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UNIP-UNIVERSIDADE

PAULISTA EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA CURSO
PEDAGOGIA

PEDROSO, CARLA DOS SANTOS RA:1950199

INCLUSÃO: OS DESAFIOS DOS PROFESSORES PARA TRABALHAR


COM ALUNOS AUTISTAS

SÃO LEOPOLDO – RS
2021
UNIP-UNIVERSIDADE
PAULISTA EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA

PEDROSO, CARLA DOS SANTOS RA:1950199

INCLUSÃO: OS DESAFIOS DOS PROFESSORES PARA TRABALHAR


COM ALUNOS AUTISTAS

Trabalho Monográfico para obtenção


de título de graduação em Licenciatura
em Pedagogia, apresentado à
Universidade Paulista - UNIP EaD sob
a orientação da Professora Mestra
Aldine Nogueira da Silva.

SÃO LEOPOLDO - RS
2021
FICHA CATALOGRÁFICA
PEDROSO, CARLA DOS SANTOS RA:1950199

INCLUSÃO: OS DESAFIOS DOS PROFESSORES PARA TRABALHAR


COM ALUNOS AUTISTAS

Trabalho Monográfico para obtenção


de título de graduação em Licenciatura
em Pedagogia, apresentado à
Universidade Paulista - UNIP EaD sob
a orientação da Professora Mestra
Aldine Nogueira da Silva.

APROVADO EM:

/ /
PROF. MESTRA ALDINE NOGUEIRA DA SILVA
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
RESUMO

O presente trabalho intitulado “INCLUSÃO: OS DESAFIOS DOS PROFESSORES PARA


TRABALHAR COM ALUNOS AUTISTAS”, busca relatar sobre a Inclusão, falando sobre os
desafios que os professores encontram para trabalhar com autistas, trazendo ideias
por meio de formas pedagógicas para trabalhar com estes alunos. Com o objetivo de pesquisar, analisar e
refletir, de forma simples e objetiva, sobre a importância de respeitar o sujeito em sua totalidade,
considerar e valorizar suas características e especificidades próprias, aceitar que somos todos diferentes,
para então valorizar e potencializar essas diferenças, afim de assegurar uma educação inclusiva,
equitativa e de qualidade.
Para realização deste trabalho, foi utilizada pesquisa exploratória,
envolvendo levantamento bibliográfico de autores que contribuíram e contribuem significativamente na
construção de conhecimento que temos atualmente. Além disso, também será realizada leitura de artigos,
livros e pesquisas virtuais
em Mídias digitais com fontes científicas confiáveis, afim de garantir qualidade e
veracidade nas informações apresentadas nesta monografia.

Palavras-chave: TEA, Inclusão, Desafio dos Professores.


ABSTRACT

The present work entitled “INCLUSION: THE CHALLENGES OF TEACHERS TO WORK WITH
AUTISTIC STUDENTS”, seeks to report on Inclusion, talking about
challenges that teachers face to work with autistic people, bringing ideas
through pedagogical ways to work with these students. In order to research, analyze and reflect, in a
simple and objective way, on the importance of respecting the subject as a whole, considering and
valuing their own characteristics and specificities, accepting that we are all different, and then valuing
and enhancing these differences, in order to ensure inclusive, equitable and quality education.
To carry out this work, exploratory research was used,
involving bibliographic survey of authors who have contributed and contribute significantly to the
construction of knowledge that we currently have. In addition, articles, books and virtual research will
also be read.
in Digital Media with reliable scientific sources, in order to guarantee quality and
veracity of the information presented in this monograph.

Keywords: TEA, Inclusion, Teachers' Challenge.


SUMÁRIO:

RESUMO……………………………………………………………………………………...5
INTRODUÇÃO..............................................................................................................8
1.CAPÍTULO I – O QUE É A INCLUSÃO?.................................................................10
1.1 HISTÓRICO DA INCLUSÃO……………………………………………………….
1.2 LEGISLAÇÃO………………………………………………………………………..
1.1 DO DIREITO À EDUCAÇÃO……………………………………………………….
1.2 DO DIREITO AO TRABALHO………………………………………………………
1.3 LEI DA EDUCAÇÃO ESPECIAL…………………………………………………….
2.CAPÍTULO II – METODOLOGIA - O QUE É O AUTISMO OU TEA - TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA?..............................................................................................23
2.1 O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE AUTISMO……………………….
2.2 DESAFIOS DOS PROFESSORES NO PROCESSO INCLUSIVO…………….
3. CAPÍTULO III – ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO.............................................24
3.1 LEI DO AUTISMO……………………………………………………………………
3.2 AUTISMO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS………………………………………..
3.3 AUTISMO E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM……………………………….
3.3 ATIVIDADES POSITIVAS PARA O TEA………………………………………….

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................26
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo abordar sobre a Inclusão do autista no ambiente
escolar e o modo como os profissionais da educação enfrentam determinadas situações do
cotidiano para conseguir promover a inclusão dessas crianças em sala de aula, o quanto a
escola é importante para socialização e desenvolvimento delas. Para melhor compreender essa
inclusão, será necessário ponderar a respeito da educação especial na perspectiva da educação
inclusiva, no Brasil. A educação especial é uma “modalidade de ensino transversal” da
educação brasileira, entendemos como modalidade de ensino, a necessidade de adequação
curricular, isto é, toda vez que o currículo precisa ser adaptado, afim de atender os educandos
que, por suas condições cognitivas, físicas e sensoriais, não conseguem acompanhar o
currículo regular, já o termo transversal, significa que perpassa por todos os níveis de ensino,
educação básica, EJA, educação profissional técnica e também no ensino superior.

No decorrer dos capítulos do presente trabalho, serão trazidas algumas das

principais reflexões sobre o assunto, envolvendo os desafios que o professor enfrenta


para trabalhar com a criança autista; o papel do professor no processo de Ensino-
Aprendizagem com a criança autista; a incerteza do professor em relação ao que o aluno está
querendo expressar; a falta de recursos específicos para atender as necessidades da criança
autista, além dos principais conceitos, políticas e marcos regulatórios relacionados a educação
especial no Brasil.

A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em seu Art. 2, salienta que:

Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo

prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação

com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na

sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2015.p.1).

De acordo com a Lei da Inclusão, é de responsabilidade da escola acolher esses alunos


lhes assegurando condições de acesso, aprendizagem e participação junto aos demais
estudantes. Pelo fato de esses alunos terem dificuldades de se integrar dentro do ambiente
escolar, de se expressar e, às vezes, não possuir material suficiente é de fundamental
importância da escola, fazer com que essa situação mude. Ou seja, procurar a melhor forma
de trabalhar e fazer com que este aluno consiga progredir.

O assunto autismo, hoje em dia, é muito relevante em trabalhar, pois é tema de maior
impacto na Inclusão e é importante para o curso de Pedagogia, pelo fato de ter sido estudado
na cadeira de Educação Inclusiva da faculdade e pela atuação prática no estágio, pois todos os
dias se aprende algo novo durante a vivência com esses alunos.

Ao trabalhar com alunos portadores de TEA, percebe-se o quanto é desafiador,


importante e de muita responsabilidade, por parte dos professores, ter formação adequada
sobre esse assunto, mas também por parte da escola, que não se caracteriza mais como aquela
que apenas transmite conteúdos, a função da escola também é social, pois possui significativa
influência na formação de cidadãos socialmente responsáveis, que respeitem as diferenças e
que contribuem para a evolução de um país mais justo e solidário. Há uma série de aspectos
relevantes que nos levam a identificar a educação especial como uma questão a ser mais
discutida no meio acadêmico.

Por mais que sejam momentos bem repetitivos para o docente e também para
criança, com um pouco de dedicação e respeito ao tempo que cada aluno leva para
desenvolver seu conhecimento, todo o individuo é capaz e certamente irá aprender, mas, para
isso, deve-se sempre procurar incentivar muito, estimular, pesquisar, ir além para garantir a
aprendizagem e perceber a evolução dessas crianças.

Os desafios encontrados nos caminhos, não são poucos e, sim, muitos. Mas com muita
dedicação, empenho e esforço, com certeza este aluno terá uma significativa e considerável
autonomia, o que gera pontos muito positivos no desenvolvimento cognitivo, social e afetivo
da criança.
10
1. CAPÍTULO I – O QUE É INCLUSÃO?

A Inclusão é um processo que visa apoiar a educação para todas as crianças do mundo.
Lopes e Sil comentam:

A promoção de uma igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso, com


a participação de todos e o respeito pela diversidade individual e cultural dos
alunos, através da inclusão na escola, bem como da inclusão da escola no
meio local, permitirá uma intervenção integrada, no sentido da elevação do
nível educativo da população (LOPES; SIL, 2005, p. 2985)
A inclusão pressupõe que todas as crianças e alunos tenham uma resposta educativa
em um ambiente regular que lhes proporcione o desenvolvimento das suas capacidades.

Todas as escolas não só podem como devem, sim, incluir os alunos com necessidades
especiais, mesmo muitos casos tendo certas dificuldades e incapacidades, independente do
que seja, os alunos devem ser aceitos dentro das escolas de ensino regular. De acordo com o
portal do MEC, todas as crianças, jovens e adultos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades devem ter assegurado o seu direito de aprender no ensino
regular, na série correspondente à sua faixa etária. Os professores da educação comum, em
articulação com a educação especial, devem estabelecer estratégias pedagógicas e formativas,
metodologias que favoreçam a aprendizagem e a participação desses alunos no contexto
escolar.

A Inclusão promove a diversidade, é muito mais do que querer apenas garantir a


entrada do aluno dentro da escola, pois seu maior objetivo é eliminar os obstáculos que
limitam suas aprendizagens bem como a sua participação no processo educativo.

Enfim, a escola deve acolher bem a esses alunos, pois é assim, oportunizando que
estudem e aprendam, que se pode fazer a diferença na vida do mesmo, mostrando-lhes o
quanto são capazes de ir, além independente de qual seja o seu diagnóstico. Deve-se fazer
com que este aluno se sinta bem e se insira nesse novo ambiente. Abraçando essa causa, pode-
se mudar muita coisa durante seu processo de vida escolar.

A Inclusão não era algo muito aceito entre diversas escolas, visto que eram divididas
em modalidade de ensino, os tipos de serviços, grades curriculares e
burocracia. Entretanto, um rompimento dentro da estrutura organizacional, que é o que nos
mostra de fato a inclusão, é uma saída para que a escola possa fluir, espalhando sua ação
formadora e aceitando a todos que dela fazem parte. O que de fato se pretende é que a escola
seja inclusiva e, para isso, é necessário haver determinadas mudanças, voltadas para a
educação na cidadania global, livre de preconceitos e que valorizam todas as diferenças.

A inclusão é algo inovador, modernizado e reestruturador das condições atuais na


maioria das escolas, em especial, o nível básico, ao assumir que as dificuldades não são
apenas dos alunos, mas, em grande parte, de como é ministrado o ensino e o processo de
aprendizagem.

Para que as mudanças aconteçam, é necessário que se passe por desafios, pois é por
meio deles que temos a capacidade de aprender algo novo todos os dias, aprendendo com as
diferenças. A Inclusão não tem uma prática de ensino escolar específica para cada deficiência
e/ou dificuldade de aprender, mas, sim, que a instituição de ensino regular venha atender a
todos os alunos sabendo que cada um tem seus limites de aprendizado. Assim, para um ensino
de boa qualidade, o professor deverá levar em conta a dificuldade de cada um desses alunos.

Pensar em Educação Inclusiva é ter bem clara a ideia que todos podem aprender,
independentemente de suas limitações, pois as metodologias devem ser direcionadas e prontas
a fim de que a necessidade de cada um seja atendida igualmente. E lembrando que a Educação
Inclusiva também é a que abraça a todos, deixando de lado quaisquer características próprias
do aluno.

A Inclusão de pessoas com algum tipo de síndrome, seja ela qual for, é um direito
básico e obrigatório, visto que amparado por diversas leis tanto nacionais quanto
internacionais. Entende-se que qualquer indivíduo com deficiência física e intelectual entre
nesse grupo, ou seja, deficientes físicos, deficientes mentais, deficientes visuais, deficientes
auditivos, crianças com paralisia cerebral, com TGD - Transtornos Globais do
Desenvolvimento, com TEA - Transtorno do Espectro Autista, ou que apresente qualquer
condição diagnosticada que necessite de acompanhamento especial.

A convivência para um aluno com alguma determinada necessidade especial, é algo


que pode se tornar muito difícil, pois muitos não conseguem desenvolver uma
socialização adequada com os seus demais colegas e mesmo com os professores, cabendo à
escola e aos profissionais da área da educação fazer com que esse aluno não se sinta excluído
e, sim, incluído dentro do ambiente escolar, sendo um participante presente em todas as
atividades propostas pela escola, fazendo com que se sinta à vontade por meio de estímulos
dos colegas de sala e, principalmente, do professor. O papel da escola, e de todos, é
justamente saber ter pensamentos mais justos, aprendendo, conhecendo e, sobretudo, saber
lidar com as diferenças do dia a dia.

A escola deve estar aberta para receber esses alunos com deficiência. A Educação
Inclusiva nada mais é do que aquela que acolhe a todas as pessoas, sem nenhuma exceção,
respeitando as diferenças e dando a todos o direto à educação.

1.1 HISTÓRICO DA INCLUSÃO

A Educação Inclusiva começou a tomar forma mesmo no início da década de 1990,


embora as primeiras escolas especiais para algumas deficiências, no caso, auditivas e visuais,
tenham surgido já na década de 1920. Mas ainda faltava mais, porque estas pessoas eram
excluídas da sociedade, tanto que é, que para que houvessem mudanças, logo depois de muita
discussões, pesquisas e reuniões se chegou em um consenso de nível mundial e, após isso,
muitas outras possibilidades de Inclusão foram criadas.

A Inclusão surge com o propósito de que todos frequentem a sala de aula do ensino
regular da escola comum, independente do seu tipo de deficiência, se é grave ou não.
Entretanto, hoje, sem dúvida, a Inclusão já melhorou muito, pois muitas crianças têm saído da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) para frequentarem somente a escola
regular e também há muita interação por parte de algumas crianças, o que é visto como um
ponto muito positivo ao longo da sua evolução.

E é direito de que toda criança com deficiência física, deficiência intelectual e


superdotação possa ser matriculada na escola mais próxima de sua casa e o seu ingresso nunca
deve ser negado. Por ser um direito constitucional, visto que a Constituição Federal, em seu
Art. 205. afirma que a educação é direito de todos e
dever do Estado e da família. Assim, torna-se crime tanto não aceitar quanto excluir o aluno
com necessidades especiais do mesmo currículo que seus colegas. Graças a isso, mais de 70%
das crianças com deficiência já estavam matriculadas na escola regular em 2013, número
muito acima dos 47% registrados em 2007, segundo o Censo Escolar. Estimativas dizem que
o número está ainda maior e o objetivo, é claro, é de haver 100% de inclusão.

1.2 LEGISLAÇÃO

A Lei 13.146/2015, conhecida como Lei de Inclusão, foi aprovada em 6 de julho de


2015, trazendo garantias fundamentais para a equiparação das pessoas com deficiência em
relação à sociedade. Por meio de um conceito claro, ela considera como pessoa com
deficiência:

[…] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas. (BRASIL, 2015, Art. 2º)
Na prática, isso significa que a lei serve para ampará-las no convívio social, regulando
as relações em busca da diminuição da desigualdade, a fim de que ninguém se sinta inferior e
excluído. Atualmente, o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, o que
torna a Lei de Inclusão uma verdadeira vitória.

Essa importante luta, no entanto, não acaba com a aprovação da lei, mas apenas
avança um passo. Por isso, mesmo com a norma em vigor, todos nós devemos, ainda, lutar
diariamente pela efetivação desses direitos e sua regulamentação.

Vale ressaltar que não basta a lei no papel para garantir os direitos. É preciso que ela
seja implementada, de fato, inibindo qualquer tipo de preconceito e exclusão no convívio por
parte de pessoas que ignoram alguns aspectos sobre o tema.

Cabe aos profissionais praticarem esta lei, pois, independente de qual seja o problema
que um aluno (a) de inclusão tenha, são seres humanos também como qualquer um de nós.
Devemos sempre dar a devida atenção a todos eles, para que de alguma forma se sintam
acolhidos e façam parte do ambiente escolar.
De acordo com a Declaração de Salamanca, um decreto de 1994 firmado por mais de
80 países, ONU e Unesco, que revela o direito de toda criança à educação,
independentemente de suas características físicas, intelectuais e condicionais:

Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de


aprendizagem que são únicas, sistemas educacionais deveriam ser
designados e programas educacionais deveriam ser implementados no
sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e
necessidades, aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter
acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia
centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades. (ONU, 1994, 2)
A partir desse termo, o Ministério da Educação criou a Política Nacional de Educação
Especial, além do programa Educação Inclusiva: Direito à diversidade, que, além de manter a
meta de garantir a educação especial para todas as pessoas que necessitam, visa estimular a
formação dos gestores, professores e de todo o corpo docente de todas as escolas brasileiras
para conviver e saber as melhores práticas de lidar e levar conhecimento para esse grupo.

1.1 DO DIREITO À EDUCAÇÃO

Art. 27 - A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado


sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de
toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo único- É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da
sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência,
colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação.
Art. 28 - Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver,
implementar, incentivar, acompanhar e avaliar:
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades,
bem como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir
condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem,
por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que
eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento
educacional especializado, assim como os demais serviços e
adaptações razoáveis, para atender às características dos
estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao
currículo em condições
de igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; […].

1.2 DO DIREITO AO TRABALHO

Art. 34- A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre
escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de
oportunidades com as demais pessoas.
§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza
são obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades
com as demais pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho,
incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor.
§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer
discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de
recrutamento, seleção, contratação, admissão, exames admissional e
periódico, permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação
profissional, bem como exigência de aptidão plena.
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a
cursos, treinamentos, educação continuada, planos de carreira, promoções,
bonificações e incentivos profissionais oferecidos pelo empregador, em
igualdade de oportunidades com os demais empregados.
§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibilidade em cursos
de formação e de capacitação.
A Inclusão nada mais é do que garantir que educandos com ou sem deficiência
participem de quaisquer atividades, sejam elas em escolas ou comunidades. É necessário
compreender que cada um tem seu ritmo, tem o seu devido tempo, mas que isso não os torna
incapazes de aprender, pelo contrário, podem avançar muito na aprendizagem. Por isso, o
respeito e a dedicação, nos tornam cidadãos capazes de ensinar e de aprender com as
diferenças.

1.3 LEI DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Resolução N° 02 CNE/CEB de 11 de Setembro de 2011 institui as


Diretrizes Nacionais, para aqueles alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais em todas as suas etapas e modalidades, na Educação
Básica. Esta é a Resolução de maior lei que trata sobre a Inclusão nas
escolas.
O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, de conformidade com o disposto no Art. 9o, § 1o, alínea “c”, da
Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei 9.131,
de 25 de novembro de 1995, nos Capítulos I, II e III do Título V e nos
Artigos 58 a 60 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e com fundamento
no Parecer CNE/CEB 17/2001, homologado pelo Senhor Ministro de Estado
da Educação em 15 de agosto de 2001, resolve:
Parágrafo único. O atendimento escolar desses alunos terá início na
educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de
educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação
com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional
especializado. […]
Art. 1º: A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a
educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na
Educação Básica, em todas as suas etapas e modalidades.
Parágrafo único. O atendimento escolar desses alunos terá início na
educação infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de
educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação
com a família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional
especializado.
Art 2º: Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às
escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos.
Parágrafo único. Os sistemas de ensino devem conhecer a demanda real de
atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais, mediante a
criação de sistemas de informação e o estabelecimento de interface com os
órgãos governamentais responsáveis pelo Censo Escolar e pelo Censo
Demográfico, para atender a todas as variáveis implícitas à qualidade do
processo formativo desses alunos.
Art. 3º: Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se
um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que
assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados
institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns
casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a
educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as
etapas e modalidades da educação básica.
.Parágrafo único. Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar
um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos,
materiais e financeiros que viabilizem e deem sustentação ao processo de
construção da educação inclusiva.
Art. 4º : Como modalidade da Educação Básica, a educação especial
considerará as situações singulares, os perfis dos estudantes, as
características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautará
em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
I - a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno
de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na
vida social;
II - a busca da identidade própria de cada educando, o
reconhecimento e a valorização das suas diferenças e
potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais
especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para
a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos,
habilidades e competências;
III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da
capacidade de participação social, política e econômica e sua
ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto
de seus direitos.
Art. 5º: Consideram-se educandos com necessidades educacionais
especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no
processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento
das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou
deficiências;
II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos
demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos
aplicáveis;
III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de
aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos,
procedimentos e atitudes.
De acordo com a Lei da Inclusão, é de responsabilidade da escola, acolher estes
alunos lhes assegurando as devidas condições de acessos, aprendizagem e participação
junto aos demais estudantes. Pelo fato de esses alunos terem dificuldades de se integrar
dentro do ambiente escolar, de se expressar e, às vezes, não possuir material suficiente é de
fundamental importância da escola, fazer com que esta situação mude. Ou seja, procurar a
melhor forma de trabalhar e fazer com que este aluno consiga progredir, e que isso seja
feito de forma que todos os principais responsáveis pela Inclusão façam trabalhos em
equipe para que todos possam se ajudar e ajudar os alunos portadores de necessidades
especiais.
2. CAPÍTULO II – METODOLOGIA
3. CAPÍTULO III – ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A importância da formação continuada de professores da Educação Básica: A


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Autismo, educação e afetividade- Um diálogo a partir das contribuições de


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<http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV056_M
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Autismo: inclusão ou integração. Disponível em:


<https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/10711/7/tese.pdf>.Acesso em: 16 de setembro
de 2021.

Autismo: Sugestões de jogos e atividades. Disponível em:


<https://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2013/05/caderno-pedagc3b3gico- autismo-com-
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Educação Inclusiva e Especial: O que é? Por que precisamos entender?


Publicado em 18/01/2019. Disponível em:
<https://www.enfoquecapacitacao.com.br/blog/educacao-inclusiva-especial-cursos-
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MOLLICA, Fátima Borges da Fonseca; SANTOS, Valério Xavier dos. A importância da


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O que é autismo? Disponível em: <https://autismo.institutopensi.org.br/informe- se/sobre-


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O papel do professor frente aos desafios da inclusão de aluno autista. Disponível


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<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: 27 de setembro de 2021.

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