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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia
Avenida da Liberdade, Nossa senhora da Conceição, C. P - 261
Chimoio - Moçambique
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E-mail: feng@ucm.ac.mz
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


FACULDADE DE ENGENHARIA
Docente: Praid David Chihururo
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

Introdução a eletricidade (visão Histórica)

Os fenômenos de natureza elétrica são conhecidos há séculos. Como vimos na abertura deste
capítulo, o termo eletricidade se origina da palavra elektron, nome grego do âmbar, resina que
se petrifica séculos depois de ser secretada por algumas árvores. É bem provável que não
tenham sido os gregos os primeiros a descobrir os fenômenos elétricos, mas parece certo que
foramdeles as primeiras explicações, a maioria delas dadas por Tales de Mileto, matemático e
filósofo grego do século VI a.C., que atribuía a causa da atração elétrica a sentimentos
humanos dos corpos atritados. Mas foi só em 1600 que o inglês William Gilbert (1544- -1603),
médico da rainha da Inglaterra, procurou refazer experiências e revisar as explicações de outros
autores e pesquisadores. Reuniu suas conclusões no livro De magnete, um dos primeiros
clássicos da literatura científica. Depois de Gilbert começaram a ocorrer observações mais
cuidadosas e a surgir explicações menos animistas da eletricidade. Em 1729, o físico inglês
Stephen Gray (1666?-1736) conseguiu conduzir a eletricidade de um corpo para outro através
de fios de linho e verificou que alguns materiais conduzem bem a eletricidade — são
condutores — e outros não — são isolantes.
Essas observações consolidavam a ideia de que a eletricidade seria um fluido (explicação
semelhante à da natureza do calor), algo que estivesse contido em alguns corpos e que podia
ser canalizado ou conduzido de um corpo para outro. Eram feitas inclusive demonstrações
públicas, como a da figura abaixo Em 1733, o químico francês Charles du Fay (1698-
-1739) propôs a existência de duas espécies de eletricidade. Uma delas era do tipo da carga
elétrica adquirida pelo vidro atritado com seda, chamada vítrea, e a outra era a carga elétrica
adquirida por materiais resinosos, como o âmbar, atritados com lã, chamada resinosa.

Essas conclusões levaram à hipótese da existência de dois fluidos elétricos: o fluido vítreo e o
fluido resinoso. Os corpos teriam, normalmente, quantidades iguais desses fluidos, por isso
eram eletricamente neutros. Quando eletrizados,

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havia transferência de fluido de um a outro e essas quantidades deixariam de ser iguais. A


eletricidade resultante contida num corpo corresponderia à do fluido
que ele contivesse em excesso. Por volta de 1750, o físico e político americano Benjamin
Franklin (1706-1790) propôs a teoria do fluido único. Segundo essa teoria, todo corpo teria
uma quantidade “normal” desse fluido. Por isso todo corpo seria eletricamente neutro. Se um
corpo fosse atritado com outro,
parte desse fluido passaria de um para o outro: o que adquirisse excesso de fluido estaria
carregado positivamente, e o que ficasse com falta estaria carregado negativamente. Franklin
foi o primeiro a usar as palavras positivo e negativo na eletricidade. Ele não conhecia os termos
vítreo e resinoso criados por Du Fay.
Na prática, os corpos eletrizados positivamente correspondiam aos corpos que adquiriam
eletricidade vítrea, na teoria dos dois fluidos, e os corpos eletrizados negativamente eram os
que adquiriam eletricidade resinosa. Em outras palavras, positivo era sinônimo de vítreo, e
negativo, sinônimo de resinoso. Durante muito tempo, ambas as teorias foram bem aceitas,
pois explicavam satisfatoriamente os fenômenos elétricos. Os termos positivo e negativo, no
entanto, acabaram por prevalecer. Desde então, em meados do século XVIII, a eletricidade
conheceu um progresso extraordinário, ao qual vamos nos dedicar nos próximos capítulos. Esse
relato é suficiente para esta apresentação introdutória.

Propriedades de cargas elétricas


Uma série de experiências simples demonstra a existência de forças eletrostáticas. Por exemplo,
após passar um pente através de seu cabelo, você vai descobrir que o pente atrai pedaços de
papel. A força eletrostática atrativa pode ser forte o suficiente para suspender os pedaços. O
mesmo efeito ocorre esfregando outros materiais, tais como vidro ou borracha. Outro
experimento simples é esfregar um balão inflado em lã ou no seu cabelo Em um dia seco, o
balão esfregado vai grudar numa parede, muitas vezes por horas. Quando os materiais se
comportam desta forma, é dito que se tornam eletricamente carregados. Você pode dar a seu
corpo uma carga elétrica por caminhar sobre um tapete de lã ou deslizar em um assento de
carro. Você pode, então, sentir e remover a carga em seu corpo tocando
levemente outra pessoa ou objeto. Sob as condições corretas, uma centelha pode ser vista
quando você toca e um leve formigamento é sentido por ambas as partes. (Tal experimento
funciona melhor

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em um dia seco, pois a umidade excessiva no ar pode fornecer um caminho para a carga sair
do objeto carregado.) Experimentos demonstram também que existem dois tipos de carga
elétrica, nomeadas por Benjamin Franklin (1706-1790) de positiva e negativa. ilus as interações
entre os dois tipos de carga. Uma haste dura de borracha (ou plástico) que foi friccionada em
pelo (de certos animais ou um material acrílico) está suspensa por um pedaço de corda.
Quando um bastão de vidro que foi esfregado com seda é trazido para perto da haste de
borracha, a haste de borracha é atraída para o bastão de vidro. Se duas hastes de borracha
carregadas (ou dois bastões de vidro carregados) são trazidas para perto uma da outra, como
na Figura , a força entre elas é repulsiva. Esta observação demonstra que a borracha e o vidro
têm diferentes tipos de carga. Usamos a convenção sugerida por Franklin; a carga elétrica na
vareta de vidro é dita positiva e a carga na haste de borracha é dita negativa. Com base nessas
observações, podemos concluir que cargas com o mesmo sinal se repelem e cargas com sinais
opostos se atraem. Sabemos que apenas dois tipos de carga elétrica existem porque qualquer
carga desconhecida encontrada experimentalmente que para ser atraída por uma carga positiva
também é repelida por uma carga negativa. Ninguém jamais observou um objeto carregado
que é repelido por ambas as cargas, positiva e negativa, ou que é atraído por ambas. Forças
elétricas atrativas são responsáveis pelo comportamento de uma grande variedade de produtos
comerciais. Por exemplo, o plástico em muitas lentes de contato, etafilcon, é composto por
moléculas que eletricamente atraem as moléculas de proteína em lágrimas humanas. Estas
moléculas de proteína são absorvidas e atraídas pelo plástico de modo que a lente acaba sendo
composta principalmente pelas lágrimas de quem as utiliza. Portanto, a lente não se comporta
como um corpo estranho ao olho do utilizador e pode ser utilizada confortavelmente. Muitos
cosméticos também tiram proveito destas forças elétricas através da incorporação de materiais
que são eletricamente atraídos pela pele ou cabelo, fazendo com que os pigmentos ou outros
produtos químicos se fixem uma vez que são aplicados. Outra característica importante da
carga elétrica é que a carga total em um sistema isolado é sempre conservada. Isso representa
a versão da carga elétrica do modelo de sistema isolado. Introduzimos pela primeira vez
modelos de sistemas isolados no, quando discutimos a conservação de energia; vemos agora
um princípio de conservação da carga elétrica para um sistema isolado. Quando dois objetos
inicialmente neutros são carregados ao serem friccionados, a carga não é criada no processo.
Os objetos se tornam carregados porque os elétrons são transferidos de um objeto para o
outro. Um objeto ganha certa quantidade de carga negativa dos elétrons para ele transferidos,
enquanto o outro perde uma quantidade igual de carga negativa e, portanto, fica com uma
carga positiva. Para o sistema isolado de dois objetos, nenhuma transferência de carga ocorre

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através do limite do sistema. Por exemplo, quando o bastão de vidro é friccionado em seda,
como na, a seda obtém uma carga negativa que é igual em módulo à carga positiva sobre o
bastão de vidro conforme elétrons de carga negativa são transferidos a partir do vidro para a
seda. Da mesma forma, quando a borracha é friccionada em pelo, os elétrons são transferidos
do pelo para a borracha. Um objeto não carregado contém um grande número de elétrons
(aproximadamente 1023). No entanto, para cada elétron negativo, um próton com carga
positiva também está presente, de modo que um objeto não carregado não tem carga total
líquida de qualquer sinal. Outra propriedade da carga elétrica é que a carga total em um
objeto é quantificada como múltiplos inteiros da carga elementar e. Vimos pela primeira vez
esta carga e = 1,60 ´ 10–19 C no. A quantização ocorre porque a carga de um objeto deve ser
devida a um número inteiro de um excesso ou uma deficiência de um número inteiro de
elétrons

de borracha (ou plástico) que foi friccionada em pelo (de certos animais ou um material
acrílico) está suspensa por um pedaço de corda. Quando um bastão de vidro que foi esfregado
com seda é trazido para perto da haste de borracha, a haste de borracha é atraída para o
bastão de vidro Se duas hastes de borracha carregadas (ou dois bastões de vidro carregados)
são trazidas para perto uma da outra, , a força entre elas é repulsiva. Esta observação
demonstra que a borracha e o vidro têm diferentes tiposde carga. Usamos a convenção
sugerida por Franklin; a carga elétrica na vareta de vidro é dita positiva e a
carga na haste de borracha é dita negativa. Com base nessas observações, podemos concluir
que cargas com o mesmo sinal se repelem e cargas com sinais opostos se atraem. Sabemos que
apenas dois tipos de carga elétrica existem porque qualquer carga desconhecida encontrada
experimentalmente que para ser atraída por uma carga positiva também é repelida por uma
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cargas, positiva e negativa, ou que é atraído por ambas. Forças elétricas atrativas são
responsáveis pelo comportamento de uma grande variedade de produtos comerciais. Por
exemplo, o plástico em muitas lentes de contato, etafilcon, é composto por moléculas que
eletricamente atraem as moléculas de proteína em lágrimas humanas. Estas moléculas de
proteína são absorvidas e atraídas pelo plástico de modo que a lente acaba sendo composta
principalmente pelas lágrimas de quem as utiliza. Portanto, a lente não se comporta como um
corpo estranho ao olho do utilizador e pode ser utilizada confortavelmente. Muitos cosméticos
também tiram proveito destas forças elétricas através da incorporação de materiais que são
eletricamente atraídos pela pele ou cabelo, fazendo com que os pigmentos ou outros produtos
químicos se fixem uma vez que são aplicados. Outra característica importante da carga elétrica
é que a carga total em um sistema isolado é sempre conservada. Isso representa a versão da
carga elétrica do modelo de sistema isolado. Introduzimos pela primeira vez modelos de
sistemas isolados no, quando discutimos a conservação de energia; vemos agora um princípio
de conservação da carga elétrica para um sistema isolado. Quando dois objetos inicialmente
neutros são carregados ao serem friccionados, a carga não é criada no processo. Os objetos se
tornam carregados porque os elétrons são transferidos de um objeto para o outro. Um objeto
ganha certa quantidade de carga negativa dos elétrons para ele transferidos, enquanto o outro
perde uma quantidade igual de carga negativa e, portanto, fica com uma carga positiva. Para o
sistema isolado de dois objetos, nenhuma transferência de carga ocorre através do limite do
sistema. Por exemplo, quando o bastão de vidro é friccionado em seda, como na Figura 19.3, a
seda obtém uma carga negativa que é igual em módulo à carga positiva sobre o bastão de
vidro conforme elétrons de carga negativa são transferidos a partir do vidro para a seda. Da
mesma forma, quando a borracha é friccionada em pelo, os elétrons são transferidos do pelo
para a borracha. Um objeto não carregado contém um grande número de elétrons
(aproximadamente 1023). No entanto, para cada elétron negativo, um próton com carga
positiva também está presente, de modo que um objeto não carregado não tem carga total
líquida de qualquer sinal. Outra propriedade da carga elétrica é que a carga total em um
objeto é quantificada como Múltiplos inteiros da carga elementar e. Vimos pela primeira vez
esta carga e = 1,60 ´ 10–19 C no Capítulo A quantização ocorre porque a carga de um objeto
deve ser devida a um número inteiro de um excesso ou uma deficiência de um número inteiro
de elétrons.

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Tarefas (leitura e resuma no caderno)


 Eletrização por indução
 Eletrização por contactos
 Lei de Colombo

“Uma pessoa que nunca cometeu um erro


nunca tentou nada novo.”

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