diferença de potencial aplicada entre os terminais do
material, nenhuma corrente elétrica é gerada, pois para que exista corrente elétrica, é
necessário que a energia cinética média dos elétrons do material aumente. Porém, para que
ocorra o aumento de energia cinética é necessário que alguns elétrons saltem para níveis
mais elevados de energia.9
Há ainda, outras bandas de energia acima da última banda permitida ocupada pelos
elétrons do material. Porém, para que os elétrons alcancem essas bandas é necessário
adquirir muita energia afim de ultrapassar a banda proibida e encontrar a próxima banda
permitida.
Embora seja difícil, é possível um elétron obter energia e saltar para a próxima banda
de energia ultrapassando a região proibida, ocorrendo uma pequena condução,
caracterizando a ruptura do dielétrico.10
2.2. Metais
2.3. Semicondutores
Através da Figura 7, é possível notar que existe uma ligação covalente entre dois ou mais
átomo de silício do material e que cada átomo externo possui alguns elétrons de valência
para construção de uma nova ligação com outros átomos de silício.
Entretanto, é possível manipular a estrutura intrínseca dos semicondutores adicionando
algumas impurezas, este processo é denominado dopagem e tem por característica
adicionar átomos de elementos que possuem três ou cinco elétrons na camada de valência,
dependendo do tipo de material desejado.15
Na microeletrônica existem dois tipos de materiais extrínseco importantes na fabricação
de dispositivos semicondutores: o material do tipo n e o material do tipo p.
Adicionar aos materiais semicondutores impurezas contendo 3 elétrons na camada de
valência faz com que a estrutura ao se organizar, apresente uma lacuna entre as ligações,
ou seja, surgirá uma lacuna em consequência da falta de elétron para completar o número
de elétron necessário para que sejam feitas todas as ligações entre o átomo do material
intrínseco e o átomo de impureza, que nesse caso é denominado impureza do tipo P.
Analisando a Figura 11, nota-se que a região de depleção presente na junção PN é menor
que aquela apresentada na Figura 10 pelo fato dos elétrons e lacunas serem forçados a se
recombinarem, diminuindo essa região de resistência ao fluxo de corrente dos portadores
majoritários, viabilizando assim um fluxo mais intenso dos mesmos.
Invertendo a polarização indicada na Figura 11, caracterizando uma polarização reversa,
aumenta-se a zona de depleção, pois os elétrons livres e lacunas, neste caso, são atraídos
pelos terminais da fonte, causando um aumento dessa região, responsável por dificultar o
fluxo dos portadores majoritários à zero.
𝐼𝐷 = 𝐼𝑆(𝑒𝐾𝑉𝐷⁄𝑇𝐾 − 1)
Nota-se que, para os diodos de silício, a tensão de polarização direta necessária para que o
dispositivo chegue ao estado de máxima condução, é aproximadamente 0,7 volts. Porém, nos diodos
de germânio essa tensão cai para valores próximos a 0,3 volts, ou seja,a partir desses valores de
tensão, denominada tensão offset, a corrente através do diodo começa a se tornar perceptível, ou
significante.
3. Referências
2 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: Óptica e física moderna. 9. Ed.
Rio de janeiro, RJ: LTC, c2012. p. 269.
5 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: Óptica e física moderna. 9. Ed.
Rio de janeiro, RJ: LTC, c2012. p. 270.
6 MARQUES, Angelo Eduardo B.; CRUZ, Eduardo César Alves; CHOUERI JUNIOR, Salomão. Dispositivos
Semicondutores: diodos e transistores. 3. Ed. São Paulo: Érica, 1998. p. 7.
7 Curso de eletrônica básica, análise de circuitos e digital. Condutores, isolantes e semicondutores.
Disponível em <http://www.cursoeletronica.com.br/artigos/condutores-e-isolantes-e-
semicondutores>. Acessado em 27/01/2014.
9 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: Óptica e física moderna. 9. Ed.
Rio de janeiro, RJ: LTC, c2012. p. 271.
12 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: Óptica e física moderna. 9.
Ed. Rio de janeiro, RJ: LTC, c2012. p. 272.
13 HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física: Óptica e física moderna. 9.
Ed. Rio de janeiro, RJ: LTC, c2012. p. 278.
14 BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004. p. 6.
16 BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004. p. 8.
17 BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004. p. 10.
18 BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2004. p. 11.