PAULISTA EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA CURSO
PEDAGOGIA
SÃO LEOPOLDO – RS
2021
UNIP-UNIVERSIDADE
PAULISTA EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA
SÃO LEOPOLDO - RS
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
PEDROSO, CARLA DOS SANTOS RA:1950199
APROVADO EM:
/ /
PROF. MESTRA ALDINE NOGUEIRA DA SILVA
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
RESUMO
The present work entitled “INCLUSION: THE CHALLENGES OF TEACHERS TO WORK WITH
AUTISTIC STUDENTS”, seeks to report on Inclusion, talking about
challenges that teachers face to work with autistic people, bringing ideas
through pedagogical ways to work with these students. In order to research, analyze and reflect, in a
simple and objective way, on the importance of respecting the subject as a whole, considering and
valuing their own characteristics and specificities, accepting that we are all different, and then valuing
and enhancing these differences, in order to ensure inclusive, equitable and quality education.
To carry out this work, exploratory research was used,
involving bibliographic survey of authors who have contributed and contribute significantly to the
construction of knowledge that we currently have. In addition, articles, books and virtual research will
also be read.
in Digital Media with reliable scientific sources, in order to guarantee quality and
veracity of the information presented in this monograph.
RESUMO……………………………………………………………………………………...5
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
1.CAPÍTULO I – O QUE É A INCLUSÃO?.................................................................10
1.1 HISTÓRICO DA INCLUSÃO……………………………………………………….
1.2 LEGISLAÇÃO………………………………………………………………………..
1.1 DO DIREITO À EDUCAÇÃO……………………………………………………….
1.2 DO DIREITO AO TRABALHO………………………………………………………
1.3 LEI DA EDUCAÇÃO ESPECIAL…………………………………………………….
2.CAPÍTULO II – METODOLOGIA - O QUE É O AUTISMO OU TEA - TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA?..............................................................................................23
2.1 O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE AUTISMO……………………….
2.2 DESAFIOS DOS PROFESSORES NO PROCESSO INCLUSIVO…………….
3. CAPÍTULO III – ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO.............................................24
3.1 LEI DO AUTISMO……………………………………………………………………
3.2 AUTISMO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS………………………………………..
3.3 AUTISMO E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM……………………………….
3.3 ATIVIDADES POSITIVAS PARA O TEA………………………………………….
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................26
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo abordar sobre a Inclusão do autista no ambiente
escolar e o modo como os profissionais da educação enfrentam determinadas situações do
cotidiano para conseguir promover a inclusão dessas crianças em sala de aula, o quanto a
escola é importante para socialização e desenvolvimento delas. Para melhor compreender essa
inclusão, será necessário ponderar a respeito da educação especial na perspectiva da educação
inclusiva, no Brasil. A educação especial é uma “modalidade de ensino transversal” da
educação brasileira, entendemos como modalidade de ensino, a necessidade de adequação
curricular, isto é, toda vez que o currículo precisa ser adaptado, afim de atender os educandos
que, por suas condições cognitivas, físicas e sensoriais, não conseguem acompanhar o
currículo regular, já o termo transversal, significa que perpassa por todos os níveis de ensino,
educação básica, EJA, educação profissional técnica e também no ensino superior.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em seu Art. 2, salienta que:
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
O assunto autismo, hoje em dia, é muito relevante em trabalhar, pois é tema de maior
impacto na Inclusão e é importante para o curso de Pedagogia, pelo fato de ter sido estudado
na cadeira de Educação Inclusiva da faculdade e pela atuação prática no estágio, pois todos os
dias se aprende algo novo durante a vivência com esses alunos.
Por mais que sejam momentos bem repetitivos para o docente e também para
criança, com um pouco de dedicação e respeito ao tempo que cada aluno leva para
desenvolver seu conhecimento, todo o individuo é capaz e certamente irá aprender, mas, para
isso, deve-se sempre procurar incentivar muito, estimular, pesquisar, ir além para garantir a
aprendizagem e perceber a evolução dessas crianças.
Os desafios encontrados nos caminhos, não são poucos e, sim, muitos. Mas com muita
dedicação, empenho e esforço, com certeza este aluno terá uma significativa e considerável
autonomia, o que gera pontos muito positivos no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo
da criança.
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1. CAPÍTULO I – O QUE É INCLUSÃO?
A Inclusão é um processo que visa apoiar a educação para todas as crianças do mundo.
Lopes e Sil comentam:
Todas as escolas não só podem como devem, sim, incluir os alunos com necessidades
especiais, mesmo muitos casos tendo certas dificuldades e incapacidades, independente do
que seja, os alunos devem ser aceitos dentro das escolas de ensino regular. De acordo com o
portal do MEC, todas as crianças, jovens e adultos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades devem ter assegurado o seu direito de aprender no ensino
regular, na série correspondente à sua faixa etária. Os professores da educação comum, em
articulação com a educação especial, devem estabelecer estratégias pedagógicas e formativas,
metodologias que favoreçam a aprendizagem e a participação desses alunos no contexto
escolar.
Enfim, a escola deve acolher bem a esses alunos, pois é assim, oportunizando que
estudem e aprendam, que se pode fazer a diferença na vida do mesmo, mostrando-lhes o
quanto são capazes de ir, além independente de qual seja o seu diagnóstico. Deve-se fazer
com que este aluno se sinta bem e se insira nesse novo ambiente. Abraçando essa causa, pode-
se mudar muita coisa durante seu processo de vida escolar.
A Inclusão não era algo muito aceito entre diversas escolas, visto que eram divididas
em modalidade de ensino, os tipos de serviços, grades curriculares e
burocracia. Entretanto, um rompimento dentro da estrutura organizacional, que é o que nos
mostra de fato a inclusão, é uma saída para que a escola possa fluir, espalhando sua ação
formadora e aceitando a todos que dela fazem parte. O que de fato se pretende é que a escola
seja inclusiva e, para isso, é necessário haver determinadas mudanças, voltadas para a
educação na cidadania global, livre de preconceitos e que valorizam todas as diferenças.
Para que as mudanças aconteçam, é necessário que se passe por desafios, pois é por
meio deles que temos a capacidade de aprender algo novo todos os dias, aprendendo com as
diferenças. A Inclusão não tem uma prática de ensino escolar específica para cada deficiência
e/ou dificuldade de aprender, mas, sim, que a instituição de ensino regular venha atender a
todos os alunos sabendo que cada um tem seus limites de aprendizado. Assim, para um ensino
de boa qualidade, o professor deverá levar em conta a dificuldade de cada um desses alunos.
Pensar em Educação Inclusiva é ter bem clara a ideia que todos podem aprender,
independentemente de suas limitações, pois as metodologias devem ser direcionadas e prontas
a fim de que a necessidade de cada um seja atendida igualmente. E lembrando que a Educação
Inclusiva também é a que abraça a todos, deixando de lado quaisquer características próprias
do aluno.
A Inclusão de pessoas com algum tipo de síndrome, seja ela qual for, é um direito
básico e obrigatório, visto que amparado por diversas leis tanto nacionais quanto
internacionais. Entende-se que qualquer indivíduo com deficiência física e intelectual entre
nesse grupo, ou seja, deficientes físicos, deficientes mentais, deficientes visuais, deficientes
auditivos, crianças com paralisia cerebral, com TGD - Transtornos Globais do
Desenvolvimento, com TEA - Transtorno do Espectro Autista, ou que apresente qualquer
condição diagnosticada que necessite de acompanhamento especial.
A escola deve estar aberta para receber esses alunos com deficiência. A Educação
Inclusiva nada mais é do que aquela que acolhe a todas as pessoas, sem nenhuma exceção,
respeitando as diferenças e dando a todos o direto à educação.
A Inclusão surge com o propósito de que todos frequentem a sala de aula do ensino
regular da escola comum, independente do seu tipo de deficiência, se é grave ou não.
Entretanto, hoje, sem dúvida, a Inclusão já melhorou muito, pois muitas crianças têm saído da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) para frequentarem somente a escola
regular e também há muita interação por parte de algumas crianças, o que é visto como um
ponto muito positivo ao longo da sua evolução.
1.2 LEGISLAÇÃO
[…] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2015, Art. 2º)
Na prática, isso significa que a lei serve para ampará-las no convívio social, regulando
as relações em busca da diminuição da desigualdade, a fim de que ninguém se sinta inferior e
excluído. Atualmente, o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, o que
torna a Lei de Inclusão uma verdadeira vitória.
Essa importante luta, no entanto, não acaba com a aprovação da lei, mas apenas
avança um passo. Por isso, mesmo com a norma em vigor, todos nós devemos, ainda, lutar
diariamente pela efetivação desses direitos e sua regulamentação.
Vale ressaltar que não basta a lei no papel para garantir os direitos. É preciso que ela
seja implementada, de fato, inibindo qualquer tipo de preconceito e exclusão no convívio por
parte de pessoas que ignoram alguns aspectos sobre o tema.
Cabe aos profissionais praticarem esta lei, pois, independente de qual seja o problema
que um aluno (a) de inclusão tenha, são seres humanos também como qualquer um de nós.
Devemos sempre dar a devida atenção a todos eles, para que de alguma forma se sintam
acolhidos e façam parte do ambiente escolar.
De acordo com a Declaração de Salamanca, um decreto de 1994 firmado por mais de
80 países, ONU e Unesco, que revela o direito de toda criança à educação,
independentemente de suas características físicas, intelectuais e condicionais:
Art. 34- A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre
escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza
são obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho,
incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor.
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer
discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de
recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e
periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação
profissional, bem como exigência de aptidão plena.
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a
cursos, treinamentos, educação continuada, planos de carreira, promoções,
bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo empregador, em
igualdade de oportunidades com os demais empregados.
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos
de formação e de capacitação.
A Inclusão nada mais é do que garantir que educandos com ou sem deficiência
participem de quaisquer atividades, sejam elas em escolas ou comunidades. É necessário
compreender que cada um tem seu ritmo, tem o seu devido tempo, mas que isso não os torna
incapazes de aprender, pelo contrário, podem avançar muito na aprendizagem. Por isso, o
respeito e a dedicação, nos tornam cidadãos capazes de ensinar e de aprender com as
diferenças.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº
13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>.Acesso em:
setembro de 2021.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas,
1987.
Inclusão: Privilégio de conviver com as diferenças. Disponível em:
<file:///C:/Users/Usuario/Documents/Downloads/GrandeRosileneMunhozCasa_TCC. pdf>.
Acesso em: 18 de setembro de 2021.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar - O que é? Por quê? Disponível
em: <https://acessibilidade.ufg.br/up/211/o/INCLUS%C3%83O-ESCOLARMaria- Teresa-
Egl%C3%A9r-Mantoan-Inclus%C3%A3o-Escolar.pdf?1473202907>. Acesso em 09 de
setembro de 2021.